Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Barreiras – 01 de abril
1
Universidade Federal do Oeste da Bahia
Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável
Campus Edgar Santos
Curso de Graduação em Geologia
Discentes: Cáio Silva dos Santos – 213100178
Thiago Winicios Alves Araújo – 213100206
Barreiras – 01 de abril
2
Resumo
3
Sumário
Índice de Figuras 5
Índice de Tabelas 6
Índice de Fotografias 7
1. Introdução 8
2.1. Localização 10
2.2. Acesso 10
2.3. Geomorfologia 11
2.4. Clima 12
2.5 Vegetação 13
2.6 Hidrogeologia 14
2.7. Solos 15
3. Geologia 16
3.2.1. Estratificação 17
4. Conclusão 24
5. Referências Bibliográficas 25
6. Anexos 27
4
Índice de Figuras
5
Índice de Tabelas
6
Índice de Fotografias
18
Fotografia 4 – Oxido de Manganês aflorando
20
Fotografia 6 – Mudança de cor no afloramento
22
Fotografia 7 – Estratificação paralela e estratificações cruzadas acanaladas
Fotografia 8 – Afloramento 23
7
1. Introdução
8
rosetas, confecção de caderneta geológica e de relatório técnico-científico,
identificação de afloramentos e o estudo dos dois grupos que compõe a fácies da
serra, Bambuí e Urucuia.
9
2. Caracterização do Meio Físico
2.1. Localização
Barreiras faz parte da mesorregião do Oeste Baiano. Localizada entre as
coordenadas 11º 37' e 12º 25' S e 44º 34' e 46º 23' W. Tem como fronteira oeste o
Estado do Tocantis e o Município de Luís Eduardo Magalhães, a leste com os
municípios de Angical e Catolândia, ao norte com o município de Riachão das Neves
e ao sul com o município de São Desidério. (Figura 1).
2.2. Acesso
A área de estudo localiza-se na porção oeste do Município de Barreiras.
Localizado a 863,5 km da cidade de Salvador e a 648 km de Brasília, com seu
acesso, através da BR 242 e BR-020 respectivamente, além de rotas alternativas
feitas pela, BR-135 e BA-447.
10
Figura 2 Acesso ao município de Barreiras, com destaque para UNEB, ponto de início do
percurso. (Modificado por Cáio e Thiago em 23/03/2014) – Fonte: www.googlemaps.com
2.3. Geomorfologia
O município de Barreiras localiza-se no noroeste do estado da Bahia, na
bacia do rio Grande, um dos principais afluentes da margem esquerda do rio São
Francisco. Regionalmente, seu território é caracterizado por dois compartimentos do
relevo: a leste, as terras de menor altimetria, se inserem nos Patamares do rio São
Francisco; a oeste, a maior parte do município encontra-se nas Chapadas do rio São
Francisco (IBGE, 2006).
Com tudo, na área de estudo apresenta uma escarpa no grupo Urucuia
composta por ravinas alterando para voçorocas com grande chapadões e de baixa
declividade. E uma concha convexa com falhamentos no grupo Bambuí além de
rampas de colúvio migrando para oeste devido a erosão, apresentando cunho de
sedimentos.(Fotografia 1).
11
Fotografia 1: Geomorfologia na base da Serra, visando Serra da Bandeira ao fundo, com
destaque para erosão pluvial.
2.4. Clima
Climático seco, subúmido e seco e com poucas diferenças entre as estações
do ano, com emperaturas altas, possui temperatura anual média 24.3º, máxima 42º,
mínima 20.3º. O período chuvoso se estende de novembro a janeiro, os meses mais
12
quentes são de setembro e outubro o mês de julho apresenta-se como o mês mais
frio com 22°C com uma diferença de apenas 14% para o mês mais quente. A
pluvioside anual média é de 1018mm, máxima de 1684; mínima de 295mm (Figura
3).
O mapa de isoietas (anexo 1), mostra as médias anuais no período de 1977 a
2006 da pluviosidade do estado da Bahia. O estado da Bahia possui variedade
pluviométrica cuja precipitação diminui do litoral pro interior sentido Leste/Oeste,
indicando que a região de estudo possui precipitação média.
2.5. Vegetação
A vegetação da área estudada tem, presença de cactos, árvores de médio e
pequeno porte, com troncos tortuosos, gramíneas presentes no grupo Bambuí
(Fotografia 2) (base da escarpa), como observado no ponto 8.656.694 de longitude e
13
23L 504.369 de latitude apresenta solo vermelho e amarelo raso com espessura de
10 a 15 cm com pouco material orgânico caracterizando um latossolo vermelho.
Possui rochas pouco metamorfizadas predominam ente metargilitos intercalados
com metassiltitios, com presença de foliação, e presença de porosidade.
2.6. Hidrogeologia
O município de barreiras é rico em recursos hídricos, os rios presentes no
município são: rio de Ondas, rio de Janeiro e o rio Branco são os principais, e
formam a bacia do Rio Grande que banha a cidade, e é a maior bacia do lado
esquerdo do Rio São Francisco.
Conforme visto na área de estudo as rochas do grupo Urucuia, em sua
grande maioria são rochas porosas e permeáveis, facilitando a infiltração de água no
solo, ocasionando solo do tipo arenoso. Portanto é o principal aquífero da região,
cerca de 90% da recarga dos rios da região é realizada por este grupo. Este por vez
14
é recarregado pela água das chuvas torrenciais que ocorrem no período de
novembro a janeiro.
O grupo Bambuí possui rochas pouco permeáveis porém porosas, dificultando
a infiltração e facilitando o escoamento superficial, sendo influenciado pelo relevo
ingríme.
2.7. Solos
De acordo com os pontos estudados na região os solos presentes nos dois
grupos diferem-se litologicamente.
Na base da escarpa, marcada pelo grupo Bambuí possui latossolo vermelho
argiloso pouco desenvolvido, com espessura entre 10 a 12 cm (Fotografia 3) O
horizonte O é quase imperceptível apesar de ter sido notado feições de oxidação
devido a cor ser avermelhada, se aproximando de roxo em alguns pontos, inferindo
ser ambiente de menor oxidação. A matriz de coloração vermelha mostra
granulometria fina, argilosa.
15
3. Geologia
16
3.2.Geologia Local
A geologia local foi descrita a partir de estudos de afloramentos dispostos em
forma de lajedos rochas sedimentares localizadas na Serra de Mimo em Barreiras –
BA. A análise foi feita primeiramente na base da serra, na qual a partir dela subiu
analisando as demais estruturas de cada grupo.
3.2.1. Estratigrafia
A área visitada apresenta dois tipos de litofácies, na base da serra, rochas
metassedimentares, onde ocorre uma zona de maior escoamento superficial (Grupo
Bambuí), já no topo demonstra uma forma plana, favorecendo a infiltração e
escarpada na parte lateral mais alta desse chapadão (Grupo Urucuia).
Os afloramentos observados estão localizados desde a base até o topo da
serra. São constituídos por: sedimentos de granulometria variando de superfina a
média, textura argilosa a arenosa, maturidade textural de subarredondado a
arredondado, com rochas de muito porosas a pouco porosas; permeáveis, com
composição química variável com quartzo (60%), feldspato (20%) alterando para
argilominerais, óxidos e hidróxidos de manganês (20%); solo de cor amarelo e
vermelho além de solo arenoso, em toda serra, pode ser vistas estruturas de
laminada a maciça, foliações, fraturas (algumas vezes em mais de uma direção),
estratificações cruzadas acanaladas, planas e tangencial.
17
Afloravam a superfície poucas rochas em diferentes locais, nelas foram feitas
três medições de planos em locais diferentes. (Tabela 1)
01 N 122º / 29º NE
02 N 310º / 14º NE
03 N 301º / 20º NE
18
Planos Direção e Mergulho
01 N 295º / 83 SW
02 N 14º / 69º NW
03 N 45º / 47º SW
04 N 169º / 66º NW
05 N 96º / 57º SE
06 N 290º / 43 NE
07 N 26º / 86º SE
08 N 346º / 86º SE
09 N 262º / 67º NW
10 N 235º / 76º NE
11 N 30º / 08º SE
12 N 64º /42º SE
13 N 35º / 21º SE
14 N 264º / 53 NW
15 N 68 º / 25º SE
19
Fotografia 5 - Veio de quartzo
Neste ponto foram encontrados veios de quartzo que cortavam a foliação. (tabela 3)
Planos Direção e Mergulho
01 N 238º / 12º NW
02 N 245º / 36º NW
20
01 N 274 º / 27º NW
02 N 102º / 41º SW
21
paralela e estratificações cruzadas acanaladas de pequeno porte com um
espaçamento de 12 cm e tangenciais, evidenciando uma formação fluvial, nesse
caso de rio entrelaçado. (Fotografia 7)
22
Fotografia 8 – Afloramento
No topo desses morros, estão localizadas as rochas areníticas recristalizadas,
avermelhada, composta por quartzo (>95%), maciças, impermeáveis, sem
porosidade e com superfície textural polida.
23
4. Conclusão
Com os dados levantados da área, conclui-se que a Serra do Mimo possui duas
unidades litológicas diferentes, tanto geograficamente quanto geologicamente,
marcados por uma diferença de granulometria, solo, vegetação, litologia e geomorfologia.
O solo do Bambuí vermelho à amarelo, argiloso, caracteriza-se como um latossolo, já
o do grupo sobreposto (Urucuia) é um solo arenoso mais espesso, em consequência dos tipos
de rochas dispostas em cada litofácie. A vegetação de ambos são muito parecida, porém no
grupo Urucuia a flora é mais esparsa, enquanto o Bambuí a vegetação é mas densa.
Geomorfologicamente o grupo Bambui favorece o escoamento superficial, pois possui o
relevo tipo concha convexa.
O grupo Bambuí, localizado na base possui rochas de granulometria muito
fina, caracterizado por metargilitos por vezes intercalados por metasiltitios e meta-
calcários, enquanto o grupo Urucuia apresenta rochas sedimentares siliclásticas de
granulometria fina à média. Essa diferença de granulometria é devido a forma de
depósito dos sedimentos e tipos de transporte, depósitos fluviais e eólicos, sendo os
sedimentos do Bambuí depositados em locais mais oxidantes, sem presença ou com
pouca presença de água, enquanto o Urucuia sedimentado em ambientes redutores.
24
5. Referencias Bibliográfica
25
ANDRADE, J. B. M.; CASCAES, O. S. F. Panorama Hidrogeológico do grupo
Bambuí no Oeste da Bahia. Salvador.
26
6. Anexos
Anexo – 01. Mapa de isoietas da Bahia
27
Anexo 02. Diagrama de Rosetas
28