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Índice

1 Introdução...........................................................................................................................1

1.1 Objectivos....................................................................................................................1

1.1.1 Objectivo geral.....................................................................................................1

1.1.2 Objectivos específicos..........................................................................................1

1.2 Metodologias...............................................................................................................1

2 Fundamentação teórica.......................................................................................................2

2.1 Propriedades Coligativas.............................................................................................2

2.1.1 Definição..............................................................................................................2

2.1.2 "Tipos de Propriedades Coligativas”...................................................................2

2.1.3 Leis da Osmometria.............................................................................................6

2.1.4 Lei de Raoult: propriedades coligativas...............................................................7

2.1.5 Propriedades coligativas no dia a dia...................................................................7

2.2 Diagrama de fases de misturas....................................................................................8

2.2.1 Tipos de diagramas de fase..................................................................................9

2.2.2 Destilação...........................................................................................................19

2.2.3 Azeótropos.........................................................................................................19

3 Conclusão..........................................................................................................................20

4 Referencias Bibliográficas................................................................................................21

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1 Introdução
No presente trabalho científico iremos abordar sobre as propriedades coligativas onde
veremos que substancias possuem diversas propriedades, que podem ser gerais , especificas,
químicas e físicas. Porem, quando temos uma solução, isto e, uma mistura de duas ou mais
substâncias com aspectos homogéneos, suas propriedades são bem diferentes das
propriedades das substâncias iniciais.

Os estudos da variação de determinas propriedades do solvente com a adição de um


soluto são chamados de propriedades coligativas, podem se definidas mais especificamente
como: As propriedades coligativas das soluções são aquelas que não dependem da natureza
absoluta, isto e, de sua estrutura, mas sim da concentração (numero de partículas dissolvidas)
de soluto.

1.1 Objectivos

1.1.1 Objectivo geral

 Compreender as propriedades coligativas.

1.1.2 Objectivos específicos

 Especificar as propriedades coligativas,


 Explicar as propriedades coligativas,
 Identificar as propriedades coligativas.

1.2 Metodologias

A metodologia usada para a elaboração deste trabalho, baseou-se na revisão


bibliográfica de diversas obras ao alcance do grupo obedecendo todas Normas que zelam
para Produção e Publicação de Trabalhos Científicos na Universidade Pùnguè.

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2 Fundamentação teórica

2.1 Propriedades Coligativas

2.1.1 Definição

As propriedades coligativas são aquelas que não são influenciadas pela natureza do
soluto adicionado ao solvente, mas sim pela quantidade de partículas presentes. Certas
propriedades da água, tais como a pressão de vapor e os pontos de ebulição e fusão, variam
quando se adiciona um soluto não volátil a ela.

As substâncias possuem diversas propriedades, que podem ser gerais, específicas,


químicas e físicas. Porém, quando temos uma solução, isto é, uma mistura de duas ou mais
substâncias com aspecto homogéneo, suas propriedades são bem diferentes das propriedades
das substâncias iniciais.

Os estudos da variação de determinadas propriedades do solvente com a adição de um


soluto são chamados de propriedades coligativas, podendo ser definidas mais
especificadamente como:

As substâncias possuem diversas propriedades, que podem ser gerais, específicas,


químicas e físicas. Porém, quando temos uma solução, isto é, uma mistura de duas ou mais
substâncias com aspecto homogéneo, suas propriedades são bem diferentes das propriedades
das substâncias iniciais.

Os estudos da variação de determinadas propriedades do solvente com a adição de um


soluto são chamados de propriedades coligativas, podendo ser definidas mais
especificadamente como:

As propriedades coligativas das soluções são aquelas que não dependem da natureza
do soluto, isto é, de sua estrutura; mas sim da concentração (número de partículas
dissolvidas) de soluto.

2.1.2 "Tipos de Propriedades Coligativas”

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Serão apresentadas quatro propriedades coligativas: a tonoscopia (diminuição da
pressão de vapor), a ebulioscopia (aumento do ponto de ebulição), a crioscopia (diminuição
do ponto de congelamento) e a osmose.

2.1.2.1 Tonoscopia ou tenometria


O efeito tonoscópico é a diminuição da pressão de vapor de um líquido quando um
soluto não volátil é adicionado a ele.

Quando preparamos uma mistura de água e açúcar, por exemplo, as moléculas de


açúcar dissolvem-se porque são polares como as moléculas de água. Elas interagem umas
com as outras por meio de forças intermoleculares, o que dificulta que as moléculas de água
da superfície do líquido passem para o estado de vapor e escapem do solvente.

O abaixamento relativo da pressão máxima de vapor é representado pela


relação&&DeltaP/P2 e pode ser calculado por meio da fórmula:

Soluções moleculares:

ΔP/P2 = Kt . M
Soluções iônicas: ΔP/P2 = Kt . M . i

Onde:

ΔP/P2 = abaixamento relativo da pressão máxima de vapor;

ΔP = abaixamento absoluto da pressão máxima de vapor;

P2 = pressão de vapor do solvente;

Kt = constante tonoscópica;

M = concentração em mol/L (em quantidade de matéria da solução);

i = fator de Van't Hoff.

2.1.2.2 Ebulioscopia ou ebuliometria


 O efeito ebulioscópico é o aumento do ponto de ebulição de um líquido quando
adicionamos um soluto não volátil a ele.

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Por exemplo, como a imagem no início deste artigo mostra, quando temos água
fervendo, ou seja, que já atingiu o seu ponto de ebulição (100 ºC ao nível do mar), e
adicionamos açúcar, a água para de ferver na hora, ou seja, a temperatura de ebulição
aumentou. Isso acontece pelo mesmo motivo mencionado para o efeito tonoscópico, isto é, a
interação entre as moléculas do solvente e do soluto dificulta que a molécula passe para o
estado de vapor, por isso, é necessário adicionar mais energia na forma de calor para que a
solução entre em ebulição.

O aumento do ponto de ebulição pode ser calculado por meio da fórmula:

Soluções moleculares: ΔtE = KE. W
Soluções iônicas: ΔtE = KE. W . i

Onde:

ΔtE = elevação do ponto de ebulição;

KE = constante ebulioscópica;

W = molalidade (massa molecular do solvente / 1000). No caso de soluções aquosas diluídas,


é igual à molaridade.

2.1.2.3 Crioscopia (ou abaixamento crioscópico)


O efeito crioscópico é a diminuição do ponto de congelamento de um líquido
quando um soluto não volátil é adicionado a ele.

Por exemplo, em lugares frios, as águas dos mares formam uma camada de gelo
somente na superfície, porque ela é formada somente por água. Já a parte líquida que fica
abaixo do gelo não se congela porque, além de o gelo ser um isolante térmico natural, essa
água possui vários sais dissolvidos que diminuem o ponto de congelamento.

Em países que nevão, há o risco de congelamento da água dos radiadores usados para
refrigerar os motores. Por isso, há alguns produtos comerciais (aditivos) que são adicionados
com a finalidade de diminuir o ponto de congelamento da água e evitar o seu congelamento.
Um exemplo de anticongelante usado com essa finalidade é o etilenoglicol (C 6H6O2), que, se
estiver em uma proporção de 50%, tem a capacidade de abaixar o ponto de fusão da mistura
até cerca de -35 ºC

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A diminuição do ponto de congelamento pode ser calculada por meio da fórmula:

Soluções moleculares: ΔtC = KC. W
Soluções iônicas: ΔtC = KC. W . i

Onde:

ΔtC = diminuição do ponto de congelamento;

KC = constante crioscópica.

2.1.2.4 Pressão osmótica (Osmose)


Osmose é o fluxo de solvente através de uma membrana para uma solução mais
concentrada. Tal membrana deve ser seletiva (semipermeável), de modo a permitir a
passagem do solvente, mas não do soluto.

2.1.2.4.1 Representação esquemática da osmose.


A passagem de solvente através da membrana faz com que haja um aumento na altura
da parte que recebe o fluxo de solvente, havendo assim um aumento de pressão. Quando o
fluxo de solvente cessa é porque a pressão é suficientemente alta para impedir esse trânsito.

A pressão capaz de cessar o fluxo de solvente é então chamada de pressão osmótica.


Quanto maior for a pressão osmótica, maior deverá ser a altura da solução necessária
para impedir o fluxo de solvente. Nesse ponto de fluxo nulo de solvente entre as soluções, é
possível dizer que ambas estão isotônicas, ou seja, têm a mesma pressão osmótica.

2.1.2.5 "Pressão osmótica


A pressão osmótica é a pressão exercida sobre a solução com maior concentração para
que não ocorra a osmose, ou seja, para que o solvente não atravesse a membrana
semipermeável.

A pressão osmótica é utilizada, em processos de dessalinização da água, forçando o


processo da osmose ao contrário, fazendo com que o solvente passe da solução mais
concentrada para a menos concentrada. A esse processo chamamos osmose reversa. Veja a
imagem seguinte que compara os dois processos:"

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Por exemplo, se colocarmos ameixas secas em água, com o tempo, notaremos que as
ameixas incharão. Isso ocorre porque a pele da ameixa seca funciona como uma membrana
semipermeável e o solvente (água) passa por ela e vai para o interior da ameixa.

2.1.2.5.1 "Equação da pressão osmótica”


A pressão osmótica, representada pela letra pi (π) de uma solução, pode ser calculada
pela seguinte equação: 

π=M.R.T.i

Onde, temos as seguintes variáveis:

Π = pressão osmótica;
M = concentração em mol/L;
R = constante universal dos gases, cujo valor corresponde a 0,082 atm . L. mol-1. K-1 ou 62,3
mm Hg L. mol-1. K-1;
T = temperatura na escala absoluta (Kelvin);
i = fator de Van’t Hoff, que compreende a relação entre o total de partículas finais e iniciais
em soluções iônicas.

Cada solução possui um valor de pressão osmótica diferente. Como outras


propriedades coligativas, a pressão osmótica depende da concentração da solução, isto é,
quanto maior a concentração da solução, maior será o efeito da osmose nas soluções e, por
isso, maior será a pressão osmótica. 

2.1.3 Leis da Osmometria

Existem duas Leis da Osmometria, definidas por Jacobus Henricus Van’t Hoff (1852-1911),
químico holandês e primeiro vencedor do Prémio Nobel de Química. São elas:

 a primeira lei diz que, em temperatura constante, a pressão osmótica de uma solução


é directamente proporcional à sua molaridade;
 na segunda Lei da Osmometria temos que, em moraridade constante, a pressão
osmótica de uma solução é directamente proporcional à sua temperatura.

A pressão osmótica pode ser calculada pela seguinte expressão:

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π=C×R×T×i

onde:

 π é a pressão osmótica;
 C é a concentração do soluto em mol/L;
 R é a constante universal dos gases;
 T é a temperatura em Kelvin;
 i é o fator de Van’t Hoff.

2.1.4 Lei de Raoult: propriedades coligativas

Experimentos realizados em laboratório mostraram que a pressão de vapor de uma solução


líquida é diretamente proporcional à fração em quantidade de matéria do soluto. A partir
desses dados, foi desenvolvida a seguinte equação pelo cientista francês François-Marie
Raoult, conhecida como lei de Raoult.

PA = xA ∙ PA*

Onde:

PA é a pressão de vapor do líquido A,

xA é a sua fracção molar (varia de 0 a 1) e

PA* é a pressão de vapor do líquido A quando puro.

Quando o líquido A deixa de ser puro e se torna um solvente em uma solução, a sua
fracção molar já não é de 100%, pois já não compõe mais a totalidade do sistema. Assim,
quanto maior a presença de soluto, menor a fracção molar do solvente (xA) e,
consequentemente, menor a pressão de vapor.

2.1.5 Propriedades coligativas no dia a dia

Diversas receitas exigem que aqueçamos a água até sua fervura, isto é, até a ebulição.
É o caso, por exemplo, do preparo de massas, como o espaguete. Recomenda-se que após a
fervura, adicione-se sal à água fervente. Perceba que após esse movimento, a fervura cessa

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imediatamente. Isso é consequência da queda de pressão de vapor causada pela adição de um
soluto não volátil, o sal.

Veículos automotores, como carros, ônibus e caminhões, resfriam os seus motores por
meio da água. Ocorre que a temperatura ideal de trabalho do motor é muito próxima da
temperatura de ebulição de água, e por mais que o sistema seja, em condições ideais, selado,
isso pode acarretar maior taxa de evaporação do líquido. Se o usuário do veículo não percebe
essa queda no volume de água, ele corre o risco de causar superaquecimento no sistema,
trazendo consequências significativas ao motor. Por isso, recomenda-se a utilização de uma
solução refrigerante, que consiste em água e aditivo (etilenoglicol). Tal solução, com maior
ponto de ebulição, diminui a taxa de fervura do líquido no nosso carro durante sua utilização.

Não é o caso do Brasil, mas nos países com inverno rigoroso, há o risco de a água do
sistema de arrefecimento do veículo congelar. O aditivo também auxilia nesse caso, por meio
do abaixamento crioscópico, pois diminui a temperatura de congelamento do líquido e assim
dificulta que o líquido de arrefecimento se solidifique.

Aditivos para radiador diminuem a probabilidade de a água de arrefecimento do


motor ferver e congelar.

Ainda no quotidiano dos países que sofrem com invernos rigorosos, uma prática
comum para desobstruir vias e pavimentos cobertos com gelo e neve é o ato de atirar sal, um
soluto não volátil que fará com que a temperatura de congelamento da água diminua. Com a
menor temperatura de congelamento (e, consequentemente, fusão), a neve será derretida mais
rapidamente.

Jogar sal em vias e pavimentos congelados auxilia no processo de derretimento da camada de


gelo.

Embora nos dias atuais o ato de salgar carne seja atrelado a práticas culinárias, como
no caso da produção de carne de sol, essa técnica foi também uma das primeiras formas de
manter a carne livre de bactérias. Quando salgada, a carne desidrata por meio de osmose,
eliminando bactérias nocivas e impedindo a sua proliferação. Essa prática era tão importante
que os soldados romanos recebiam seus pagamentos (chamados de “soldo”) na forma de sal,
dando origem à palavra “salário”"

2.2 Diagrama de fases de misturas

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Um diagrama de fase em físico-química, engenharia, geologia, mineralogia e ciência
dos materiais é um tipo de gráfico que mostra as condições de equilíbrio entre
as fases termodinamicamente distintas. Em matemática e em física, um diagrama de fase
também tem significados alternativos, como um sinônimo de espaço fisico. No sentido de
tratar de estados da matéria, em especial em engenharia química e geologia, um diagrama de
fase é também chamado de carta termodinâmica.

Visão geral

Componentes comuns de uma diagrama de fase são linhas de equilíbrio ou contornos


de fase, os quais referem-se a linhas que marcam condições sob as quais múltiplas fases
podem coexistir em equilíbrio. Transições de fase ocorrem ao longo de linhas de equilíbrio.

Pontos triplos são pontos em diagramas de fase onde linhas de equilíbrio intersectam-


se. Pontos triplos marcam condições nas quais três fases diferentes podem coexistir. Por
exemplo, o diagrama de fase da água possui um ponto triplo correspondendo à única
temperatura e pressão na qual água sólida, líquida e gasosa (vapor) podem existir em um
equilíbrio estável.

O sólidos é a temperatura abaixo da qual a substância é estável no estado sólido.


O líquidos é a temperatura acima da qual a substância é estável num estado líquido. Pode
haver um hiato entre o sólidos e líquidos; no intervalo, a substância consiste de uma mistura
de cristais e líquidos (como uma "pasta").

2.2.1 Tipos de diagramas de fase

2.2.1.1 Diagramas de fase bidimensionais


Um típico diagrama de fase. A linha pontilhada mostra o comportamento anômalo da
água. As linhas verdes marcam o ponto de congelamento e a linha azul o ponto de ebulição,
mostrando como tais grandezas variam de acordo com a pressão.

Os mais simples diagramas de fase são diagramas pressão-temperatura de uma única


substância, tais como a água. Os eixos correspondem à pressão e à temperatura. O diagrama
de fase mostra, em espaço pressão-temperatura, as linhas de equilíbrio ou contornos de fase
entre as três fases de sólido, líquido e gás.

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As curvas sobre o diagrama de fase mostram os pontos onde a energia livre (e outras
propriedades derivadas) torna-se não-analítica: seus derivados, com relação às coordenadas
(temperatura e pressão, neste exemplo) mudam descontinuamente (abruptamente). Por
exemplo, a capacidade térmica de um recipiente cheio de gelo vai mudar abruptamente com o
recipiente sendo aquecido após o ponto de fusão.

Os espaços abertos, onde o energia livre é analítica, correspondem a regiões de fase


única. Regiões monofásicas são separadas por linhas não analíticas, onde transições de
fase ocorrem, que são chamados contornos ou limites de fase.

No diagrama à esquerda, o contorno de fase entre líquido e gás não continua


indefinidamente. Em vez disso, ele termina em um ponto no diagrama de fase chamado ponto
crítico. Isto reflecte o fato que, a extremamente altas temperaturas e pressões, as fases
líquidas e gasosas tornam-se indistinguíveis,  no que é conhecido como um fluido
supercrítico. Na água, o ponto crítico corresponde a aproximadamente

Tc=647.096 K (1164.773 °R), pc=22.064 MPa (3,200.1 psi) e ρc=356 kg/m³.

A existência do ponto crítico gás-líquido revela uma ligeira ambiguidade na


classificação das regiões de fase única. Quando vai-se da fase líquida para a gasosa,
geralmente cruza-se a fronteira de fase, mas é possível escolher um caminho que não cruze a
fronteira, indo para a direita do ponto crítico. Assim, as fases líquidas e gasosa podem se
transformar continuamente uma na outra. A este fato se dá o nome de continuidade de estados
e o princípio que o reconhece é o princípio da continuidade de estados.

O contorno de fase líquido-sólido no diagrama de fase da maioria das substâncias tem


um coeficiente angular positivo; quanto maior a pressão sobre uma determinada substância, o
aproximar das moléculas da substância as coloca interpostas uma das outras, o que aumenta o
efeito das forças intermoleculares da substância. Assim, a substância requer uma temperatura
mais elevada para as suas moléculas terem energia suficiente para quebrar o padrão fixo da
fase sólida e entrar na fase líquida. Um conceito similar aplica-se a mudanças de fase gás-
líquido.  Água, por causa de suas propriedades particulares, é uma das várias exceções à
regra.

2.2.1.1.1 Outras propriedades termodinâmicas


Além disso, apenas a temperatura ou pressão, outras propriedades termodinâmicas
podem ser representadas graficamente em diagramas de fase. Exemplos de tais propriedades

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termodinâmicas incluem volume específico, entalpia específica, ou entropia específica. Por
exemplo, gráficos de componente único de temperatura vs. entropia específica (T vs. s) para
água/vapor ou para um refrigerante são normalmente usados para ilustrar ciclos
termodinâmicos tais como um ciclo de Carnot, ciclo Rankine, ou ciclo de refrigeração por
compressão. Em um gráfico bidimensional, duas das grandezas termodinâmicas podem ser
mostrados nos eixos horizontal e vertical. Grandezas termodinâmicas adicionais podem cada
ser ilustradas em incrementos de uma série de linhas - em curva, recta, ou uma combinação
de curvas e rectas. Cada uma dessas iso-linhas representa a grandeza termodinâmica de um
certo valor constante.

2.2.1.2 Diagrama de fases temperatura vs. entropia específica da água/vapor.


Diagrama de fases temperatura versus entropia específica da água/vapor. Na área sob
a curvatura vermelha, água líquida e vapor coexistem em equilíbrio. O ponto crítico está no
topo da curvatura. A água líquida esta à esquerda da curvatura. Vapor está à direita da cúpula.
As curvas azuis são as isóbaricas, ao longo das quais a pressão é constante. As linhas verdes,
por sua vez, são isocóricas, ao longo das quais o volume específico é constante.

2.2.1.3 Diagramas de fase tridimensionais


É possível vislumbrar gráficos tridimensionais (3D) mostrando três grandezas
termodinâmicas. Por exemplo, para um único componente, um sistema de coordenadas
cartesianas de um gráfico tridimensional pode mostrar a temperatura (T) em um eixo, a
pressão (P) em um segundo eixo, e o volume específico (v) em um terceiro eixo. Tal gráfico é
chamado de diagrama P-v-T ou PVT. As condições de equilíbrio seriam mostradas como uma
superfície curva em três dimensões com áreas de coexistência de fases sólido, líquido e vapor
e as áreas onde sólido e líquido, sólido e vapor ou líquido e vapor encontram-se equilíbrio.
Uma linha na superfície chamada uma linha tripla é onde sólido, líquido e vapor podem todos
coexistir em equilíbrio. O ponto crítico continua a ser um ponto sobre a superfície, mesmo
em um diagrama de fases em 3D.

Uma projecção ortogonal do gráfico P-v-T 3D mostrando pressão e temperatura como


os eixos vertical e horizontal efectivamente colapsa a imagem 3D em um diagrama 2D de
pressão e temperatura. Quando isso acontece, as superfícies apor-sólido, sólido-líquido e
líquido-vapor colapsam em três linhas curvas reunidas correspondentes ao ponto triplo, que é
a projecção ortogonal colapsada da linha tripla.

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2.2.1.4 Diagramas de fase binários
Outros tipos de diagramas de fase muito mais complexos podem ser construídos,
particularmente quando mais que um componente puro está presente, no caso em
que concentração torna-se uma variável importante. Diagramas de fase com mais que duas
dimensões mostram o efeito de mais duas variáveis na fase de uma substância. Diagramas de
fase podem usar outras variáveis em adição para ou no lugar de temperatura, pressão e
composição, por exemplo a força de um campo elétrico ou magnético aplicado e podem
também envolver substâncias que tomem mais que somente três estados da matéria.

O diagrama de fase ferro-carbeto de ferro (Fe–Fe3C). A percentagem


de carbono presente e a temperatura define a fase e a liga ferro-carbono e por isso suas
características físicas e propriedades mecânicas. A percentagem de carbono determina o tipo
de liga ferrosa: ferro, aço ou ferro fundido.

Um diagrama de fase por um sistema binário exibindo um ponto eutético.

Um tipo de diagrama de fase traça temperatura contra as concentrações relativas de


duas substâncias em uma mistura binária chamada um diagrama de fase binário, como
mostrado à direita. Tal mistura pode ser tanto uma solução sólida, eutético ou peritético, entre
outros. Estes dois tipos de misturas resultam em muitos gráficos diferentes.

Outro tipo de diagrama de fase binário é um diagrama de ponto de ebulição para uma


mistura de dois componentes, i. e. Compostos químicos.

Para dois componentes voláteis particulares a uma certa pressão tais como a pressão


atmosférica, um diagrama de ponto de ebulição mostra que composições vapor (gás) estão
em equilíbrio com dadas composições de líquido dependendo da temperatura. Em um
diagrama de ponto ebulição binário típico, temperatura é graficada sobre um eixo vertical e a
composição da mistura em um eixo horizontal.

2.2.1.5 Diagrama de ponto ebulição


Um diagrama simples como exemplo com componentes hipotéticos 1 e 2 em uma
mistura não azeotrópica é mostrada à direita. O fato que existem duas linhas curvas separadas
unindo os pontos de ebulição dos componentes puros significa que a composição do vapor
não é normalmente a mesma que a composição do vapor do líquido com o qual está em
equilíbrio. Ver equilíbrio líquido-vapor para uma discussão completa.

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Além dos tipos acima mencionados de diagramas de fase, existem milhares de outras
combinações possíveis. Algumas das apresentações principais de diagramas de fase incluem
pontos congruentes, onde uma fase sólida se transforma directamente em um líquido. Há
também a peritectóide, um ponto onde duas fases sólidas se combinam em uma fase sólida
durante o aquecimento. O inverso disso, quando uma fase sólida se transforma em duas fases
sólidas durante o aquecimento, é chamado de eutetóide.

Um diagrama de fases complexas de grande importância tecnológica é o do


sistema ferro-carbono de teor de carbono inferior a 7% (ver aço).

O eixo x de tal diagrama representa a concentração variável da mistura. Como as


misturas estão normalmente longe de diluir e sua densidade em função da temperatura é
normalmente desconhecida, a medida preferida é a concentração em fração molar. Uma
medida baseada em volume como a molaridade seria desaconselhável.

2.2.1.6 Diagramas de fase de cristais


Substâncias polimórficas e poliamórficas tem múltiplas fases cristalinas ou amorfas,
as quais podem ser graficadas de uma maneira similar a fases sólidas, líquidas ou gasosas.

Em física de cristal líquido, diagramas de fase são usados no caso de mistura de


compostos nematogênicos para distinguir entre a fase líquida isotrópica, a fase
líquida nemática.

O diagrama de fases é um recurso matemático que nos ajuda a prever estados físicos
de acordo com pressão e temperatura.

Sabemos, de uma forma geral, que existem várias transformações de estados


físicos que podem acontecer com a matéria, sendo elas:

 Fusão: Passagem do sólido para o líquido


 Solidificação: Passagem do líquido para o solido
 Vaporização: Passagem do líquido para o gasoso
 Condensação ou Liquefação: Passagem do gasoso para o líquido.
 Sublimação: Passagem do sólido para o gasoso
 Ressublimação: Passagem do gasoso para o sólido

Essas transformações podem ocorrer através da modificação de uma ou duas


variáveis, que são temperatura e pressão. Assim, dependendo das condições que a matéria

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estiver sendo submetida, se utilizarmos apenas a mudança na temperatura ou na pressão a
mudança de estado irá ocorrer; caso contrário a mudança nas duas variáveis é necessária.

Para melhor visualizar a forma como temperatura e pressão estão diretamente


relacionadas com as mudanças de estados físicos foi desenvolvido um diagrama, chamado
de diagrama de fases, que nos mostra as variações que esses dois parâmetros podem sofrer e
as transformações físicas que ocorrem. Podemos observar nele qual é a fase física mais
estável de uma determinada substância em cada condição de temperatura e pressão. Abaixo
temos uma representação geral de um diagrama de fases:

Podemos observar que ele apresenta a variável pressão no eixo x e a variável


temperatura no eixo y. É composto de três regiões (A, B, C), três curvas (entre C e A, entre C
e B, entre A e B) e um ponto central (D) que interliga as três curvas.

Estudo do diagrama de fases

Cada detalhe de um diagrama de fases está descrito logo a seguir:

a) Regiões

Região A: é a região que nos mostra quais são as condições de temperatura e pressão para
que o estado líquido seja predominante (mais estável).

Região B: é a região que nos mostra quais são as condições de temperatura e pressão para que
o estado vapor seja predominante (mais estável).

Região C: é a região que nos mostra quais são as condições de temperatura e pressão para que
o estado sólido seja predominante (mais estável).

b) Curvas

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Entre C e A: essa curva é chamada de curva solidificação, na qual temos as condições
de temperatura e pressão para que as fases sólida e líquida coexistam em equilíbrio. É zona
limítrofe entre os estados sólido e líquido. Assim, qualquer ponto localizado sobre ela indica
que teríamos a substância nos estados sólido e líquido.

Entre C e B: essa curva é chamada de curva ressublimação, na qual temos as


condições de temperatura e pressão para que as fases sólidas e gasosa coexistam em
equilíbrio. É zona limítrofe entre os estados sólido e vapor. Assim, qualquer ponto localizado
sobre ela indica que teríamos a substância nos estados sólida e vapor.

Entre A e B: essa curva é chamada de curva condensação, na qual temos as condições


de temperatura e pressão para que as fases líquida e gasosa coexistam em equilíbrio. É zona
limítrofe entre os estados líquido e vapor. Assim, qualquer ponto localizado sobre ela indica
que teríamos a substância nos estados líquido e vapor.

c) Ponto Central (D)

Esse ponto é chamado de ponto triplo, já que nele temos uma condição de temperatura
e uma condição de pressão na qual encontramos a substância nos três estados físicos da
matéria (sólido, líquido e vapor) ao mesmo tempo.

2.2.1.7 O diagrama de fases da água e o grau de liberdade


Temos abaixo um exemplo de um diagrama de fases específico de uma substância, a
água. Nele, podemos observar alguns detalhes que são muito importantes como as condições
para a ocorrência do ponto triplo, as condições específicas de cada estado, o ponto crítico etc.

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O ponto crítico (C) indica pra nós qual é a condição para que a divisória entre líquido
e vapor desapareça, ou seja, a partir desse ponto teremos a substância no estado gasoso.
Assim teremos uma única fase uniforme. No caso da água, isso ocorre a uma temperatura
crítica  (tc) de 374 oC e uma pressão de 218 atm. A partir desses valores de temperatura e
pressão temos a água gasosa.

Outro detalhe que pode ser avaliado no diagrama de fases é o que chamamos de grau
de liberdade. Denomina-se grau de liberdade o número de variáveis que podem ou não ser
alteradas, sem que o número de fases físicas se altere. É importante dizer que o grau de
liberdade depende da parte do diagrama que estivermos avaliando: curva, região ou ponto
triplo.

2.2.1.8 Mudanças de estados físicos no diagrama de fases

Analisando o diagrama de fases da água podemos discutir bem a questão do grau de


liberdade. Por exemplo:

Ponto T: No ponto T, que é o ponto triplo, temos um grau de liberdade igual a zero,
pois não temos a liberdade de variar nem a temperatura nem a pressão.

Região Sólida: Se determinarmos um valor específico de temperatura (de baixo para


cima, na vertical, teremos vários valores de pressão que determinariam esse estado. Se
fizermos o inverso, determinando um valor fixo de pressão (da esquerda para a direita) o
mesmo ocorreria com a temperatura. Por conta disso dizemos que o grau de liberdade é igual
a 2.

Curva de solidificação: Nela podemos observar que se marcamos um ponto sobre a


curva, esse ponto estará relacionado a um valor de pressão único e um valor de temperatura
único. Assim, escolhida uma temperatura sobre um ponto da curva, automaticamente
estaremos escolhendo o valor de pressão que corresponde àquela temperatura e vice-versa.
Por conta disso dizemos que o grau de liberdade aqui é igual a 1.

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Observação: Um físico norte americano chamado Josiah W. Gibbs desenvolveu uma
fórmula na qual podemos determinar o grau de liberdade de uma substância em qualquer área
do diagrama de Fases. Nela temos L, que é o grau de liberdade; C, que é o número de
combinações de componentes; e F, que é o número de fases.

L=C+2–F

Assim, se quisermos determinar o grau de liberdade sobre a curva de solidificação temos que:

C = 1 (escolher a temperatura, escolher a pressão automaticamente)
F = 2 (temos sólido e líquido)

L =1+2–2
L = 1,

Por conta disso chamamos esse sistema de univariante, ou seja, possui apenas uma
variável que pode ser escolhida.

Agora, escolha o ponto triplo ou um ponto qualquer de uma região do diagrama e


determine o grau de liberdade. Bom estudo!

Misturas de líquidos voláteis

A volatilidade está ligada à facilidade que a substância tem de passar do estado


líquido para o gasoso.

A vaporização é o processo no qual ocorre a passagem de uma substância que se


encontra no estado líquido para o estado gasoso. Substâncias líquidas podem ser vaporizadas
por ebulição, que tem como condições pressão e temperatura para sua ocorrência, e
evaporação, que não depende diretamente da temperatura nem da pressão. A evaporação

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ocorre em razão da diferença de energia cinética entre as moléculas de uma mesma
substância.

Geralmente as moléculas superficiais ganham mais velocidade que as


mais internas; o ganho de energia cinética é sinónimo de velocidade.
As moléculas mais velozes vão escapando lentamente da substância, fazendo com que a
mesma evapore.

A volatilidade está ligada à facilidade que a substância tem de passar do estado


líquido para o gasoso, logo as substâncias que evaporam mais facilmente são substâncias
mais voláteis. Um bom exemplo é o álcool. Se deixarmos aberto o tanque de um carro que
contenha álcool, o mesmo será esvaziado pouco a pouco em razão da facilidade que o mesmo
tem de evaporar.

Na área de Química, volátil é tudo que se pode reduzir a gás ou a vapor. Uma
substância volátil é um produto químico que tem a propriedade de se evaporar em
temperatura ambiente. Passam facilmente do estado líquido para o estado de vapor ou gasoso
sem necessidade de aquecimento. Há produtos altamente voláteis como éter, álcool, acetona,
entre outros. A necessidade de mantê-los em embalagens fechadas evitar a evaporação rápida.
A inalação de substâncias voláteis pode produzir intoxicação e efeitos adversos sobre o
sistema nervoso e principalmente lesões neurológicas, por vezes irreversíveis.

2.2.1.9 Pressão de vapor de misturas binárias liquidas


Imagine uma mistura binária ideal de dois líquidos voláteis, A e B. um ex. seria usar
A como benzeno e B como tolueno (meti benzeno), porque esses dois compostos tem
estruturas moleculares semelhantes e formam soluções quase ideias. Como a mistura e ideal ,
cada componente tem a pressão de vapor dada pela lei de Raoult:

PA =XA, liquido PA, puro e PB=XB, liquido PB, puro

Nessas equações, XA, liquida, e fracção molar de A na mistura liquida e PA, puro e a
pressão de valor de A puro. A lei de Dalton das pressões parciais afirma que a pressão total
de valor e a soma das duas pressões parciais:

Pressão de vapor total=Pt =PA+PB

XA liquido PA puro + XB liquido PB puro

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O vapor da mistura e mais rico no componente mais volátil (componente com a maior
pressão de vapor) do que o liquida. O benzeno, por EX, e o mais volátil que o tolueno, logo,
podemos esperar que o vapor em equilíbrio com a mistura liquida seja mais rico em benzeno
do que o liquida. Se pudéssemos expressar a composição do vapor, em termos da composição
do liquida, poderíamos confirme que o vapor e mais rico do que o liquido no componente
mais volátil.

Para expressar a composição do vapor em equilíbrio com a fase líquida de uma


mistura binária liquida, temos de observe, primeiramente, que a definição de pressão parcial
(Pj=XjP) E a lei de Dalton (P=PA+PB) nos permitem descrever a composição do vapor de
uma mistura de líquidos, A e B, em termos das pressões parciais dos componentes:

XA, vapor =PA/P=PA/PA+PB

E igualmente para XB, vapor.

XA, vapor=xa, liquida PA, puro /XA, liquida PA, puro + XB, liquido PB, puro.

Essa expressão relaciona a composição do vapor (em termos de fracção molar de A no


vapor de uma mistura binária com a composição do liquida (em termos da fracção molar de A
no liquida, lembrando que XB=1-XA).

2.2.2 Destilação

O PE normal de uma mistura binária liquido e a temperatura na qual a pressão de


vapor total e igual a uma atm. Se fossemos aquecer uma amostra de benzeno puro, sobre
pressão constante igual a uma atm, ela começaria a ferver em 80,1 celsius, da mesma forma,
o tolueno puro ferve em 110,6 celsius. Como, meu ma determinada temperatura, a pressão de
vapor de uma mistura de benzeno e tolueno e intermediário entre os pontos de ebulição dos
dois líquidos puros.

Os líquidos voláteis podem ser separados por destilação fraccionada. O liquida e o


vapor estão em equilíbrio em cada ponto da coluna de fraccionamento, mais as suas
composições variam com a altura, como resultado, o componente cujo ponto de ebulição e
menor pode ser removido do topo da coluna antes que o próximo componente de ponto de
ebulição mais baixo destile.

2.2.3 Azeótropos

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As soluções em que as forcas intermoleculares são mais fortes na solução do que nos
componentes puros tem desvios negativos da lei de Raoult. Elas formam, com frequência,
azeótropos de PE máxima. As soluções em que as forcas intermoleculares são mais fracas na
solução do que nos componentes puros tem desvios positivos da lei de Raoult. Eles formam
com frequência, azeótropos de PE mínima.

3 Conclusão
Depois de muitas pesquisas e leituras pudemos concluir que as propriedades
coligativas dependem exclusivamente do numero de partículas e não da natureza das
partículas. Todas essas propriedades provem abaixamento do potencial químico da solvente
líquida, resultado pela presença do soluto.

As propriedades coligativas são recursos científicos que nos permitem estudar e


calcular os pontos de fusão, ebulição e de equilíbrio por meio do aumento ou diminuição da
pressão ocasionados pela adição de outras substâncias na solução.

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4 Referencias Bibliográficas
1. Atkins, P. W. (2003); Físico-Química - Fundamentos, 3 ed., Editora LTC, São Paulo.
2. Castellan, G. (1972); Fundamentos de físico-química, Editora LTC, São Paulo.
3. Moore, W. J. (1976); Físico-química, vol 1, Editora Edgar Blucher, São Paulo.
4. https://brasilescola.uol.com.br/quimica/propriedade-coligativa.htm
5. https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/o-que-sao-as-propriedades-
coligativas.htm
6. https://brasilescola.uol.com.br/quimica/propriedade-coligativa.htm
7. https://brasilescola.uol.com.br/quimica/propriedade-coligativa.htm
8. https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/volatilidade-1.htm
9. https://brasilescola.uol.com.br/quimica/osmose.htm

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