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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

BÁRBARA ROSA DE AZEVEDO

TRABALHO 1 – TANQUE FLASH

CURITIBA
2020
1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1. Ácido adípico

O ácido adípico é um ácido dicarboxílico de cadeia normal, saturado,


com fórmula molecular C6H10O4. É um ácido orgânico, que também pode ser
chamado de ácido 1,4 – butano dicarboxílico ou ácido hexanodióico, a
temperatura ambiente, ele se encontra em forma de cristais sólidos na cor
branca, pouco solúvel em água, possuindo uma temperatura de fusão entre
151 °C e 153 °C, e não é reativo com a água ou materiais comuns. (CETESB,
2020)

Dos ácidos dicarboxílicos alifáticos, pode-se dizer, que o ácido adípico é


o que possui maior importância comercial, pois ele é utilizado como uma das
matérias primas básicas da produção de poliamidas, sendo a principal delas o
nylon-6,6, obtido pela reação entre o ácido adípico e o 1,6-hexanodiamina, que
possui grande importância na manufatura de fibras sintéticas. (LIMA, 2006)

Em 2009 a produção anual de ácido adípico foi em torno de 2 milhões de


toneladas, sendo que dessas, cerca de 60% foi utilizada na produção do nylon.
O ácido adípico pode ser utilizado em diversos setores industriais, podendo ser
empregado como matéria prima na síntese de poliuretanos, polímeros e fibras
têxteis de poliamidas, lubrificantes, plastificantes, aditivos, tintas, resinas e
espumas. Outra aplicação é como acidulante na indústria alimentícia.

1.2. Etanol

Etanol, ou álcool etílico, é um álcool produzido através da fermentação


de açúcares presentes em vegetais, como cereais, beterraba, batata e cana-
de-açúcar. O álcool etílico possui fórmula molecular C2H6O, com peso
molecular de 46,07 g/mol e temperatura de ebulição de 78,5 °C. Sendo um
líquido incolor inflamável, miscível em água.

O etanol foi, inicialmente, produzido apenas como bebida, através da


fermentação de diversas frutas e vegetais. Com o tempo, começou a ser
produzido para outros fins, como os medicinais, para sanitização e fabricação
de pigmentos. Além de outros diversos usos, sendo matéria prima para
inúmeros produtos químicos. (CINELLI, 2012)
No século XX, tornou-se conhecido o potencial do etanol como
combustível, principalmente para automóveis, sendo uma alternativa para os
combustíveis fósseis, o que levou ao desenvolvimento de processos de
produção do etanol em larga escala.

Devido a suas características, o etanol possibilita uma combustão mais


limpa e com maior desempenho, sendo utilizado como aditivo para melhorar a
qualidade do antidetonante na gasolina, além disso é produzido matéria-prima
renovável e possui menor emissão de poluentes.

No Brasil é o país pioneiro na utilização do etanol como combustível em


larga escala e é, também, o país que mais utiliza o combustível e o segundo
maior produtor mundial (em média 400 mil litros por dia). Sendo que no Brasil o
etanol é produzido a partir da fermentação do caldo da cana-de-açúcar, que foi
considerado o biocombustível com menor pegada de carbono do mundo.

Os Estados Unidos é o maior produtor mundial de etanol, sendo que a


maior parte é produzida tendo milho como a matéria prima, porém uma boa
parcela da produção do país vem de subprodutos de madeireiras, e outros
cereais.

1.3. Óxido de cobalto

O cobalto é um elemento químico de transição que pertence ao grupo


VIII-B da classificação periódica, a temperatura ambiente se apresenta como
um sólido de cor cinza, com massa molar de XXX. E ponto de fusão de 1490
°C. Pode ser encontrado na natureza na forma de sulfoarsenieto de cobalto ou
na forma impura associada a metais como ferro, níquel, prata, chumbo e cobre.

Ele pode ser utilizado como liga de alta temperatura com o aço, ou em
ligas magnéticas, pois possui propriedades ferromagnéticas. Também é muito
utilizado na fabricação de pigmentos nas indústrias de cerâmica, vidros e tintas,
e para acelerar a secagem de tintas e óleos.

O óxido de cobalto é obtido através da decomposição térmica de sais de


cobalto sob um ambiente oxidante a temperaturas entre 250 °C e 290 °C e é
amplamente empregado como catalizador de processos de oxidação seletivos
devido a seus sítios ativos. Os catalizadores suportados são formados pelo
óxido de cobalto metálico depositados sobre uma superfície de um composto
chamado suporte, no caso estudado, o óxido de cobalto metálico foi depositado
sobre pastilhas de alumina. (FRANÇA, 2016)

1.4. Rotas de produção conhecidas

1.4.1. Oxidação do cicloexano

Essa é o método mais comum para a obtenção do ácido adípico, através


da oxidação do cicloexano em duas etapas, onde primeiramente é feita a
oxidação do cicloexano com ar para a formação de uma mistura de cicloexano
e cicloexanona, então é feita a oxidação desta mistura com ácido nítrico para a
formação do ácido adípico.

Figura 1 - Produção de ácido adípico através da oxidação cicloexano.

Há duas rotas conhecidas para realização desta reação, a de Du Pont


(1940) que utiliza um catalizador solúvel de cobalto há uma temperatura de 150
°C e uma pressão de 15 bar, a segunda rota foi apresentada como uma
melhoria da segunda, utilizando compostos de boro como catalizador para
aumentar a seletividade da reação do cicloexano e o rendimento global para a
mistura cicloexano e cicloexanona.

Além dessa, uma terceira rota para a oxidação do cicloexano, envolve a


maximização na produção do composto cicloexil-hidroperóxido, um
intermediário da reação, e depois a decomposição controlada deste
intermediário. Essa rota foi proposta porque a oxidação do cicloexano baseia-
se em uma reação radicalar inicial que leva a formação de cicloexil-
hidroperóxido, que é decomposto na mistura de cicloexano e cicloexanona.
Essa rota não é muito utilizada, pois a a reação é pouco eficiente, envolve uma
grande quantidade de cicloexano no reciclo e a utilização de uma quantidade
considerável de bases e ácidos para realizar a neutralização da mistura, além
da dificuldade na separação dos compostos.
O grande desafio enfrentado na produção do ácido adípico através da
oxidação do cicloexano é a grande quantidade de N 2O formada, sendo que
este gás é altamente nocivo para o meio ambiente, sendo um gás de efeito
estufa. Por isso, diversos estudos de síntese de ácido adípico em condições
mais favoráveis para o meio ambiente têm sido feitos.

2. DIAGRAMA DE BLOCOS

3. MEMORIAL DESCRITIVO

4. FLUXOGRAMA

5. P&ID DO REATOR

6. MEMORIAL DE CÁLCULO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis. Etanol. 2020.


Disponível em: https://www.gov.br/anp/pt-br/assuntos/producao-e-fornecimento-de-
biocombustiveis/etanol. Acesso em: 22 dez. 2020.
CINELLI, Bernardo Alves. PRODUÇÃO DE ETANOL A PARTIR DA FERMENTAÇÃO
SIMULTÂNEA À HIDRÓLISE DO AMIDO GRANULAR DE RESÍDUO
AGROINDUSTRIAL. 2012. 200 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia
Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012. Disponível
em: http://objdig.ufrj.br/60/teses/coppe_m/BernardoAlvesCinelli.pdf. Acesso em: 22
dez. 2020.
COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB). Ficha de
Informação de Produto Químico: ácido adípico. ÁCIDO ADÍPICO. Disponível em:
https://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=
%C3%81CIDO%20AD%C3%8DPICO. Acesso em: 22 dez. 2020.
FRANÇA, Fernanda Cândido. DESENVOLVIMENTO DE UM CATALISADOR À
BASE DE ÓXIDO DE COBALTO APLICADO NO CRAQUEAMENTO DE ÓLEO DE
SOJA: uma alternativa à reciclagem de baterias de telefonia celular e à produção de
combustíveis. 2016. 105 f. Dissertação (Doutorado) - Curso de Engenharia de
Materiais, Centro Federal de Educação Tecnologica de Minas Gerais, Belo Horizonte,
2016. Disponível em:
http://www.posmat.cefetmg.br/wp-content/uploads/sites/120/2017/08/Disserta
%C3%A7%C3%A3o_Fernanda_C%C3%A2ndido.pdf. Acesso em: 23 dez. 2020.
GALVÃO, Alessandro Cazonato; PALUDO, Ananda Regina; MACHADO, Thaiany
Demétrio. SOLUBILIDADE DO ÁCIDO ADÍPICO EM SOLUÇÕES LIQUIDAS
BINÁRIAS FORMADAS POR METANOL E ÁGUA NAS TEMPERATURAS DE
293,15 K, 303,15 K, 313,15 K, E 323,15 K. Florianópolis: 27° Seminário de Iniciação
Científica da Universidade Federal de Santa Catarina, 2017. Disponível em:
https://www.udesc.br/arquivos/udesc/id_cpmenu/6218/27_15034023340062_6218.pdf.
Acesso em: 22 dez. 2020.
 LIMA, Liliane Schier de. OXIDAÇÃO AERÓBICA DE CICLOEXANO E CICLOEXENO
USANDO CARVÃO ATIVADO COMO CATALISADOR. 2006. 77 f. Dissertação
(Mestrado) - Curso de Química, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006.
Disponível em:
http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/249522/1/Lima_LilianeSchierde
_M.pdf. Acesso em: 22 dez. 2020.

Russel, J. B. Química geral. São Paulo: Makron Books, 2004.


UNICA. Etanol: energia sustentável. Energia Sustentável. Disponível em:
https://unica.com.br/setor-sucroenergetico/etanol/. Acesso em: 22 dez. 2020.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (Ribeirão Preto). Ficha de Informação de Produto
Químico: álcool etílico. ÁLCOOL ETÍLICO. Disponível em:
https://sites.ffclrp.usp.br/cipa/fispq/Etanol.pdf. Acesso em: 22 dez. 2020.

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