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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL

Estimativa de Produção dos


Equipamentos

Professor: Pablo Brilhante de Sousa


Itens Necessários à Produção
Força de Tração
Mudança de Volume dos Materiais
Resistências ao movimento (rolamento, rampa, inércia
e ar)
Aderência
Altitude
Tempo de Ciclo de Operação
Fator de Eficiência
Força de Tração

Sistema de Transmissão com diversas marchas de operação –


DIAGRAMAS FORÇA DE TRAÇÃO X VELOCIDADE
Na falta de gráficos, a força de tração pode ser calculada por:

P
P = F .V ; F=
V
P = Potência na barra de tração
F = Força tratora
V = Velocidade em m / s
Força de Tração

Potência de capacidade e de desempenho

N r = N o .η m
N r = Potência disponível nas rodas motrizes
N o = Potência de desempenho ou no volante
η m = Coeficiente mecânico de transmissão
Para máq. novas η m = 0,80
Para máq. desgastadas η m = 0,60
Força de Tração

Razão de desmultiplicação

no
m= no > nr
nr
m = Razão de desmultiplicação
no = Número de rotações do motor
nr = Número de rotações da roda motriz
Força de Tração
Esforço Trator (Er) conhecendo a potência
e a velocidade de deslocamento
N r = F × V = E r ×V
N o ×η m
Substituindo ⇒ Er = ; V em km/h
V
N o ×η m
Er = 204 ; N o em KW
V
N ×η
Er = 274 o m ; N o em HP 1 hp = 745,7 w
V
N o ×η m
Er = 270 ; N o em cv 1 cv = 735,5 W
V
Força de Tração
Esforço Trator (Er) conhecendo a potência
e a velocidade de deslocamento
A velocidade pode ser : V = 2 π r nr ;
N o ×η m
Logo : Er = 270 =
V
N ×η
Er = 270 o m
0,377.r.nr (r em m;
Lembrando : v em km/h)
N o = Potência de desempenho ou no volante
η m = Coeficiente mecânico de transmissão
nr = número de rotações da roda motriz (rpm)
Força de Tração

Relação entre Conjugado ou Torque (Cr) e


Esforço Trator (Er)

C r = Er × r
Força de Tração
Relação entre Conjugado ou Torque (Cr) e
Esforço Trator (Er)
N o ×η m Nr
Cr = Er × r = 270 × r = 716
0,377.r.nr nr
Lembrando :
Cr = Conjugado ou Torque em Kgm − na roda motriz;
Nr = Potência na roda motriz em cv;
nr = número de rotações da roda motriz (rpm)
Força de Tração
Relação entre Conjugado ou Torque (Cr) e
Esforço Trator (Er)
N o ×η m N
Cr = Er × r = 270 × r = 716 r
0,377.r.nr nr
no
Lembrando que nr = , temos :
m
N
Cr = 542 r . m ( N r em kw)
no
Nr
Cr = 716 . m ( N r em cv)
no
Nr
Cr = 727 . m ( N r em hp)
no
Força de Tração
Exercício

Um “dumper” plenamente carregado (P = 27t) deve trafegar numa


pista horizontal , com k = 29 kg/t, à velocidade de 48 km/h, sendo
conhecidas as características do veículo:

N0 = 162 cv; a 2.040 rpm, nm = 0,85 e r = 0,75 m

Pergunta-se:

a) Se o veículo terá torque suficiente para impulsioná-lo a essa


velocidade;
b) Se não, qual a mínima potência que o motor deveria
desenvolver para que o torque fosse suficiente;
c) Se m = 12, qual seria o número de rotações do eixo do motor
nas condições vigentes.
Força de Tração
Diagramas Tração x Velocidade

Podem ser fornecidos pelos fabricantes


Importante para determinação da velocidade de translação
da máquina
Força de Tração
Diagramas Tração x Velocidade
Força de Tração
Diagramas Tração x Velocidade
Força de Tração
Exercício

1. Qual a marcha que deverá ser usada num


motoscraper CAT 631-C, com as
características a seguir, para subir uma
rampa I = 25%, num solo argiloso solto?
K = 50 kg/t e Ys = 1,4 t/m3
Dados
Peso Próprio : 33,5t
Carga coroada: 23 m3
Força de Tração
Força de Tração
Exercício

2. Qual a rampa máxima que o motoscraper


CAT 631-C do exemplo anterior poderá subir
plenamente carregado? Admitimos que há
aderência suficiente entre os pneus e o
terreno.
Força de Tração
Exercício

3. Se o coeficiente de aderência fosse f = 450


kg/t (terra solta), o que ocorreria?
Permaneceria a mesma rampa máxima?
Itens Necessários à Produção
Força de Tração
Mudança de Volume dos Materiais
Resistências ao movimento (rolamento, rampa, inércia
e ar)
Aderência
ALTITUDE
Tempo de Ciclo de Operação
Fator de Eficiência
Itens Necessários à Produção -
Altitude
Problema causado pela rarefação do ar atmosférico –
QUEIMA INCOMPLETA DA MISTURA, COM SENSÍVEL
PERDA DE POTÊNCIA

Motores de 4 tempos de Aspiração Natural: perda de 3% da


potência a cada 1000 pés de altitude

Motores de 2 tempos de Aspiração Natural: perda de 1% da


potência a cada 1000 pés de altitude

Motores de Aspiração Forçada: pode ser eliminada com a


colocação de turbo compressor
Comentários Gerais
A estimativa é um processo preciso ou não??

Fatores que podem influir:

Defeitos Mecânicos
Más condições meteorológicas e do solo
Falta de habilidade ou imperícia do operador
Organização deficiente dos serviços
Esperas devidas a outros equipamentos
Tipo do equipamento
Itens Necessários à Produção –
Tempo de Ciclo de Produção

Conceito de Tempo de Ciclo

Tempo de Ciclo Mínimo: Tcmin = Σtf + Σtv

Tempo de Ciclo Efetivo: Tcefe = Σtf + Σtv + Σtp


Produção de um Equipamento

É o volume escavado, transportado e


descarregados na unidade de tempo. É
representado pelo volume da caçamba (C) pelo
número de ciclos (f)

Q = C. f
Lembrando que a frequência é o inverso do período
( f = 1 / Tc), temos:
Q = C.(1 / Tc)
Produção de um Equipamento

A produção máxima ou teórica do equipamento seria:

Qmáx = Cmax . 1
tcmín

A produção efetiva seria:

Qef = Cmax . 1
tcefet
Produção de um Equipamento
Rendimento da operação ou fator de eficiência:

Qefetivo
E=
Qmáximo
Temos, porém :
1
Cmáx.
Tcef Tc min
E= =
1 Tcef
Cmáx.
Tc min
Produção de um Equipamento

Rendimento da operação ou fator de eficiência:

Tc min 1
E= =
Tc min + ∑ Tp ∑ Tp
1+
Tc min

Se somatória do tempo de parada for zero, E = 1 ou 100% e o Tcmín

Se somatória do tempo de parada for diferente de zero, E < 1 e o


Tcefetivo
Fórmula Básica da Produção de um
Equipamento

1
Qef = C x ϕ1 x xE
Tc min

Qef = produção efetiva, medida no corte m( h)


3

C = capacidade da caçamba em volume solto m3( )


ϕ1 = fator de empolamento ou de conversão de volumes
Tc min = tempo de ciclo mínimo (h ou min ou s )
E = coeficiente de ren dim ento ou fator de eficiência
Itens Necessários à Produção –
Fator de Eficiência

Pode-se relacionar os fatores que afetam a eficiência:

A qualidade e o estado do equipamento


A organização e direção dos serviços
A produtividade do operador
As condições climáticas
As condições técnicas de operação
A disponibilidade de equipamentos
Itens Necessários à Produção –
Fator de Eficiência

Estado de São Paulo (Barros, 1996):

Chuvas até 100 mm mensais afetam E em até


15% de paradas;
Chuvas de mais de 200 mm mensais afetam E
em mais de 50%;
Entre 100 e 200 mm a paralisação pode ser
considerada proporcional aos valores citados
Chuvas até 5 mm por dia não afetam na
produção
Itens Necessários à Produção –
Fator de Eficiência

Movimentação de 51 milhões de m3 em 24 meses na


Rod. dos Bandeirantes em São Paulo (Carvalho, 1978).
Local com:

Topografia acidentada;
Variedade de solos (presença de brejosos);
Grandes precipitações durante o verão (183 mm/mês);
Região povoada e com estabelecimentos comerciais;
Grande número de interferências;
Numerosas obras de drenagem superficial e subterrânea;
Liberação dos trechos por etapas
Itens Necessários à Produção –
Fator de Eficiência

Horas paradas Motoscraper Motoscraper “Scraper”


com 2 motores com 1 motor rebocado
(%) (%) (%)
Problemas administrativos 19 18 17
Manutenção Mecânica 24 16 26
Chuvas e solos úmidos 18 16 13

Total de horas paradas 61 50 56


Total de horas trabalhadas 39 50 44
Fator de eficiência Global 0,39 0,50 0,44
Fator de eficiência excluindo 0,58 0,68 0,61
perdas administrativas
Pistões movimentam eixo de manivelas (virabrequim) para cima e para
baixo. Este movimento é transformado em movimento de rotação e,
consequentemente, num esforço de tração
LOCOMOÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE
TERRAPLENAGEM

Distribuição de cargas nos equipamentos de pneus

Fornecido pelos fabricantes para a máquina vazia


e carregada. Exemplo Motoscraper com rebocador
de um eixo (CAT 631):
Vazio
P1 = 67% (Pm)
P2 = 33%
Carregado
P1 = 53% (Pm)
P2 = 47%

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