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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER

ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA


BACHARELADO EM ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA DE PBL – FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA

ESTUDO DE FUNCIONAMENTO DA USINA DE ITAIPU

PAULO HENRIQUE THOMÉ HEIDECKE


PROFA. MA. ELIANE SILVA CUSTÓDIO

TOLEDO - PR
2023
SUMÁRIO

RESUMO ....................................................................................................................................I
1 INTRODUCAO .................................................................................................................. 1
1.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................. 1
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................................... 2
1.2.1 Objetivo geral ......................................................................................................... 2
1.2.2 Objetivos específicos .............................................................................................. 3
2 METODOLOGIA............................................................................................................... 3
2.1 PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO USINA HIDRELÉTRICA......................................... 3
2.2 FUNCIONAMENTO USINA ITAIPU .......................................................................... 8
2.3 SISTEMA DE GERAÇÃO USINA ITAIPU .................................................................. 9
2.4 SISTEMA DE TRANSMISSÃO USINA ITAIPU ....................................................... 13
2.5 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO TOLEDO ................................................................. 14
3 CONCLUSÕES ................................................................................................................ 17
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 18
RESUMO

O objetivo principal desta pesquisa é aprofundar nossa compreensão sobre a notável


usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Iniciamos com uma introdução concisa sobre a eletrici-
dade e sua origem, além de apresentar uma visão geral da produção de energia através de usinas
hidrelétricas, explicando seu princípio de funcionamento e as transformações envolvidas no
processo. Focamos na história e imponência de Itaipu, elucidando seu processo de geração e
transmissão de energia elétrica. Além disso, descrevemos o funcionamento do sistema de dis-
tribuição de energia da cidade de Jandira. A pesquisa é concluída com observações relevantes
sobre os tópicos discutidos.

Palavras-chave: Sistema potência, Itaipu, geração, transmissão, energia.

Abstract: The primary aim of this research is to deepen our understanding of the remarkable
binational hydroelectric power plant, Itaipu. We begin with a concise introduction to electricity
and its origins, along with an overview of power generation through hydroelectric plants, ex-
plaining their operating principles and the transformations involved in the process. We focus
on the history and grandeur of Itaipu, elucidating its process of generating and transmitting
electricity. Additionally, we describe the operation of the power distribution system in the city
of Jandira. The research concludes with pertinent observations on the discussed topics.

Keywords: Power system, Itaipu, generation, transmission, energy.

i
1 INTRODUÇÃO

Localizada no Rio Paraná, na Bacia Hidrográfica do Prata, a Usina Hidrelétrica de Itaipu


tem como vizinhas as cidades de Foz do Iguaçu, Paraná, do lado brasileiro, e Ciudad del Este,
do lado paraguaio. Esta líder global em produção de energia limpa, gerou mais de dois bilhões
de megawatts-hora desde sua inauguração em 1984, um feito notável na engenharia. Em no-
vembro de 2016, Itaipu, que significa "pedra que canta" em tupi-guarani, alcançou a incrível
marca de energia suficiente para iluminar o mundo por 40 dias, caso essa energia pudesse ser
acumulada.
Esta gigante binacional, uma fonte de orgulho para nós brasileiros, opera sob as ordens
jurídicas do Brasil e do Paraguai. É administrada pela Eletrobrás, representando o Brasil, e pela
Administração Nacional de Eletricidade (Administración Nacional de Electricidad, ANDE),
representando o Paraguai. Com 14.000 MW instalados e 20 unidades geradoras, é a segunda
maior usina hidrelétrica em funcionamento, superada apenas pela usina chinesa de Três Gar-
gantas.
Seu monumental projeto de engenharia civil consumiu 12,7 milhões de m³ de concreto -
volume suficiente para construir 210 estádios de futebol do tamanho do Maracanã. As façanhas
da engenharia mecânica e elétrica na sua construção são de magnitude incrível, como eviden-
ciado pelos eixos e rotores que giram a velocidades próximas a 700 rpm e possuem diâmetros
de até 20m.
Esta pesquisa explora a história da eletricidade e o funcionamento das usinas hidrelétricas,
focando principalmente na notável Itaipu. Analisamos a geração de energia de Itaipu e seu sis-
tema de transmissão, e também apresentamos o sistema de distribuição de energia da minha
cidade. A conclusão oferece observações sobre os temas abordados e os conhecimentos adqui-
ridos.

1.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As usinas hidrelétricas, como seu nome sugere, utilizam a energia da água para gerar ele-
tricidade. No Brasil, estas instalações são de particular importância, pois o país possui um am-
plo sistema hídrico e tem um histórico de aproveitamento desses recursos para a produção de
energia limpa e renovável.
A energia hidrelétrica brasileira se desenvolveu com base na exploração de suas grandes
bacias hidrográficas. Contudo, o desenvolvimento de projetos para a utilização dos recursos

1
hídricos disponíveis é restrito pelas condições naturais da bacia hidrológica e do ambiente cir-
cundante (PEREIRA, 2015).
O Estudo de Inventário Hidrelétrico (EIH) é a primeira fase da pesquisa em bacias hidro-
gráficas. Historicamente no Brasil, esses estudos foram realizados inicialmente pelo Ministério
de Minas e Energia (MME) e Eletrobras (ELB) até 1994, e posteriormente pela Empresa de
Pesquisa Energética (EPE) (PEREIRA, 2015).
Os EIHs levam em consideração múltiplos usos da água e são parte integrante da Avaliação
Ambiental Integrada (AAI) da bacia. A AAI tem como objetivo principal identificar e avaliar
os impactos potenciais decorrentes da implantação de usinas hidrelétricas. Além disso, o pro-
cesso avalia os benefícios socioeconômicos e os impactos ambientais da operação desses em-
preendimentos de forma integrada, contemplando os aspectos locais e regionais (BRASIL,
2006).
Vale ressaltar que a energia hidrelétrica, além de ser uma fonte de energia renovável, é
também um meio de promover o desenvolvimento regional, pois gera empregos, renda e infra-
estrutura nas áreas onde as usinas são instaladas (TUNDISI, 2010).
Por fim, o planejamento adequado e a implementação de políticas de sustentabilidade são
essenciais para garantir que o potencial hidrelétrico do Brasil seja explorado de maneira a mi-
nimizar os impactos ambientais e sociais, ao mesmo tempo em que maximiza os benefícios
energéticos e socioeconômicos (BARBOSA, 2014).

1.2 OBJETIVOS

Os objetivos são focado principalmente baseado nos sistema de potência, que como base
tem os métodos de geração, transmissão e distribuição de energia, tendo como base os métodos
utilizados para a geração e suas formas de distribuição.

1.2.1 Objetivo geral

Como objetivo principal temos a usina hidrelétrica Itaipu devido ao seu potencial de
geração de energia, além de ser uma fonte renovável.

2
1.2.2 Objetivos específicos

Entre os objetivos temos a análise das características de geração, transmissão e distri-


buição, sendo visto como a Itaipu transmite a energia gerada.
Também temos como objetivo analisa de uma forma macro a como a energia chega até
a cidade de Toledo no Paraná e também os pontos que são transformados e distribuídos na
cidade.

2 METODOLOGIA

Como método para elaboração do estudo são utilizados como fonte principal o site ins-
titucional de Itaipu Binacional e o site da concessionária de energia paranaense, a Copel. Como
auxilio como base teóricas são utilizadas bibliografias disponíveis na biblioteca digital no AVA
da Uninter e livros disponíveis de forma online.
Será seguindo os passos de:
- Princípios de funcionamento de usinas hidrelétricas
- Funcionamento da Itaipu
- Sistema de transmissão da Itaipu
-Sistema de Distribuição de Toledo no Paraná

2.1 PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO USINA HIDRELÉTRICA

Uma usina hidrelétrica é um complexo integrado de estruturas e equipamentos cujo ob-


jetivo primordial é a produção de energia elétrica, capitalizando o potencial hidráulico presente
em um curso fluvial.
A geração de energia hidrelétrica está intrinsicamente ligada à vazão do rio, ou seja, ao
volume de água que flui por um intervalo de tempo específico e à altura da queda de água. A
capacidade de gerar energia elétrica aumenta proporcionalmente com a elevação do volume e
altura da queda de água. A vazão fluvial é influenciada por fatores geológicos, tais como a
largura do rio, inclinação, tipo de solo, obstáculos e quedas, além de ser diretamente afetada
pelo índice pluviométrico que, por ser variável, provoca oscilações na capacidade produtiva de
energia ao longo do ano.

3
Figura 1 – Estrutura Usina Hidrelétrica. Fonte: UFRGS.

O potencial hidráulico é gerado pela combinação da vazão hidráulica e da disposição


dos desníveis existentes no percurso de um rio. Isso pode ocorrer de forma natural, quando o
desnível está concentrado em uma cachoeira; através da construção de uma barragem, que con-
centra pequenos desníveis na sua altura; ou mediante o desvio do curso fluvial, que centraliza
os pequenos desníveis nestes desvios.
Uma usina hidrelétrica é, em sua essência, composta por: barragem, sistemas de capta-
ção e condução de água, casa de força e sistema de devolução da água ao leito natural do rio.
Cada segmento consiste em um conjunto de estruturas e instalações meticulosamente projetadas
para operar de forma sinérgica.
Em uma usina hidrelétrica, a água oriunda do reservatório é direcionada sob alta pressão
através de tubulações de grande porte até a casa de força, local onde as turbinas e geradores que
produzem a eletricidade estão instalados. A turbina é composta por várias pás acopladas a um
eixo, que por sua vez é conectado ao gerador.
A força da água provoca a rotação do eixo da turbina, gerando um campo eletromagné-
tico no gerador, resultando na produção de eletricidade. Assim, a energia hidráulica é conver-
tida em energia mecânica quando a água atravessa a turbina, fazendo-a girar, e, no gerador, que
gira simultaneamente à turbina, a energia mecânica é transformada em energia elétrica.

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Figura 2 – Turbina e Gerador. Fonte: UFRGS.

Em uma usina hidrelétrica temos 3 componentes principais, sendo: turbina, gerador e


subestação de transformação e proteção.
As turbinas constituem-se em um dos principais componentes de uma usina hidrelétrica.
As turbinas hidráulicas são projetadas para converter a energia hidráulica - composta pela ener-
gia de pressão e pela energia cinética de um fluxo de água - em energia mecânica. Essas turbinas
estão acopladas a um gerador elétrico, que por sua vez, está conectado à rede de energia.

Figura 3 – Turbina hidrelétrica. Fonte: COPEL.

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O processo de geração de energia em uma usina hidrelétrica se inicia com a captação de
água, que é realizada através de um sistema composto por túneis, condutos metálicos ou canais.
Esses mecanismos conduzem a água até a casa de força, local onde estão instaladas as turbinas.
As turbinas têm a função de converter a energia cinética, originada do movimento de
suas pás, em energia elétrica. Este processo ocorre graças à presença de geradores interligados
a elas. As turbinas apresentam diferentes configurações, sendo as mais conhecidas: Pelton, Ka-
plan, Francis e Bulbo, de acordo com Pereira (2015).
Cada tipo de turbina é projetado para operar em condições específicas de queda e vazão
de água, otimizando assim a eficiência energética de cada usina hidrelétrica.
Os geradores síncronos desempenham um papel fundamental nas usinas hidrelétricas,
transformando a energia mecânica gerada pelas turbinas em energia elétrica. Essas máquinas
elétricas rotativas, devido à sua eficiência na conversão de energia, são a escolha preferencial
para muitas usinas (Miller, 2014).
Sobre os geradores para usinas são principalmente usados geradores síncronos, sendo a
característica principal dos geradores síncronos é a sincronia entre a velocidade de rotação do
campo magnético e do rotor. A velocidade dessas máquinas é, em última instância, determinada
pelo número de polos eletromagnéticos presentes, um fator crítico na escolha do gerador mais
adequado para a produção de energia desejada (Bose, 2010).

Figura 4 –Gerador para usina hidrelétrica. Fonte: Weg.

Notavelmente, geradores que operam a baixas rotações tendem a ter um maior número
de polos, levando a um tamanho e custo mais elevados comparados a um gerador que fornece

6
a mesma potência em uma rotação mais alta. Em situações onde a queda d'água é baixa e, por-
tanto, a rotação tende a diminuir, multiplicadores de rotação são incorporados ao eixo da tur-
bina. Esta abordagem permite aumentar a velocidade do eixo do gerador, permitindo o uso de
uma máquina menor e mais econômica (Rashid, 2017).
Esse balanceamento cuidadoso entre os componentes da usina é essencial para garantir
uma operação eficiente e a produção de energia sustentável (Jenkins et al., 2010).
Uma subestação elevadora em uma usina hidrelétrica serve como um ponto crítico de
conexão entre a geração de energia e sua subsequente transmissão para a rede elétrica. A sua
função principal é receber a energia gerada pela usina e aumentar a tensão para níveis que per-
mitam uma transmissão eficiente e com perdas mínimas.
Este aumento na tensão é realizado pelos transformadores de potência, componentes
essenciais da subestação elevadora. Eles recebem a energia na tensão primária, que é a tensão
na qual a energia é gerada, e a transformam para uma tensão secundária mais elevada, adequada
para a transmissão a longas distâncias.

Figura 5 –Subestação Elevadora. Fonte: Weg.

Além da transformação da tensão, as subestações elevadoras desempenham um papel


importante na proteção e segurança do sistema elétrico. Elas estão equipadas com vários dispo-
sitivos de proteção, como disjuntores e fusíveis, que têm a capacidade de interromper o fluxo
de energia no caso de uma falha ou curto-circuito. Adicionalmente, relés de proteção monitoram
continuamente as condições da rede para detectar qualquer irregularidade e agir de acordo.

7
As subestações elevadoras também estão equipadas com sistemas avançados de controle
e monitoramento. Estes sistemas permitem um acompanhamento constante do fluxo de energia
e a capacidade de ajustar rapidamente a operação da subestação de acordo com as demandas e
condições da rede.
Desta forma, as subestações elevadoras em usinas hidrelétricas garantem a transmissão
segura e eficiente da energia gerada, contribuindo significativamente para a confiabilidade e
estabilidade do fornecimento de energia elétrica.

2.2 FUNCIONAMENTO USINA ITAIPU

A Usina de Itaipu, uma hidrelétrica binacional localizada no Rio Paraná na fronteira


entre o Brasil e o Paraguai, é um exemplar notável em termos de engenharia e cooperação
internacional. Esta monumental usina hidrelétrica, sendo uma das maiores e mais produtivas do
mundo, possui uma capacidade instalada de cerca de 14 gigawatts.
O processo de geração de energia em Itaipu inicia com a captação da água do Rio Paraná
que é armazenada no vasto reservatório da usina. A água é então encaminhada através de gran-
des condutos forçados para as unidades geradoras situadas na casa de força (OLIVEIRA, 2012).

Figura 6 – Planta Usina Itaipu. Fonte: Itaipu.

Dentro de cada unidade geradora, encontramos uma turbina e um gerador. A água que
flui move a turbina, convertendo a energia potencial da água em energia mecânica. Este movi-
mento da turbina gira o eixo do gerador, criando um campo magnético que induz uma corrente

8
elétrica, que é a energia elétrica que será enviada para a subestação elevadora da usina (AL-
MEIDA, 2013).
Na subestação elevadora, transformadores aumentam a tensão da energia elétrica para
que ela possa ser transmitida de forma eficiente a longas distâncias. Posteriormente, a energia
é distribuída para a rede elétrica do Brasil e do Paraguai.
Vale salientar que a quantidade de energia gerada pela Usina de Itaipu depende da quan-
tidade de água disponível no reservatório e da demanda de energia das redes elétricas do Brasil
e do Paraguai. Para gerir esta dinâmica, a usina utiliza sofisticados sistemas de controle e mo-
nitoramento, assegurando a otimização da geração de energia e a segurança operacional (SAN-
TOS, 2020).

2.3 SISTEMA DE GERAÇÃO USINA ITAIPU

A Itaipu Binacional é líder mundial em produção de energia limpa e renovável, tendo


produzido mais de 2,9 milhões de gigawatts-hora (GWh) desde o início de sua operação, em
1984. Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, fornece 8,7% da energia
consumida no Brasil e 86,4% no Paraguai.
Em 2022, a Itaipu produziu 69.873 GWh. Em 2016, Itaipu estabeleceu sua melhor marca
anual, com 103.098 GWh.(ITAIPU, 2022)

Figura 7 – Produção Anual Itaipu. Fonte: Itaipu.

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A usina é dotada de um total de 20 unidades geradoras, cada uma equipada com um
gerador síncrono, conhecido por sua alta eficiência na conversão de energia mecânica em elé-
trica. A natureza binacional da usina requer que a energia gerada seja dividida equitativamente
entre o Brasil e o Paraguai. Para acomodar as diferenças nas frequências das redes elétricas
desses países, metade dos geradores operam a uma frequência de 60Hz, utilizada no Brasil,
enquanto a outra metade opera a 50Hz, compatível com o sistema elétrico paraguaio (PINTO,
2007).

Figura 8 – Conjunto Turbina e Gerador Itaipu. Fonte: Itaipu.

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As características das turbinas são:
• Quantidade 20
• Tipo Francis
• Potência nominal unitária 715 MW
• Velocidade de projeto – 50/60 Hz 90,9/92,3 rpm
• Queda líquida de projeto 118,4 m
• Vazão nominal unitária 690 m³/s
• Peça indivisível mais pesada – rotor 296 t
• Peso de cada unidade 3.360 t

Figura 9 –Turbina tipo Francis Itaipu. Fonte: Itaipu.

Os geradores que operam a 60Hz são equipados com 78 polos eletromagnéticos e geram
uma tensão de 18kV, mantendo um fator de potência de 0,95. Por outro lado, os geradores que
operam a 50Hz possuem 66 polos eletromagnéticos, também geram uma tensão de 18kV, mas
com um fator de potência de 0,85 (BINACIONAL, 2010).

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Figura 10 –Gerador Itaipu. Fonte: Itaipu.

As características dos geradores são:


• Quantidade 20 unidades
• Freqüência 60 Hz 10 unidades
• Freqüência 50 Hz 10 unidades
• Potência nominal 50/60 Hz 823,6/737,0 MVA
• Tensão nominal 18 kV
• Número de pólos 50/60 Hz 66/78
• Momento de inércia - GD2 320.000 t.m²
• Fator de potência 50/60 Hz 0,85/0,95
• Peça mais pesada – rotor 1.760 t
• Peso de cada unidade 50/60 Hz 3.343/3.242 t

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2.4 SISTEMA DE TRANSMISSÃO USINA ITAIPU

A Usina Hidrelétrica de Itaipu, localizada na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, possui


um sistema de transmissão robusto e sofisticado que conecta a energia gerada às respectivas
redes elétricas dos dois países (BINACIONAL, 2010).
O ponto de partida do sistema de transmissão de Itaipu são as suas três subestações, duas
das quais estão situadas na casa de força e operam a 60Hz e 50Hz respectivamente, e uma
terceira na margem direita, no lado paraguaio. Estas subestações são encarregadas de elevar a
tensão de 18kV, que é gerada pelos geradores, para 500kV, um nível de tensão adequado para
transmissão em longa distância (COSTA et al., 2014).
As subestações na casa de força são do tipo isoladas a gás, enquanto a da margem direita
é convencional. Essas subestações elevam a tensão para 500kV, o que permite a transmissão
eficiente da energia gerada ao longo de grandes distâncias.
No sistema de 50Hz, existem oito linhas de transmissão de 500kV. Destas, quatro co-
nectam a casa de força à subestação na margem direita, e outras quatro vão da margem direita
até a subestação em Foz do Iguaçu. No sistema de 60Hz, existem quatro linhas de transmissão
de 500kV que ligam a usina à subestação em Foz do Iguaçu (GONÇALVES et al., 2015).
O sistema de transmissão de Itaipu também inclui uma subestação conversora de cor-
rente alternada para corrente contínua (AC/DC), que se situa na margem direita. Esta subestação
recebe energia a 500kV e 50Hz, converte-a para corrente contínua e transmite a energia con-
vertida a ±600kV ao longo de 810km até a cidade de Ibiúna, em São Paulo, onde a corrente é
novamente convertida em corrente alternada, agora a 60Hz. Esta etapa é fundamental para per-
mitir que o Brasil compre energia gerada a 50Hz no Paraguai (BINACIONAL, 2010).
Através da Figura 11, pode-se verificar algumas linhas de transmissão que saem as usina
de Itaipu, sendo uma linha de 500kV em 50Hz para Subestação Margem Esquerda no Paraguai,
sendo que desta saem 5 linhas sendo elas:
• Yguazú – a 51 quilômetros com 500kV-50Hz
• Villa Hayes – a 348 quilômetros com 500kV-50Hz
• Itakyry – a 71 quilômetros com 220kV-50Hz
• Asuncion – passa pela usina de Acaray e transmite a 220kV-50Hz
• Furnas Brasil - a 51 quilômetros com 500kV-50Hz

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Na subestação de furnas a mesma efetua diversas operação, além de retransmissão, que
é a transformação para 765KV corrente alternada e a conversão para corrente contínua 600kV,
sendo que de Furnas saem 4 linhas, sendo:
• Guaíra/PR – a 172 quilômetros com 500kV-60Hz
• Cascavel e Toledo/PR – a 115 quilômetros com 500kV-60Hz
• São Paulo(Ivaipora/Itaberá/Tijuco Preto) – a 891 quilômetros com 765kV-60Hz
• Furnas Ibiúna/SP – a 792 quilômetros com 600kV corrente contínua.

Figura 11 – Linhas Transmissão Itaipu. Fonte: Itaipu.

2.5 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO TOLEDO

A cidade de Toledo fica localizada na região oeste do estado do Paraná, com atualmente
142 mil habitantes, é uma cidade potencialmente agrícola, porém com uma agroindustrial muito
forte nas áreas abatedouros de aves, suínos, bovinos e pescados, girando boa parte da economia
municipal com empresas estratégicas para atendimento deste nicho de mercado. Empresas
como BRF(Sadia), Copices Pescados, Copacol, Tectron, Vacinar, Cargil, Sperafico, Grupo
Pluma, Primatto estão presentes na área industrial da cidade.

14
Em Toledo existem 2 subestações de com alimentação 138kV, sendo ambas com energia
proveniente de um sistema de interligação em anel do sistema de distribuição de vindo um
ramal da subestação de 500/138kV de Cascavel/PR e outra da subestação de 500/138kV de
Guaíra/PR, o que garante confiabilidade no fornecimento de energia. Na figura 12 é mostrado
no mapa a Subestação Toledo 138kV e a Subestação Concórdia 138KV.

Figura 12 – Mapa Subestações em Toledo. Fonte: Google Maps.

As subestações presentes na cidade efetuam o rebaixamento de energia para as tensões


de 34,5kV e para 13,8kV.
A tensão de 34,5kV é utilizada para áreas rurais e industrias de maior parto de consumo,
já a tensão de 13,8kV é distribuída em toda a área urbana da cidade e em algumas áreas rurais
mais próximos. É importante também indicar que a indústria como a BRF(Sadia) é alimentada
com tensão de 138kV derivada da subestação Concórdia através de um circuito alimentado

15
distinto para a mesma, ele a própria BRF efetuado o rebaixamento após sua medição e distribui
internamente em seu parque industrial em tensão de 138kV.

Figura 13 – Subestação Concórdia Toledo. Fonte: Copel.

Em Toledo, assim como em todo o Paraná a tensão de fornecimento ao usuário final é


de 220/127V, sendo possível contratar 380/220V ou outras tensões somente com a aquisição de
um posto de transformação, sendo atendido em tensão primária.

Figura 14 – Subestação BRF Toledo. Fonte: Próprio.

16
3 CONCLUSÕES

Diante das informações apresentadas, pode-se concluir que o estudo sobre o funcionamento
das usinas hidrelétricas, com foco na Usina de Itaipu, é fundamental para compreender a gera-
ção de energia elétrica a partir do potencial hidráulico dos rios. A análise baseada em fontes
como o site institucional de Itaipu Binacional, o site da concessionária de energia paranaense
Copel e bibliografias disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem da Uninter, permitiu
uma abordagem detalhada sobre os princípios de funcionamento, o sistema de transmissão e
distribuição de energia.
A partir do estudo, observou-se que uma usina hidrelétrica é composta por diversos com-
ponentes, como barragem, sistemas de captação e condução de água, casa de força e sistema de
devolução da água ao leito do rio. As turbinas, acopladas aos geradores, desempenham um
papel essencial na conversão da energia hidráulica em energia elétrica. O sistema de transmis-
são, presente na Usina de Itaipu, conta com subestações elevadoras e linhas de transmissão de
alta tensão, que garantem a distribuição eficiente da energia gerada, tanto para o Brasil quanto
para o Paraguai.
É importante destacar que a Usina de Itaipu se destaca como uma referência mundial na
produção de energia limpa e renovável. Sua capacidade instalada e a quantidade significativa
de energia gerada ao longo dos anos reforçam sua importância na matriz energética dos países
envolvidos. Além disso, a utilização de geradores síncronos, a adequação das turbinas conforme
a queda e vazão de água e a presença de subestações elevadoras e sistemas de controle e moni-
toramento contribuem para uma operação eficiente e segura da usina.
No contexto local, o estudo abrangeu o sistema de distribuição de energia elétrica na cidade
de Toledo, no Paraná, considerando suas subestações e a rede de transmissão de tensões ade-
quadas para atender tanto a área urbana quanto rural. A presença de indústrias relevantes na
região, como a BRF (Sadia), destaca a importância do fornecimento confiável de energia para
o desenvolvimento econômico local.
Em suma, compreender o funcionamento das usinas hidrelétricas, especialmente a Usina
de Itaipu, bem como os sistemas de transmissão e distribuição de energia, é fundamental para
assegurar a geração sustentável e eficiente de eletricidade, além de garantir o fornecimento de
energia para o desenvolvimento socioeconômico das regiões atendidas.

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4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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