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1. INTRODUÇÃO
Uma solução pode ser definida como uma mistura homogênea de duas ou
mais substâncias. Na verdade, as soluções verdadeiras se constituem uma das
três grandes classes das dispersões juntamente com as suspensões e os
sistemas coloidais. Um dos critérios de distinção entre essas classes é o tamanho
das partículas; as partículas de uma suspensão têm tamanho grosseiro, de modo
que podem ser vistas a olho nu. Uma solução verdadeira tem partículas com
tamanho da ordem de íons ou moléculas e um sistema coloidal possui partículas
com dimensões intermediárias entre as suspensões e as soluções verdadeiras.
Desse modo, cada uma dessas classes apresenta fenômenos próprios que as
particularizam. Nas soluções verdadeiras não ocorre deposição de partículas
como nas suspensões, nem dispersão da luz (efeito Tyndall) como nos sistemas
coloidais.
Os maiores e melhores exemplos de soluções são a águas do mar (isenta
de partículas), o ar (livre de fuligem e outros poluentes) e os fluídos biológicos
como o plasma sanguíneo. Desta forma, há a necessidade, pela utilidade e
importância de se estudar as soluções verdadeiras. Quaisquer associações dos
três tipos de estado da matéria podem constituir uma solução verdadeira. Para
melhor compreensão do sistema, costuma-se dividir uma solução em soluto e
solvente; entretanto, não existe rigor na designação de qual substância é o soluto
e qual é o solvente, uma vez que ambos estão dispersos entre si. É comum
aceitar que o componente de maior quantidade é o solvente. O quadro a seguir
mostra o exemplo de cada um dos nove tipos possíveis de soluções binárias (2
componentes):
1
Como o preparo de uma solução envolve sempre a dissolução de uma
substância em outra, é conveniente compreender alguns aspectos do processo e
das forças que nele ocorrem. A dispersão (mistura) de uma substância em outra
altera a organização dos íons ou das moléculas que constituem o soluto e o
solvente porque modifica as forças que mantém coesas as partículas. A
dissolução é um fenômeno que resulta do equilíbrio de forças soluto-solvente
comparativamente às forças soluto-solvente e solvente-soluto. Disso resulta a
regra geral “semelhante dissolve semelhante”, isto é, um solvente dissolverá um
soluto se eles tiverem estruturas que apresentem o mesmo tipo de interação entre
os íons ou moléculas. Solventes polares dissolvem solutos polares, enquanto que
solventes não polares dissolvem solutos não polares. Como em toda regra,
observam-se exceções a essa afirmação, o que demonstra que durante a
dissolução outros fatores interferem decisivamente, tais como forças
intermoleculares resultantes de pontes de hidrogênio, momento dipolar, constante
dielétrica entre outras.
A solubilidade de um soluto em um certo solvente é definida como a
concentração daquele soluto em sua solução saturada. Uma solução é dita
saturada quando está em equilíbrio com excesso de soluto, ou seja, não é
possível dissolver mais soluto naquela quantidade de solvente sem mudar as
condições de temperatura e pressão. A partir da solução saturada é possível
definir solução não saturada que é aquela que tem concentração do soluto menor
que uma solução saturada; solução supersaturada é aquela que tem concentração
do soluto maior que uma solução saturada.
As proporções relativas em que às substâncias se dissolvem uma nas
outras são abordados de diversos modos chamados “unidades de
concentrações” e as mais comuns são:
1.1. Percentagem: É a relação que expressa uma certa quantidade de soluto
para 100 partes de uma solução. Existem 3 tipos de percentagem:
a) Percentagem peso/volume: É o número de gramas do soluto existentes em
100mL de solução. Por exemplo: uma solução aquosa de NaOH a 10% p/v
contém 10g de soluto (NaOH) para cada 100mL de solução (NaOH + H 2O).
b) Percentagem peso/peso: É o número de gramas de soluto existentes em 100g
da solução. Por exemplo: para preparar uma solução aquosa de glicose a 5%
p/p é necessário 5g de soluto para 95g de H 2O.
c) Percentagem volume/volume: É a quantidade de mililitros do soluto existente
em 100mL de solução. Por exemplo: o álcool a 96% é uma solução que
contém 96mL de álcool para cada 100mL de solução ou 96mL de álcool em
4mL de H2O.
2
Obs. A percentagem e o título são chamados “unidades físicas” porque
independem da natureza do soluto.
6,41
Fraçãomolar dobenzeno X C 6 H 6 0,541
6,41 5,43
5,43
Fraçãomolar dotolueno X C 7 H 8 0,459
6,41 5,43
3
1.6. Molalidade: É o número de moles do soluto dissolvido em 1Kg de solvente
puro.
n o de moles do soluto
m
massa do solvente Kg
a) Carbonato de sódio: o íon CO32- pode ser determinado com HCl em presença
do alaranjado de metila ou vermelho de metila ou o indicador misto alaranjado de
metila-carmin índigo, formando assim inicialmente o íon HCO 3- e depois pela
adição de um volume maior de ácido, o H2CO3.
Durante o desenvolvimento desta reação, o H 2CO3 fica em equilíbrio com o CO2 e
o H2O:
4
H2CO3 CO2 + H2O
Para que o ponto final desta titulação fique mais nitidamente definido, torna-
se necessário que expulsar o CO2 da solução antes que o ponto de equivalência
seja atingido. Esta operação se efetua através de um aquecimento da solução até
ebulição.
Ka = H+ / Cac
pH = ½ pKa – 1/2logCac = 5,2
5
a) Ftalato ácido de potássio (KHC8H4O4)
b) Ácido benzóico (C6H5COOH)
c) Ácido oxálico (H2C2O4 . 2H2O)
d) Hidrogenoiodato de potássio (KH(IO3)2)
e) Ácido sulfâmico (NH2SO3H)
Entre essas substâncias, o hidrogenoftalato de potássio é o mais adequado,
pois tem uma pureza de pelo menos 99,9% é quase não higroscópico, mas a não
ser que se compre um produto com garantia de pureza, é aconselhável secá-lo a
120 °C durante duas horas e deixá-lo resfriar num frasco coberto em um
dessecador.
Alguns métodos são aplicados na preparação de soluções de NaOH livre de
carbonato, sendo que os mais simples consistem:
6
2. PARTE EXPERIMENTAL
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2.2. Preparação e padronização da solução de hidróxido de sódio
Observações:
1) NaOH é higroscópico. As pastilhas contêm Na 2CO3.
2) Cuidado ao manusear NaOH.
3) Água destilada e fervida é usada para minimizar a quantidade de CO 2
dissolvido.
4) Massa e volume aproximados porque a solução será posteriormente
padronizada, isto é, terá sua concentração exata determinada.
5) Armazenamento de solução de NaOH em frasco plástico porque NaOH
ataca o vidro (NaOH reage com os silicatos que constituem o vidro).
Materiais Reagentes
Pipeta volumetrica de 10 ml
Fenolftaleina
Balão volumetrico de 100 ml
Solução de NaHO 0,1 mol/L padronizada
Pisseta