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Trabalho sobre centrais

nucleares
Engenharia Elétrica
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
28 pag.

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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA
Engenharia Eléctrica Laboral

Produção e Consumo de Energia Eléctrica


TRABALHO INVESTIGAÇÃO
NUMERO 2

ENERGIA NÚCLEAR E CENTRAIS


NÚCLEAR

DISCENTES: DOCENTES
MAJOR JR., Guilherme António Engº. Abrão Rafael
MAUNGUE, José Ferreira Engº. José Chissico
MICHAQUE JR., Tiago Sabino
LISSANE, Mauro Eduardo

Maputo, Novembro de 2016

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ENERGIA NÚCLEAR

Índice
INDICE DE FIGURAS................................................................................................................. 3
INDICE DE TABELAS .................................................................................................................. 3
1. Introdução .............................................................................................................................. 4
2. Objectivos ............................................................................................................................... 5
2.1. Gerais............................................................................................................................... 5
2.2. Específicos ....................................................................................................................... 5
3.RESUMO TEORICO................................................................................................................... 6
3.1.BREVE HISTORIAL ............................................................................................................... 6
4. Combustível (urânio) ................................................................................................................ 7
4.1.OCORRÊNCIA DO URÂNIO NO MUNDO .......................................................................... 8
5.Usina nuclear .............................................................................................................................. 9
5.1.Constituição de uma usina nuclear ....................................................................................... 9
5.1.1.Reactor Nuclear ................................................................................................................... 12
5.1.2.Tipos de reatores .................................................................................................................. 14
5.1.2.1. Reactor de fissão .......................................................................................................... 14
5.1.1.2.Reactor nuclear de fusão ................................................................................................... 20
5.1.1.3.O gerador ................................................................................................................... 21
6.PRINCÍPIO DE GERAÇÃO DE ENERGIA NUCLEAR ........................................................ 21
6.1.ENERGIA NUCLEAR ....................................................................................................... 21
6.1.1 FISSÃO NUCLEAR ........................................................................................................ 21
6.1.2. REACCÃO DE CADEIA ............................................................................................... 22
6.1.3.FUNCIONAMENTO DE UMA USINA NUCLEAR ..................................................... 23
6.1.4.Rendimento de uma Usina Nuclear .................................................................................. 24
7. Vantagens das centrais nucleares ....................................................................................... 25
8. Desvantagens das centrais nucleares ................................................................................. 25
9. SEGURANÇA DAS USINAS NUCLEARES ...................................................................... 25
11. BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................... 28

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INDICE DE FIGURAS

Figura 1:Vareta de combustível desmontada ................................................................................................................8


Figura 2:Principais reservas de urânio no mundo ..........................................................................................................8
Figura 3:Secção longitudinal do reactor .................................................................................................................... 10
Figura 4:Configuração do núcleo do reactor ............................................................................................................. 11
Figura 5:Configuração básica de uma Usina Nuclear ............................................................................................... 11
Figura 6:esquema de um reactor nuclear (detalhados) e os restantes auxiliares da central ...................................... 12
Figura 7:reactor do tipo PWR ..................................................................................................................................... 14
Figura 8:reactor do tipo BWR ..................................................................................................................................... 15
Figura 9: reactor do tipo RBMK (reactor pressurizado de água com canalectas individuais de combustíveis ......... 16
Figura 10:reactor (PHWR) ......................................................................................................................................... 16
Figura 11: reactor de gas ............................................................................................................................................ 17
Figura 12:Reator Rápido ............................................................................................................................................ 18
Figura 13:tipos de reactores em uso no mundo .......................................................................................................... 19
Figura 14:Reacção de fissão nuclear .......................................................................................................................... 21
Figura 15:Reacção de cadeia ...................................................................................................................................... 23
Figura 16:barreiras de proteçao de uma usina nuclear.............................................................................................. 26

INDICE DE TABELAS
Tabela 1: reservas mundias de uranio............................................................................................ 9
Tabela 2:caracteristicas dos tipos de reactores ........................................................................... 19
Tabela 3:Participação na geração eléctrica de energia .............................................................. 20

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1. Introdução

Após um período de intenso desenvolvimento em escala internacional, a geração de energia


eléctrica a partir de fonte nuclear, atravessa uma fase de baixo crescimento, em decorrência,
principalmente de dois acidentes graves com as usinas nucleares ocorridos em Chernobyl que
teve efeitos nefastos e em japão .
Entretanto, as alterações climáticas do planeta, devido à emissão de gases causadores do efeito
estufa, produzidos pela operação de usinas termoeléctricas e a previsão da escassez dos
combustíveis fosseis, do gás e bem como do petróleo no subsolo. Sabendo que cerca de 16% da
energia eléctrica consumida nos dias de hoje é proveniente de usinas nucleares, trata-se da
terceira fonte mais utilizada para geração de electricidade no mundo, isto graças ao recurso
energético usado nesta central, que são minérios de alto poder calorífico, como por exemplo o
urânio. O uso de usinas nucleares para a produção de energia eléctrica será uma necessidade e
não uma opção de escolha, pois o elemento para a produção deste tipo, existem as suas reservas
em grandes quantidades no mundo, o urânio.
Neste trabalho analisar-se-á a principal instalação de uma central nuclear, o reactor nuclear, a
sua constituição, o princípio de funcionamento, classificação e outros a destacar ao longo do
trabalho.
De uma forma geral, reactor nuclear ou usina nuclear é uma instalação onde são produzidas
reacções de fissão em cadeias com a finalidade de gerar energia eléctrica. Este processo tem de
ser realizado de forma controlada, em condições de segurança absoluta, pois caso contrário pode
provocar terríveis acidentes, libertando altos níveis de radioactividade.

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2. Objectivos
2.1. Gerais
 Aprofundar os conhecimentos sobre o funcionamento das usinas nucleares;
 Analisar o impacto no uso das usinas nucleares para as futuras gerações.
2.2.Específicos
 Comparar a eficiência das usinas nucleares com as demais fontes de energia eléctrica;
 Avalias as vantagens e desvantagens das usinas nucleares.

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3. RESUMO TEORICO

Energia nuclear se refere a energia consumida ou produzida com a modificação da composição


de núcleos atómicos. Além de ser a força que arma a Bomba Atómica, a de Hidrogénio e outras
armas nucleares, a energia nuclear também tem utilidade na geração de electricidade em usinas
de vários países do mundo. É vista por muitos como fonte de energia barata e limpa, mas por
causa do perigo da radiação emitida na produção desta energia e da radioactividade dos materiais
utilizados, outros sentem que ela pode não ser uma energia alternativa viável.
A "revolução" de Einstein torna popular a fórmula física E=m.c² (energia é igual a massa vezes o
quadrado da velocidade da luz). A equivalência entre massa e energia (uma pequena quantidade
de massa pode ser transformada em uma grande quantidade de energia) permite explicar a
combustão das estrelas e dar ao homem maior conhecimento sobre a matéria. É a expressão
teórica das enormes reservas de energia armazenadas no átomo na qual se baseiam os artefatos
nuclear.
Ameaça Nuclear - Actualmente existe mais de quatrocentas usinas nucleares em operação no
mundo - a maioria no Reino Unido, EUA, França e Leste europeu. Vazamentos ou explosões nos
reatores por falhas em seus sistemas de segurança provocam graves acidentes nucleares. O
primeiro deles, na usina russa de Tcheliabínski, em setembro de 1957, contamina cerca de 270
mil pessoas. O mais grave, em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, deixa mais de trinta mortos,
centenas de feridos e forma uma nuvem radiactiva que se espalha por toda a Europa

3.1.BREVE HISTORIAL

A radioactividade artificial foi obtida pela primeira vez em 1934, com os trabalhos de Frederick
e Irene Joliot-Curie. Em 1935, Enrico Fermi começou uma série de experiências em que foram
produzidos artificialmente núcleos radioactivos, pelo bombardeamento com neutrões de vários
elementos. Alguns dos seus resultados sugeriram a formação de elementos transurânicos. O que
eles observaram foi a fissão nuclear, mais tarde comprovado por Otto Hahn. Durante a Segunda
Guerra Mundial, as pesquisas na Europa e nos EUA viraram assunto militar, culminando com as
bombas nucleares de Hiroshima e Nagasaki. Depois da guerra, os EUA procuraram desenvolver
um programa que preservasse a supremacia americana na tecnologia militar com finalidades
pacíficas.

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Em 1951 entrou em operação um pequeno reactor em Idaho Falls, para pesquisar as propriedades
regeneradoras de um reactor rápido. Até 1963 ele sempre forneceu energia eléctrica para o seu
próprio edifício. Esse reactor foi construído pelo Laboratório Nacional de Argonne da
Universidade de Chicago e em 1955-1956 manteve a primeira cidade da história totalmente
iluminada com energia eléctrica proveniente de uma central nuclear. Era a cidade de Arco, em
Idaho. Em 1953 o Presidente Eisenhower lançou o programa átomos para a Paz, propondo
colaborações internacionais para desenvolver o uso pacífico da energia nuclear. Um pouco antes
os soviéticos haviam explodido a primeira bomba atómica não-americana. Vendo tudo isso
acontecendo os países ou nações nucleares reuniram-se onde que, em 1957 foi fundada em Viena
a Agencia Internacional de Energia Atómica, para controlar o desenvolvimento mundial da
energia atómica. Em 1957 os primeiros submarinos nucleares entraram em operação.
Em 1956 a Westinghouse construiu o primeiro reactor comercial dos EUA, em Shippingport,
Pennsylvania. Ele operou até 1982. O primeiro reactor europeu entrou em operação em
Moscovo, no ano de 1946. Em 1954 os soviéticos inauguraram a primeira planta nuclear de
potência. Na década de 1960, tivemos o amadurecimento da tecnologia de reactores nucleares e
diversos países entraram no chamado clube nuclear.

4. Combustível (urânio)
Cerca de 95% das substâncias radioactivas de uma usina nuclear são produzidas durante o
funcionamento do reator, quando ocorre a fissão nuclear no interior das varetas de combustível.
Embora no reator nuclear não ocorra nenhuma combustão (no sentido químico da palavra), por
analogia denominou-se combustível nuclear ao conjunto, contendo pastilhas de material físsil
(UO ), montadas em varetas cilíndricas de Zircaloy (liga metálica de Zircônio e Estanho), que as
protegem contra a corrosão pela água, que é o líquido refrigerante e moderador do reator.
O elemento mais utilizado nas usinas é o urânio. Este material é colocado em barras dentro dos
reatores da usina. O calor gerado pela reacção move um alternador que produz a energia
eléctrica.

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Figura 1:Vareta de combustível desmontada

4.1 .OCORRÊNCIA DO URÂNIO NO MUNDO

Encontram-se vestígios de urânio em quase todas as rochas sedimentares da crosta terrestre,


embora este não seja muito abundante em depósitos concentrados. O minério de urânio mais
comum e importante é a uraninita, composta por uma mistura de UO2 com U3O8. O maior
depósito do mundo de uraninita situa-se nas minas de Leopoldville no Congo, na África. Outros
minerais que contêm urânio são a euxenita, a carnotita, a branerita, a torbernite e a coffinita. Os
principais depósitos destes minérios situam-se nos EUA, Canadá, Rússia e França.

Figura 2:Principais reservas de urânio no mundo

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Tabela 1: reservas mundias de urânio

5.Usina nuclear
Usina Nuclear, também conhecida como central nuclear, é uma instalação que produz energia
eléctrica através de reacções nucleares de elementos radioactivos.
O elemento mais utilizado nas usinas é o urânio. Este material é colocado em barras dentro dos
reactores da usina. O calor gerado pela reacção move um alternador que produz a energia
eléctrica.

5.1.Constituição de uma usina nuclear


Uma central nuclear, como os restantes tipos de Centrais, é constituída por vários componentes
que funcionam em conjunto para a obtenção da energia eléctrica.
 Reactor nuclear
 Turbina de vapor;
 Condensadores;
 Bombas.

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Figura 3:Secção longitudinal do reactor

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Figura 4:Configuração do núcleo do reactor

Figura 5:Configuração básica de uma Usina Nuclear

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5.1.1.Reactor Nuclear
Um reactor nuclear é uma câmara de arrefecimento hermética, blindada contra a radiação, onde
é controlada uma reacção nuclear para a obtenção de energia, produção de materiais fissionáveis
como o urânio ou plutónio para armamentos nucleares, propulsão de submarinos e satélites
artificiais ou para pesquisas.
Uma central nuclear pode conter vários reactores. Actualmente apenas os reactores nucleares de
fissão são empregados para a produção de energia comercial, porém os reactores nucleares de
fusão já estão a ser testados em fase experimental.
Um reactor produz grandes quantidades de calor e intensas correntes de radiação. Esta é mortal
para todas as formas de vida mesmo em quantidades pequenas, causando doenças, leucemia e,
por fim, a morte. O reactor deve estar rodeado de um espesso escudo de cimento e aço, para
evitar fugas prejudiciais de radiação. As matérias radioactivas são manuseadas por controlo
remoto e armazenadas em contentores de chumbo, um excelente escudo contra a radiação.

Figura 6:esquema de um reactor nuclear (detalhados) e os restantes auxiliares da central

Os componentes de um reactor nuclear, todos eles se encontram instalados dentro de um grande


contentor sob pressão. São eles os seguintes:
 Moderador: material presente no núcleo do reactor para reduzir a energia cinética dos
neutrões;
 Reflector: material que se coloca à volta do núcleo do reactor para fazer regressar ao
sistema alguns dos neutrões que tendem a escapar-se;
 Barras de comando da reacção em cadeia, constituídas por substâncias muito
absorventes de neutrões;
 Fluido de refrigeração destinado a arrefecer o núcleo do reactor;
 Escudo biológico que protege o exterior contra o efeito das radiações emitidas.

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 Bainha – Camada exterior de matéria aplicada directamente sobre o combustível nuclear,


tem a função de garantir a sua protecção contra um meio quimicamente activo; reter os
produtos radioactivos formados durante a irradiação do combustível; proporcionar um
elemento de estrutura.
 Circuito primário de refrigeração – Circuito em que circula um fluido de refrigeração
utilizado para extrair energia de uma fonte de calor primária, tal como o núcleo de um
reactor nuclear.
 Circuito secundário de refrigeração – Circuito em que circula um fluido de
refrigeração utilizado para extrair energia do circuito primário de refrigeração.
 Comando de um reactor – Modificação intencional da taxa de decisões num reactor
nuclear, ou ajuste da reactividade, com vista a garantir o estado de funcionamento
desejado.
 Combustível nuclear – Matéria contendo nuclídeos cindíveis que, colocada num reactor,
permite que aí se desenvolva uma reacção de fissão nuclear em cadeia.
 Contentor de retenção – Edifício fechado cobrindo por completo um reactor nuclear e
certos circuitos auxiliares contendo substâncias radioactivas destinado a impedir a uma
quantidade admissível, a dispersão de substâncias radioactivas para além da zona
controlada, mesmo em caso de acidente.
 Cuba– Recipiente principal que envolve o núcleo do reactor, pelo menos.
 Elemento de combustível – O menor elemento estrutural do núcleo de um reactor
nuclear cujo principal constituinte é um combustível nuclear.
 Núcleo do reactor – Região de um reactor nuclear em que pode ter lugar uma reacção de
cisão
 Refrigerante – Fluido que se faz circular através do núcleo de um reactor nuclear para
evacuar a energia nele produzido.

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5.1.2.Tipos de reatores
5.1.2.1. Reactor de fissão
A organização das nações unidas (ONU)classifica-as da seguinte forma:
Pressurized Water Reactor (PWR e VVER)
Eles usam água de alta pressão para produzir vapor para os geradores de vapor, são os
utilizados. Eles têm três circuitos.

Figura 7:reactor do tipo PWR

O rendimento de uma usina nuclear depende da temperatura do vapor e da pressão utilizadas nas
turbinas. A água que passa pelo reator é aquecida a uma temperatura de 320º C e para que não
entre em ebulição ao atingir os 100º C, ela é mantida sob forte pressão (157 atmosferas). Por isso
é que o sistema denomina-se reator de água leve pressurizada, PWR – Pressurized Water Reactor
(Fig. 7). No denominado gerador de vapor, há uma troca de calor entre o líquido que circula pelo
reator (circuito primário) e a água que é vaporizada para alimentar as turbinas (circuito
secundário). O vapor de água movimenta por pressão as palhetas da turbina, cuja velocidade
pode atingir a 1800 rotações por minuto. Depois de passar pela turbina, o vapor do circuito
secundário volta ao estado líquido através de um condensador, que é resfriado com água do mar,
rios, lagos, etc. Não há contacto directo entre a água do circuito secundário e a água do mar, que
vem em um circuito independente dos outros dois circuitos. A montagem dos três circuitos é
feita de maneira a impedir o contacto da água, que passa pelo núcleo do reator, com a água que
circula pelo circuito secundário, a fim de evitar o risco de contaminação, que somente poderia

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ocorrer se houvesse ruptura na tubulação do circuito primário e do secundário, de modo que as


águas viessem a se misturar e ainda contaminar a água do mar.

Reactor de água fervente (BWR)

O segundo mais comum no mundo. A água ferve, gerando vapor directamente


para dentro do núcleo do reactor. Eles têm apenas dois circuitos.

Figura 8:reactor do tipo BWR

Nos reatores a água fervente, esta é o liquido refrigerador e também o moderador , mas não esta
sobre pressão, e ferve no reator. O BWR portanto, assemelha-se a uma chaleira nuclear, cuja
fonte de calor é um combustível constituído de óxido de urânio enriquecido, em liga de Zircônio.
O vapor passa diretamente da parte superior do reactor para os turbo geradores.

O BWR é um reator relativamente simples. Não possui permutadores de calor, e seu retentor de
pressão deve suportar pressões muito menores do que as de um PWR, tendo por isso paredes
mais delgadas. O BWR, no entanto, passou por uma série de modificações, destinadas a superar
o problema característico desse tipo de reatores. Quando a água ferve no núcleo do reator, as
bolhas que se formam modificam as propriedades de moderador e absorvente do refrigerador
moderador, afectando além disso a transferência de calor obtida do combustível. Para solucionar
esses problemas, grande parte da água é bombeada para fora do núcleo e recolocada em um
ponto de temperatura mais baixa. A aceitação dos BWR sofreu um atraso motivado por dúvidas
quanto à sua segurança, mas elas forma seleccionadas por meio de uma espectacular série de
experiências . As dúvidas surgiram porque o efeito da formação de bolhas no núcleo do reator

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era aparentemente imprevisível. Ao mesmo tempo ficou demostrado que se o reator atingisse tal
grau de reactividade que pudesse fazer explodir uma parte do seu núcleo, as bolhas também se
formariam com rapidez suficiente para interromper a reacção antes mesmo que os componentes
saíssem do reactor
Grafite moderado e arrefecido por reactor de água leve (LGR e RBMK ):
Modelos de origem russa. A "água leve" é água pura.

Figura 9: reactor do tipo RBMK (reactor pressurizado de água com canalectas individuais de
combustíveis
Pressurizado reactor de água pesada (PHWR)

Use alta pressão de água pesada como moderador de neutrões e refrigerante.

Figura 10:reactor (PHWR)


A água pesada é um moderador melhor do que a água comum (leve), pois absorve muito menos
neutrões e os deixa se movimentarem mais tempo antes que eles adquiram energias térmicas. Em
consequência disso, os elementos de combustível podem ser postos a alguns centímetros uns dos
outros, o que torna o núcleo menos compacto, ao passo que, nos reactores a água comum, tais
elementos devem ser separados apenas por alguns milímetros. Há dois modos diferentes de
construir reactores a água pesada. Um deles usa de recipiente de pressão; o outro, tubos de

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pressão. No segundo tipo, o moderador de água pesada fica separado do elemento refrigerador,
dentro de um grande recipiente provido de tubos. Os tubos de pressão, inseridos nos tubos do
recipiente, contêm o combustível. E o elemento refrigerador, que pode ser a água comum, água
pesada, gás, vapor, entre outros; passa por entre os tubos de pressão.

Reactor de Gás (GCR: AGR e Magnox )

Eles usam grafite como moderador de neutrões e dióxido de carbono como um


refrigerante no estado gasoso.

Figura 11: reactor de gas


A primeira usina eléctrica nuclear do mundo usou reactores refrigerados a gás. Construída em
Calder Hall, Cumberland, Inglaterra, entrou em funcionamento em Outubro de 1956. Seus quatro
reatores foram os precursores de uma série de outros, também refrigerados a gás, construídos na
Inglaterra e em outros países para produzir electricidade. A produção eléctrica de Calder Hall é
de 180MW. No entanto, esse tipo de reactor passou por notáveis aperfeiçoamentos em cada uma
das novas usinas que se construíram. A usina que está em construção em WylfaPoint, Anglesey,
produzirá 1180MW, com seus reatores geminados. Todos esses reatores usam urânio natural
como combustível. O urânio está presente em forma de barras , embaladas em caixas feitas com
uma liga de magnésio. Essa liga é chamada magnox, de onde se deriva o nome dado a esse tipo
de reatores. O invólucro de magnox é feito em forma de escamas, a fim de facilitar a
transferência de calor para o gás refrigerante. Moderador é constituído de grafita, e tem a forma
de uma retícula quadrada de tijolos, atravessada por canais verticais. As barras de combustível
são empilhadas nesses canais, umas em cima das outras; alguns dos canais são ocupados por
barras de controle feitas de aço e boro. O elemento refrigerador - gás de dióxido de carbono - flui
através dos canais e sobre o material combustível. O núcleo de um reactor refrigerado a gás é
circundado por um reflector de grafita que faz retroceder uma parte dos neutrões que escapam do
reactor. O elemento refrigerador, que absorve o calor do reator (a uma temperatura entre 350° e
400°C) é usado para produzir vapor de água para o turbo gerador. O gás que sai do permutador

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de calor é mandado de volta para o reator por meio de ventiladores muito potentes. Uma
blindagem de cimento, construída ao redor do reator, protege os operadores e o público. O
permutador de calor não está protegido com uma blindagem biológica, porque o dióxido de
carbono não se torna radioactivo, embora passe através do núcleo do reator. Em sua maior parte,
esses reatores refrigerados a gás dispõem de aparelhagem muito complexa, colocada na parte
superior, que os reabastece automaticamente durante o funcionamento.

Fast Reactor (LBR, ou LMFBR )

Não retarda reacção em cadeia de neutrões e refrigerado por líquido de sódio.


Eles estão em fase de protótipo e pesquisa.

Figura 12:Reator Rápido


Os reatores nucleares se compõem dos seguintes elementos fundamentais: combustível, sistema
de controle, sistema de refrigeração, blindagem e, em muitos casos, um moderador.
Um neutrão recém-produzido numa reacção nuclear de fissão, se movimenta a 16000 km/s. Se
ele colidir com um átomo de urânio 235, provocara a fissão. Acontece, porem que no urânio
natural existe apenas um átomo de urânio 235 para cada 140 átomos de urânio 238. Logo haverá
pequena probabilidade de um neutrão rápido atingir um átomo de urânio 235, e produzir fissão.
E mais provável que isso aconteça no caso de um neutrão se movimentar a aproximadamente a
1,6 km/s. Há, então, duas maneiras de se construir um reator. Ou os neutrões velozes são
transformados em lentos, ou se aumenta fortemente a proporção dos átomos físseis. Um
moderador diminui a velocidade dos neutrões, sem absorve-los. Átomos leves, como o
hidrogénio (na água), o deutério (na água pesada) e o carbono (na grafita), são bons
moderadores. Os neutrões lentos são chamados de neutrões térmicos. O mesmo nome e também
usado para designar os reatores que usam moderadores. Reatores rápidos são aqueles que
empregam neutrões rápidos para manter a reacção em cadeia. Eles usam combustível na
proporção em que o material físsil aumenta consideravelmente, mediante a adição de plutónio
239, ou mais urânio 235. Tanto nos reatores térmicos quanto nos rápidos, a 'população' de
neutrões, que mantém a reacção em cadeia, e controlada mediante materiais que facilmente
absorvam os neutrões, como o cádmio, o hafnio e o boro, comummente usados em forma de
barras. Essas barras são introduzidas no reator e absorvem os neutrões, desacelerando, por
conseguinte, a reacção e reduzindo a saída de energia do reator. Se as barras forem removidas, a
reacção se acelera novamente. Mas as barras são colocadas em posição tal que permitam ao
reator produzir uma taxa de reacção estacionária. A maior parte da energia produzida pela fissão
dos átomos e libertada em forma de calor. Para aproveitar esse calor, e preciso transportá-lo,

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mediante um líquido refrigerante, percorrendo o centro do reator, normalmente para transferir o


calor para uma caldeira, onde se produz vapor.

Tabela 2:caracteristicas dos tipos de reactores

Figura 13:tipos de reactores em uso no mundo

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Tabela 3:Participação na geração eléctrica de energia

5.1.1.2.Reactor nuclear de fusão

o processo é caracterizado por grande libertação de energia. Reacções de fusão nuclear juntam
dois núcleos atómicos para formar um. Inicialmente, isso requer uma quantidade muito elevada
de energia para vencer a repulsão electromagnética inerente entre estes núcleos. A diferença em
massa entre os dois núcleos iniciais e aquele resultante da reacção é ligeiramente mais leve que a
soma dos dois precursores é convertida em uma enorme quantidade.

Uma vez que os núcleos de elementos mais leves sofrem fusão mais facilmente do que os de
elementos mais pesados, o hidrogénio o elemento mais leve, e também o mais abundante do
universo, é o melhor combustível para fusão.

Para se conseguir a fusão é necessária mais do que uma alta temperatura: tem de existir plasma
suficiente para que os núcleos se encontrem e se fundam, e a temperatura elevada tem de ser
produzida por tempo suficiente para que isso aconteça

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5.1.1.3.O gerador

No caso das usinas PWB a água quente vinda do reactor passa por muitos canos para aquecer a
água de um segundo tanque. A água desse tanque não está sobre tanta pressão e evapora,
passando por turbinas que ao serem giradas produzem grandes quantidades de electricidade. O
vapor de água do Segundo tanque então passa por uma série de tubulações até ser resfriada pela
água proveniente de fora do sistema, seja ela de rios, mares ou lagos. Não há contaminação da
água vinda do ambiente pois essa não entra em contacto com o reactor e volta para o ambiente
logo após ser usada para resfriar o vapor das turbinas.

Se a usina for do tipo BWR o segundo tanque não existe e a agua do reactor é a mesma que passa
pelas turbinas e a mesma que é resfriada pala agua do sistema externo. O risco de contaminação
nesse reator é maior do que em reactores PWR, porém isso não é significativo suficiente para
que eles sejam considerados inseguros.

6.PRINCÍPIO DE GERAÇÃO DE ENERGIA NUCLEAR


6.1.ENERGIA NUCLEAR
É energia contida no núcleo dos átomos, que mantém protões e neutrões unidos no núcleo. Está
energia pode ser libertada sob a forma de calor e energia electromagnética pelas reacções
nucleares. Esta energia provém do urânio, principalmente, mas também pode ser do tório e do
plutónio.

6.1.1 FISSÃO NUCLEAR


É uma reacção nuclear que consiste em dividir um núcleo atómico pesado em dois núcleos leves,
libertando assim uma grande quantidade de energia. Esta fissão nuclear ocorre através do
bombardeamento do núcleo atómico pesado e instável com neutrões, está fissão raramente
ocorre de forma espontânea na natureza.

Figura 14: Reacção de fissão nuclear

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6.1.2. REACCÃO DE CADEIA

A fissão nuclear propaga-se pela libertação de mais neutrões que, por sua vez, bombardeiam
outros núcleos e assim por diante. Os neutrões, que são gerados na reacção de fissão dos núcleos
dos átomos de urânio, possuem uma velocidade muito grande (da ordem de 20000 km/s), o que
dificulta a sua absorção por outros núcleos de urânio existentes no elemento combustível. Para
que se mantenha uma “reacção em cadeia controlada”, que consiste na fissão de pelo menos um
núcleo de urânio para cada neutrão produzido por átomo ficcionado anteriormente, torna-se
necessário diminuir a velocidade dos neutrões até 2 km/s, processo conhecido como
“termalização”. Isto se consegue intercalando uma substância cujos átomos fazem com que os
neutrões percam velocidade por colisões sucessivas com os átomos da substância denominada
moderadora. Dentre os moderadores mais comuns, destacam-se a água natural, a grafite e a água
pesada.

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Figura 15:Reacção de cadeia


6.1.3.FUNCIONAMENTO DE UMA USINA NUCLEAR
Uma usina nuclear gera energia eléctrica, a partir da energia térmica. Como nas usinas térmicas
convencionais, a turbina é acoplada ao gerador eléctrico, constituindo o turbo-alternador, que se
movimenta pela acção das forças resultantes da expansão do vapor nos estágios da turbina.
O núcleo do reactor é construído dentro de um forte recipiente de aço que contém varetas de
combustível feitas de materiais cindíveis (físseis) metidos dentro de tubos. Essas varetas
produzem calor enquanto o combustível sofre a fissão. Varetas de controlo, geralmente de boro
ou cádmio para absorver facilmente os neutrões. São introduzidas e retiradas do núcleo,
conforme a necessidade de estabilizar a reacção, variando a corrente de neutrões no núcleo,
controlando o ritmo de cisão e, portanto, o calor produzido. As varetas estão rodeadas por um
moderador, que reduz a velocidade a que os neutrões são produzidos pelo combustível.
Percorrendo o núcleo corre um refrigerante, líquido ou gasoso, que, ao ser aquecido pelo calor
libertado, gera vapor de água que será canalizado para turbinas.

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6.1.4.Rendimento de uma Usina Nuclear

O rendimento global de uma usina nuclear situa -se entre 30% e 40%. Este
rendimento depende da temperatura do vapor e da pressão utilizadas nas turbinas, isto é, quanto
maior forem as temperatura e a pressão do vapor que acciona as turbinas, maior será o
rendimento. E geralmente o tempo de vida operacional de uma usina nu clear em
cerca de trinta anos.

6.1.5. Vantagens e desvantagens comparada às demais fontes.

Segundo defensores das usinas nucleares diz-se que a produção de energia eléctrica a partir das
usinas nucleares é independente das condições climáticas e ambientais, ao contrário das
hidroeléctricas, que dependem da vazão dos rios que alimentam os reservatórios, das usinas
solares, que precisam do céu limpo e sem nuvens e das usinas eólicas, que dependem da
intensidade dos ventos. Contudo, raros são os períodos em que uma usina hidroeléctrica deve
reduzir a produção em função da falta de água nos reservatórios. Ao contrário das usinas
nucleares que, por questões de segurança, necessitam interromper a geração de energia com
frequência. Os defensores das usinas nucleares reconhecem que o custo da energia gerada nestas,
é maior do que o custo da energia das hidroeléctricas, mas dizem que ele é menor do que o custo
da energia das termoeléctricas, das usinas solares e dos parques eólicos. Contudo, quando estas
comparações são feitas, os custos de construção, manutenção e segurança das usinas nucleares
não são levados em conta. Na verdade, a energia eléctrica gerada por usinas nucleares é muito
cara porque são maiores os custos de construção e de operação das usinas e porque elas estão
mais sujeitas a panes e acidentes, necessitando de sistemas de segurança muito sofisticados.
Além disso, as usinas nucleares são desligadas com certa frequência, também por questões de
segurança. Tudo isso, sem falar dos custos inerentes às providências em caso de acidente
nuclear. Um acidente grave pode custar tanto ou mais do que a construção da própria usina.
Existem riscos inerentes à forma de produzir energia eléctrica das usinas nucleares, riscos
associados à extracção do minério das minas, seu transporte, enriquecimento, uso nos reactores e
descarte. Em todas essas etapas, existe a possibilidade de ocorrer um acidente com o material
altamente radioactivo, contaminando água, solo, ar, além de pessoas e animais.

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Reactores nucleares produzem grandes quantidades de radioactividade e os danos ambientais


causados pelo escalamento dessa radioactividade podem perdurar por milhares de anos.

7. Vantagens das centrais nucleares


 Não contribui para o efeito de estufa directamente;
 Não polui o ar com gases de enxofre, nitrogénio e particulados;
 Não utiliza grandes áreas de terreno, pois a central requer pequenos espaços para sua
instalação;
 Não depende da sazonalidade climática (nem das chuvas, nem dos ventos);
 Tem pouco ou quase nenhum impacto sobre a biosfera;
 Conta com grande disponibilidade de combustível;
 É a fonte mais concentrada de geração de energia;
 A quantidade de resíduos radioactivos gerados é extremamente pequena e compacta;
 A tecnologia do processo é bastante conhecida;
 O risco de transporte do combustível é significativamente menor quando comparado ao
gás e ao óleo das termoeléctricas.
 O urânio pode ser reprocessado e reintegrado ao processo

8. Desvantagens das centrais nucleares


 Há a necessidade de armazenar o resíduo nuclear em locais isolados e protegidos;
 Necessidade de isolar a central após o seu encerramento;
 É mais cara quando comparada às demais fontes de energia;
 Os resíduos produzidos emitem radioactividade durante muitos anos;
 Registaram-se dificuldades no armazenamento dos resíduos, principalmente em questões
de localização e segurança;
 Pode interferir, mesmo que não seja de forma drástica, nos ecossistemas;
 Há risco de acidente na central nuclear.
 Causa impactos ambientais e económicos, sua poluição prejudica muito a saúde da
população local.

9. SEGURANÇA DAS USINAS NUCLEARES

As usinas nucleares possuem sistemas de segurança redundantes, que são independentes e


fisicamente separados, capazes de resfriar o núcleo do reator e os geradores de vapor mesmo em
situação de emergência. O núcleo do Reator a água leve pressurizada possui auto-regulação. Na
situação da perda do controle, o reator dispõe de sistemas de segurança automáticos que se
destinam a evitar acidentes. Os sistemas de segurança passivos são as diversas barreiras de
protecção contra agentes externos (terramotos, maremotos, mísseis, inundações, etc.) e agentes
internos (explosão, contaminação, fusão do núcleo do reator, etc.). O Reator Nuclear a Água
Pressurizada (PWR) possui um conjunto de barreiras que impedem a saída de material
radioactivo para o meio ambiente.
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Figura 16:barreiras de proteçao de uma usina nuclear

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10.CONCLUSÃO

A produção de energia eléctrica com usinas nucleares é uma forma viável de ponto de vista
ambiental e de sustentabilidade, pois é uma fonte de energias limpas e as reservas de urânio no
mundo são abundantes. Daí que podem serem consideradas centrais do futuro. A sua maior
desvantagem reside no custo de implantação e de operação, por isso para os dias hoje são pouco
os países que apostam na produção de energia eléctrica usando usinas nucleares. Moçambique
esta longe, de ter uma central nuclear devido as necessidades requeridas para a implantação da
mesma, mesmo com quadros (embora que sejam poucos) qualificados para a trabalhar no
mesma. Tendo em conta que podemos ter dinheiro para a instalação da central, mas o custo da
manutenção seria muito dispendioso, pra os actuais problemas que o pais atravessa no momento.
Se implantar a central, este deve ter garantias de que sempre terá combustível enriquecido para o
funcionamento e ter locais próprios pra o deposito do lixo nuclear, entre outros problemas que
uma central nuclear traria a Moçambique, talvez com o melhoramento das politicas governativas
sobre o desenvolvimento do ramo energético, acredita-se que Moçambique seja futuramente uma
potencia energética a nível da África subsariana.

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11.BIBLIOGRAFIA

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 Kneif, Ronald A . , Nuclear Energy Tecnology (1981);
 Landsberg, Hans H.: Energy - The Next Twenty Years (1979);
 Leclercq, Jackes, The Nuclear Age (1986);
 Morone, Joseph G., e Woodhouse, Edward J.,: The Demise of Nuclear Energy (1989);
 Rhodes, Richard: The Making of the Atomic Bomb (1986);
 Schmidt, Fred H., e Bodansky, David: The Fight over Nuclear Power (1976);
 Smyth, Henry D.: Atomic Energy for Militar Purposes (1989);
 Spurgeon, M. Keeny, Jr.: Nuclear Power - Issues and Choices (1977);
 American Nuclear Society: The Safety of Next-Generation Power Reactors (1988);
 Bennet, D.J., e Thomson :The Elements of Nuclear Power (1990);
 Marples, David R., Chernobyl and Nuclear Power in the URSS (1986);
 Enciclopédia Delta Larousse;
 Super Interessante (Julho/1995);
 Super Interessante (Janeiro/1997);
 Prado, Luiz Cintra do: Perspectivas da Energia Atômica no Brasil (1966);
 Enciclopédia Abril emMultimídia (1995);
 EnciclopédiaGroolieremMultimídia (1995);
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 Controlled Nuclear Fusion. Fundamentals of its Utilization for Energy Supply - J.
Raeder/R.Klingelhôfer/M. Sôll;
 Fundamentos de Física Vol. IV - Halliday/Resnick;
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