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De acordo com (Mullin, 2001), uma solução é uma mistura homogênea de duas ou mais
substancias, que pelo princípio de Le Chatelier, se constitui de um sistema em equilíbrio que
quando sujeito a uma mudança na temperatura ou pressão, o sistema vai se auto ajustar para
um novo equilíbrio com o objetivo de aliviar os efeitos das alterações no sistema.
Em uma determinada temperatura, existe um máximo de soluto que pode ser dissolvido,
quando este ponto é alcançado, a solução é considerada saturada, Para (Tavare, 1995) a
condição de saturação é alcançada quando o soluto na solução alcança o ponto de equilíbrio
com o soluto em estado sólido. abaixo deste ponto a solução é denominada insaturada.
(Mullin, 2001) também nos informa as condições para supersaturação, sendo o excesso de
soluto presente no sistema sólido-líquido. Se uma solução contém mais soluto dissolvido que o
seu estado de equilíbrio, ela é considerada supersaturada. Este estado de supersaturação é
essencial para operações de cristalização. Onde (Tavare, 1995) sendo que o estado de
supersaturação é pré-requisito para o processo de cristalização. Além de pré requisito, a
supersaturação é entendida como força motriz do processo de cristalização, onde é a
diferença do potencial químico entre o soluto na solução e na forma cristalizada,
TERMODINAMICA DA SOLUBILIDADE
Já que para uma solução ideal a variação de Entalpia é zero e a variação da energia de Gibbs
pode ser expressa em termos do coeficiente de atividade, portanto:
o que em outras palavras, para uma solução ideal, existe uma igualdade entre a solubilidade e
a atividade.
Que para soluções não ideais, a equação é modificada por um Coeficiente de Atividade (ϒ)
apropriado:
O que nos permite, portanto, através da predição do coeficiente de atividade, determinar para
soluções não ideias, a solubilidade dos compostos. Existem uma série de métodos com o
objetivo de determinar o Coeficiente de Aividade, entre eles podemos citar: Scatchard-
hilderbrand, parâmetros de Hanser, UNIQUAC, UNIFAC, COSMO-RS e dinâmica molecular
como pontuados por (Myerson, 2019) e (Mullin, 2001)
Ainda para soluções ideais, do ponto de vista termodinâmico, para uma solução ser saturada,
ela deve estar em equilíbrio com a solução sólida. Termodinamicamente, isso significa que o
potencial químico do soluto em solução é igual ao potencial químico do soluto na fase sólida.
A equação afirma que a solubilidade aumenta com o aumento da temperatura, que a taxa de
aumento da solubilidade é proporcional ao valor do calor de fusão e que para materiais com
temperaturas de fusão semelhantes, quanto menor o calor de fusão, maior a solubilidade e
materiais com calor de fusão semelhante, quanto menor a temperatura de fusão, maior a
solubilidade. Em soluções de não eletrólitos, as interações entre as moléculas do solvente e
soluto, a polaridade e os momentos de dipolo vão influenciar os cálculos dos coeficientes de
atividade e, portanto, afetar a solubilidade. Existem diversas formas para estimar os
coeficientes de atividade para soluções de eletrólitos e não eletrólitos quando o sistema desvia
da idealidade.
Embora não encontramos soluções com comportamento ideal, onde é aquela que considera as
interações entre o soluto e solvente, idênticas as interações entre o solvente e o soluto, tal
conceito ainda é útil na tentativa de compreensão do fenômeno. Considerando tal fenômeno
temos a equação de equação de Van´t Hoff (Mullin, 2001):
Onde x é a fração molar do soluto na solução, T é a temperatura da solução em Kelvin, Tf é a
temperatura de fusão do soluto. ΔHf é a entalpia de fusão do soluto e R é a constante
universal dos gases.
Com essa equação, é possível determinar a solubilidade do composto considerando ele ideal,
importante notar que a equação não considera qualquer informação sobre o solvente, fator
que já sabemos que influencia na solubilidade dos compostos.
Embora exista todo um arcabouço termodinâmico para derivar o potencial químico, que é
entendido como a força motriz do processo de cristalização, ou ainda a solubilidade, em
termos práticos, a supersaturação é utilizada e entendida como responsável pela força motriz
do processo de cristalização, além de fornecer informações sobre o rendimento do processo
durante a mudança de estado de uma concentração para outra. (Mullin, 2001)
Supersolubilidade
FGURA
A figura é dívida em três regiões, a fase estável, não saturada, onde a cristalização é
impossível. A zona metaestável, onde a solução se encontra supersaturada, que é a região
entre as zonas supersaturada e não saturada, onde ocorre cristalização espontânea
(homogênea). E a Zona Labile, ou não estável, onde a solução se encontra supersaturada,
região onde a cristalização é mais provável e vai normalmente acontecer.