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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

BARBARA ROSA DE AZEVEDO

Trabalho de graduação apresentado


como requisito parcial à aprovação na
disciplina de Análise Exergética (TA-020)
do Departamento de engenharia
Ambiental,
Universidade Federal do Paraná.
Professor Doutor Marcelo Risso Errera

CURITIBA
2020
RESUMO

A energia se relaciona a movimento, e a energia elétrica se origina da diferença de potencial


entre dois pontos, porém a energia elétrica de forma prática é um indicador de qualidade de vida
e crescimento econômico de uma nação, quanto maior a produção e consumo de energia, maior
será produção e consumo de bens e serviços, pois todos os setores estão co-relacionados.
Através disso é possível observar que quanto maior a produção de energia elétrica, maior a
emissão de gases poluentes e gases de efeito estufa, que aumentam a temperatura do planeta
prejudicando sua fauna e flora, isso pois, além de alguns processos de geração de energia
liberaram gases de efeito estufa, o grande consumo de energia representa uma grande produção
industrial, que também é causadora da geração desses gases. Uma alternativa para a diminuição
desses gases é o investimento em produção de energias renováveis, que utilizam menos
recursos ambientais e não produzem gases nocivos. Apesar de estarmos em um crescente
consumo mundial de energia elétrica, a pandemia de Covid 19, alterou drasticamente esse
cenário, pois modificou o perfil de consumo de industrial para residencial, mostra uma redução
na produção de bens e serviços no mundo, o que já está trazendo impactos na economia, apesar
disso a pandemia teve um “lado bom”, pois devido a diminuição nas produções industriais e nos
transportes, houve também uma diminuição na emissão de gases de efeito estufa.

Palavras-chave: Energia, Consumo, Geração, Efeito estufa, Covid 19.


1. INTRODUÇÃO

Energia está relacionada a todo tipo de movimento ou transferência de calor, sendo


assim, todos os processos cotidianos produzem ou consomem energia. A energia
elétrica é um tipo de energia, relacionada ao potencial elétrico e a diferença de potencial
de uma espécie, ela é gerada, normalmente, pela transformação da energia química ou
mecânica de um composto.

Há diversas fontes de produção de energia elétrica, que podem ser classificadas por
renováveis e não renováveis. As não renováveis utilizam recursos naturais finitos para
sua geração como a geração por queima de carvão e a geração por usinas nucleares.
Já as renováveis utilizam recursos abundantes, como a energia solar e eólica.

Esse trabalho visa explanar sobre o setor energético, abordando os tipos de energia
e produção de energia elétrica, as principais unidades de geração no mundo, os
indicadores usados para avaliar o consumo, geração e impacto ambiental dessa
geração, no Brasil e no mundo. Trata também, sobre os impactos ambientais da geração
e consumo de energia, e mostra alguns nos principais relatórios e gráficos utilizados
para avaliar a energia elétrica, comparando o seu desenvolvimento nos últimos anos
com outros países desenvolvidos.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Energia
É definido como potencial inato para executar trabalho ou realizar uma
ação. Qualquer coisa que esteja trabalhando para mover um objeto ou o aquecer está
transferindo energia.

As formas de energia presentes em um corpo são: Energia Cinética, relacionada ao


movimento; Energia Potencial, que é está armazenada em um corpo, relacionada a
elevações; Energia Térmica ou Calor, relacionada a diferença de temperatura dos
corpos; Energia Química que é a energia liberado ou absorvida em reações químicas;
Energia Potencial Elétrica, que se origina na geração de diferença de potencial elétrico
em materiais, que permite estabelecer corrente elétrica; Energia Nuclear ou Energia
Atômica, obtida através da interação no núcleo de um átomo.

A maior característica da energia é a conservação e a transformação de uma forma


para outra, como o exemplo das usinas hidroelétricas, onde a energia potencial da água
é transformada em energia elétrica, por meio do movimento das turbinas.
O objetivo desse trabalho é estudar a Energia elétrica e suas fontes, sendo ela
resultado da transformação de energias mecânicas ou químicas, através de geradores,
turbinas ou reatores.

As Principais fontes energéticas são no Brasil:

Energia Hidroelétrica: Produzida através da energia potencial da água, que faz as


turbinas girarem e produzirem energia elétrica.

Energia Termoelétrica: Que aquecem a água até formar vapor, através da queima
de combustíveis fósseis, esse vapor é faz as turbinas girarem.

Energia Eólica: Os parques eólicos são construídos para aproveitar o potencial do


vento para girar as turbinas.

Energia Nuclear: Produzida em usinas nucleares, que utilizam desintegração de


elementos radioativos como o urânio para produzir calor, que aquece a água gerando
vapor e movendo as turbinas.

Energia Solar: Que aproveita a radiação solar para gerar energia através de painéis
fotovoltaicos que converte a energia solar diretamente em energia elétrica. Outra forma
de aproveitar a radiação solar é através do aquecimento da água para a geração de
vapor, esse processo é pouco usado. Sendo mais usado apenas para aquecer a água
utilizada em outros processos.

O processo de geração de energia é, na maioria dos casos, composto de uma fonte


geradora que movimenta uma turbina, que é ligada a uma geradora que converte a
energia das turbinas em energia elétrica e então essa é transmitida para os pontos de
consumo. (ANEEL, 2020)

2.2. Indicadores:
Os indicadores são parâmetros utilizados para avaliar as distribuidoras de energia,
no Brasil a ANEEL utiliza os seguintes indicadores:

2.2.1. Indicadores de qualidade de serviço:


Essa avaliação é feita através da análise das interrupções no fornecimento de
energia, para isso utiliza-se indicadores de continuidade coletiva e indicadores de
continuidade individuais. Os principais indicadores de continuidade coletiva são: DEC
(Duração equivalente de interrupção por unidade consumidora) e o FEC (Frequência
equivalente de interrupção por unidade consumidora). (ANEEL, 2020)
Os indicadores de continuidade individuais são: DIC (Duração de interrupção
individual por unidade consumidora), FIC (Frequência de interrupção de individual por
unidade consumidora), DMIC (Duração máxima de interrupção contínua por unidade
consumidora ou ponto de conexão) e DICRI (Duração da interrupção individual ocorrida
em um dia crítico por unidade consumidora ou ponto de conexão)

2.2.2. Indicadores de qualidade de produto:


A qualidade do produto está relacionada a conformidade de tensão de regime
permanente e as perturbações na forma da onda de tensão. Para essa avaliação usa-
se os indicadores individuais DRP (Duração relativa da transgressão de tensão precária)
e DRC (Duração relativa da transgressão de tensão crítica), e indicadores coletivos
DRPE (Duração relativa de transgressão de tensão precária equivalente) e DRCE
(Duração relativa de transgressão de tensão crítica equivalente).

Além desses outros indicadores são utilizados para avaliar a as distribuidoras de


energia como indicadores de tempo médio de atendimento à ocorrências emergenciais.

Os indicadores também são utilizados para avaliar e categorizar aspectos


relacionados à energia, como o consumo, o abastecimento, importação/exportação,
emissão de CO2, entre outros. Esses indicadores auxiliam na análise da evolução e
utilização da energia no mundo ou em regiões específicas.

2.3. Unidades
O aumento da população mundial teve como consequência um aumento no
consumo de energia, sendo necessário maiores usinas para suprir essa demanda. Outro
detalhe importante é a busca por fontes renováveis de energia, o que aumenta
consideravelmente o número de unidades geradoras utilizando diversas tecnologias. A
seguir há uma breve descrição das maiores usinas de energia do mundo classificadas
por sua fonte.

2.3.1. Hidroelétrica
A maior usina hidroelétrica em energia gerada do mundo é a Três gargantas,
construída no rio Yang-tsé na China, que gerou 98,8 milhos de MW em 2014 e possui a
segunda maior barragem e represa do mundo. A hidroelétrica possui 26 turbinas que
juntas podem produzir até 22, 5 mil MW. (Instituto de Engenharia, 2020)

No Brasil, a maior hidroelétrica é a de Itaipu, que possui 22 turbinas e uma


capacidade de 14 mil MW, que é aproximadamente 38% menor que a capacidade da
Hidroelétrica de Três Gargantas.
2.3.2. Termoelétrica
Mesmo sendo uma forte de energia considerada não limpa ainda é bastante utilizada
no mundo, que pode ser a carvão, a gás natural ou a outros combustíveis. A maior
termoelétrica a carvão é a Xinhua localizada na China, sendo também a maior e maior
tecnológica termoelétrica a carvão do país, tendo a capacidade de produzir até 4 mil
MW. (China-Embassy, 2020). Em comparação, a maior do Brasil é Complexo
Termoelétrico Jorge Lacerda que possui uma capacidade de 1,4 GW.

2.3.3. Eólica
A energia eólica ainda é uma fonte em desenvolvimento no mundo com diversos
estudos e projetos. Hoje o maior parque eólico do mundo fica na China, que também é
líder mundial em produção de energia utilizando essa fonte, produzindo cerca de um
terço de toda a capacidade do mundo. O parque eólico localizado na Província de Gansu
é o maior do mundo com uma capacidade de 7965 MW, porém atualmente funciona
com aproximadamente 60% de sua capacidade. (REVE, 2020) Uma grande tendência
mundial é a instalação de parques eólicos offshore, ou seja, em alto mar, a Inglaterra
está construindo o maior parque eólico nessa modalidade que terá capacidade de 630
MW.

No Brasil, o maior é o do Rio Grande do Sul, o Conjunto Santa Vitória do Palmar, é


o maior parque eólico do país, produzindo 582,79 MW.

2.3.4. Nuclear
A Usina Nuclear de Kashiwazaki-Kariwa localizada no Japão é a maior do mundo
tanto em capacidade instalada quanto por produção de energia elétrica, com 8212 MW
de potência total, ela usa uranio pouco enriquecido como combustível nuclear. No Brasil,
tem-se apenas 2 usinas nucleares que são Angra 1 e 2, e ficam localizadas em Angra
dos Reis, no Rio de Janeiro, e são responsáveis por 3% da produção energética do
país, cerca de 2 mil MW de energia.

2.3.5. Solar
A produção de energia utilizando a radiação solar ainda está em desenvolvimento
no mundo, é uma energia considerada limpa que tem ganhado cada vez mais espaço.
A maior planta solar do mundo fica é a Tengger Desert Solar Park localizada na China
com uma capacidade produtiva de 1547 MW, conhecida como a Grade Muralha Solar
da China. Apesar de ser um país tropical, essa tecnologia é pouco usada no Brasil, a
maior usina de energia solar do país é a Usina Solar São Gonçalo no Piauí, com 437
MW de capacidade produtiva.
2.4. Energia elétrica no mundo e o meio ambiente

2.4.1. Impactos causados pela geração de energia elétrica.


A geração de energia elétrica causa impactos ao meio ambiente, e o grau desse
impacto depende da fonte de geração de energia algumas são mais nocivas e outras
menos, chamadas de fontes limpar.

As hidroelétricas, principais geradoras de energia no Brasil podem causar diversos


danos com a criação de represas, alagamento de áreas protegidas, mudança de fauna
e flora, além de impactos social que podem causar. As termoelétricas são bastante
prejudiciais, pois liberam uma grande quantidade de gases na atmosfera e corroboram
para o efeito estufa. As usinas nucleares são bastante vantajosas com relação ao meio
ambiente, pois não emitem gases poluentes que causam o efeito estufa, porém essa
fonte apresenta um risco grande ao meio ambiente, pois a produção de resíduos
radioativos é grande e seu descarte é bastante complexo, para que ele não cause danos
ao meio ambiente e a saúde da população. (LUMINUS, 2018)

A produção de energia elétrica através de parques eólicos ou plantas solares são


as menos nocivas ao meio ambiente, e assim chamadas energias limpas, pois utilizam
fontes renováveis, que não geram gases nocivos e não necessitam da modificação da
fauna e flora do ambiente a qual serão estalados.

2.4.2. Efeito estufa


O efeito estufa é o que possibilita a vida na Terra, pois uma parte da do calor
irradiado pelo sol é irradiada novamente para o espaço, mas é bloqueada por uma
camada de gases que apesar de permitir a entrada da radiação solar, por ter um
pequeno comprimento de onda, não permite que a radiação terrestre saia, por ter um
comprimento de onda maior. Esse efeito estufa é responsável por aumentar a
temperatura do planeta, que seria em torno de -18°C sem ele. Os principais gases de
efeito estufa são o Dióxido de carbono (CO2), o Metano (CH4), o Óxido nitroso (N2O),
o Hexafluoreto de enxofre (S F6), os Hidrofluorcarbono (HFCs) e os Perfluorcarbonos
(PFCs). (MMA, 2020)

Porém nos últimos anos tem-se observado que a temperatura média da Terra tem
aumentada, embora seja comum mudanças ao longo da história, percebe-se que as
mudanças atuais tem aspectos diferentes que as ocorridas anteriormente, por exemplo
a concentração de CO2 observada na atmosfera em 2005 excedeu consideravelmente
a variação natural dos últimos milênios.

A principal causa desse aumento dos gases de efeito estufa é o aumento de


emissões antrópicas, ou seja, emissões causadas por atitudes humanas. Praticamente
todas as atividades humanas e setores econômicos emitem gases de efeito estufa,
principalmente o setor industrial, devido a queima de combustíveis fósseis para a
produção de energia.

O consumo de energia elétrica é um grande indicador do desenvolvimento


econômico e do nível da qualidade de vida, pois reflete em todas as atividades
econômicas e essa relação é o motivo do acentuado crescimento do consumo de
energia elétrica. Porém também é um grande indicador do aumento de emissões de
gases de efeito estufa. (ANEEL, 2020)

Figura 1- Matriz Energética Mundial 2016. (IEA, 2020)

Nesse diagrama é possível observar que no mundo as principais matrizes


energéticas são os combustíveis fósseis, que produzem gases de efeito estufa.

Em 1997 criou-se o Protocolo de Quioto, que definiu metas de redução de emissões


de gases de efeito estufa, principalmente CO2, para os países desenvolvidos e em
desenvolvimento. O protocolo entrou em vigor em fevereiro de 2005, e estabeleceu
períodos de redução gradativa na emissão de gases. Entre os principais países em
emissão de gases de efeito estufa, somente os Estados Unidos não ratificou o protocolo.
(MMA, 2020)

Para incentivas os países a cumprirem a meta de redução, foram criadas 3


mecanismos de flexibilização, entre eles o chamado Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL), que permite aos países comprarem “Crédito de carbono”, denominadas
reduções certificadas de emissão” resultante de projetos desenvolvidos no país, que
garantam a redução na emissão de gases de efeito estufa.

Mas apesar dos incentivos e de protocolos para que haja a diminuição na emissão
desses gases, observa-se que há um aumento no efeito estufa e com isso um aumento
considerável na temperatura do planeta, sendo de aproximadamente 0,74 °C nos
últimos 100 anos, o que ocasiona derretimento generalizado do gelo e da neve, aumento
no nível dos oceanos, entre outras consequências graves para o planeta.

Para exemplificar esse aumento na emissão de gases de efeito estufa, temos uma
tabela que mostra a emissão no setor de geração de energia entre os anos de 2005 e
2014 no Brasil.

Tabela 1 - Emissão de Gases de Efeito estufa para o setor de geração de energia no Brasil.

Emissão de gases de efeito estufa de origem antrópica (Gigagramas) - Setor de Geração de energia.
Anos
Gases 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
CO2 290621 295611 308967 327452 315649 347974 362225 395214 423169 445197
Metano 684,8 647,9 639,4 639,4 686,3 629,1 585,7 597,4 517,3 577,9
Óxido
nitroso 25 25,5 27 28,8 28,3 32 33,8 36,6 38,2 40,3
Fonte: Sidra – IBGE (2017)

Por isso é tão importante o estudo de alternativas limpas para a geração de energia
e para o uso de combustíveis fósseis, em todos os seguimentos industriais.

2.5. Relatórios e Gráficos


Há inúmeros dados, gráficos e relatórios referentes a energia elétrica, como
consumo, suas principais fontes, indicadores de emissão de gases de efeito estufa,
entre outros parâmetros avaliados no brasil e no Mundo.

Como já citado, o consumo de energia elétrico é um forte indicador do


desenvolvimento econômico e de qualidade de vida, portanto, o maior o consumo
mundial de energia elétrica, indica uma maior produção econômica e maior consumo de
bens e serviços pela população.

Figura 2 - Geração de energia elétrica em GWh por fonte no mundo entre 1990 e 2016. (IEA,
2020)

Através desse gráfico é possível observar que a geração de energia tem crescido a
cada ano em todo o mundo, e com isso, o consumo de combustíveis fósseis para a
geração de energia. Mas é possível observar também que houve um aumento na
utilização de fontes limpas, o que é um excelente passo para um processo com menos
emissão de poluentes.

Na imagem a seguir é possível ver o mapa do consumo de energia elétrica.

Figura 3 - Consumo per capito de energia elétrica em 2007. (ANEEL, 2020)

Vê-se que o maior consumo per capito de energia são dos países desenvolvidos,
provando a teoria que o consumo de energia é um indicador no crescimento econômico.

Na figura 4, temos o consumo mundial por setor, mostrando que a indústria é o setor
com maior consumo, seguida do consumo residencial, que mostra que a população tem
consumido mais energia elétrico nos últimos anos, que indica uma maior qualidade de
vida.

Figura 4 - Consumo de energia elétrica (Ktoe) por setor no mundo. (IEA, 2020)

Com o aumento na geração e consumo de energia elétrica também temos um


aumento na emissão de gases de efeito estufa, portanto é muito importante o
investimento em energias limpas e combustíveis renováveis, que diminuem a emissão
desses gases poluente. Pois a expectativa é de que a cada ano cresça o consumo e
consequentemente a geração de energia elétrica.
Figura 5 - Emissão de CO2 em MT por fonte de geração de energia no mundo. (IEA, 2020)

O gráfico a seguir representa o consumo de energia na sua forma primária em MJ


por PIB em PPC, que é o produto convertido em dólar internacional constante em 2011,
usando taxa de paridade de poder de compram, para o Brasil, Alemanha, China e
Estado Unidos.

Figura 6 - Consumo de energia primária em MJ cada USD 1,000 PIB (nivelado por paridade de
compra em 2011). (Word Bank, 2020)

Apesar de todos os gráficos e dados mostrarem que houve um aumento mundial de


consumo de energia, é possível observar um decréscimo no consumo de energia
primária na Alemanha, China e Estados Unidos, isso ocorre pois os processos
produtivos estão cada vez melhores, economizando energia na sua forma primária, além
desses países terem um investimento maior em tecnologia de integração energética e
consumo de energia renovável. No Brasil, ainda houve um aumento no consumo de
energia primária, isso se deve ao fato de ser um país em desenvolvimento econômico.

Ao analisar o gráfico abaixo que representa o consumo de energias renováveis,


nota-se que o Brasil é um grande consumidor de energias renováveis, isso devido nossa
grande produção de etanol e biodiesel, o que torna o custo desse combustível menor o
que facilita a sua utilização. Esses combustíveis emitem menos gases de efeito estufa
e são obtidos de fontes renováveis. Outro aspecto importante, é que a Alemanha e os
Estados Unidos estão em uma crescente utilização de energias renováveis, quanto que
a China vem em um grande decrescimento.

Figura 7 - Consumo de energias renováveis (% de consumo final de energia). (Word


Bank, 2020)

Da mesma forma é possível verificar que esses países tiveram um decréscimo na


emissão de CO2 o principal gás de efeito estufa, enquanto a China teve um aumento de
emissão, assim como o Brasil.

Figura 8 - Emissão de CO2 em Tonelada Métrica per capita. (Word Bank, 2020)

2.6. Impactos da Pandemia de Covid-19


Com a pandemia de Covid-19 foi observado que a houve uma mudança no perfil de
consumo, aumentando o consumo residencial e diminuindo as demais classes, o que
faz o consume ser mais noturno. O que, como citado anteriormente, é um forte indício
que a pandemia trará impactos significativos na economia mundial.

Impacto observado na economia, fez com que houvesse uma redução na utilização
de combustíveis, principalmente os fósseis, devido a diminuição drástica no setor de
transporte e industrial, assim houve também uma diminuição na emissão de gases de
efeito estufa, de acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito
Estufa (SEEG) houve uma diminuição de 6% na emissão desses gases durante o
período da pandemia.

De acordo a NASA (National Aeronautics and Space Administration), os satélites de


monitoramento observam uma redução na concentração do CO2 e do NO2 sobre a
China, o NO2 não é um gás de efeito estufa, porém é um gás poluente produzido por
atividades industriais, o que indica a redução nesse setor, o que possibilita uma
expectativa na redução na produção de gases de efeito estufa, pois são produzidos nos
mesmos processos.

A estimativa para a redução da emissão global diária de gases de efeito estufa será
de cerca 17% segunda a Le Quéré et al. (2020), em comparação com o mesmo período
do ano anterior.

3. CONCLUSÃO

O setor energético está em constante crescimento, acompanhando o crescimento


econômico e populacional, e isso é um indício que a qualidade de vida está em
crescimento. Com isso, há um aumento na emissão de gases de efeito estufa, que
provocam o aumento na temperatura do planeta, trazendo consequências bastante
graves em diversos ecossistemas. Para que isso não ocorra é necessário o investimento
em energias limpas e renováveis, que diminuem consideravelmente a emissão desses
e de outros gases poluente.

Além disso, observamos o quanto todos os setores econômicos são interligados, um


grande exemplo disso é o período da pandemia de Covid-19, onde a população teve
que se adaptar a ficar mais em casa, impactante negativamente nos setores industriais,
de comercio, de transporte, entre outros, fazendo diminuir a produção de energia
elétrica. Porém um aspecto positivo da pandemia foi a redução da emissão de gases
poluente e de efeito estufa.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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