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PTAC TÉCNICAS E PRÁTICAS PARAS AS ARTES CÊNICAS

TÉCNICO DE ILUMINAÇÃO CÊNICA

ORGANIZAÇÃO E CRIAÇÃO: ANDRÉ PRADO

“Fiat Luz.”

Deus
SUMÁRIO

SUMÁRIO.................................................................................................... 3
CAPÍTULO 1 - O QUE É ENERGIA ....................................................... 5
1.1 Energia renovável e não renovável .................................................................. 5
1.2 Principais formas de energia ............................................................................ 6
1.1.1 Energia cinética: ....................................................................................... 6
1.1.2 Energia potencial: ..................................................................................... 6
1.1.3 Energia térmica (Calor): ............................................................................ 6
1.1.4 Energia química: ....................................................................................... 6
1.1.5 Energia solar: ............................................................................................ 7
1.1.6 Energia eólica: .......................................................................................... 7
1.1.7 Energia nuclear: ........................................................................................ 7
1.1.8 Energia elétrica: ........................................................................................ 7
1.3 Fontes de energia ............................................................................................. 7
1.3.1 Combustíveis fósseis:................................................................................ 8
1.3.2 Energia hidrelétrica: ................................................................................. 8
1.3.3 Energia solar: ............................................................................................ 8
1.3.4 Energia nuclear: ........................................................................................ 8
1.3.5 Energia eólica: .......................................................................................... 8
1.3.6 Biocombustíveis:....................................................................................... 8
CAPÍTULO 2 – ELETRICIDADE............................................................ 9
2.1 Introdução ...................................................................................................... 10
2.2 O que são grandezas elétricas? ...................................................................... 11
2.2.1 Corrente elétrica..................................................................................... 11
2.2.2 Tensão elétrica ....................................................................................... 12
2.2.3 Resistência elétrica ................................................................................. 13
2.2.4 Potência elétrica ..................................................................................... 13
2.3 O que é circuito elétrico? .................................................................................... 14
2.3.1 Ligação em série de lâmpadas ................................................................ 14

2.3.2 Circuito elétrico paralelo...................................................................... 15


2.3.3 Ligação de lâmpada em circuito elétrico misto. ..................................... 16
2.3.1 Cálculo de grandezas elétricas ............................................................... 16
2.4 Exercícios ........................................................................................................ 17

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CAPÍTULO 3 - RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM
ELETRICIDADE ...................................................................................... 18
3.1 Choque Elétrico .............................................................................................. 18
3.3.1 Tensão de Toque .................................................................................... 18
3.3.2 Tensão de passo ..................................................................................... 19
3.2 Choque elétrico e suas consequências para o ser humano ........................... 19
3.2.1 Consequências ........................................................................................ 20
3.2.2 As manifestações do choque .................................................................. 21
3.2.3 Problemas VS ações ................................................................................ 22
3.3 Treinamento é importante? ........................................................................... 22
3.3.3 De quem depende a sua atitude? .......................................................... 23
3.3.4 Medidas de proteção coletiva ................................................................ 23
3.3.5 Medidas de proteção individual ............................................................. 24
3.3.6 Responsabilidades .................................................................................. 24
CAPÍTULO 4 - ELETRICIDADE PARA TEATRO ............................ 25
Introdução .................................................................................................................. 25
4.1 O que é DMX? ................................................................................................. 25
4.1.1 Dados DMX ............................................................................................. 26
4.1.2 Controladores DMX ................................................................................ 26
4.1.3 Luminárias DMX...................................................................................... 27
4.1.4 Universo .................................................................................................. 28
4.1.5 Comunicação de Sinal ............................................................................. 28
4.1.6 Patch de Luminária ................................................................................. 29
4.1.7 Resolução de Atributos........................................................................... 30
CAPÍTULO 5 – EXPRESSÃO GRÁFICA ............................................. 31
CAPÍTULO 6 – A LUZ............................................................................. 31

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CAPÍTULO 1 - O QUE É ENERGIA

Não há uma definição exata para energia, mas podemos dizer que ela está
associada à capacidade de produção de ação e/ou movimento e manifesta-se de muitas
formas diferentes, como movimento de corpos, calor, eletricidade etc.
Segundo o Princípio de Lavoisier, a energia não pode surgir do nada e nem pode
ser destruída. A única possibilidade que existe é a transformação de um tipo de energia
em outro, como a energia da queda d´água nas hidrelétricas que é convertida em energia
elétrica.

1.1 Energia renovável e não renovável

Os tipos de energia provenientes de fontes finitas (fontes de energia que terão um


fim) são denominados de energias não renováveis. Esse é o caso da energia gerada a
partir dos combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão. Já a energia gerada a partir
de fontes que possuem capacidade de reposição natural são denominadas de energias
renováveis ou limpas. Esse é o caso da energia proveniente da luz do sol e da energia
oriunda da força dos ventos (energia eólica).

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1.2 Principais formas de energia

1.1.1 Energia cinética:


É a energia associada ao movimento dos corpos. Quanto maior for a velocidade
em que um corpo se movimenta, maior será a sua energia cinética.
A equação abaixo define matematicamente a energia cinética. Na equação, m é a
massa do elemento que se movimenta e v é a sua velocidade.
Ec = m.v2

1.1.2 Energia potencial:

A energia armazenada em virtude da posição de um corpo em relação à superfície


é denominada de energia potencial gravitacional. Quanto mais alto estiver um objeto em
relação ao solo, maior será a sua velocidade ao chegar ao chão caso ele inicie uma
queda. Matematicamente, a energia potencial gravitacional é dada pelo produto entre a
massa do corpo, a altura e a gravidade.
Epg = m.g.h
Quando a energia potencial estiver associada à deformação de um material
elástico, ela será chamada de energia potencial elástica, e seu cálculo dependerá da
deformação (x) causada no material e de uma constante (k) que determina a elasticidade
do material.
Epe = k.x2

1.1.3 Energia térmica (Calor):

O calor é a energia térmica associada à energia cinética das moléculas que


compõem um elemento. A manifestação do calor só ocorrerá caso exista diferença de
temperatura entre dois corpos.

1.1.4 Energia química:

É a energia liberada ou formada a partir de reações químicas, como a energia


produzida por pilhas e baterias.

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1.1.5 Energia solar:

É a energia proveniente da luz do sol. Essa forma de energia pode ser aproveitada
na geração de energia elétrica por meio de placas fotovoltaicas, por exemplo.

1.1.6 Energia eólica:

É a energia proveniente do movimento das massas de ar. Pode-se aproveitar a


força dos ventos para girar hélices e turbinas na produção de energia elétrica.

1.1.7 Energia nuclear:

É a energia obtida a partir do fenômeno da fissão nuclear, em que ocorre a divisão


do núcleo de um átomo, gerando a liberação de uma grande quantidade de energia.

1.1.8 Energia elétrica:

A energia elétrica é capacidade de trabalho de uma corrente elétrica. Ela é gerada por
turbinas ou geradores que transformam a energia química e mecânica em elétrica. É
baseada na produção de tensões elétricas entre dois pontos que permitem o
estabelecimento de correntes elétricas.

Uma das fontes de energia mais utilizadas atualmente, ela é produzida principalmente
nas usinas hidroelétricas, mas também podem ser criada por usinas termoelétricas,
nucleares e eólicas.

1.3 Fontes de energia

Existem várias fontes de energia elétrica no mundo. No entanto, as mais utilizadas são
os combustíveis fósseis e usinas hidrelétricas.

Conheça abaixo as características das principais fontes.

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1.3.1 Combustíveis fósseis:

Os combustíveis fósseis mais utilizados são o carvão mineral, petróleo e gás


natural. Eles produzem energia por meio de sua queima em estações termoelétricas;

1.3.2 Energia hidrelétrica:

É a fonte de energia elétrica mais utilizada no mundo. A energia elétrica é


produzida pelo movimento das turbinas gerado por quedas de águas;

1.3.3 Energia solar:

Fonte de energia promissora no Brasil. É produzida através de painéis solares e


transformação do calor em energia;

1.3.4 Energia nuclear:

Obtida pela fissão do núcleo de materiais radioativos como o urânio-235. O Brasil


tem duas usinas em funcionamento;

1.3.5 Energia eólica:

Fonte de energia renovável mais utilizada no Brasil. É produzida através do


movimento produzido pelos ventos nas hélices das torres.

1.3.6 Biocombustíveis:

Material orgânico de origem animal ou vegetal e não fóssil e utilizado para


produzir energia elétrica. É obtida pela decomposição desses recursos que geram calor e
é transformada em energia.

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CAPÍTULO 2 – ELETRICIDADE

Se você quiser descobrir os segredos do Universo, pense em termos de energia,


frequência e vibração.” “Não creio que haja uma emoção mais intensa para um
inventor do que ver suas criações funcionando. Essas emoções fazem você esquecer de
comer, de dormir, de tudo.”

Nikola Tesla

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2.1Introdução

Eletricidade é o nome dado a um conjunto de fenômenos que ocorre graças


ao desequilíbrio ou à movimentação das cargas elétricas, uma propriedade inerente
aos prótons e elétrons, assim como também dos corpos eletricamente carregados. Na
eletricidade, existem fenômenos eletrostáticos e eletrodinâmicos, relativos a cargas em
repouso e em movimento, respectivamente.
O conceito de eletricidade é abrangente, mas podemos compreendê-lo como todos
os efeitos que as cargas elétricas produzem sobre a matéria. A eletricidade é
comumente associada à corrente elétrica, uma movimentação de cargas que é
estabelecida quando algum corpo é submetido a uma diferença de potencial elétrico.
A origem da palavra eletricidade, está no latim electrum (que significa âmbar), e
sabe por que leva esse nome?
De acordo com o primeiro relato documentado (por volta de 600 a.C), o filósofo
grego Tales de Mileto percebeu que, quando esfregado em tiras de couro, o âmbar (uma
resina vegetal fóssil) tinha a capacidade de atrair pequenos objetos atraídos pelo efeito
de um ímã. Os estudos de Thales foram continuados por diversas personalidades, como
o médico da rainha da Inglaterra Willian Gilbert, que, em 1600, denominou o evento de
atração dos corpos de eletricidade. Também foi ele quem descobriu que outros objetos,
ao serem atritados com o âmbar, também se eletrizam, e por isso chamou tais objetos
de elétricos.
Na sequência, iniciaram-se e alargaram-se os estudos nessa matéria durante largos
anos. Entre outros pesquisadores, Otto von Guericke inventa uma máquina de cargas
elétricas e Stephen Gray examina a diferença do comportamento dos condutores e dos
isolantes elétricos.
Benjamin Franklin inventou o pára-raios no século XVIII. No século
XIX, Luigi Galvaniinventou a pilha voltaica, até que Hans Christian Örsted descobriu a
relação da eletricidade e o magnetismo. Finalmente, surge a hidrelétrica, que é
atualmente a principal fonte de energia do Brasil.

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2.2O que são grandezas elétricas?

Corrente elétrica, tensão elétrica, resistência e potência elétrica são exemplos de


grandezas elétricas, sendo que a grandeza é basicamente tudo que pode ser medido ou
qualificado dentro da eletricidade, podendo elas serem vetoriais ou escalares.

Principais grandezas elétricas:

2.2.1 Corrente elétrica

É caracterizada pelo fluxo ordenado dos elétrons, onde a sua unidade de medida é
dada em ampere (A). A corrente elétrica pode ser contínua ou alternada, ou seja, ela
pode ou não variar o seu valor e sentido em função do tempo.

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2.2.2 Tensão elétrica

Também é conhecida como diferença de potencial (DDP) é a força necessária para


movimentar os elétrons, assim criando uma corrente elétrica. A unidade de medida
usada para tensão elétrica é o volt (V). Assim como a corrente elétrica a tensão elétrica
também pode ser contínua e alternada, de forma que tensão elétrica contínua, não tem
mudança de polaridade ao longo do tempo, enquanto isso a tensão alternada tem
mudança em sua polaridade em função do tempo, de acordo com a sua frequência, que
também é uma grandeza elétrica importante.

Quanto maior a tensão, maior a corrente.

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2.2.3 Resistência elétrica

Basicamente dificulta a passagem da corrente elétrica, pois a resistência elétrica


gera um obstáculo, que faz com que a corrente elétrica tenha uma dificuldade em
percorrer um determinado condutor quando é submetida a uma determinada tensão
elétrica. A unidade de medida usada para resistência é ohm (Ω).

Quando maior a resistência, menor a corrente, e vice-versa.

2.2.4 Potência elétrica

É o trabalho elétrico desenvolvido pela corrente elétrica em um período de tempo.


A potência elétrica é responsável por converter a energia elétrica em outro tipo energia.
Como por exemplo, no chuveiro converter energia elétrica em energia térmica, e
quanto maior a potência elétrica do chuveiro mais quente será água e quando menor a
potência do chuveiro mais fria será água, se consideramos a mesma vazão de água para
ambos os casos. A unidade de medida usada para potência é watt (w).

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2.3 O que é circuito elétrico?

O circuito elétrico é um caminho fechado onde o começo e fim são no mesmo


ponto. Um circuito elétrico básico é composto por fonte, carga e condutor elétrico. A
fonte pode ser, uma pilha, bateria, tomada ou outra fonte, onde exista uma diferença de
potencial elétrico. A carga que irá consumir a energia elétrica do circuito como por
exemplo, lâmpada, computador, televisão etc. O condutor elétrico (fio e cabos elétricos)
é responsável por conduzir a corrente elétrica da fonte até a carga do circuito que a
consome.
Quando tem mais de uma carga podemos ter diferentes tipos de circuito elétrico.
Como por exemplo, circuito em série, circuito paralelo e circuito misto.

2.3.1 Ligação em série de lâmpadas

O circuito em série indica uma sequência na ligação como por exemplo, na


ligação de três lâmpadas em série. Percorrendo o caminho feito pelo condutor elétrico,
vemos que o circuito é fechado começando e acabando no mesmo ponto, de forma com
que a corrente elétrica percorra apenas um único caminho de forma com que a corrente
elétrica percorra apenas um único caminho. Se as cargas tem a mesma potência, a
tensão é distribuída igualmente entre elas ao contrário da corrente que é diferente para

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cada carga sendo que uma aferição feita no final do circuito apontará para a somatória
de todas as correntes das cargas anteriores.

2.3.2 Circuito elétrico paralelo.

No circuito paralelo a corrente elétrica se divide ao chegar no nó (emenda ou


derivação), dessa forma a corrente terá dois ou mais caminhos para seguir, sempre
havendo maior corrente elétrica pelo caminho de menor resistência. Neste circuito, a
tensão é igual em todas as cargas, porém, a corrente é diferente para cada carga e
depende da potência de cada carga. Confira na imagem abaixo a ligação de duas
lâmpadas em paralelo.

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2.3.3 Ligação de lâmpada em circuito elétrico misto.

O circuito misto é a junção do circuito em série com paralelo como por exemplo,
na ligação de três lâmpada em um circuito misto ilustrada na imagem abaixo, o
condutor passa pela primeira lâmpada para depois fazer uma derivação no condutor,
sendo dividido para as outras lâmpadas.

2.3.1 Cálculo de grandezas elétricas

Em um teatro, uma fórmula muito simples é usada para todas as ocasiões de uma
montagem. Segue:

I=P/U onde:

• I é a corrente elétrica em ampéres, P é a potência elétrica em Watts e U é a


tensão elétrica em volts.
Através de uma álgebra simples conseguimos encontrar todos os valores e a mesma
fórmula pode ser escrita como P=U.I ou U=

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2.4 Exercícios

1) Determine a corrente elétrica em um circuito simples com uma lâmpada de


1000W com uma tensão aplicada sobre ela de 220V:

2) Determine a corrente elétrica na extremidade de um circuito série com duas


lâmpadas de 1000W com uma tensão aplicada sobre ela de 220V:

3) Qual a potência elétrica de uma lâmpada em um circuito simples cuja corrente


elétrica é 9A e a tensão aplicada de 220V?

4) Se você precisa ligar duas lâmpadas que funcionam com uma tensão de 110V
em uma rede elétrica que fornece 220V que tipo de circuito você utilizaria? Por
quê?

5) Se você precisa ligar duas lâmpadas que funcionam com uma tensão de 220V
em uma rede elétrica que fornece 220V que tipo de circuito você utilizaria? Por
quê?

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CAPÍTULO 3 - RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM
ELETRICIDADE

3.1Choque Elétrico

É uma perturbação acidental, que se manifesta no organismo humano, quando


percorrido por uma corrente elétrica.

3.3.1 Tensão de Toque

A tensão de toque em uma subestação acontece quando uma pessoa toca um


componente energizado (não importando se em um tempo curto ou longo). Quando
ocorre uma curto-circuito e/ou descarga elétrica em uma torre de transmissão ou
subestação, a corrente que flui por quaisquer objetos metálicos e entra na terra.

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3.3.2 Tensão de passo

A tensão de passo é a diferença de potencial que ocorre entre os pés de uma


pessoa, ou entre as patas de um animal em contato com o chão energizado. Para
uma tensão de passo ocorrer é preciso de altos níveis de tensão, pois apenas a
alta tensão é capaz de romper o dielétrico (isolação) do solo.

3.2 Choque elétrico e suas consequências para o ser humano

Os perigos do choque elétrico podem ser mais danosos ainda dependendo da


intensidade que a corrente passa a transitar com maior intensidade pelo coração.

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3.2.1 Consequências

Diretas

• Contrações musculares;
• fibrilação ventricular;
• parada cardíaca;
• queimaduras;
• asfixia, anoxia, anoxemia.

Indiretas

• Quedas de níveis elevados;


• batidas;
• fraturas;
• traumatismos;
• perda de membros.

Tanto para as consequências diretas e indiretas existe um perigo iminente de


morte. A gravidade do acidente está ligada às características físicas da corrente e
condições do acidente, tais como:
• Natureza da corrente (contínua/alternada);
• Frequência;
• Resistência do corpo humano à passagem da corrente elétrica, que varia
segundo as condições ambientais;
• Percurso da corrente pelo corpo;
• Tempo de duração da passagem.

O pior choque é aquele que, atravessando o tórax, tem grande chance de afetar o
coração e a respiração (Se fizerem parte do circuito elétrico o dedo polegar e o dedo
indicador de uma mão, ou uma mão e um pé, o risco é menor.)
O mínimo que uma pessoa pode perceber: 1mA. Com uma corrente de 10mA, a
pessoa perde o controle dos músculos, sendo difícil abrir as mãos para se livrar do
contato.

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O valor mortal está compreendido entre 10 mA e 3A.
Existem três formas distintas de ocorrer o choque elétrico.
• O choque estático acontece com o contato com equipamentos que possuem
eletricidade estática, como por exemplo, um capacitor carregado (carro, porta metálica,
etc).
• O choque dinâmico é através do contato ou excessiva aproximação do fio fase de
uma rede ou circuito de alimentação elétrico descoberto.
• Através do raio, acontece o choque atmosférico que é o recebimento de descarga
atmosférica.

3.2.2 As manifestações do choque

• Contrações musculares;
• Comprometimento do sistema nervoso central, podendo levar à parada
respiratória;
• Comprometimento cardiovascular provocando a fibrilação ventricular – "parada
cardíaca";
• Queimaduras de grau e extensão variáveis, podendo chegar até a necrose do
tecido.

Em caso de choque elétrico, para você ajudar seu amigo e não se machucar também, a
primeira coisa a fazer é desligar a energia.

Dependendo da sua atitude, a situação pode se complicar!

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3.2.3 Problemas VS ações

• Parada do coração e da respiração


Acontece porque o coração ao receber o choque elétrico altera bruscamente o
seu batimento, parando também a respiração.
O que fazer?
Depois de desligar a energia elétrica, ajoelhe- se ao lado do seu amigo, veja se
ele respira e se o coração está batendo. Se não estiver, faça a respiração boca-máscara e
a compressão do peito. Procure ajuda especializada.

• Queimaduras
A energia elétrica gera calor, por isso quando alguém leva um choque elétrico
pode ter queimaduras. Quase sempre a queimadura acontece na parte do corpo que teve
contato com o fio desencapado, tomada ou qualquer objeto que gerou o choque.
O que fazer?
Trate a queimadura conforme treinamento específico. Procure ajuda
especializada.

• Ossos quebrados
Se o choque que seu amigo levou foi muito forte e ele caiu, dependendo da
altura ou da violência que ele bateu no chão, pode ter quebrado algum osso.
O que fazer?
Mantenha a vítima imobilizada. Procure ajuda especializada.

3.3Treinamento é importante?

Para responder a pergunta acima, basta pensarmos na seguinte pergunta: Quem


você gostaria que te socorresse?
Evidentemente que gostaríamos de ser socorridos por pessoas com uma mínima
qualificação em caso de acidentes de trabalho, ou mesmo domésticos, por isso, todo
treinamento é importante. Para os técnicos de iluminação. Em teatro, os treinamentos
são para a NR10 e a NR35. Caso deseje seguir na área, faça um treinamento em uma
escola credenciada e adequada. Suas atitudes e a sua capacitação podem salvar vidas!
Os riscos podem ser minimizados.

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3.3.3 De quem depende a sua atitude?

• Do Técnico de Segurança do Trabalho?


• Do Chefe?
• Do seu salário?
• Do resultado do jogo do seu time?
• Do colega de trabalho?
• De você mesmo?

3.3.4 Medidas de proteção coletiva

• Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e


adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante
procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores.
• As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a
desenergização elétrica conforme estabelece esta NR (Norma Regulamentadora) e, na
sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança.
• Na impossibilidade de implementação do estabelecido de algumas medidas,
devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes
vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de
alimentação, bloqueio do religamento automático.
• O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme
regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve
atender às Normas Internacionais vigentes.

Medidas de controle:
• Desenergização
• Isolação das partes vivas
• Emprego de tensão de segurança

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• Obstáculos
• Barreiras
• Sinalização
• Sistema de seccionamento automático
• Bloqueio de religamento automático

3.3.5 Medidas de proteção individual

• Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva


forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser
adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades
desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6.
• As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo
contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas.

• É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou


em suas proximidades.

3.3.6 Responsabilidades

Cabe aos trabalhadores:

a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas
por suas ações ou omissões no trabalho;

b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais


e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde;

c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações


que considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.

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CAPÍTULO 4 - ELETRICIDADE PARA TEATRO

Introdução

Assim como um circuito elétrico, a infraestrutura elétrica que um sistema de


iluminação cênica pode ser observado à partir da interação dos seguinte componentes:

• Fornecimento de energia;
• Consumo de energia (Refletores, efeitos especiais etc.);
• Sistema de controle;
• Um sistema de comunicação entre eles.

Primeiro vamos começar pela comunicação entre os sistemas de iluminação. Ele é o


idioma falado pelos componentes do sistema

4.1 O que é DMX?

DMX é um padrão para redes de comunicação digital que são comumente usadas
para controlar iluminação e efeitos de palco.
Originalmente, pretendia-se como um método padronizado para controlar
dimmers de luz (reguladores de tensão usados para controlar a intensidade da luz
variando a tensão aplicada sobre elas) que, antes do DMX512, empregavam vários
protocolos particulares dos fabricantes que são incompatíveis entre eles. Logo se tornou
o principal método para vincular controladores (como um console de iluminação) a
dimmers e dispositivos de efeitos especiais, como máquinas de neblina e luzes
inteligentes.
O DMX também se expandiu para usos em iluminação interior e arquitetônica não
teatral, em escalas que variam de cordas de luzes de Natal a outdoors eletrônicos. O
DMX agora pode ser usado para controlar quase tudo.
Embora o DMX seja usado principalmente para controlar dispositivos de
iluminação, existem muitas outras formas de hardware que podem ser conduzidas
usando o protocolo DMX, incluindo:

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• Hardware de efeitos especiais;
• Nevoeiros;
• Fogos de artifício Lasers;
• Canhões de CO2 Canhões de Chama Lançadores de Confetes;
• Motores;
• Interruptores de Energia Microcontroladores;
• Módulos de dimmer.

4.1.1 Dados DMX

O DMX pode ser pensado como um pacote de informações digitais que está sendo
enviado de um local (nossa fonte) para um local (ou destino) diferente. Cada pacote é
criado em alguma fonte com informações específicas que devem ser recebidas e lidas
por alguns destinatários. Cada pacote é estruturado de uma maneira muito intencional e,
se você quiser saber mais sobre como isso funciona no nível de hardware, leia os
padrões ESTA. Para nossos propósitos, estamos preocupados apenas com os dados
contidos. Cada pacote contém uma matriz de 512 bytes ou valores que variam de 0-255.

Na próxima seção, analisaremos como esses pacotes são enviados e recebidos.

4.1.2 Controladores DMX

Os controladores DMX (também conhecidos como "mesas de luz") atuam como


a fonte de sinal ou o local em que o sinal DMX é criado. Além disso, os controladores
atuam como distribuidores dos dados para um conjunto de acessórios encadeados em
margaridas.

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Existem duas formas que um controlador DMX pode assumir, um dispositivo de
interface:
USB/Rede;
Console DMX padrão.

Uma interface USB/Rede converte sinais USB ou pacotes IP em DMX, que são então
transmitidos para um conjunto de acessórios DMX

Um console DMX permite que o usuário acione manualmente DMX de


saída e, dependendo da capacidade do Console, também pode receber e transmitir
DMX de pacotes de rede.

4.1.3 Luminárias DMX

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Os acessórios DMX são os dispositivos realmente responsáveis por receber e
executar comandos com base nos dados recebidos. Isso pode significar ligar ou desligar
uma luz ou girar o dispositivo 90 graus.
Existem muitos tipos de luminárias DMX, desde luzes de palco padrão que
simplesmente ligam e desligam até luzes inteligentes que possuem filtros de rotação e
iluminação multidirecionais.

Cada acessório tem um conjunto de atributos/comandos que são predefinidos no


nível do hardware. Esses atributos são organizados em grupos chamados modos.
Muitos acessórios contêm vários modos que predefinem os atributos disponíveis
aos quais o acessório responderá.

Os fabricantes de acessórios oferecem ao usuário diferentes opções de modo para


que ele possa atender a uma ampla gama de casos de uso, incluindo o maior número
possível de recursos, permitindo que o usuário escolha quais são os mais importantes
para eles. Isso resulta no modo de contagem de canais mais simples e menor; um modo
de canal complexo e enorme; e alguns modos intermediários. Na maior parte do tempo
na prática profissional de iluminação, os modos intermediários são escolhidos por seu
equilíbrio entre recursos e facilidade de controle, juntamente com o uso mais frugal da
contagem de canais DMX.

4.1.4 Universo

Um universo consiste em um conjunto de luminárias todas amarradas lendo os


mesmos dados. Um universo contém 512 canais.

4.1.5 Comunicação de Sinal

Vamos considerar como controladores e acessórios conversam entre si. Cada


controlador é responsável por um ou muitos universos, cada um dos quais tem vários
acessórios encadeados em uma longa corda. Um universo pode ser pensado como uma
forma de identificação para um grupo de acessórios abordados. Para enviar dados para o
acessório adequado, você também precisa enviá-los para o universo correto.

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Depois que um controlador recebe o comando para distribuir um pacote DMX, ele
localiza o universo adequado e envia um pacote de dados pela string para cada acessório
conectado receber e interpretar. Cada Fixture (aparelho DMX) recebe o mesmo pacote
de dados e executa um comando interno se o pacote contiver quaisquer dados
destinados a esse Fixture. Depois que os dados forem lidos, eles serão passados pela
cadeia para o próximo acessório para repetir o processo. Para garantir que o suporte de
!xação esteja recebendo as informações adequadas, ele deve estar ouvindo os dados
certos. Isso introduz o conceito de endereçamento de fixação ou "patching", abordado
mais na próxima seção.
Controladores podem ser responsáveis por um ou mais universos.
Os universos podem conter muitos acessórios encadeados em margarida juntos
(representados pela matriz completa de 512 bytes), na luz popularmente conhecidos
como canais.

Luminárias podem ocupar um ou mais endereços dentro de um universo

Endereço Inicial, cada


Fixture tem um endereço inicial que determina como o Fixture deve interpretar o
pacote de dados DMX recebido (um único índice na matriz de bytes) Atributos, cada
fixture contém um conjunto de atributos definidos por seu modo atual, cada um assume
um endereço que é determinado pelo seu número de atributo (canal) mais o endereço
inicial (veja o diagrama abaixo para um exemplo).

4.1.6 Patch de Luminária

O conceito de patch de fixação vem da ideia de que precisamos ser capazes de


posicionar virtualmente nossos acessórios ao longo de uma cadeia de comunicação para
receber os dados adequados.
Como enviamos pacotes completos de dados para serem lidos por vários
acessórios, é importante ter uma maneira de identificar exatamente quais bytes no
pacote devem ser lidos e interpretados e quais devem ser ignorados. Isso é feito
atribuindo cada acessório a um endereço inicial específico em um universo. Um
endereço inicial pode estar entre 1 e 512 (o número máximo de valores em nosso pacote
DMX). Ao atribuir um acessório a um endereço inicial específico, ele ocupa um

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intervalo de endereços desde o endereço inicial atribuído até o endereço inicial, além do
número de atributos que o acessório contém em seu modo atual.

Veja o exemplo abaixo:

Dispositivo elétrico 2 modos atual = 8ChannelMode (contém 8 atributos)

1. Vermelho (endereço 8)
2. Verde (endereço 9)
3. Azul (endereço 10)
4. Estroboscópio (endereço 11)
5. Panela (endereço 12)
6. Inclinação (endereço 13)
7. Dimmer (endereço 14)
8. Macro (endereço 15)

Endereço Inicial = 8 Intervalo de Endereços = 8 - 15

4.1.7 Resolução de Atributos

Mais comumente, um atributo operará com um intervalo de entrada de um único


byte (por exemplo, 0-255). Ocasionalmente, é necessária uma resolução mais alta para
obter mais precisão nos movimentos ou no controle de iluminação. Se este for o caso, os
atributos assumem intervalos de entrada maiores construídos de vários bytes em vez de
apenas um. A combinação de múltiplos bytes resulta em valores possíveis mais altos
para controlar um atributo específico. Abaixo você pode ver os possíveis tipos de sinal
de atributo.

1. Atributo de 8 Bits - Min: 0, Max: 255 - Ocupa 1 endereço


2. Atributo de 16 bits - Min: 0, máx.: 65.536 - Ocupa 2 endereços

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3. Atributo de 24 Bits - Min: 0, Max: 16.777.215 - Ocupa 3 endereços
4. Atributo de 32 bits - Min: 0, Max: 4.294.967.296 - Ocupa 4 endereços

Quando um atributo acima de 8 bits é necessário, esse atributo ocupa mais de um


endereço no universo. Dependendo da resolução, ele pode ocupar vários endereços
consecutivos. Você pode ver o número de endereços que um atributo ocupará na lista
acima.

CAPÍTULO 5 – EXPRESSÃO GRÁFICA

CAPÍTULO 6 – A LUZ

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