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Disciplina: Máquinas de Fluxo

PERDAS DE ENERGIA EM
MÁQUINAS DE FLUXO

Professor: Alexandre Mendes de Castro


E-mail: alexandrecastro@acad.ftec.com.br
Referências Bibliográficas

• HENN, É. A. L.; Máquinas de fluido. 3° ed. Santa Maria:


editoraufsm, 2012.

• SOUZA, de Z. Projeto de Máquinas de Fluxo - Tomo I - Base


Teórica e Experimental. São Paulo: Interciência, 2007.

• FILIPPO FILHO, Guilherme. Bombas, ventiladores e compressores:


fundamentos. São Paulo: Érica, 2015.
Revisão

 Triângulo de Velocidades

𝒄=𝒘+𝒖

𝑐 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝒂𝒃𝒔𝒐𝒍𝒖𝒕𝒂 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑎;


𝑢 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙;
𝑤 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒕𝒊𝒗𝒂 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑎;
𝑐𝑚 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑖𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎 𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑏𝑠. (𝑝𝑒𝑟𝑝𝑒𝑛𝑑𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 à 𝑢);
𝑐𝑢 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎;
𝛽 = Â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑣𝑒𝑙. 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑒 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑎 𝑝á ;
𝛼 = Â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑣𝑒𝑙. 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎 𝑒 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 â𝒏𝒈𝒖𝒍𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 .
Revisão
• Representação completa para máquinas de fluxo geradoras.

𝒖𝟓 𝟐 − 𝒖𝟒 𝟐 𝒘𝟒 𝟐 − 𝒘𝟓 𝟐 𝒄𝟓 𝟐 − 𝒄𝟒 𝟐
𝒀𝒑á∞ = + +
𝟐 𝟐 𝟐

• Representação completa para máquinas de fluxo motoras.

𝒖𝟒 𝟐 − 𝒖𝟓 𝟐 𝒘𝟓 𝟐 − 𝒘𝟒 𝟐 𝒄𝟒 𝟐 − 𝒄𝟓 𝟐
𝒀𝒑á∞ = + +
𝟐 𝟐 𝟐
Revisão
• Representação simplificada para máquinas de fluxo geradoras.

𝒀𝒑á∞ = 𝒖𝟓 × 𝒄𝒖𝟓 − 𝒖𝟒 × 𝒄𝒖𝟒

• Representação simplificada para máquinas de fluxo motoras.

𝒀𝒑á∞ = 𝒖𝟒 × 𝒄𝒖𝟒 − 𝒖𝟓 × 𝒄𝒖𝟓

Outra forma de expressar a energia:

∆𝑷𝒆𝒔𝒕.
𝒀=𝒈×𝑯 𝒀=
𝝆
Revisão

A potência fornecida ou recebida pela máquina pode ser calculada


relacionando o salto energético com o fluxo mássico do fluido ou a
massa específica do fluido e sua vazão.

𝑷=𝒎×𝒀 [𝑘𝑔 𝑠 × 𝐽 𝑘𝑔]


𝐽
𝑃= 𝑠 = 𝑊𝑎𝑡𝑡
𝑷 = 𝝆 × 𝑸 × 𝒀 [𝑘𝑔 𝑚³ × 𝑚³ 𝑠 𝐽 𝑘𝑔]
Revisão
 Fator de Deficiência de Potência

𝒀𝒑á∞ = 𝒀𝒑á e 𝑷𝒑á∞ = 𝑷𝒑á Máquina Motora

𝒀𝒑á = 𝝁𝒀𝒑á∞ e 𝑷𝒑á = 𝝁𝑷𝒑á∞ Máquina Geradora


Introdução
Embora, em algumas situações, a redução dos custos de fabricação
prepondere sobre uma sofisticação técnica do projeto, em alguns
casos a importância da melhoria do rendimento principalmente em
máquinas de grande porte é de extrema importância.

• Turbina Francis da central hidrelétrica de Itaipu (700 MW):


Melhoria de 1% no rendimento = redução de 7000 kW, equivalente
a uma pequena central hidrelétrica como a de Furnas de Segredo;

• O aumento de 1% no rendimento de um turbocompressor radial


para gás natural com potência de 10 MW significa uma redução de
100 kW na potência do motor de acionamento.
Tipos de Perdas
Nas máquinas de fluxo, as perdas classificam-se em
internas e externas.

• Perdas internas: englobam-se as perdas hidráulicas, as


perdas por fugas ou volumétricas, as perdas por atrito de
disco, e no caso das máquinas de admissão parcial, as
perdas por ventilação;

• Perdas externas : são essencialmente perdas mecânicas.


Perdas Hidráulicas
São as mais importantes nas máquinas de fluxo e originam-
se das seguintes situações:

• Atrito do fluido com as paredes dos canais do rotor e sistema


diretor;

• Dissipação de energia por mudança brusca de seção e direção dos


canais que conduzem o fluido através da máquina;

• Choque do fluido contra o bordo de ataque das pás, ocorre quando


a máquina funciona fora do ponto nominal ou ponto de projeto.
Perdas Hidráulicas

Pás do sistema diretor

Pás do rotor
Perdas Hidráulicas
• Perdas hidráulicas para máquinas geradoras.

𝒀𝒑á = 𝒀 + 𝑬𝒑

• Perdas hidráulicas para máquinas motoras.

𝒀𝒑á = 𝒀 − 𝑬𝒑

Onde:
𝑌𝑝á = 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑎𝑠 𝑝á𝑠 𝑑𝑜 𝑟𝑜𝑡𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑚 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜;
𝑌 = 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑝𝑒𝑙𝑜 (𝑝𝑎𝑟𝑎) 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑑𝑎 𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎;
𝐸𝑝 = 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 á𝑠 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 ℎ𝑖𝑑𝑟á𝑢𝑙𝑖𝑐𝑎𝑠.
Perdas por Fugas (Perdas Volumétricas)
Ocorrem através das inevitáveis folgas existentes entre a
parte rotativa e a parte fixa da máquina.
Perdas por Fugas (Perdas Volumétricas)
• Perdas hidráulicas para máquinas geradoras.

𝒎𝒓 = 𝒎 + 𝒎𝒇

• Perdas hidráulicas para máquinas motoras.

𝒎𝒓 = 𝒎 − 𝒎𝒇

Onde:
𝑚𝑟 = 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑟𝑜𝑡𝑜𝑟 [𝑘𝑔 𝑠];
𝑚 = 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎çõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 [𝑘𝑔 𝑠];
𝑚𝑓 = 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑣é𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑜𝑙𝑔𝑎𝑠 [𝑘𝑔 𝑠];
Perdas por Fugas (Perdas Volumétricas)
Lembrando que:
𝒎=𝝆×𝑸

• Perdas hidráulicas para máquinas geradoras.


𝑸𝒓 = 𝑸 + 𝑸𝒇

• Perdas hidráulicas para máquinas motoras.


𝑸𝒓 = 𝑸 − 𝑸𝒇
Onde:
𝑄𝑟 = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑟𝑜𝑡𝑜𝑟 [𝑚³ 𝑠];
𝑄 = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎çõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 [𝑚³ 𝑠];
𝑄𝑓 = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑣é𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑜𝑙𝑔𝑎𝑠 [𝑚³ 𝑠].
Outros Tipos de Perdas
Perdas por atrito de disco: são perdas
de potência que ocorrem devido ao
atrito entre o disco e o fluido que o
circula, preenchendo os espaços entre o
disco e a carcaça.

Perdas por ventilação (máquinas de


admissão parcial): São originadas pelo
contato das pás inativas do rotor com o
fluido que se encontra no recinto onde
ele gira. Estas perdas são diretamente
proporcionais à massa específica do
fluido e ao diâmetro do rotor.
Perdas Mecânicas
São consequência do atrito nos
mancais e nos dispositivos de
vedação por contato (gaxetas, selos
mecânicos) e do atrito do ar com as
superfícies rotativas como volantes
e acoplamentos.
Rendimento Hidráulico 𝜼𝒉
 Leva em consideração as perdas hidráulicas.

Para máquinas motoras Para máquinas geradoras


𝒀𝒑á 𝒀 − 𝑬𝒑 𝒀 𝒀
𝜼𝒉 = = 𝜼𝒉 = =
𝒀 𝒀 𝒀𝒑á 𝒀 + 𝑬𝒑

Onde:
𝜂ℎ = 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 ℎ𝑖𝑑𝑟á𝑢𝑙𝑖𝑐𝑜;
𝑌𝑝á = 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑎𝑠 𝑝á𝑠 𝑑𝑜 𝑟𝑜𝑡𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑚 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑔𝑎𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜[𝐽 𝑘𝑔];

𝑌 = 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 [𝐽 𝑘𝑔];

𝐸𝑝 = 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 á𝑠 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 ℎ𝑖𝑑𝑟á𝑢𝑙𝑖𝑐𝑎𝑠[𝐽 𝑘𝑔].


Rendimento Volumétrico 𝜼𝒗
 Leva em consideração as perdas por fugas.
Para máquinas motoras Para máquinas geradoras

𝒎 − 𝒎𝒇 𝑸 − 𝑸𝒇 𝑸𝒓 𝒎 𝑸 𝑸
𝜼𝒗 = = = 𝜼𝒗 = = =
𝒎 𝑸 𝑸 𝒎 + 𝒎𝒇 𝑸 + 𝑸𝒇 𝑸𝒓

Onde:
𝜂𝑣 = 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜;
𝑚𝑓 = 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑣é𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑜𝑙𝑔𝑎𝑠 [𝑘𝑔 𝑠];
𝑚 = 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜[𝑘𝑔 𝑠];
𝑄 = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑛𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑎 𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎 [𝑚³ 𝑠];
𝑄𝑓 = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑣é𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑜𝑙𝑔𝑎𝑠 [𝑚³ 𝑠];
𝑄𝑟 = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑟𝑜𝑡𝑜𝑟 [𝑚³ 𝑠].
Rendimento de Atrito de Disco 𝜼𝒂
 Leva em consideração as perdas por atrito de disco e
ventilação.

Para máquinas motoras Para máquinas geradoras

(𝒀 − 𝑬𝒑 ). 𝒎 − 𝒎𝒇 − 𝑷𝒂 (𝒀 + 𝑬𝒑 ). 𝒎 + 𝒎𝒇
𝜼𝒂 = 𝜼𝒂 =
(𝒀 − 𝑬𝒑 ). 𝒎 − 𝒎𝒇 (𝒀 + 𝑬𝒑 ). 𝒎 + 𝒎𝒇 + 𝑷𝒂

Onde:
𝜂𝑎 = 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑠𝑐𝑜;
𝑃𝑎 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 [𝑊].
Potência Interna 𝑷𝒊
 Relembrando:

𝑃 = 𝑚. 𝑌 = 𝜌. 𝑄. 𝑌

No entanto a potência sofre perdas até a chegada no rotor,


essas perdas podem ser expressadas por meio do
rendimento interno da máquina.

𝜂𝑖 = 𝜂ℎ . 𝜂 𝑣 . 𝜂𝑎
Potência Interna 𝑷𝒊
 Para uma máquina de fluxo motora:

𝒎 − 𝒎𝒇 . (𝒀 − 𝑬𝒑 ) − 𝑷𝒂 𝑷𝒊
𝜂ℎ . 𝜂𝑣 . 𝜂𝑎 = = = 𝜼𝒊
𝒎. 𝒀 𝑷

 Para uma máquina de fluxo geradora:

𝒎. 𝒀 𝑷
𝜂ℎ . 𝜂𝑣 . 𝜂𝑎 = = = 𝜼𝒊
𝒎 + 𝒎𝒇 . (𝒀 + 𝑬𝒑 ) + 𝑷𝒂 𝑷𝒊
Rendimento Mecânico 𝜼𝒎
 Definido como a relação entre a potência obtida no eixo
e a potência interna.

Para máquinas motoras Para máquinas geradoras

𝑷𝒆 𝑷𝒊
𝜼𝒎 = 𝜼𝒎 =
𝑷𝒊 𝑷𝒆

Onde:
𝜂𝑚 = 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑚𝑒𝑐â𝑛𝑖𝑐𝑜;
𝑃𝑒 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑑𝑎 𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎 [𝑊];
𝑃𝑖 = 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎[𝑊].
Rendimento Total 𝜼𝒕
 Levando em consideração todas as perdas que acontecem nas
máquinas de fluxo, pode-se então definir o rendimento total como
a relação entre a potência obtida no eixo e a potência disponível.
𝜂𝑡= 𝜂𝑚 . 𝜂ℎ . 𝜂𝑣 . 𝜂𝑎 𝜂𝑡= 𝜂𝑚 . 𝜂𝑖

Para máquinas motoras Para máquinas geradoras

𝑷𝒆 𝑷𝒊 𝑷𝒆 𝑷𝒊 𝑷 𝑷
𝜼𝒕 = . = 𝜼𝒕 = . =
𝑷𝒊 𝑷 𝑷 𝑷𝒆 𝑷𝒊 𝑷𝒆
Grau de Reação Real

∆𝑷𝒆𝒔𝒕. ∆𝑷𝒅𝒊𝒏.
𝝆 𝝆
𝝆𝒓𝒆𝒂𝒍 = =𝟏−
𝒀 𝒀

Onde:
𝜌𝑟𝑒𝑎𝑙 = 𝐺𝑟𝑎𝑢 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑎çã𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙;
∆𝑃𝑒𝑠𝑡. = 𝐷𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 [𝑁 𝑚²];
∆𝑃𝑑𝑖𝑛. = 𝐷𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 [𝑁 𝑚²];
𝜌 = 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 [𝑘𝑔 𝑚³];
𝑌 = 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑟 𝑎 𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎 [𝐽 𝑘𝑔];
Exercício 1
O projeto original da Usina Hidrelétrica de Dona Francisca, no rio Jacuí, previa 128,2
MW de potência instalada, com duas unidades de turbinas do tipo Kaplan de 64,1
MW cada uma. A altura de queda disponível é de 39 metros. Supondo que as
características construtivas das turbinas apresentem os seguintes valores: n=163,6
rpm; 𝐷𝑒 = 4,24 𝑚; 𝐷𝑖 𝐷𝑒 = 0,43; 𝜂ℎ = 0,96; 𝜂𝑣 = 0,98; 𝜂𝑎 = 0,99; 𝜂𝑚 = 0,98;
𝐶𝑚4 = 𝐶𝑚5 = 𝐶5 (para todos os diâmetros do rotor) e considerando a massa
específica da água como 1000 kg/m³.

a) A vazão nominal (de projeto) de cada turbina;

b) O ângulo de inclinação das pás na entrada do rotor, para o diâmetro exterior;

c) O ângulo de inclinação das pás na entrada do rotor, para o diâmetro interior.


Exercício 1 Diâmetro Interno
Diâmetro Externo

Entrada do Fluido

Saída do Fluido
Exercício 2
O rotor de um ventilador centrífugo insufla ar de 1,2 kg/m³ gerando uma diferença
de pressão total de 576 Pa e apresenta as seguintes características: n=1200 rpm;
𝛽5 = 135°;𝛼4 = 90°; 𝑏5 = 𝑏4 = 70; 𝐷5 = 350 𝑚𝑚; 𝐷4 = 280 𝑚𝑚; 𝜇 = 0,80;
𝜂ℎ = 0,75; 𝜂𝑣 = 0,88; 𝜂𝑎 = 0,98; 𝜂𝑚 = 0,95. Desprezando a espessura das pás,
calcular:

a) A potência exigida no eixo;

b) O ângulo de inclinação das pás na entrada do rotor.

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