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Para uma substância homogênea pura, quando duas funções de estado (TPVn)
estão definidas e mantidas em valores fixos, o estado termodinâmico da substância
está completamente determinado (GL de um sistema). Estas funções de estado tem
pode ser representada como um função de coordenadas como temperatura e pressão
ou temperatura e densidade, e os seus valores podem ser identificados como pontos
em um gráfico.
Por outro lado, os termos do lado direto das eqs, representando quantidades de
calor e de trabalho, não são propriedades; eles levam em conta variações de energia
que ocorrem na vizinhança; Eles dependem da natureza do processo e podem ser
associados a áreas em vez de pontos em um gráfico.
O diferencial de uma função de estado representa uma variação infinitesimal do
seu valor. A integração de tal diferencial resulta em uma diferença finita entre dois de
seus valores. Os diferenciais de calor e de trabalho não são variações, e sim
quantidades infinitesimais. Quando integrados, esses diferenciais não fornecem
variações finitas e, sim quantidades finitas.
𝐹 = 2 − 𝝿 + 𝑁
F = GL
pi = n° de fases
N = n° de componentes
Diagrama PT
De acordo com a regra das fases, o ponto triplo é invariante (F=0). Se o sistema
existir nas condições representadas ao longo de quaisquer das linhas bifásicas da
Figura 3.1 ele é univariante (F=1). Nas regiões que apresentam uma única fase, ele é
bivariante (F=2). Os estados invariante, univariante e bivariante aparecem como
pontos, linhas e áreas, respectivamente em um diagrama PT.
Interpretação do gráfico c/ significados físicos:
● Linha 1-2: Equilíbrio sólido-vapor
● Linha 2-C: Equilíbrio líquido-vapor
● Linha 2-3: Equilíbrio sólido-líquido
● Ponto crítico (C): (𝑃𝑐; 𝑇𝑐) maior (P;T) que um sist atinge no ELV
A região existente com temperaturas e pressões superiores a (𝑃𝑐 𝑒 𝑇𝑐)
encontra-se delimitada por linhas tracejadas na Figura 3 .1; essas linhas não
representam transições de fases, sendo limites fixados pelos significados aceitos das
palavras líquido e gás. Uma fase é geralmente considerada um líquido se ela puder ser
vaporizada pela redução da pressão a uma temperatura constante. Uma fase é
considerada um gás se ela puder ser condensada pela redução da temperatura a uma
pressão constante. Como nenhum desses processos pode ser iniciado na região além
das linhas tracejadas, ela é chamada região do fluido.
Às vezes, a região do gás é dividida em duas partes, conforme indicado pela
linha vertical pontilhada na Figura 3.1. Um gás, à esquerda dessa linha, que pode ser
condensado tanto por compressão a temperatura constante quanto por resfriamento a
pressão constante, é chamado um vapor. Um fluido a uma temperatura superior a Te é
dito estar supercrítico. Um exemplo é o ar atmosférico.
Diagrama PV
Medidas de composição
Fração mássica, fração molar e concentração molar são as medidas mais comuns da
termodinâmica, massa molar da mistura, respectivamente:
O potencial químico indica a mudança na energia de Gibbs quando uma
pequena amostra do componente i é adicionado. Sendo μ uma propriedade intensiva,
função de T,P e composição.
Quando há gradientes, a transferência de massa ou energia tende a ser do maior
para o menor. Quando há diferença de temperaturas, energia é transferida e quando há
diferença de potenciais químicos entre as espécies há transferência de massa.
Para um sistema heterogêneo fechado por mais de uma fase ou para dois ou
mais sistemas homogêneos abertos com troca de massa, a condição de equilíbrio será:
Como o sistema é fechado, a equação 2.10 é válida e os diferenciais devem resultar das
reações químicas (transferências de massa) entre as fases. Desse modo:
Propriedades parciais
Essas questões são conhecidas como relações da soma e permitem o cálculo das
propriedades de mistura a partir das propriedades parciais.
Gibbs/Duhem:
Esta equação é válida para todas as variações que ocorrem em uma fase
homogênea. No equilíbrio, T e P são cte e, portanto, suas derivadas são nulas. Ademais,
no equilíbrio não há variação das propriedades e a média ponderada das propriedades
é verdadeira. Assim:
O gás ideal representa uma coleção de moléculas que não interagem e ocupam
um volume nulo. Esta idealização é aproximada para moléculas reais no limite de
pressão igual a zero (que implica em densidade igual a zero).
A eq 2.34 mostra que o potencial químico de um gás tende a ser menos infinito
quando P ou yi se aproxima de zero, isto é verdade para qualquer gás. A fugacidade
toma lugar do potencial químico pois não apresenta estas características.
A fugacidade pode ser compreendida como uma outra escala de energia de
Gibbs, onde a variação da energia de Gibbs molar de um componente, adimensionada
pelo produto RT, deve ser equivalente a variação do logaritmo da fugacidade. É uma
função bem definida relacionada ao exponencial da diferença entre as energias de
Gibbs do gás real e ideal.
Componente puro
Dois tipos de coeficientes do tipo virial apareceram: B11 e B22, nos quais os
subscritos sucessivos são iguais, e B12, no qual os dois sobrescritos são diferentes. O
primeiro tipo é um coeficiente do virial de uma espécie pura; o segundo é uma
propriedade de mistura, conhecido como um coeficiente cruzado. Ambos são funções
somente da temperatura. Expressões como as Eqs 2.62 e 2.63 relacionam coeficientes
de mistura com coeficientes de espécies puras e coeficientes cruzados. Elas são
chamadas regras de mistura.
As equações acima permitem encontrar as seguintes equações para coef de
fugacidade para misturar gasosas binárias que seguem Virial (pressões baixas e pouca
interação):
Solução ideal
Propriedades em Excesso
Após a definição de um novo modelo para misturas (mistura ideal), será definido
outro tipo de propriedade, que relaciona a solução ideal às soluções reais. Essas
propriedades são chamadas de propriedades em excesso e se M representar o valor
molar de qualquer propriedade termodinâmica (V, U, H, S, G, etc), então uma
propriedade em excesso M^e é definida assim:
As propriedades residuais são úteis pela relação direta com dados
experimentais PVT e equações de estado. O formalismo das propriedades em excesso
é importante pois V^e, H^e e gama i são obtidos por experimentos. Os coeficvientes de
atividades são obtidos a partir de dados de equilíbrio e valor de V^e e H^e por
experimentos de mistura, que serão vistos no próximo tópico.
Note que propriedades em excesso não têm significado para espécies puras,
enquanto propriedades residuais existem para espécies puras assim como para
misturas.
ELV
Fugacidade
Coeficiente de atividade
Consistência Termodinâmica
Margules
Van Laar
Wilson
ELV Gráficos
No ELV, para um sistema com duas espécies químicas (N = 2), a regra das fases se
torna F = 4 - pi. Como deve existir pelo menos uma fase (pi = 1), o número máximo de
variáveis da regra das fases que deve ser especificado para fixar o estado intensivo do
sistema é igual a três: particularmente, P, T e uma fração molar (ou mássica).
Para uma espécie pura, o ponto crítico é a maior temperatura e a maior pressão
nas quais as fases líquida e vapor podem coexistir; porém, para uma mistura, em geral,
não é esse o comportamento. Na figura abaixo, os pontos de pressão máxima e de
temperatura máxima estão identificados por Mp e Mt. As curvas tracejadas interiores
indicam a fração do sistema global que está líquida em uma mistura bifásica de líquido e
vapor. À esquerda do ponto crítico C, uma redução na pressão ao longo de uma linha
como a BD é acompanhada da vaporização do líquido do ponto de bolha ao ponto de
orvalho, como seria esperado.
Entretanto, se a condição inicial corresponder ao ponto F, um estado de vapor
saturado, a redução da pressão é acompanhada de liquefação, que atinge um máximo
em G, a partir de onde passa a ocorrer vaporização até que o ponto de orvalho seja
alcançado em H. Esse fenômeno é chamado condensação retrógrada
ELV - Baixa Pressão
Na figura 12.8(a), a fase líquida se comporta como uma solução ideal e a fase
vapor se comporta como uma mistura no estado de gás ideal, seguindo a Lei de Raoult.
Observa-se que este sistema segue o modelo de ELV mais simples, em que a curva P-x1
ou a curva dos pontos de bolha é uma linha reta conectando as pressões de vapor das
espécies puras.
Nesta figura, a curva dos pontos de bolha encontra-se abaixo da relação linear
P-x1 característica da Lei de Raoult. Quando tais desvios negativos da linearidade se
tornam suficientemente grandes em relação à diferença entre as pressões de vapor das
duas espécies puras, a curva P-x1 exibe um mínimo, como ilustrado na Figura 12.8(b).
Essa figura mostra que a curva P-y1 também possui um mínimo no mesmo
ponto. Dessa forma, nesse ponto onde x1 = y1, as curvas dos pontos de orvalho e de
bolha são tangentes à mesma linha horizontal. Um líquido em ebulição com essa
composição produz um vapor com exatamente a mesma composição, e,
consequentemente, o líquido não muda de composição na medida em que ele se
evapora. A separação de tal solução de ebulição constante não é possível através de
destilação.O termo azeótropo é utilizado para descrever esse estado.
Os dados para furano(l)/tetracloreto de carbono(2), a 30ºC, mostrados na Figura
12.8(c), fornecem um exemplo de um sistema para o qual a curva P-x1 se encontra
acima da relação linear P-x1. mO sistema mostrado na Figura 12.8(d),
etanol(l)/tolueno(2), a 65ºC, exibe desvios positivos da linearidade, suficientemente
grn1des para causarem um máximo na curva P-x1. Esse estado é um azeótropo de
máxima pressão. Da mesma forma que para o azeótropo de mínima pressão, as fases
líquida e vapor em equilíbrio possuem composições idênticas.
Desvios negativos apreciáveis da linearidade P-x1 refletem. atrações
intermoleculares na fase líquida mais fortes entre pares de moléculas não-similares do
que entre pares de moléculas similares. Por outro lado, desvios positivos apreciáveis
resultam em soluções nas quais as forças intermoleculares na fase líquida entre
moléculas similares são mais fortes do que entre não-similares. Neste último caso, as
forças entre moléculas similares podem ser tão fortes que evitem a miscibilidade
completa, e então o sistema forma duas fases líquidas separadas ao longo de uma faixa
de composições.
Os quatro diagramas T-x1-y1 são apresentados com dados a P cte (atm). Note
que as curvas T-y1 dos pontos de orvalho estão posicionadas acima das curvas T-x1 dos
pontos de bolha. Além disso, o azeótropo de mínima pressão da figura 12.8(b) aparece
como um de máximo na Fig 12.9(b). Há uma correspondência análoga entre as figuras.
Esses diagramas são úteis para a análise qualitativa de processos de destilação. Quanto
maior a distância entre a curva xy e a linha diagonal, mais fácil a separação.
ELL
Equilíbrio e estabilidade