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INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA
GEO – 305 TOPOGRAFIA E DESENHO GEOLÓGICO
Salvador – BA
2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
Salvador – BA
2022
Sumário
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
1.1 ACESSO E LOCAL DE ESTUDO .................................................................................... 4
1.2 ÁREA DE ESTUDO ..................................................................................................... 5
1.3 OBJETIVO ................................................................................................................. 6
2 MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................... 6
2.1 MATERIAIS ............................................................................................................... 6
2.2 MÉTODOS ................................................................................................................ 7
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E GEOLOGIA REGIONAL ........................................ 8
4 RESULTADOS......................................................................................................... 8
4.1 Ponto 0 .................................................................................................................... 8
4.2 Ponto 1 .................................................................................................................... 9
4.3 Ponto 1.1 ............................................................................................................... 10
4.4 Ponto 2 .................................................................................................................. 13
4.5 Ponto 2.2 ............................................................................................................... 13
4.7 Ponto 3 .................................................................................................................. 14
4.8 Ponto 3.2 ............................................................................................................... 14
4.9 Ponto 3.3 ............................................................................................................... 15
5 MAPA GEOLÓGICO - ESTRUTURAL .................................................................. 16
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 17
7 REFERÊNCIAS...................................................................................................... 18
1 INTRODUÇÃO
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Imagem 2 – Localização por imagem de satélite do local de estudo, (Google Earth, 2021).
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1.3 OBJETIVO
2 MATERIAIS E MÉTODOS
Imagens 4, 5 e 6 – À esquerda, bússola de geólogo do tipo Brunton. Ao centro, lupa de aumento de 10x.À direita,
trena de 5 metros. (Imagens da Internet)
Materiais de escritório:
Antes da visita a campo foi realizado um breve pré-campo em sala de aula, buscando
delimitar em papel manteiga e de forma visual através de uma fotografia aérea, quais eram
as litologias e estruturas esperadas no “Buraco da Sereia”. Também foi verificado que a zona
UTM que Salvador se encontra é a 24S, e que o sistema de referência é o DATUM SIRGAS 2000.
No campo, a primeira ação a ser feita foi determinar a escala na qual a fotografia aérea
de referência foi feita. Para tal, foi medida a largura da escadaria com a trena, e depois mediu-
se a largura da escadaria no papel, chegando à escala de 1:349.
Definida a escala, partiu-se para definição das coordenadas geográficas e UTM de cada
ponto mapeado, e por seguinte a medição da atitude das camadas geológicas com o uso da
bússola, e por fim o registro dessas informações na caderneta de campo.
Na caderneta de campo foram descritas as informações de toponímia, relevo,
vegetação, sua localização, tipo de afloramento, tipo de rocha, cor, mineralogia, strike,
mergulho, direção do mergulho, trend, falhas, foliações, cinemática, provável zona de
formação e nome da rocha.
O pós-campo foi feito em casa, usando o software Microsoft Word 2019 para
confecção do relatório, QGIS para digitalização do mapa e AutoCAD 2019 para o desenho da
seção geológica.
Paralelamente, o mapa geológico foi confeccionado em papel A3, tendo como base os
dados coletados em campo e registrados na caderneta. Para o layout do mapa foi definido
que o mapa teria tamanho A4, e a folha principal como um todo deveria conter os elementos
básicos da cartografia, sendo eles: grade de coordenadas, escala, seta norte, legenda, título,
DATUM, fonte de dados e autores. Como item a mais solicitado pelo professor, foi feita uma
seção geológica no sentido oeste - leste buscando compreender como as camadas se
comportam em subsuperfície.
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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E GEOLOGIA REGIONAL
4 RESULTADOS
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Localização do ponto:
UTM: X = (550.686) e Y =(8.561.613).
Avaliação geral do tempo geológico das unidades geológicas circundantes. A areia da
praia foi classificada como mais recente, devido a sua desagregação, fazendo parte do período
quaternário. Com mineralogia estimada em 35% quartzo, 50% feldspato e 15% de ilmenita.
Todos os pontos seguintes fazem do Eon arqueano/paleoproterozóico
4.2 Ponto 1
O ponto 1 é contido por dois diques quartzo feldspático, cruzando entre si e aflorando
como lajedo de praia, próximo ao Farol da Barra. Estão localizados nas coordenadas UTM x =
(550.664) e Y = (8.561.607).
A cor primária dos diques 1 e 2 é castanho rosado, com cor de alteração avermelhada,
proveniente da oxidação de ferro originado da biotita. Rochas holocristalina, com
granulometria média e equigranular. Compostos mineralogicamente por 10% de minerais
diversos, 10% de biotita, 10% de plagioclásio, 20% de quartzo e 50% de ortoclásio. Pode ser
classificado como álcali feldspato-sienito. O strike medido do dique 1 foi N270°, trend das
foliações foi N149°. O strike medido do dique 2 foi N355°, e trend N275°.
O dique 2 está sendo cortado por uma falha sinistral de atitude N295°/86°NE.
Ambos os diques estão inseridos em uma zona de cisalhamento, em que o dique 2,
aproveitando a zona de cisalhamento truncou o dique 1, de protólito ígneo (ortognaisse).
Imagem 7 – À esquerda, dique félsico 1. À direita, caderneta de campo sendo usada como escala, medindo
aproximadamente 14 x 20 cm. (Fotografia: Naomi Meneses, 2022)
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4.3 Ponto 1.1
O ponto 1.1 é contido por uma rocha metamórfica, aflorando como lajedo de praia.
Está localizada nas coordenadas UTM X = (550.662) e Y = (8.561.605).
A cor primária da rocha é preta, com nenhuma cor de alteração. Possui bandamentos
félsicos e uma dobra de interesse. A parte félsica é formada por textura grano-lepidoblástica.
Sua composição mineralógica é composta por 15% plagioclásio, 35% quartzo e 50% ortoclásio.
A atitude medida da foliação foi N165°/55°SW. Infere-se que a rocha pretérita tenha sido um
tonalito. A parte máfica possui textura grano-lepidoblástica. A composição da parte máfica é
formada por.10% biotita, 35% anfibólito e 50% piroxênio. A medida da foliação foi
N075°/40°SE.
A rocha possui foliação do tipo clivagem, com atitude N120°/33°SW.
Foram encontradas duas fraturas: uma com atitude N135°/72°SW, e outra
N192°/50°SW. Uma falha sinistral foi encontrada com atitude N209°/89°NW.
Também foi encontrada uma estrutura do tipo boudin (lê-se budãn) e uma do tipo S e
C.
Imagem 8 – Piroxênio de tamanho considerável (aproximadamente 1 cm), exibindo clivagem bastante visível.
(Fotografia: Naomi Meneses, 2022)
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Imagem 9 – Falha sinistral cortando o afloramento. (Fotografia: Naomi Meneses, 2022)
Imagem 10 – Ao centro, foliação. À direita, grafite com medindo 14 cm. (Fotografia: Naomi Meneses, 2022)
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Imagem 11 – Conjunto de foliações, espaçadas entre si aproximadamente 10 cm. (Fotografia: Naomi Meneses,
2022)
O ponto 2 é contido por uma rocha metamórfica gnáissica, aflorando como lajedo de
praia. Está localizada pelas coordenadas UTM X = (550.674) e Y = (8.561.575).
A cor da rocha é majoritariamente amarelada, apresentando em alguns pontos cor de
alteração vermelho-castanho, provável óxido de ferro. Sua textura é grano-lapidoblástica. A
composição mineralógica da parte félsica é formada por 15% de granada, 35% de quartzo
azulado e 50% de ortoclásio. A parte máfica é formada por 20% de biotita, 40% anfibólito e
40% piroxênio. Devido à presença de bandamentos e de granadas, infere-se que a rocha é um
paragnaisse.
A atitude medida das camadas foi N012°/64°SE.
O tipo de metamorfismo que gerou a rocha foi o regional.
Imagem 13 – Granadas (aproximadamente 2 mm) incrustadas na rocha, indicado seu protólito sedimentar
(Fotografia: Naomi Meneses, 2022).
O ponto 2.2 é contido por uma rocha metamórfica gnáissica, aflorando como lajedo de
praia. Está localizada pelas coordenadas UTM X = (550.674) e Y = (8.561.568).
As características mineralógicas da rocha são iguais ao do ponto 2.
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Foram encontradas duas foliações: foliação 1 com atitude N175°/49°O, e foliação 2
com atitude N155°/75°SE. Uma falha foi encontrada com atitude N171°/67°SW. E por fim,
uma foliação foi encontrada, com trend N216° e caimento 55°.
Imagem 14 – Falha normal, cortando a rocha ao centro. (Fotografia: Naomi Meneses, 2022)
4.7 Ponto 3
O ponto 3 é contido por uma rocha metamórfica, granulítica, aflorando como lajedo
de praia. Encontra-se nas coordenadas UTM X = (550.735) e Y = (8.561.590).
A rocha possui provável textura milonítica, não sendo possível identificar os minerais
dos quais é composta a olho nu. Entretanto, devido a sua cor escura é possível classifica-la
como ultramáfica.
Não foram encontradas foliações.
Alguns diques de quartzo-feldspato foram encontrados, mas não foram medidos.
4.8 Ponto 3.2
O ponto 3.2 é contido por uma rocha metamórfica, granulítica, aflorando como lajedo
de praia. Encontra-se nas coordenadas UTM X = (550.729) e Y = ( 8.591.592).
Rocha de textura lepidoblástica, de cor escura, com detalhes em laranja claro, sendo
observada cor de alteração castanho-avermelhado, provavelmente originada do óxido de
ferro minerais máficos. A composição mineralogia estimada é 50% de minerais máficos e 50%
de minerais félsicos.
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É possível observar a presença de alguns diques quartzíticos de pequena espessura
(aproximadamente 1 cm).
Foi encontrada uma dobra aberta, antiforme-sinforme, com direção do flanco
N320°/33°NE. Uma foliação foi encontrada medindo N231°/70°NW.
4.9 Ponto 3.3
O ponto 3.3 é contido por uma rocha metamórfica, granulítica, aflorando como lajedo
de praia. Encontra-se nas coordenadas UTM X = (550.739) e Y = (8.561.598).
Classificação de textura e mineralogia igual ao ponto 3.2.
Uma dobra foi encontrada, com strike N165°, plano axial medindo 90°, linha de
charneira N310° e caimento da linha medindo 45°.
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5 MAPA GEOLÓGICO - ESTRUTURAL
Mapa 1 – Mapa feito à mão da geologia e estruturas da região do Farol da Barra (Fonte e Confecção: Os autores).
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Posteriormente, os dados foram levados para o software QGIS, para
georreferenciamento e vetorização, afim de posterior impressão do mapa para uso pessoal.
Como poucas coordenadas foram pegas com o GNSS Garmim, foi necessário utilizar o Google
Earth como referência, “coletando alguns pontos digitalmente”. Como efeito colateral, o erro
médio () das coordenadas foi de 20,02, ou seja, muito alto. Assim, não é recomendável a
utilização desse mapa para fins de cartografia.
A seguir, segue o mapa geológico – estrutural da região do Farol da Barra, realizado no
QGIS.
Mapa 2 – Mapa Geológico – Estrutural da região do Farol da Barra, feito através dos dados coletados em campo. (Fonte e
confecção: Os autores)
6 CONCLUSÃO
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deformação dos litotipos com foliação paralela aos bandamentos gnáissicos, gerando
estruturas do tipo boudin com cinemática ora dextral a dextral-reversa, ora reversa-sinistral.
Segunda fase, marcada por zonas de cisalhamento. E terceira fase, geração de foliação com
alto ângulo de mergulho e cinemática reversa.
7 REFERÊNCIAS
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