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Problemas sobre
MÁQUINAS DE INDUÇÃO
FEUP - DEEC
2006
Este texto foi produzido no âmbito da disciplina
Máquinas Eléctricas II (E), do 3º. Ano da
Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de
Computadores – Ramo Energia – da Faculdade
de Engenharia Electrotécnica e de Computadores.
Parte 1.1
518,573s
T= 2
14,814 s + 0,292s + 0,315
onde s é o deslizamento.
e) Calcular o tempo que o motor levará, após a sua ligação com a tensão nominal, para,
partindo do repouso e em vazio, atingir a zona estável da sua característica
mecânica.
Supor que o momento de inércia do motor vale 0,018 kg.m2.
120
100
80
T (N.m)
60
40
20
0
0 150 300 450 600 750 900 1050 1200 1350 1500
n (r/min)
R3. Um motor de indução trifásico de rotor bobinado tetrapolar, de 400 V - 120 A -50 Hz,
Classe de Isolamento F, apresenta perdas mecânicas que podem considerar-se
constantes e que valem 820 W.
d) O valor da resistência a colocar em série com cada fase rotórica do motor, por forma
a que a corrente de arranque do mesmo seja limitada a 200 A. Qual o binário de
arranque desenvolvido nesta situação?
a) Arranque directo.
d) Arranque estrela/triângulo.
2. Supondo que, no referido ensaio do motor com o rotor travado, as perdas por efeito
de Joule no motor se repartiram igualmente entre o estator e o rotor, determinar:
Sabendo que as perdas no ferro (1,35 kW) e as perdas mecânicas (1,80 kW) deste
motor se podem considerar constantes e que, no regime de funcionamento em
causa, as suas perdas por efeito de Joule se repartem igualmente pelo estator e pelo
rotor, determinar:
b) Variação de frequência e de tensão, com U/f=const. (nesta alínea, (i) supor que o
deslizamento do motor varia proporcionalmente com o binário de carga e (ii) usar
directamente o modelo do motor).
R8. Supor que se pretendia utilizar um motor de indução trifásico de rotor bobinado como
conversor de frequência, alimentando o seu estator a partir de uma rede trifásica de
frequência 50 Hz (constante) e accionando o seu rotor com um motor de corrente
contínua cuja velocidade pode ser controlada.
120
100
80
60
40
20
0
0 300 600 900 1200 1500
Velocidade de rotação (r/m in)
100
90
80
70
Rendimento (%)
60
50
40
30
20
10
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
Fracção de carga
1
0,9
0,8
Factor de potência
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
Fracção de carga
b) Qual a fracção de carga com que funcionará o motor quando accionar uma carga
cuja característica mecânica pode ser definida pela seguinte expressão:
Sabe-se ainda que as perdas mecânicas desta máquina podem supor-se constantes,
valendo 230 W.
d) O binário (útil) máximo que pode ser desenvolvido pelo motor e a velocidade à qual o
mesmo ocorrerá.
O motor apresenta um binário de perdas mecânicas de 0,83 N.m, que pode supor-se
constante para velocidades de funcionamento estáveis.
b) Calcular a fracção de carga com que funcionará o motor quando accionar a turbina.
c) Supondo que se pretende accionar uma carga do tipo binário constante que impõe,
em regime permanente, o regime nominal ao motor, estimar o tempo de arranque do
sistema motor-carga quando é praticado o arranque directo do primeiro. Desprezar
eventuais variações dos parâmetros e do binário de perdas mecânicas do motor
relativamente ao regime de funcionamento normal e considerar os valores 0,22kg.m2
e 10kg.m2, para os momentos de inércia do motor e do sistema accionado
(carga+acoplamento), respectivamente.
Este motor foi escolhido para accionar uma carga do tipo binário constante, a qual
b) Verificar se o motor indicado constitui uma boa escolha para realizar o accionamento
da carga, sabendo que se espera que a tensão de alimentação do primeiro
apresente uma flutuação entre 90 % e 110 % do respectivo valor nominal.
NR11 Um motor de indução trifásico hexapolar acciona um volante de inércia a 960 r/min.
O motor, de 4,5 kW – 380 V – 50 Hz, possui os seus enrolamentos ligados em
estrela e apresenta iguais impedâncias de fugas estatórica e rotórica referida ao
estator, valendo cada uma 1,0+j2,0 Ω, por fase.
NR13 Considere um motor de indução trifásico de rotor em gaiola de esquilo, com 710kW
– 1491r/min – 400V (∆) – 50Hz , Classe de Isolamento F / 105K, de que se
conhecem ainda:
b) Estimar o valor da velocidade de rotação deste motor para [380V – 50Hz - Tn].
c) Supondo que a resistência entre pares de terminais estatóricos deste motor,
medida em corrente contínua a 20ºC, vale 2,8mΩ, determinar as perdas Joule
nominais estatóricas do mesmo.
d) Admitindo que num ensaio em vazio com [400V – 50Hz – 20ºC], este motor
absorveu 182A - 9,35kW e que, também em vazio mas com [200V - 50Hz – 20ºC],
ele absorveu 112A – 5,07kW, em ambos os casos rodando praticamente à
mesma velocidade, estimar as perdas mecânicas do motor a 1500r/min.
NR14 Considere um motor de indução trifásico, de 22kW, 400V, 50Hz, 980r/min, de que
se conhecem ainda as seguintes características fornecidas pelo seu fabricante:
T4. Justificar a grande divulgação actual do motor de indução trifásico, como elemento
motor de accionamentos eléctricos. A que tipo construtivo de motor se aplica mais
fielmente tal afirmação?
T8. Mostrar que num motor de indução trifásico, em regime permanente, os campos
girantes estatórico e rotórico giram em sincronismo, independentemente da
velocidade de rotação do rotor da máquina.
T9. Utilizar a conclusão da questão anterior para demonstrar que o motor de indução
trifásico desenvolve binário a todas as velocidades, excepto à velocidade de
sincronismo.
T10. Mostrar que, em regime permanente, um motor de indução trifásico roda sempre a
uma velocidade inferior ao valor dado por f/p, sendo f a frequência da alimentação e
p o número de pares de pólos da máquina.
T13. Baseado no modelo equivalente "exacto", por fase, referido ao estator, construir um
diagrama fasorial das grandezas eléctricas e magnéticas associadas ao
funcionamento de um motor de indução trifásico nos regimes de vazio e de plena
carga. Identificar todas as grandezas representadas.
T16. Por que razão o valor da resistência rotórica de um motor de indução trifásico,
determinado com base num ensaio com rotor bloqueado e em curto-circuito, deverá
ser corrigido para utilização na previsão das características nominais da máquina?
T17. Quais as razões que levam a que um motor de indução trifásico deva ser
dimensionado para funcionar com baixos deslizamentos?
T19. Um motor de indução trifásico de rotor bobinado possui sempre uma resistência
rotórica menor que a de um motor equivalente, mas com rotor em gaiola de esquilo.
Justificar tal facto.
T21. Explicar as consequências negativas que pode trazer o arranque directo de um motor
de indução trifásico.
Enumerar e apresentar as vantagens e os inconvenientes de cada uma das soluções
tecnológicas utilizadas na resolução de tais problemas.
T23. Para que um sistema motor-carga com acoplamento directo possa manter um regime
de funcionamento com velocidade de rotação constante não é necessário que o
binário desenvolvido pelo motor seja superior ao binário resistente imposto pela
carga.
Dizer então relação deve existir entre aqueles binários para que a constância de
velocidade seja garantida, esclarecendo também o que acontecerá se a condição
que indicar não se observar.
T27. Recorrendo a uma análise qualitativa dos fenómenos físicos envolvidos e a critérios
habituais de fabrico, mostrar que um motor de indução trifásico com rotor de dupla
gaiola de esquilo apresenta melhores características de arranque que um motor
equivalente, mas com gaiola simples.
Essa melhoria também é ou não sentida quando se comparam os regimes de
funcionamento normais dos dois motores? Justificar a resposta.
T29. Considerar dois motores de indução trifásicos de rotor em gaiola de esquilo em tudo
iguais, excepto no que se refere à profundidade a que se localizam as barras da
gaiola rotórica.
Discutir a influência dessa diferença construtiva nos parâmetros do circuito
equivalente desses motores.
Realizar também uma discussão semelhante acerca das consequências de tais
diferenças sobre as várias características de funcionamento, em regime permanente,
dos motores.
T32. Que processos podem ser usados para variar a velocidade de rotação de um motor
de indução trifásico de rotor em gaiola de esquilo? Agrupar esses processos
segundo a grandeza principal da máquina que é actuada.
T34. Fazer uma análise comparativa (em termos de vantagens, inconvenientes e campos
de aplicação preferenciais) entre os métodos de controlo de velocidade de um motor
de indução trifásico, por variação da tensão de alimentação e por variação de
frequência.
T42. Indicar duas situações particulares em que se pode revelar interessante a realização
de frenagem regenerativa de um motor de indução trifásico. Com base nas
características mecânicas de binário de um motor e de uma carga por ele accionada,
justificar a possibilidade referida.
= RESOLUÇÕES =
conclui-se que o motor será bipolar (2 pólos ⇒ 1 par de pólos ⇒ p=1) e que
a velocidade de sincronismo será ns=3000 r/min.
I1 R1 jX1 I2 R2 jX2
Io
U1s R2(1-s)/s
Ro jXm
U AB 202,67 e- j6,71°
I2 = =
Z2 (s) 0,28 + j1,32
0,029
= 20,80 e- j14,49°
= 20,14 - j5,20 A
U AB 202,67 e- j6,71°
I0 = =
Z0 1510 || j38
= 5,34 e- j95,27
= - 0,49 - j5,31 A (ou I0 = I1 - I2)
2
Pp.J1.n = 3 R1 I1n = 313,3 W
2
Pp.J2.n = 3 R 2 I2n = 363,2 W
A potência de perdas mecânicas (Pp.mec) constitui-se como a diferença entre a
potência mecânica desenvolvida pelo motor (Pmec) e a respectiva potência útil,
num mesmo regime. Mas porque Pmec é a potência que se associa à
resistência R2(1-s)/s do circuito equivalente do motor:
1 - sn ⎛ 1- s ⎞
I2n = ⎜ = Pp. J 2 ⎟
2
Pmec.n = 3 R 2
sn ⎝ s ⎠
no caso presente virá:
1 - sn 2
Pmec.n = 3 R 2 I2n = 12161,9 W
sn
TABELA I
Temperaturas máximas admissíveis (TL) e Temperaturas de referência (Tref)
Cl. A E B F H
Isolamento
TL (°C) 105 120 130 155 180
Tref (°C) 75 115
T (Nm)
Tel(n)
TM(n)
ns
nn n0
T (Nm)
Fig.4 Linearização da característica mecânica de binário
(aqui, incluindo o efeito das perdas mecânicas).
Finalmente, a fracção de carga (f.c), sendo igual à razão entre a potência útil
desenvolvida pelo motor no regime considerado e a sua potência nominal,
valerá:
• 2πn/60
f.c. = Pu = T M = 0,47
Pn Pn
ou seja, 47%, como é frequente expressar-se.
λ F0
F2
ns
F1
ns
ns
n
Rotor
Estator
120
Binário máximo
100
80
60
Arranque
40
20
Regime nominal
0
0 150 300 450 600 750 900 1050 1200 1350 1500
n (r/ min)
Regime nominal:
n n = 1466 r/ min
Pn
Tn = = 35,8 Nm
2π n n /60
Repare-se que o binário nominal deverá ser calculado directamente a partir da
potência nominal do motor.
dΩ 2π n s ds
=- ⋅
dt 60 dt
Virá:
2π n s J t ds
T M - TC = - ⋅
60 dt
Integrando esta equação de variáveis separáveis, obtém-se sucessivamente,
2π n s J t
dt = - ⋅ds
60(T M - TC)
2π n s J t s1 ds
∆t = t1 - t 0 = - ⋅∫
60 ( - )
s0 T M TC
Será deste circuito, ou modelo, equivalente por fase de que se vai começar
por determinar os parâmetros. Posteriormente, o mesmo será utilizado na
caracterização do funcionamento do motor.
I1 I2 R1+R2 jX
I0
U1s R2(1-s)/s
R0 jXm
(a)
I0 I0c
U10s U1cs
R0 jXm R0 jXm
(b) (c)
R2
sTmax = 2 2
= 0,166
R1 + X
Uma vez que o motor possui 4 pólos (ns=1500 r/min), a velocidade a que
ocorrerá o binário máximo será:
n Tmax = (1 - s Tmax ) ⋅ n s = 1250 r/ min
O binário de perdas mecânicas do motor valendo
Pp.mec
T p.mec = = 6,3 Nm
2π n Tmax /60
implica que o binário máximo (útil) desenvolvido pelo motor será:
T max = Tel.max - T p.mec = 1663,7 Nm
Repare-se que este valor foi calculado com parâmetros a 115 °C.
p 2
Tel.ad = 3 R 2 I2a = 598,8 Nm
w1
⇒ R ’ar = 1,035 Ω
Uma vez que é conhecida a razão entre os números efectivos de espiras por
fase do estator e do rotor (a=400/290), vem para o valor da resistência a
colocar em série com cada fase rotórica (reóstato de arranque):
1
R ar = 2 ⋅ R ’ar = 0,544 Ω
a
Quanto ao binário de arranque resultante, continuando a desprezar a
contribuição do binário de perdas mecânicas, virá:
p 2
Ta _ Tel.a = 3 (R 2 + R ’ar ) I2a = 814,4 Nm
w1
Repare-se que o aumento da resistência do circuito rotórico com recurso a um
reóstato rotórico, apesar da penalização energética que implica, é vantajoso,
quer do ponto de vista de corrente de arranque, que é diminuída, quer do
binário, que vem aumentado. Infelizmente, o método só é praticável em
motores com rotor do tipo bobinado, porque exige a acessibilidade ao circuito
eléctrico rotórico. Por isso, e também por serem mais caros e menos robustos
Mas como:
1- s ( U1 / 3 )2
Pmec = 3 R 2 ⋅⋅ 2
s ⎛ R 2⎞
⎜ R1 + ⎟ + X2
⎝ s ⎠
introduzindo nesta equação os valores de todas as grandezas conhecidas e
resolvendo-a em relação a s, obtém-se:
9961,1 s2 - 6161,8s + 93,8 = 0 ⇔ s = 0,0156 ∨ s = 0,603
Como a segunda solução corresponde a uma situação de funcionamento
instável para o motor (corresponde a um ponto de funcionamento sobre a
parte da característica de binário T(s) que se localiza além do ponto de
binário máximo - limite de estabilidade estática do motor de indução trifásico),
além de ser profundamente penalizadora do ponto de vista energético, pois o
rendimento do motor seria francamente baixo, somos conduzidos a aceitar o
deslizamento de 1,56%, valor a que corresponde a velocidade de rotação de
1476,6 r/min.
⎡⎛ R ⎞ ⎤
Z M (s = 0,0156) = (R 0 || jX m ) || ⎢⎜ R 1 + 2 ⎟ + jX ⎥
⎣⎝ s ⎠ ⎦
= 2,47e j 20,57° Ω
I ≅ I2
2 2
Tad ⎛ I2a ⎞ ⎛I ⎞
≅ ⎜ ⎟ ⋅ sn ≅ ⎜ ad ⎟ ⋅ sn
T n ⎝ I2n ⎠ ⎝ In ⎠
O valor por unidade (p.u.) de uma grandeza (tensão, corrente, potência,
impedância, ...) define-se como a fracção que o valor dessa grandeza
representa, relativamente a um valor particular da mesma grandeza que é
tomado para base. Para ilustrar, considerando para base de correntes a
intensidade de corrente nominal do motor (In), ao dizer-se que uma dada
corrente vale 0,5 p.u. quer-se significar que essa corrente possui uma
intensidade que é metade de In.
Rede
380V – 50Hz
Irede Ia
M
3~
Irede Ia
M
3~
S1 S2
S3
Fig.9 Esquema de ligação para arranque com autotransformador.
m= Iad = 3
Irede
Ia = 2 3 p.u.
Ta = 0,6 p.u.
Rede
380V – 50Hz
Irede Z Ia
M
3~
Ta = α ⋅ Tad
2
Repare-se que, para uma mesma corrente absorvida à rede, este método é
pior que o anterior, do ponto de vista do binário de arranque, porque este vem
mais baixo.
No caso presente:
Rede
380V – 50Hz
Irede
M
Y/D 3~
m= Iad = 1,21
Irede
w1
p R2 2
Tn = 3⋅ ⋅ I2n
w1 s n
Se se supuserem iguais os valores de R2 no arranque (frequência rotórica
igual a fn) e em regime nominal (frequência rotórica muito mais baixa), isto é,
ignorando os efeitos do efeito pelicular rotórico, e se se desprezar também a
corrente em vazio nessas mesmas duas situações de funcionamento,
dividindo membro a membro as duas equações anteriormente escritas, vem:
2 2 2
Tad ≅ ⎛ I2ad ⎞ ⋅ ≅ ⎛ Iad ⎞ ⋅ ≅ ⎛ U1n ⎞ ⋅
⎜ ⎟ sn ⎜ ⎟ sn ⎜⎜ ⎟⎟ sn
T n ⎝ I2n ⎠ ⎝ In ⎠ ⎝ U1c ⎠
Como o deslizamento nominal vale:
n s - n n = 0,0327 = 3,27%
sn =
ns
Ta = 1 ⋅ Tad = 0,436
2
Tn m Tn
Ou seja, consegue-se um binário de arranque de 43,6% do binário nominal do
motor.
Pn
Tn = = 98,7 Nm
2π n n /60
Tad = 3
p
⋅ R2 ⋅
(U / 3 )
1
2
w1 (R1 + R 2 )2 + X2
p R2
Tn = 3 ⋅ ⋅
(
U1 / 3 )2
2
w1 s n ⎛ R 2⎞
⎜⎜ R1 + ⎟⎟ + X 2
⎝ s n ⎠
T
Caract. mecânica da máquina de
indução antes da troca de fases TC(n)
TC Ponto de
funcionamento antes
da troca de fases
-ns n ns n
Tf
TM
ns - n
s(antes) = ⋅100% = 2,67%
ns
TC = T M(antes) ≅ Tel = 3 ⋅
R2
⋅
p U1 / 3 ( )
2
= 82,8 Nm
2
w1 s ⎛ R2 ⎞
⎜ R1 + ⎟ + X 2
⎝ s ⎠
Com a troca da sequência de fases, o sentido de rotação do campo girante
estatórico inverte-se. Por isso, após essa acção, a velocidade de rotação virá
negativa face à velocidade de sincronismo do motor.
-n
s = n s x100% = 197,33%
ns
T M ≅ 32,9 N.m
Assim, o binário de frenagem total será:
Tf = 32,9 + 82,8 = 115,7 Nm
A corrente absorvida pela máquina, se se desprezar o efeito da variação da
frequência rotórica (que é agora fr=s⋅f=98,7 Hz) sobre R2 e se considerarem
também constantes todos os restantes parâmetros do motor, virá:
s = 197,33%
U1 / 3
I1 ≅ I2 = 2
= 111,8 A
⎛ R2 ⎞
⎜ R1 + ⎟ + X 2
⎝ s ⎠
Este valor deve ser tomado como indicativo uma vez que a grande variação
experimentada pela frequência rotórica, conduzindo a um forte efeito pelicular
em frenagem, alterará definitivamente o valor de R2.
Rede
380V – 50Hz
Ia
M T Carga
3~ mecânica
TC = = 10 + 0,039 n C = 28,72 Nm
PC = TC ⋅ 2π n C = 86617 W
PC = 88385 W
PM =
ηT
s
Pp.J2 = ⋅ Pmec = 3758 W
1- s
O rendimento do motor virá:
PM ⋅100% = 89,2%
ηM =
Pab.M
onde a potência total absorvida pelo motor vale:
Pab.M = PM + P p
= P M + (Pp.J1 + Pp.J2 + Pp.Fe + P p.mec) = 99051 W
P M.n
T M.n = = 3315,7 Nm
2π n M.n /60
de onde a constante k valerá:
TC = 1,6 × 10 ⋅ n
-3 2
[Nm; r/ min ]
T
TMax(U=Un) TC(n)
U=Un
TMax(U<Un)
U<Un
PF2 PF1
n2 ns
nTmax n
TM = 3
p R
⋅ 2⋅
(
U1 / 3 )2
⇒ U1 = 1917,5 V
2π f 1 s ⎛ R 2⎞
2
⎜ R1 + ⎟ + X 2
⎝ s ⎠
O procedimento em estudo é, portanto, praticável, exigindo a aplicação de uma
tensão de alimentação (valor composto) de 1917,5V.
( )
1
T m′ax = T max ( U1 = 1917,5V) = 3 = 2872,7 Nm
2π f 1 2 R12 + X 2 + R1
T m′ax = 0,866
k c′ = k c ( U1 = 1917,5V) =
T M.n
Repare-se que aquele binário máximo é inferior ao próprio binário nominal do
motor (capacidade de sobrecarga mecânica inferior à unidade), sendo só
ligeiramente superior ao binário resistente imposto pela carga. Nesta
circunstância, qualquer perturbação na carga, que levasse a um aumento do
binário resistente (ou mesmo, qualquer perturbação na tensão de alimentação
do motor, que fizesse baixar um pouco mais o seu valor), poderia conduzir à
insuficiência de binário motor e ao aninhamento do motor, com todas as
consequências que daí poderiam advir, quer para o motor, quer para o próprio
accionamento.
U (V)
Variação de velocidade a
Variação de velocidade a
“binário constante”
“potência constante”
Un
U=Un ; f variável
b U/ f = Const.
U = af + b
fn f (Hz)
Fig.15 Variação da velocidade de um motor de indução trifásico por variação
da frequência: relação entre a frequência e a tensão de alimentação.
f = fn
f < fn TC(n)
T1 PF1
T2 PF2
X ′ = f 1 ⋅ X = 2,99 Ω
fn
T M ≅Tel = 3
p R
⋅ 2⋅
(
U1 / 3 )
2
2π f 1 s ⎛ 2
R2 ⎞ ⎛ f 1 ⎞
2
⎜ R1 + ⎟ + ⎜ X ⎟
⎝ s ⎠ ⎝fn ⎠
T M = TC = 2702,3 Nm
n - n f 1 /p - 1300/60
s= s =
ns f 1 /p
U1 U 3300
= const. = n = V/Hz
f1 fn 50
A sua resolução conjunta ─ trata-se de um sistema de equações não-linear
que exige solução numérica ─ permite determinar a tensão e a frequência
com que terá de ser alimentado o motor, bem como a velocidade de
sincronismo e o deslizamento com que o mesmo funcionará:
U1 = 2953,5 V
f 1 = 49,75 Hz
n s = 1342,5 r/ min
s = 3,2 %
Finalmente, continuando a seguir o procedimento habitual, é ainda possível
determinar os seguintes dados que caracterizam, complementarmente, o
funcionamento do motor nas condições de alimentação agora previstas:
I1 ≅ I 2 = 76,9 A
cos ϕ ≅ cosϕ 2 = 0.99 (i) !!
η M = 93,9%
T m ′ax = 8315,2 Nm
k c′ = 251%
Todos os outros casos exigirão uma análise mais apurada, atendendo aos
critérios já referidos e não esquecendo que, além das duas técnicas aqui
Z
G
U 1 ; f1 3~ U 2 ; f2
n Energia activa
M
▬
a) sn = 4,13%
fr.n = 2,07 Hz
TMax = 180 N.m ⇒ Capacidade de carga mecânica: KC = TMax/Tn = 246,4%
In = Pab.n/(√3⋅Uncosϕn)
Regime nominal ⇒ f.c. = 1 ⇒ (caract´s): cosϕn = 0,9 (i); ηn = 90%
Pab.n = Pu/ηn = 12222 W
Em conclusão:
O ponto de funcionamento do motor, sob os pontos de vista mecânico e
eléctrico, é bom (f.c. = 75,2%; In = 16,6 A; cosϕ ≅ 0,84 (i); η ≅ 90%).
O arranque:
Motor: Tad = 150 N.m ⇒ TM = Ta(Y-D) = Tad/3 = 50 N.m.
Carga:TR = T’C (n=0) = 17,48 N.m
TM > TR ⇒ O arranque decorre sem problemas!
Em conclusão:
R0 = 313,4 Ω (“inclui” as pmec)
Xm = 31,5 Ω
R1 = 0,40 Ω
R2 = 0,48 Ω
X = X1+X2 = 1,37 Ω