Expressões físicas de

concentração das soluções

Prof. Heron Torquato
 PREPARO DE SOLUÇÕES(sólidos)

1. Pesar o soluto;
2. Dissolver o soluto em um béquer usando uma pequena quantidade de
solvente;
3. Transferir quantitativamente para o balão volumétrico;
4. Completar o volume com o solvente;
5. Homogeneizar a solução;
 PREPARO DE SOLUÇÕES(líquidos)

1. Medir o volume do soluto;

2. Transferir quantitativamente para o balão volumétrico;
3. Completar o volume com o solvente;
4. Homogeneizar a solução;
 Expressões de concentração

 Expressões físicas => não dependem da massa molar do soluto.

 Expressões químicas => dependem da massa molar do soluto.
 Concentração comum (C)

 É a relação entre a massa de soluto e o volume da solução.

Geralmente, a massa é expressa em gramas e o volume, em litros:
 Exemplo

Considere uma solução preparada pela dissolução de 20 g de sacarose em um

determinado volume de água e que, em seguida, o volume será completado até
atingir 500 mL . Qual a concentração comum da solução?
 Densidade

 É a relação entre a massa e o volume da solução. Geralmente, a massa é expressa

em gramas e o volume, em mililitros.

 Exemplo: Se a densidade de uma solução é de 1,2 g·mL–1, significa que 1 mL de

solução possui a massa de 1,2 g.
 Concentração comum X Densidade

 Muito cuidado para você não confundir concentração comum com

densidade.
 A concentração comum indica a quantidade de soluto em um
determinado volume de solução. Já a densidade nos indica a massa
de um determinado volume da solução.
 Título em massa

 É a relação entre a massa do soluto e a massa da solução.

 Por não possuir unidade, o título geralmente é expresso em porcentagem e,
por isso, compreende-se no intervalo: 0 < τ < 1.
 Exemplo
 Qual é o título de uma solução de água sanitária que foi preparada pela
adição de 25 g de hipoclorito de sódio (NaClO) em 475 g de água?
 Título em volume

 É a relação entre o volume do soluto e o volume da solução.

 É importante salientar que os volumes nem sempre são aditivos como as massas,
isto é, a massa final é numericamente igual à soma das massas iniciais, enquanto
o volume final pode ser numericamente igual ou diferente.
 Graduação 0 GL

 Uma das principais utilizações do

título em volume em nosso dia a dia
é no cálculo da porcentagem de
etanol em bebidas alcoólicas.
 Por exemplo, uma graduação de 5,0
ºGL significa que cada 100 mL da
bebida contém 5 mL de etanol.
 Graduação o INPM

 A concentração da mistura de água e álcool pode

também ser expressa por meio da porcentagem em
massa de álcool, denominada °INPM (Escala do Instituto
Nacional de Pesos e Medidas).
 Por exemplo, álcool hidratado a 46 °INPM corresponde a
46 g de álcool em 100 g da mistura.
Percentual
 Título em ppm

 É a relação entre uma parte do soluto por um milhão de partes da

solução.
 Seu uso é comum em soluções muito diluídas.
 Por exemplo, uma solução com 6 ppm em massa de soluto, apresenta 6 g
de soluto em um milhão de gramas da solução.
6g soluto ----------106 g solução
 Título em ppm

 No cálculo da concentração em ppm , podemos utilizar a seguinte fórmula:

 Exemplo
• Sabendo que a água potável é uma solução que não pode conter mais que 5 ·
10–4 mg de mercúrio por cada grama de água, qual seria o limite máximo
permitido de mercúrio na água potável em ppm?
 O b s e r v a ç õe s

 ppm em volume ÷ 10000 = % em volume

 Ex: 50 ppm de CO(g) no ar => 0,005% em volume de CO(g) , no ar.
 ppm em massa ÷ 10000 = % em massa
 Ex: 20 ppm de Pb na rocha => 0,002% em massa de Pb, na rocha
 ppm em massa por volume ÷ 10000 = % em volume
 Ex: 0,7 ppm de F-1(aq) => 7.10-5 % em massa F-1, na solução
 ppm em massa = mg/Kg => 20 ppm = 20 mg/Kg
 ppm em massa por volume = mg/L => 0,7 ppm = 0,7 mg/L
Relação matemática entre concentração comum,
densidade e título em massa
 Exemplo

 Uma solução aquosa de cloreto de potássio (KCl) tem concentração igual

a 250 g·L–1 e densidade de 1,25 g·mL–1. Qual o título dessa solução?
Concentração em quantidade de matéria (mol/L) ou Concentração Molar
ou molaridade

 É a relação entre o número de mols do soluto pelo volume da solução em litros.

 De acordo com a IUPAC, a unidade da concentração em quantidade de matéria é
mol·L–1, porém, alguns vestibulares continuam substituindo a unidade mol·L–1 por
molar ou M.
Exemplo
 Algumas substâncias, quando em meio aquoso, sofrem dissociação ou
ionização, originando íons, sendo que, para o cálculo da concentração em
mol·L–1 dos íons, devemos considerar a proporção estequiométrica da equação
de ionização ou dissociação do soluto, como mostrado na tabela a seguir:
Relação matemática entre concentração comum (g·L–1)
e concentração em mol·L–1
Exemplo
 Igualando as duas relações matemáticas entre as concentrações já
apresentadas, podemos deduzir uma terceira relação. Veja:
 F ração Molar ou f ração e m quantidade de matéria(x)

 A fração em quantidade de matéria é a relação entre o número de mols do

soluto ou do solvente pelo número de mols da solução, sendo denominadas
fração molar do soluto e fração molar do solvente, respectivamente. Observe:
 F ração Molar ou f ração e m quantidade de matéria(x)

 É importante lembrar que a soma das frações molares do soluto e do

solvente é sempre igual a 1,ou seja:

 A fração molar não possui unidade (grandeza adimensional) e, ao ser

multiplicada por 100, fornece-nos as porcentagens em mols de soluto e
solvente na solução.
 M o l a l i d a d e o u c o n c e n t r a ç ã o m o l a l o u c o n c e n t r a ç ã o e m m o l /Kg

 É a relação entre a quantidade de matéria de soluto (número de mols) e

a massa do solvente em quilogramas .

 No caso das soluções aquosas e diluídas, os valores numéricos da

molaridade e da molalidade são praticamente iguais.
 Diluição

 O procedimento mais comum para diluir uma solução é a adição de solvente à

solução.
 Em uma diluição, a massa de soluto inicial e final é a mesma .
 Entretanto como o volume final é maior, a concentração da solução final será
menor.
 Diluição

 Como a massa de soluto permanece

inalterada durante a diluição , podemos
estabelecer a seguinte relação
matemática:
 Diluição

 Esse raciocínio também pode ser

aplicado às outras concentrações ,
obtendo-se as equações ao lado.
 A concentração de uma solução é
inversamente proporcional ao volume.
Por isso , nos cálculos químicos
envolvendo diluição , utiliza-se a regra
de três inversamente proporcional.
 Curiosidade

 A diluição é um procedimento bastante utilizado nos

laboratórios. Muitos produtos químicos são vendidos
na forma de soluções aquosas concentradas. Esse
procedimento torna o transporte do produto mais
barato porque evita o peso da água. No laboratório,
essas soluções são diluídas de acordo com as
necessidades do químico.
 Na imagem, temos um vidro de ácido clorídrico que é
comercializado como solução 12 mol/L. Esse valor de
concentração é muito superior aos valores
normalmente utilizados no dia-a-dia de um químico.
 Solução de partida Pr imeira diluição
→ → ...
6 × 1022 moléculas 6 × 1020 moléculas

PG de razão 10-2
 DILUIÇÕES SERIADAS
 A fórmula abaixo é usada quando se quer determinar o n - ésimo
termo de uma progressão geométrica.
 Mistura de soluções com o mesmo soluto
 Na mistura de soluções com o mesmo soluto, a massa final de soluto é
igual à soma das massas iniciais. O volume final da solução é igual à
soma dos volumes misturados. A determinação da concentração final da
mistura pode ser feita pelo seguinte raciocínio matemático:

Solução1 Solução 2
 Mistura de soluções com o mesmo soluto
 O volume da solução final, geralmente, será aditivo, ou seja, Vfinal = V1 + V2 .
 Aplicando um raciocínio semelhante para a concentração em quantidade de
matéria (molaridade), obtém-se a expressão:

 Esse mesmo raciocínio se aplica as demais concentrações como, por

exemplo, o título.
 Exemplo
 Se misturarmos 300 mL uma solução aquosa de NaOH 0,1 mol/L com 200 ml de outra
solução 0,2 mol/L do mesmo soluto, teremos uma nova solução com volume total de 500
mL, mas a quantidade de matéria (mol) da solução final será a soma das quantidades de
matéria (mol) das soluções iniciais.
 Mistura de soluções com solutos diferentes que não reagem entre si

 Quando são misturadas duas ou mais soluções de solutos diferentes sem que
ocorra reação, haverá apenas uma diluição dos solutos, pois teremos a
mesma quantidade de cada soluto, mas em um volume maior.
 Geralmente, os solutos que não reagem apresentam o mesmo cátion ou o
mesmo ânion.
 Exemplo

 Se misturarmos 200 mL de uma solução 0,2 mol/L de NaOH com 100 ml

de uma solução 0,1 mol/l de KOH, teremos uma nova solução com volume
de 300 mL . Portanto, teremos “apenas” mais uma diluição.