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Orientador:
Professor Antônio Marcus Nogueira Lima, Dr.
Co-Orientador:
Professor Maurício Beltrão de Rossiter Corrêa
-ii-
RESUMO
Sistemas fotovoltaicos (FV) podem ser aplicados basicamente em três tipos de
aplicação: sistemas isolados, sistemas conectados com a rede elétrica e bombeamento de
água. Qualquer que seja a aplicação se faz necessário o correto dimensionamento dos
componentes que compõe o arranjo FV, o dimensionamento irá informar para o cliente
o número de placas solares, a área ocupada, a potência instalada, a estimativa de
produção de energia elétrica, o quantitativo de componentes e o custo do
empreendimento.
O projeto de um sistema FV é composto da memória de cálculo e descritiva, das
listas de materiais e os diagramas elétricos (desenhos 2D – 3D e possíveis animações),
bem como o registro nos órgãos competentes. Já as etapas de montagem,
comissionamento e integração ao sistema energético são realizadas após o projeto,
devendo ser bem executadas para o funcionamento correto e eficaz da instalação
elétrica.
Este documento descreve a metodologia proposta para dimensionamento de
sistemas FV conectados com a rede elétrica, informando as características dos
componentes do arranjo FV, a análise técnico-econômica do empreendimento e a
estimativa da produção de energia elétrica ao longo do período de vida do projeto (25
anos). A metodologia proposta foi avaliada para uma rede de distribuição secundário no
dimensionamento de 70 unidades de geração, depois foi realizado um comparativo da
metodologia proposta com aplicativos da internet (aplicativos web) no
dimensionamento de um sistema FV para um consumidor residencial monofásico com
consumo mensal de 300 kWh localizado na cidade de Campina Grande. O
procedimento proposto mostrou-se eficiente e confiável quando comparado com a
estimativa de produção real feita a partir de medições reais de radiação solar do
LEIAM/UFCG Na cidade de Campina Grande. Para o problema de instalações não
padronizadas encontradas no Brasil, sugere-se que seja estudada a criação de um
programa de padronização e certificação das instalações dos arranjos FV ou até mesmo
um selo de certificação e qualidade, a exemplo da construção civil com o Procel Edifica.
-iii-
ABSTRACT
-iv-
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
-v-
LISTA DE TABELAS
-vi-
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
-vii-
INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
ISO International Organization for Standardization
LABVIEW Laboratory Virtual Instrument Engineering Workbench
LABSOLAR Laboratório de Energia Solar da UFSC
LEIAM Laboratório de Eletrônica Industrial e Acionamentos de Maquinas
MATLAB MATrix LABoratory, the MathWorks
MPPT Maximum Power Point Tracking
NASA National Aeronautics and Space Administration
NBR Norma Brasileira
NDU Norma de Distribuição Unificada
NEMA National Electrical Manufacturers Association
NREL USA National Renewable Energy Laboratory
OSF Open Society Foundations
PIS Programa de Integração Social
PR Performance Ratio
PRODIST Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional
® Marca registrada no Brasil
RET Renewable Energy Technology
SAGE Sistema Aberto de Gerenciamento de Energia
SGM Sistema de Gestão de Medições
SEP Sistema Elétrico de Potência
SPDA Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
SPPM Phase-Shifted Pulse Width Modulation
STC Standard Test Conditions (Condições Padrão Para Ensaio)
TD Taxa de Desempenho
TIR Taxa Interna de Retorno do investimento
TM Trade Mark (Marca registrada nos Estados Unidos da América)
WEB World Wide Web
WMO World Meteorological Organization
UFCG Universidade Federal de Campina Grande
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
USB Universal Serial Bus
VPL Valor Presente Líquido
-viii-
LISTA DE SÍMBOLOS
-ix-
SUMÁRIO
Resumo.........................................................................................................................................................iii
Abstract.........................................................................................................................................................iv
Lista de Ilustrações........................................................................................................................................v
Lista de Tabelas............................................................................................................................................vi
Lista de Abreviaturas e Siglas.....................................................................................................................vii
Lista de Símbolos.........................................................................................................................................ix
Sumário..........................................................................................................................................................x
1 Introdução............................................................................................................................................11
1.1 Motivação...................................................................................................................................14
1.2 Objetivos....................................................................................................................................16
1.3 A Rede de Distribuição Estudada..............................................................................................16
1.4 Dados do Local do Projeto.........................................................................................................20
1.5 Organização do Trabalho...........................................................................................................20
2 Descrição do Projeto............................................................................................................................22
2.1 Escopo de Fornecimento e Serviços..........................................................................................22
2.2 Custos do Empreendimento.......................................................................................................24
3 Dimensionamento de Sistemas FV Conectados Com a Rede Elétrica................................................28
3.1 Metodologia Para Dimensionamento de um Sistema FV..........................................................28
3.2 Viabilidade Técnico-Econômica da Instalação de Sistemas FV Conectados a Rede Elétrica...33
3.3 Dimensionamento dos Sistemas FV Para Rede Elétrica Estudada............................................37
3.4 Estimativa da Energia Gerada ao Longo do Período de Vida do Empreendimento..................41
3.5 Comparativo da Estimativa da Produção de Energia Usando a Metodologia Proposta Versus
Aplicativos WEB.....................................................................................................................................50
4 Discussão dos Resultados....................................................................................................................55
5 Considerações Finais...........................................................................................................................58
Referências Bibliográficas...........................................................................................................................61
Anexos.........................................................................................................................................................63
-x-
1 INTRODUÇÃO
-11-
Figura 1.2. Sistemas isolados (off-grid).
Fonte: http://www.neosolar.com.br/
-12-
Figura 1.4. Sistema fotovoltaico conectado à rede detalhado (SOLSTÍCIO ENERGIA, 2013).
-13-
Matéria-prima, utilizada nos módulos, abundante (caso do silício).
1.1 MOTIVAÇÃO
-14-
econômica, viabilidade técnico-econômica, engenharia & desenvolvimento e construção
& comissionamento.
Outro fato de importância neste cenário é o aumento da complexidade do
sistema elétrico, devido às restrições de qualidade, de segurança e ambiental e uma
legislação mais rigorosa, estas últimas são razões fundamentais para o desenvolvimento
de soluções viáveis de gerenciamento da energia injetada pelas novas fontes de energia
descentralizadas para uma operação estável e confiável do sistema como um todo,
minimizando qualquer risco operacional, vindo a prejudicar a concessionária ou o
consumidor. Neste sentido projetar sistemas fotovoltaicos com base na legislação
vigente e na necessidade real do consumidor, estudar os impactos da geração
descentralizada e desenvolver sistemas de gerenciamento da energia gerada resulta em
ganhos econômicos consideráveis tanto para o sistema de distribuição de energia
elétrica como para o consumidor (cliente). Para tal estudo se faz necessário um estudo
de viabilidade técnico-econômico do kWh gerado por cada fonte de energia para
construir a curva de operação (programação) da geração. O sistema de gestão envolve
de maneira geral a operação e controle da energia trafegada no sistema elétrico de
distribuição, as estratégias de controle e as possíveis mudanças que deverão ser
necessárias nos sistemas elétricos para que estes possam suportar a penetração da
geração descentralizada.
O funcionamento eficaz do arranjo FV instalado e do sistema elétrico ao qual o
sistema FV está conectado, depende da qualidade do projeto (dimensionamento e
memória de descrição e de cálculo) e da gestão correta na execução do projeto, o que
equivale dizer que as etapas de engenharia & desenvolvimento e construção &
comissionamento devem ser bem executadas, sempre na busca do princípio da
eficiência da administração pública e/ou privada (Binômio: qualidade nos serviços +
racionalidade de gastos) na execução de seus empreendimentos.
Neste contexto o escopo de um projeto (empreendimento) de geração solar
fotovoltaica (fornecimento e serviços) envolve a seguintes etapas: levantamento de
campo, projeto básico, projeto executivo, fornecimento dos equipamentos para os
sistemas FV, Instalação dos sistemas FV, implantação do sistema de monitoramento
remoto, comissionamento, documentação, treinamento do pessoal (instalação,
manutenção e operação), garantia e monitoramento remoto.
-15-
Com a proliferação em grande escala da geração distribuída, em especial a solar
características desta geração, uma vez que estas diferem da geração centralizada,
1.2 OBJETIVOS
-16-
através de 16 postes. A Figura 1.5 ilustra a localização da rede elétrica de distribuição
secundária da cidade X.
Os dados relativos a essa rede de distribuição foram fornecidos pela
concessionária local aos pesquisadores da UFCG e têm como finalidade auxiliar o
processo de modelagem da rede, validação dos modelos, requisitos a serem atendidos
para implantação da geração fotovoltaica pela unidade consumidora, dimensionamento
dos arranjos FV a serem instalados e o estudo dos possíveis impactos da conexão das 70
unidades de geração distribuída com o sistema elétrico da rede Z. A Tabela 1.1 dispõe
as características gerais da rede de distribuição secundária.
-17-
Conforme ilustrado na Figura 1.6, o lado de alta tensão do transformador de
distribuição está ligado em delta enquanto que seu secundário é ligado em Y aterrado.
Vale salientar que o transformador não é equipado com regulador da tensão e que a
única proteção existente nessa rede é provida por chaves fusíveis localizadas no
primário do transformador e pelos disjuntores localizados nas instalações dos
consumidores. A Tabela 1.2 contém dados típicos referentes a um transformador desse
porte.
O fornecimento de energia é realizado através dos alimentadores aéreos
representando os condutores. Todos os condutores são do tipo de cobre com alma de
aço nu (CAA) com bitolas de 1/2 e 2. A Tabela 1.3 contém dados relativos a esses dois
condutores.
A rede de distribuição é composta em sua grande maioria por consumidores
residenciais e alguns comerciais. Os padrões de atendimento são monofásico (1F + 1N),
bifásico (2F+1N) e trifásico (3F + 1N). Os consumidores estão concentrados ao longo
dos 16 postes. Foram fornecidos dados referentes ao consumo mensal de energia
elétrica de cada consumidor. A partir desses dados pode-se ter uma noção do consumo
em termos percentuais das concentrações dos consumidores por postes para cada uma
das fases (Figura 1.7).
Figura 1.6. Rede de Distribuição Secundária da cidade X: (a) Topologia. (b) Diagrama Unifilar.
-18-
Tabela 1.2. Características do transformador.
Características Gerais
Potência nominal 150 kVA
Número de fases 380V/220V
Tipo Δ–Y
Corrente de excitação máxima 2,6 %
Perdas em vazio 540 W
Perdas totais 2450 W
Tensão de curto-circuito 3,5 %
Tabela 1. 3. Parâmetros dos condutores.
Bitola Diâmetro GMR h d1 d2
Condutor (mm) (mm) (m)
(AWG) (m) (m)
CAA 1/0 1/0 9,0 0.1 0.2
CAA 2/0 2 9,0 0.1 0.2
-19-
consumidores instalados na rede de distribuição apresentam potencialidade para
instalação de um sistema fotovoltaico, já os 36,36% (37 consumidores) restante não
apresentam potencialidade devido ao baixo consumo.
Figura 1.7. Demanda das concentrações de consumidores por postes para cada uma das fases.
-20-
Capítulo 2 – Descrição do que é um projeto de geração de energia solar
fotovoltaica enfocando nos desafios, escopos dos serviços e o custo do empreendimento
(percentual de cada componente no custo total).
Capítulo 3 – Neste Capítulo será apresentado à metodologia de
dimensionamento de um arranjo FV, dando enfoque a estimativa de produção de
energia elétrica do arranjo FV ao longo do seu período de vida (25 anos de vida). Nesta
etapa será feito um comparativo dos principais aplicativos web para dimensionamento
de sistemas FV.
Capítulo 4 – Este Capítulo é dedicado as discussões dos resultados
experimentais e de simulação e as sugestões de padronização e certificação dos
componentes do arranjo FV, da instalação e da manutenção do sistema FV por um
órgão competente (INMETRO - PROCEL).
Capítulo 5 – São expostas as conclusões sobre os resultados obtidos no presente
trabalho, além de propostas de trabalhos futuros.
Por fim apresentam-se as referências bibliográficas utilizadas e os anexos do
documento.
-21-
2 DESCRIÇÃO DO PROJETO
-22-
contempla as etapas de: Levantamento de campo, projeto executivo, fornecimento dos
equipamentos para os sistemas FV, instalação dos sistemas FV, comissionamento,
documentação, treinamento, garantia e monitoramento remoto. Detalhadas como segue:
Etapa 01 - Levantamento de campo: consiste na análise estrutural das residências
onde será instalado o arranjo FV, caso a estrutura da edificação não suporte o arranjo,
deve-se projetar a estrutura para isso; avaliação da energia a ser gerada por cada unidade
de geração, incluindo perdas por sombreamento e orientação.
Etapa 02 - Projeto executivo: consiste na elaboração das plantas elétricas e
arquitetônicas, dimensionamento do arranjo FV e de todos os seus componentes para
aprovação da contratante, projeto do SPDA, geração de ART’s e projeto do sistema de
monitoramento do desempenho, integrado a rede inteligente de comunicação de dados.
Etapa 03 - Fornecimento dos equipamentos para montagem do sistema FV:
composição da lista de material (módulo fotovoltaicos, inversores, cabos, DPS,
disjuntores e proteção, strings, hastes e condutores de aterramento, chaves de conexão,
cabos para interligação de arranjos FV, caixa principal e demais materiais pertinentes) e
as listas de execução (listas de conexões “De - Para”) a serem repassadas para equipe de
montagem (equipe de campo).
Etapa 04 - Montagem dos arranjos FV: esta etapa consiste na montagem
estrutural da cobertura onde ficarão instalados os painéis solares, montagem mecânica
de todos os componentes e instalação elétrica.
Etapa 05 - Instalação do sistema de monitoramento remoto: implantação da
estação meteorológica e instalação do sistema de aquisição e monitoramento do
desempenho do arranjo FV instalado, interligado rede inteligente e estação
meteorológica.
Etapa 06 – Comissionamento: cumprir os requisitos estabelecidos pela norma
internacional (International Electrotechnical Commission - IEC 62446:2009) para
projetos fotovoltaicos, execução e testes de campo e de testes de fábrica (medição da
curva de corrente sobre tensão, medição de potência CA, verificação de pontos quentes
e medições de isolamento de cada string).
Etapa 07 – Documentação: elaboração de diagramas Unifilar e trifilar, registros
fotográficos da obra, laudo estrutural, memórias de cálculo e descritivo, catálogos e
manuais, geração de ART’s e relatórios de comissionamento.
Etapa 08 - Treinamento: esta etapa consiste no treinamento da equipe de campo
sobre operação e manutenção da unidade de geração distribuída, bem como no uso dos
-23-
equipamentos de hardware e software que compõe o sistema de monitoramento remoto
do arranjo FV.
Etapa 09 – Garantia e monitoramento remoto: garantir por meio de índices de
desempenho (por exemplo, Performance Ratio – PR mínimo), operação eficaz da
instalação por 12 meses e do sistema de monitoramento remoto por 11 meses (para
verificação do desempenho).
Na prática a execução destas etapas não é fácil como descritas, surgem
adversidades: gestão do dinheiro, escassez de material, projeto feito no campo, excesso
de trabalho, ensaios realizados várias vezes e desorganização. O que obriga a equipe de
campo a interagir como a equipe do escritório e com a contratante para sanar possíveis
conflitos e entregar o produto final.
A proposta de projeto deve vir bem discriminada os seguintes pontos:
I. Informações sobre:
a) A potência total dos módulos a ser fornecidos em kWp;
b) Potência global incluindo os impostos incidindo sobre o fornecimento de bens
e serviços;
c) Preço global específico e o preço global dividido pela potência (R$/kWp);
II. Detalhamento de preço por item, discriminando impostos;
III. Descrição dos equipamentos utilizados, inclusive com apresentação de
catálogos e manuais técnicos, fabricante, modelo e características dos
equipamentos principais: módulos fotovoltaicos, inversor, sistema de
montagem dos módulos, caixa principal do sistema FV, equipamentos da
estação meteorológica e o sistema de monitoramento remoto, demais
equipamentos e materiais, diagrama unifilar do sistema padrão proposto e
cronograma para implantação do projeto (em geral utiliza-se o gerenciamento
de tarefas por meio do diagrama de Gantt).
-24-
Inversor (es);
Infraestrutura e Serviços.
Segundo Villava e Gazolli (2012) para cada kW instalado necessita-se de 10 m²,
de um investimento de R$ 6.000,00 a R$ 10.000,00 e gera em média 1,3 a 1,5
MWh/ano. Pensando em determinar o preço médio de um arranjo fotovoltaico na região
da Paraíba e do Pernambuco, a equipe de trabalho fez um levantamento dos custos na
referida região. O procedimento seguido pela equipe foi conforme descrito abaixo.
-25-
potência instalada de 1kWp até 1000kWp, para cada valor de potência instalada (ou
faixa de potências) para os diversos fornecedores, foi feito um tratamento matemático
(interpolação linear) para termos um valor médio das potências cotadas.
Tabela 2.1. Cotação de um arranjo fotovoltaico, pesquisa: João Pessoa/PB e Recife/PE.
1 Fornecedor Empresa A Empresa B Empresa C Empresa D
2 Pot. Instalada (Wp) 960,00 1.000,00 1.200,00 960,00
3 R$/Wp 16,5 14,9 12,83 21,35
4 Especificação
5 Módulo 4 4 4 4
6 Área Área A Área B Área C Área D
7 Marca Marca A Marca B Marca B Marca D
8 Potência (W) 240 250 250 250
9 R$ (incl. tax) 1.250 950 975 1.375
10 Inversor 1 1 1 1
11 Marca Inversor A Inversor B Inversor C Inversor D
12 Potência (W) 1.500 1.000 1.200 2.000
13 R$ (incl. tax) 4.500,00 4.000,00 3.500,00 5.000,00
Taxa de Utilização 64% 100% 100% 48%
14 Composição
15 Inversor 4.500,00 4.000,00 3.500,00 5.000,00
16 Módulo 5.000,00 3.800,00 3.900,00 5.500,00
17 Instalação 6.000,00 7.100,00 8.000,00 10.000,00
18 Mao de obra 2.000,00 3.000,00 2.500,00 3.000,00
19 Cabos 1.000,00 1.300,00 2.000,00 3.000,00
20 Painel interliga. Inv. - - - -
21 Conectores 500,00 800,00
22 Fixadores do módulo
23 Suporte 1.500,00 2.000,00 3.500 2.000
24 Eletrocalha
25 Outros
26 Projeto Elétrico 1.000,00
27 Total 15.500,00 14.900,00 15.400,00 20.500,00
Fonte: Autoria própria (2015).
Feitas essas considerações, determinou-se a média das diversas cotações obtidas,
obtendo assim a relação em R$/Wp para cada potência instalada analisada dos módulos,
da instalação, do inversor e do sistema FV como um todo. A Figura de 2.1 ilustra o
percentual que cada componente contribui para formar o custo total do arranjo FV na
região em estudo, em R$/Wp, em função das potências instaladas em kWp.
-26-
Figura 2.1. Custo total decomposto por cada componente que compõe o arranjo – Média das cidades de
João Pessoa/PB e Recife/PE.
-27-
3 DIMENSIONAMENTO DE SISTEMAS FV CONECTADOS COM
A REDE ELÉTRICA
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VI. Dimensionamento dos equipamentos de condicionamento de potência que, no
caso dos sistemas fotovoltaicos conectados com a rede elétrica (Grid Tie), se
restringe ao inversor para interligação com a rede;
VII. Dimensionamento do sistema de armazenamento, usualmente associado aos
sistemas isolados (se for o caso de redes isoladas).
VIII. Estimativa da energia elétrica gerada ao longo do período de vida do
empreendimento;
Como o foco deste documento está no dimensionamento do arranjo FV com
conexão com a rede elétrica, se faz necessário elaborar um roteiro de passos a ser
seguido no projeto de um sistema FV qualquer (Na literatura foi constatado que não
existe um roteiro padrão para projeto, foram encontrados métodos fragmentados, aqui
serão unidos todos os passos em um único roteiro). A metodologia proposta para
dimensionamento de um projeto fotovoltaico (arranjo FV) consiste na execução das
etapas descritas no fluxograma da Figura 3.1. Todas estas etapas poderão não seguir
obrigatoriamente a sequência descrita, mas interagem harmoniosamente para o
dimensionamento do sistema FV evitando retrabalho e perda de recursos.
Figura 3.1. Metodologia para dimensionamento de sistema FV conectado com a rede elétrica.
Vale ressaltar que o HSP depende da inclinação dos painéis, visto que este fato
influencia na irradiação solar captada pelos painéis.
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Etapa 02 – Localização para instalação do arranjo FV: escolher a melhor
superfície (arranjo estrutural) para instalação do arranjo FV, podendo ser em telhados
inclinados ou em estruturas montadas no solo (área destinada para estes fins). Vale
ressaltar que o ângulo de inclinação dos painéis deve ficar entre 30 ° e 45 ° , sendo
interessante que os painéis sejam instalados em estruturas móveis que acompanhem o
movimento do sol ao longo do dia (tais estruturas elevam os custos do
empreendimento). Outro ponto de análise é o sombreamento, devendo ser evitado, pois
compromete diretamente a energia gerada pelo arranjo FV.
∑ Ci
i=1
MA= (3.2)
365
II. Dividir a média diária anual encontrada pelo fator HSP médio anual do local:
calcular o valor de potência a ser instalado dividindo (3.2) por (3.1), logo,
( MA /TD )
P FV ( W P ) = ,(3.3)
HSP
-30-
envolvidas. No Brasil para sistema Grid-Tie residenciais, bem ventilados e não
sombreados o valor de TD está entre 70 e 80% dependendo da região onde está
instalado o arranjo FV (condições de radiação solar no Brasil).
P FV [W ]
nº paineis= (3.4)
Pnominal [W ]
P NCA [W ]
0,75< FDI = <0,85(3.5)
P FV [W ]
ViSPPMmin Vi SPPMmax
< Nº modulosSerie< (3.7)
V mpTmax V mpTmin
-31-
tensão de potência máxima de um modulo FV na maior temperatura de operação
prevista.
I imax
Nº serieParalelo= (3.8)
I sc
-32-
Tomando os dados de medições de irradiação do ano base, as especificações e as
características do sistema fotovoltaico, pode-se calcular o total de energia gerado
durante o período desejado.
-33-
Etapa II – Construção dos fluxos de caixa do empreendimento ao longo dos anos
de vida útil: os fluxos de caixa do empreendimento são construídos em função da
energia produzida pelo arranjo ( FC i=f (E G) ) onde, i=1 , 2 ,3. ..25 é o período em anos,
vale lembrar que o painel fornece apenas 90% da capacidade de produção nos 15
primeiros anos, mesmos usando a técnica de MPPT e 80% da capacidade de produção
para os anos restantes (10 anos considerando 25 anos de vida útil). Para calcular os
fluxos de caixa ( FC i=economia em R $) usar a expressão:
( Economia R $ ) =EG∗Tarifa∗impostos . Vale ressaltar que a tarifa é ajustada para os
valores de inflação do país.
Etapa III – Aplicar os métodos de análise econômica que não consideram a
incerteza: a finalidade desta etapa é avaliar a viabilidade econômica do projeto pelos
principais métodos de avaliação econômica de projetos de investimento sem considerar
a incerteza do mercado (VPL, TIR, Payback e custo/benefícios). Selecionar as propostas
que sejam viáveis e descartar as que não sejam, dentre as propostas viáveis
selecionadas, considerar a que mais gerar renda para o investidor.
Etapa IV – Aplicar os métodos de análise econômica que consideram a
incerteza: a finalidade desta etapa é avaliar a viabilidade econômica do projeto pelos
principais métodos de avaliação econômica de projetos de investimento que consideram
a incerteza do mercado (Simulação de Monte Carlo, análise de sensibilidade, árvore de
decisão e séries temporais). Selecionar as propostas que sejam viáveis e descartar as que
não sejam, dentre as propostas viáveis selecionadas, considerar a que mais gerar renda
para o investidor.
Etapa V – escolha da melhor proposta do ponto de vista econômico: dentre as
propostas candidatas de projeto de investimento escolher a que melhor atenda os
requisitos exigidos pelo investidor e der maior rentabilidade ao empreendedor.
Etapa VI – Modelar o sistema FV e a rede de distribuição em software
especializado ou em plataforma de simulação em tempo real para estudar os possíveis
impactos da inserção da geração distribuída na rede elétrica por meio de simulação. Esta
etapa demanda o acompanhamento de um especialista da área para execução e
acompanhamento dos testes.
Etapa VII – Estudo dos possíveis impactos da penetração da GD na rede elétrica:
por meio das simulações em tempo real, avaliar os índices de harmônicos, distúrbios de
tensão e corrente, assimetrias, obtenção de curvas de demanda no olhar do consumidor e
-34-
no olhar da concessionária, compensação de ativos e de reativos, enfim avaliar a
operação do sistema frente à penetração da Geração distribuída solar. Esta etapa
demanda o acompanhamento de um especialista da área para execução e
acompanhamento dos testes
Etapa VIII – Escolha da melhor alternativa de projeto: a escolha da alternativa
que será implementada deve atender os critérios de viabilidade técnica (qualidade dos
equipamentos empregados, baixo impacto da penetração da GD na rede elétrica) e os
critérios de viabilidade econômica (retorno do capital investido e geração de renda para
o investidor), para tal a proposta vencedora deve atender alguns indicadores (índices).
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medições de produção de energia e irradiação solar por um período de tempo superior a
05 anos.
-36-
analisada na ótica do consumidor e na ótica da concessionária de energia, pois há
distinções entre ambos os olhares.
ESTUDADA
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Figura 3.5. Diagrama unifilar do sistema fotovoltaico (FV).
A caixa principal ou quadro principal deve ficar de fácil acesso e dispor de
amplo espaço para possíveis intervenções (podendo ser utilizada a configuração da
Figura 3.6), o quadro principal deve abrigar os componentes de potência e interconexão:
inversor, chave seccionadora CC e CA, Disjuntor principal, DPS CC e DPS CA,
medidor inteligente de energia elétrica, barra de equipotencialização, barra CA,
conexões bornes e barramentos. Junto ao padrão de entrada de energia (caixa de
junção); próximo à caixa de medição/proteção (caixa principal), deverá ser instalada
uma placa de advertência com os seguintes dizeres: “CUIDADO – RISCO DE
CHOQUE ELÉTRICO – GERAÇÃO PRÓPRIA”. A placa de advertência deverá ser
confeccionada em “PVC” 250x180x1 mm.
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Figura 3.6. Possibilidade de Layout para o quadro elétrico.
Todos os cabos da instalação deverão ser identificados com anilhas ou fitas com
as seguintes cores: Fase “A” (PRETO); Fase “B” (VERMELHO); Fase “C” (BRANCO)
e Neutro (AZUL).
Caso a instalação já tenha um sistema de SPDA, o sistema de aterramento da
geração deverá ser conectado a malha de aterramento da unidade consumidor-geradora.
O aterramento do padrão de medição será através de 01 haste do tipo Copperweld de
5/8’ x 2,40m, que será interligada através de cabo de cobre nu 6 mm² ao sistema de
aterramento existente da edificação e/ou barramento de equipotencialização – BEP da
edificação, caso exista. A conexão cabo/haste deverá ser feitas através de soldas
exotérmicas ou Conector Grampo GTDU revestido com massa de calafetar a fim de
proteger contra oxidação e demais fatores externos. A resistência do sistema de
aterramento não deverá ultrapassar 10 Ohms, em qualquer época do ano (NBR
5419/2005). No caso da falta de um SPDA, este deve ser projetado, sendo computado o
seu custo ao projeto de geração FV.
Os ajustes da proteção e do inversor devem seguir as normas recomendadas pela
distribuidora. A anotação de responsabilidade técnica deve ser emitida para cada
unidade geradora ao invés de ser uma única ART para todas as unidades de geração de
energia elétrica.
Os dados do dimensionamento para cada unidade geradora fora obtidos por meio
de ferramenta computacional (Algoritmo desenvolvido na ferramenta MATLAB,
-39-
MathWorks®), cujo fluxograma (pseudocódigo) é ilustrado na Figura 3.7. A Tabela 3.1
ilustra os dados de projeto para uma unidade geradora genérica (quadro resumo), nos
anexos estão disponíveis os dados referentes a cada unidade geradora, bem como o
algoritmo desenvolvido.
-40-
Tabela 3.1. Dimensionamento de sistemas FV integrados a rede elétrica (Grid Tie).
Dados da instalação
Cidade: Distribuidora:
Empresa: Cliente:
Configuração do Sistema FV
Quadro Elétrico Fotovoltaico (Stringbox): Kit de montagem Thesan para telhado metálico e
fibrocimento inclinado - 4 painéis fotovoltaicos:
Kit de montagem Thesan para telhado metálico Jogo de conexão para perfis Thesan Universal Medium:
e fibrocimento inclinado - 3 painéis
fotovoltaicos:
Produção média: kWh/mês | kWh/ano Investimento total (estimado): R$
Análise Econômica (Período de vida - 25 anos)
TIR (% a.a.) Payback (anos):
ROIC (% a.a.) VPL:
Estimativa de Energia Gerada (kWh) no período de vida do projeto (25 anos)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Total
VIDA DO EMPREENDIMENTO
-41-
A energia produzida pode ser estimada utilizada de técnicas de MPPT onde
durante todo o tempo o módulo funciona em seu ponto de máxima potência. Conforme
Villalva (2012), a energia produzida pode ser calculada por,
E P=R a A m η( 3.9)
P max
η= (3.10)
A m∗1000
Ra Pmax
E P= (3.11)
1000
-42-
Para estimativa da geração será utilizado o valor médio desses rendimentos, que é
91,6%.
A equação (3.12) só é valida se o arranjo FV, for composto por N m módulos
iguais (certificados), pois basta analisar um modulo solar e multiplicar N m vezes, caso
contrário (os módulos que compõe o arranjo FV não estejam certificados), a equação
(3.12) pode ser reescrita como:
-43-
Onde μ é média dos dados medidos e σ é o desvio padrão das leituras, vale ressaltar que
a variância dos dados é igual ao desvio padrão ao quadrado, ou seja, σ =√2 variância .
450
400
350
300
Irradiância (W/m²)
250
200
150
100
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Tempo (h)
-44-
1983). A estimação de dados meteorológicos vem sendo realizada a partir de séries
temporais de 30 anos de dados climáticos independentemente da estação do ano e da
localização. Para dados de radiação solar essa recomendação não deve passar
despercebida, devendo ser cumprida, o que exige uma máquina com grande massa de
memória para o processamento eficiente dos dados.
A ideia de termos disponível um modelo alternativo as séries temporais, quer
seja por funções de densidade de probabilidade ou por modelos de regressão linear e
não linear, estar no fato que estes métodos exigem menos esforço computacional e
podem ter um desempenho satisfatório ao uso de séries temporais, além do fato de
descobrir as propriedades estatísticas dos dados coletados pela estação meteorológica e
enviados para unidade de monitoramento remoto do arranjo FV.
O alcance da estação meteorológica está limitado às restrições tecnológicas
(excluindo as estações de observações via satélite, mesmo assim são necessárias várias
estações espalhadas pelo globo para o devido monitoramento), o que dificulta a
construção de um modelo matemática que seja valida para regiões com características
climáticas semelhantes, por exemplo, o Estado da Paraíba possui oito estações
meteorológicas (Campina Grande, João Pessoa, Monteiro, Patos, São Gonçalo, Areia,
Camaratuba e Cabaceiras) para monitorar as condições climáticas do estado. Um
modelo matemático desenvolvido com os dados de radiação coletados em Campina
Grande deve ser ajustado para as condições climáticas da cidade de Patos, que dista em
torno de 150 km do município de Campina Grande (limiar do alcance das estações
meteorológicas de Campina Grande e de Patos), já se levarmos o modelo para estimar a
radiação solar da Cidade de Queimadas, o modelo não passaria por ajustes. Neste
contexto pesquisadores da UFCG, trabalham na construção de um modelo matemático
baseado no movimento das nuvens e nas condições atmosféricas, por exemplo, o
modelo é projetado para as condições da cidade de Campina Grande, como transladar
com valor e precisão este modelo para outra região? A resposta será dada pelas
características análogas de movimento das nuvens e pressão atmosféricas.
O LEIAM/UFCG possui 34 (trinta e quatro) painéis fotovoltaicos instalados
variando entre 80 (oitenta), 130 (cento e trinta) e 250 (duzentos e dez) Watts pico.
Deste, dois painéis de 250 (duzentos e dez) Watts pico estão conectados à rede elétrica,
de modo a medir a sua produção e desempenho. Os demais painéis ficam a disposição
dos pesquisadores do laboratório para realização de experimentos envolvendo geração
distribuída e alimentação de motores/bombas hidráulicas. Como mencionado apenas
-45-
dois módulos (painéis) estão conectados com a rede elétrica e sua produção é
monitorada em tempo real. Os dois painéis estão ligados em série, os dados de tensão e
corrente produzidos pelos dois módulos são captados pelo inversor e enviados para o
Field logger/data logger (Equipamento da BenQ Solar) que está conectado por ethernet
com o fabricante, permitindo o acompanhamento em tempo real via aplicativo Web da
geração da energia produzida pelo arranjo PV instalado.
O sistema de aquisição de dados e monitoramento on-line consiste em três
componentes: AC Unison Modules, Data Logger e Sistema de Monitoramento Solar. A
Figura 3.9 ilustra o sistema aplicado ao LEIAM/UFCG.
Além da produção de energia, uma mini estação meteorológica foi montada para
medir e armazenar em tempo real dados de irradiação solar. O sistema de medição e
armazenamento de dados de irradiação solar tem por objetivo fazer a leitura
(instantânea) do piranômetro e armazená-lo, de modo a criar um histórico de perfis de
irradiação solar. Essas leituras são repassadas aos usuários do laboratório que tiverem
interesse sobre os dados coletados.
-46-
datalogger; e ao software MySQL, que é um sistema gerenciador de banco de dado,
onde são armazenados os dados coletados.
-47-
probabilidade normal (gaussiana), conforme ilustrado na Figura 3.11 para o dia
19/01/14, cujo modelo estatístico é dado pela equação (3.10).
400
350
300
Irradiância (W/m²)
250
200
150
100
50
0
4 6 8 10 12 14 16 18 20
Tempo (h)
-48-
Perfil de Irradiância Média Mensal Para o ano de 2014
420
400
380
360
Irradiância (W/m²)
340
320
300
280
260
0 2 4 6 8 10 12
Mês
Figura 3.12. Valores médios de irradiação solar na Cidade de Campina Grande/PB - Ano de 2014.
Rano ( t=1,2… 365 ) =R jan ( t=1,2 … 31 ) + Rfev ( t=32,33 …59 )+ … R dez (t=334,335 … 365 ) ,(3.15)
2 2
−1 ( t−μ jan ) −1 (t −μfev )
Onde: R jan ( t =1,2… 31 )= 1 2 σ jan
, R fev ( t=32,33 … 59 )= 1 2 σ fev
e
e e
σ jan √ 2 π σ fev √ 2 π
2
−1 ( t− μdez )
1 2 σdez
Rdez ( t=334,335 … 365∨σ dez , μdez ) = e .
σ dez √ 2 π σ dez
-49-
O comportamento da radiação solar inclinada média para o ano de 2014 pode ser
entendido como somas de funções de distribuição deslocada no tempo, não apenas uma
soma das médias diárias e das variâncias diárias medidas. Um a alternativa
(possibilidade) para representar matematicamente os dados medidos é por modelos de
regressão linear ou não linear.
Tabela 3.2. Estatísticas de radiação solar inclinada medida (W/m2): Ano de 2014 – Campina Grande/PB.
Média μ jan=418,31 μfev =414,18 μmar =410,47 μabr =391,76 μmai =395,23 μ jun=277,86
Mediana M jan =298,67 M fev =293,72 M mar =290,14 M abr =274,76 M mai =276,43 M jun =202,2
Desvio σ jan =386,66 σ fev =384,25 σ mar =385,05 σ abr =376,404 σ mai =373,32 σ jun =271,91
padrão
Variância 5
v jan =1,52∗10 v fev =1,45∗10
5 5 5 5
v mar =1,53∗10 v abr =1,44∗10 v mai=1,44∗10 v jun =0,77∗10
5
-50-
2 2 2 2 2
FDP −1 ( t−μ ) −1 ( t−μ ) −1 ( t−μ ) −1 ( t−μ ) −1 ( t−μ ) −1
1 2
1 2
1 1 2
1 2
1 2
e 2 ,σμ )= Ra ( t∨σ
Ra ( t∨σ , μ )= Ra ( t∨σ e 2 ,σμ )= Ra ( t∨σ
e 2 ,σμ )= Ra ( t∨σ
e 2 ,σμ )= Ra ( t∨σ
e 2 ,σμ )= e 2
σ √2π σ √2 π σ √2 π σ √2π σ √2 π σ √2 π
Estatísticas Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Variância 0,99∗10
5
1,13∗10
5
1,25∗10
5
1,4∗10
5
1,56∗10
5
1,31∗10
5
2 2 2 2 2
FDP −1 ( t−μ ) −1 ( t−μ ) −1 ( t−μ ) −1 ( t−μ ) −1 ( t−μ ) −1
1 2
1 2
1 1 2
1 2
1 2
e 2 ,σμ )= Ra ( t∨σ
Ra ( t∨σ , μ )= Ra ( t∨σ e 2 ,σμ )= Ra ( t∨σ
e 2 ,σμ )= Ra ( t∨σ
e 2 ,σμ )= Ra ( t∨σ
e 2 ,σμ )= e 2
σ √2π σ √2 π σ √2 π σ √2π σ √2 π σ √2 π
-51-
O simulador da Neosolar Energia é um aplicativo web que leva em consideração
o padrão de conexão de geração distribuída com a rede elétrica (Net Metering – o custo
de disponibilidade do sistema elétrico, aplicável ao faturamento mensal do consumidor
responsável por unidade o consumidor do grupo B, é o valor em moeda correspondente
a: I -30 kWh, se monofásico ou bifásico a dois condutores; II- 50 kWh, se bifásico a três
condutores; ou III- 100 kWh, se trifásico), mas apenas para consumidores monofásicos,
fazendo o dimensionamento da potencia a ser instalado igual à diferença entre o
consumo médio e a disponibilidade ( P FV =Consumo ( kWh )−30 kWh). Como limitações,
o aplicativo não permite inserir o consumo dos últimos dozes meses, como vantagens
pode-se citar que no site é possível obter o valor do custo de cada componente e o custo
total do arranjo.
No quesito de estudo econômico, este aplicativo só fornece a economia mensal
que teria com a instalação do arranjo FV, não é feito nenhum estudo de viabilidade
econômica e retorno do capital investido.
A calculadora do site do Portal do Sol é uma ferramenta de análise rápida,
apenas para o cliente ter uma informação rápida do dimensionamento do sistema solar
fotovoltaico, informando o valor médio do gasto com o empreendimento e estimativa da
energia gerada. Neste quesito não é tão preciso, pois não solicita dados de tarifação
energética, fazendo a estimativa para todo o consumo da unidade consumidora, não
respeitando a taxa de disponibilidade. Caso um sistema FV seja instalado conforme
dimensionado por este aplicativo, a fatura do cliente depois de instalado o arranjo FV,
pode ser maior que sem o arranjo FV (taxa de disponibilidade), esta informação pode
ser observada na Figura 3.13.
Vale ressaltar que os dados de consumo e estimação de produção de energia são
para o ano de 2015 e que os simuladores (aplicativos web) utilizam de dados de
radiação solar da NASA, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial) do
LABSOLAR (Laboratório de Energia Solar da UFSC) ou do NREL (USA National
Renewable Energy Laboratory) dependendo do aplicativo utilizado.
O orçamento fornecido pela Neosolar prescreve os seguintes itens: um inversor
Fronius Galvo 1.5-1 (1.500 W), um quadro elétrico fotovoltaico (stringbox – 16 A, 660
V) e sete painéis solares fotovoltaicos da Canadian CSICS6P-255P (255 Wp), uma
potência instalada de 1.785 Wp (geração média mensal de 210 kWh/mês e de 2.527
kWh/ano) com um custo médio (aproximado) de R$ 24.190,00. Já o orçamento
disponibilizado pela calculadora do Portal do Sol prescreve os seguintes itens: um
-52-
inversor Fronius Galvo 1.5-1 (1.500 W), um quadro elétrico fotovoltaico (stringbox –
20 A, 660 V) e nove painéis solares fotovoltaicos Painel da chinesa Yingli YL250P 29b
(250 Wp), área ocupada de 14 m2, uma potência instalada de 2,15 kWp (geração média
mensal de 264 kWh/mês e de 3.600 kWh/ano) com um custo médio (aproximado)
variando de R$ 18.300,00 até R$ 23.700,00.
Produção e Consumo Energético - Simulador da Neosolar
300
Consumo
Produção
250
Energia Gerada e Consumida (kWh)
200
150
100
50
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Mês
250
200
150
100
50
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Mês
-53-
quesito de estimação da produção de energia há uma diferença (quantidade de placas,
consequente a potência instalada difere – 1,785 kWp versus 2,15 kWp), contudo o
simulador da Neosolar leva vantagens por ser mais preciso ao utilizar dados da NASA e
do NREL, mas para uma consulta rápida a calculadora do Portal do Sol é eficiente.
Devido a estas diferenças na estimativa da produção de energia para os 25 anos de vida
do arranjo pelos diversos aplicativos, desenvolve-se uma metodologia para estimar com
precisão a produção do sistema FV para os anos de vida (observar o diagrama da Figura
3.5), a qual faz uso de dados passados (dados de 30 anos de medição, conforme
prescrito pela World Meteorological Organization - WMO) e de fontes confiáveis
(NASA) para estimar dados de radiação solar para os anos seguintes e
consequentemente a energia gerada pelo arranjo FV, sempre considerando a
deterioração do arranjo ao longo do tempo (Queda no rendimento do arranjo FV, nos
primeiros 15 anos eficiência do arranjo de 90% e para os dez anos restantes, uma
eficiência de 80% do arranjo FV).
Produção e Consumo Energético - Simulador América do Sol
400
Consumo
Produção
350
Energia Gerada e Consumida (kWh)
300
250
200
150
100
50
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Mês
-54-
elétrica (mesma base de dados - NASA). Este simulador não dar ideia de custo, mas
informa dados de radiação e economia de energia com a instalação do arranjo FV.
Dados de consumo e produção de energia (kWh/mês)
400
Consumo Mensal
Energia Produzida
350
300
250
kWh/mês
200
150
100
50
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Mês
-55-
Um fator preponderante para o correto dimensionamento de um arranjo FV é a
padronização dos componentes do arranjo fotovoltaico (módulos, inversores e a
instalação como um todo), visto que a padronização e a certificação garante não apenas
qualidade de produto, como eficiência e otimização da energia gerada. No Brasil a
padronização de painéis solares já é uma realidade, não caso de inversores inicia-se um
movimento para padronização e certificação. Contudo não é discutida a padronização e
a certificação da instalação do arranjo FV (desenhos, diagramas unifilares e trifilares,
estrutura de suporte, local de instalação, dispositivos de comando e proteção, quadros
elétricos, entre outros), pois mesmo que o projeto esteja padronizado, atendendo as
prescrições da legislação nacional e internacional, quando a equipe de campo cumprir a
etapa de montagem e comissionamento, pode acontecer de não ser respeitado o local de
instalação e arranjo apresentar baixa produção de energia, causado por sombreamento,
inclinação menor que a especificada, ligações de circuitos entrelaçados entre outras.
-56-
tempo de retorno do investimento inicial para os valores de potência instalada para o
arranjo FV do consumidor de 300 kWh/mês aumenta para uma faixa entre 11 a 12 anos.
Percebe-se que os aplicativos disponíveis não estão fornecendo dados precisos para os
clientes e cidadãos que venham a comprar sistema de geração solar fotovoltaico, claro
que todas as ferramentas computacionais devem ser usadas como ferramentas de apoio
no projeto, por isso é importante à figura de um profissional (de preferência um
especialista e crítico) da área durante as etapas de elaboração, instalação, operação e
manutenção do arranjo FV, de modo que não haja inconsistências, consequentemente
mau funcionamento do arranjo FV e baixa satisfação do cliente ao comprar e instalar
um sistema FV. Outro fator que influi no custo do arranjo FV (investimento inicial do
sistema FV) são os impostos pagos (impostos de importação, IPI, ICMS, PIS e
COFINS), se houvesse um incentivo fiscal (redução de impostos sobre os componentes
do arranjo FV), com certeza a popularização de sistemas Grid-tie aumentaria e a
instalação do arranjo FV ficaria mais viável para o consumidor final e aumentando do
número de residências com geração distribuída instalada.
-57-
surge a necessidade do desenvolvimento de um roteiro de passos a ser seguido para
padronização e atendimento das normas aos projetos fotovoltaicos (Metodologia de
Adequação as normas os projetos PV). Tendo a metodologia proposta para avaliação da
viabilidade técnico-econômica, check list dos ensaios de certificação e as especificações
de projeto que atendem as boas normas de engenharia de projetos fotovoltaicos, o
próximo passo é avaliar os resultados da aplicação da metodologia proposta para
dimensionamento de sistemas fotovoltaicos conectados com a rede elétrica aos projetos
de investimentos de geração solar reais.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
-58-
A metodologia proposta para projetos (dimensionamento) de sistemas
fotovoltaicos com conexão com a rede elétrica (Grid-tie) – Dimensionamento dos
componentes do arranjo FV, documentação, listas de materiais, avaliação técnico-
econômica e estimativa da produção de energia elétrica ao longo do período de vida do
empreendimento - mostrou-se eficiente e confiável quando avaliada a uma unidade
consumidora residencial (consumo médio de 300 kWh/mês), no comparativo com
outras ferramentas computacionais e no projeto de várias unidades de consumo
(consumidores monofásicos, bifásicos e trifásicos) de uma de distribuição de energia
elétrica.
Os resultados da aplicação da metodologia proposta mostraram-se confiável e
viável a instalação do sistema FV para o consumidor monofásico estudado (consumo
mensal de 300 kWh/mês), considerando que a vida útil do projeto seja de 25 anos e que
seja realizado uma manutenção preventiva e periódica a cada dois anos, o investimento
será amortecido em 13 anos, gerando lucro para o investidor, se consideramos redução
dos impostos (incentivos fiscais), o investimento inicial será depreciado em 8,5 anos no
caso não haver impostos e em 11 anos caso fosse reduzido à carga de impostos pela
metade. Vale ressaltar que na avaliação dos aplicativos comerciais o retorno do
investimento fia em torno de 08 anos, sendo uma informação errônea, pois estes
aplicativos consideram o cenário ideal (fluxos de caixa fixos e constantes ao longo da
vida útil do empreendimento), eles desconsideram a variação da moeda, o reajuste
tarifário, as flutuações da produção de energia mensal devido às condições climáticas.
Portanto devem ser usadas para uma analise rápida, demandando uma avaliação
detalhada do projeto de investimento por parte de especialista na área.
O projeto de dimensionamento dos consumidores instalados na rede distribuição
estudada foi elaborado conforme metodologia discutida no Capítulo 03, sendo
executado para cada unidade consumidor-gerador de maneira individual. Caso todas as
unidades de geração solar distribuída (que venham a ser instaladas) sejam ligadas ao
mesmo tempo a potência ativa injetada na rede chega a 140 kW, bem próxima a
potência aparente fornecida no secundário do transformador de distribuição (potência
aparente de 150 kVA). Esta situação mostra a inversão do sentido do fluxo de potência
que trafega na rede de distribuição, logo uma pergunta pode ser elaborada, os
enrolamentos do transformador de distribuição sofrerão com esta inversão de fluxo de
potência? A resposta é não, claro que haverá um sobreaquecimento, mas não chega a
danificar o equipamento, o que acontece que este equipamento é projetado baseado no
-59-
princípio de indução eletromagnético, como o sentido do fluxo de potência se inverteu o
transformador deixa de ser um transformador abaixador e passa a ser um transformador
elevador (esta pergunta precisa ser mais detalhada e investigada com experimentos
laboratoriais).
Como trabalhos futuros que podem ser desenvolvidos para a continuação do
trabalho iniciado neste relatório, sugere-se:
1. Modelagem da rede elétrica e da geração distribuída conectada com o
sistema elétrico, visando avaliar parâmetros de qualidade de energia elétrica
(geração de harmônicos, flutuações de tensão, perdas energéticas entre
outros);
2. Avaliação dos principais métodos de dimensionamento e analise econômica
de projetos FV, visando modificações para adaptação a realidade do
Nordeste;
3. Estudo do uso de energia solar fotovoltaica (projeto de usinas solares) para
o acionamento de plantas industriais, especificamente em plantas de
eletrodiálise, de dessalinização e de tratamentos de esgotos em reatores de
fluxos contínuo usando a técnica de eletrofloculação (eletrodos metálicos
são introduzidos dentro do reator que contém o efluente líquido e quando
ligados a uma tensão elétrica faz circular um acorrente elétrica pelo material
liquido, gerando uma reação eletroquímica);
4. Estudar e avaliar os métodos de análise econômica que consideram a
incerteza do mercado financeiro (flutuação da taxa de cambio, inflação,
ajuste tarifário, entres outros) em casos reais de empreendimentos FV
(empreendimentos residenciais, industriais e comerciais);
5. Construir e validar um modelo matemático baseado em sereis temporais
e/ou inteligente (redes neurais) para predizer (estimar) a produção de
energia do arranjo FV ao longo do período de vida, a partir de uma base de
dados de 30 anos de medições de radiação solar da região.
6. Elaboração de cartilha (guia) para elaboração de um arranjo FV para
distribuição gratuita em meios de divulgação e comunicação pública;
7. Elaboração de um website para divulgação de novidades sobre sistemas
fotovoltaicos, bem como o dimensionamento instantâneo (on-line) do
arranjo FV do cliente.
-60-
8. Elaboração de roteiro (cartilha ou check-list) da manutenção de sistemas
FV, inclusive manutenção preventiva.
9. Elaboração e execução de curso rápido (duração de duas semanas), sobre
projetos de sistemas FV com ferramentas computacionais para alunos de
graduação na área;
10. Elaboração e execução de curso rápido (duração de três semanas), sobre
montagens e manutenção de sistemas FV para alunos de graduação na área;
Por fim, os autores esperam que este trabalho possa ser uma plataforma para
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
-61-
ABINEE - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, Propostas para
Inserção da Energia Solar Fotovoltaica na Matriz Elétrica Brasileira. 2012.
Empresa de Pesquisa Energética - EPE. Balanço Energético Nacional 2013: Ano base
2012. Rio de Janeiro, 2013.
Disponível em: https://ben.epe.gov.br/downloads/Relatorio_Final_BEN_2013.pdf
Acesso em: 12 de outubro de 2015.
Empresa de Pesquisa Energética – EPE. Balanço Energético Nacional 2014: Ano base
2013. Rio de Janeiro, 2014.
Disponível em: https://ben.epe.gov.br/BENRelatorioSintese2014.aspx
Acesso em: 15 de outubro de 2015.
Pinho, João Tavares & Galdino, Marco Antônio. Manual de Engenharia de Para
Sistemas Fotovoltaicos. CEPEL-CRESESB, Edição Revisada e Atualizada, Rio de
Janeiro, Brasil, Março de 2014.
Roman, E.; Alonso, R.; Ibanez, P.; Elorduizapatarietxe, S.; Goitia, D. Intelligent PV
Module for Grid- Connected PV Systems. Industrial Electronics, IEEE Transactions
on. Volume: 53. Issue: 4 Publication Year: 2006, Pages: 1066 – 1073.
-62-
Solstício Energia: Sistema Fotovoltaico. Disponível em:
http://www.solsticioenergia.com.br/wp-content/uploads/2013/05/sistemafotovoltaico1.png
Villalva, Marcelo Gradella; Gazoli, Jonas Rafael. Energia solar fotovoltaica: conceito
e aplicações. 1ª Edição, São Paulo: Érica, 2012. 224 p.
https://www.wmo.int/pages/prog/gcos/documents/gruanmanuals/CIMO/CIMO_Guide-
7th_Edition-2008.pdf
ANEXOS
-63-
Dados de localização e área ocupada pelo arranjo FV
Área da superfície selecionada do telhado em m²:
Orientação – Latitude e longitude:
Inclinação do telhado em graus (latitude+ 10):
-64-
Cotação da obra
Listagem das principais partes do sistema e dos respectivos custos. Estimativa dos recursos materiais e
humanos, assim como do tempo envolvidos no projeto. Elaboração do orçamento do projeto.
Dados de estimativa da produção de energia elétrica pelo Arranjo durante o ciclo de vida
Irradiação em cada unidade de área (kWh/m2):
Irradiação na área da superfície total do gerador (kWh):
Perdas percentuais por sombreamento (%):
Produção total do sistema fotovoltaico (kWh):
Produção específica (kWh/kWp:
Como são 70 unidades de geração solar fotovoltaica a serem instaladas, para cada unidade geradora foi
elaborado um projeto elétrico (memória de cálculo e descritiva, desenhos unifilares e trifilares, medidor
bidirecional e estação de monitoramento). A documentação técnica (Anotação de Responsabilidade
Técnica - ART) deve ser retirada para cada unidade de geração e não uma para todas. Para cada projeto
foi fornecido um quadro resumo das características gerais do projeto sendo exemplificado no quadro A.2
para um consumidor monofásico que faz parte da rede elétrica estudada (não serão ilustrados os 70
quadros resumo neste documento, porque ficaria muito longo - número exagerado de folhas). No quadro
A.1 as características gerais do projeto para a rede de distribuição em estudo.
Quadro A.1. Características Gerais do projeto das unidades de geração solar fotovoltaica.
Número de clientes (unidades geradoras): 70 Potência instalada: 140 kW
unidades Número de placas: 560 painéis de 250 Wp
Cidade: Distribuidora:
Percentual a ser gerado: 100% Tipo do consumidor: Baixa tensão monofásico 220 V/ 380V
Configuração do Sistema FV
Potência instalada: 0,75 kWp Inclinação:39 ° , Azimute: 180 ° (N), Peso/m2=13 kg/m2
Inversor: 1x inversor Sunny Boy SMA (0,6 kW) Área: 5 m 2 cobertura solar: 86%, Eficiência Estimada: 78%.
Painel: 3x Painel solar fotovoltaico Yingli YL250P Cabo solar Prysmian Tecsun PV1-F 4mm² Preto 1kV: 24 cabos
29b (250 Wp) de 1m cada, peso de 3 kg
-65-
Kit de montagem Thesan para telhado metálico e fibrocimento
Quadro Elétrico Fotovoltaico (Stringbox): 1 unid. inclinado - 3 painéis fotovoltaicos: 1unid.
Kit de montagem Thesan para telhado metálico e
fibrocimento inclinado - 4 painéis fotovoltaicos: Jogo de conexão para perfis Thesan Universal Medium: 1
1unid. unidade, 4,2 m peso de 14 kg.
Produção média: 110,5 kWh/mês | 1200 kWh/ano Investimento total (estimado): Varia de R$ 7.482,20 até R$
9.976,27.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
1200
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Total
CM=(janeiro+fevereiro+marco+abril+maio+junho+julho+agosto+setembro+outubro+novembro+dezembro)/12;
TD=0.75;
switch tipo
-66-
case 1
MA=((janeiro-30)+(fevereiro-30)+(marco-30)+(abril-30)+(maio-30)+(junho-30)+(julho-30)+(agosto-30)+
(setembro-30)+(outubro-30)+(novembro-30)+(dezembro-30))/365;% Consumo médio Diário
Pfv=((MA/TD)/HSP)*1000;% potência a ser instalada, para atender em 100% do consumo em Wp
%Pfv=0.9*(MA/HSP)*1000;%para atender em 90% do consumo do consumo em Wp
case 2
MA=((janeiro-50)+(fevereiro-50)+(marco-50)+(abril-50)+(maio-50)+(junho-50)+(julho-50)+(agosto-50)+
(setembro-50)+(outubro-50)+(novembro-50)+(dezembro-50))/365;% Consumo médio Diário
Pfv=((MA/TD)/HSP)*1000;% potência a ser instalada, para atender em 100% do consumo em Wp
%Pfv=0.9*(MA/HSP)*1000;%para atender em 90% do consumo do consumo em Wp
case 3
MA=((janeiro-100)+(fevereiro-100)+(marco-100)+(abril-100)+(maio-100)+(junho-100)+(julho-100)+(agosto-100)+
(setembro-100)+(outubro-100)+(novembro-100)+(dezembro-100))/365;% Consumo médio Diário
Pfv=((MA/TD)/HSP)*1000;% potência a ser instalada, para atender em 100% do consumo em Wp
%Pfv=0.9*(MA/HSP)*1000;%para atender em 90% do consumo do consumo em Wp
otherwise
tipo=input('Tipo de consumidor - (1)Monofasico,(2)Bifasico ou (3)Trifásico:\ntipo=');
end
%
paineis=Pfv/250; % Instalação de paineis com potência de 250 Wp (Painel Solar Fotovoltaico Yingli YL250P 29b-
250Wp)
% Dimensionando o Inversor.
FDI=0.75;% Fator de dimensionamento do inversor
Pca=FDI*Pfv; %Potência CA de saida do Inversor
area=paineis*1.65*0.99; %Area ocupada em m2
%Neosolar
%consumo=input('Consumo Médio Mensal (kWh)\nconsumo=')
%percentual=input('% Desejado de Energia Solar\npercentual=')
%tarifa=input('Tarifa c/ Impostos (R$)\ntarifa=')
%Eg=percentual*consumo; Energia Solar a ser Gerada (kWh / mês)
%Economia=tarifa*Eg
%Pfv=((Eg*12)/HSP)*1000;% potência a ser instalada em Wp
%paineis=Pfv/250; % Instalação de paineis com potência de 250 Wp (Painel Solar Fotovoltaico Yingli YL250P
29b-250Wp)
%FDI=0.8;% Fator de dimensionamento do inversor
%Pca=FDI*Pfv; %Potência CA de saia do Inversor
%area=paineis*1.65*0.99; %Area ocupada em m2
switch tipo
case 1
fprintf('Potência CA de Saída do Inversor monofásico:%f em kW\n',Pca/1000);
if(Pfv/1000>=0.6 && Pfv/1000<1)%Potencia instalada entre 600 Wp e 1 kWp
investimento=(8000+12000)/2;% Valores médios do mercado - varia de região para região, aqui sendo uma
-67-
estimativa
fprintf('Custo médio do emprendimento:%f em Reais\n',investimento);
end
if(Pfv/1000>=1 && Pfv/1000<1.5)%Potencia instalada entre 1 kWp e 1.5 kWp
investimento=(10000+15000)/2;% Valores médios do mercado - varia de região para região, aqui sendo uma
estimativa
fprintf('Custo médio do emprendimento:%f em Reais\n',investimento);
end
if(Pfv/1000>=1.5 && Pfv/1000<2)%Potencia instalada entre 1.5 kWp e 2 kWp
investimento=(12000+16000)/2;% Valores médios do mercado - varia de região para região, aqui sendo uma
estimativa
fprintf('Custo médio do emprendimento:%f em Reais\n',investimento);
end
if(Pfv/1000>=2 && Pfv/1000<3)%Potencia instalada entre 2 kWp e 3 kWp
investimento=(15000+20000)/2;% Valores médios do mercado - varia de região para região, aqui sendo uma
estimativa
fprintf('Custo médio do emprendimento:%f em Reais\n',investimento);
end
if(Pfv/1000>=3 && Pfv/1000<4)%Potencia instalada entre 3 kWp e 4 kWp
investimento=(23000+33000)/2;% Valores médios do mercado - varia de região para região, aqui sendo uma
estimativa
fprintf('Custo médio do emprendimento:%f em Reais\n',investimento);
end
if(Pfv/1000>=4 && Pfv/1000/1000<5)%Potencia instalada entre 4 kWp e 5 kWp
investimento=(40000+54000)/2;% Valores médios do mercado - varia de região para região, aqui sendo uma
estimativa
fprintf('Custo médio do emprendimento:%f em Reais\n',investimento);
end
if(Pfv/1000>=5 && Pfv/1000<6)%Potencia instalada entre 5 kWp e 6 kWp
investimento=(50000+70000)/2;% Valores médios do mercado - varia de região para região, aqui sendo uma
estimativa
fprintf('Custo médio do emprendimento:%f em Reais\n',investimento);
end
if(Pfv/1000>=6 && Pfv/1000<10)%Potencia instalada entre 6 kWp e 10 kWp
investimento=(80000+100000)/2;% Valores médios do mercado - varia de região para região, aqui sendo
uma estimativa
fprintf('Custo médio do emprendimento:%f em Reais\n',investimento);
end
case 2
fprintf('Potência CA de Saída do Inversor bifásico:%f em kW\n',Pca/1000);
if(Pfv/1000>=1 && Pfv/1000<5)%Potencia instalada entre 1 kWp e 5 kWp
investimento=(11000+50000)/2;% Valores médios do mercado - varia de região para região, aqui sendo uma
estimativa
fprintf('Custo médio do emprendimento:%f em Reais\n',investimento);
end
case 3
fprintf('Potência CA de Saída do Inversor Trifásico:%f em kW\n',Pca/1000);
if(Pfv/1000>=2 && Pfv/1000<3)%Potencia instalada entre 2 kWp e 3 kWp
investimento=(15000+20000)/2;% Valores médios do mercado - varia de região para região, aqui sendo uma
estimativa
fprintf('Custo médio do emprendimento:%f em Reais\n',investimento);
end
if(Pfv/1000>=3 && Pfv/1000<54)%Potencia instalada entre 3 kWp e 4 kWp
investimento=(23000+38000)/2;% Valores médios do mercado - varia de região para região, aqui sendo uma
estimativa
fprintf('Custo médio do emprendimento:%f em Reais\n',investimento);
end
if(Pfv/1000>=5 && Pfv/1000<10)%Potencia instalada entre 4 kWp e 5 kWp
investimento=(50000+90000)/2;% Valores médios do mercado - varia de região para região, aqui sendo uma
estimativa
fprintf('Custo médio do emprendimento:%f em Reais\n',investimento);
end
if(Pfv/1000>=10 && Pfv/1000<20)%Potencia instalada entre 5 kWp e 6 kWp
investimento=(100000+150000)/2;% Valores médios do mercado - varia de região para região, aqui sendo
uma estimativa
fprintf('Custo médio do emprendimento:%f em Reais\n',investimento);
end
-68-
otherwise
tipo=input('Tipo de consumidor - (1)Monofasico,(2)Bifasico ou (3)Trifásico:\ntipo=');
end
fprintf('\nCabo solar Prysmian Tecsun PV1-F 4mm² Preto 1kV:%f cabos de 1m cada, peso de 3 kg\n',30);
disp('Quadro Elétrico Fotovoltaico (Stringbox, 2 string IP65 25A 1kV): 1 unidade')
fprintf('\nKit de montagem Thesan para telhado metálico e fibrocimento inclinado - 3 painéis fotovoltaicos: %f unid.
4m, peso de 3 kg\n',paineis/10);
fprintf('\nKit de montagem Thesan para telhado metálico e fibrocimento inclinado - 4 painéis fotovoltaicos: %f unid.
4m, peso de 3 kg\n',paineis/5);
fprintf('\nJogo de conexão para perfis Thesan Universal Medium: %f unidades, 4,2 m peso de 14 kg\n',paineis*3);
consumo=[janeiro,fevereiro,marco,abril,maio,junho,julho,agosto,setembro,outubro,novembro,dezembro];
r1=[consumo',Eg'];
figure(1),bar(r1),grid,title('Dados de consumo e produção de energia
(kWh/mês)'),xlabel('Mês'),ylabel('kWh/mês'),legend('Consumo Mensal','Energia Produzida')
%Viabilidade Econômica
%investimento=8500; %Custo do empreendimento - Temos que compor este valor para o arranjo+inversor
Payback=investimento/(sum(Economia)); %Metodo de decisão - Payback em anos
ROIC=sum(Economia)/investimento;%Metodo de decisão - Return On Invested Capital em % a.a.
FC=sum(Economia)*ones(1,25);%Fluxos de caixa ao longo dos 25 anos
%Taxa Selic de 12% a.a. para o calculo do VPL
VPL=zeros(1,25);
for h=1:25
VPL(h)=investimento-(FC(h)/(1.12^h));
amortizacao(h)=investimento;
investimento=investimento-(FC(h)/(1.12^h));
end
figure(2)
subplot(2,1,1),bar(VPL),grid,xlabel('Tempo (anos)'),ylabel('VPL')
subplot(2,1,2),bar(amortizacao),grid,xlabel('Tempo (anos)'),ylabel('Amortização da Dívida (Reais)')
% Tempo
t(1) = 4.5*60*60; % 04 h30min da manha
dt = 1;
for i = 2:length(janeiro(:,19))
-69-
t(i) = t (i-1) + dt;
end
% Conversão para hora
t = t./3600;
%Estatitiscas- Janeiro
a1=mean(janeiro)% Media Janeiro
b1=median(janeiro)%Mediana Janeiro
c1=var(janeiro)%Variancia Janeiro
desvio1=std(janeiro)%Desvio Padrão Janeiro
norm1 = normpdf(janeiro, mean(a1),mean(desvio1));% Vetor de Funções de Densidades de Probabilidades
Gaussianas - Cada dia do Mês de janeiro
figure(1) % Média
plot(t' , janeiro(:,28)), grid , xlabel ('Tempo (h)'), ylabel ('Irradiância (W/m²)'),
title ('Perfil de Irradiância diária (Janeiro de 2014)')
%Estatitiscas- Fevereiro
a2=mean(fevereiro)% Media Fevereiro
b2=median(fevereiro)%Mediana Fevereiro
c2=var(fevereiro)%Variancia Fevereiro
desvio2=std(fevereiro)%Desvio Padrão Fevereiro
norm2 = normpdf(fevereiro, mean(a2),mean(desvio2));% Vetor de Funções de Densidades de Probabilidades
Gaussianas - Cada dia do Mês de Fevereiro
%Estatitiscas- Março
a3=mean(marco)% Media Março
b3=median(marco)%Mediana Março
c3=var(marco)%Variancia Março
desvio3 = std(marco)%Desvio Padrão Março
norm3 = normpdf(marco, mean(a3),mean(desvio3));% Vetor de Funções de Densidades de Probabilidades
Gaussianas - Cada dia do Mês de Março
%Estatitiscas- Abril
a4=mean(abril)% Media Abril
b4=median(abril)%Mediana Abril
c4=var(abril)%Variancia Abril
desvio4=std(abril)%Desvio Padrão Abril
norm4 = normpdf(abril, mean(a4),mean(desvio4));% Vetor de Funções de Densidades de Probabilidades Gaussianas
- Cada dia do Mês de Abril
%Estatitiscas- Maio
a5=mean(maio)% Media Maio
b5=median(maio)%Mediana Maio
c5=var(maio)%Variancia Maio
desvio5=std(maio)%Desvio Padrão Maio
norm5 = normpdf(maio, mean(a5),mean(desvio5));% Vetor de Funções de Densidades de Probabilidades
Gaussianas - Cada dia do Mês de Maio
%Estatitiscas - Junho
a6=mean(junho)% Media Junho
b6=median(junho)%Mediana Junho
c6=var(junho)%Variancia Junho
desvio6=std(junho)%Desvio Padrão Junho
norm6 = normpdf(junho, mean(a6),mean(desvio6));% Vetor de Funções de Densidades de Probabilidades
Gaussianas - Cada dia do Mês de Junho
%Estatísticas - Julho
a7=mean(julho)% Media Julho
b7=median(julho)%Mediana Julho
c7=var(julho)%Variancia Julho
desvio7=std(julho)%Desvio Padrão Julho
norm7 = normpdf(julho, mean(a7),mean(desvio7));% Vetor de Funções de Densidades de Probabilidades
Gaussianas - Cada dia do Mês de Julho
%Estatitiscas- Agosto
a8=mean(agosto)% Media Agosto
-70-
b8=median(agosto)%Mediana Agosto
c8=var(agosto)%Variancia Agosto
desvio8=std(agosto)%Desvio Padrão Agosto
norm8 = normpdf(agosto, mean(a8),mean(desvio8));% Vetor de Funções de Densidades de Probabilidades
Gaussianas - Cada dia do Mês de Agosto
%Estatísticas - Setembro
a9=mean(setembro)% Media Setembro
b9=median(setembro)%Mediana Setembro
c9=var(setembro)%Variancia Setembro
desvio9=std(setembro)%Desvio Padrão Setembro
norm9 = normpdf(setembro, mean(a9),mean(desvio9));% Vetor de Funções de Densidades de Probabilidades
Gaussianas - Cada dia do Mês de Setembro
%Estatísticas - Outubro
a10=mean(outubro)% Media Outubro
b10=median(outubro)%Mediana Outubro
c10=var(outubro)%Variancia Outubro
desvio10=std(outubro)%Desvio Padrão Outubro
norm10 = normpdf(outubro, mean(a10),mean(desvio10));% Vetor de Funções de Densidades de Probabilidades
Gaussianas - Cada dia do Mês de Outubro
%Estatísticas - Novembro
a11=mean(novembro)% Media Novembro
b11=median(novembro)%Mediana Novembro
c11=var(novembro)%Variancia Novembro
desvio11=std(novembro)%Desvio Padrão Novembro
norm11 = normpdf(novembro, mean(a11),mean(desvio11));% Vetor de Funções de Densidades de Probabilidades
Gaussianas - Cada dia do Mês de Novembro
%Estatísticas - Dezembro
a12=mean(dezembro)% Media Dezembro
b12=median(dezembro)%Mediana Dezembro
c12=var(dezembro)%Variancia Dezembro
desvio12=std(dezembro)%Desvio Padrão Dezembro
norm12 = normpdf(dezembro, mean(a12),mean(desvio12));% Vetor de Funções de Densidades de Probabilidades
Gaussianas - Cada dia do Mês de Dezembro
%Comparativo de Aplicativos
%Geronimo B. Alexandre - 05/11/15
%Consumidor Monofásico - Consumo Médio de 300 kWh/mês
%Simulador da Neosolar
consumo3=[300,300,300,300,300,300,300,300,300,300,300,300];%Consumo Médio mensal em kWh/mês
producao3=[234,215,226,196,196,175,177,203,221,234,218,226];%Produção de energia, arranjo FV
-71-
r3=[consumo3' producao3'];
figure(3)
bar(r3),grid,xlabel('Mês'),ylabel('Energia Gerada e Consumida (kWh)'),title('Produção e Consumo Energético -
Simulador da Neosolar'),legend('Consumo','Produção')
-72-