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Pré-laboratório – Físico-Química de Soluções e Eletroquímica

Nomes: Ana Maria Gobbis Franco 21711QMI201


Mirela Louise da Silva Terra 21711QMI214

Experimento 2 – Crioscopia

1 Introdução

As misturas são formadas por um sistema de duas ou mais substâncias podendo


ser simples ou compostas e, de modo geral, apresentam um disperso que é o soluto e o
dispersante que é o solvente. Há diversos tipos de exemplos de misturas como: líquido-
líquido, líquido-gás, sólido-gás, sólido-líquido, sólido-sólido e gás-gás.
Existem dois tipos de misturas: heterogêneas e homogêneas. A mistura
heterogênea é caracterizada quando é possível identificar pelo menos uma das
substâncias, ou seja, possui duas ou mais fases. Conhecida também como solução, a
mistura homogênea é caracterizada por não ser possível fazer a identificação de pelo
menos uma das substâncias, isto é, possui uma única fase.
A variação da quantidade de um componente em uma mistura pode interferir na
densidade, logo, a mesma não é fixa. Os pontos de fusão e ebulição não são constantes,
uma vez que, há intervalos de temperatura no qual ocorre a mudança de fase.
As propriedades coligativas ou “coligadas” são soluções diluídas que dependem
exclusivamente do número de partículas do soluto presentes e não da natureza das
partículas. O abaixamento da temperatura de congelamento (abaixamento crioscópico), a
elevação da temperatura de ebulição (elevação ebulioscópica) e a variação da pressão
osmótica, são exemplos de propriedades que ‘dependem do conjunto’ e não do indivíduo,
ou seja, propriedades coligativas.

A diminuição do potencial químico do solvente implica que o equilíbrio líquido-


vapor ocorra quando o ponto de ebulição do solvente se eleva e que o equilíbrio sólido-
líquido ocorra quando o ponto de congelamento do solvente fica menor, como descrito
na Figura 1.
Figura 1 – O potencial químico de um solvente na presença de um soluto.

Fonte: ATKINS, P.; DE PAULA, J. Físico-Química, Vol. 1, 8a. Ed., LTC, Rio de Janeiro, 2008.

A existência de uma relação entre o abaixamento da temperatura de cristalização


de um líquido numa solução é a respectiva do líquido puro. Esse fato pode ser expresso
pela Equação 1,
ΔT = Kf b (1)

onde ΔT é o abaixamento crioscópico, Kf é a constante crioscópica e b é a molalidade do


soluto. Conhecendo a constante crioscópica de um solvente, o abaixamento crioscópico
pode ser usado para calcular a massa molar de um soluto por meio de uma técnica
conhecida como crioscopia.

Supondo que o abaixamento crioscópico seja bem menor que a temperatura de


fusão do solvente puro, o que permite usar a aproximação de que as capacidades
caloríficas do solvente nos estados sólido e líquido são independentes da temperatura e,
ainda, a aproximação de que soluções diluídas de não eletrólitos comportam-se como
soluções idealmente diluídas (o coeficiente de atividade do solvente é igual a um), e assim
obtém-se a equação proposta por Raoult.

Kf . 1000 . mB
MB = (2)
ΔT. mA

A equação acima permite o cálculo da massa molar do soluto (MB) por crioscopia,
a partir de uma solução diluída, preparada com determinada quantidade de soluto (mB)
não-eletrolítico em certa quantidade de solvente (mA).
2 Objetivos: Compreender as propriedades coligativas dos solutos, encontrar o
abaixamento crioscópico de uma solução, determinar o fator de van 't Hoff dos solutos e
encontrar a massa molar de um soluto desconhecido.

3 Parte experimental

3.1 Materiais e reagentes

▪ Banho d'água
▪ Tubo de ensaio
▪ Termômetro
▪ Agitador
▪ 21,2 g de água
▪ 1,21 g de Cloreto de Sódio

3.2 Procedimento experimental

▪ Retire o tubo de ensaio do banho-maria.


▪ Selecione um componente solvente da lista.
▪ Escolha uma quantidade conhecida de solvente.
▪ Coloque o termômetro no tubo de ensaio.
▪ Coloque o tubo de ensaio no banho-maria.
▪ Clique no botão liga / desliga.
▪ Registre a temperatura do solvente.
▪ Clique no botão desligar.
▪ Retire o tubo de ensaio do banho-maria.
▪ Escolha o soluto da lista.
▪ Escolha seu peso.
▪ Coloque o tubo de ensaio no banho-maria.
▪ Clique no botão liga / desliga.
▪ Registre a temperatura da solução.
▪ Use o ponto de congelamento de solventes puros para determinar a depressão no
ponto de congelamento.
4 Referências bibliográficas

ATKINS, P.; DE PAULA, J. Físico-Química, Vol. 1, 8a. Ed., LTC, Rio de Janeiro, 2008.

RANGEL, R. N. Práticas de Físico-Química, 3a. Ed., Edgard Blücher, São Paulo, 2006.

DOS SANTOS, Anderson R. et al. Determinação da massa molar por crioscopia: terc-

butanol, um solvente extremamente adequado. Química Nova, Maringá, 2002, v. 25,

n. 5, p. 844-848, 21 fev. 2002

BASTOS, A. R.; AFONSO, J. C. Separação Sólido-Líquido: Centrífugas e Papéis de

Filtro. Química nova, v. 38, n.5, p.749-756, mar. 2015.

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