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PLANO DE PESQUISA

ÁREA CEDENTE 49,78 ha

DIAMANTE INDUSTRIAL
AREIA, CASCALHO
BASALTO

MUNICÍPIO UBERLÂNDIA /MG


Janeiro /2024

REQUERENTE:
Luvas Mineração Ltda
CNPJ-16.850.910/0001-01

RESPONSAVEL: ENGº DE MINAS


JOSÉ HENRIQUE DE DEUS FERREIRA
CREA 48256/D

JOSE HENRIQUE DE Assinado de forma digital por JOSE


HENRIQUE DE DEUS
DEUS FERREIRA:39469140630
FERREIRA:39469140630 Dados: 2024.01.08 10:18:15 -03'00'
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ÍNDICE
1 - INTRODUÇÃO
2 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO/CARACTERÍSTICAS DO PROPONENTE
3 - GEOLOGIA
4 - TRABALHOS PROGRAMADOS
4.1 - OBJETIVOS
4.2 - ETAPAS DE TRABALHOS PROGRAMADOS
4.2.1 - LEVANTAMENTOS BIBLIOGRÁFICOS
4.2.1.1 - PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
4.2.1.2 - FOTOGEOLOGIA
4.2.1.3 - PLANEJAMENTO
4.2.2 - RECONHECIMENTO GEOLÓGICO
4.2.2.1 - MAPEAMENTO DE RECONHECIMENTO GEOLÓGICO
4.2.2.2 - LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
4.2.3 - RECONHECIMENTO GEOQUÍMICO
4.2.3.1 - AMOSTRAGEM DE SEDIMENTO DE CORRENTE
4.2.3.2 - AMOSTRAGEM DE CONCENTRADO DE BATEIA
4.2.3.3 - AMOSTRAGEM DE SOLOS
4.2.3.4 - AMOSTRAGEM DOS AFLORAMENTOS
4.2.4 - ANÁLISE DE AMOSTRAS
4.2.4.1 - ANÁLISES QUÍMICAS
4.2.4.2 - ANÁLISES MINERALÓGICAS
4.2.4.3 - ANÁLISES PETROGRÁFICAS
4.2.5 - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
4.2.6 - PLANEJAMENTO DE ETAPA SEGUINTE
4.2.7 - TOPOGRAFIA PARA LOCAÇÃO DOS TRABALHOS
4.2.8 - MAPEAMENTO GEOLÓGICO
4.2.9 - PROSPECÇÃO GEOQUÍMICA
4.2.10 - PROSPECÇÃO GEOFÍSICA
4.2.11 - ABERTURA DE TRINCHEIRAS
4.2.12 - ANÁLISES DAS AMOSTRAS
4.2.13 - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
4.2.14 - PLANEJAMENTO DA ETAPA SEGUINTE
4.2.15 - LEVANTAMENTO PLANI-ALTIMÉTRICO
4.2.16 - ESCAVAÇÃO DE TRINCHEIRAS
4.2.17 – SONDAGENS E DRAGAGEM
4.2.18- LAVRA EXPERIMENTAL
4.2.19 - ANÁLISES QUÍMICAS
4.2.20 - CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E ENSAIOS DE BENEFICIAMENTO
4.3 - ORÇAMENTO DA PESQUISA MINERAL
4.4 - CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO DA PESQUISA
4.5 - RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA
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1 - INTRODUÇÃO

O presente plano de pesquisa visa a avaliação, sob o ponto de vista


técnico-econômico, de ocorrência de areia e cascalho, diamante, basalto, na
Fazenda Sobradinho a margem do Rio Araguari no município do Uberlândia
/MG, a ser realizado na conformidade do código de Mineração e Legislação
correlata, por Luvas Mineração Ltda.
A elaboração da presente proposição de pesquisa mineral foi baseada
em estudos bibliográficos e de reconhecimento geológico efetuado na
região, que indicaram a área como merecedora de um estudo sistemático e
de um programa de prospecção e de pesquisa mineral adequados.
Os trabalhos de pesquisa a serem executados têm como objetivo a
constatação e a avaliação de uma eventual jazida que possa ocorrer na área
a ser trabalhada. Espera-se com a execução dos trabalhos obter-se dados
concretos, não apenas, para a elaboração do relatório final de pesquisa, mas,
também, caso positivo os resultados, para a derramagem dos estudos de
viabilidade econômica, elaboração dos projetos básicos e de detalhe,
visando a implantação dos futuros trabalhos de lavra.
Com a elaboração do presente plano, procurou-se estabelecer e
ordenar da melhor forma possível, as diversas fases em que serão
desenvolvidos os trabalhos de pesquisa, de modo a se alcançar a otimização
dos resultados, tanto em termos de custo, como de confiabilidade.
Na verdade, mesmo que procure desde já estabelecer um programa
de desenvolvimento das atividades bem próximo da realidade, obedecendo
padrões e seqüências normalmente adotados para ocorrências similares, o
replanejamento dos trabalhos será uma constante, como natural decorrência
do constante manuseio das informações obtidas nas fases anteriores.

2 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO

A área em questão está situada no município do Uberlândia /MG


na Fazenda Sobradinho. O acesso até a área se dá a partir de Belo Horizonte
/MG pela Br –262 até Uberlândia /MG, de Patrocínio/MG até Uberlândia/MG
de Uberlândia sentido Araguari por 16 km faz o retorno voltando para
Uberlândia tendo em vista que a BR050 e duplicada nas coordenadas
(latitude 18°47'37.42"S e Longitude 48°14'2.80"O) toma-se uma estrada
vicinal a direita e percorre-se por mais 600 metros e chega-se no limite da
área nas coordenadas (18°47'22.005"S/ 48°14'56.759"O) chega-se se no
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limite da área pretendida no Município de Uberlândia, vendo-se a estrada


vicinal que da acesso a fazenda sobradinho.

3 - GEOLOGIA

VI – GEOLOGIA REGIONAL

As referências bibliográficas clássicas para a região que envolve o


Triângulo Mineiro e sudeste de Goiás são disponíveis nos trabalhos de
Barbosa et al (1970), Schobbenhaus et al (1975), Schobbenhaus et al (1984)
e mais recentemente Dardenne (2000).

A região do sudeste de Goiás tem um arcabouço geológico estruturado em


rochas pré-cambrianas, de idades variando desde o Arqueano até o
Neoproterozóico.
No plano estrutural, está situada em pleno contexto da Faixa Móvel Uruaçu-
Brasília, cuja constituição se deu quase certamente no fim do
Neoproterozóico, aproximadamente a 600 Ma. A região ocupa uma porção
mais ou menos situada entre o Cráton do São Francisco e o Maciço Mediano
de Goiás.
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As rochas pré-cambrianas incluem xistos diversos, quartzito, filito,


mármore, rochas vulcânicas básicas e ultrabásicas, gnaisses diversos e
migmatitos. Um episódio pós tectônico de granitogênese cálcio alcalina, foi
responsável pela geração de grandes massas de granitóides e constitui-se
no último evento do ciclo Brasiliano na região.

No contexto da Bacia Sedimentar do Paraná, destaca-se o grande derrame


basáltico entre o Jurássico e o Cretáceo, e a sedimentação psamítica,
vulcânica e carbonática da Formação Bauru. Além disso, é importante
ressaltar o vulcanismo ultrabásico-alcalino-carbonatítico durante o
Cretáceo, o mais importante evento deste tipo no Brasil e gerador de
importantes recursos minerais destacando-se nióbio e apatita. As
manifestações vulcânicas e sub-vulcânicas aconteceram principalmente em
Catalão, Serra Negra, Salitre, Araxá, Tapira e Iporá. Ao Cretáceo também
são referidos os inúmeros corpos kimberlíticos encontrados na região.

Nos trabalhos de reconhecimento geológico efetuados na região foram


identificadas somente unidades precambrianas pertencentes ao Complexo
Granítico-Gnáissico e ao Grupo Araxá, além de rochas intrusivas graníticas.
As unidades cenozóicas tais como aluviões e coberturas detrito lateríticas
são muito raras na região, por causa do processo acelerado de dissecação
do relevo pós Terciário superior. Rampas coluvionares são encontradas
sobretudo nas encostas suaves, porém raramente elas são individualizadas
nos mapas geológicos, principalmente pela dificuldade em localiza-las a
partir de um levantamento foto geológico.

VI.1 – UNIDADES PRECAMBRIANAS

As unidades pré-cambrianas da região fazem parte da chamada Faixa Móvel


Uruaçu-Brasília, entre dois importantes blocos do escudo brasileiro: o
Maciço Mediano de Goiás e o Cráton de São Francisco. As unidades
litológicas e litoestratigráficas envolvidas neste contexto deformacional
estão descritas abaixo.

COMPLEXO GNÁISSICO GRANULÍTICO

Esse complexo de rochas muito metamorfisadas e deformadas compõe na


região o chamado embasamento precambriano, cuja idade radiométrica não é
ainda muito bem definida; sendo arqueana a paleoproterozóica para
Schobbenhaus et al (1975, 1984) e ultimamente neoproterozóica para
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Dardenne (2000). Ele é constituído essencialmente por rochas de


composição ortognáissica e paragnáissica, granulitos félsicos e máficos e
também migmatitos.
Na região essas rochas são aflorantes nas partes mais baixas, ao longo do
rio Paracatu e de seus afluentes tanto da margem esquerda quanto da
direita. Na foz do Rio da Prata com o Rio Paracatu ocorrem rochas
migmatíticas e gnáissicas espessas. já no vale do rio São Marcos
predominam rochas xistosas.

GRUPO ARAXÁ

O Grupo Araxá foi definido com o nome de “série” por Barbosa (1955, in
Schobbenhaus et al 1975) para um espesso pacote de xistos de alto a médio
graus de metamorfismo, ocorrente na região homônima. Redefinido em
alguns trabalhos de cunho regional, é atualmente o grupo de rochas
precambrianas mais espesso e de maior expressão superficial da região do
Triângulo Mineiro e sudeste de Goiás. Inicialmente estabelecido como de
idade mesoproterozóica é atualmente considerado de idade neoproterozóica,
com determinações radiométricas mais ou menos conclusivas. Se a idade
neoproterozóica para a deformação brasiliana tem sido confirmada por
diversas determinações radiométricas, o mesmo não acontece para a idade
mesoproterozóica que confirmaria a constituição da Faixa Uruaçu; este fato
continua sendo um dos grandes problemas geotectônicos do Brasil.

Na região em torno da área pretendida o Grupo Araxá compõe-se


principalmente de micaxistos de origem sedimentar e vulcânica tais como:
micaxisto calcífero, muscovita-quartzo-xisto, muscovita-clorita-xisto,
granada-biotita-xisto, estaurolita-xisto e xistos feldspáticos com
percentagens de minerais diversos de metamorfismo. Além dos xistos
ocorrem lentes e camadas quartzíticas puras e de quartzitos micáceos, e
localmente camadas de mármores cristalinos de granulação grossa como na
localidade de Bocaina, distrito de Amanhece, norte de Araguari, onde uma
dessas lentes, de possança superior a 30 metros, é lavrada como calcário
agrícola.

Além destes tipos, o metamorfismo de grau médio a alto gerou outros


minerais, sendo portanto não raras as associações metamórficas contendo
granada, cianita, estaurolita, sillimanita, rutilo, etc. Em alguns locais, os
xistos são mais metamórficos e foram transformados em paragnaisses a
biotita e anfibólio.
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No aspecto estrutural, todas as rochas regionais têm uma forte disposição


de foliação mais ou menos NW-SE, que é a direção da chamada Faixa
Uruaçu no estado de Goiás. As rochas xistosas têm um padrão de
dobramento geralmente suave, com grandes dobras de eixos variando de E-
W a N-S, com um máximo de freqüência em torno de N40W.
Não foram identificadas intrusões de rochas alcalinas ou outras que
pudessem ser consideradas como possíveis rochas portadoras de
diamantes.

VI-2 - RECURSOS MINERAIS

A região de Ituiutaba ,Guarinhatã/MG,Uberlândia,Araguari,Monte Carmelo


Coromandel , Lagamar , bem como de todo o Triângulo Mineiro, apesar de
ter uma economia concentrada na produção agropecuária, possui alguma
tradição na produção de bens minerais não metálicos. Desde o século XVIII,
existe registro de produção de diamantes, sendo até os dias de hoje o
principal bem mineral da região. A cidade de Estrela do Sul, Abadia dos
Dourados, e particularmente o rio Bagagem e Rio Dourado, Rio da Prata, são
mundialmente conhecidos pela quantidade e qualidade de seus diamantes.
No município de Araguari destaca-se o Rio Araguari ou rio das Velhas como
ele é melhor conhecido, não só como produtor de diamantes, mas também
de areia.

Diamante

A atividade é tradicionalmente garimpeira, estando os trabalhos


concentrados em toda a extensão do Rio Paranaíba, Rio da Prata bem como
o Rio Araguari, Rio Jordão Rio Bagagem e Rio Dourado também afluentes
do Rio Paranaíba, e alguns afluentes do Rio Paracatu . Não existem grandes
serviços, apenas várias pequenas balsas de dragagem ao longo dos rios; a
produção é considerada pequena, apesar da ausência de registros;
esporadicamente tem-se notícia de uma grande pedra descoberta.

CASCALHO E AREIA E SAIBRO


Os solos são materiais não consolidados que encobrem a rocha matriz.
Dependendo da intensidade com que a natureza atuou na desintegração e
decomposição desse conjunto rocha-solo, podem ser alcançadas
espessuras de solo diferenciadas, variando desde alguns centímetros até
dezenas de metros. Esse fenômeno de transformação das rochas e dos
solos por ação de agentes da natureza(chuva, sol, vento) é chamado
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intemperismo, e são os cursos d’águas(córregos,ribeirões e rios) os


grandes responsáveis pelo transporte dos sedimentos formados pelo
intemperismo.
Cada curso d’água possui sua bacia de drenagem que fornece água e
sedimentos para seus tributários e para o rio principal. O leito dos cursos
d’água é constituído, geralmente, de materiais arenosos facilmente
transportáveis, que assumem varias formas em função da velocidade das
correntezas.
A variação na forma, no tamanho, na constituição e na qualidade dos
recursos minerais encontrados nestes depósitos depende da estrutura da
rocha matriz imtemperizada, do modo como os sedimentos foram
transportados e dos ambientes onde ocorreu a sedimentação, que pode ser
várzeas ou dos próprios leitos dos cursos d’água, basicamente.
O parâmetro que permite diferenciar saibro, argila, areia e cascalho é o
tamanho/diâmetro do grão, conforme quadro abaixo:

QUADRO 01-CARACTERÍSTICA MINERAL


Material Granulometria (mm)
Areia fina 0,0625 - (entre ) – 0,25
Areia grossa 0,25 –(entre) -2,0
Cascalho 2,0 - (entre) - 64,00
Fonte :Rochas Sedimentares : propriedade,gênese, importância econômica

A areia e o cascalho são normalmente extraídos de depósitos fluviais


recentes ou de terraços. Deve-se ressaltar que a deposição do cascalho
ocorre distinta à da areia, devido à sua granulação mais grosseira,
formando jazimentos mais puros e de mais fácil extração, principalmente
quando a sua constituição é mais recente, sendo, portanto, mais aflorados.
O cascalho ocorre em jazimento de campo, de bordas e/ou de fundo de
cursos d’água, e em terraços que margeiam os cursos d’água de pouco
desnível, onde porem a sua deposição é antiga e profunda, o que dificulta e
torna cara a extração. Depois de extraídos, a areia e o cascalho são
utilizados na construção civil sem sofrer qualquer tipo de tratamento
químico. O único controle desses materiais refere-se a classificação do
tamanho dos grãos, que exige as vezes uma etapa de peneiramento. Onde
nesta jazida quando os compradores optarem por areia para argamassa terá
o requerente que por peneiramento separar a areia do cascalho.

A extração de areia é fundamental para o desenvolvimento da construção


civil e a região é carente neste recurso mineral por causa das grandes
barragens das usinas hidrelétricas. As atividades minerárias se concentram
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também nos leitos ainda disponíveis dos grandes rios e ela é atualmente
ligada à pesquisa e produção de diamantes.

Argila e Saibro

Trata-se de outro bem mineral carente na região e muito importante para a


produção de cerâmica. Os depósitos atualmente lavrados estão nas várzeas
do Rio Paranaíba, Rio Paracatu, Rio da Prata, Rio Escuro, e Rio Dourado, Rio
Tijuco e Rios Araguari, Bagagem e Rio São Marcos onde fornecem a matéria
prima para os ceramistas do Triangulo Mineiro.

Basalto

É o material principal e o único lavrado para a fabricação de britas de


construção civil, calçamento e pedras de construção. No Triangulo Mineiro
principalmente em Uberlândia e Araguari e algumas Ocorrência em Monte
Carmelo, mas a região de Araguari e Uberlândia é onde existem vários
grandes britadores, ambos localizados na região próximos a estas cidades ,
que abastecem a totalidade do mercado. Ao lado do basalto é também
lavrado na região o arenito intertrapeano vitrificado como pedra de
revestimento e mosaico português.

Calcário

Uma lente de mármore calcítico é lavrada na região de Bocaina, município


de Araguari, Coromandel e Região de Unai e Paracatu e algumas jazidas no
município de Vazante e Coromandel próximo a área pleiteada, sendo o
produto britado, moído e vendido como calcário agrícola para corretivo de
acidez do solo, produto este muito requisitado na região do Triangulo
Mineiro e Sul de Goiás , por ser estas regiões de grande potencial
agropecuário .

VII - GEOLOGIA DO DIAMANTE


VII.1 – HISTÓRICO DO DIAMANTE NA REGIÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO E
SUDESTE DE GOIÁS

Posteriormente às descobertas de Diamantina e do estado da Bahia, o


diamante tornou-se também conhecido na região do Triângulo Mineiro e
Alto Paranaíba desde a metade do século XVIII com o achado de grandes
pedras no rio Bagagem e a fundação dos primeiros núcleos populacionais. A
cidade de Estrela do Sul, Abadia dos Dourados, foi fundada nesta época
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pois o Rio Bagagem e Douradinho e Dourado era o centro da produção.


Desde esta data o diamante continua a despertar o fascínio do
enriquecimento repentino, o que tem uma grande influência social e
movimenta uma considerável porção da população regional.
As fronteiras da garimpagem ultrapassaram os antigos limites que se
situavam em torno de Estrela do Sul,Abadia dos Dourados e Coromandel ,
desmboque em Sacramento, e estenderam-se para toda a bacia do rio
Paranaíba, penetrando no sudeste de Goiás, Mato Grosso, Amazônia e
sucessivamente para todo o Brasil.
Atualmente, o diamante é conhecido em grande parte do território brasileiro,
desde o Paraná até a Roraima. No estado de Goiás é justamente no rio
Veríssimo que os trabalhos de garimpagem são os mais antigos. Uma das
maiores pedras brasileiras, o diamante Goiás, de supostos 600 quilates, foi
encontrado no rio Veríssimo em 1906 (Abreu 1973).

Hoje em dia o trabalho garimpeiro continua ativo, mais mecanizado e com


um rendimento maior, convivendo com as grandes empresas de mineração
que detêm grande parcela das áreas tituladas.
Já em 1914, Rimann mostrou que os diamantes do oeste mineiro deveriam
provir de rochas ultrabásicas como picritos e melilita basaltos. Todavia,
apesar de todo esforço de pesquisa empreendido por empresas
multinacionais, principalmente a partir da década de 70, na descoberta de
corpos de rochas primárias portadoras de diamantes, o grosso da produção
ainda provém dos depósitos secundários. Inúmeros corpos de kimberlitos
foram encontrados na região do Alto Paranaíba em Minas Gerais, desde a
Serra da Canastra até a região de Coromandel, porém todos eles estéreis.
Somente o corpo de Três Ranchos, em Goiás, revelou a presença de micro
diamantes, entretanto, economicamente inviáveis à lavra.
Aliás, a descoberta de rochas primárias portadores de diamantes tem sido
um problema difícil de resolver na geologia brasileira, pois mesmo em
Diamantina, ainda o maior centro de produção brasileiro, muitas
interrogações têm sido feitas sobre as supostas candidatas. As idéias
iniciais de L.J de Moraes e D. Guimarães entre 1929 e 1933 sobre os filitos
sericíticos e hematíticos serem as rochas primárias dos diamantes tem
ganhado corpo ultimamente. Parece que estas rochas são em realidade
lamproítos ultrapotássicos metamorfizados e tectonizados e como tal, estão
realmente na origem dos diamantes.

VII.2 – ROCHAS PRIMÁRIAS PORTADORAS DE DIAMANTES


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Os diamantes só podem ser formados em condições de extrema pressão e


temperatura, e condições naturais deste tipo só são possíveis a dezenas de
quilômetros de profundidade na crosta continental. Tal profundidade
ultrapassa mesmo os limites da crosta continental e coloca as condições
ideais de síntese dos diamantes no manto terrestre.
Algumas condições são então impostas para que uma região seja portadora
de rochas deste tipo. Uma delas, e a principal, é que a espessura de crosta
continental seja muito grande, da ordem de dezenas de quilômetros, pois de
outra forma não haveria pressão litostática suficiente para extrair um
protólito do manto. Rochas portadoras de diamantes são, portanto, muito
seguramente associadas às plumas matélicas sobre porções continentais
muito largas e espessas, tipo supercontinentes. Geologicamente, a região do
Alto Paranaíba e sudeste de Goiás é deste tipo, sendo sua crosta
continental, por intermédio de medidas gravimétricas, inferido como espessa
de mais de 100Km. Conhecem-se atualmente dois tipos de rochas primárias
portadoras de diamantes: kimberlitos (ou quimberlitos na forma
aportuguesada) e lamproítos. Os kimberlitos são rochas ultrabásicas
potássicas constituídas por megacristais de ilmenita, piropo, olivina.
clinopiroxênio (geralmente augita e diopsídio), flogopita, enstatita, cromita,
como os mais importantes. Geralmente apresenta-se como uma brecha
explosiva de fragmentos de granulação muito grosseira, de cores em tons
de azul (blue grounds), muito facilmente intemperizável. Os kimberlitos
portam diamantes em toda a extensão do corpo, que possuem geralmente a
forma cilíndrica e são conhecidos pelo nome de pipes.

Os lamproítos são rochas de muito alto teor em potássio e baixo alumínio


tendo como minerais característicos a flogopita, K-tremolita (richterita),
leucita, sanidina, dipsídio, óxidos e silicatos raros de K, Ba, Ti e Zr. Este
tipo de rocha ficou em evidência desde os anos 80 com as descobertas de
Argyle na Austrália, que colocou este país na vanguarda da produção
mundial de diamantes. Os lamproítos tem igualmente uma forma cilíndrica
porém, contrariamente aos kimberlitos, só carregam diamantes na sua parte
superior.

VII.3 – FONTES SECUNDÁRIAS DE DIAMANTES

No Brasil, especialmente em Minas Gerais e Goiás, toda a produção oficial


de diamante ainda é proveniente de depósitos secundários. Estes são de
vários tipos:
 conglomerados basais de seqüências clásticas antigas do tipo
conglomerado Sopa em Diamantina, tilito Jequitai, etc;
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 conglomerados basais de seqüências paleozóicas e mesozóicas do tipo


conglomerado Bauru, tilito Santa Fé, etc;
 coberturas detriticas e terraços aluvionares (grupiaras);
 níveis cascalhosos dos leitos dos rios.

Vê-se nesse contexto que os diamantes foram, a partir da rocha primária de


origem, retrabalhados, pelo menos duas vezes, por processos erosivos.
A dispersão dos diamantes nos sistemas de drenagem, atuais ou pretéritos,
está então fortemente ligada à posição espacial da rocha fonte, o que
influencia sobremaneira o tamanho das pedras em uma determinada
localização geográfica. Pedras grandes significam necessariamente a
proximidade da rocha primária por causa de condições ligadas à dinâmica
fluvial e ao transporte de sedimentos, o que importa em uma certa
diferenciação gravimétrica no canal de drenagem. Contudo, a existência de
pedras de menor tamanho pode estar também ligada à uma especialização da
rocha primária, e não à distância de transporte.

Especialmente na região oeste de Minas Gerais são conhecidos canais de


drenagens onde são freqüentes os achados de pedras de tamanhos além de
dezenas de quilates e outros onde só ocorrem pedras de menores.
Os depósitos secundários do tipo Grupiara são reputados por produzirem
pedras de bom tamanho e qualidade

Os fatores: - especialização do corpo de rocha primária mineralizada;


diferenciação gravimétrica no ambiente de sedimentação, podem estão
serem associados – isto torna a pesquisa de diamante, a partir de evidências
indiretas, um trabalho extremamente árduo.

CRITÉRIOS DE PROSPECÇÃO

O critério de procura de diamantes, o que realmente norteia o prospector,


são os denominados satélites, formas, ou cativos, dependendo da região,
que acompanham as pedras durante os trabalhos de lavagem de cascalho
fluvial. Estes satélites nada mais são que os minerais pesados que ocorrem
juntamente com o diamante nas rochas de origem e os acompanham durante
os processos de erosão e transporte dos sedimentos.
Na região oeste de Minas Gerais e sudeste de Goiás são diversos os
satélites (na região utiliza-se mais freqüentemente a expressão forma ou
formação de diamantes). Os minerais mais comumente encontrados são
claramente aqueles da rocha kimberlítica ou lamproítica original e outros
são produtos de metamorfismo ou fragmentos das rochas regionais. A lista
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de minerais abaixo é dada com alguns nomes populares comuns entre os


garimpeiros.

 rutilo “reluzente preto”


 ilmenita,
 granada de composição essencialmente piropo “chicória”
 magnetita
 limonita “ferragem”
 estaurolita
 favas azuis (anatásio) “reluzente azul”
 favas de sillimanita/cianita “palha de arroz”
 coríndon
 favas marrons de rochas diversas “marumbé ou
ferragem”

O nome fava é dado por causa da forma característica do fragmento,


achatado de bordas arredondadas e semelhante a um grão de leguminosa.
No rio Paranaíba e seus afluentes as maiores pedras encontradas pesavam
entre 250 e 300 quilates, tendo sido encontrada nos últimos anos uma de
352 quilates e tons avermelhados. A maioria é de pedra branca e de
tonalidade amarelo canário lapidáveis e cerca de 10% em tons rosa-lilás.
No Rio Araguari e seus afluentes, Quebra Anzol, desemboque, outros rios
como Dourado,Tijuco,Prata, Bagagem,Douradinho , Santo Inacio e próprio
Rio Paranaiba e seus afluentes , segundo informação local ocorrem
geralmente pedras de bom tamanho , e pedras brancas variando de 1 a 6
quilate lapidáveis em média .

4 - TRABALHOS PROGRAMADOS

4.1 - OBJETIVOS

Os trabalhos programados visam definir a geologia e a localização de


um ambiente mineralizado. Sendo este encontrado, devem ser concentrados
esforços e recursos em busca de um corpo mineralizado nele contido e
avaliadas as condições de seu aproveitamento econômico.
A quantificação do possível corpo mineralizado, que tenha sido
identificado, através da avaliação das reservas e teores da substância
requerida e outras eventualmente encontradas, deverá incluir, também, o
estudo das possibilidades de interesse econômico, ou seja um estudo de
previabilidade econômica.
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4.2 - ETAPAS DE TRABALHOS PROGRAMADOS

Os trabalhos estão sendo programados em fases sucessivas e


independentes de forma que os trabalhos de cada etapa possam condicionar
a continuidade ou não da pesquisa, em conformidade com os resultados
obtidos. A metodologia de pesquisa estará condicionada aos indicadores
técnicos de cada fase precedente.
São apresentados a seguir a descrição detalhada das 3 ( três ) etapas
das atividades programadas, juntamente com o orçamento estimado e o
cronograma físico financeiro de sua execução.

1ª ETAPA

4.2.1 - LEVANTAMENTOS BIBLIOGRÁFICOS

4.2.1.1 - PESQUISA BIBLIOGRÁFICA


No início da fase da pesquisa, um certo tempo deverá ser dedicado
à pesquisa, bibliográfica, com a análise de relatórios de pesquisa,
publicações, análise dos mapas geológicos regionais e outros
trabalhos disponíveis.

4.2.1.2 - FOTOGEOLOGIA
Também deverá ser feito trabalho de foto-interpretação, visando a
caracterização preliminar das unidades lito-estratigráficas que
ocorrem na área. Para tanto, serão utilizadas fotografias aéreas
verticais da região.

4.2.1.3 - PLANEJAMENTO
A medida que as informações referentes aos itens anteriormente
expostos sejam coletadas e analisadas, todo um planejamento para as
fases seguintes deverá ser feito, com um conceito bem realista de
dispêndio de tempo e financeiro.
Planeja-se que esses trabalhos possam ser desenvolvidos
imediatamente após o início de vigência dos alvarás de pesquisa.

4.2.2 - RECONHECIMENTO GEOLÓGICO


4.2.2.1 - MAPEAMENTO DE RECONHECIMENTO GEOLÓGICO
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Esse é um trabalho de desenvolvimento contínuo ao longo da


pesquisa e seu objetivo é o de orientar a programação dos trabalhos
de avaliação através do conhecimento do controle geológico do
possível depósito. Preliminarmente, deverá ser feito na escala de
1:50.000 baseados nas fotografias aéreas e mapas geológicos e
geofísicos existentes. Deverá ser feito um mapeamento detalhado
dos afloramentos, conjugando-se todos os dados até então
disponíveis. Serão mapeados horizontes, estruturas e fácies
favoráveis à mineralização, identificados em ocorrências minerais
conhecidas na região.

4.2.2.2 - LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO


Será necessário o trabalho de uma equipe de topografia para
determinação do norte verdadeiro e a demarcação das áreas.
Tal demarcação deverá ser efetuada a partir do ponto de amarração
e de acordo com o memorial descritivo.
Pretende-se nesse trabalho, implantar no ponto de amarração, um
marco de cimento, onde, em placa, estejam assinalados: as
coordenadas do ponto, os números dos alvarás de pesquisa, os
números dos processos, identificação do titular, as distâncias aos
primeiros vértices e os rumos verdadeiros.

4.2.3 - RECONHECIMENTO GEOQUÍMICO


4.2.3.1 - AMOSTRAGEM DE SEDIMENTOS DE CORRENTE
As amostras de sedimentos de corrente serão coletadas sempre no
canal ativo de escoamento dos pequenos cursos e, sempre que
possível, nos trechos retos do curso.
Deve-se procurar amostrar sistematicamente sempre a mesma
fração ( siltoargilosa ) , para evitar distorções resultantes das
diferenças, na capacidade de absorção dos vários tipos de
sedimentos ( argila, silte, areia e cascalho ).

A amostra a ser recolhida deverá preferencialmente pertencer à


zona superior de concentração dos finos, alguns centímetros abaixo
do topo da camada aluvionar.

Em cada local, a amostra será representada por 8 a 10 porções que


serão retiradas aproximadamente numa extensão de 10 metros
dentro do canal, dependendo da granulometria da amostra, deverá
ser coletada uma média de 250 gramas de cada uma.
16

4.2.3.2 - AMOSTRAGEM DOS CONCENTRADOS DE BATEIA


As amostras de concentrados de bateia serão coletadas durante a
campanha para a coleta de sedimentos de corrente, estimando-se a
razão de uma amostra de concentrado para quatro amostras de
sedimento.
A finalidade do estudo de minerais pesado é auxiliar a interpretação
dos resultados da prospecção geoquímica, podendo, também,
definir alvos para o detalhamento com amostra de solo. A
determinação semi-quantitativa dos minerais pesados na amostra
de concentrado poderá auxiliar a interpretação da natureza do
depósito.

4.2.3.3 - AMOSTRAGEM DE SOLOS


A partir das estradas e caminhos que cortam a área devem ser
aberta algumas transversais para a coleta de amostras de solos,
para obtenção de dados relativo a cascalho diamantífero e argila .

4.2.3.4 - AMOSTRAGEM DOS ALFLORAMENTOS


Devem ser coletadas amostras representativas dos afloramentos
encontrados ao longo das estradas e ao longo das transversais que
serão abertas para coleta de amostras de solo.

4.2.4 - ANÁLISE DE AMOSTRAS


4.2.4.1 - ANÁLISE QUÍMICAS
AS amostras de sedimento de corrente e de solo deverão ser
enviadas para laboratório para preparação e determinação de pirogo,
anatásio e outros e a qualidade da Argila ( se é cerâmica vermelha ou
industrial).

4.2.4.2 - ANÁLISES MINERALÓGICAS


Será feito o reconhecimento mineralógico semi-quantitativo nas
amostras de concentrado de bateia.

4.2.4.3 - ANÁLISES PETROGRÁFICAS


Serão feitas e estudadas escações delgadas a partir das amostras
coletadas nos afloramentos.

4.2.5 - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS


17

Todos os resultados obtidos durante as fases de reconhecimento


geológico e geoquímico serão analisados mediante o mapa
geológico e de isoteores confeccionados, dependendo desses
resultados a continuidade ou não da pesquisa.

4.2.6 - PLANEJAMENTO DA ETAPA SEGUINTE


Tendo sido decidida a continuidade da pesquisa e definida a área de
interesse mais concentrado, a Segunda etapa deverá ser planejada
em gabinete. Todos os itens deverão estar incluídos, contemplando
prazos e respectivos orçamentos.

2ª ETAPA

4.2.7 - TOPOGRAFIA PARA LOCAÇÃO DOS TRABALHOS


Ficará a cargo da equipe de topografia, supervisionada por um
geólogo, a locação precisa dos trabalhos de pesquisa nas porções
interessantes e o levantamento plano-altimétrico a prancheta, das
áreas anômalas, na escala de 1:10.000 o equipamento a ser
utilizado deve ser o mesmo que foi empregado durante a primeira
fase.

4.2.8 - MAPEAMENTO GEOLÓGICO


A partir do momento que os reconhecimentos geológicos e
geoquímicos tenham delimitado as zonas anômalas de maior
interesse dentro da área, deverá começar o detalhamento
geológico, na forma de um mapeamento na escala de 1:2.500,
enfatizando as zonas principais da ocorrência.

Os afloramentos devem ser cuidadosamente detalhados e as


litologia importantes e as associações de rochas deverão ser
observadas com interesse especial, assim como quaisquer outros
minerais que usualmente ocorrem associados ao mineral objeto da
pesquisa.

4.2.9 - PROSPECÇÃO GEOQUÍMICA


O emprego deste tipo de prospecção deverá ser intensificado na
fase de detalhamento dos alvos detectados na campanha de
reconhecimento anterior. A orientação da malha irá depender da
geologia.
18

Inicialmente, esta prevista uma malha a ser aberta de 250 em 250


metros, podendo chegar a 100 por 25 metros nos locais onde for
desejado alcançar um detalhamento maior.

4.2.10 - PROSPECÇÃO GEOFÍSICA


Nas áreas selecionadas e recomendadas pelos resultados obtidos
dos levantamentos geoquímicos, será efetuada uma investigação
geofísica com o emprego dos métodos de magnetometrica e
resistividade, visando a comprovação da presença de mineralização
em profundidade . Os resultados advindos dessa investigação serão
elementos decisórios na locação dos furos de sondagem.

4.2.11 - ABERTURA DE TRINCHEIRAS


Se as anomalias geoquimicas justificarem, o acesso direto ao
possível corpo mineralizado será feito por meio de trincheiras.
As dimensões físicas do mesmo (grau de intemperismo, feições
topográficas, etc).
As direções das trincheiras serão orientadas no sentido transversal
ao eixo de maior comprimento dos mapas de curva de isoteores.
Estima-se uma profundidade média de 2 metros a largura de 1
metro.
Deverá ser feita amostragem de metro em metro, ou de acordo com
o controle litológico, somente na zona correspondente ao provável
horizonte mineralizado tanto visando cascalho diamantífero

4.2.12 - ANÁLISE DAS AMOSTRAS

As amostras de solo e de trincheiras, coletadas nas fases


correspondentes, serão enviadas à laboratório para preparação e
determinação de piropo, anatásio e demais associados principais,
obedecendo a seguinte sistemática.

- Na preparação de uma amostra de 1 m² de material procede-se


lavagem e o peneiramento, descartando-se a fração de
granulometria superior a 0,5 mm.
19

- Submete-se a fração de granulometria inferior a 0,5 mm a uma


pré-concentração gravimétrica, através do processo de
bateiamento.
- Com o emprego de imãs, efetua-se a separação magnética das
substâncias magnetica e ilmenita.
- Submete-se o concentrado da operação anterior a uma preparação
em líquido pesado ( bromofórmio ), com densidade igual 2,8 onde
o flutuante será o concentrado.
- A fração concentrada na operação anterior será submetida a uma
triagem com o emprego de lupas binoculares, em seguida, a um
processo de difração de raio X, para a determinação de piropo,
anatásio e os prováveis demais associados principais.

4.2.13 - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

Neste ponto dos trabalhos, todos os resultados obtidos devem ser


criteriosamente analisados. Persistindo o interesse na área, a etapa
seguinte deverá ser planejada.

4.2.14 - PLANEJAMENTO DA ETAPA SEGUINTE

A partir do momento que seja decidida a validade da continuação da


pesquisa, todas as fases que compõem a etapa seguinte devem ser
cuidadosamente planejadas e seus respectivos orçamentos
meticulasamente detalhados.

3 ª ETAPA

4.2.15 - LEVANTAMENTO PLANO-ALTIMÉTRICO

Para servir de base aos trabalhos de detalhe que serão executados


nesta etapa, deverá ser elaborado um mapa plani-altimétrico na
escala de 1:10.000. Neste mapa serão plotados aos resultados do
mapeamento geológico e da prospecção geoquímica feita em solos
e nas trincheiras, com os alvos detectados posteriormente, na
escala de 1:2.500.
20

4.2.16 - ESCAVAÇÃO DAS TRINCHEIRAS

Em cima dos alvos já detectados através da geoquímica, serão


escavadas mais trincheiras em malha mais fechadas, com vista a
melhor entender os horizontes dos solos e na tentativa de se chegar
aos níveis de maior concentração, com a amostragem obedecendo
rigorosamente o controle litológico.

4.2.17 – SONDAGENS e DRAGAGEM

Deverá ser contratado um programa de sondagem rotativa a


diamante. Inicialmente para verificar o comportamento em
superfície dos corpos mineralizados posteriormente para quantificar
as reservas minerais, Dragagem para amostragem de grande
volume de Cascalho e Areia e Diamante e Basalto por meio de Guia
de Utilização.

4.2.18 – LAVRA EXPERIENTAL

Esta lavra experimental será por Dragagem para amostragem de


grande volume de Cascalho e Areia e Diamante por meio de Guia de
Utilização e devidamente licenciado ambientalmente, visando a
quantificar melhor a jazida e obter capitalização de recursos desta
lavra para viabilizar economicamente os trabalhos minerários.

4.2.19 - ANÁLISES QUÍMICAS

Amostras provenientes dos testemunhos de sondagens e das


escavações serão coletadas e analisadas.

4.2.20 CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E ENSAIOS DE


BENEFICIAMENTO

Durante todo o desenvolvimento da pesquisa as amostras coletadas


das trincheiras, sondagens, e todos os demais trabalhos executados,
serão caracterizados mineralogicamente e submetidos a ensaios de
beneficiamento pertinentes, visando a definição precisa da futura rota
do processamento mineral ideal.
21

4.3 - ORÇAMENTO DA PESQUISA MINERAL

Computados todos os itens considerados, o orçamento dos


trabalhos, caso a pesquisa, por força de resultados positivos, seja
levada até a fase final foi estimado em R$ 221 000,00 (vinte uns mil
reais). Mais os custos da lavra experimental por meio de Guia de
Utilização, os custos programados estão discriminados nas 3 (três)
etapas seguintes:

1ª ETAPA

Levantamento Bibliográfico R$ 800,00


- Reconhecimento Geológico R$ 3600,00
. Mapeamento R$ 3 000,00
. Topografia R$ 2 000,00
Reconhecimento Geoquímico R$ 2.400,00
Análise das amostras R$ 14 000,00
. Químicas
Mineralógicas
Petrográficas
- Avaliação e Planejamento R$ 1.800,00
Total R$ 27600,00

2ª ETAPA

- Topografia R$ 7.000,00
- Mapeamento Geológico R$ 3400,00
- Prospecção Geoquímica R$ 5000,00
- Prospecção Geofísica R$ 10.000,00
- Abertura de trincheiras R$ 13 000,00
- Análises das Amostras R$ 2000,00
- Avaliação e Planejamento R$ 1.750,00
Total R$ 42150,00

3 ª ETAPA
22

- Levantamento Plano-Altimétrico R$ 800,00


- Escavação de Trincheiras R$ 2000,00
- Sondagens R$ 25 000,00
- Lavra Experimental R$1 00 000,00
- Descrição dos testemunhos R$ 1.000,00
- Análises Químicas R$ 2000
- Caracterização e Ensaios R$ 1.250,00
- Avaliação Final e Relatório R$ 5 000,00
- Total desta etapa R$ 137 050,00
- TOTAL DAS TRES ETAPAS =
- + R$ 137 050,00 + R$ 42150,00 + R$ 27600,00 = R$ 206 800,00
- Custos adicionais = 14 200
- Custo total= R$ 221 000,00

4.4 - CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO DA PESQUISA (valor


expresso em R$)
1a Etapa
Período vigência alvará 01(mês ) 02(mês ) 03(mês ) 04(mês ) Total(R$)
Levantamento Bibliografico 800 800

Reconhecimento Geologico 2000 800 800 3600

Mapeamento 1000 1000 1000 3000


Topografia 500 500 500 500 2000
Reconhecimento Geoquímico 1000 1400 2400

Analise das Amostras 2000 4000 4000 4000 14000


Avaliação e Planejamento 1000 800 1800

CUSTO DESTA ETAPA 1a 27600


etapa
2a Etapa
PERIODO VIGENCIA 05(mês ) 07(mês ) 09(mês ) 11(mês ) 13(mês ) 15(mês ) 17(mês ) 19(mês TOTAL
DO ALVARÁ )
Topografia 1000, 1000, 1000 1000,00 ,3000, , 7000
Mapeamento geológico de 2400 1000 , , , , 3400
detalhe
Prospecção Geoquimica 3000 2000 5000
Prospecção Geofisica 5000 5000 , , 10000
Abertura de Trincheiras 4000 3000 3000 3000 13000
Analise amostras , , 1000 1000 2000
Avaliação e Planejamento 1750 0 0 1750
CUSTO DESTA ETAPA 42150
23

3a Etapa
PERIODO 21(mês 23(mês 25(mês 27(mês ) 29(mês ) 30(mês) 31(mês) 32(mê 33(mê 34(me ) 35(mê 36(mês total
VIGENCIA DO s) s) s) )
ALVARÁ
Levantamento 800,00 800,000
Planaltimetrico
Escavações de 1000,00 1000,00 2000,00
trincheiras
Sondagem 8000,00 10000,0 7000,00 25000,0
0
Lavra 25 000,0 25000,0 25000,0 25000,0 X x x X X X x 100 000
Experimental
Descrição dos 500,00 500,00 1000
testemunhos
Analise Químicas 2000 2000
Carcteristicas de 1250 1250
Ensaios
Relatório final 1000 1000 3000 , , 5000
CUSTO DESTA 137 050
ETAPA
CUSTO DAS 206 800
TRES ETAPAS
Custos adicionais 14200 14200
Orçamento total 221000
Pesquisa
4.5 - RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA

Concluídos os trabalhos de pesquisa, será elaborado o Relatório Final dos


trabalhos na conformidade do Código de Mineração e seu Regulamento, por
técnico legalmente habilitado.

Araguari/MG, janeiro de 2024.

Assinado de forma digital por


JOSE HENRIQUE DE JOSE HENRIQUE DE DEUS
DEUS FERREIRA:39469140630
FERREIRA:39469140630 Dados: 2024.01.08 10:18:32

______________________________
-03'00'

José Henrique de Deus Ferreira


ENG.º DE MINAS CREA 48256/D

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