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1.

INTRODUÇÃO

1.1. Medidas de calor a pressão e/ou volumes constantes


É definido como calor específico a quantidade de calor necessário para
aumentar a temperatura de um grama de uma substância em um grau Celsius.
No estudo da termodinâmica aplica-se dois tipos de calor específico: calor
específico a volume constante e calor específico a pressão constante.

1.1.1. Volume constante


Considerando um sistema a volume constante e sem escoamento, já que
o volume não se altera, o trabalho é igual a zero. Assim, é possível afirmar que
toda a quantidade de calor entregue ao sistema é transformada em energia
interna. Logo:

q v =∆U
1.1.2. Pressão constante
Seja um sistema sem escoamento e a pressão constante, neste caso, a
pressão é equilibrada por um peso, colocado sobre o êmbolo, que é livre e sem
atrito. Se injetarmos no sistema uma certa quantidade de calor, o fluido se
expande e realiza trabalho. A variação de entalpia indica essa
quantidade de calor absorvida. Assim:

q p=∆ H

1.2. Determinações do calor de dissolução (ou entalpia) através de


medidas calorimétricas
Calor de dissolução é o calor envolvido no processo de dissolução do
soluto no solvente. A medida que a solução é diluída, a variação de entalpia
varia até um valor limite – a concentração do soluto sólido diminui até que
chegue em uma condição de diluição infinita, quando há tanto solvente na
solução que a quantidade de soluto é desprezível. Nessa condição de diluição
infinita a variação de entalpia se torna constante mesmo com a adição de mais
solvente, e esse valor de ∆ H representa o calor de dissolução do soluto usado.
Para determinar o calor de dissolução, é feio uma série de dissoluções
em uma solução concentrada e determinado o calor envolvido em cada uma
até chegar no valor constante. Ou seja, são feitas pequenas perturbações em
relação a temperatura em um sistema em equilíbrio, alterando assim a
solubilidade até chegar no calor de dissolução específico daquele soluto pelo
limite de solubilidade desse composto na solução.

1.3. Determinações de calor de sistemas em equilíbrio


Para que exista equilíbrio no sistema, o potencial químico padrão do
soluto puro deve ser igual ao potencial químico do soluto solubilizado. Com
uma variação da temperatura para alterar a solubilidade o sistema chega em
uma condição de quase saturado e tende a uma nova condição de equilíbrio
até restabelecer a igualdade nos potenciais químicos.
A cada variação de temperatura o limite de solubilidade é alterado - o
aumento ou a redução da solubilidade está relacionado com o calor envolvido
para o soluto se solubilizar.

1.4. A constante de solubilidade e a sua dependência com a


temperatura
A extensão em que uma substância se dissolverá em outra é
quantificada como a solubilidade da substância - sua concentração máxima em
uma solução em equilíbrio sob condições especificadas.
A dependência da solubilidade com a temperatura pode ser explorada
para preparar soluções supersaturadas de certos compostos. Uma solução
saturada contém soluto em uma concentração igual à sua solubilidade. Uma
solução supersaturada é aquela em que a concentração de um soluto excede
sua solubilidade - uma condição de não equilíbrio (instável) que resultará na
precipitação do soluto quando a solução for perturbada adequadamente. Para
a maioria dos solutos sólidos, a solubilidade aumenta com a temperatura.
À medida que a temperatura de uma solução aumenta, a energia cinética
média das moléculas que compõem a solução também aumenta, o que permite
que as moléculas do solvente separem mais efetivamente as moléculas do
soluto que são mantidas juntas por atrações intermoleculares, desestabilizando
o estado sólido. O aumento da vibração (energia cinética) das moléculas do
soluto faz com que elas sejam menos capazes de se manterem unidas e,
portanto, elas se dissolvam mais facilmente.

1.5. Características do ácido benzóico

O ácido benzóico é um composto orgânico branco e cristalino


pertencente à família dos ácidos carboxílicos. É pouco solúvel no meio aquoso,
ou seja, facilmente obtemos uma solução saturada com esse composto. É
amplamente utilizado como conservante de alimentos e na fabricação de
cosméticos, corantes e plásticos.

1.5.1. Informações de segurança do ácido benzóico de acordo com o


GHS.

 Declaração de perigo:

- H315: Provoca irritação cutânea.

- H318: Provoca lesões oculares graves.

- H372: Afecta os órgãos após exposição prolongada ou repetida por inalação.

 Declaração cautelar:

- P260: Não respirar as poeiras/ fumos/ gases/ névoas/ vapores/ aerossóis.

- P264: Lavar a pele cuidadosamente após manuseamento.

- P280: Usar luvas de proteção/ proteção ocular/ proteção facial.

- P302 + P352: SE ENTRAR EM CONTACTO COM A PELE: lavar


abundantemente com água.

- P305 + P351 + P338: SE ENTRAR EM CONTACTO COM OS OLHOS:


Enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Se usar lentes de
contacto, retire-as, se tal lhe for possível. Continue a enxaguar.

- P314: Em caso de indisposição, consulte um médico.


4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] BRITANNICA, THE EDITORS OF ENCYCLOPAEDIA. Benzoic acid.


Encyclopedia Britannica, 16 de Abril 2008. Disponível em
<https://www.britannica.com/science/benzoic-acid>. Acesso em 12/01/2022.

[2] LUZ, M. L. Unidade III – Relações energéticas. 16 de Maio 2017. Disponível


em <https://wp.ufpel.edu.br/mlaura/files/2017/05/UNIDADES-III-e-IV.pdf>.
Acessado em 14/01/2022.

[3] BOUNDLESS CHEMISTRY. Factors affecting solubility. Lumen. Disponível


em <https://courses.lumenlearning.com/boundless-chemistry/chapter/factors-
affecting-solubility/>. Acessado em 14/01/2022.

[4] RICE UNIVERSITY. Solubility. BCcampus. Disponível em


<https://opentextbc.ca/chemistry/chapter/11-3-solubility/>. Acessado em
14/01/2022.

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