Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BARREIRAS-BA
2014
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS GERAIS
Para a realização dos objetivos, primeiro foi preciso realizar uma pesquisa sobre
o referencial teórico, interpretar os mapas cartográficos, a fim de ter um conhecimento
prévio da área a ser estudada. O próximo passo foi realizar uma saída de campo para
coleta de dados e fazer um mapeamento na área de estudo, região de Xique-xique-BA.
Para coleta de dados foram utilizados alguns materiais que auxiliaram durante o
trabalho, como a caderneta de campo, utilizada para anotar os dados coletados, escala
granulométrica e lupa foram usadas para fazer análise textural, martelo geológico para
retirada de amostras, sacos plásticos para acondicionar essas amostras, pincel para
marcação das mesmas, bússola para aferir as direções de sentido e ângulos de mergulho
das camadas, GPS para localização da área, ou seja, marcar ponto; máquina fotográfica
para registro de imagens a serem anexadas no relatório final.
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Guimarães et. al. (2005) e Loureiro et. al. (2008) há vários ciclos de
sedimentação com gradação normal em ambiente continental costeiro, sob clima
semiárido, através de sistemas de leques aluviais, fluvial entrelaçado multicanalizado e
eólico, em um contexto de mar baixo.
Segundo Bomfim et. al. (1985) as litofácies da Unidade Nova América foram
acumuladas e ambiente de inter a supramaré com ciclo regressivo; a Unidade Gabriel
como de inter a submaré; a Unidade Jussara como de submaré com ciclo transgressivo e
a Unidade Irecê como marinho profundo, associado a talude distal e proximal.
Para Leão & Dominguez (1992), Guimarães (2000) e Loureiro et. al. (2008) as
rochas da Formação Salitre se depositaram em uma bacia intracratônica gerada e
preenchida no final do Criogeniano (650 a 850Ma), em um ambiente marinho raso a
plataforma do tipo rampa caracterizada por declives suaves e ausência de um talude
pronunciado. Nesse modelo, os calcarenitos e dolomitos ocorrem predominantemente
em zona litorânea afetada por ondas de tempestades, onde cresciam estromatólitos
colunares, e os calcilutitos nas lagunas, protegidas do por aberto por ilhas barreiras.
Costa afora, em ambiente plataformal, se acumularam as litofácies de calcarenitos,
marga e arenitos interestratificados.
De acordo com a Lei 1.197 de 2003 do Dr. João Alfredo, dunas móveis são:
aquelas que, em face da ação dos ventos sofrem deslocamento ao longo do tempo.
Ainda de acordo com essa lei são áreas de APP, para recarga de aquíferos. As dunas
móveis caracterizam-se pela ausência de vegetação ou qualquer revestimento que
detenha ou atenue os efeitos da dinâmica eólica, responsáveis por sua migração
(Pinheiro, 2009; Moura-Fé, 2008).
Dependendo de vários fatores, como a eficácia do vento, tipo e suprimento de
areia e natureza e intensidade da cobertura vegetal, as dunas podem assumir diferentes
formas, que de acordo com McKee (1966) são denominadas de barcanas, barcanóides,
transversais, parabólicas, longitudinais ou “seif”, estreladas.
5. ANÁLISES E RESULTADOS
Segundo Sampaio et al., 1994, a Formação Tombador pode ser dividida em duas
sequências distintas: uma arenosa, que ocorre tanto na base quanto no topo, sendo mais
espessa na base e mais delgada no topo da formação, e outra conglomerática que ocorre
na porção intermediária.
A sequência arenosa inferior é caracterizada por arenitos com coloração
alaranjado-amarelada, com espessura variando de média a grossa. Já no topo da
sequência, ocorre uma maior quantidade de areia que varia de média a fina. Na porção
intermediária, encontra-se arenito conglomerático que apresenta clastos
subarredondados a subangulosos, sendo esses polimíticos, como mostra a fotografia
abaixo:
Foto 01: Sequência deposicional, Formação Tombador. Fonte: KARINNE, Andréia Araújo,
2014.
Foto 07: Dunas Móveis, Município de Barra-BA. Fonte: Google Earth, adaptado por
KARINNE, Andréia Araújo, 2014.
N 276º
6. CONCLUSÃO
Conclui-se que foi possível fazer uma análise das estruturas presentes nos
afloramentos dentro das Formações, assim como uma interpretação dos processos que
levaram a formação de cada afloramento, tal como processos intempéricos ocorridos
durante o passar do tempo. É importante destaca que durante a realização do campo não
foi encontrado de forma nítida, o contato entre as Formações, o que não afetou na
identificação e caracterização das litofácies de cada Formação. Em relação a Formação
Morro do Chapéu, não foi encontrado durante o campo.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Barbosa J. S. F. & Sabaté P. (2000). Geological and geochronological features and the
Paleoproterozoic collision of the four Archean crustal segments of the São Francisco
Craton, Bahia, Brazil. IN: Int. Cong. Geol. 31, Rio de Janeiro, CD-ROM.
Bomfim, L.F. & Pedreira, A.J. 1990. Geologia da Chapada Diamantina Oriental, Bahia
(Folha Lençóis). In: Bomfim, L.F. & Pedreira, A.J., Orgs, -Programa de Levantamentos
Geológicos Básicos do Brasil. Lençóis (Folha SD.24- V-A-V) Estado da Bahia, Texto
Explicativo. Brasília, DNPM/CPRM, p.25-73.
Bomfim, L. F. C. et. al. Projeto Bacia Irecê: relatório final. Salvador: CPRM, 1985. 2. v.
Relatório interno.
Brannner, J. C. 1910. The Tombador escarpment in the state of Bahia, Brazil. American
Journal of Sciences, 30: 334-343 (Ser. 4 th).
Branner, J. C. 1911. Aggraded Limestone Plains of the interior of Bahia and Climatic
Changes Suggested by them. Geological Society of America Bulletin, v. 22 (2): 187-
206
Cunha J. C., Bastos Leal L. R., Fróes R. J. B., Teixeira W., Macambira M. J. B. (1996).
Idade dos greenstone beltse dos Terrenos TTG´s associados da região do Cráton do São
Francisco. IN: Cong. Brás. Geol., 29, Salvador, 62-65.
Delgado, I.M.; Pedreira,A.J.; Thorman, C.H. 1994. Geology and mineral resources of
Brazil: A review. International Geology Review, 36: 503-544.
Guimarães, J.T. & Pedreira, A.J. 1990. Geologia da Chapada Diamantina Oriental,
Bahia (Folha Utinga). In: GUIMARÃES, J.T. & Pedreira, A.J., orgs. -Programa de
Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. Utinga (Folha SD.24-V-A-II) Estado da
Bahia, Texto Explicativo. Brasília, DNPM/CPRM p. 19-92.
Loureiro, H. S. C. et. al. (Org.). Projeto Barra – Oliveira dos Brejinhos: Estado da
Bahia. Salvador: CPRM, 2008. Relatório interno.
Oliveira E.P., Costa F.G., Donatti Filho J.P., Grisólia M.F.P., Ruggiero A., Moreto
C.P.N, Vale I.Z., Araújo R.L., 2011. Palaeoproterozoic arc-continent collision in the
Serrinha Block, Bahia, São Francisco Craton, Brazil. do XIII Simpósio Nacional de
Estudos Tectônicos – SNET, Campinas, maio de 2011.
Pedreira, A.J.. & Margalho, R.S.F.X. 1990. Geologia da Chapada Diamantina Oriental,
Bahia (Folha Mucugê). In: Pedreira, A.J.. & Margalho, R.S.F.X.; Orgs., Programa de
Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. Mucugê (Folha SD.24-V-C-I1), Estado
da Bahia; Texto Explicativo. Brasília; DNPM/CPRM, p.19-68.
Souza, W.S.T. & Guerra, G.T. 1986. Estudo geológico da Chapada Diamantina-
Setentrional a partir do emprego do conceito de unidade deposicional. In: Congresso
Brasileiro de Geologia, 34, Goiânia, 1986. Anais. Goiânia, Soe. Brás. Geol., vol. l,
p.377-390.
Vilas Boas, G,; Pereira, A.M. & Sampaio, F. 1988. Fácies sedimentares e modelo de
sedimentação do Grupo Paraguaçu na região de Rio de Contas, borda ocidental da
Chapada Diamantina, Bahia. Rev. Bras. Geoc., 18:406-416.