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Docente
Professor adjunto António Cerejo
Maio de 2023
Índice geral
1. Introdução .............................................................................................................. 1
1.1 Enquadramento............................................................................................... 1
1.2 Objetivos ......................................................................................................... 3
2. Descrição da Central Fotovoltaica .......................................................................... 3
2.1 Localização e descrição geral .......................................................................... 3
2.2 Descrição Geral do projeto ............................................................................. 4
2.3 Características Gerais de Equipamentos e Infraestruturas............................. 5
2.3.1 Produção de energia em corrente contínua ............................................... 5
2.3.2 Instalação elétrica de média tensão .......................................................... 10
2.3.3 Sistema de Segurança e Monitorização .................................................... 13
2.3.4 Detecção de intrusão ................................................................................. 14
2.3.5 Sistema Automático de Detecção de Incêndio ......................................... 14
2.3.6 Caminhos e vedação .................................................................................. 14
Bibliografia ..................................................................................................................... 16
II
Índice de figuras
Figura 1.1 -Peso dos diferentes tipos de energia renovável nos paises da europa ........ 1
Figura 1.2 – Evolução da Produção por região em GWh (2012-2021) ............................ 3
Figura 2.1 – Vista global da central fotovoltaica (Fonte: google earth) .......................... 4
Figura 2.3 – Vista aérea da central fotovoltaica .............................................................. 6
Figura 2.4 – Inversor SMA SC 900 CP XT .......................................................................... 7
Figura 2.5 – Mesa de suporte de painéis fotovoltaicos (fixa ao solo com recurso a
parafuso)................................................................................................................................ 8
Figura 2.6 – Parafuso de fixação da mesa ao solo ........................................................... 9
Figura 2.6 – Vista aérea da subestação e edifício de comando .................................... 12
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Lista de tabelas
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Central Fotovoltaica Riccardo Totta - Alcoutim
1. Introdução
1.1 Enquadramento
Portugal tem a maior insolação anual de toda a Europa, com valores 70% superiores aos
verificados na Alemanha sendo o custo da eletricidade produzida em condições idênticas
40% menor em Portugal. Contudo, verifica-se que a peso da energia fotovoltaica em
Portugal é inferior à média europeia (Figura1.1) sendo necessário existir uma aposta no
desenvolvimento desse sector.
Figura 1.1 -Peso dos diferentes tipos de energia renovável nos paises da europa
(Fonte: https://www.dgeg.gov.pt/media/5fjpfuk1/dgeg-arr-2021-12_v2.pdf)
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Central Fotovoltaica Riccardo Totta - Alcoutim
1.2 Objetivos
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LEER - Eficiência e Racionalização Energética
A Central Fotovoltaica Riccardo Totta tem uma potência instalada de 219 MW, sendo a
maior atualmente a operar em Portugal e uma das maiores da Europa.
É promovida pela WElink Energy/Solara4 em parceria com a China Triumph
International Engineering Company (CTIEC).
Com um investimento previsto de 200 milhões de euros, a obra acabou por custar 170
milhões de euros, tendo criado 500 postos de trabalho no pico da construção; e 15 a 20
nesta fase de operação.
Comparativamente, a Central Fotovoltaica Riccardo Totta é cerca de cinco vezes
superior à Central da Amareleja, que em 2008 era a maior central solar do mundo.
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LEER - Eficiência e Racionalização Energética
Inicialmente previsto para 800 hectares no estudo de impacto ambiental, o parque solar
ocupa apenas uma área descontínua de 320 hectares, mantendo grandes áreas livres e
corredores verdes entre os 661.500 painéis instalados (Figura2.3). Esses irão gerar 382
GWh de energia, tendo e capacidade para abastecer 200 mil habitações, o que corresponde
a uma redução de 326 mil toneladas de emissões de dióxido de carbono por ano. Essa
contribuição é fundamental para que Portugal alcance as metas de energias renováveis
previstas no Programa Nacional de Energia e Clima 2030 (PNEC 2030).
2.3.1.3 Inversor
O inversor é um equipamento elétrico que tem como função a conversão da corrente
contínua proveniente dos painéis solares, em corrente alternada.
A operação que o inversor realiza é totalmente autónoma. Quando existir radiação solar
suficiente, e os painéis gerarem uma corrente suficiente para atingir os limites de entrada
do inversor, a unidade de regulação e controle do equipamento, inicia a supervisão da
tensão e frequência do lado da rede.
Sempre que os parâmetros de rede estiverem de acordo com os requisitos de ligação à
rede, e houver radiação solar suficiente o inversor inicia o processo de injeção de energia
elétrica na RESP.
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Central Fotovoltaica Riccardo Totta - Alcoutim
O inversor procura trabalhar sempre na zona de máxima potência dos painéis solares
fotovoltaicos, que está diretamente relacionada com a radiação incidente. Esta função
denomina-se MPPT (Maximum Power Point Tracker) ou seguimento de PMP (Ponto de
Máxima Potência) e executa-a com uma precisão muito elevada.
Ao anoitecer, a energia disponível, já não está nos limites mínimos para a injeção na
rede, pelo que o inversor se desliga completamente da rede e suspende a sua operação,
até ao dia seguinte.
No projeto foram considerados aparelhos centralizados com potência nominal de 990
kW do fabricante SMA, do tipo SC 900 CP XT.
A monitorização dos dados de corrente, tensão, radiação e temperatura, e produção
global é feita através de sistema próprio de controlo e recolha de dados existente nas caixas
de reagrupamento, bem como em sensores de radiação e temperatura e sistema de
comunicação existente nos inversores.
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LEER - Eficiência e Racionalização Energética
Figura 2.4 – Mesa de suporte de painéis fotovoltaicos (fixa ao solo com recurso a parafuso)
A fixação das mesas ao solo foi efetuada com recurso a um parafuso metálico, sem
recurso a betonagem (Figura 2.6).
A inclinação de cada mesa foi aferida “in situ”, com recurso a equipamento laser, no
sentido de otimizar a produção fotovoltaica. As mesas terão uma altura máxima de 3m,
variando a sua inclinação consoante o declive do terreno, ou seja, para terrenos mais
declivosos menor o grau de inclinação.
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Central Fotovoltaica Riccardo Totta - Alcoutim
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LEER - Eficiência e Racionalização Energética
consegue-se limitar a tensão que em relação à terra possa apresentar as massas metálicas,
e consegue-se uma descarga à terra de por exemplo descargas de origem atmosférica. A
esta mesma terra são ligadas as massas metálicas da parte alternada (fundamentalmente
o inversor).
Assim sendo, realizou-se uma ligação á terra, ligando-se diretamente as estruturas de
suporte do gerador fotovoltaico, módulos e borne de ligação à terra do inversor. A secção
do condutor de proteção é no mínimo igual à do condutor da fase correspondente.
É importante referir que a terra de toda a instalação é única, ou seja, as terras de
proteção de todo o parque fotovoltaico e as terras de proteção do posto de transformação
bem como do posto de interligação/seccionamento, não são independentes.
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Central Fotovoltaica Riccardo Totta - Alcoutim
Existe um Quadro de MT para 30 kV, que protege e secciona cada PT face à rede de MT
de interligação com os restantes PT desse mesmo ramal e por sua vez com o monobloco
da Subestação Principal.
Cada PT tem as dimensões 6200 x 5800 mm, a base e as paredes são pré-fabricadas em
betão armado com malha electro soldada de aço, montada em mesa vibratória. Esta base
dispõem de orifício para a entrada e saída de cabos MT e BT, e na zona imediatamente
inferior da posição do transformador foi colocada uma cuba de recolha de óleo. A cuba de
recolha de óleo faz parte da própria conceção do posto estando dimensionado para
recolher no seu interior todo o óleo de transformador sem que este se derrame. Sobre a
cuba existe uma placa corta-fogo, de aço galvanizado, perfurada e coberta de gravilha.
O pavimento é constituído por um elemento plano pré-fabricado de betão armado,
montado sobre a parede frontal e sobre os suportes metálicos em U que constituem as
caleiras. Sobre estes elementos foram colocadas as celas de AT, Quadro de BT e restantes
elementos do PT. Neste pavimento existem orifícios que permitem a passagem de cabos
para as celas e para os quadros elétricos. A parte central dispõe de tampas que permitem
o acesso à galeria de cabos.
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LEER - Eficiência e Racionalização Energética
abertura inequívoca do órgão de corte a montante e colocação das respetivas facas à terra,
por intermédio de encravamento elétrico e mecânico por fechadura e chave.
O transformador de potência, é trifásico, refrigeração natural, em banho de óleo
mineral. A tecnologia empregada foi de enchimento integral a fim de conseguir uma
degradação mínima do óleo por oxidação e absorção de humidade, assim como umas
dimensões reduzidas da máquina e uma manutenção mínima.
2.3.2.4 Subestação
A tecnologia implementada na Subestação, em todos os níveis de tensão, é de tipo
convencional, consistindo na utilização de aparelhagem exterior e isolamento a ar.
A subestação compreende painéis 400 kV, 60 kV e 30 kV, permitindo a interligação da
Central à Rede de Transporte de Energia propriedade da REN, cujos transformadores de
potência estão localizados no parque exterior da aparelhagem, contígua ao edifício de
comando, onde estão incluídos, os painéis de transformadores de 400/60 kV e de 60/30 kV
e o painel de saída da linha de 400 kV, de ligação à subestação de Tavira, onde foi
construído um painel para a receção da energia, à tensão de serviço de 400kV, interligado
com a rede explorada pela REN – Redes Energéticas Nacionais, SA.
A subestação, está localizada num espaço a céu aberto, implantando-se em área
adjacente ao edifício de comando e ocupa uma área aproximada de 2 700 m2 (Figura 2.6).
Aqui estão localizados os maciços das fundações das estruturas de suporte dos
equipamentos, fossas dos transformadores e respetivos depósitos de recolha de óleos,
bem como as caleiras de cabos. O pavimento é revestido com uma camada de gravilha,
com 5 cm de espessura.
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Bibliografia
Joyce, A... [et.al.] - O fotovoltaico em Portugal : recente evolução. In: Revista Renováveis
Magazine, 2019, Nº 39, p. 24-26
https://www.dgeg.gov.pt/media/5fjpfuk1/dgeg-arr-2021-12_v2.pdf
https://siaia.apambiente.pt/AIA1.aspx?ID=2827
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