O documento discute as propriedades termodinâmicas de soluções, incluindo efeitos de mistura, propriedades parciais molares e fugacidade. Explica que soluções reais raramente se comportam como soluções ideais devido a interações entre moléculas, e que a análise de propriedades como potencial químico e coeficiente de fugacidade fornecem informações sobre como componentes interagem em soluções.
O documento discute as propriedades termodinâmicas de soluções, incluindo efeitos de mistura, propriedades parciais molares e fugacidade. Explica que soluções reais raramente se comportam como soluções ideais devido a interações entre moléculas, e que a análise de propriedades como potencial químico e coeficiente de fugacidade fornecem informações sobre como componentes interagem em soluções.
O documento discute as propriedades termodinâmicas de soluções, incluindo efeitos de mistura, propriedades parciais molares e fugacidade. Explica que soluções reais raramente se comportam como soluções ideais devido a interações entre moléculas, e que a análise de propriedades como potencial químico e coeficiente de fugacidade fornecem informações sobre como componentes interagem em soluções.
A termodinâmica das soluções estuda a interação entre compostos multicomponentes, onde solução é definida como uma mistura homogênea de dois ou mais componentes que não reagem entre si. Sendo assim, a termodinâmica estuda suas propriedades e seus comportamento utilizando estados de referência previamente definidos e que possuem um comportamento previsível. As propriedades de mistura é uma variação que uma propriedade termodinâmica sofre a pressão e temperatura constante. Quando as propriedades de mistura de uma solução real são diferentes das propriedades que teriam se estivessem em uma solução ideal, dizemos que a propriedade sofreu efeito de mistura, eu seja, as propriedades dos compostos sofreram alterações apenas por serem misturados, isso se dá pelas interações cruzadas. As interações cruzadas são as interações que entre moléculas de compostos diferentes, quando essa interação entre duas moléculas do mesmo composto não é igual a interação entre duas moléculas de compostos diferentes, dizemos que essa solução sofre efeito de mistura. Porém, em alguns casos o comportamento das interações cruzadas é semelhante ao das interações entre componentes iguais, isso ocorre quando os compostos possuem a mesma natureza química, formas e tamanhos similares, quando isso ocorre temos uma solução ideal. Porém, é muito necessário estudar o comportamento de soluções não ideais, pois a maioria das misturas que necessitam usar nos processos químicos, não possuem o comportamento de uma solução ideal. E para entender o comportamento de um a solução real, é necessário saber quais os efeitos de mistura sofre as propriedades dessa solução. O efeito de mistura é formado por duas contribuições, a entálpica que medem as variações energéticas, ou seja, o quanto os potenciais de interação e a energia do sistema são afetados devido as interações cruzadas. Em gases ideias, devido a ausência de interações moleculares, qualquer efeito de mistura de caráter entálpico pode ser anulado. Sendo assim, para mistura de gases ideais, em uma temperatura e pressão constantes, a variação do volume molar, da energia interna e da entalpia é zero. A outra contribuição para o efeito de mistura é entrópica, que analisa a desorganização do sistema. Quando os gases são misturados, em uma pressão e temperatura constantes, a desorganização do sistema aumenta, pois as moléculas de cada gás necessitam se reordenarem para ocupar o espaço. Sendo assim, as variações de entropia, energia livre e energia de Helmoholtz, em gases ideais não são nulos, pois há uma contribuição entrópica no efeito de mistura, que dependem exclusivamente das “quantidades” de cada gás que compõe a solução. Para facilitar a análise das propriedades dos compostos em mistura, visto que eles não se comportam da mesma forma de quando estão puros, é utilizar uma propriedade parcial molar. A propriedade parcial molar é definida como a variação da propriedade com o número de mols de do componente em mistura, esse é o valor real da propriedade quando em solução. O potencial químico é uma propriedade parcial molar que merece destaque, pois ele é muito importante para descrever o equilíbrio químico. Ele é composto pela energia livre de Gibbs, ou seja, é a energia livre de Gibbs parcial molar do componente. A equação de Gibbs-Duhem deriva da equação fundamental da termodinâmica para uma solução homogênea e descreve os principais potenciais, sendo esses o potencial térmico através do dT, o potencial mecânico através do dP, e o potencial químico com o dµi. Como intuito de possibilitar o cálculo do potencial químico, Lewis propôs uma função auxiliar, cujo conceito se deriva de um gás ideal puro, e posteriormente generalizado para os demais sistemas, essa função é a fugacidade. A fugacidade é denominada como a tendência de escape do composto e possui unidade de pressão, e ela descreve a influência das interações moleculares, sendo assim a fugacidade de um gás ideal puro é igual a pressão do sistema, e a fugacidade do componente em uma solução de gases ideais é igual a sua pressão parcial. Sendo assim, a fugacidade está relacionada com distanciamento entre o estado real e o ideal. É importante avaliar esse distanciamento, pois no estado ideal as condições são próximas ao estado do composto puro, levando em conta a quantidade desse composto na solução, então a solução ideal é o estado de referência para a obtenção das propriedades em solução real. Para ser possível obter o valor da fugacidade do componente em uma solução real utilizamos as propriedades residuais que são a diferença entre a propriedade da solução real e da solução ideal, nas mesmas condições, ou seja, meda a variação da propriedade. Através das propriedades residuais molares é possível obter um parâmetro chamado coeficiente de fugacidade, que é a razão entre a fugacidade d composto e sua pressão parcial na solução. Assim é possível escrever a variação do comportamento do componente na solução relação ao seu estado em uma solução ideal. Quando o coeficiente de fugacidade possui um valor maior que 1, dizemos que ele possui uma maior tendência de escape, ou seja as interações cruzadas entre os componentes são repulsivas; e quando ele é menos de 1, as interações são atrativas, ou seja possui uma tendência de escape maior.