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CARLOS AUGUSTO FERREIRA FINCO

SISTEMA DE MEDIÇÃO CENTRALIZADA (SMC) NO


COMBATE AS PERDAS DE ENERGIA

Campo Grande
2017
CARLOS AUGUSTO FERREIRA FINCO

SISTEMA DE MEDIÇÃO CENTRALIZADA (SMC) NO


COMBATE AS PERDAS DE ENERGIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à instituição CENTRO UNIVERSITÁRIO
ANHANGUERA, como requisito parcial para
obtenção do título graduado em Engenharia de
Controle e Automação.

Orientador: Prof (ª). Roseli Defassio

CAMPO GRANDE

2017
CARLOS AUGUSTO FERREIRA FINCO

SISTEMA DE MEDIÇÃO CENTRALIZADA (SMC) NO


COMBATE AS PERDAS DE ENERGIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à instituição CENTRO UNIVERSITÁRIO
ANHANGUERA, como requisito parcial para
obtenção do título graduado em Engenharia de
Controle e Automação.

BANCA EXAMINADORA

Prof (ª). Gustavo Pires

Mestre em Engenharia Elétrica

Prof (ª). Lucas Nathan Oberger

Especialista

Prof (ª). Ricardo Batista Rosa Junior

Mestre em Engenharia Elétrica

Campo Grande, 04 de Dezembro de 2017


4

Agradeço em primeiro lugar a Deus


por sempre me guiar e me dar essa
oportunidade única na minha vida,
Dedico este trabalho a minha
esposa, Tamires Buzetti Barbosa
Finco, minha maior incentivadora e
minha base para chegar até aqui.
Obrigada!
5

FINCO, Carlos Augusto Ferreira. Sistema de Medição Centralizada (SMC) no


Combate as Perdas. 2017. Total de 38 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Engenharia de Controle e Automação) – Centro Universitário
Anhanguera, Campo Grande, 2017.

RESUMO

A presente revisão literária irá abordar os conceitos relativos à perda de


energia, e a tecnologia para o combate conhecida como (SMC) Sistema de
Medição Centralizada suas definições e funcionalidade, como também suas
vantagens e desvantagens. O tema escolhido foi definido, pois os prejuízos que
as concessionárias distribuidoras de energia elétrica têm com relação às
perdas de energia afeta não só as empresas como seus clientes também. Para
que o trabalho fosse realizado, foram buscados livros, na internet, palestras,
artigos de seminários, dissertação e teses que trataram do tema SMC. Com
esse estudo foi possível conhecer os pontos positivos onde seu retorno foi
considerado superior aos pontos negativos ao mesmo tempo um investimento
de valor elevado que se torna mais viável em áreas com grande índice de
perdas de energia. Palavras-chaves: Perdas de energia; Sistema de medição
centralizada; Medição remota; Combate às perdas.
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FINCO, Carlos Augusto Ferreira. Sistema de Medição Centralizada (SMC) no


Combate as Perdas. 2017. Total de 38 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Engenharia de Controle e Automação) – Centro Universitário
Anhanguera, Campo Grande, 2017.

ABSTRACT

This literary review will address the concepts regarding energy loss, and the
technology for combat known as (SMC) Centralized Measurement System its
definitions and functionality, as well as its advantages and disadvantages. The
chosen theme was defined, since the losses that the electricity distribution
concessionaires have in relation to energy losses affects not only the
companies but also their customers. For the work to be done, books, on the
Internet, lectures, seminar articles, dissertations and theses dealing with the
SMC theme were searched. With this study it was possible to know the positive
points where their return was considered superior to the negative points at the
same time a high value investment that becomes more feasible in areas with
high energy loss index. Keywords: Energy losses; Centralized measurement
system; Remote measurement; Combating losses.
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................8

2. PERDAS NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO......................................................10

2.1 PERDAS TÉCNICAS................................................................................... ...11

2.2 PERDAS NÃO TÉCNICAS ................................................................................................... 11

2.3 FURTOS E FRAUDE DE ENERGIA ................................................................................ 13

2.3.1 Imagens de furtos de energia: ................................................................. 14

2.3.2 Imagens fraudes de energia: ................................................................... 16

3. MODELOS ATUAIS UTILIZADOS NO COMBATE ÀS PERDAS............18

3.1 SUBSTITUIÇÕES DE MEDIDORES ............................................................................... 18

3.2 CAMPANHAS.............................................................................................................................. 18

3.3 INSPEÇÕES ................................................................................................................................ 20

3.4 SISTEMAS INEGRADO DE MEDIÇÃO.......................................................................... 21

4. SISTEMA DE MEDIÇÃO CENTRALIZADA................................................22

4.1 CARASTERÍSTICAS ESPECÍFICAS............................................................................... 23

4.1.2 CP – Concentrador Primário ................................................................... 24

4.1.3 CS – Concentrador Secundário ............................................................... 25

4.1.4 Módulos de Medição ............................................................................... 27

4.1.5 Terminal de Leitura ................................................................................. 28

4.1.6 Software .................................................................................................. 28

5. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO SMC.............................................29

5.1 ASPECTOS POSITIVOS NO USO DO SISTEMA DE MEDIÇÃO


CENTALIZADA ................................................................................................................................... 29

5.2 ASPECTOS NEGATIVOS NO USO DO SISTEMA DE MEDIÇÃO


CENTALIZADA ................................................................................................................................... 31

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................34

7. REFERÊNCIAS............................................................................................36
8

1. INTRODUÇÃO
A energia elétrica é basicamente é dividida em três partes, geração onde
pode ser produzidas por usinas hidroelétricas, eólicas, biomassa, etc.;
transmissão que é responsável por conduzir a energia de onde foi gerada até
onde será distribuída e a distribuição têm como função levar energia elétrica
até os clientes, sejam eles indústrias, comerciais, residenciais. Seria
improvável pensar na sociedade sem eletricidade, é um recurso considerado
fundamental e indispensável à população.
Essa energia tem perdas na sua transmissão e na distribuição,
separadas entre perda técnica e perda não técnica. Perda Técnica que são
causadas pelas propriedades físicas dos próprios componentes dos sistemas
elétricos. É parte da energia perdida ou dissipada durante seu transporte que
se dão devido às características, desgastes e aquecimento que podem ocorrer
em de todos componentes que fazem parte do sistema elétrico. Perda não
técnica é causada por problemas relacionados por falta de faturamento da
energia distribuída, seja ele por falha de leitura, falta de acesso aos medidores,
erro ou anomalias de medidores, unidade consumidora sem medição, e a maior
parte que se dão devido a furto ou fraude de energia. Segundo a ANEEL
(Agência Nacional de Energia Elétrica) o furto de energia causa um prejuízo
estimado de 8,1 bilhões de reais aos cofres públicos por ano, e esse impacto é
repassado diretamente na fatura de energia aos consumidores que pagam
corretamente suas faturas.
Fraude no setor elétrico pode ser definida como consumo ilícito de
energia elétrica sem o pagamento devido por aquele que usufrui. Boa parte dos
serviços e produtos comercializados para um grande número de clientes pode
ser de alguma forma fraudado. Serviços que são considerados essenciais,
presente em casas como a “energia elétrica” são fraudados com frequência, o
que impacta diretamente no faturamento da empresa.
Quando estatais os prejuízos financeiros da distribuidora causados pela
perda de energia eram repassados para as tarifas, fazendo com que o
consumidor assumisse esse ônus causado pela ineficiência do sistema, ou
eram assumidas pelo tesouro. Com a privatização do setor elétrico a ANEEL
passou a estabelecer as tarifas de energias em Contratos de Concessão e
então essas perdas passaram a influenciar no lucro das companhias de
9

distribuição que começaram a tratar esse problema com prioridade. A agência


Nacional de Energia Elétrica – ANEEL vem abaixando de forma progressiva os
valores percentuais relativos às perdas de energia repassadas aos
consumidores, obrigando às distribuidoras de energia a tomar ações efetivas
para reduzir as fraudes e inadimplência de seus usuários. Com a finalidade de
atender seus usuários de forma remota, evitando essas perdas de energia o
SMC foi apontado como uma ferramenta tecnológica para concessionárias de
energias.
Com a quantidade de energia elétrica furtada no sistema elétrico de
potencia, o Sistema de Medição Centralizada (SMC) é uma ferramenta eficaz
no combate às perdas de energia elétrica?
O objetivo geral deste trabalho foi estudar o modelo de Sistema de
Medição Centralizada (SMC) como uma ferramenta para o combate a perda de
energia também como um meio de prevenir desvios que ocasionam essas
perdas. Os objetivos específicos são: Compreender a diferença de perdas
técnicas e não técnicas de energia elétrica; Verificar modelos atuais usados no
combate às perdas; Descrever as características técnicas do SMC; Conhecer prós
e contras da implantação do Sistema de Medição Centralizada (SMC).
O tipo de pesquisa realizada neste trabalho foi uma revisão literária. O
Projeto irá abordar os conceitos relativos à perda de energia, e a tecnologias
para o combate conhecida como (SMC) Sistema de Medição Centralizada suas
definições e funcionalidade, como também suas vantagens e desvantagens.
Primeiramente foi necessário entender o que era perda de energia e como isso
ocorria, seu impacto para assim compreender qual era a utilidade do SMC, com
isso foi observado à melhoria no setor de recuperação de energia como
também outros problemas recorrentes em uma distribuidora de energia, em
seguida conhecer outras tecnologia que auxilia, na recuperação de energia e,
por conseguinte entender a suas vantagens e desvantagens. Para que o
trabalho fosse realizado, foram buscados livros, na internet, palestras, artigos
de seminários, dissertação e tese o próprio site da ANEEL. As palavras-chave
utilizadas na busca foram: Perdas Técnicas e não técnica; Sistema de medição
centralizada.
10

2. PERDAS NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO

Bernardes (2011), cita que para melhor entendimento na caracterização


de perdas de energia no sistema de distribuição, são divididas frequentemente
em duas diferentes categorias que é a perda técnica (PT) que acontece nos
equipamentos elétricos de transmissão principalmente linhas e transformadores
de energia. A outra natureza de perda de energia é conhecida como perda não
técnica (PNT) está ligada a ocorrências não previstas no funcionamento do
sistema de energia elétrica, que serão descritas em seguida.
A Agencia Nacional de Energia Elétrica (2015) define perda técnica
como aquelas ligadas ao transporte da energia elétrica da rede de distribuição,
resultante do efeito Joule (aquecimento que faz com que a energia elétrica seja
transformada em energia térmica) em seus condutores. Pode ser denominada
como a energia que se perde pelo consumo ou desgastes nos equipamentos
de distribuição de energia.
Já a perda não técnica é relacionada às outras perdas ligada à
distribuição de energia, provindas da diferença entre as perdas totais e perdas
técnicas. Essas perdas estão associadas aos erros tanto na medição como
também no processo de faturamento, aos furtos de energia, falta de medição
em unidades consumidoras. (ANEEL, 2015).
Para facilitar o entendimento sobre perdas de energia elétrica o fluxo a
seguir exemplifica o momento em que se têm as perdas técnicas e não
técnicas:
11

Figura 1 - Exemplo Simplificado do Cálculo das Perdas de Energia Elétrica

Fonte: ANEEL, 2017

A ANEEL resume o sistema de distribuição em divisões conforme os


segmentos de rede (baixa, média e alta tensão), transformadores, ramais de
ligação e medidores.

2.1 PERDAS TÉCNICAS


As Perdas Técnicas estão ligadas ao efeito Joule quem acontece em
cabos e condutores, relacionados ao estado de conservação dos equipamentos
e diversos elementos que compõem a rede elétrica. (CALILI, 2005)

2.2 PERDAS NÃO TÉCNICAS


Perdas não técnicas também conhecidas como perdas comerciais é
medida pela diferença da somatória da perda global, menos a perda técnica.
Está ligada aos clientes fraudulentos e inadimplentes. (CALILI, 2005).
Algumas estatísticas relevantes referentes às perdas de energia estão
apresentadas nos seguintes gráficos:
12

Gráfico 1: Percentual de Perdas do Sistema Global em 2017

Fonte: ABRADEE, 2017

O primeiro gráfico está relacionado ao percentual de perdas no sistema


global separados pelas distribuidoras de energia que tem os maiores índices de
perda de energia. (ABRADEE, 2017)

Gráfico 2: Percentual de Perdas em Relação à Energia injetada no


Sistema Global das 63 Distribuidoras.

Fonte: ABRADEE, 2017


13

O segundo gráfico coloca o percentual de perdas em relação à energia


injetada no sistema global das 63 distribuidoras, divididos em perdas técnicas e
comerciais. (ABRADEE, 2017)

2.3 FURTOS E FRAUDE DE ENERGIA

A Associação Brasileira de Distribuidora de Energia Elétrica ABRADEE


distingue as perdas comerciais, em geral, como duas principais modalidades:
furto e fraude de energia.
“O furto é caracterizado pelo desvio direto de energia da rede elétrica
das Distribuidoras para o consumidor ilegal, o que faz com a energia seja
utilizada, mas não contabilizada, levando às perdas” (ABRADEE, 2017).
A fraude de energia é quando os consumidores de energia embora
registrado na concessionária de energia adultere o funcionamento dos
equipamentos de medição fazendo com que o registro do consumo ou
demanda de energia seja menor que o consumido, ou seja, esses
consumidores pagam apenas uma fração (menor parte) do consumo mensal
devido a essa fraude. (ABRADEE, 2017).
Segundo a revista Exame (2017) o instituto Acende Brasil estimou que o
furto de energia ocasionasse perda superior a R$ 8 bilhões no ano de 2015, o
equivalente ao consumo do estado de Santa Catarina.
As perdas comerciais são muito complexas por englobar tanto clientes
fraudulentos como os inadimplentes, pois existe relação entre perdas e
inadimplência, uma vez que o cliente com fraude tem sua ligação regularizada
o mesmo pode se tornar inadimplente por ter o valor de sua fatura normalizado
até que seu fornecimento de energia seja suspenso. Após a interrupção do
fornecimento de energia elétrica muitos clientes se tornam clandestinos.
(CALILI, 2005).
14

2.3.1 Imagens de furtos de energia:

Para maior entendimento as figuras a seguir são fotos onde mostram exemplos
do furto de energia, gambiarra e ligação direta na rede.

Figura 2: Exemplo de gambiarra na rede (Gato)

Fonte: Extra/Globo 2016

O Furto de energia é resultado de ligações clandestinas realizadas no


sistema elétrico de potencia, geralmente não são utilizados equipamentos e
materiais adequados para essas ligações elétricas o que pode ser muito
perigoso, além disso, a qualidade de energia também pode ser afetada, pois
essas ligações sobrecarregam os componentes da rede podendo causar falhas
e interrupções no fornecimento. (BENFICA, 2017).
15

Figura 3: Ligação direta na rede de energia

Fonte: ANEEL, 2011

O furto de energia ocorre quando acontece subtração de energia por


meio de uma manipulação externa ao medidor, e podem ser identificadas sem
dificuldades (ROCHA, 2014).
16

2.3.2 Imagens fraudes de energia:

A seguir algumas fotos de modelos de fraude de energia, disco travado e


desvio no padrão ou mureta.

Figura 4: Fraude de Energia, disco travado.

Fonte: Acessa 2011

O disco de energia travado serve para que a energia gasta não seja
computada devido ao bloqueio do disco de registro.
Conforme Rocha (2014) a fraude de energia ocorre através de
manipulação no medidor ou padrão e que para que seja identificada essa
fraude seja necessária uma análise detalhada pelos técnicos de fiscalização.
17

Figura 6: Fraude de Energia, desvio no padrão.

Fonte: News, 2011.

Com esse desvio que é realizada nos fios que saem do padrão, a
unidade consumidora consegue cosumir uma quantidade X de energia (energia
vinda da rede), porém o medidor de energia registra apenas uma parte da
energia consumida, ou seja, o consumidor não paga pelo consumo real de sua
unidade consumidora.

As causas mais expressivas de perda de energia elétrica são as


fraudes na medição por intervenção humana, provocando avaria ao
medidor de energia elétrica, ocasionando registro de consumo a
menor, ou nenhum registro; os desvios antes da medição, fazendo
com que a energia elétrica chegue à unidade consumidora, sem
passar pelos circuitos do medidor, podendo ocasionar registro do
consumo a menor ou nenhum registro; os furtos de energia elétrica
através de ligações clandestinas, fazendo com que a unidade
consumidora, seja abastecida do fornecimento à revelia da
concessionária, nesse caso, todo o consumo de energia da unidade
não será alvo de faturamento. (ALVES, 2016, on-line).
18

3. MODELOS ATUAIS UTILIZADOS NO COMBATE ÀS PERDAS.

Conforme Penin (2008) todas as empresas de distribuição de energia


brasileira em menor ou maior grau fizeram investimentos com o objetivo de
combater as perdas comerciais por se tratar de um problema que atinge a
rentabilidade dessas concessionárias, uma vez que através de furtos e fraudes,
erros de faturamento e defeitos em medidores seu faturamento é prejudicado.

3.1 SUBSTITUIÇÕES DE MEDIDORES

Os medidores de energia estão divididos em dois grupos são eles:


eletromecânicos e eletrônicos, na nota técnica 044/2010 a ANEEL conclui que
“a implantação de medição eletrônica constitui uma oportunidade de
modernizar a infraestrutura de medição em baixa tensão”, em outro momento
cita benefícios na utilização desses medidores “verifica-se potenciais benefícios
relacionados à melhoria da qualidade do fornecimento de energia... ao combate
as perdas e a eficiência energética”.
A substituição de medidores engloba tanto a substituição por vida útil
ultrapassada ou com prováveis falhas técnicas, como também a troca de lotes
avaliados através de amostragem em campo e testes e análises de medidores
retirados em campo. (RAMOS, 2014)

3.2 CAMPANHAS

Dentre as estratégias criadas para recuperação de energia e receita o


combate à inadimplência com programas e diferentes modalidades vem sendo
ampliados como negociação de débitos recorrente de faturas vencidas,
telecobrança, suspensão de fornecimento, inscrição em serviços de proteção
ao crédito, visando sempre alcançar um maior numero de recebimento após
negociação o que assegura a estratégia. (FRITZEN, 2011)
19

Figura 7: Propaganda no site da concessionária incentivando a negociação de


contas em atraso

Fonte: Energisa, 2017.

A Figura 07 apresenta uma propaganda encontrada no site de uma


companhia distribuidora de energia em que oferece condições especiais para a
negociação de fatura em atraso, incentivando os clientes com débitos negociar
e ficar em dia com suas contas.
Ramos (2014) cita a elaboração de políticas comerciais compreende
atendimento aos consumidores com esclarecimentos, negociações como
também orientações sobre consumo de energia, como uma forma de
conscientização dos clientes.
Penin (2008) complementa com campanhas de marketing como forma
de prevenção na perda de energia onde essas evidenciam o cunho criminal da
fraude ou furto, mostrando punições aplicadas aos clientes que cometem tal
crime.
20

Figura 8: Campanha de conscientização utilizada para redução em furto


de energia.

Fonte: Radio Progresso, 2017.

A figura 8 representa uma campanha de conscientização para a redução


do furto de energia, alertando que é um crime inafiançável com pena de um a
oito anos de prisão, informando ainda o numero para disk denuncia.

3.3 INSPEÇÕES

Dias (2006) cita que a principal forma de combate às perdas não


técnicas são as inspeções nas unidades consumidoras. Nessas inspeções
equipes de fiscalizações realiza uma vistoria em certos consumidores
investigando prováveis fraudes ou falhas.
Segundo Ramos (2014) “Programas de inspeção: consiste na verificação
da integridade do sistema de medição, detectando falhas nos equipamentos,
fraudes e desvios de energia, erros de ligação e outros problemas que possam
comprometer a medição de energia elétrica”.
Penin (2008) menciona ainda o apoio da equipe de leitura no
apontamento de irregularidades, uma vez que essa faz leitura mensalmente
nas unidades consumidoras e ao se deparar com irregularidades e encaminha
21

para as equipes de inspeção que vai até o local realizar a auditoria para
constatar a fraude, para isso reforça o treinamento de leituristas para a
observação de alguns itens, como por exemplo: auto religação, quebra de
lacres, interligação clandestina, entre outros.

3.4 SISTEMAS INEGRADO DE MEDIÇÃO

Eller (2003) cita um sistema de medição desenvolvido pelo Centro de


Pesquisa da Eletrobrás (CEPEL) que pode se reume em uma caixa fixada no
poste que por meio de ondas de rádio, consegue monitorar e controlar a
distancia. Eller aponta como beneficio a medição de forma eletrônica, leitura
automática, desconexão e religamento remoto, redução de perdas com
fraudadores, redução de irregularidade, como também a redução de perdas
com inadimplentes entre outros.
Sobre medição inteligente e integrada, esse acesso de forma remota
Ramos (2015) considera que:

Mais informações elétricas, que possibilitam conhecer melhor o


comportamento dos consumidores, alem do consumo em tempo real,
são coletadas através de sensores nos medidores de energia e
transmitidas para as concessionárias com determinada periodicidade,
o que é um avanço para a medição, mas sem inserir o conceito de
aprendizado ou o de reconhecimento de padrões de fraude, para uma
tomada de decisão de forma autônoma. (RAMOS, 2015, on-line)

Pelo fato de grande parte das fraudes serem realizadas nas


proximidades do medidor, uma medida que tem uma efetividade contra a
fraude de energia é o posicionamento do medidor no poste em uma caixa
blindada, com isso torna-se mais complicado sua adulteração. Deste modo se
faz necessário o uso de um display com comunicação central para a realização
da leitura de modo automático, assim a distribuidora de energia através de
sensores na tampa dessa caixa pode monitorar tentativa de adulteração.
(PAULINO, 2006)
Penin (2008) também afirma que com a medição remota as empresas
puderam assim alocar os medidores de energia no alto do poste e realizando a
leitura via telemetria, evitando o acesso do consumidor, dificultando assim a
fraude, cita também que é por meio da tecnologia GPRS que é possível realizar
corte e religação direto da central da empresa.
22

4. SISTEMA DE MEDIÇÃO CENTRALIZADA

Na resolução normativa Nº 414 (2012, p.9) a ANEEL define Sistema de


Medição Centralizada como “sistema que agrega módulos eletrônicos
destinados à medição individualizada de energia elétrica, desempenhando as
funções de concentração, processamento e indicação das informações de
consumo de forma centralizada”.
Nagamine (2011) afirma que o conceito principal de medição
centralizada é a particularização de medição do consumo juntamente com a
centralização de informação de consumo, possibilitando a utilização em comum
de partes e proporcionando uma redução no espaço físico significativo.
O CEPEL (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica) pioneiro no
desenvolvimento de medição de energia elétrica, cita como conceito
fundamental de medição centralizado a preservação do consumo de energia
com medição individualizada associada à centralização de dados de consumo,
possibilitando o compartilhamento de um mesmo equipamento, resultando
também numa em uma redução de espaço físico significativa. (ALVARENGA,
2008)
A Elster (2015) fabricante de medidores enfatiza que o SMC possibilita
que as distribuidoras de energia acesse de forma remota o ponto a ser medido
para desliga-lo ou religa-lo, sem que tenha a necessidade da locomoção de
equipes, como também alarmes disponíveis no próprio sistema. Como
vantagem destaca a redução de custo operacional dessas distribuidoras,
reduzindo em até 90% as perdas de energia, pois contribui para dificultar ou
impossibilitar fraudes além de possibilitar acesso aos medidores que antes
havia dificuldades.
23

4.1 CARASTERÍSTICAS ESPECÍFICAS

O SMC é composto por medidores de energia eletrônicos agrupados,


conforme a quantidade de consumidores presente no dispositivo, conhecido
por concentrador secundário (CS). No dispositivo existe um modulo eletrônico
que tem como função o armazenamento do consumo de cada consumidor de
forma individualizada, este fica ligado ao concentrador primário (CP), dessa
forma os comandos do CS é realizado através do CP responsável pelas
medições. (NAGAMINE, 2011)

A imagem a seguir mostra o circuito do sistema de medição centralizada


e a localização da instalação de seus componentes de uma forma visual para
entendimento

Figura 09: Circuito do sistema de medição centralizada

Fonte: NAGAMINE, 2011.

A Figura 09 mostra o circuito do SMC e local onde são alocados seus


componentes de uma forma visual para entendimento.
24

4.1.2 CP – Concentrador Primário

O concentrador primário também conhecido como concentrador principal


tem como função coletar os dados dos concentradores secundários
pertencentes ao circuito em que está alocado, dessa forma todas as
informações pertencentes e medidas dos consumidores da área, e
consequentemente realizar o repasse ao Centro de Medição. (COPEL, 2014).
Na norma Nº NIT-DIGEL-010 (Mai, 2015) o INMETRO cita a seguinte
frase sobre o concentrador primário “Unidade responsável pela transmissão
das informações de consumo de energia elétrica, coletadas dos
concentradores secundários, à concessionária”. Dessa forma além de fazer a
interface entra o concentrador secundário o CP faz o armazenamento dos
dados coletados das unidades consumidoras e enviar instantaneamente ao
centro de medição.
Nagamine (2011) resume “O concentrador primário é o gateway que faz
a interface de comunicação entre diversos CS (Concentrador Secundário) e o
Centro de Medição”. Ou seja, o CP é o componente de medição inteligente que
tem a responsabilidade de fazer a comunicação entre o centro de medição
onde ficam os operadores da concessionária, e os concentradores secundários
gerenciados por ele.
A seguir imagem do concentrador primário:
25

Figura 10: Concentrador Primário

Fonte: Nagamine, 2011

4.1.3 CS – Concentrador Secundário

Segundo Inmetro (2012) o concentrador secundário realiza a medição do


consumo de energia, processa e transmite essas informações ao concentrador
primário e ao consumidor final, para isso na composição do CS existem
módulos de medição, processamento (CPU) e comunicação.
26

A caixa CS também contém uma UCP – Unidade Central de


Processamento, que é responsável pela coleta de dados de leitura,
execução do corte, religação, alarmes de status da medição e
detecção de abertura ilegal da tampa da caixa. Acoplada à UCP há
um radio, 24 que faz a comunicação entre as caixas. Esta
comunicação entre as CS, que pode ser RF, forma o circuito de
comunicação, no qual uma CS transmite a outra, dados. Estes dados
são concentrados em outro dispositivo centralizador do sistema,
denominado Concentrador Primário (CP), que recebe informações,
realiza o processamento dos dados e comunica com o CCM, através
de tecnologia GSM/GPRS. (SILVA, 2014, on-line)

De acordo com a Copel (2014) a função do concentrador secundário


além de concentrar todos os medidores do circuito, realiza a gestão e recebe
os dados dos medidores instalados no seu espaço interno e faz o repasse para
o CP.
Segue abaixo imagem do concentrador secundário:

Figura 11: Concentrador Secundário

Fonte: Nagamine, 2011


27

4.1.4 Módulos de Medição

Para Inmetro (2012) os módulos de medições são responsáveis por


medições de energia ativa, apresentam algumas características técnicas como:
de forma combinadas poder ser utilizadas em formatos monofásicos podendo
efetuar a medição de energia de até 12 unidades de consumidores e da forma
polifásicos onde pode ser feita a medição atreves de um conjunto de dois ou
três módulos de medição.
A seguir uma imagem de um concentrador de medição secundário com
12 módulos.

Figura 12: Doze módulos dentro de um concentrador secundário de


medição

Fonte: Kup, 2015


28

4.1.5 Terminal de Leitura

Nas palavras de Nagamine (2011) o terminal de leitura remota se


resume em um dispositivo que “permite ao consumidor ver a leitura de seu
consumo próximo a sua casa”.
O dispositivo mostrado é um elemento que tem como função a
comunicação com o medidor respectivo e por meio do CS apresenta o
consumo acumulado ao cliente. (COPEL, 2014)
Abaixo segue uma imagem de um modelo de terminal de leitura
individual, alocado nas residências.

Figura 13: Terminal de leitura individual

Fonte: Kup, 2015

4.1.6 Software

Nas palavras de Nagamine (2011) “O Software de Gerenciamento


permite uma interface amigável e segura. Permite a integração com os diversos
Sistemas Ligados da distribuidora.”.
29

5. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO SMC

Novas tecnologias surgem para melhorar algum tipo de processo, os


sistemas de medições eletrônicos juntamente com inovações tecnológicas e de
comunicação podem oferecer vantagens para consumidores, concessionárias
distribuidoras de energia e órgão regulador, porém com suas vantagens
também vem argumentos que podem ser usado contra essa tecnologia.
Buscou-se neste capitulo informações relevantes relacionadas aos
pontos positivos e negativos no uso do sistema de medição centralizada
(SMC).

5.1 ASPECTOS POSITIVOS NO USO DO SISTEMA DE MEDIÇÃO


CENTALIZADA

Franco; Debatin; Nascimento (2011) citam resultados positivos às


concessionárias sendo eles: Diminuição de erros de medição/leitura; leitura de
forma remota rápida e precisa; controle maior da inadimplência; corte e
religação de forma remota; facilidade em oferecer serviços como energia pré-
paga, tarifa diferenciada; Aumento da produtividade operacional tendo em vista
que uma mesma equipe atenderá um numero maior de consumidores. Para os
consumidores melhora: Erros de leitura; espera para religação de energia (em
caso de corte por inadimplência); informações que os façam entender seu perfil
de cliente com consumo diário; opção de conta com pré-pagamento; segurança
por não ter a necessidade de permitir acesso à residência para a realização de
leituras.
Paulino (2006) complementa as vantagens de um sistema de automação
da medição de energia estão relacionadas ao combate a fraudes, diminuição
da demanda no horário de pico, leitura em locais de acesso difícil, além dos já
citados anteriormente.
A externalização dos medidores contribuiu como uma ferramenta de
redução de perdas não técnicas para as distribuidoras, dado que os medidores
foram instalados nos postes de energia, e essa energia consumida passou a
ser medida antes da entrega ao consumidor, o que dificultou ações
30

fraudulentas que antes ocorria quando os equipamentos eram alocados nas


residências. (LEMOS, 2010)
Esse sistema possibilita que a concessionária tenha diversas
possibilidades de ganhos entre eles: melhora da qualidade de atendimento;
eficiência operacional; confiança nos dados adquiridos; atenuação de picos de
consumo, eficiência energética, diminuição das perdas técnicas e não técnicas.
(SILVA; SOUZA; FILHO, 2016).
Outros pontos são citados por Nagamine (2011) como a redução de
erros de leituras realizados por leituristas, um faturamento mais ágil, a leitura
de forma remota sem a necessidade de pessoal em campo, redução das
perdas por furtos nos medidores, redução de custos operacionais com
desligamento e religação.
Nas palavras de Vaz (2012) “A introdução ao SMC constitui uma
estratégia confiável de combate às perdas e de desenvolvimento sustentável
para as concessionárias já que a mensuração do consumo ocorre de forma
sensata e eficiente, beneficia todas as partes interessadas”. Cita ainda que é
possível para concessionária reduzir os custos com a detecção de furtos,
eliminar gastos com medição manual, e reduzir custos com inadimplentes pela
interrupção do fornecimento ou a religação a distancia. Para os clientes
menciona a qualidade do fornecimento, impede quedas de energia e oscilações
na rede, reduz o tempo de atendimento.
Lamin (2009) aponta benefícios ao consumidor como economia nas
faturas devido ao controle (programa de gestão de demanda); faturamento
preciso e detalhes nas informações; conta justa devido à diminuição do
subsidio vindo da diminuição das perdas; uma energia de qualidade. Ao
sistema elétrico: deslocamento de pico de demanda para períodos fora de
ponta (para isso tarifas horárias devem estar ativas). E as distribuidoras a
vantagem dos medidores eletrônicos aumentarem o acesso às informações
proporcionando dados para eficiência energética, comando da rede, controle
da demanda; leitura, parametrização e atuação remota; controle de perdas;
qualidade da energia elétrica; ofertar novos serviços vindos de funções que
permitem alternar de forma remota parâmetros do medidor. Esse sistema
possibilita também a aplicação de novas tarifas, asseguram que os
consumidores sejam cobrados pelo seu consumo real, ainda pode possibilitar
31

que os clientes tenham acesso a informações precisa que os permitem que


controle seu consumo de maneira eficaz.
Penin (2008) completa esses benefícios citando a diminuição de clientes
cortados por inadimplência e com isso uma melhora no índice de arrecadação,
como também a redução do debito por consumidor e do numero médio de dias
de dívida ou atraso, e finaliza com a melhora nos indicadores de qualidade
DEC e FEC.
Kup (2015) menciona como vantagem a extinção do processo de leitura,
redução da inadimplência, eliminação de custos com corte e religa,
multitarifação, pois isso permite varias modalidades de contratos de
fornecimento, identificação de furtos e fraudes nos medidores, como também a
ferramenta de cobranças em unidades de difícil acesso ou uso temporário.

5.2 ASPECTOS NEGATIVOS NO USO DO SISTEMA DE MEDIÇÃO


CENTALIZADA

Apesar dos sistemas de automação da medição de energia elétrica


trazer benefícios, tanto para os consumidores quanto para a
concessionária, o numero de consumidores atendidos por medidores
eletrônicos ou sistemas automatizados de medição e faturamento
ainda é desprezível se comparado ao numero total de consumidores
residenciais no país. Este cenário de baixa automação se deve
basicamente aos seguintes fatores:

 O Custo da leitura manual é relativamente baixo, sendo


estimado em R$ 0,50 por ponto de medição [10], totalizando
um gasto de R$ 60,00 em um período de dez anos, o que
restringe o valor do investimento em automação se for
considerada somente a eliminação da leitura manual.
 Na maior parte das residências o consumo é inferior a 200
kWh por mês [11] e desta forma, a receita obtida a partir da
venda de energia para estes consumidores é relativamente
baixa, o que restringe os investimentos em automação.
PAULINO (2006)
32

Zambon (2001) cita impactos relacionados ao uso desse sistema


associados às pessoas, nos processos, nas atividades e na estrutura
organizacional. A introdução dessa tecnologia muda significativamente os
processos da forma que são conduzidos, afeta a forma de trabalho das
pessoas, reduz a necessidade de volumosa utilização de mão de obra e exige
um amplo investimento.
Na nota técnica 044/2010 a ANEEL cita no item 76 que não é possível
estimar os benefícios tangíveis por ter um relevante grau de incerteza
associado, desta forma os custos e as vantagens econômicas só podem ser
mensurados após uma implantação do projeto em uma escala apropriada.
Ainda que se tente estimar a quantidade de perdas não técnicas que seria
possível reduzir, é preciso verificar a demanda em horário de pico, consumo de
energia ativa e reativa, qualidade do serviço, ou seja, os valores estariam
repletos de incerteza o que leva a não ter uma conclusão definitiva a respeito
do tema.
O Inmetro (2009) menciona um ponto muito relevante na instalação do
SMC, em suas palavras “Ainda que fosse possível... garantir a medição de
energia elétrica consumida, as empresas não lograriam êxito na cobrança do
serviço pela pobreza extrema de algumas regiões”, ou seja, usar o estudo
como meio de acabar com a inadimplência pode não ser tão proveitoso
levando em consideração clientes de regiões carentes.
Ainda por se tratar de uma tecnologia moderna para os clientes, grande
partes ainda não confiam nas leituras realizadas por esse tipo de tecnologia, ou
seja, haverá sempre resistência por parte dos consumidores até que apresente
alguma vantagem para o mesmo. Outro fato que faça com que os
consumidores não se sintam a vontade com essa nova tecnologia é a facilidade
que a distribuidora de energia terá em realizar os cortes, ou seja, os clientes
que estão acostumados a deixar suas faturas atrasadas terão seu fornecimento
de energia suspenso de forma mais eficiente do que da forma tradicional.
(NICOLAU, 2013).
Para Kup (2015) outro problema é a forma como esses dados coletados
são transmitidos ao sistema da concessionária, pois no caso dessa
transmissão ocorrer pelas redes de comunicação publica como celular, por
exemplo, pode apresentar riscos de segurança, devido a isso o INMETRO tem
33

trabalhado para garantir a segurança dos dados transmitidos através do


SDMEE. Já na forma social os consumidores se veem com medo de aumentar
a conta de energia, insegurança na forma como é feita essa leitura, medo do
aumento da conta, medo de aumentar o desemprego tendo em vista que a
medição de forma centralizada não utiliza a quantidade de pessoal como no
método tradicional.
34

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Espera-se que a realização deste trabalho tenha validade para seus


leitores, pois para a sua realização foi realizada uma vasta pesquisa
bibliográfica em trabalhos, matérias, sites e livros que abordam o assunto
tratado. O volume de informações foi dividido em capítulos que abordavam os
objetivos propostos e originalmente formulados.
No primeiro capitulo foi possível introduzir o assunto a ser tratado, para
que fosse entendido o problema proposto e assim definir os objetivos e com
isso abordar os assuntos que foram considerados necessários para o
desenvolvimento do presente trabalho.
No segundo capitulo foi possível conhecer os tipos de perdas de energia
que acontecem na rede de distribuição com as diferenças específicas das
perdas técnicas (PT) que acontece antes da distribuição para o consumidor
devido ao estado de conservação dos componentes da rede elétrica, como das
perdas não técnicas (PNT) está ligada a energia distribuída e não faturada. Foi
possível também entender a diferença entre furto e fraude de energia que
estão diretamente associadas à perda não técnica, e foram os motivos para
que fossem buscadas tecnologias automatizadas que auxiliam no seu combate.
No capitulo 3 foram explorados alguns dos métodos utilizados no
combate às perdas, com isso foi possível conhecer campanhas, substituição de
medidores antigos por novos, inspeções em campo, sistema integrado de
medição.
No capitulo seguinte foi descrito o Sistema de Medição Centralizada
(SMC) seus componentes eletrônicos e a forma de funcionamento, instalação e
como é feita a medição da energia consumida e repassada a central.
No ultimo capitulo foi possível conhecer as vantagens e desvantagens
da implantação do SMC, como positivo foi possível observar o combate às
perdas de energia, diminuição de erros de faturamento, controle maior da
inadimplência, leitura, corte e religação de forma remota o que diminui custos
operacionais, dentre outros citados no capitulo. Como aspectos negativos
foram percebidos inseguranças por medo de um aumento na fatura de energia,
desemprego devido a não necessidade de mão de obra, a não garantia do
35

controle da inadimplência tendo em vista a pobreza extrema em algumas


regiões.
Esta revisão bibliográfica visou estudar a eficácia da implantação desse
sistema e segundo o que foi apresentado em seu desenvolvimento com suas
funções assim como vantagens e desvantagens do uso dessa ferramenta
apresentados no ultimo capítulo, foi possível conhecer os pontos positivos onde
seu retorno foi considerado superior aos pontos negativos.
A melhoria de parte dos problemas provenientes da perda não técnica
de energia podem ser amenizados e até eliminados com o uso da ferramenta
de Sistema de Medição Centralizada (SMC).

Para trabalhos futuros propõe-se pesquisar as melhorias relevantes


realizadas no projeto inicial de medição centralizada, visando novas
tecnologias possíveis de se implementar, como também métodos que possam
ser utilizados para economia e com isso contribuir para tornar o SMC uma
ferramenta com mais funcionalidades e mais acessível para as concessionárias
distribuidoras de energia.
36

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