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República Federativa do Brasil

Ministério de Minas e Energia


Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
Diretoria de Geologia e Recursos Minerais
Departamento de Recursos Minerais

COBRE DE BOM JARDIM


ESTADO DE GOIÁS
Ivan Wilson Brandão Oliveira

Superintendência Regional de Goiânia


2000
EQUIPE TÉCNICA

ELABORAÇÃO DO INFORME EXECUÇÃO DA PESQUISA

Joffre Valmório de Lacerda Filho Odair Olivatti


Gerente de Recursos Minerais Coordenação de Recursos Minerais

Ivan Wilson Brandão Oliveira


Gerente de Rel. Institucionais e Desenvolvimento Lorenzo Jorge Eduardo Cuadros Justo
Coordenação Técnica - Div. Pesquisas Próprias
Vergílio Augusto Radaelli
Supervisor
Sérgio Arcoverde de Gusmão Costa
Ivan Wilson Brandão Oliveira Chefe do Projeto
Executor do Informe

Valdivino Patrocínio da Silva Renato Sales de Andrade


Digitalização Geoquímica

Gláucia Fátima de Oliveira Afonso


Digitação Walter Ohofugi
Antônio Eulálio Filho
Vergílio Augusto Radaelli Geofísica
Revisão do Texto

Vergílio Augusto Radaelli


Diagramação e Montagem

Impressão pela Superintendência Regional de Porto Alegre. Coordenação: Geól. Luís Edmundo Giffoni
Informe de Recursos Minerais
Série Oportunidades Minerais - Exame Atualizado de Projeto, nº 03

Ficha Catalográfica

O48 Oliveira, Ivan Wilson Brandão


Cobre de Bom Jardim - Estado de Goiás. - Goiânia : CPRM, 2000.

1 v. ; il - (Informe de Recursos Minerais, Série Oportunidades Minerais


- Exame Atualizado de Projeto, n.º 03)

1. Depósitos Minerais: Brasil


I. Título
II. Série
CDU 553.4 (81)
CDD 553.4
Apresentação

O Informe de Recursos Minerais objetiva sistematizar e divulgar os resultados das


atividades técnicas da CPRM nos campos da geologia econômica, prospecção, pesquisa e
economia mineral. Tais resultados são apresentados em diversos tipos de mapas, artigos
bibliográficos, relatórios e estudos.

Em função dos temas abordados são distinguidas oito séries de publicações, abaixo
relacionadas, cujas listagens são apresentadas ao fim deste Informe:

1) Série Metais do Grupo da Platina e Associados;

2) Série Mapas Temáticos do Ouro, escala 1:250.000;

3) Série Ouro - Informes Gerais;

4) Série Insumos Minerais para Agricultura;

5) Série Pedras Preciosas;

6) Série Economia Mineral;

7) Série Oportunidades Minerais - Exame Atualizado de Projetos;

8) Série Diversos.

A aquisição de exemplares deste Informe poderá ser efetuada diretamente na


Superintendência Regional de Goiânia ou na Divisão de Documentação Técnica, no Rio de
Janeiro. Os endereços e e-mails correspondentes estão listados na contracapa.
1. Introdução

O presente documento constitui uma minações sulfetadas e dispostos em estru-


compilação dos resultados obtidos na execu- tura semicircular.
ção dos trabalhos de pesquisa para cobre,
realizados na década de 70 no Projeto Bom Em razão da constatação de ambi-
Jardim, localizado no município de Bom ente favorável, foram requeridas áreas para
Jardim de Goiás, região oeste do Estado. pesquisa abrangendo a superfície ocupada
pelos anfibolitos e adjacências.
A região tornou-se objeto de interesse Os trabalhos de pesquisa realizados
para pesquisa, à época, devido à constatação permitiram a delimitação de um depósito de
de anomalias radiométricas, no canal de sulfeto de cobre disseminado, alojado em
potássio, na borda oeste do Granito Piranhas, rochas vulcânicas da Seqüência Vulcano-
associadas a anfibolitos portadores de disse- Sedimentar de Bom Jardim de Goiás.

1
2. Localização, Vias de Acesso e Infra-Estrutura

As áreas de pesquisa estão tuado através da rodovia GO-060 até a cidade


localizadas a sul da cidade de Bom Jardim de de Piranhas, por 317km. Desta cidade até
Goiás, no oeste do Estado. Bom Jardim se trafega pela BR-158 em um
percurso de 48km. Ambos os trechos são
O acesso, a partir de Goiânia, é efe- asfaltados (figura 1).

Mozarlândia
LOCALIZAÇÃO Guarinos Pilar
São Luiz
do Norte
Aruanã
Nova Itapaci
15º 00' América
Nova Santa Rita do
Araguapaz Glória Novo Destino

Rubiataba Santa
Britânia Ceres Izabel
Morro São
Agudo Patrício Goianésia
Carmo do Rialma
Rio Verde
Faina Uruana Rianápolis
Matrinchã
Itapuranga

Guaraíta
Heitoraí Jaraguá
Santa Fé Itaguaru
Itapirapuã
Barra do Jussara São
Garças Francisco
Itaguari Jesupolis
Aragarças Goiás
16º 00' Novo Brasil Santa
20 0 50km Montes Claros Itaberaí Taquaral Rosa
Petrolina
Mossâmedes
Jaupaci Ouro
Fazenda
E S C A L A Bom Jardim Nova Sanclerlândia Americano
Itauçu Damolândia
Verde
Diorama Buriti
Baliza BR do Brasil
Córrego Nova
-1 Israelândia Araçu Veneza
58 Arenópolis do Ouro
Inhumas Nerópolis
Adelândia
GO Anicuns Santo
Iporá São Luiz de
Piranhas - 060 Montes Belos Avelinópolis Antônio
Moiporá Goianira
Projeto Nazário
Trindade Goiânia
Ivolândia Santa
Bom Jardim Amorinópolis
Firminópolis
Turvânia Bárbara
Palestina Cachoeira Aurilândia Campestre Abadiânia
Doverlândia Aparecida de
São João da Palminópolis Guapó Goiânia
Paraúna Palmeiras

Aragoiânia
Paraúna Hidrolândia
Caiapônia Cezarina
17º 00'
53º 00' 52º 00' 51º 00' 50º 00' 49º 00'

Figura 1 - Mapa de situação

A área de pesquisa é alcançada LOCALIZAÇÃO


p/ Bom Jardim

Faz.
rvo

Boa Vista
através de estradas municipais e vicinais que
Ce

levam à região denominada Campo Formoso, Ponte sobre


o Córrego
C ó r r.
onde a ponte sobre o córrego do Cervo, do do Cervo Faz.
Água Branca

distando aproximadamente 10km a SSE de h


o

Bom Jardim, é um marco para o acesso ao v


in
o

r
ir

e
te

local do depósito, distante cerca de 28km


C
a
M

C ó r r.
GOIÁS
(figura 2). Cór
r. Faz.
São Miguel s
DF
o
ac

Goiânia
Ma c

Na região desenvolve-se atividade


C ó r r. d o
Me

tipicamente agro-pastoril (arroz, milho, feijão s Projeto


io

16°20’ o Bom Jardim


d
ia

e gado bovino). O polo econômico compre-


e

Rib
. va
s

ld

Faz.
aco

ú
A

Joana D’Arc Faz. Faz.


C a m ba

ende as cidades vizinhas de Barra do Garças


os

Cristiano João Rabelo


c

ec
Ma

r r.

e Aragarças, distantes 58 km da área do


rr

Faz. Manoel

Ma

Guimarães
Faz.
a s
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r r.
projeto.
s

Lázaro Có
do

rn

Faz.
r.

o
Có r

Crispim h
.
R ib

in
ir
et
Nestas cidades encontram-se bons R
C ó r r.

Faz.
Faz. Cachoeira Faz. Campo Formoso
hotéis, hospitais, agências bancárias, comér- José Alves Có
r r. (Sebastião de Souza)

cio variado e linhas aéreas regulares para Faz.Galheiro Estrada secundária


Goiânia e Cuiabá. de Cima Faz.
Meia Ponte Estrada vicinal

Acampamento Drenagem
16°25’
CPRM Faz.
A região dispõe de rede de energia Jovita
DNPM 812.488/74 Arnica Sede de fazenda
Área disponível
elétrica com subestações e linhas de Ar nic a
para negociação

transmissão adequadas, estando prevista


1 0 2km
ca

.
rr
Ja

.
ó rr E S C A L A
construção de novas hidrelétricas, principal- C
C
ó 52°05’

mente no Rio Caiapó (figura 3). Figura 2 - Localização e acesso à área

2
Série Oportunidades Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 03

LOCALIZACÃO 15º 30'

kV Faz.
,5

a ia
34 Canadá
MATO

34
GOIÁS

gu

,5
GROSSO

kV
Ara
DF 13,8 kV São Sebastião 69
Caiapó Registro do Rio Claro kV
Goiânia do Araguaia Santa Fé

13
Rio
S.J. Alves

,8
Ri o C. P.Silva Cesário

kV
Campo

34
Aragarças Ponte Alta Alegre
Aparecida Betânia

,5
Nova
Baunilha Mal. Trindade

kV
S. J. Peres do Rio Claro
Rondon
69 k

Rio
16º 00' Montes
Claros 69 kV Três Marcos
V

Sentinela Lucilândia
Cl
aro
(50 MW)

34
J. Freitas

,5
J. Gregório

13
Bom Jardim C Papira

kV
,8
de Goiás a
ia

kV
kV
p
ó

,8
69 Kv Diorama

13
S. Ferreira 69 kV
Projeto Mosquitão kV
Bom Jardim kV ,5
, 8 34
10 0 20km
13 (200 MW)
Piranhas 34,5 kV Arenópolis Iporá 69 kV
ESCALA Estrela
69 kV 13,8 k
do Oriente Goiporá V
52º 00' 51º 30'
Mosquitão
(200 MW)

Hidrelétrica programada, Subestação em Subestação Centro de Opera- Linha de transmissão Linha de transmissão Divisa municipal
área do reservatório e potencial operação planejada ção de Distribuição em operação planejada

Figura 3 - Infra-estrutura energética

3
3. Aspectos Legais

Em 1976, no Relatório Preliminar de Com o prosseguimento dos trabalhos


Pesquisa, foi apresentada justificativa para nesta nova fase, apenas uma área revelou-se
continuidade da pesquisa inerente à fase de positiva, para a qual foi elaborado o respectivo
detalhamento, como resultado dos trabalhos Relatório Final de Pesquisa, correspondente
até então realizados. Das dezessete áreas ao Alvará no 4492 (DNPM 812.488/74), cuja
com alvará de pesquisa, oito foram descar- aprovação foi publicada no D.O.U. de
tadas, ao tempo em que foi solicitada a reno- 24/07/80 (figura 2).
vação de nove áreas, com averbação para
cobre em cinco delas.

4
4. Aspectos Fisiográficos

4.1 - Geomorfologia a temperatura média, dos meses mais frios,


o
acima de 18 C.
No aspecto geomorfológico, destaca-
se em toda porção sul e ocidental da área, A precipitação anual média é da
relevo bastante acidentado, acentuado pelas ordem de 1800mm.
cristas elevadas de direção aproximadamente
NS (NE) desenvolvidas sobre rochas do Com- 4.3 - Hidrografia
plexo Vulcano-Sedimentar de Bom Jardim de
Goiás, Grupo Cuiabá e Granito Piranhas. O sistema hidrográfico é comandado
pelo córrego dos Macacos, que deságua no
As cotas em torno de 850m expõem rio Piranhas, afluente da margem direita do rio
superfície pré-devoniana sobre a qual estão Araguaia.
assentados os sedimentos da Bacia do Para-
ná. Estes exibem-se em fronts de cuestas, O sistema de drenagem é do tipo sub-
formando escarpas abruptas, com cotas retangular e, localmente, anastomosado ou
máximas de 900 a 1000m de arenitos da dendrítico.
Formação Furnas.
4.4 - Vegetação
A nordeste da área sobressaem
elevações quartzíticas da unidade, à época O tipo de vegetação predominante é o
chamada de Morro Selado, com cotas de até cerrado, que se desenvolve nas regiões aplai-
630m. nadas e zona de solos arenosos.

4.2 - Clima Nas áreas de relevo mais acidentado


e solos mais férteis predomina uma vegeta-
O clima predominante na região é do ção de mata.
tipo AW da classificação de Köeppen, típico
das savanas tropicais, com estações bem Faixas descontínuas, remanescentes
definidas: uma seca e fria (outono-inverno) e de matas galerias, dispõem-se ao longo dos
outra quente e úmida (primavera-verão), com córregos dos Macacos, da Aldeia e Furnas.

5
5. Síntese Geológica Regional
Os trabalhos de pesquisa foram nidas as seguintes unidades estratigráficas:
desenvolvidos em rochas pré-cambrianas do 1. Grupo Araxá, 2. Unidade Morro Selado, 3.
Complexo Vulcano-Sedimentar de Bom Complexo Vulcano-Sedimentar de Bom Jar-
Jardim de Goiás, situado geologicamente dim de Goiás, 4. Grupo Cuiabá, 5. Intrusivas
entre a Faixa Orogênica Paraguai-Araguaia, a Graníticas, 6. Formação Piranhas, 7. Grupo
oeste, e o chamado Arco Magmático de Paraná e 8. Formação Aquidauana.
Goiás.
Entretanto, com a evolução no conhe-
Com base nos trabalhos disponíveis à cimento da geologia, tornou-se oportuna a
época, além dos de pesquisa, foi elaborado o apresentação de um Esboço Geológico
Mapa Geológico Regional, apresentado no Regional, com maior abrangência superficial
Relatório Final de Pesquisa, abrangendo a e que também incorporasse os novos conhe-
superfície que compreendia a área total dos cimentos (figura 4).
nove alvarás de renovação, onde foram defi-

Mato
a
Grosso ai
gu
ra
A

Ri
o Goiás

Bom Jardim
20 de Goiás
60

160 15’

60

20
45

60

Cu
Piranhas

160 30’

520 00’

CENOZÓICO PALEOZÓICO Granitos Sin a Tarditectônicos Granitos Sintectônicos

Cobertura Sedimentar Cobertura Sedimentar


Suíte Rio Caiapó Ortognaisses do Oeste de Goiás

Formação Araguaia
Formações Piranhas, Vila Maria,
Suíte Gabro-Diorítica
MESO-NEOPROTEROZÓICO
Furnas, Ponta Grossa e Aquidauana
Sudoeste de Goiás

MESOZÓICO NEOPROTEROZÓICO Seqüências Metavul- Grupo Cuiabá


canossedimentares
Província Alcalina Sul de Goiás Arco Magmático de Goiás PALEOPROTEROZÓICO
Granitos Pós Tectônicos
Bom Jardim de Goiás Complexos Indiferenciados
Suíte Plutônica Iporá
Ultramáficas Alcalinas Suíte Intrusiva Serra Negra
Arenópolis-Piranhas Associação Ortognássica-Migmatítica

10 0 20km
Fonte: Mapa Geológico do Estado Área de Pesquisa Local do
de Goiás, escala 1:500.000 (1999) Cu depósito
remanescente
E S C A L A

Figura 4 - Esboço geológico regional

Em termos geotectônicos, atual- Por fim, e considerando que o obje-


mente, a porção sudoeste do Estado é consi- tivo do presente é relatar a geologia das áreas
derada como representante do Arco Magmá- de pesquisa, a seguir estão descritas as
tico de Goiás, unidade esta atribuída ao Neo- unidades reportadas no Relatório Final e cote-
proterozóico (0,57 a 1,0 Ga). jadas com o novo contexto estratigráfico.

6
Série Oportunidades Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 03

5.1 Ortognaisses do Oeste de Goiás Jardim de Goiás, da base para o topo, em três
unidades assim constituídas: a) Bj1 - metaba-
À época da realização dos trabalhos salto e metatufo básico; b) Bj2 - metandesito,
de pesquisa, a região localizada a leste e noro- metarriolito e metatufo intermediário; e, c) Bj3
este da área era considerada como Complexo - sedimentos terrígenos e químicos intercala-
Basal, constituído por uma associação de dos nas unidades anteriores, representados
metamorfitos de alto grau onde predominam por metaconglomerado polimítico, metarcó-
biotita gnaisses, hornblenda gnaisses, granito sio, metachert, metagrauvaca, metassiltito,
gnaisses, granitos de anatexia e anfibolitos. A xisto, filito, ortoquartzito e orto-conglomerado.
esta unidade atribui-se atualmente o termo
Ortognaisses do Oeste de Goiás, englobando Na nova concepção, os termos quar-
metamorfitos com predominância de biotita tzíticos da Unidade Morro Selado anterior-
gnaisses, gabros, dioritos, granitos e tonalitos mente descrita, pertencem à seqüência vulca-
de cor acinzentada a rosada. no-sedimentar, enquanto que a Formação
Piranhas também fica englobada na seqüên-
5.2 Granitos Milonitizados cia no que tange aos litótipos de caracteristica
síltico-arcosiana, às grauvacas e aos psefitos.
Ocorre descontinuamente a leste das 5.4 - Grupo Cuiabá
áreas de pesquisa, na forma de biotita-musco-
vita gnaisses e quartzo-muscovita-biotita xistos. Este grupo está representado nas
áreas de pesquisa por xistos sericíticos, em
Estes litótipos, atribuídos anterior- geral bastante alterados, aos quais é atribuída
mente ao Grupo Araxá, estão localizados nas idade neoproterozóica.
cercanias da Falha do Córrego dos Macacos e
constituem, na verdade, pequenos corpos 5.5 - Intrusivas Graníticas
graníticos cisalhados em diferentes estágios
de deformação, que lhe conferem o aspecto Na região são conhecidos três corpos
gnáissico-xistoso. São atribuídos, atualmen- de granito, dentre os quais o Granito Serra
te, à Suite Rio Caiapó, constituída por granitos Negra, que ocorre imediatamente a oeste de
caracteristicamente sin a tarditectonicos. Piranhas, de onde estende-se até as áreas de
pesquisa. Os dois outros corpos, de menor
5.3 - Unidade Morro Selado/Complexo Vul- extensão, estão localizados a SW da cidade
cano-Sedimentar de Bom Jardim de de Bom Jardim de Goiás.
Goiás/Formação Piranhas
O Granito Serra Negra representa
A primeira unidade, situada entre o atualmente o termo principal da suíte intrusiva
Complexo Basal e o Complexo Vulcano homônima, composta por corpos graníticos
Sedimentar de Bom Jardim de Goiás, foi de caráter pós-tectônnico de tendência
admitida como constituída por uma estreita alcalina. Os demais corpos mencionados
faixa de rochas quartzíticas, com largura fazem parte da Suíte Rio Caiapó, de caráter
média de 200m. sin a tarditectônico.

5.6 - Grupo Paraná


O complexo vulcano-sedimentar,
constituído por uma assembléia de vulcânicas O Grupo Paraná é constituído por
e sedimentos detríticos metamorfisados ao rochas sedimentares devonianas, subdividi-
fácies xisto verde, foi subdividido em 7 subuni- das em duas formações: Furnas e Ponta
dades, representadas nas áreas de pesquisa. Grossa. Ambas ocorrem ao sul da área rema-
nescente do projeto.
A última unidade, a Formação Pira-
nhas, foi relatada como distribuída em peque- 5.7 - Formação Aquidauana
nas ocorrências no vale do Ribeirão dos
Macacos, tendo estratigraficamente, na base, Ocorre a norte, além das áreas de
um conglomerado de granulação grossa com pesquisa. Apresenta uma grande variação
seixos do Granito Piranhas, seguido por uma faciológica, tanto horizontal quanto vertical,
seqüência de arcósios, grauvacas e argilitos. que lhe é característica. Compõe-se predomi-
nantemente de arenitos avermelhados com
A conceituação atual reagrupa a lentes de folhelho e, mais raramente, siltitos.
Seqüência Metavulcano-Sedimentar de Bom

7
6. Nível de Conhecimento e Trabalhos Realizados
A evolução do conhecimento atingido métrico, mapeamentos geológicos em esca-
pelos trabalhos realizados teve como método las 1:4.000 e 1:2.000, geoquímica de solos
o adensamento das informações, desde os em malha de 100 x 50m, magnetometria, VLF,
levantamentos em escala regional até o nível IP, mise à la masse, 1 poço, 1 trincheira e 29
de detalhe. furos de sondagem rotativa, com um total de
6.725,40m perfurados. Na parte sul deste
Assim, sucederam-se estágios de alvo foi descoberto e avaliado um único corpo
pesquisa, além da implantação da infra- sulfetado (calcopirita) existente na área, com
estrutura e de levantamento da bibliografia, reserva de 4.575.660 e teor médio de 0,92%
fotointerpretação, reconhecimento geológico de cobre (para um teor de corte de 0,3%),
e levantamento geoquímico de sedimento de tendo sido executados ensaios de benefi-
corrente na escala 1:60.000, em uma primeira ciamento do minério e estudos de exeqüi-
fase. bilidade de lavra.

Estes trabalhos levaram à delimita- No Alvo 02, com 66,40 ha, foram
ção da área de interesse efetivo para a efetuados mapeamento geológico em escala
pesquisa, onde, em segunda fase, foi efetu- 1:4.000, magnetometria, VLF, IP, 3 poços, 1
ado mapeamento geológico em escala trincheira e 9 furos de sondagem rotativa, com
1:20.000 e, utilizando malha de picadas com um total de 667,30 m para cheque de
400 x 100m (ou 50m), foram executados anomalia, a qual não se revelou positiva.
levantamentos geoquímicos de solos, além
de levantamento geofísico de magnetometria Estas atividades caracterizaram,
e VLF. tanto no Alvo 01 como no Alvo 02, os
trabalhos inerentes à terceira fase.
Estas atividades conduziram tanto ao
descarte de áreas quanto à seleção dos alvos Os dados físicos totais de produção
01 (Capibaribe) e 02 (Cabeceiras do Furnas). estão discriminados no quadro 1, a seguir:
No Alvo 01 foi efetuado levantamento planialti-

Quadro 1 - Dados Físicos de Produção

Atividade Serviço Quantidade Unidade Atividade Serviço Quantidade Unidade

Magnetometria 97,67 km
Acampamento 1 construção VLF 91,92 km
Logística Abertura de estradas 19,20 km Geofísica
IP 26,43 km
Reparo de estradas 105,00 km Mise à la masse 3,05 km

Escritório Fotointerpretação 70,00 km2 Poço 36,00 m3


Escavação
Trincheira 3998,00 m
3

Picadas de serviço 219,70 km


Topografia Polígono delimitador 33,50 km
Furo 39 furo
Perfis altimétricos 12,25 km Sondagem
Perfuração 8001,50 m
Mapeamento 1:60.000 70,00 km2
Mapeamento 1:20.000 70,00 km2 Petrografia 191 análise
Geologia
Mapeamento 1:4.000 2,50 km2 Calcografia 46 análise
Mapeamento 1:2.000 1,90 km2 Raios-x 8 análise
Análise
Absorção atômica 8920 análise
Sedimento de corrente 70 amostra Espectrografia 88 análise
Geoquímica
Solo 3202 amostra Concentrado 4 análise

8
7. Resultados Obtidos
7.1 - Geologia Local Nesta região afloram vulcanitos e
sedimentos da Seqüência Vulcano-Sedi-
O corpo mineralizado descoberto mentar de Bom Jardim de Goiás, corpos
está integralmente contido na única área ígneos e sedimentos das formações Vila
remanescente (Área A-12) que se localiza na Maria e Furnas (figura 5).
porção sul do bloco inicial de requerimentos.

Faz. do
500


65 Antônio
B

rr.
70
A
60

Ca
pib
600
60 B
erib
Aldeia

e A
CPRM 70 700

0
da

A B 80 0
90
B A Faz.
B Sebastião
Jovita
A N

Alvo 01
Córr.

LOCALIZAÇÃO 60
B
Formação Formação Intrusivas Intrusivas Acamamento A Estradas e caminhos
Furnas Vila Maria Básicas Graníticas Falha com movimento
relativo dos blocos
70
Seqüência Vulcano-Sedimentar de Bom Jardim de Goiás Xistosidade
250 0 500m

A-12
Subunidade 3 Subunidade 4 Subunidade 5 Subunidade 6 Contato geológico ESCALA
Lineação estrutural aproximado

Figura 5 - Geologia da área remanescente de pesquisa

Sequência Vulcano-Sedimentar de gada no sentido sul-norte, em todo o extremo


Bom Jardim de Goiás ocidental da área. A leste está delimitada
pela Falha da Aldeia que evidencia o contato
É constituída localmente por litótipos com a subunidade 3. A noroeste exibe
de quatro subunidades (3, 4, 5 e 6) que contato geológico aproximado com a Subuni-
ocupam a porção centro-ocidental da área de dade 5.
pesquisa, dispondo-se grosseiramente em
faixas seqüenciais a partir da base (subuni- Andesitos e, mais raramente, tufos
dade 3), a leste. ácidos constituem os litótipos dominantes.
Subunidade 3 Subunidade 5
Ocupa o terço ocidental da área, Aflora em estreita faixa submeridiana,
estando balizada a oeste pela Falha da Aldeia, em pequena porção no canto noroeste da
que a põe em contato com a Sub-unidade 4. A área, onde, tanto para leste quanto para oeste,
nordeste exibe contato geológico aproximado exibe contatos geológicos encobertos,
com as Intrusivas Graníticas. A sul e sudeste respectivamente com as subunidades 4 e 6.
está capeada discordantemente pelos
sedimentos Vila Maria. É composta essencialmente por meta-
conglomerados polimíticos, contendo frag-
É composta essencialmente por um mentos de rochas de granulometria variada
pacote de metatufos riodacíticos com inter- (de milímetros a blocos de até 1m) imersos em
calações subordinadas de metatufos líticos, matriz areno-arcosiana silicificada
metabrecha e metalavas riodacíticas.
Subunidade 6
Subunidade 4
Ocupa pequena porção do extremo
Ocorre em estreita faixa (pouco mais noroeste da área, onde exibe contato geoló-
de uma centena de metros de largura), alon- gico encoberto com a subunidade 5, a leste.

9
Informe de Recursos Minerais

Localmente é constituída por metas- 7.2 - Prospecção Geoquímica


siltitos, filitos e metarcósios.
Na primeira fase (regional) foi efetu-
Intrusivas Básicas e Intermediárias ado a coleta de 130 amostras de sedimentos
de corrente. A densidade média foi de uma
2
Dois pequenos corpos plutônicos, amostra por km , que foram analisadas por
básicos a intermediários, estão alojados nas AA para Cu, Pb e Zn e, parcialmente, para Fe
rochas da Subunidade 3, no centro-norte da e Mn.
área.
Nas demais fases foram coletadas
Nas proximidades do córrego Capibe- 3.202 amostras de solo, primeiramente numa
ribe, o corpo tem composição de diabásio, malha retangular de 400 x 100m (semi-
coloração cinza-escura, granulação fina a detalhe), enquanto que na fase de detalhe a
média, sendo constituído essencialmente por amostragem foi efetuada em malha de 100 x
delgadas ripas de plagioclásio envolvendo 50m e 50 x 20m, de acordo com condições
hornblenda, em típica textura subofítica. locais do relevo, principalmente. Quanto às
análises químicas foi utilizado o mesmo
Intrusivas Graníticas método adotado na fase regional.

Ocorrem no centro-norte e nas por- 7.3 - Prospecção Geofísica


ções nordeste e extremo sudeste da área,
onde estão alojadas na Subunidade 3 da Nos levantamentos efetuados na fase
Seqüência Bom Jardim. Exibem aí contato regional, escala 1:20.000, foram utilizados os
térmico e portam xenólitos da encaixante. métodos magnetométrico e VLF enquanto
que a fase seguinte caracterizou-se pela exe-
São constituídas, em essência, por cução de levantamentos magnetométricos, IP
termos leucocráticos de coloração rósea, e VLF, levados a efeito nos alvos selecio-
isotrópicos, de granulação média a grossa e nados na escala 1:4.000. O método mise à la
com fenocristais de microclínio. masse foi executado em dois furos de sonda
(BJ-17 e BJ-18), ambos no Alvo 01, com o
Formação Vila Maria objetivo de verificar a extensão das minera-
lizações atravessadas.
Ocorre como estreitas faixas sinuosas
capeando discordantemente os litótipos da 7.4 - Poços e Trincheiras
Seqüência Bom Jardim e os corpos graníti-
cos. Amplo pacote da Formação Furnas a Visando essencialmente a definir
encobre concordantemente no centro-leste da parâmetros de estruturas geológicas foram
área. abertos três poços e uma trincheira no Alvo 02
e um poço e uma trincheira no Alvo 01.
É constituída, da base para o topo,
7.5 - Sondagem
por um pacote de metaconglomerados polimí-
ticos cinza-escuros, que passam a siltitos e
Os trabalhos de perfuração a diaman-
argilitos de cores vermelha a cinza-escura.
te constaram da execução de 40 furos perfa-
zendo um total de aproximadamente 8.000m
Formação Furnas assim distribuídos:
Ocupa a porção centro-leste da folha
Alvo 01 29 furos 6.725,40m
onde assenta concordantemente sobre os
Alvo 02 9 furos 667,30m
sedimentos Vila Maria.
A seleção de sítios para a execução
É constituída essencialmente por das perfurações foi efetuada primordial-
sedimentos marinhos neríticos com mente, embora não exclusivamente, a partir
estratificações cruzadas, marcas de onda e da integração dos dados geológicos,
níveis de minerais pesados. Os litótipos são geofísicos e geoquímicos (furos BJ-8 a BJ-15)
arenitos brancos, muito grossos, mal selecio- cujos resultados no Alvo 01 levaram à identi-
nados, feldspáticos e caolínicos, com finas ficação da mineralização (figura 6).
intercalações de folhelhos micáceos.

10
Série Oportunidades Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 03

160W 140W 120W 100W 80W Os furos pioneiros no Alvo 02 visaram


25
680S essencialmente anomalias geofísicas.
NV
690S

28
700S
Os 608,80m restantes foram execu-
30 13 15
tados em locações fora da área de interesse
720S

08 deste trabalho.
730S
11
16 23
12
740S 7.6 - Ensaios Tecnológicos
18 24
750S
14
19
760S
Uma amostra, composta por teste-
31 21 33 munhos de sondagem de 6 furos, da ordem
770S
27
17 35 22
de 50kg, foi submetida a ensaios tecnológi-
20 39
780S
cos. O procedimento constou de britagens a
26
37
29
790S 10 malhas (1,68mm), de cujo conjunto foram
34
800S tomadas 5 alíquotas (1kg cada) para carac-
38
810S
terização química e mineralógica e estudos
36
820S
da distribuição do cobre nas diversas frações
granulométricas e o grau de liberação.
830S

NO de furos = 29 Total perfurado = 6.725,40m Linha topográfica


100 0 200m
Furo mineralizado Furo estéril
ESCALA

Figura 6 - Localização dos furos de sonda no Alvo 1

11
8. Mineralização

8.1 - Características norte da Bacia do Paraná. Dispõe-se desde o


topo até a meia encosta de um pequeno
Os trabalhos de pesquisa levaram à espigão alongado na direção SSE-NNW, com
seleção de dois alvos tidos como promissores altitudes variando entre 550 e750m.
e à existência de concentrações econômicas
de sulfetos de cobre, denominados respecti- O corpo de minério, do tipo lenticular
vamente Alvo 01 (Capibaribe) e Alvo 02 disseminado, está confinado a um pacote de
(Cabeceiras do Furnas). metatufos riodacíticos da Subunidade 3. São
rochas silicificadas, freqüentemente cortadas
O Alvo 02 foi selecionado a partir da por vênulas ou lâminas quartzosas. Ocasio-
ocorrência de afloramentos com calcopirita, nalmente são atravessadas por diques de
malaquita e pirita, localizadas na zona de diabásio centimétricos a métricos.
contato dos metandesitos da Subunidade 2
com os metavulcanitos riodacíticos da Sub- A mineralização apresenta uma
unidade 3. No entanto, a prospecção através distribuição muito descontínua, tanto lateral
de 667,30m de sondagem com a finalidade de como verticalmente, com níveis de concen-
testar anomalias geofísicas associadas trações de sulfetos mostrando limites difusos,
revelou que a mineralização está restrita a e entremeados com faixas de rochas estéreis.
pequenas fraturas, não sendo detectada De uma maneira geral, os sulfetos ocorrem
nenhuma concentração significativa. sob a forma de disseminações, vênulas,
venulitas e lâminas, interconectadas ou não
O Alvo 01 foi demarcado a partir da entre si, ora mais, ora menos concentradas, e
incidência de fortes anomalias geoquímicas dispostas subparalelamente à foliação da
de cobre em solo e ocorrência de afloramento encaixante, sem uma direção de controle
com mineralizações de calcopirita, malaquita, aparente. Estes fatos demonstram a defor-
pirita e pirrotita. A prospecção, através de mação que afetou a mineralização.
6.725,40m de sondagem, conduziu à delimi-
tação do corpo de minério disseminado. Há, localmente, concentração de sul-
feto maciço com até 2,10m de espessura
O mineral predominante do minério aparente. Em brechas de falhas, que cortam o
de cobre é a calcopirita. A calcosita e a cove- corpo de minério, ocorrem níveis maciços de
lita são secundárias e muito raras. O ouro sulfeto, com até 1metro de espessura.
associado à mineralização encontra-se em
quantidades pequenas, sendo comumente Os sulfetos constituem cerca de 1 a
detectados teores de até 0,9ppm em análises 5% do corpo de minério em média, dos quais
por absorção atômica. aproximadamente 30% são formados de
calcopirita, com calcosita e covelita subor-
O depósito mineral está localizado na dinadas. Cerca de 65% dos sulfetos são
porção ocidental da área remanescente, constituídos por pirita que, juntamente com
numa região de relevo bastante acidentado, 5% de pirrotita, arsenopirita e marcassita,
bordejada pela escarpas areníticas do limite constitui a ganga sulfetada.

W E
(770S-150W)

(77 S-130W (30°))


(770S-145W)
BJ - 27GO

800
SEÇÃO 770S (de 170W a 70W)
BJ - 17GO

(770S-95W)
BJ - 22GO
BJ - 35GO

700 A B
Profundidade

Solo Falha inferida


(m)

100 100
100 100
Solo com blo- Foliação
cos de meta-
tufo riodacítico
500
Zona de
cisalhamento
Metatufo riodacítico
20
0
200 A B
200 ESCALA 200 Mineralização a
22 Indicação do
0,4 20 0 40m 203,15m pirita e/ou calco- movimento re-
5m Para teores de Cu > 0,1%
pirita e/ou pirrotita. lativo dos blocos
400 0 4 6 8 ESCALA
250,20m 240,25m Furo de sonda
170W 160W 150W 140W 130W 120W 110W 100W 90W 80W 70W

Figura 7 - Perfil na Linha 770S, entre as coordenadas 70W E 170W

12
Série Oportunidades Minerais - Exame Atualizado de Projeto, 03

A calcopirita apresenta caracterís-


ticamente uma coloração amarela intensa,
dispondo-se, quase sempre, em cristais xeno-
mórficos envolvendo a pirita, ou penetrando-a
em microfraturas ou, ainda, constituindo-lhe
inclusões.

8.2 - Modelo Gitológico

Devido às características do jazi-


mento, atribui-se sua gênese ao tipo VMS

N
(volcanic massive suphide), hipótese esta Projeção espacial do corpo, mostrando forma
grosseiramente lenticular, do espaço que contém
aventada à época do Relatório Final de a mineralização sulfetada de Bom Jardim
de Goiás. Os limites são aproximados e a
Pesquisa. distribuição interna ocorre descontinuamente.
Para além das bordas seccionadas a Norte,
Leste e Sul, o minério ocorre em
quantidades muito pouco significativas, de
Um exemplo da distribuição espacial plano de até, no máximo, 100m a cada lado.
do minério ao longo dos furos está repre- falha
50 0 100m

sentada esquematicamente no perfil da ESCALA

figura 7 e a hipótese admitida para a morfolo-


gia está sintetizada na figura 8. Figura 8 - Hipótese de morfologia do corpo de minério

13
9. Conclusões

9.1 - Resumo Geral das Reservas chegar a uma recuperação total de 81%.

Em virtude da morfologia do corpo Comparativamente, em termos de


mineralizado e das informações disponíveis, ambiente geológico, rocha encaixante, idade,
adotou-se, no Relatório Final de Pesquisa, um metais contidos, tipo de mineralização, miné-
método de cálculo das reservas que mescla rio e ganga mineral, dentre os jazimentos
técnicas de geometria clássica e alguns con- cupríferos conhecidos no mundo, os que
ceitos probabilísticos e geoestatísticos. aparentemente mais se assemelham ao
depósito de Bom Jardim de Goiás estão
Neste relatório foi feita uma análise localizados no Camarões, na África Centro-
dos teores em cobre, pela construção da Reta Ocidental. Correspondem a corpos
de Henri. estratiformes de piri-ta-calcopirita do tipo
disseminado, associa-dos a amas de sulfeto
No quadro 2 é apresentada uma maciço, encaixadas nos níveis tufáceos do
síntese das reservas levando em conside- Grupo Vulcano-Sedimentar de Poli, com
ração um teor de corte de 0,3% de Cu. idade mínima de 500-600 m.a., relativa à
orogênese Pan-Africana. São conhecidos 7
jazimentos subeconômicos, com teores
Quadro 2 - Síntese das Reservas médios máximos de cobre de 0,5% e reserva
Alvará Reservas (t) Total Teor médio média de 1 a 2 milhões de toneladas de
Medida (1) Indicada (2) Inferida (3) (1) + (2) + (3) de cobre (%) minério.
4492/78 3.349.380 463.670 762.610 4,575.660 0,92
No entanto, do ponto de vista de
ambiência geológica, natureza da encaixante
9.2 - Comentários Finais e tipo de mineralização, o minério de Bom
Jardim de Goiás pode ainda ser comparado
Nos ensaios de flotação observou-se aos níveis estratigraficamente inferiores,
que, com uma operação de recleaner, foi caracterizados por uma mineralização essen-
possível obter um concentrado com 27,0% Cu cialmente a pirita-calcopirita, freqüentes nos
e recuperação de 62%. Salienta-se, porém, depósitos de sulfetos associados a green-
que com a recirculação dos mistos, se pode stone belts.

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10. Relatórios Disponíveis
01. COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM Projeto Bom Jardim -
Relatório Final de Pesquisa - Zinco. Alvará 4492 de 14 de junho de 1978 (D.O.U. de 08 de
agosto de 1978). Goiânia: CPRM, 1979. V.1.

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