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5º Exercício Avaliativo – AP1

Disciplina: Máquinas Elétricas e seus Acionamentos.


Turma EET06_T01 2º Semestre de 2020
Professor: Weverson dos Santos Cirino.

Nome do Aluno: Pedro Lucas Monteiro Silvério

Motores de Indução
[1] O que são o escorregamento e a velocidade de escorregamento de um motor de indução?
Resposta:
A velocidade no rotor, isto é a velocidade nominal, sendo que nos motores que possuem
escorregamento, essa velocidade nominal sempre será menor do que a sua velocidade síncrona do
motor de indução. Tal fato ocorre devido a varios fatores, dentre eles podemos citar o atrito gerado
entre os rolamentos e o eixo do motor e as cargas ligadas ao motor e outras perdas.
O escorregamento em um motor é a perda de velocidade que temos no rotor de um motor, ou
seja, é diferença entre a velocidade do campo girante magnético do motor e a velocidade medida no
eixo do motor, o valor que obtemos de escorregamento do motor é fornecido em porcentagem pela
maioria dos fabricantes, mas que pode ser calculada.
O conceito de escorregamento consiste na diferença entre a velocidade no eixo do motor (o
rotor) e a velocidade do campo girante magnético. É importante mencionar que é o motor ligado a
vazio, ou seja, não possui carga ligada ao motor. Nesta condição a rotação do motor é praticamente a
mesma que a velocidade síncrona, dessa forma podemos falar que o escorregamento diminui de
acordo com o quanto a potência aumenta. A seguinte equação é utilizada para calcular tal fenômeno,
onde S é o escorregamento em porcentagem, NS é a velocidade síncrona do motor em RPM e N é a
velocidade medida no rotor em RPM.

[2] Como um motor de indução se desenvolve conjugado?


Resposta:
O conjugado de um motor é, basicamente, o torque que um motor pode fornecer, dentro de um
sistema mecânico. O conjugado do motor é a função do escorregamento do motor. Ou seja, a diferença
entre rotação síncrona e assíncrona, que são o escorregamento, será essencial para determinarmos
quanto de torque e de conjugado o motor pode fornecer para um sistema mecânico.

[3] Por que é impossível para um motor de indução operar na velocidade síncrona?
Resposta:
É impossível para o rotor de um motor de indução girar com a mesma velocidade do campo
magnético girante. Pois, se as velocidades forem iguais, logo não haveria movimento relativo entre
eles e, em consequência, não haveria fem induzida no rotor. Sem tensão induzida não há conjugado
(torque) agindo sobre o rotor.
[4] Por que é necessário reduzir a tensão aplicada a um motor de indução quando a frequência
elétrica é diminuída?
Resposta:
Um motor de indução trabalha induzindo tensões e correntes no rotor da máquina e, por essa
razão, ele também foi denominado algumas vezes transformador rotativo. Como tal, o primário
estator induz uma tensão no secundário (rotor). Entretanto, diferentemente de um transformador, a
frequência do secundário não é necessariamente a mesma que a frequência do primário).
Se o rotor de um motor for bloqueado ou travado de modo que ele não possa se mover, o rotor
terá a mesma frequência do estator. Por outro lado, se o rotor girar na velocidade síncrona, então a
frequência do rotor será zero. Para qualquer velocidade intermediária, a frequência do rotor é
diretamente proporcional à diferença entre a velocidade do campo magnético n sinc e a velocidade do
rotor n m. Uma vez que o escorregamento do rotor é definido como:

Então, a frequência do rotor pode ser expressa por:

[5] Como funciona um circuito resistivo de partida para um motor de indução?


Resposta:
Em um motor de indução, quando a tensão é aplicada aos enrolamentos de estator uma tensão é
induzida nos enrolamentos do rotor da máquina. Em geral, quanto maior o movimento relativo entre os
campos magnéticos do rotor e do estator maiores serão a tensão e a frequência do rotor.
O movimento relativo máximo ocorre quando o rotor está parado. Essa condição é denominada
Rotor Bloqueado ou Travado de modo que a maior tensão e a maior frequência do rotor são induzidas
com o rotor nessa condição. A menor tensão 0 V e a menor frequência 0 Hz ocorrem quando o rotor
está se movendo com a mesma velocidade que o campo magnético do estator, resultando um
movimento relativo nulo.
O valor e a frequência da tensão induzida no rotor para qualquer velocidade entre esses
extremos é diretamente proporcional ao escorregamento do rotor. Portanto, se o valor da tensão
induzida no rotor, estando este bloqueado, for denominado E RO então o valor da tensão induzida, para
qualquer escorregamento será dada pela equação

E a frequência da tensão induzida para qualquer escorregamento será dada pela equação:

Essa tensão é induzida em um rotor que apresenta resistência e também reatância. A resistência
do rotor RR é uma constante (exceto em relação ao efeito pelicular), independentemente do
escorregamento, ao passo que a reatância do rotor é afetada de modo mais complicado pelo
escorregamento. A reatância do rotor de um motor de indução depende da indutância do rotor e da
frequência da tensão e da corrente do rotor Com uma indutância de rotor LR a reatância do rotor é
dada por
[6] Como um motor de indução de rotor bobinado pode ser usado como conversor de frequência?
Resposta:
O motor de indução de rotor bobinado pode ser usado como conversor de frequência quando
seu rotor é ativado a uma velocidade especificada, daí a potência mecânica é transferida ao seu eixo.
E então, se retira a FEM através dos anéis coletores. Neste caso tem-se um gerador de indução.

[7] Um motor de indução de 208 V, quatro polos, 60 Hz, ligado em Y e de rotor bobinado tem
potência nominal de 30 HP. Os componentes do seu circuito equivalente são:
𝑅1 = 0,100 Ω 𝑅2 = 0,070 Ω 𝑋𝑀 = 10,0 Ω 𝑋1 = 0,210 Ω
𝑋2 = 0,100 Ω 𝑃𝑚𝑒𝑐 = 500 𝑊 𝑃𝑑𝑖𝑣 = 0 𝑃𝑛ú𝑐𝑙𝑒𝑜 = 400 𝑊
Para um escorregamento de 0,05, encontre:
(a) A corrente de linha 𝐼𝐿;
208
V ϕ=
√❑
Zeq X =(Z 2 /¿ Z M )+ Z 1 ⇒ Zeq X =1,530<18,921 ° Ω
Vϕ 120,089< 0 °
I L= = ⇒ I L =78,490←18,921° A
Zeq X 1,530<18,921°

(b) As perdas no cobre do estator 𝑃𝑃𝐶𝐸;


2 2
P PCE=3∗R L I L =3∗0 ,01 ¿(78 , 49) ⇒ P PCE=18,482 kW
(c) A potência de entreferro 𝑃𝐸𝐹;
2
3∗R L I L 3∗0 , 07 ¿ (78 , 49)2
P EF= = ⇒ PEF =25,875 kW
0 ,05 0 , 05
(d) A potência convertida da forma mecânica em elétrica 𝑃𝑐𝑜𝑛𝑣;
3
Pconv =(1−s)P EF =(1−0 , 05) x 25,875 x 10 ⇒ P conv =24,581 kW
(e) O conjugado induzido 𝑟𝑖𝑛𝑑;
P EF 24,581 x 10
3
τ ind = = ⇒ τ ind =137,271 N . m
ω ind 120 2π
( x 60)x
4 60
(f) O conjugado de carga 𝑟𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎;
3
PS =Pconv −Pmec −P¿ −P suple=24,581 x 10 −0 , 5−0−0 , 4 ⇒ PS =23,681 kW
120 x 60
n m=(1−s )n sinc =(1−0 , 05)x ⇒ n m=1710 rpm
4
3
23,681 x 10
τ carga= ⇒ τ carga=132,244 N . m

(1710) x
60
(g) A eficiência total da máquina 𝜂𝑇, e;

P Ent =3 V ϕ I L cos (θ)=3 (120,089)(78 , 49)cos (18,921° )⇒ Pent =26,750 kW


P SAÍDA 23,681
nT = x 100= x 100 ⇒ η %=88,527 %
PENTRADA 26,750
(h) A velocidade do motor em rotações por minuto e em radianos por segundo.
2π 2π
ω m=n m =1710 x ⇒ ω m=179 , 07 rad / s
60 60
[8] Para o motor da questão [7], qual é o escorregamento no conjugado máximo? Qual é o valor
desse conjugado?
[9] (a) Calcule e plote a característica de conjugado versus velocidade do motor da questão [7]. (b)
Calcule e plote a curva de potência de saída versus velocidade do motor da questão [7].
[10] Para o motor da questão [7], quanta resistência adicional (referida ao circuito de estator) seria
necessário acrescentar ao circuito do rotor para fazer com que o conjugado máximo ocorra nas
condições de partida (quando o eixo não está se movendo)? Plote a característica de conjugado versus
velocidade desse motor com a resistência adicional inserida.
[11] Se o motor do Problema 6-5 tiver de funcionar em um sistema de potência de 50 Hz, o que
deverá ser feito com sua tensão de alimentação? Por quê? Em 50 Hz, quais serão os valores dos
componentes do circuito equivalente? Responda às perguntas da questão [7] com a máquina operando
em 50 Hz, com um escorregamento de 0,05 e tensão adequada para essa máquina.

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