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GERAÇÃO DISTRIBUÍDA, MEDIÇÃO E TARIFAÇÃO

Andrey Guilherme Pires


Graduando em Engenharia Elétrica
Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS

Ederson Carlos Ronda


Graduando em Engenharia Elétrica
Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS

Fábio Castro Soares


Graduando em Engenharia Elétrica
Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS

Herbert Gomes Fernandes


Graduando em Engenharia Elétrica
Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS

Igor Tainã Ferreira


Graduando em Engenharia Elétrica
Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS

João Pedro da Silva Reis


Graduando em Engenharia Elétrica
Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS

João Victor Rodrigues de Araújo


Graduando em Engenharia Elétrica
Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS

Leandro José
Graduando em Engenharia Elétrica
Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS

Marcos Adriano
Graduando em Engenharia Elétrica
Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS

Paulo Sérgio Silva Ferreira


Graduando em Engenharia Elétrica
Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS

Pedro Henrique Souza de Jesus


Graduando em Engenharia Elétrica
Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS
Thiago Cavalcante Gonçalves
Graduando em Engenharia Elétrica
Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS

Thiago Pereira Bonfim


Graduando em Engenharia Elétrica
Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS

Vinicius Fernandes Araújo


Graduando em Engenharia Elétrica
Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS

Orientador: Jair Antônio Longo Júnior


Mestre em Engenharia Elétrica pela
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP/FEIS
Docente das Faculdades Integradas de Três Lagoas – FITL/AEMS

RESUMO

O intuito desse trabalho é demonstrar o conceito de geração distribuída e sua aplicação dentro dos
tópicos medição e tarifação, mostrar suas principais características, e apresentar de forma didática
alguns procedimentos dos tópicos relacionados, para que fique claro o entendimento de sua
aplicação. A geração distribuída no Brasil teve início a partir da resolução 482 da ANEEL que tornou
possível a geração de energia pelo próprio consumidor a partir de recursos naturais, com as unidades
geradoras próximas as unidades consumidoras. Após o consumidor-gerador ter descontado o seu
próprio consumo, recebe um crédito na sua conta pelo saldo positivo de energia gerada e inserida na
rede (compensação), sempre que existir saldo positivo, o consumidor recebe um crédito em energia
(kWh) na próxima fatura e terá até 60 meses para utilizá-lo. O sistema de medição deve atender às
mesmas especificações exigidas para unidades consumidoras conectadas no mesmo nível de tensão
da microgeração ou minigeração distribuída, acrescido da funcionalidade de medição bidirecional de
energia elétrica, instrumento capaz de ler e registrar a corrente nos dois sentidos. O Serviço Energia
Elétrica é essencial no dia a dia da sociedade, seja nas residências ou nos diversos segmentos da
economia. Dentro da crescente demanda e limitação na capacidade em disponibilizar energia, a
aplicação da geração distribuída pode ser a chave para estabilidade na geração, melhora na qualidade
da energia e independência dos consumidores.

PALAVRAS-CHAVE: Geração Distribuída; Micro e Mineração; Medição; Tarifação.

1 INTRODUÇÃO

Sem dúvida nenhuma a energia elétrica é de suma importância para


sociedade, já que dependemos dela para inúmeras situações, mas pode não ser do
conhecimento de todos a nossa matriz energética e suas limitações frente ao aumento
da demanda. Diante disto, o desafio proposto aqui é levar conhecimento e demonstrar
como podemos contribuir para o nosso próprio consumo tendo como suporte a
concessionária local. Logo, este trabalho tem como objetivo apresentar alguns
aspectos que envolve esse contexto da energia elétrica, tal como geração distribuída,
medição e tarifação.
No capítulo 4 demonstramos o conceito de geração distribuída, que de forma
resumida, é caracterizada pela instalação de geradores de pequeno porte,
normalmente a partir de fontes renováveis ou mesmo utilizando combustíveis fósseis,
localizados próximos aos centros de consumo. A partir de abril de 2012, a ANEEL em
uma atualização da resolução 482, criou o sistema de compensação de energia
elétrica, onde o excedente gerado e fornecido ao sistema interligado gera créditos ao
titular podendo ser consumido tais créditos em outras unidades consumidoras de
mesma titularidade.
Já no capitulo 5 é demonstrado como funciona o sistema de medição, suas
características, tipos de medidores para cada situação, e um pouco da evolução tendo
como base o conceito de smart grid.
No capítulo 6 é apresentado o sistema de tarifação, como é cobrado a energia
que consumimos, levando em consideração os tipos de consumidores, ressaltando os
tipos de tarifas existentes, entre outros fatores.
Dentro dos tópicos abordados, esperamos fornecer conhecimento suficiente
para implantar uma nova filosofia em nossa cultura, seja como consumidores ou
geradores, de modo que esse conhecimento arraste atitudes positivas e implante valor
em nossa matriz energética atual.

2 OBJETIVOS

O objetivo desse artigo é apresentar determinados aspectos que envolvem a


energia elétrica, nele será tratado os tópicos geração distribuída, medição e tarifação,
mostrar suas principais características, e apresentar de forma didática alguns
procedimentos dos tópicos relacionados, para que fique claro como proceder e
entender a determinadas situações em relação a tal.

3 MATERIAL E MÉTODOS

Este artigo teve como base de pesquisa os Procedimentos de Distribuição -


PRODIST que são documentos elaborados pela Agencia Nacional de Energia Elétrica
- ANEEL e normatizam e padronizam as atividades técnicas relacionadas ao
funcionamento e desempenho dos sistemas de distribuição de energia elétrica. Além
do próprio site da ANEEL e da Elektro.
Através desses meios, elaboramos um sumário e trabalhamos encima dele,
afim de apresentar todas informações necessárias de forma coesa.

4 GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

A geração distribuída pode ser definida como uma fonte de energia elétrica
conectada diretamente à rede de distribuição ou situada no próprio consumidor. No
Brasil, a definição de GD é feita a partir do Artigo 14º do Decreto Lei nº 5.163/2004,
atualizada pelo decreto 786/2017. (PORTAL SOLAR, 2018)
“Considera-se geração distribuída toda produção de energia elétrica
proveniente de agentes concessionários, permissionários ou autorizados (...)
conectados diretamente no sistema elétrico de distribuição do comprador, exceto
aquela proveniente de: hidrelétrico com capacidade instalada superior a 30
MW; termelétrico, inclusive de cogeração, com eficiência energética inferior a 75%.”
(PORTAL SOLAR, 2018).

4.1 A Geração Distribuída No Brasil

A geração distribuída no Brasil tem como base o net metering, no qual o


consumidor-gerador (ou “prosumidor”, palavra derivada do termo em inglês prosumer
– producer and consumer), após descontado o seu próprio consumo, recebe um
crédito na sua conta pelo saldo positivo de energia gerada e inserida na rede (sistema
de compensação de energia). Sempre que existir esse saldo positivo, o consumidor
recebe um crédito em energia (em kWh) na próxima fatura e terá até 60 meses para
utilizá-lo. No entanto, os “prosumidores” não podem comercializar o montante
excedente da energia gerada por GD entre eles. A rede elétrica disponível é utilizada
como backup quando a energia gerada localmente não é suficiente para satisfazer as
necessidades de demanda do “prosumidor” - o que geralmente é o caso para fontes
intermitentes de energia, como a solar. (PORTAL SOLAR, 2018).
4.2 Microgeração e Minigeração Distribuída

A micro e a minigeração distribuída consistem na produção de energia elétrica


a partir de pequenas centrais geradoras que utilizam fontes renováveis de energia
elétrica ou cogeração qualificada, conectadas à rede de distribuição por meio de
instalações de unidades consumidoras. (ANEEL, 2016).
Para efeitos de diferenciação, a microgeração distribuída refere-se a uma
central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75
quilowatts (kW), enquanto que a minigeração distribuída diz respeito às centrais
geradoras com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 3 megawatts
(MW), para a fonte hídrica, ou 5 MW para as demais fontes. (ANEEL, 2016).

4.3 Procedimentos Para Viabilização De Acesso

A seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST estabelece os procedimentos para


acesso de micro e minigeração distribuída ao sistema de distribuição, os quais serão
detalhados a seguir.
Para que a central geradora seja caracterizada como micro ou minigeração
distribuída, são obrigatórias as etapas de solicitação e de parecer de acesso. A
solicitação de acesso é o requerimento formulado pelo acessante (consumidor), e que,
uma vez entregue à acessada (distribuidora), implica a prioridade de atendimento, de
acordo com a ordem cronológica de protocolo. (ANEEL, 2016)
A solicitação de acesso deve conter o Formulário de Solicitação de Acesso
para micro e minigeração distribuída, disponíveis nos Anexos II, III e IV da seção 3.7
do Módulo 3 do PRODIST, determinados em função da potência instalada da geração.
O formulário específico para cada caso deve ser protocolado na distribuidora,
acompanhado dos documentos pertinentes, não cabendo à distribuidora solicitar
documentos adicionais àqueles indicados nos formulários padronizados. (ANEEL,
2016)
Caso a documentação esteja incompleta, a distribuidora deve, imediatamente,
recusar o pedido de acesso e notificar o acessante sobre todas as informações
pendentes, devendo o acessante realizar uma nova solicitação de acesso após a
regularização das pendências identificadas. Em resposta à solicitação de acesso, a
distribuidora deverá emitir o parecer de acesso, que é um documento formal
obrigatório apresentado pela acessada, sem ônus para o acessante, em que são
informadas as condições de acesso e os requisitos técnicos que permitam a conexão
das instalações do acessante com os respectivos prazos. No caso de ser necessária
alguma obra para atendimento, o parecer de acesso deve também apresentar o
orçamento da obra, contendo a memória de cálculo dos custos orçados, do encargo
de responsabilidade da distribuidora e da eventual participação financeira do
consumidor. O prazo máximo para elaboração do parecer é de 15 dias para
microgeração e de 30 dias para minigeração. Esses prazos são dobrados caso haja
necessidade de obras de melhorias ou reforços no sistema de distribuição acessado.
(ANEEL, 2016)
Conforme estabelecido na seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST, o
procedimento de acesso é simples e rápido, assim como os requisitos de proteção
necessários para garantir a segurança das pessoas e a qualidade da energia injetada
na rede.
Deve-se destacar que compete à distribuidora a responsabilidade pela coleta
das informações das unidades geradoras junto aos micro e minigeradores distribuídos
e envio dos dados á ANEEL para fins de registro. (ANEEL, 2016)

Tabela 1. Abaixo, temos um resumo das etapas do processo de solicitação de acesso.


ETAPA AÇÃO RESPONSÁVEL PRAZO

1 Solicitação de (a) Formalização da Acessante


acesso solicitação de acesso, com
o encaminhamento de
documentação, dados e
informações pertinentes,
bem como dos estudos
realizados
(b) Recebimento da Distribuidora
solicitação de acesso.

(c) Solução de pendências Acessante


relativas às informações
solicitadas na Seção 3.7.
2 Parecer de (a) Emissão de parecer com Distribuidora i. Para central geradora
acesso a definição das condições classificada como
de acesso. microgeração distribuída
quando não houver
necessidade de melhoria
ou reforço do sistema de
distribuição, até 15
(quinze) dias após a ação
1(b) ou 1(c). ii. Para central
geradora classificada como
minigeração distribuída,
quando não houver
necessidade de execução
de obras de reforço ou de
ampliação no sistema de
distribuição, até 30 (trinta)
dias após a ação 1(b) ou
1(c). iii. Para central
geradora classificada como
microgeração distribuída,
quando houver
necessidade de execução
de obras de melhoria ou
reforço no sistema de
distribuição, até 30 (trinta)
dias após a ação 1(b) ou
1(c). iv. Para central
geradora classificada como
minigeração distribuída,
quando houver
necessidade de execução
de obras de reforço ou de
ampliação no sistema de
distribuição, até 60
(sessenta) dias após a
ação 1(b) ou 1(c)

3 Implantação da (a) Solicitação de vistoria Acessante Até 120 (cento e vinte) dias
conexão após a ação 2(a)

(b) Realização de vistoria. Distribuidora Até 7 (sete) dias após a


ação 3(a)

(c) Entrega para acessante Distribuidora Até 5 (cinco) dias após a


do Relatório de Vistoria se ação 3(b)
houver pendências.

4 Aprovação do (a) Adequação das Acessante Definido pelo acessante


ponto de conexão condicionantes do Relatório
de Vistoria.
(b) Aprovação do ponto de Distribuidora Até 7 (sete) dias após a
conexão, adequação do ação 3(b), quando não
sistema de medição e início forem encontradas
do sistema de pendências.
compensação de energia,
liberando a microgeração ou
minigeração distribuída para
sua efetiva conexão.
5 Contratos (a) Acordo Operativo ou Acessante e Acordo operativo até a
Relacionamento Distribuidora ação 4 (b),
Operacional Relacionamento
operacional até a ação 2(a
Fonte: Extraído de PRODIST (ANEEL, 2017)

4.4 Sistema de Medição

O sistema de medição deve atender às mesmas especificações exigidas para


unidades consumidoras conectadas no mesmo nível de tensão da microgeração ou
minigeração distribuída, acrescido da funcionalidade de medição bidirecional de
energia elétrica (medição de consumo e de geração). (ANEEL, 2016)
A medição bidirecional pode ser realizada por meio de dois medidores
unidirecionais, um para aferir a energia elétrica ativa consumida e outro para a energia
elétrica ativa gerada, caso seja a alternativa de menor custo ou haja solicitação do
titular da unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída.
(ANEEL, 2016).
A distribuidora é responsável por adquirir e instalar o sistema de medição,
sem custos para o acessante no caso de microgeração distribuída, assim como pela
sua operação e manutenção, incluindo os custos de eventual substituição. (ANEEL,
2016).
No caso de conexão de minigeração distribuída, o acessante é responsável
por ressarcir a distribuidora pelos custos de adequação do sistema de medição, nos
termos da regulamentação específica. (ANEEL, 2016).
Para o caso de conexão de central geradora em unidade consumidora
existente, sem necessidade de aumento da potência disponibilizada, a distribuidora
não pode exigir a adequação do padrão de entrada da unidade consumidora em
função da substituição do sistema de medição existente, exceto se for constatado
descumprimento das normas e padrões técnicos vigentes à época da sua primeira
ligação, ou se houver inviabilidade técnica devidamente comprovada para instalação
do novo sistema de medição no padrão de entrada existente. (ANEEL, 2016).
4.5 Contratação

É dispensável a assinatura dos contratos de uso e conexão na qualidade de


central geradora para os participantes do sistema de compensação de energia
elétrica, sendo suficiente a emissão, pela distribuidora, do relacionamento operacional
para a microgeração, ou a celebração do acordo operativo para minigeração. (ANEEL,
2016).
O acordo operativo deverá ser assinado até a data de aprovação do ponto de
conexão, enquanto o relacionamento operacional deverá ser encaminhado pela
distribuidora ao acessante em anexo ao Parecer de Acesso. (ANEEL, 2016).
Caso sejam necessárias melhorias ou reforços na rede para conexão da
microgeração ou minigeração distribuída, a execução da obra pela distribuidora deve
ser precedida da assinatura de contrato específico com o interessado, no qual devem
estar discriminados as etapas e o prazo de implementação das obras, as condições
de pagamento da eventual participação financeira do consumidor, além de outras
condições vinculadas ao atendimento. (ANEEL, 2016)

4.6 Sistema De Compensação De Energia Elétrica

Uma importante inovação trazida pela Resolução Normativa nº 482/2012 é o


Sistema de Compensação de Energia Elétrica. Esse sistema permite que a energia
excedente gerada pela unidade consumidora com micro ou minigeração seja injetada
na rede da distribuidora, a qual funcionará como uma bateria, armazenando esse
excedente. (ANEEL, 2016).
Quando a energia injetada na rede for maior que a consumida, o consumidor
receberá um crédito em energia (kWh) a ser utilizado para abater o consumo em outro
posto tarifário (para consumidores com tarifa horária) ou na fatura dos meses
subsequentes. Os créditos de energia gerados continuam válidos por 60 meses.
(ANEEL, 2016).
Há ainda a possibilidade de o consumidor utilizar esses créditos em outras
unidades previamente cadastradas dentro da mesma área de concessão e
caracterizada como autoconsumo remoto, geração compartilhada ou integrante de
empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras (condomínios), em local
diferente do ponto de consumo, definidas da seguinte forma:
•Geração compartilhada: caracterizada pela reunião de consumidores, dentro
da mesma área de concessão ou permissão, por meio de consórcio ou cooperativa,
composta por pessoa física ou jurídica, que possua unidade consumidora com
microgeração ou minigeração distribuída em local diferente das unidades
consumidoras nas quais a energia excedente será compensada;
•Autoconsumo remoto: caracterizado por unidades consumidoras de
titularidade de uma mesma Pessoa Jurídica, incluídas matriz e filial, ou Pessoa Física
que possua unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída em
local diferente das unidades consumidoras, dentro da mesma área de concessão ou
permissão, nas quais a energia excedente será compensada;
•Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras (condomínios):
caracterizado pela utilização da energia elétrica de forma independente, no qual cada
fração com uso individualizado constitua uma unidade consumidora e as instalações
para atendimento das áreas de uso comum constituam uma unidade consumidora
distinta, de responsabilidade do condomínio, da administração ou do proprietário do
empreendimento, com microgeração ou minigeração distribuída, e desde que as
unidades consumidoras estejam localizadas em uma mesma propriedade ou em
propriedades contíguas, sendo vedada a utilização de vias públicas, de passagem.
(ANEEL,2016).
Importante ressaltar que, para unidades consumidoras conectadas em baixa
tensão (grupo B), ainda que a energia injetada na rede seja superior ao consumo, será
devido o pagamento referente ao custo de disponibilidade – valor em reais equivalente
a 30 kWh (monofásico), 50 kWh (bifásico) ou 100 kWh (trifásico). De forma análoga,
para os consumidores conectados em alta tensão (grupo A) será devida apenas a
parcela da fatura correspondente à demanda contratada. A figura 1 a seguir mostra o
resumo do sistema de compensação de energia elétrica. (ANEEL, 2016)
Figura 1. Resumo do sistema de compensação de energia elétrica com uma central geradora.

Fonte: Extraído de micro e minigeração distribuida– (ANEEL, 2016).

4.7 Micro e Minigeração Distribuída (Elektro)

Segundo a Elektro qualquer cliente pode gerar sua própria energia elétrica a
partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e fornecer o excedente para a
rede da Elektro em forma de compensação.
Para isso, deverá possuir uma unidade consumidora já ligada ou solicitar uma
ligação nova e instalar a central micro ou minigeradora.

4.7.1 Despesas

Os custos do sistema de medição e de eventuais melhorias ou reforços no


sistema de distribuição em função exclusivamente da conexão de microgeração são
integralmente arcados pela Elektro, exceto para o caso de geração compartilhada.
(ELEKTRO, 2018)
Já os custos de eventuais melhorias ou reforços no sistema de distribuição
em função exclusivamente da conexão de minigeração, assim como a diferença em
relação aos custos da medição tradicional, fazem parte do cálculo da participação
financeira do cliente. (ELEKTRO, 2018)
O cliente, individualmente ou em conjunto, e a administração pública direta ou
indireta podem optar pela execução das obras de extensão de rede, reforço ou
modificação da rede existente. Para as obras de responsabilidade da distribuidora
executadas pelo cliente, a Elektro verificará o menor valor entre: o custo da obra
comprovada pelo cliente; o orçamento entregue pela Elektro e; o encargo de
responsabilidade da distribuidora, nos casos de obras com participação financeira, e
restituirá ao cliente o menor valor verificado, por meio de depósito em conta corrente,
cheque nominal, ordem de pagamento ou crédito na conta de luz, conforme opção do
cliente e no prazo de até 3 (três) meses após a data de aprovação do
comissionamento da obra, recebimento da documentação necessária para a
incorporação e comprovação dos respectivos custos da obra pelo cliente.
(ELEKTRO,2018)

4.7.2 Consulta de acesso

Para fazer uma consulta de acesso, você deverá preencher, assinar e enviar
o formulário ND.64-F-002. Onde conterá Informações iniciais, dados gerais da central
geradora, dados complementares das unidades geradoras, informações técnicas dos
inversores. (ELEKTRO, 2018)

4.7.3 Solicitação de acesso

O cliente interessado em aderir ao sistema de compensação de energia


elétrica deve formalizar à Elektro sua intenção através de solicitação de acesso,
utilizando o formulário de acordo com as características do sistema. (ELEKTRO, 2018)
Além de preencher e assinar é necessário enviar os formulários e documentos
de acordo com a solicitação:
•ND.64-F-001: carta de apresentação do projeto
•ND.64-F-003: solicitação de acesso microgeração distribuída com potência
inferior ou igual a 10 kW
•ND.64-F-004: solicitação de acesso microgeração distribuída com potência
superior a 10 kW
•ND.64-F-005: solicitação de acesso de minigeração distribuída
•Formulário para cadastro de unidades consumidoras participantes do
sistema de compensação
Os formulários preenchidos e documentos listados nos formulários devem ser
enviados para:
•projeto.particular@elektro.com.br nos casos de microgeração, ou
•atendimento.personalizado@elektro.com.br quando minigeração.
A Respeito dos modelos de formulários e documentos necessários, todos
podem ser encontrados no site da Elektro. Os prazos de resposta às solicitações são
os estabelecidos pelo PRODIST (Procedimentos de Distribuição) de acordo com o tipo
de solicitação, você receberá o número do protocolo e com ele poderá acompanhar o
seu pedido. (ELEKTRO, 2018).

4.7.4 Sistema De Faturamento E Compensação De Energia Elétrica De


Micro E Minigeradores

Desde 17 de dezembro de 2012, quando entrou em vigor a Resolução


Normativa nº 482/2012, o cliente pode gerar sua própria energia elétrica a partir de
fontes renováveis ou cogeração qualificada e fornecer o excedente para a rede de
distribuição de sua distribuidora de energia. Sempre que houver excedente de energia
injetada na rede de distribuição da Elektro, o valor correspondente será creditado na
conta de luz como compensação, que pode gerar créditos a serem utilizados para
diminuir a conta de luz dos meses seguintes. (ELEKTRO, 2018).
A compensação a ser creditada ao cliente corresponde à energia injetada no
mês, somado ao saldo de energia injetada nos meses anteriores, limitado à diferença
positiva entre a energia consumida no mês e o custo de disponibilidade do sistema,
conforme Art. 98 da Resolução Normativa nº 414/2010. Caso não haja diferença
positiva entre a energia consumida no mês e o custo de disponibilidade, não haverá
compensação. (ELEKTRO, 2018).
Havendo diferença positiva entre a energia injetada no mês e a energia
consumida no mês, após as devidas compensações, esta ficará acumulada para
utilização nos próximos faturamentos. Estes créditos expirarão 60 (sessenta) meses
após a data do faturamento e serão revertidos em prol da modicidade tarifária sem
que o cliente faça jus a qualquer forma de compensação após esse prazo. O mesmo
ocorrerá com eventuais créditos de energia ativa existentes no momento do
encerramento da relação contratual do consumidor, salvo se, dentro deste prazo,
solicitar a transferência do mesmo para outra unidade consumidora sob sua
titularidade e efetivar a utilização deste. (ELEKTRO, 2018).
Na conta de luz que enviamos ao cliente constará uma mensagem informando
o saldo geral do mês, o saldo acumulado, o saldo à expirar no próximo mês e o
consumo compensado naquele mês. A energia consumida na unidade consumidora
proveniente da rede da Elektro é faturada com base na tarifa homologada pela Aneel,
acrescida dos tributos ICMS, PIS/PASEP e COFINS. (ELEKTRO, 2018).
Complementarmente é creditada na conta de luz o valor referente a energia
injetada na rede, nos termos da Resolução Normativa nº 482/2012, calculado com
base no valor da tarifa homologada pela Aneel sem tributos. (ELEKTRO, 2018).
Em relação à tributação, a cobrança do ICMS sobre qualquer produto ou
serviço obedece ao disposto na Constituição Federal e no Regulamento do ICMS do
Estado de São Paulo e no Decreto 61.439 de 19/08/2015, que estabelece as regras
para a compensação tributária da compensação de micro e minigeração. (ELEKTRO,
2018).
Já para o PIS/COFINS, a lei nº 13.169 de 06/10/2015, estabeleceu a redução
à zero as alíquotas de PIS/COFINS sobre o consumo compensado. (ELEKTRO,
2018).
Importante: sobre a energia gerada e consumida na própria unidade
consumidora, que não seja injetada na rede, não haverá qualquer cobrança, tarifação
ou impostos.
O saldo de energia poderá ser compensado em outra unidade consumidora
de mesma titularidade da geradora, incluindo filiais. Tratando-se de unidade
consumidora geradora em nome de condomínios, consórcios ou cooperativas, este
poderá indicar os respectivos condôminos, consorciados ou cooperados como
beneficiários do sistema de compensação de energia, condicionado a apresentação
de documentação pertinente. (ELEKTRO, 2018)

4.7.5 Legislação Aplicável

Resolução Normativa nº 482/2012


Estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração
distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema de
compensação de energia elétrica, e dá outras providências. (ANEEL, 2012)
Módulo 3 do PRODIST (Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no
Sistema Elétrico Nacional)

A seção 3.7 - acesso de micro e minigeração distribuída, do módulo 3 do


PRODIST, tem como objetivo descrever os procedimentos para acesso de micro e
minigeração distribuída participante do Sistema de Compensação de Energia Elétrica
ao sistema de distribuição. (ANEEL, 2017)

4.7.6 Requisitos Técnicos Da Elektro

ND.64 – Conexão entre microgeração e minigeração distribuída em baixa


tensão e a rede de distribuição

Esta norma estabelece os requisitos técnicos mínimos necessários para a


conexão de Microgeração Distribuída em paralelo com o sistema de distribuição de
energia elétrica em baixa tensão da ELEKTRO e optantes pelo Sistema de
Compensação de Energia Elétrica, conforme estabelecido no Módulo 3 – Seção 3.7 –
Acesso de Microgeração e Minigeração Distribuída, dos Procedimentos de
Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST.
Aplica-se aos projetos de conexão de microgeração distribuída com potência
menor ou igual a 75 kW à rede de distribuição de energia elétrica de baixa tensão, na
área de concessão da ELEKTRO Redes S.A. As diretrizes desta norma deverão ser
aplicadas também para os clientes com microgeração distribuida ligados em média
tensão (transformadores particulares, com potência até 300KVA, na tensão de 13,8kV
ou 34,5kV) com medição em baixa tensão. (ELEKTRO, 2017)

ND.65 – Conexão de geradores em paralelo com o sistema de distribuição de


média tensão

Esta norma tem a finalidade de estabelecer os requisitos técnicos mínimos


necessários para a interligação de sistemas de geração em paralelo com o sistema
de distribuição de média tensão da ELEKTRO, conforme estabelecido no Módulo 3 –
Acesso ao Sistema de Distribuição, Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica
no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST. (ELEKTRO, 2016)
Esta Norma aplica-se a todos os projetos de conexão de geradores para
operação em regime de paralelo momentâneo ou contínuo com a rede de distribuição
de energia elétrica em média tensão na área de concessão da Elektro Eletricidade e
Serviços S.A., com potência de geração superior a 75 kW, ou inferior, caso a proteção
de interligação já seja feita através de disjuntor de média tensão. (ELEKTRO, 2016)

ND.10 – Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária a edificações


individuais

Esta Norma estabelece os requisitos mínimos indispensáveis para ligação de


unidades consumidoras nas redes aéreas de tensão secundária de distribuição
localizadas na área de concessão da ELEKTRO. (ELEKTRO, 2017)
Aplica-se às instalações consumidoras com carga instalada até 75 kW, a
serem ligadas nas redes aéreas de tensão secundária de distribuição, obedecidas às
Normas da ABNT e às legislações vigentes aplicáveis. Em casos de reformas ou
alterações de cargas, esta Norma deve ser aplicada em parte ou no seu todo,
dependendo das condições técnicas e de segurança. As instalações existentes que
seguiram normas anteriores podem ser mantidas, desde que as condições técnicas
permitam. (ELEKTRO, 2017)

4.8 Vantagens E Desvantagens Da Geração Distribuída

Sendo a GD caracterizada como geração descentralizada e localizada


próxima aos centros de carga, esta apresenta vantagens e desvantagens para os
diversos atores envolvidos. Na Tabela 2, podem ser observadas as vantagens e as
desvantagens da GD sob a perspectiva da prestadora de serviço de saneamento, da
sociedade, do meio ambiente e do setor elétrico. (PROBIOGAS ,2017)

Tabela 2: Vantagens e desvantagens da geração distribuída


Do ponto de Vista Vantagens Desvantagens

Prestadora de serviço de Promove a utilização de fonte


saneamento renovável de energia, reduzindo
os impactos ambientais
resultantes de emissões
atmosféricas.
Contribui para a redução de
utilização de combustíveis
fósseis como fonte de energia.
Garante benefícios financeiros
aos investidores das empresas
de saneamento, liberando mais
investimentos em outros setores
da empresa.
Promove segurança no
suprimento elétrico da estação,
reduzindo o risco de paradas e
do cumprimento da legislação.
A eletricidade gerada pela GD
tem menor custo para o
consumidor.
Sociedade Qualidade e confiabilidade Possível variação da tarifa em função
superiores do abastecimento por da taxa de utilização da interconexão.
meio de tecnologias de GD, Possível tempo de amortização
porque seu sistema elétrico não elevado devido ao custo do sistema.
aceita variações de frequência
e/ou tensão.
Aumento da confiabilidade do
suprimento aos consumidores
próximos à geração local, por
adicionar fonte não sujeita a
falhas
na transmissão e distribuição.
A eletricidade gerada pela GD
tem menor custo para o
consumidor.
Contribuição para a
diversificação da matriz
energética, levando
a um maior segurança do
suprimento energético.
Geração de empregos e
estabilidade na produção pela
indústria
nacional, gerando
desenvolvimento econômico.
Meio ambiente Contribuição na redução das
emissões de GEE.
Minimização dos impactos
ambientais, pela redução das
necessidades de grandes
instalações de geração de
cargas e
extensas linhas de transmissão.
Diminuição do uso de fontes de
energia não renováveis.
Possibilidade de melhorar a
eficiência energética.
Setor elétrico A diversidade de investimentos A concessionária a qual vai se
privados gerados pela GD tende conectar um produtor independente
a ampliar o número de agentes pode ser apenas transportadora e
geradores e participantes do não compradora da energia que lhe é
setor elétrico, distribuídos entregue por aquele produtor para um
regionalmente (COGEN, 2013). cliente remoto.
Atendimento mais rápido ao Maior complexidade no planejamento
crescimento da demanda (ou à e na operação do sistema elétrico.
demanda reprimida) por ter um Maior complexidade nos
tempo de implantação inferior ao procedimentos e na realização de
de acréscimos à geração manutenções, inclusive nas medidas
centralizada e reforços das de segurança a serem tomadas e na
respectivas coordenação das atividades.
redes de transmissão e
distribuição.
Diminuição da dependência do
parque gerador despachado
centralizadamente, mantendo
reservas próximas aos centros
de
carga (COGEN, 2013).
Agilização no atendimento ao
crescimento da demanda,
inserindo menor prazo e menor
complexidade no licenciamento
e na liberação para implantação
dos projetos (COGEN, 2013).
Aumento da estabilidade do Possível diminuição do fator de
sistema elétrico, pela existência utilização das instalações das
de concessionárias de distribuição, o que
reservas de geração distribuída tende a aumentar o preço médio de
(INEE, 2001). fornecimento destas.
Redução das perdas na Remuneração de investimentos de
transmissão e dos respectivos concessionárias, decorrentes ou
custos, afetados pela interconexão (INEE,
e adiamento no investimento 2001).
para reforçar o sistema de
transmissão (INEE, 2001).
Redução dos investimentos para
implantação, inclusive os das
concessionárias, para o
suprimento de ponta, dado que
este
passa a ser compartilhado
(peaksharing), e os de todos os
produtores para reservas de
geração (que podem ser
alocadas
em comum) (INEE, 2001).
Redução dos riscos de
planejamento.
O uso de unidades de menor
capacidade propicia o equilíbrio
na busca de melhores taxas
variáveis de crescimento de
demanda, contribuindo na
redução de risco associados a
erros
de planejamento e oscilações de
preços ao sistema elétrico
(WALTER et al., apud OLADE,
2011).
Contribuição para a abertura do
mercado energético, com a
criação de regulamentação
jurídica própria, que pode
representar
uma grande oportunidade
comercial.

Fonte: Extraído de guia técnico sobre a geração distribuída de energia elétrica (PROBIOGAS,2017)

5 MEDIÇÃO

Neste capitulo será tratado os principais tipos e características de medição.

5.1 Medição convencional Média e alta tensão (Grupo A)

Medição de Potência em Médias Tensões Convencionalmente a medição de


potência é feita por medidor de energia de baixa tensão acoplado por TP’s e TC’s. Em
alguns casos usa-se apenas os TC’s e o medidor de energia é instalado após o
transformador da unidade consumidora. Neste caso algum tipo de mecanismo de
compensação de perdas do transformador é usado no faturamento (de Medeiros Filho,
1983). O sistema deve medir tensão e corrente no mesmo instante de tempo, sendo
necessárias mais de 16 amostras por ciclo de rede com conversores analógico-digital
de 12 bits significativos (4096 níveis) e um circuito periférico que permita a medição
com precisão de 0,5% da leitura, segundo ANEEL (2001). A medição é realizada
através de um equipamento que permite a comunicação entre o medidor e a sede da
Elektro. Os dados de leitura do medidor são enviados à sede da Elektro através da
rede celular. Telemedição é a tecnologia que permite que a leitura do medidor seja
feita a distância. A medição é realizada através de um equipamento que permite a
comunicação entre o medidor e a sede da Elektro.Os dados de leitura do medidor são
enviados à sede da Elektro através da rede celular.
A tecnologia está instalada apenas em clientes do Grupo A com tensão de
fornecimento superior a 2,3kV subgrupos:
- A2 (tensão de 88kV a 138kV)
- A3 (tensão 69kV)
- A3a (tensão de 30kV a 44KV)
- A4 (tensão 2,3kV a 25kV)
A telemedição torna o processo de leitura mais seguro e ágil.
Figura 2. Instalação de medidor de energia para média tensão com auxílio de caminhão Munck.

Fonte: Elaborado pelo autor (ELEKTRO,2018)

5.2 Medição convencional Baixa tensão (Grupo B)

Medição grupo B Grupamento composto de unidades consumidoras com


fornecimento em tensão inferior a 2,3 kV, caracterizado pela tarifa monômia. Entende-
se por tarifa monômia aquela que é constituída por valor monetário aplicável
unicamente ao consumo de energia elétrica ativa, obtida pela conjunção da
componente de demanda de potência e de consumo de energia elétrica que compõe
a tarifa binômia. E entende-se por tarifa binômia aquela que é constituída por valores
monetários aplicáveis ao consumo de energia elétrica e à demanda faturável. Esse
grupamento é subdividido nos seguintes subgrupos:
 subgrupo B1 - residencial;
 subgrupo B2 - rural;
 subgrupo B3 - demais classes;
 subgrupo B4 - Iluminação Pública.
5.3 Medidor de Energia Analógico Convencional Baixa tensão (Grupo B)

Figura 3. Medidor de Energia Analógico.

Fonte: Extraído de (CLUBE DO INSTALADOR,2018)

O bendito relógio medidor de energia elétrica é conhecido na forma popular


como relógio de luz e o giro de seus ponteiros causam preocupação nos bolsos dos
brasileiros na atualidade, sua função principal é mensurar os gastos e consumo de
energia de uma edificação ou unidade consumidora. (CLUBE DO INSTALADOR,
2018)
O Medidor de energia elétrica é um dispositivo ou equipamento
eletromecânico provido terminais, blocos de contato, sensores de corrente e tensão,
discos, registrador e mostrador e são instalados em padrões específicos geralmente
instalador na entrada do imóvel para leitura.
Para o princípio básico de funcionamento se dá por eletromagnetismo que por
sua vez aciona o disco de consumo transformando a contagem mecânica ou
eletrônica dos ciclos atingidos, ou seja quanto mais corrente de carga atuando na
bobina eletromagnética maior o efeito de giro mecânico com o consequente aumento
registrado pelo contador. (CLUBE DO INSTALADOR, 2018).

5.4 Medidor de Energia Digital Convencional Baixa tensão (Grupo B)

Os medidores de energia elétrica digitais na realidade possui o mesmo


princípio para os registros de consumo, ou seja possui também a bobina
eletromagnética para tal, o que difere os relógios de luz analógicos para o digital é a
facilidade na leitura, que por sua vez pode ser obtida rapidamente por interfaces e até
de forma remota.
Figura 4. Medidor de Energia Digital.

Fonte: Extraído de (CLUBE DO INSTALADOR,2018)

Todos os medidores utilizados pelas empresas de fornecimento de energia


elétrica obrigatoriamente passam por certificação, homologação e aferimento pelos
órgãos reguladores e fiscalizadores como Inmetro, Aneel, Inpi, entre outros.
Saiba que todo o consumidor pode e deve solicitar uma aferição no seu
medidor sempre que verificar alguma disparidade no consumo ou algum eventual
problema que possa o equipamento sofrer, uma dica para se ter certeza de seu
perfeito funcionamento é desligar a chave geral da unidade consumidora e verificar se
o relógio parou de girar ou piscar o led de pulso. (CLUBE DO INSTALADOR, 2018).

5.5 Medição em Geração Distribuída (Relógio Bidirecional)

Figura 5. Relógio Bidirecional da WEG.

Fonte: Extraído de Medidores Inteligentes de energia (WEG,2014)


O medidor inteligente WEG irá possuir essa comunicação Dual-phy integrada
e estará preparado para se comunicar com a infraestrutura de comunicação Cisco,
líder mundial em Tecnologia da Informação. A solução integra as tecnologias de
radiofrequência – que transmite as informações por meio de rede sem fio (RF MESH
6LowPAN) – e PLC (Power Line Communication) – que utiliza a própria rede elétrica
para transmissão de dados do medidor. O produto dará visibilidade para a AES
Eletropaulo de toda a sua rede de distribuição com informações em tempo real,
permitindo automatização das operações, monitoramento e flexibilidade. (WEG,2014).
Para os consumidores, são inúmeras vantagens. Pelo visor do medidor
inteligente, fornecido pela WEG, os consumidores poderão visualizar diariamente o
consumo de energia, bem como pelo sistema on-line, no site da concessionária. Na
ocorrência de falta de abastecimento, os medidores passarão para o Centro de
Operações da AES Eletropaulo a localização da falha, facilitando identificação e a
rápida correção de problemas na rede de distribuição. Antes do consumidor ligar para
a central de atendimento, a AES Eletropaulo já terá identificado o problema e enviado
um SMS informando a previsão de restabelecimento do fornecimento de energia.
(WEG,2014).

5.6 Comunicação PLC

Conceitos fundamentais sobre as tecnologias PLC (Power Line


Communications), HomePlug e Smart Grid, e é motivado por um crescente interesse
na aplicabilidade das linhas de energia como meio alternativo de propagação de sinais
de comunicação. Com o desenvolvimento da tecnologia PLC, que permite
transmissões de sinais elétricos e de dados em redes de distribuição de energia, surge
mais uma opção de conectividade em banda larga, além dos sistemas existentes,
como wireless, de satélite e cabos coaxiais das operadoras de TV por assinatura.
(DEVMEDIA, 2017).
A tecnologia PLC vem sendo desenvolvida há algum tempo e pode vir a ser
uma alternativa para serviços de banda larga, devido à preexistência do cabeamento
da rede de energia elétrica, além da mobilidade encontrada na implementação de
redes locais, uma vez que cada tomada elétrica pode ser também um ponto de rede,
aproveitando assim o cabeamento elétrico já existente para o tráfego de dados.
(DEVMEDIA, 2017).
O desenvolvimento de novas tecnologias que conseguem atingir altas taxas
de transmissão de dados e melhoram o desempenho das redes propiciou o
aparecimento de diversos padrões de redes com fio, sem fio e sem novos fios, assim
como padrões com redes mistas e padrões proprietários. Nos últimos anos, um grande
esforço tem sido realizado para permitir a viabilidade da rede elétrica para a
transmissão de dados em banda larga. Este esforço inclui o desenvolvimento de
equipamentos para a rede de acesso, tanto em baixa quanto em média tensão, além
de equipamentos para o usuário final, baseado no conceito de “aproveitamento da
rede elétrica” (utilizar ao máximo o potencial do que já foi investido de infraestrutura
para alcançar uma maior abrangência de atendimento). Esta tecnologia é denominada
PLC/BPL (Power Line Communication/Broadband over Power Line Communications),
que tem como objetivo utilizar a rede elétrica para a transmissão de dados em banda
larga. De maneira geral, a figura 6 apresenta uma topologia típica da rede PLC, com
três níveis de rede: a rede de acesso, a rede de distribuição e a rede dos provedores
de serviço (ponto de interconexão com a Internet). (DEVMEDIA, 2017).

Figura 6:Topologia típica da rede PLC, com três níveis de rede.

Fonte: Extraído de (DEVMEDIA,2017)

5.7 Sustentabilidade

Além de inteligência, outra palavra que tem tudo a ver com Smart Grid:
sustentabilidade. Isso porque, uma das novidades nesta nova rede de energia é o
consumidor-produtor. A descentralização da produção de energia é uma das
propostas das redes inteligentes, sendo assim, qualquer um pode produzir energia e
armazenar ou vender o excedente. Muito se fala em energia eólica e solar e estas
formas sustentáveis de produção podem estar na sua casa, contribuindo para que sua
fatura de luz diminua. (DEVMEDIA, 2017).

Figura 7. Apresenta projeto com energia eólica e solar

Fonte: Extraído de (DEVMEDIA,2017)

6 TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

O Serviço Energia Elétrica é essencial no dia a dia da sociedade, seja nas


residências ou nos diversos segmentos da economia.
Para o uso desse bem é necessária a aplicação de tarifas que remunerem o
serviço de forma adequada, que viabilize a estrutura para manter o serviço com
qualidade e que crie incentivos para eficiência.
A tarifa visa assegurar aos prestadores dos serviços receita suficiente para
cobrir custos operacionais eficientes e remunerar investimentos necessários para
expandir a capacidade e garantir o atendimento com qualidade. Os custos e
investimentos repassados às tarifas são calculados pelo órgão regulador, e podem ser
maiores ou menores do que os custos praticados pelas empresas.
6.1 Como é Composta a Tarifa

Para cumprir o compromisso de fornecer energia elétrica com qualidade, a


distribuidora tem custos que devem ser avaliados na definição das tarifas. A tarifa
considera três custos distintos:

Figura 8. Custos de uma tarifa

Fonte: Extraído de (ANELL, 2017)

Além da tarifa, os Governos Federal, Estadual e Municipal cobram na conta


de luz o PIS/COFINS, o ICMS e a Contribuição para Iluminação Pública,
respectivamente. (ANEEL, 2017)
Desde 2004, o valor da energia adquirida das geradoras pelas distribuidoras
passou a ser determinado também em decorrência de leilões públicos. A competição
entre os vendedores contribui para menores preços. (ANEEL, 2017)
O transporte da energia (da geradora à unidade consumidora) é um
monopólio natural, pois a competição nesse segmento não geraria ganhos
econômicos. Por essa razão, a ANEEL atua para que as tarifas sejam compostas por
custos eficientes, que efetivamente se relacionem com os serviços prestados. Este
setor é dividido em dois segmentos, transmissão e distribuição. A transmissão entrega
a energia a distribuidora, a distribuidora por sua vez leva a energia ao usuário final.
(ANEEL, 2017)
Os encargos setoriais e os tributos não são criados pela ANEEL e, sim,
instituídos por leis. Alguns incidem somente sobre o custo da distribuição, enquanto
outros estão embutidos nos custos de geração e de transmissão. (ANEEL, 2017)
Quando a conta chega ao consumidor, ele paga pela compra da energia
(custos do gerador), pela transmissão (custos da transmissora) e pela distribuição
(serviços prestados pela distribuidora), além de encargos setoriais e tributos. (ANEEL,
2017)
Para fins de cálculo tarifário, os custos da distribuidora são classificados em
dois tipos:
- Parcela A: Compra de Energia, transmissão e Encargos Setoriais; e
- Parcela B: Distribuição de Energia.
Conforme se observa no gráfico 1 a seguir, os custos de energia representam
atualmente a maior parcela de custos (53,5%), seguido dos custos com Tributos
(29,5%). A parcela referente aos custos com distribuição, ou seja, o custo para manter
os ativos e operar todo o sistema de distribuição representa apenas 17% dos custos
das tarifas. (ANEEL, 2017).

Gráfico 1. Custos de energia representação atualmente

Fonte: Extraído de (ANELL, 2017)

6.2 Reajuste Tarifário Anual

É um dos mecanismos de atualização do valor da energia paga pelo


consumidor, aplicado anualmente, de acordo com fórmula prevista no contrato de
concessão. Seu objetivo é restabelecer o poder de compra da concessionária. Para
aplicação da fórmula de reajuste são repassadas as variações dos custos de Parcela
A, que são aqueles em que a distribuidora tem pouca ou nenhuma gestão. Por
contrato, são os custos relacionados à compra de energia elétrica para atendimento
de seu mercado, o valor da transmissão dessa energia até a área da distribuidora e
os encargos setoriais. (ANEEL, 2017)
No reajuste, os custos com a atividade de distribuição, esses sob completa
gestão da distribuidora e definidos como Parcela B, são corrigidos pelo índice de
inflação constante no contrato de concessão (IGP-M ou IPCA), deduzido o Fator X.
Os itens de Parcela B são, basicamente, os custos operacionais das distribuidoras e
os custos relacionados aos investimentos por ela realizados, além da quota de
depreciação de seus ativos e a remuneração regulatória, valores que são fixados pela
ANEEL na época da revisão tarifária. O objetivo do Fator X é estimar ganhos de
produtividade da atividade de distribuição e capturá-los em favor da modicidade
tarifária em cada reajuste. (ANEEL, 2017)

Figura 9. Reajuste Tarifário Anual

Fonte: Extraído de (ANEEL,2017)

Os Reajustes acontecem em datas determinadas pelo contrato de concessão

6.3 Revisão Tarifária Periódica

A revisão tarifária periódica também é um dos mecanismos de definição do


valor da energia paga pelo consumidor, sendo realizada a cada quatro anos, em
média, de acordo com o contrato de concessão assinado entre as empresas e o poder
concedente. Na revisão periódica são redefinidos o nível eficiente dos custos
operacionais e a remuneração dos investimentos, a chamada Parcela B. (ANEEL,
2017)
Os custos regulatórios, definidos pela ANEEL e aplicado nos processos de
revisão tarifária, podem ser maiores ou menores do que os custos reais praticados
pela distribuidora. Trata-se da regulação por incentivos, onde os custos regulatórios,
ou seja, o considerado razoável dado certo nível de eficiência, são aplicadas às
revisões tarifárias. Geralmente é aplicado um método de benchmarking, que utiliza
métodos de comparação entre as próprias distribuidoras ou outras referências, tal
como internacionais. (ANEEL, 2017)
A título de ilustração, um método simples de aplicar um custo operacional
regulatório seria avaliar o custo de manutenção por km de rede de todas as
distribuidoras, calcular o valor médio e multiplicar o valor médio pela extensão de rede
de determinada distribuidora. Parte das distribuidoras teria um custo repassado às
tarifas inferior aos praticados, sendo automaticamente penalizadas por sua
ineficiência, parte teria custos regulatórios superiores aos reais, tendo incentivos a
permanecer com seu nível de eficiência operacional. (ANEEL, 2017)
Na prática métodos singelos como ilustrado não atendem aos objetivos da
regulação por incentivos, pois os métodos de comparação demandam maior
complexidade, utilizando múltiplas variáveis e métodos matemáticos mais sofisticados
visando retratar parte mais significativa das características das distribuidoras.
(ANEEL, 2017)
Uma vez definido o valor eficiente dos custos relacionados à atividade de
distribuição, os mesmos serão apenas reajustados (IGP-M menos Fator X) até a
revisão tarifária seguinte, não sendo reavaliados a cada ano. Todas as
concessionárias são incentivadas a reduzirem seus custos e se tornarem mais
eficientes. Na revisão tarifária seguinte, os ganhos de eficiência obtidos pelas
concessionárias são revertidos em prol da modicidade tarifária. (ANEEL, 2017)
Até 2014 as revisões tarifárias eram delimitadas temporalmente por ciclos,
nos quais havia uniformidade de regras. O primeiro ciclo de revisões tarifárias
periódicas aconteceu entre 2003 e 2006, o segundo entre 2007 e 2010 e o terceiro
entre 2011 e 2014. O novo ciclo de revisões tarifárias iniciou-se em 2015. (ANEEL,
2017)
A partir do ano de 2015, acabou-se com o conceito de ciclo tarifário como um
pacote metodológico fechado. Até o ano de 2014, todas as metodologias de definição
da Parcela B eram revistas conjuntamente para serem aplicadas, posteriormente e de
forma uniforme, nas revisões de todas as distribuidoras. Decidiu-se modificar esse
procedimento porque a duração do ciclo tarifário varia de concessionária para
concessionária. Atualmente, a metodologia de cada componente da Parcela B pode
ser revista separadamente. Desse modo, o processo de revisão se torna mais efetivo
e eficaz. (ANEEL, 2017).

Figura 10. Revisão Tarifária Periódica

Fonte: Extraído de (ANEEL,2017)


6.4 Parcela A

A Parcela A envolve os custos incorridos pela distribuidora relacionados às


atividades de geração e transmissão, além de encargos setoriais previstos em
legislação específica. Trata-se de custos cujos montantes e preços, em certa medida,
escapam à vontade ou gestão da distribuidora. (ANELL, 2016).
Os itens que compõe a Parcela A são: Custo de aquisição de energia, custo
com transporte de energia, e encargos setoriais. (ANELL, 2016).

6.5 Parcela B

A Parcela B representa os custos diretamente gerenciáveis pela distribuidora.


São custos próprios da atividade de distribuição que estão sujeitos ao controle ou
influência das práticas gerenciais adotadas pela empresa. (ANELL, 2016)
Para fins de cálculo tarifário, a Parcela B é composta de Custos
Operacionais, Receitas Irrecuperáveis, Remuneração de Capital e Cota de
Depreciação. Além disso, é subtraída da parcela compartilhada de Receitas. (ANELL,
2016)
Os custos de Parcela B são revisados a cada 4 anos, a depender do que
consta do Contrato de Concessão ou Permissão. A esse processo é dado o nome
de Revisão Tarifária. (ANELL, 2016)
No período entre as revisões, a Parcela B é atualizada anualmente pelo índice
de correção monetária constante Contrato de Concessão ou Permissão, subtraído de
um fator de eficiência chamado fator X. Esse processo é chamado de Reajuste
Tarifário. (ANELL, 2016)

6.6 Baixa tensão- Residencial

6.6.1 Bandeiras Tarifárias

Sistema que sinaliza aos consumidores os custos reais da geração de energia


elétrica. O funcionamento é simples: as cores das bandeiras (verde, amarela ou
vermelha) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de
geração de eletricidade. Com as bandeiras, a conta de luz fica mais transparente e o
consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais
consciente. Desde o ano de 2015, as contas de energia passaram a trazer essa
novidade. Cada modalidade apresenta as seguintes características:
Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não
sofre nenhum acréscimo;
Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre
acréscimo de R$ 0,010 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;
Bandeira vermelha - Patamar 1: condições mais custosas de geração. A
tarifa sofre acréscimo de R$ 0,030 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
Bandeira vermelha - Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração.
A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,050 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
(ANEEL, 2017)

Todos os consumidores cativos das distribuidoras serão faturados pelo


Sistema de Bandeiras Tarifárias, com exceção daqueles localizados em sistemas
isolados. (ANEEL, 2017)

Figura 11. Consumidores das distribuidoras serão faturados pelo Sistema de Bandeiras
tarifárias

Fonte: Extraído de (ANEEL, 2017)

A partir de 1º de maio de 2015, o sistema de bandeiras começou a ser aplicado


aos consumidores atendidos pela Amazonas Energia, pois conforme Despacho nº
1.365/2015, a distribuidora passou a fazer parte do SIN. (ANEEL, 2017)
6.6.2 Pré-Pagamento

A modalidade de pré-pagamento e pós-pagamento eletrônico de energia


elétrica foi aprovada pela Resolução Normativa nº 610/2014. De acordo com o texto
aprovado, a adesão do consumidor ao modelo de pré-pagamento é voluntária e sem
ônus. Além disso, depende de uma decisão da distribuidora em oferecer a modalidade
em sua área de concessão. (ANELL, 2016)
O sistema funcionará da seguinte forma: o consumidor recebe um crédito
inicial de 20 kWh, a ser quitado na compra subsequente. Posteriormente, poderá
comprar novos créditos quando quiser e quantas vezes desejar, sendo 5 kWh o
montante mínimo de compra. A venda dependerá da estratégia que a distribuidora
adotar, o que pode ocorrer por meio de agentes credenciados pela distribuidora ou,
inclusive, pela internet. (ANELL, 2016)
A tarifa do pré-pagamento será igual à do pós-pago, no entanto, a distribuidora
poderá conceder descontos por sua conta e risco para incentivar os consumidores a
aderirem à nova modalidade. (ANELL, 2016)

6.6.3 Tarifa Social de Energia Elétrica – TSEE

A Tarifa Social de Energia Elétrica, regulamentada pela Lei nº 12.212, de 20


de janeiro de 2010 e pelo Decreto nº 7.583, de 13 de outubro de 2011, é caracterizada
por descontos incidentes sobre a tarifa aplicável à classe residencial das distribuidoras
de energia elétrica, sendo calculada de modo cumulativo de acordo com a tabela a
seguir:

Tabela 3. Tarifa Social de Descontos


Parcela de Consumo
Desconto
Mensal (PCM)
PCM <= 30 kWh 65%
30 kWh < PCM <= 100
40%
kWh
100 kWh < PCM <= 220
10%
kWh
220 kWh < PCM 0%
Fonte: Extraído de (ANEEL, 2016)
As famílias indígenas e quilombolas inscritas no Cadastro Único que atendam
aos requisitos tem desconto de 100% até o limite de consumo de 50 kWh/mês
(quilowatts-hora por mês). (ANEEL, 2016)
Para ter direito ao benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica
(TSEE), deve ser satisfeito um dos seguintes requisitos:
I – família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo
Federal – Cadastro Único, com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio
salário mínimo nacional.
II – quem receba o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social
– BPC, nos termos dos arts. 20 e 21 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993; ou
III – família inscrita no Cadastro Único com renda mensal de até 3 (três)
salários mínimos, que tenha portador de doença ou deficiência cujo tratamento,
procedimento médico ou terapêutico requeira o uso continuado de aparelhos,
equipamentos ou instrumentos que, para o seu funcionamento, demandem consumo
de energia elétrica.
Para solicitar o benefício um dos integrantes da família deve solicitar à sua
distribuidora de energia elétrica a classificação da unidade consumidora na subclasse
residencial baixa renda, informando:
I– informar nome, CPF e Carteira de Identidade ou, na inexistência desta,
outro documento de identificação oficial com foto, ou ainda, o RANI, no caso de
indígenas;
II– informar o código da unidade consumidora a ser beneficiada;
III– informar o Número de Identificação Social – NIS ou, no caso de
recebimento do Benefício de Prestação Continuada – BPC, o Número do Benefício –
NB; e
IV– apresentar o relatório e atestado subscrito por profissional médico,
somente nos casos de famílias com uso continuado de aparelhos. (ANEEL, 2016)
A distribuidora efetuará consulta ao Cadastro Único ou ao Cadastro do
Benefício da Prestação Continuada para verificar as informações prestadas, sendo
que a última atualização cadastral deve ter ocorrido até dois anos. (ANEEL, 2016)
Maiores informações podem ser obtidas junto à distribuidora local ou, na
ANEEL, pelo telefone 167.
6.6.4 Tarifa Branca

A Tarifa Branca é uma nova opção que sinaliza aos consumidores a variação
do valor da energia conforme o dia e o horário do consumo. Ela é oferecida para as
unidades consumidoras que são atendidas em baixa tensão (127, 220, 380 ou 440
Volts), denominadas de grupo B. (ANEEL, 2017)
Com a Tarifa Branca, o consumidor passa a ter possibilidade de pagar valores
diferentes em função da hora e do dia da semana.
Se o consumidor adotar hábitos que priorizem o uso da energia fora do
período de ponta (aquele com maior demanda de energia na área de concessão),
diminuindo fortemente o consumo neste horário e no intermediário, a opção pela Tarifa
Branca oferece a oportunidade de reduzir o valor pago pela energia consumida.
(ANEEL, 2017)
Nos dias úteis, o valor Tarifa Branca varia em três horários: ponta,
intermediário e fora de ponta. Na ponta e no intermediário, a energia é mais cara. Fora
de ponta, é mais barata. Nos feriados nacionais e nos fins de semana, o valor é
sempre fora de ponta. (ANEEL, 2017)
Os períodos horários de ponta, intermediário e fora de ponta são
homologados pela ANEEL nas revisões tarifárias periódicas de cada
distribuidora, que ocorrem em média a cada quatro anos.

Gráfico 2. Tarifa Branca e Tarifa Convencional comparação

Fonte: Extraído de (ANEEL, 2017)


Antes da criação da Tarifa Branca, havia apenas uma tarifa, a Convencional,
que tem um valor único (em R$/kWh) cobrado pela energia consumida e é igual em
todos os dias, em todas as horas. (ANEEL, 2017)
A Tarifa Branca cria condições que incentivam alguns consumidores a
deslocarem o consumo dos períodos de ponta para aqueles em que a rede de
distribuição de energia elétrica tem capacidade ociosa. (ANEEL, 2017)
É importante que o consumidor, antes de optar pela Tarifa Branca, conheça
seu perfil de consumo e a relação entre a Tarifa Branca e a Convencional. Quanto
mais o consumidor deslocar seu consumo para o período fora de ponta e quanto maior
for a diferença entre essas duas tarifas, maiores serão os benefícios da Tarifa Branca.
Contudo, a Tarifa Branca não é recomendada se o consumo for maior nos
períodos de ponta e intermediário e não houver possibilidade de transferência do uso
dessa energia elétrica para o período fora de ponta. Nesses casos, a Tarifa Branca
pode resultar em uma conta maior: nessa situação, é mais vantajoso continuar na
Tarifa Convencional. (ANEEL, 2017)

6.7 Alta Tensão- Comercial E Industrial

6.7.1 Classes de consumo

As classes de consumo são as diversas classes aplicadas a cada tipo de


consumidor, conforme a Resolução Normativa ANEEL n. 414/2010. (ANEEL, 2016)
As classes com suas respectivas subclasses são definidas como se segue:
Residencial
 Residencial;
o Residencial baixa renda;
o Residencial baixa renda Indígena;
o Residencial baixa renda benefício de prestação continuada da assistência
social;
o Residencial baixa renda multifamiliar.
Industrial

Comercial

 Comercial;
o Serviços de transporte, exceto tração elétrica;
o Serviços de comunicações e telecomunicações;
o Associação e entidades filantrópicas;
o Templos religiosos;
o Administração condominial: iluminação e instalações de uso comum de prédio
ou conjunto de edificações;
o Iluminação em rodovias: solicitada por quem detenha concessão ou
autorização para administração em rodovias;
o Semáforos, radares e câmeras de monitoramento de trânsito, solicitados por
quem detenha concessão ou autorização para controle de trânsito;

Rural

 Agropecuária rural;
o Instalações elétricas de poços de captação de água
o Serviço de bombeamento de água destinada à atividade de irrigação.
 Agropecuária urbana:
 Residencial rural;
 Cooperativa de eletrificação rural;
 Agroindustrial;
 Serviço público de irrigação rural;
 Escola agro técnica: estabelecimento de ensino direcionado à agropecuária;
 Aquicultura.

Poder Público

 Iluminação Pública;
 Serviço Público:
o Tração elétrica;
o Água, esgoto e saneamento;
 Consumo Próprio.
6.7.2 Modalidades tarifárias

As modalidades tarifárias são um conjunto de tarifas aplicáveis às


componentes de consumo de energia elétrica e demanda de potência ativas,
considerando as seguintes modalidades: (ANEEL, 2016)
Azul: aplicada às unidades consumidoras do grupo A, caracterizada por
tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica e de demanda de potência, de
acordo com as horas de utilização do dia. (ANEEL, 2016)
Verde: modalidade tarifária horária verde: aplicada às unidades
consumidoras do grupo A, caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de
energia elétrica, de acordo com as horas de utilização do dia, assim como de uma
única tarifa de demanda de potência. (ANEEL, 2016)
Convencional Binômia: aplicada às unidades consumidoras do grupo A
caracterizada por tarifas de consumo de energia elétrica e demanda de potência,
independentemente das horas de utilização do dia. Esta modalidade será extinta a
partir da revisão tarifária da distribuidora. (ANEEL, 2016)
Convencional Monômia: aplicada às unidades consumidoras do grupo B,
caracterizada por tarifas de consumo de energia elétrica, independentemente das
horas de utilização do dia. (ANEEL, 2016)
Branca: aplicada às unidades consumidoras do grupo B, exceto para o
subgrupo B4 e para as subclasses Baixa Renda do subgrupo B1, caracterizada por
tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo com as horas de
utilização do dia. (ANEEL, 2016)

6.7.3 Desconto

Além da tarifa social, existem outros descontos praticados na tarifa de energia


elétrica, são eles:
 Gerador e consumidor de fonte incentiva;
 Atividade de irrigação e aquicultura em horário especial;
 Agente de distribuição com mercado próprio inferior a 500 GWh/ano;
 Serviço público de água, esgoto e saneamento;
 Classe rural; subclasse cooperativa de eletrificação rural; e
 Subclasse de serviço público de irrigação.
Até o começo da vigência da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, esses
descontos eram arcados pelos próprios consumidores das concessionárias,
configurando-se como um subsídio cruzado. As concessionárias tinham as suas
tarifas majoradas para compensar os descontos concedidos apenas em sua própria
área de concessão. Com isso o impacto tarifário dependia do tamanho dos mercados
subsidiados e subsidiastes. A partir da inclusão dessa finalidade na CDE, todos os
consumidores do SIN passaram a contribuir com o rateio dos subsídios tarifários,
independentemente do mercado subsidiado da área de concessão onde o consumidor
está localizado.
A tabela 4 a seguir apresenta os percentuais de descontos vigentes, e a sua
incidência nas tarifas de uso e de energia:

Tabela 4: Os percentuais de descontos vigentes, e a sua incidência nas tarifas de uso e de


energia

Fonte: Extraído de (ANELL, 2017)


6.7.4 Postos Tarifários

Os postos tarifários são definidos para permitir a contratação e o faturamento


da energia e da demanda de potência diferenciada ao longo do dia, conforme as
diversas modalidades tarifárias. A regulamentação consta na Resolução Normativa
ANEEL - REN nº 414/2010:
 Horário de ponta refere-se ao período composto por 3 (três) horas
diárias consecutivas definidas pela distribuidora considerando a curva de carga de
seu sistema elétrico, aprovado pela ANEEL para toda a área de concessão, com
exceção feita aos sábados, domingos, e feriados nacionais. (ANEEL, 2016)
 Horário fora de ponta refere-se ao período composto pelo conjunto
das horas diárias consecutivas e complementares àquelas definidas no horário de
ponta e intermediário (no caso da Tarifa Branca). (ANEEL, 2016)
 O horário intermediário refere-se ao período de uma hora anterior e
posterior ao horário de ponta, aplicado exclusivamente as unidades tarifárias
pertencentes à tarifa branca. (ANEEL, 2016)
Existe também o horário reservado aplicado ao consumidor irrigante, período
do dia, normalmente na madrugada, em que a carga destinada à irrigação ou
aquicultura recebe um desconto na tarifa de acordo com a região em que se localiza
e o grupo tarifário a que pertence. Esta regulamentação está na REN nº 414/2010, art.
107, 108 e 109; (ANEEL, 2016)

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho feito foi satisfatório, o objetivo foi cumprido, o conhecimento


adquirido foi relevante, esses temas estão presentes em nossos cotidianos, obtivemos
diversas informações que ainda não tínhamos conhecimento. A importância de se
buscar conhecimento de algo tão relevante é essencial para o aprendizado e
desenvolvimento de futuros trabalhos.
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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