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SOLUÇÃO

Uma solução é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias puras. Ela é
composta por um soluto e um solvente, no qual o soluto é a substância presente em
menor quantidade e o solvente é a substância existente em maior quantidade. Uma
solução pode ser gasosa, líquida e/ou sólida. Podemos distinguir seis tipos de soluções,
dependendo dos estados iniciais (sólido, líquido ou gasoso) dos componentes da
solução, que são:
- Gás + Gás – o estado da solução é gasoso – Ex. Ar atmosférico.
- Gás + Líquido – o estado da solução é líquido – Ex. Refrigerante.
- Líquido + Líquido – o estado da solução é líquido – Ex. Etanol dissolvido em água.
- Líquido + Sólido – o estado da solução é líquido – Ex. Sal dissolvido em água.
- Sólido + Gás – o estado da solução é sólido – Ex. Gás hidrogênio dissolvido em
chumbo.
- Sólido + Sólido – o estado da solução é sólido – Ex. Ligas metálicas.
Os químicos também caracterizam as soluções pela sua capacidade para dissolver um
soluto (solubilidade). Uma solução que contenha a máxima quantidade de um soluto em
determinado solvente, a dada temperatura, chama-se solução saturada. A solução,
antes de atingir o ponto de saturação, é denominada solução insaturada; isto é, ela
contém menos soluto do que é capaz de dissolver. Um terceiro tipo, uma solução
supersaturada, possui maior quantidade de soluto do que a existente em uma solução
saturada. (CHANG, R., 2007).

SUSPENSÕES
As suspensões são misturas heterogêneas de duas ou mais substâncias puras. Por
serem heterogêneas possuem mais de dois aspectos, porém são o tipo de sistema que
se pode ver a olho nu ou em microscópico óptico as suas fases como areia na água,
leite de magnésia em calamina, alguns antibióticos. Suas partículas possuem tamanho
maior que 1000nm de acordo com Jennifer Fogaça, Graduada em Química.

CONCENTRAÇÃO
Concentração é a relação entre a quantidade de soluto e solvente presente em uma
solução. Abaixo contém 7 tipos de concentrações:
 Concentração comum (C): Relaciona a massa do soluto em gramas
com o volume da solução em litros. É chamada de concentração em g.L-
1
(grama por litro).
 Densidade (d): Relaciona a massa e o volume da solução, geralmente,
as unidades usadas são g.mL-1 (grama por mililitro) ou g.cm -3 (grama por
centímetro cúbico).

 Título (T): Relaciona a massa de soluto com a massa da solução ou o


volume do soluto com o volume da solução. É uma concentração
adimensional e se multiplicarmos por 100 temos a porcentagem de soluto
na solução.

 Fração Molar (Xn): A fração molar de um componente é a razão do


número de mols deste componente pela soma do número de mols de
todos os componentes.

 Molaridade (M): Pode ser chamada de concentração molar. Indica o


número de mols do soluto dissolvido por um litro de solução. Sua unidade
é o mol.L-1 (mol por litro).

 Molalidade (ᶬ): Relaciona a quantidade de mols de soluto dissolvidos


em um quilograma (1000g) de solução.

 Partes por milhão (ppm): É a concentração que relaciona a massa do


soluto com a massa da solução em grama, multiplicada por 10 6
(1.000.000).

PREPARO DE SOLUÇÕES
A preparação de soluções requer alguns cuidados. Estes estão diretamente
relacionados com a solubilidade das substâncias, a temperatura, a pressão e a
concentração.
A temperatura interfere na capacidade de dissolução (solubilidade) de um solvente com
relação a um certo soluto, desta forma a cada temperatura teremos um determinado
valor para a solubilidade. Quando a temperatura sobe, facilita a dissolução, e aumenta
a solubilidade. A temperatura diminui, então dificulta a dissolução e diminui a
solubilidade. A pressão funciona igual a temperatura, quando aumenta-se a pressão,
aumenta-se a solubilidade. Quando diminui-se a pressão, a solubilidade também será
diminuída.
Outro ponto importante para o preparo de uma solução é a concentração. Para se
preparar corretamente uma solução, deve-se saber exatamente sua concentração, tanto
a comum, quanto a molar, fracionada, ou seja, é necessário colocar a quantidade exata
de soluto para determinada quantidade de solvente, para que seja respeitada a
instauração, saturação ou supersaturação desejada.
RADIOATIVIDADE
À medida que o número de prótons do núcleo aumenta, o número de nêutrons por próton
aumenta nos núcleos estáveis. Os nêutrons são necessários para impedir uma
autodestruição do núcleo como resultado da repulsão próton-próton, e quanto maior o
número de prótons que está presente no núcleo, maior deverá ser a relação
nêutron/próton para que o núcleo seja estável Na tabela periódica, quando há mais de
83 prótons num núcleo, nenhum número de nêutrons o estabilizará. (RUSSELL, J.B.,
1929). De acordo com Chang, esses núcleos instáveis (Z > 83) sofrem decaimento
espontâneo com emissão de radiação e partículas. Essa emissão de partículas e
radiação eletromagnéticas são chamadas de radioatividade. A desintegração de um
núcleo radioativo é, às vezes, o começo de uma série de decaimentos radioativos, que
é uma série de reações nucleares que ao final resultam na formação de um isótopo
estável.

EMISSÕES α, β E γ
Três espécies de emissões radioativas naturais foram identificadas, caracterizadas e foi
demonstrado que todas são emitidas pelo núcleo atômico, provocando mudanças na
composição ou estrutura. Tais emissões foram chamadas de alfa, beta e gama. Raios
alfa (α) consistem em um fluxo de partículas que são idênticas a núcleos de 2He4. Raios
beta (β) são constituídos de uma corrente de elétrons, geralmente de alta energia, e
0
designados -1e . Aqui, o subíndice -1 indica a carga e o subscrito 0, a massa
extremamente pequena do elétron. Raios gama (γ) não são partículas, são radiações
eletromagnéticas, como raios-x, mas são geralmente de frequência mais alta, portanto,
energia mais alta. (RUSSELL, J.B., 1929).

REAÇÕES NUCLEARES
De acordo com Russell, a emissão natural de uma partícula alfa ou beta transforma um
determinado núcleo em um novo com número diferentes de prótons. Assim, cada uma
dessas desintegrações radioativas representa a transmutação de um elemento em
outro.
Os átomos com núcleos estáveis se encontram em um cinturão de estabilidade, que é
uma região a qual a relação nêutron-próton está próxima de 1 para os núcleos mais
leves, mas no qual a relação cresce à medida que o número de prótons cresce. Assim,
no 3Li6 a relação é 1:1, no 48Cd
110
é 1,29:1 e no 80Hg
202
é 1,53:1. Nessa relação
nêutron/próton, os núcleos instáveis podem estar acima, abaixo ou entre os extremos
do cinturão de estabilidade. Os núcleos nessas regiões tendem a transformar-se em
núcleos de dentro do cinturão. Para que isso aconteça os núcleos podem diminuir e
aumentar a relação nêutron-próton através de desintegração β-, ou emissão de
nêutrons, ou emissão de pósitrons β+.
Algumas vezes, não é uma relação nêutron-próton desfavorável que produz a
desintegração. O número total de núcleons pode ser tão grande que a força de ligação
nuclear não é o suficientemente forte para mantê-los juntos. Isso leva a emissão de
partículas α, assim livrando-se de dois prótons e dois nêutrons ao mesmo tempo, logo
produzindo elemento com menor massa e número atômico. É basicamente desta
maneira que as reações de transmutação nuclear funciona, com o bombardeamento de
nuclídeos.
Quando um núcleo está muito além do cinturão de estabilidade, ele quebra-se em dois
pedaços, ao invés de emitir sucessivas partículas alfa. Isso é entendido por fissão
nuclear. Por ser uma reação com grande liberação de energia, ela é o processo que
produz energia nas bombas atômicas e nas usinas nucleares.
Em relação à curvas de energia de ligação nuclear, a conversão de núcleos muitos leves
em núcleos pesados também resulta num aumento de energia de ligação por núcleon e
então poderá haver liberação de altíssimas quantidades de energia, ainda maiores que
na fissão. Essas reações são chamadas de fusões nucleares, os quais os núcleos
menores se fundem e formam núcleos maiores. A fusão nuclear explica a atividade solar
e das bombas de hidrogênio. (RUSSEL, J.B., 1929).

MEIA VIDA
Período de meia vida é o intervalo de tempo necessário para que o número ou a massa
de radionuclídeos reduza-se à metade. Quanto mais rápido o decaimento radioativo, ou
seja, quanto menor o tempo de meia vida, mais radioativo é um elemento. Para calcular
a massa (n) de determinado elemento em função de sua massa inicial (x) e do número
de meias vidas submetida (t) utiliza-se a seguinte equação:

REFERÊNCIAS
Química Geral: Conceitos essenciais / Raymond Chang - 4.ed. - Editora Mc Graw Hill,
2007.
Química Geral / John B. Russell - 2.ed. - São Paulo: Pearson Makron Books, 1994.
Volume II.
FOGAÇA, J. .Química - Físico-Química - Soluções - Tipos de Dispersões. Brasil
ESCOLA. Disponível em: http://www.brasilescola.com/quimica/tipos-dispersoes.htm.
Acesso em 18 de maio de 2015.

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