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GEO-HISTÓRIA DE GOIÁS

Prof. Kanduka Oliveira

HISTÓRIA
O conteúdo ministrado neste curso está em
conformidade com a Lei estadual 14.911/2004
kandukatual@uol.com.br
kanduka.oliveira@facebook.com

HISTÓRIA
LEI Nº 14.911, DE 11 DE AGOSTO DE 2004.
Estabelece normas para a realização de concurso público.
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS, nos termos
do art. 23. § 7o, da Constituição Estadual, decreta e eu promulgo a seguinte
Lei:
Art. 1o As provas de concursos públicos estaduais, além das matérias
específicas de cada carreira, deverão conter questões atinentes à realidade
étnica, social, histórica, geográfica, cultural, política e econômica do Estado
de Goiás.
Art. 2o O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90
(noventa) dias a contar de sua publicação.
Art. 3o Esta lei entra em vigor na data de sua publicação
HISTÓRIA
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS, em Goiânia,
11 de agosto de 2004.
Deputado CÉLIO SILVEIRA
PRESIDENTE
GEO-HISTÓRIA DE GOIÁS
REALIDADE ÉTNICA, SOCIAL, HISTÓRICA, GEOGRÁFICA,
CULTURAL, POLÍTICA E ECONÔMICA DO ESTADO DE GOIÁS
1. Os povos indígenas do Brasil Central. 1.1. Grupos indígenas de Goiás.
1.2. A presença e o legado da cultura indígena. 2. Escravidão e
resistência negra. 2.1. A escravidão em Goiás. 2.2. A presença e o legado
da cultura negra. 3. O povoamento branco. 3.1. Cultura e religião na
sociedade colonial. 4. A população goiana. 4.1. Povoamento, movimentos
migratórios, densidade e distribuição demográfica. 4.2. População
economicamente ativa. 5. História política de Goiás. 5.1. A independência
em Goiás. 5.2. O Coronelismo na República Velha. 5.3. As oligarquias.
5.4. A Revolução de 1930. 5.5. Dinâmica política regional: partidos e
movimentos sociais. 5.6. Ditadura Militar em Goiás e a transição
democrática. 5.7. A política de 1930 até os dias atuais.
GEO-HISTÓRIA DE GOIÁS
6. Aspectos físicos do território goiano. 6.1. Hidrografia, clima, relevo e
vegetação. 7. Patrimônio histórico, cultural e religioso de Goiás. 7.1. A
culinária regional. 7.2. As festas religiosas. 7.3. O patrimônio histórico-
cultural e o turismo. 8. Formação econômica de Goiás. 8.1. As bandeiras e
a exploração do ouro. 8.2. A agricultura e a pecuária nos séculos XIX e
XX. 8.3. A estrada de ferro e a modernização da economia goiana. 8.4. A
construção de Goiânia e Brasília. 8.5. Industrialização, infraestrutura e
planejamento.
GEOGRAFIA DE GOIÁS
TO BA
LOCALIZAÇÃO

MT DF MG

MS MG MG
MAPA DO ESTADO DE GOIÁS
Raio-X de Goiás
REGIÃO: CENTRO-OESTE
ÁREA: 340.111,78 (7º)
POPULAÇÃO: 6.523.222 PNAD/IBGE (2014)
- 90% VIVEM NA CIDADE 10% CAMPO
FRONTEIRAS: MT (O), MS (SO), MG (L, SE e S), TO (N), BA
(NE) e DF (quase enclave)
MUNICÍPIOS: 246
PIB: R$ 124 bilhões (9º)
– (2,6% DO PIB DO BRASIL) –(SEGPLAN/IMB/2012)
– Agropecuária/mineração (14,1%), Indústria (26,6%), Serviços
(59,3%)
RENDA PER CAPITA: R$ 20.134,00 (11º) 2011
IDH: 0,735 (8º) (2011) - Alto
EXPECTATIVA DE VIDA: 73,6 ANOS (9º) 2011
MORTALIDADE INFANTIL: 17,7/1000 NASCIMENTOS (10º) 2011
ANALFABETISMO: 7,3% (8º) 2011
Serra Geral ou Espigão Mestre
Planalto
Sedimentar do
TO São Francisco
BA
LITÍGIO DE REIVINDICAÇÃO
FRONTEIRA Área: 15.400 km2
- Campos Belos
COM A BAHIA - São Domingos
- Mambaí
- Guarani de GO
- Posse
- Sítio D´Abadia
MT DF MG
Os baianos Os municípios
chamam a região baianos que
onde eles perderam perderão território
território de Borda são: Correntina,
do Chapadão
Cocos e Jaborandi
Ocidental.

MS MG MG
Regionalização: Mesorregiões Goianas
CARACTERÍSTICA MESORREGIÃO 1
PREDOMINANTE NORTE GOIANO
Clima Tropical de altitude
Relevo Planalto. O mais acidentado do estado
Solo Latossolo
Vegetação Cerrado de campo sujo e campo limpo
Economia Energia elétrica, mineração, turismo ecológico,
agricultura e pecuária de subsistência

1 - Norte Goiano (Alto Horizonte, Minaçu, Porangatu,


Niquelândia, Cavalcante, Campos Belos).
CARACTERÍSTICA MESORREGIÃO 2
PREDOMINANTE NOROESTE GOIANO
Clima Tropical semi-úmido
Relevo Planície
Solo Latossolo
Vegetação Cerrado típico e manchas de cerradão
Economia Pecuária de corte, turismo e ouro

2 - Noroeste Goiano (Aruanã, Britânia, Cidade de Goiás,


Mozarlândia, Nova Crixás, São Miguel do Araguaia, Mundo
Novo, Crixás e Faina).
CARACTERÍSTICA MESORREGIÃO 3
PREDOMINANTE CENTRO GOIANO
Clima Tropical de altitude
Relevo Planalto
Solo Latossolo
Vegetação Cerradão e manchas de cerrado típico
Economia Serviços, indústria, agricultura, pecuária mista
(corte e leite)

3- Centro Goiano (Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia,


Trindade, Senador Canedo, Bela Vista e Barro Alto).
CARACTERÍSTICA MESORREGIÃO 4
PREDOMINANTE LESTE GOIANO
Clima Tropical de altitude
Relevo Planalto
Solo Latossolo
Vegetação Cerrado típico, campo sujo e campo limpo
Economia Agricultura, pecuária mista (corte e leite) e
serviços

4- Leste Goiano (Entorno do DF – Luziânia, Cristalina,


Formosa, Alexânia, Novo Gama, Valparaíso, Águas Lindas,
Cidade Ocidental, Santo Antônio do Descoberto).
CARACTERÍSTICA MESORREGIÃO 5
PREDOMINANTE SUL GOIANO
Clima Tropical de altitude
Relevo Planalto
Solo Latossolo
Vegetação Cerrado típico e manchas de Cerradão
Economia Agricultura, pecuária mista (corte e leite),
indústria, energia, serviços e turismo.

5- Sul Goiano (Chapadão do Céu, Rio Verde, Catalão, Jataí,


Morrinhos, Mineiros, Itumbiara, Santa Helena, Quirinópolis,
Goiatuba, Caldas Novas e Rio Quente).
5 MESORREGIÕES:
Regionalização: 1 - Norte Goiano (Alto Horizonte,
Minaçu, Porangatu, Niquelândia,
Mesorregiões Goianas Cavalcante, Campos Belos), 2 -
Noroeste Goiano (Aruanã,
Mozarlândia, Nova Crixás, São Miguel
do Araguaia, Mundo Novo),
3- Centro Goiano (Goiânia, Anápolis,
Aparecida de Goiânia, Trindade,
Senador Canedo, Bela Vista e Barro
Alto),
4- Leste Goiano (Entorno do DF –
Luziânia, Cristalina, Formosa, Novo
Gama, Valparaíso, Águas Lindas,
Santo Antônio do Descoberto) e
5- Sul Goiano (Chapadão do Céu, Rio
Verde, Catalão, Jataí, Morrinhos,
Mineiros, Itumbiara, Santa Helena,
Quirinópolis, Caldas Novas e Rio
Quente).
Regionalização: 18 MICRORREGIÕES:
1 – São Miguel do Araguaia
Microrregiões Goianas 2 – Rio Vermelho
3 – Aragarças
4 – Porangatu
5 – Chapada dos Veadeiros
6 – Ceres
7 – Anápolis
8 – Iporá
9 – Anicuns
10 – Goiânia
11 – Vão do Paranã
12 – Entorno de Brasília
13 – Sudoeste de Goiás
14 – Vale do Rio dos Bois
15 – Meia Ponte
16 – Pires do Rio
17 – Catalão
18 – Quirinópolis.
EVOLUÇÃO DO PIB EM GOIÁS
GOIÁS BRASIL
Taxa de Taxa de
ANO crescimento(%) ANO crescimento(%)

2011 6,7 2011 2,7


2012* 4,4 2012* 1,0
2013* 3,1 2013* 2,3
2014* 3,0 2014* 0,1
Fonte: Revista Economia e Desenvolvimento:
IMB/Segplan-GO/Bacen
Brasil 2014 –Banco Central. * Projeção
É assim que cai na prova
(UEG/Soldado PM/2013) Os recursos naturais de uma
determinada região podem influenciar diretamente a sua
incorporação econômica, uma vez que representam um
conjunto de fatores necessários ao processo produtivo – os
insumos ambientais – que podem servir como indutores de
ocupação.
01. Com base nessas características, no território goiano
verifica-se que a microrregião
a) do Sudoeste Goiano foi palco de um grande
desenvolvimento da agricultura mecanizada, devido à
existência de grandes chapadões constituídos em sua
maioria por solos altamente ricos e relevo de planícies.
b) de São Miguel do Araguaia, constituída por latossolos argilosos
desenvolvidos sobre chapadões planálticos bem drenados,
favoreceu o desenvolvimento da pecuária leiteira e de corte, e a
agricultura mecanizada.
c) Chapada dos Veadeiros é caracterizada por um planalto
relativamente acidentado, com altitude média superior a 800
metros, abundante em solos ácidos e apresenta baixo potencial
para a agricultura mecanizada.
d) Vão do Paranã apresenta baixo potencial de ocupação agrícola
em virtude da presença de relevos muito acidentados, constituídos
por solos com alto teor de argila e índices pluviométricos inferiores
a 900mm anuais.
Goiás: aspectos físicos: Relevo
Altitude: média de 647m
Extremos (Cristalina 1.189m e Britânia e
Mundo Novo 263m)
Pontos culminantes:
- Serra do Pouso Alto (Chapada dos
Veadeiros) 1784 m
- Serra dos Pireneus 1395 m
- Serra dos Cristais 1250 m
Predomínio de topografia plano
ondulada
A maior parte do território goiano está
entre 300 e 900m de altitude. O relevo
consiste em grandes superfícies
aplainadas, talhadas em rochas cristalinas
e sedimentares.
Cinco unidades compõem o quadro
morfológico:
RELEVO GOIANO
Planalto Cristalino
do TO Planalto
BA
Araguaia/Tocantins Sedimentar do
São Francisco

Planície Aluvial do
Planalto
Médio Araguaia
Cristalino do
Leste
MT DF MG

Planalto Sedimentar
do Paraná
MS MG MG
TO 23º.C
BA
CLIMA E
PLUVIOMETRIA

1.800 mm 1.500 mm

MT DF MG

MS MG 20º.C MG
Principais massas de ar que atuam em Goiás
O estado de Goiás apresenta:
•Verão quente e chuvoso (out/abr)
•Inverno frio e seco (mai/set)

Massa de ar:
•mEc traz as chuvas ao estado
•mPa traz o frio traz frio ao estado
Clima predominante:
-Tropical

Variações:
-Tropical semi-úmido
-Tropical de altitude
Goiás: aspectos físicos
Vegetação e solo
Vegetação: Cerrado (70%) e manchas de floresta tropical
Solo: Ácido e pouco fértil.
Predomínio: latossolos vermelho-escuro e vermelho-amarelo
A maior parte do território de Goiás é recoberta por vegetação de
campos cerrados. As matas, embora pouco desenvolvidas
especialmente, têm(tinham) grande importância econômica para o
estado, de vez que constituem as áreas preferidas para a prática da
agricultura, em virtude de uma maior fertilidade de seus solos, em
comparação com os solos do cerrado típico (Stricto sensu).
Calagem e adubação
Calagem é a adição de calcário ao solo para correção de sua
acidez. Os solos do cerrado são ácidos e apresentam grande
concentração de íons hidrogênio e/ou alumínio no solo. Daí a
necessidade de correção com o calcareamento ou calagem.
Devido à pouca quantidade de nutrientes os solos do cerrado
também requerem adubação.
Área de abrangência do Cerrado

O cerrado ocupa o Centro-Oeste do Brasil, grandes áreas


nos Estados de Goiás, Tocantins, Piauí e Bahia, o norte e o
oeste de Minas Gerais e pequenas áreas no Estados do
Paraná, de São Paulo e de Roraima.
A rica biodiversidade do Cerrado
Cerrado
2º maior bioma do Brasil (23,9% do território nacional
(2 milhões de km2)
- mais rica floresta de savana do mundo (44% de
espécies vegetais endêmicas – pelo menos 300 de
uso medicinal)
Possui + de:
- 10.000 tipos de vegetais
- 195 mamíferos
- 605 aves
- 225 répteis
- 250 anfíbios
As diferentes paisagens do cerrado
O cerrado apresenta expressiva diversidade fisionômica, veja as
principais a seguir:
Cerradão ou Mato grosso goiano
Cerrado típico (Stricto sensu)
Campo sujo
Campo limpo
Mata ciliar, mata ripária ou de galeria
Veredas e buritizais ou brejos
Frutos da Terra
Periquito tá roendo o coco da guariroba
Chuvinha de novembro amadurece a gabiroba
Passarinho voa aos bandos em cima do pé de manga
No cerrado é só sair e encher as mãos de pitanga
Tem guapeva lá no mato
No brejinho tem ingá
No campo tem curriola, murici e araçá
Tem uns pés de marmelada
Depois que passa a pinguela
Subindo pro cerradinho, mangaba e mama-cadela
Cajuzinho quem quiser é só ir buscar na serra
E não tem nada mais doce que araçá dessa terra
Manga, mangaba, jatobá, bacupari
Gravatá e araticum, olha o tempo do pequi
...
Composição: Marcelo Barra
Árvores típicas da flora goiana (madeira-de-lei)

Angico Ipê-amarelo
A riqueza da fauna goiana

O cerrado possui uma biodiversidade imensa no que tange a


sua fauna, mas, nos últimos anos a ação antrópica (humana) tem
colocado em risco de extinção muitas dessas espécies

Segundo o IBAMA espécies como tamanduá-bandeira,


anta, lobo-guará, pato-mergulhão, tatu-bola, tatu-canastra,
cervo, cachorro-vinagre, ariranha, lontra, onça-pintada,
arara azul, dentre outras, estão seriamente ameaçadas de
extinção
Fauna de Goiás: animais em risco de extinção

Lobo-guará Tatu-canastra

Anta Tamanduá-bandeira
Hidrografia goiana
Principais rios de Goiás
Rios Areias, Aporé, Araguaia, Claro,
Corrente, Corumbá, Crixá-Açu (ou Crixá
Grande), Crixá-Mirim (ou Crixá
Pequeno), das Almas, dos Bois, Jacaré,
Manuel Alves, Maranhão, Meia-Ponte,
Paranã, Paranaíba, dos Peixes, Preto,
Santa Teresa, São Marcos, São Patrício,
do Sono, Tocantins, Tocantinzinho e
Vermelho, dentre outros.
A rede hidrográfica de Goiás é extremamente rica.
O divisor de águas do Brasil entre três bacias passa pelo centro do
estado de Goiás, atravessando-o de leste a oeste.
Todos os rios apresentam regime tropical, com cheias no semestre de
verão, estação chuvosa. Por esta razão Goiás e conhecido como o berço
das águas. Aqui vemos a importância da preservação dos mananciais do
de Goiás e do cerrado.
Goiás tem rios que abastecem três bacias: do Paraná ou do Prata
(Paranaíba); do Tocantins/Araguaia (Tocantins e Araguaia) e do São
Francisco (Preto e Urucuia).
Área drenada pela Bacia Tocantins/Araguaia

A Bacia do Tocantins-Araguaia abrange todos os


recursos hídricos que deságuam nos rios Tocantins e
Araguaia. A bacia ocupa uma superfície de 967.059 km², o
que a torna a maior entre aquelas que se encontram
totalmente dentro do território brasileiro, envolvendo os
estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Pará
e o Distrito Federal. Aproximadamente 9,5% do território
brasileiro é drenado pela Bacia do Tocantins-Araguaia.
Hidrografia goiana
Lagos: Azul (Três Ranchos), das Brisas (Buriti Alegre), dos
Tigres (Britânia), Cachoeira Dourada, São Simão, Serra da
Mesa (Uruaçu), Cana Brava (Minaçu e Cavalcante), Corumbá
(Caldas Novas, Ipameri e Corumbaíba) e Lago da Barragem
João Leite (Goiânia, Goianápolis e Terezópolis).

Eletricidade: Goiás exporta: Campos Belos, São Domingos,


Serra da Mesa, Cana Brava, Mambaí, Rochedo, Corumbá,
Corumbá III e Corumbá IV, Três Ranchos (Emborcação),
Itumbiara, Cachoeira Dourada, São Simão).
Infraestrutura rodoviária em Goiás

Estruturado no Governo Juscelino Kubitschek


Rodovias Federais que cortam Goiás
BR-153
Uma das vias mais importantes dos estado de Goiás

Goiás possui uma extensa malha viária. Conta com 4.159km de


rodovias federais (3.054 pavimentados), 18.610km de rodovias estaduais e
64.690km de rodovias municipais, o que totaliza 86.700km de rodovias, o
que totaliza mais de 87.000km de rodovias, dos quais somente 9.800 são
pavimentados.
Malha rodoviária rodoviária em Goiás
Estas são algumas da vias mais movimentadas do
estado
BR-153 corta o estado de Norte a Sul, ligando Itumbiara, na
divisa com Minas Gerais, a Porangatu, na divisa com
Tocantins.
BR-040 que liga Brasília a Belo Horizonte e ao Rio de
Janeiro conecta também, por sua vez, diversos municípios
goianos como Cristalina, Luziânia, Valparaíso de Goiás.
BR-060 que liga Brasília a Goiânia e ao Mato Grosso do
Sul, cortando o Sudoeste goiano
GO-070 liga Goiânia a Aruanã, importante cidade turística
na messorregião noroeste do estado.
Infraestrutura hidroviária em Goiás
Infraestrutura hidroviária em Goiás
A Hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná possui aproximadamente 1.700
quilômetros de extensão, 800 quilômetros localizados no Rio Paraná,
administrado pela Ahrana – Administração da Hidrovia do Paraná (ligada
ao Ministério dos Transportes), 554 quilômetros no rio Tietê e afluentes,
sob responsabilidade do Departamento Hidroviário do Estado de São
Paulo, e 180 quilômetros no Rio Paranaíba.
A hidrovia São Simão/Pederneiras movimenta R$ 10 bilhões por ano
em produtos de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Paraná e São Paulo.
São seis milhões de toneladas transportadas por ano, operações que
demandam o trabalho de poucas dezenas de marinheiros.
A mesma quantidade de grãos exigiria o trabalho de 200 mil caminhões
caso o transporte fosse realizado por rodovias.
Infraestrutura hidroviária em Goiás
Outro dado relevante é que, transportando uma tonelada de carga, a
distância percorrida com um litro de combustível é de 220 quilômetros pela
hidrovia, 85 quilômetros por ferrovia e 25 quilômetros pelo modal rodoviário.
Cada comboio fluvial, formado por quatro chatas e um empurrador,
transporta 6 mil toneladas de carga por viagem. O transporte entre São
Simão e Pederneiras (SP) é feito em quatro dias. Some-se a isso a
economia superior a 30% no preço do frete praticado no Brasil, fator que
representa diminuição de custo e consequente aumento de renda para os
produtores.
Quatro operadoras atuam em Goiás no Porto de São Simão: Caramuru,
ADM (Archer Daniels Midland), Louis Dreyfus Commodities e TNPM
(Transporte Navegação e Portos Multimodais LTDA).
A hidrovia foi reaberta em março de 2016 depois de passar dois anos
fechada por causa da seca de 2014/2015.
Unidade de processamento de soja
Unidade de processamento de soja
Transporte Multimodal
Ferrovia Norte-Sul
Ferrovia Norte-Sul

Objetivos
Estabelecer alternativas mais econômicas para os fluxos de
carga para o mercado consumidor;
Induzir a ocupação econômica do cerrado brasileiro;
Favorecer a multimodalidade;
Conectar a malha ferroviária brasileira;
Promover uma logística exportadora competitiva, de modo
a possibilitar o acesso a portos de grande capacidade;
Incentivar investimentos, que irão incrementar a produção,
induzir processos produtivos modernos e promover a
industrialização.
Fonte: Valec S/A.
Ferrovia Norte-Sul
Benefícios
Reduzir os custos de comercialização no mercado interno
Reduzir os custos de transportes
Reduzir a emissão de poluentes
Reduzir o número de acidentes em estradas
Melhorar o desempenho econômico de toda a malha
ferroviária;
Aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no
exterior;
Incentivar os investimentos, a modernização e a produção
agrícola;
Melhorar a renda e a distribuição da riqueza nacional.
Fonte: Valec S/A.
Municípios mais diretamente impactados pela
Ferrovia Norte-Sul

Observação: alguns dos municípios acima citados não


terão o seu território diretamente cortado pela ferrovia. Mas a
proximidade com a via férrea gerará impacto positivo no
escoamento da sua produção.
Infraestrutura ferroviária em Goiás

Ferrovia Norte-Sul
Concebida há 27 anos sob o propósito de interligar a
malha ferroviária e diminuir custos de transporte, a FNS, que
conectará quatro regiões e nove estados brasileiros, foi
viabilizada após entrar no PAC. Dos mais de 4 mil quilômetros
previstos, 1.574 quilômetros já estão em operação. O
investimento é de R$ 25,8 bilhões.
Infraestrutura ferroviária em Goiás
Quando concluída, possuirá a extensão de 4.155
quilômetros e cortará os estados
de Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, São
Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul.
A ferrovia foi concebida sob o propósito de ampliar e
integrar o sistema ferroviário brasileiro. Ligará Senador
Canedo (GO), a Belém (PA), conectando-se, a sul, em
Anápolis (GO), com a Ferrovia Centro-Atlântica, e, a norte, em
Açailândia (MA), com a Estrada de Ferro Carajás. Ao longo de
seu trajeto, a ferrovia segue paralela à Rodovia Belém-
Brasília (BR-153; BR-226 e BR-010) e ao leito do Rio
Tocantins.
A gigante está parada

A ferrovia Norte-Sul é um projeto lendário no Brasil,


concebido com a ambição ligar a Amazônia ao porto gaúcho de
Rio Grande, cobrindo 4.155km. Só que a obra avança
lentamente. E nem mesmo o que é entregue pode ser
considerado pronto. O trecho de Palmas a Anápolis (GO) foi
inaugurado em maio de 2014 pela presidente Dilma Rousseff.
Desde então, serviu para apenas duas viagens de carga.
Em abril/2015, foram transportadas 18 locomotivas da VLI,
empresa que opera a ferrovia no trecho entre Açailândia (MA)
e Palmas, os 719km que estão realmente funcionando.
A gigante está parada

Somente oito meses mais tarde, em dezembro/2015, a


poeira dos trilhos foi removida. Quatro composições levaram -
para a empresa Granol - 27 mil toneladas de farelo de soja de
Anápolis ao Porto de Itaqui, em São Luiz, graças à conexão
com a Estrada de Ferro de Carajás.
Em 2016 até o final de maio nenhuma viagem havia sido
feita. Não há expectativa de novas viagens para breve.
No tramo sul, entre Palmas (TO) e Anápolis (GO), a
concessão é da Valec – que cuida da gestão da circulação dos
trens e manutenção. Por meio de nota, a estatal explica que o
trecho está em plenas condições operacionais e com licenças
de operação concedidas pela ANTT e pelo Ibama em 2015.
A gigante está parada
Porém o transporte depende da iniciativa privada, de
negociações comerciais entre os operadores logísticos e os
donos de cargas.
Segundo a Valec, estão previstas novas viagens para
este ano, tanto da Granol quanto do Porto Seco Centro-
Oeste, com origem na cidade goiana. A estatal informa ainda
que está em processo de negociação o transporte de
contêineres por uma operadora ferroviária de Minas Gerais.
É assim que cai na prova

Após cerca de 25 anos de espera, o trecho de 855 km


da ferrovia Norte-Sul, que liga Palmas (TO) a Anápolis (GO),
a 55 km de Goiânia, foi inaugurado na manhã desta quinta-
feira (22 de maio). A presidente da República, Dilma Rousseff
(PT), participou da cerimônia e chegou ao local em
locomotiva acompanhada por cerca de oito autoridades, entre
elas o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o
ministro dos transportes, César Borges, e o presidente da
Valec Engenharia Construções e Ferrovias, responsável
pelas obras, José Lúcio Lima Machado.
Internet: . Acesso em 26/12/2014 (com adaptações).

01. (SPTC/2015/Funiversa) A respeito da ferrovia Norte-


Sul e do transporte ferroviário em Goiás, assinale a
alternativa correta.
É assim que cai na prova
(A) Mais de dois terços da produção agrícola do estado são
transportados por esse meio.
(B) Entre os objetivos da ferrovia Norte-Sul, está o de induzir
a ocupação econômica do cerrado brasileiro, além de
favorecer a multimodalidade de transportes no País.
(C) Em seu trecho goiano, a ferrovia Norte-Sul cortará
importantes cidades das regiões do entorno do Distrito
Federal e do Sudeste do estado.
(D) Quando estiver completa, a Norte-Sul terá início no Ceará
e terminará no Rio Grande do Sul, exercendo importante
papel na integração dos mercados regionais.
(E) A Norte-Sul permitirá uma maior utilização de um meio de
transporte que, apesar de mais flexível que o rodoviário, é
menos econômico que ele.
É assim que cai na prova
“Após cerca de 25 anos de espera, o trecho de 855 km da
Ferrovia Norte-Sul, que liga Palmas (TO) a Anápolis, a 55 km
de Goiânia, foi inaugurado na manhã desta quinta-feira (22)”.
(www.g1.globo.com, 22/05/2014).

02. (TJGO/2014/FGV/Analista) Quando estiver concluída,


serão 3500 quilômetros de trilhos da Ferrovia Norte-Sul,
que é um importante eixo ferroviário criado para:
(A) ampliar as possibilidades de transporte de passageiros
entre a Região Centro-Oeste e Sudeste;
(B) facilitar a exportação da produção de etanol do Centro-
Oeste para o exterior, através do porto de Recife;
(C) ampliar a capacidade de escoamento dos automóveis
produzidos em Goiás para os principais centros
consumidores da região Norte do país;
(D) promover a integração ferroviária entre as indústrias
automobilísticas de Goiás e a região mineradora localizada
no quadrilátero ferrífero em Minas Gerais;
(E) reduzir o custo de transporte das mercadorias produzidas
no Brasil, ampliando acesso e competitividade no mercado
externo.
Lembrem-se sempre!
Jamais desistam dos seus ideais.
Os anos enrugam o rosto.
Renunciar ao ideal enruga a alma.

General Douglas MacArthur.

Boa prova a todos vocês!

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