O documento discute a Lei de Raoult para soluções não-ideais, explicando que desvios positivos ocorrem quando a pressão de vapor é maior do que o previsto, formando azeótropos positivos, enquanto desvios negativos ocorrem quando a pressão de vapor é menor, formando azeótropos negativos. A lei se aplica apenas a soluções ideais, mas é útil para entender soluções reais, nas quais há interações intermoleculares.
O documento discute a Lei de Raoult para soluções não-ideais, explicando que desvios positivos ocorrem quando a pressão de vapor é maior do que o previsto, formando azeótropos positivos, enquanto desvios negativos ocorrem quando a pressão de vapor é menor, formando azeótropos negativos. A lei se aplica apenas a soluções ideais, mas é útil para entender soluções reais, nas quais há interações intermoleculares.
O documento discute a Lei de Raoult para soluções não-ideais, explicando que desvios positivos ocorrem quando a pressão de vapor é maior do que o previsto, formando azeótropos positivos, enquanto desvios negativos ocorrem quando a pressão de vapor é menor, formando azeótropos negativos. A lei se aplica apenas a soluções ideais, mas é útil para entender soluções reais, nas quais há interações intermoleculares.
Davi Alex Nogueira - RA: 769277 - Físico Química 2
Soluções Não-Ideais (Reais)
Em 1887, o químico francês François-Marie Raoult propôs o que ficou conhecido
como a Lei de Raoult, que serve para entendermos o comportamento da pressão de vapor de uma solução formada por duas substâncias que não se misturam (imiscíveis), baseando-se na pressão parcial de cada composto presente nesta mistura. Partindo do pressuposto de que as duas substâncias envolvidas se comportam de maneira ideal. Essa lei baseia-se na ideia de que forças intermoleculares entre diferentes substâncias são iguais às de moléculas semelhantes. Ela relaciona a pressão de vapor de uma determinada solução com um determinado soluto não volátil, que é dada pela pressão de vapor do soluto puro multiplicado pela sua fração molar, isso irá fornecer a pressão parcial de vapor do componente em questão na mistura. As soluções estudadas com essa lei são aquelas com comportamento real, uma vez que a interação entre suas moléculas são pequenas e permitem que as mesmas propriedades sejam assumidas como verdade. Como as soluções ideias praticamente são inexistentes, dois coeficientes são incorporados nos cálculos que representam interações intermoleculares, sendo eles os desvios positivos e os desvios negativos. Desvios positivos da lei de Raoult ocorrem quando a pressão de vapor da solução é maior do que o calculado com a lei de Raoult, isso acontece quando as forças de coesão entre as moléculas são maiores que as mesmas forças entre moléculas diferentes. Esse desvio é visto na curva de pressão de vapor como um ponto máximo em uma composição específica, formando um azeótropo (mistura líquida de dois ou mais compostos químicos que se comporta como se fosse formado por um único componente e evapora sem alterar sua composição) positivo. Desvios negativos da lei de Raoult ocorrem quando a pressão de vapor da mistura é menor do que o esperado após o cálculo com a lei. Esses desvios aparecem quando as forças de coesão entre as moléculas na mistura são maiores que as forças médias entre as partículas dos líquidos em seu estado puro. Esse tipo de desvio gera uma retenção de cada componente em seu estado líquido por forças atrativas maiores que as da substância em seu estado puro, de modo que a pressão parcial de vapor do sistema é reduzida. Os azeótropos negativos nas curvas de pressão de vapor representam um ponto mínimo e demonstram uma afinidade entre os dois ou mais componentes envolvidos na mistura. Essa lei foi muito importânte para entendermos o comportamento das soluções, porém se encaixam apenas em soluções ideais, que como citado, são quase inexistentes. Mas então por que estudar as soluções ideias? É justamente para entendermos o comportamento das maiorias das soluções, às reais, que também são conhecidas como não-ideais. O estudo das soluções reais é feito tomando-se as soluções ideais como sistemas de referência. Numa solução real com desvio positivo temos que a diminuição de energia de Gibbs que sempre acompanha a formação de uma solução não é tão grande como numa solução ideal - o processo é menos espontâneo. O contrário verifica-se, evidentemente, na formação de uma solução real com desvio negativo, o processo é mais espontâneo que a formação de uma solução ideal. Dá-se o nome de grandeza de excesso de uma solução real à diferença (positiva ou negativa) entre o valor de uma propriedade termodinâmica da solução real e o valor da mesma propriedade da solução ideal correspondente. Todas as funções de excesso são dependentes do logaritmo do coeficiente de atividade, que pode ser maior ou menor que a unidade, conforme o desvio da solução real em relação à solução ideal for positivo ou negativo. A energia de Gibbs de excesso, a entalpia de excesso, a entropia de excesso e o volume de excesso, guardam entre si relações análogas às que existem entre as grandezas de mistura correspondentes. Em uma solução ideal, a variação de entapia e a variação de volumé é zero, de modo que as funções de excesso da entalpia e do volume representam a entalpia de mistura e o volume de mistura numa solução real. REFERÊNCIAS
PILLA, L. Físico-Química 2 - Equilíbrio entre fases, soluções líquidas e eletroquímica.
Editora UFRGS, 2º edição. Porto Alegre-RS, 2010.
MOORE, W. J. Físico-Química, Editora Bluncher LTDA, 4º edição. New Jersey-EUA, 2015.