Energia maremotriz: Análise e fundamentos

Márcio Mendonça (Prof. Dr., UTFPR); mendonca@utfpr.edu.br

Marco Antônio Ferreira Finocchio (Prof. Me., UTFPR); mafinocchio@utfpr.edu.br
Marta Rúbia Pereira dos Santos(Prof. Esp., ETEC); marta.santos71@etec.sp.gov.br
Antônio Ferrari (Graduando, UTFPR); antonioneto.2018@alunos.utfpr.edu.br
Carlos Renato Alves de Oliveira (Graduando, UTFPR); carlos.2016@alunos.utfpr.edu.br
Ivan Rossato Chrun (Prof. Me., FEITEP);
Eduardo Fagnani (Graduando, UTFPR);eduardofagnani@alunos.utfpr.edu.br
Luis A.Manganaro (Graduando, UTFPR);luismanganaro@alunos.utfpr.edu.br
Tamiris D. Silva (Graduanda, UTFPR); tamirisduque@alunos.utfpr.edu.br

Resumo: Atualmente, a energia elétrica tem papel fundamental no desenvolvimento e

funcionamento da sociedade, uma vez que permite e possibilita o uso de diversos
equipamentos eletrônicos. Entretanto, com o crescente aumento da dependência em
energia elétrica, fez - se necessário o estudo e aprofundamento sobre a geração da
mesma, já que os métodos convencionais apresentam inúmeros pontos a serem
melhorados, como por exemplo a emissão de gases poluentes na atmosfera gerado
pelas usinas termelétricas com a queima de combustíveis fósseis, ou então o
desmatamento e destruição gerados para a construção de usinas hidrelétricas, além
disso, há ainda casos de falta de condições adequadas para o uso de meios
convencionais de geração de energia, gerando - se assim a necessidade do uso de
outros métodos, como por exemplo a energia eólica, solar e maremotriz. Assim,
visando o melhor estudo e análise desse último tipo de energia, realizou - se um
estudo sobre o tema, sendo a energia maremotriz a energia gerada pelo movimento da
maré, seu uso foi inicialmente aplicado para a movimentação de moinhos d’água e
ampliada posteriormente para a geração de energia elétrica, conforme a lei de
conservação de energia, a energia não pode ser destruída, apenas transformada,
assim, por meio de conversores e aparelhos ocorre a transformação de energia
cinética gerada pelo movimento das ondas em energia elétrica. Dessa maneira,
analisou - se aspectos de funcionamento, construção de usinas, efeitos na fauna e
flora, capacidade de geração de energia e custos envolvidos no processo, sendo

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 possível identificar a viabilidade do uso da energia maremotriz.

Palavras-chave: Energias renováveis, energias limpas, fonte de energia alternativa,

energia maremotriz, energia elétrica.

TIDAL ENERGY: ANALYSIS AND FUNDAMENTALS

Abstract: Currently, electricity plays a fundamental role in the development and functioning
of society, as it allows and enables the use of various electronic equipment. However, with
the increasing dependence on electricity, it was necessary to study and deepen its
generation, since conventional methods have numerous points to be improved, such as the
emission of polluting gases into the atmosphere generated by thermoelectric plants burning
fossil fuels, or deforestation and destruction generated for the construction of hydroelectric
plants, in addition, there are still cases of lack of adequate conditions for the use of
conventional means of energy generation, thus generating the need to use other methods,
such as wind, solar and tidal energy. Thus, aiming at the best study and analysis of this last
type of energy, a study was carried out on the subject, with tidal energy being the energy
generated by the movement of the tide, its use was initially applied to the movement of water
mills and expanded later for the generation of electric energy, according to the energy
conservation law, the energy cannot be destroyed, only transformed, thus, through converters
and devices, the transformation of kinetic energy generated by the movement of waves into
electrical energy occurs. Thus, aspects of operation, construction of plants, effects on fauna
and flora, energy generation capacity and costs involved in the process were analyzed,
making it possible to identify the feasibility of using tidal energy.

Keywords: Renewable energy, clean energy, alternative energy source, tidal energy,
electricity.

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 1. INTRODUÇÃO

Conforme supracitado no resumo do trabalho, a geração de energia certamente

será um problema a curto e médio no Brasil, devido às variáveis como crescimento da
população, das industrias, entre outros. Outra importante contribuição está na geração de
energia limpa prevervando a natureza.
Tem-se, globalmente, uma crescente demanda por energia elétrica por conta do
modo de vida da sociedade moderna (NETO et al., 2011; RITCHIE; ROSER, 2020). O
Mundo ainda tem como principal fonte os combustíveis fósseis. Como pode-se observar
na Fig. 1 a distribuição das matérias primas para geração de energia elétrica. Ressalta´se
que esse trabalho é de cunho investigativo.

Figura 1. Matriz elétrica Mundial

Fonte: Empresa de pesquisa energética (EPE).

Deste modo, dentre os possíveis meios para geração de energia, tem-se a energia
maremotriz, aproveitada desde o século XII, quando franceses e ingleses a utilizavam na

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movimentação de pequenos moinhos e atualmente é uma alternativa que vem sendo
estudada por alguns países como opção de geração de energia elétrica. Tendo sido
realizado, em 1967, seu primeiro grande projeto para a geração de eletricidade
(GONÇALVES, 2018).
Assim, pode-se apontar algumas vantagens e desvantagens deste tipo de
geração, dentre as vantagens estão, ser uma fonte de energia renovável (MOREIRA,
2021) e limpa, previsibilidade na geração e seu baixo custo de manutenção, ainda que
em aspectos construtivos possua a corrosão como um fator atenuante nos equipamentos
a relação custo/benefício depende da região de instalação, também estima-se que o
potencial de geração de energia nas regiões costeiras seja da ordem 1TW, sendo
aproveitável cerca de 100 GW (ELYAZID et al., 2019). Em contraponto, temos as
seguintes desvantagens, alto investimento e um baixo aproveitamento além do local ter
que atender todas as exigências geomorfológicas (NETO et al., 2011).
Por meio do que foi descrito acima, fica claro que a energia maremotriz ainda
encontra alguns desafios em seu caminho. Hodiernamente, a maior usina de energia
maremotriz encontra-se na Coréia do Sul, no lago Sihwa. Países como a China, França,
Inglaterra, Canadá e Rússia têm muito potencial para usar esse tipo de energia, como
mostra a Fig. 2.

Figura 2. Distribuição semidiurna da amplitude maremotriz pelo mundo

Disponível em: <https://svs.gsfc.nasa.gov/stories/topex/tides.html>. Acesso em 04 jan.
2022

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2. METODOLOGIA

Este trabalho está divido da seguinte forma. Na seção 2 a metodologia empregada

na pesquisa investigativa. A seção 3 traz uma breve fundamentação teórica sobre energia
maremotriz e energia limpa. Já a seção 4 apresenta aspectos de implementação desse
tipo de energia. E, finalmente, a seção 5 conclui e sugere futuros trabalhos e encerra
essa investigação cientifica.
Para realizar essa análise levantou-se temas sobre geração de energia, em
especial energia limpa a fim de aprofundar de acordo com o texto supracitado.
Dessa forma, foram lidos artigos e textos referente ao assunto, permitindo assim a
construção e desenvolvimento do presente artigo.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A energia maremotriz provém das marés, a qual ocorre por meio do desnível e
velocidade das correntes marítimas e gera a possibilidade de transformação da energia.
Além disso, sabe - se que a movimentação da maré se dá pela sua atração gravitacional
exercida pela lua e pelo Sol na Terra, sendo a posição do planeta Terra e sua rotação em
relação a esses dois a responsável pela variação de altura da maré, essa oscilação de
marés ocorre periodicamente e por se tratar de um fenômeno natural, esse tipo de
energia é classificada como renovável e limpa. Entretanto, apesar de não trabalhar com
combustíveis fósseis, ou liberar resíduos prejudiciais na atmosfera, a implementação de
usinas maremotrizes tem um grande impacto na fauna e flora local, uma vez que para sua
construção a vida marinha local será alterada, bem como a qualidade da água (NETO et
al., 2011; GONÇALVES, 2018; WANG et al., 2019).
O funcionamento de uma usina maremotriz depende de fatores como a localização
geográfica e alta amplitude da maré, seu mecanismo de operação consiste basicamente
na barragem de água do mar, Fig 3, gerando um desnível e acionando o equipamento
que irá transformar a energia, pode - se variar o uso de tais equipamentos como turbinas,
geradores, atenuadores, absorvedores flutuantes e entre outros.

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 Figura 3. Esquema ilustrativo de uma usina maremotriz
Fonte: Neto et al. (2011)

Dessa forma, como mencionado, a amplitude das marés é de extrema importância

para a captação de energia da usina, assim, com a consideração de diversos fatores,
como as influências da lua e do Sol na Terra, tem - se a equação abaixo que leva em
conta a amplitude da maré e das componentes harmônicas (NETO et al., 2011).

௡
ℎሺ‫ݐ‬ሻ = ‫ܣ‬଴ + ෍ ݂௜ ‫ܪ‬௜ cosሺ‫ݓ‬௜ + ሺ‫ݒ‬௢ + ‫ݑ‬ሻ௜ − ݃௜ ሻ (1)
௜

Onde :

• ℎሺ‫ݐ‬ሻ: altura da maré em metros no instante ‫ݐ‬

• ‫ܪ‬௜ : amplitude em metros da componente ݅

• ‫ݓ‬௜ : velocidade angular da componente ݅

• ݃: fase em graus da componente ݅

• ‫ܣ‬଴ : nível médio da maré em metros

• ‫ݒ‬଴ + ‫ݑ‬: argumento na maré de equilíbrio no instante inicial da série

Além disso, ainda de acordo com NETO et al. (2011), uma maneira de verificar -
se a efetividade de uma usina maremotriz pode - se utilizar a razão de Gibrat, que quanto
menor seu valor, indica maior o aproveitamento da mesma, em sua formulação leva em
consideração o comprimento da barragem e a sua geração de energia anual:
ܿ௠
‫ݐܽݎܾ݅ܩ‬ோ௔௧௜௢ = (2)
‫ܧ‬௞ௐ௛
Onde:

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ܿ௠ : comprimento da barragem
‫ܧ‬௞ௐ௛ : Energia produzida pela usina durante um ano, em kWh

De forma análoga, ainda verificando - se a potência e eficiência, pode - se calcular

a potência com base em informações da densidade da água, área da turbina e da
velocidade da maré:

1
ܲ = ‫ ݒܣ݌‬ଷ (3)
2
Além disso, a captação da energia das marés pode se dar por meio de
equipamentos como as turbinas, sendo necessário o uso de barragens para aumentar o
nível do mar próximo ao local de instalação das turbinas, as quais estão instaladas abaixo
desse nível, um exemplo é a usina de La Rance, na França. O coeficiente de potência
pode ser aumentada usando um difusor, no qual se utiliza o efeito Venturi para acelerar o
fluido próximo a turbina, desse modo extraindo mais energia, uma vez que a potência
extraida é propocional a velocidade ao cubo (ELYAZID et al., 2019).
Outro modo de captação é por meio de terminais, podendo ser construído em solo
firme, próximo ao solo ou no mar, consiste em uma coluna de ar no mar, onde o
movimento da maré irá fazer com que o ar movimente a turbina responsável, um exemplo
é a usina Onshore em Pecém, Ceará. Além disso, há a opção de atenuadores, sendo
basicamente cilindros flutuantes ancorados, onde a movimentação de cada seção gera
uma resposta, acionando seus respectivos conversores e transformando a energia
(SILVA, 2012).
Continuamente, há o absorvedor flutuante que relaciona os movimentos verticais
da maré e converte a energia recebida. Por fim, há o dispositivo de galgamento,
chamados também de overtopping, que trata - se do represamento de uma certa
quantidade de água do mar, seguida da elevação de sua pressão, isso faz com que a
água volte ao mar e aciona uma turbina responsável pela transformação de energia.

4. MATERIAIS E MÉTODOS

A energia maremotriz utiliza-se de tecnologias conhecidas transformando energia

cinética das marés em elétrica através de conversores e geradores já utilizados em outros
sistemas de obtenção de energia, como hidrelétricas e termoelétrica, outro fator
importante para utilizar a mesma, visto que os conhecimentos são disseminados a

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vários anos e sua manutenibilidade é aplicável com alta eficiência (MOREIRA, 2021).
A escolha dos materiais para a execução de um projeto não é trivial e como
mostram as equações supracitadas, algumas variáveis que não são controladas, como
por exemplo a altura das marés. Desse modo, é necessária uma analise prévia para se
instalar esse tipo de geração de energia. Em outras palavras, a instalação desse tipo de
geração depende de condições naturais e algumas regiões permitem a instalação da
mesma.
Além disso, essa tecnologia ainda é recente, deve-se fazer uma análise financeira
considerando a eficiência, a durabilidade. Posto isso, é necessário um orçamento inicial
para se escalar a viabilidade de investimento.
Em uma usina maremotriz os principais componentes nela são: a barragem, as
comportas, o reservatório, podendo ter um ou mais reservatórios, e os equipamentos
eletromecânicos, como na Fig 3.
As comportas são um dos principais componentes a serem avaliados no
planejamento, por se tratar de um equipamento responsável por boa parte dos custos de
se montar uma usina deste tipo, elas devem suportar as grandes diferenças de pressão
exercidas sobre ela e será responsável por atenuar a amplitude da maré, fazendo com
que sua alteração tenha um impacto diretamente na energia produzida pela usina (NETO
et al., 2011).
A barragem, que será responsável por alternar o nível de água dos reservatórios
e por elas atuarem de forma muito mais frequente que de uma usina hidrelétrica por
exemplo, precisam prever falhar, ou seja, atuam de forma muito mais rápida e com maior
frequência, exigindo um alto grau de confiabilidade do equipamento. A escolha do
material da barragem deve ser muito criteriosa, para prever os efeitos das marés,
tanto em questão de corrosão quanto das ondas que atacam diretamente elas, podendo
ocasionar falhas mecânicas (NETO et al., 2011).
Sendo ela, também, um dos maiores desafios para a construção usinas
maremotrizes devido aos custos iniciais de sua contrução que necessita de grandes
quantidades de materiais para suportar as cargas impostas pela água represada.
Contudo, as usinas maremotrizes têm grande durabilidade dando retorno em longo prazo.
Muitas das instalações dos anos 1960 e 1970 estão ainda operacionais sem muitos
problemas, como, por exemplo, a usina de La Rance na França que foi construida em
1966. A tabela abaixo mostra a estimativa de custos de usinas operacionais e que estão
ainda em fase de planejamento (International Renewable Energy Agency, 2014).

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 Tabela 1. Custos de produção de usinas maremotrizes operacionais ou em fase de projeto
Energia Custos de Custo de
Capacidade
País produzida Construção (milhões produção por kW
(MW)
(GWh) de dólares) (dólar/kW)
Operacional
La Rance França 240 540 817 340
Coréia do
Sihwa Lake 254 552 298 117
Sul
Em projeto
Golfo de
Índia 50 100 162 324
Kutch
Barragem Reino
61,4 131 328 534
Wyre Unido
Baia de Coréia do
520 950 800 154
Garorim Sul
Barragem de Reino
700 1340 5741 820
Mersey Unido
Incheon Coreia 1320 2410 3772 286
Dalupiri Blue Filipinas 2200 4000 3034 138
Barragem Reino
8640 15600 36085 418
Severn Unido
Baia de
Rússia 87000 200000 328066 377
Penshina
Fonte: International Renewable Energy Agency (2014)

O reservatório é um ponto de destaque por ser através dele o controle de toda

queda d'água, sendo assim responsável por exigir mais ou menos dos turbogeradores
para a geração de energia. Alguns projetos utilizam até mesmo mais de um reservatório,
mas essa opção pode elevar bastante o custo do projeto, sendo então mais comum a
opção de apenas um (NETO et al., 2011).
Os equipamentos eletromecânicos são os responsáveis por transformar toda a
forma de captação através da variação dos níveis de água em energia elétrica, é através
deles que se dá a geração de energia, tendo um alto custo, podem significar uma parcela
no projeto que chega em torno de 50% do custo total (NETO et al., 2011).
Os tipos de turbinas podem ser os mais variados possíveis por diferentes tipos de
empresas como a Tidal Energy Ltda que desenvolve turbinas horizontais com hélices de
15 metros posicionadas no leito do mar montada sobre uma estrutura triangular com
profundidade de 30 a 60 metros produzindo 1,2 MW de energia a 6,6kV.

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 Figura 4. Turbina Desta Stream 1,2 MW de potência
Fonte: ZAINOL (2017)

A Atlantis Resources Corporation Ltda construiu a turbina horizontal Nereus

testada com sucesso podendo produzir 400 kW pode potência.

Figura 5. Turbina Nereus

Fonte: ZAINOL (2017)

Todo o sistema deve estar muito bem ajustado para que os equipamentos
eletromecânicos possam atuar com a melhor eficiência possível e gerar o máximo de
energia trazendo o menor impacto possível para aquele ecossistema.

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 5. CONCLUSÕES

A energia maremotriz apresenta grandes vantagens no aspecto ambiental já que

apresenta impacto zero em seu funcionamento. Apesar do grande cursto de material esse
tipo de usina utiliza poucos equipamentos em seu funcionamento, ou seja, a sua
operação é de baixo custo. Outra vantagem reside no fato que sua produção é
consistente, pelo fato ciclos da maré serem previsíveis possibilitando dessa forma a
construção de instalações mais apropriadas para a extração de energia.

Entretanto é necessária uma análise aprofundada da área a ser instalada pois

pode provocar um desequilíbrio no ecossistema, causando mudança nas maré. Além
disso, essa fonte energética tem grande potencial ao redor do mundo como no Brasil, por
exemplo, o maior potencial energético maremotriz está concentrado na Costa Norte, no
Maranhão por exemplo, estão localizados um dos mais promissores a Baía de Turiaçu
que possui potencial de mais de 3,4 GW. Além disso, existe no Brasil um projeto piloto,
sendo o único da América Latina, localizado em Pecém no Ceará.

A fonte de obtenção de energia elétrica através da energia dos mares é uma

alternativa muito importante para o aspecto social e de desenvolvimento, essa fonte é
limitada geograficamente por se necessitar de litorais, entretanto é uma fonte que pode
ser adaptada em relevos banhados pelos mares que necessitam de desenvolvimento ou
que não se tem fontes de energia elétrica de forma fácil ou até mesmo de alguma forma.
Por isso utilizar a geração maremotriz pode ser uma solução de, mais de uma fonte, ou
seja, alternativa, e que de certa forma, tem potencial de uso comprovada, sendo assim os
valores de investimentos são justificados com estudo adequado.

Um aspecto que é preciso destacar é o surgimento de novas tecnologias e com

isso, novas formas de exploração de energia das marés. Com novas formas de as
pesquisas apresentam resultados promissores, o principal deles é o aproveitamento das
correntes de marés.
A simplicidade conceitual, com impactos mínimos com o seu menor custo de
instalação e de operação, gera boas perspectivas a curto prazo, alguns anos devido ao
grande avanço tecnológico em comunicação de dados, Big Data, Inteligência Artificial nas
áreas de engenharia de um modo geral, como por exemplo engenharia materiais,

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 controle, segurança, computação. De um modo geral, divisões das grandes áreas da
engenharia mecânica e elétrica.
Futuros trabalhos endereçam um comparativo acurado entre energias limpas,
como por exemplo energia eólica. Com rendimento custo, viabilidade, rendimento, tempo
amortização do investimento, entre outras possíveis variáveis circunscritas ao tema.

6. REFERÊNCIAS

ELYAZID, A. et al. Tidal power systems: A review. The Electrical Engineering

International Conference EEIC’19. dez, 2019. DOI: 10.6084/m9.figshare.145416.
Disponível em: < https://figshare.com/articles/conference_contribution/Tidal_power_syst
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terminator/>. Acesso em 24 de novembro 2021.

GONÇALVES, João Henrique Nascimento et al. Energia Maremotriz. Revista Pesquisa e

Ação, v. 4, n. 1, p. 120-128, 2018.

SILVA, Rodrigo G. A geração de energia maremotriz e suas oportunidades no Brasil. Revista

Ciências do Ambiente On-Line, v. 8, n. 2, 2012.

MOREIRA, José R. S. Energias renováveis geração distribuida e eficiência energética.

2 ed. Rio de Janeiro: LTC.,2021. 520 p. ISBN 85-2163-735-7.

NETO, Pedro B, L. et al . Exploração de energia maremotriz para geração de eletricidade:

aspectos básicos e principais tendências. Ingeniare. Rev. chil. ing., Arica , v.19, n. 2, p. 219-
232, agosto 2011 .Disponível em : <http://www.sciel
o.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S071833052011000200007&lng=es&nrm=iso>.
Acesso em 10 dezembro 2021.

RITCHIE, H.;ROSER, M. Energy.Our Wold in Data. 2021. Disponível em : <

https://ourworldindata.org/energy-production-consumption>. Acesso em : 04 janeiro 2022.

TIDAL ENERGY TECHNOLOGY BRIEF. International Renewable Energy Agency. 2014.

Disponível em : < https://www.irena.org/-/media/Files/IRENA/Agency/Publication/2014/Tidal
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WANG, Z. L et al. A review on tidal power utilization and operation optimization. 29th IAHR
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ZAINOL, M. Z. et. al. A review on the status of tidal energy technology worldwide.
Sci.Int.(Lahore). 2017. Disponível em: < https://tethys-
engineering.pnnl.gov/sites/default/files/publications/636330304698012020.pdf>. Acesso em :
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