Você está na página 1de 32

CONSTRUÇÃO DE MODELOS DE VULNERABILIDADE

EM AMBIENTE SIG:
BACIA TRANSFRONTEIRIÇA DO RIO ÁGUEDA

Oliveira, S.F.1, Albuquerque, M.T.D.1, Antunes, I.M.H.R.1


 

1
Instituto Politécnico de Castelo Branco
ENQUADRAMENTO

 Este trabalho foi desenvolvido no âmbito do projecto Águeda


que faz parte do Programa Operacional de Cooperação
Transfronteiriça Espanha-Portugal (POCTEP)

 Financiamento – 511.946,67€

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


(comparticipação FEDER – 75%)

 Prazo de execução
Início - Junho/2011
Fim - Junho/2013
ENQUADRAMENTO

PARCEIROS

 Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB)

 Universidade Europeia Miguel De Cervantes (UEMC)

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


 Inst. de Recursos Naturais e Agro-biológicos de Salamanca
(IRNASA e CSIC)
ENQUADRAMENTO

OBJECTIVOS

 Conceber uma metodologia que permita implementar


modelos de comportamento ambiental, impactos e riscos.

 Melhorar a articulação territorial transfronteiriça: Espanha–


Portugal

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


 Implementar processos de desenvolvimento ambiental,
económicos e sociais equilibrados e sustentáveis.

 Extrapolar e Adaptar a metodologia implementada para a


outras bacias transfronteiriças
ÁREA DE INTERVENÇÃO

A bacia hidrográfica do rio Águeda é


uma das sub-bacias do Douro
internacional

Superfície: 2.600 km2

População: 42.700 hab. 6.700

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


portugueses – 16% 36.000
espanhóis - 84%

Áreas Administrativas:
Três províncias/distritos: Salamanca,
Cáceres e Guarda
79 municípios e freguesias
ÁREA DE INTERVENÇÃO

Área Portuguesa da Bacia–310km2 ( 10% da


Área total)

3 Concelhos abrangidos e 16 freguesias

- Figueira de Castelo Rodrigo


Escalhão; Mata de Lobos; Almofala;
Escarigo

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


- Almeida
Malpartida; Vale de Coelha; Vale da Mula; S. Pedro
do Rio Seco; Vilar Formoso; Freineda; Malhada
Sorda; Nave de Haver

- Sabugal
Aldeia da Ribei ra; Aldei a da Ponte;
Lajeosa; Al deia do Bispo
ÁREA DE INTERVENÇÃO

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


MODELOS DE VULNERABILIDADE

* O que é Vulnerabilidade?
Exposição de um elemento, neste caso a agua subterránea, a
acções externas prejudiciais

* O que são modelos de vulnerabilidade?

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


São modelos matemáticos que permitem delimitar áreas com
diferentes graus de vulnerabilidade da àgua subterrânea à
poluição (de muito baixa a elevada)
MODELOS DE VULNERABILIDADE

* Porque são importantes os modelos de


vulnerabilidade?
Estes modelos servem de base para o estabelecimento de
redes de monitorização e proteção nas zonas que

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


necessitam (mais vulneráveis), sendo uma ferramenta
importante na gestão dos recursos hídricos e do
planeamento territorial

GESTÃO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA


MODELOS DE VULNERABILIDADE

Os modelos adoptados foram:

* DRASTIC

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


* DRASTIC Pesticida

* Índice de Susceptibilidade (IS)


DRASTIC

DRASTIC – vulnerabilidade intrínseca


(factores relacionados com as caraterísticas do aquífero);

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


características geológicas e hidrogeológicas
DRASTIC

 São avaliados e ponderados 7 parâmetros

D – profundidade da agua
R – recarga
A – Material do aquífero

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


S – tipo de solo
T – Relevo/Topografia
I – Material da zona não saturada
C – Condutividade hidráulica
DRASTIC

DRASTIC
=
5*D pouco vulnerável
+
4*R
+ Níveis de Valores índice
Vulnerabilidade DRASTIC
3*A
+ BAIXA 23-119

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


2*S INTERMÉDIA 120-159
+ ELEVADA 160-199
1*T MUITO ELEVADA > 200
+
5*I
+
3*C muito vulnerável
DRASTIC – parâmetro D
Profundidade da água

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


Profundidade (m) Índice
<1,5 10
1,5-4,6 9
4,6-9,1 7
9,1-15,2 5
15,2-22,9 3
22,9-30,5 2
>30,5 1
Recarga do aquífero
DRASTIC (R)
– parâmetro R
Recarga

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


Recarga (mm/ano) Índice
<51 1
51-102 3
102-178 6
178-254 8
>254 9
Material do aquífero
DRASTIC – parâmetro(A)
A
Material do Aquífero

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


Natureza do aquífero Índice
Xisto argiloso, argilito 2
Rocha metamórfica e ígnea 3
Rocha metamórfica e ígnea alterada / fracturada 4
Arenito, calcário e argilito estratificado 6
Arenito maciço 6
Calcário maciço 6
Areia e balastro 8
Basalto 9
Calcário carsificado 10
tipo de
DRASTIC solo (S)S
– parâmetro
Tipo de Solo

Solo Índice
fino ou ausente 10

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


balastro 10
Areia 9
Turfa 8
Argila agregada e/ou expansível 7
franco arenoso 6
franco 5
franco siltoso 4
franco argiloso 3
Lodo 2
Argila não agregada e não expansível 1
topografia
DRASTIC (T)T
– parâmetro
Declive

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


Declive (%) Índice
<2 10
2-6 9
6-12 5
12-18 3
>18 1
Zona vadosa
DRASTIC (I)I
– parâmetro
Material da zona não saturada

Zona não saturada Índice


Camada confinante 1
Argila/Silte 3

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


Xisto argiloso, argilito 3
Calcário 6
Arenito 6
Arenito, calcário e argilito estratificados 6
Areia e balastro com percentagem 6
significativa de silte e argila
Rocha metamórfica/Ígnea 4
Areia e balastro 8
Basalto 9
Calcário carsificado 10
DRASTIC – parâmetro C
Condutividade Hidráulica

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


Condutividade hidráulica Índice
(m/d)
<4,1 1
4,1-12,2 2
12,2-28,5 4
28,5-40,7 6
40,7-81,5 8
>81,5 10
ÍNDICE DRASTIC

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


DRASTIC PESTICIDA

* DRASTIC Pesticida – utiliza parâmetros intrínsecos


embora a ponderação ser maior em alguns dos fatores
que poderão sofrer influências antropogénicas
(extrínsecas) (factores relacionados a actuação
humana);

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


DRASTIC= 5 x D + 4 x R + 3 x A + 2 x S + 1 x T + 5 x I + 3 x C

DRASTICpesticida= 5 x D + 4 x R + 3 x A + 5 x S + 3 x T + 4 x I + 2 x C
ÍNDICE
DRASTIC PESTICIDAS

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


DRASTIC VS DRASTIC PESTICIDAS

A comparação dos dois mapas, permite


verificar que o índice DRASTIC
pesticida, nos dá uma visualização dos
valores extremos, enquanto o DRASTIC
apresenta uma avaliação média,
suavizada.

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


ÍNDICE DE SUSCEPTIBILIDADE
(IS)

* Índice de Susceptibilidade (IS) –


vulnerabilidade extrínseca. Baseia-se nos
atributos do DRASTIC, eliminando a
redundância e incluindo o fator

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


antropogénico com a inclusão do atributo -
Uso do Solo (OS).
OCUPAÇÃO DO SOLO
OS

Ocupação do Solo Índice


Descargas industriais, zonas de espalhamento de lixos 100
Perímetros regados, arrozais 90
Pedreiras, zonas de extracção de areia, minas a céu 80
aberto, estaleiros
Aeroportos, zonas portuárias, infraestruturas da rede de 75
auto-estradas e da rede ferroviária
Espaços de actividades industriais, comerciais e de 75
equipamentos gerais
Espaços verdes urbanos 75

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


Zonas com equipamentos desportivos e de ocupação de 75
tempos livres
Tecido urbano contínuo 75
Tecido urbano descontínuo 70
Culturas permanentes (vinhas, pomares, oliveiras, etc.) 70
Culturas anuais associadas às culturas permanentes 50
Pastagens 50
Sistemas culturais e parcelares complexos 50
Terras ocupadas principalmente por agricultura com 50
espaços naturais importantes
Territórios agro-florestais 50
Meios aquáticos (sapais, salinas, etc.) 50
Florestas e meios semi-naturais, superfícies com água 0
ÍNDICE DE SUSCEPTIBILIDADE
(IS)

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


IS = 0,186 x D + 0,212 x R + 0,259 x A + 0,121 x T + 0,222 x OS
ÍNDICE DE SUSCEPTIBILIDADE
(IS)

O IS mostra uma
cartografia
mais detalhada. A
zona central
apresenta
agora áreas

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


claramente
distintas, desde a
baixa a elevada
vulnerabilidade
Comparação
Resultados Análises da Água - Modelo

ARSÉNIO BÁRIO NITRATOS

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


CONCLUSÃO

• Os modelos criados permitem visualizar a vulnerabilidade à poluição,


para as águas subterrâneas e sub-superficiais, tendo em conta as
características intrínsecas do aquífero (DRASTIC e DRASTIC pesticida) e
as atividades antropogénicas (extrínsecas) da região.

• Os SIG são uma ferramentas indispensável para o planeamento


sustentável. A possibilidade de integrar informação em diferentes

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


escalas e suportes, torna-se uma mais valia preciosa quando se
trabalha na modelação do meio ambiente.

• Nos desenvolvimentos futuros do trabalho torna-se necessário


melhorar o cálculo de alguns dos parâmetros estimados (e.g a
recarga), levando a cabo campanhas de campo e ensaios in situ.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS

 Website
http://comunidad.uemc.es/investigacion/gema/ProyectoAgueda/index.html

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


 Facebook
http://www.facebook.com/pages/Proyecto-Agueda
INFORMAÇÕES ADICIONAIS

 Sandrina de Oliveira – sandrinafidalgo@ipcb.pt

 Prof. Teresa Albuquerque- teresal@ipcb.pt

Oliveira, S.F., Albuquerque, M.T.D., Antunes, I.M.H.R.


 Prof. Margarida Antunes – imantunes@ipcb.pt

Você também pode gostar