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INTRODUÇÃO
As bacias hidrográficas do córrego Carioca, do córrego do Bação e do ribeirão do
Carioca inserem-se nos limites do município de Itabirito, situado a 60 km a sudeste de
Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Esses córregos fazem parte da bacia do rio
Itabirito, tributário do alto rio das Velhas, que por sua vez corresponde a um dos
principais afluentes do Alto São Francisco. As cabeceiras do rio das Velhas apresentam
diversos problemas ambientais, decorrentes do uso desordenado dos recursos
naturais, dentre os quais destacam-se: a mineração, as atividades industriais e práticas
agropastoris, que vêm comprometendo os recursos hídricos e causando processos
erosivos acelerados (IGAM 2004). As bacias hidrográficas dos córregos Carioca e do
Bação são de extrema importância, uma vez que, são utilizadas para o abastecimento
da sede municipal e dos distritos da região.
A área estudada é marcada pela grande concentração de formas erosivas (ravinas e
voçorocas) e a extração irregular de areia nas planícies aluviais. Outros problemas
ambientais e sociais observados na região são: assoreamento de diversos trechos das
bacias; decréscimo da disponibilidade hídrica para irrigação e abastecimento; retirada
da camada fértil do solo pela erosão; inutilização de áreas destinadas à ocupação
urbana e/ou para atividades agropastoris; evolução de processos erosivos na zona
rural e próximo de áreas residenciais; entre outros.
Diante disso, realizou-se um diagnóstico dos elementos do meio físico e das
atividades antrópicas nas bacias hidrográficas dos córregos Carioca e do Bação e
ribeirão Carioca. A partir dessas informações, foram detalhados os aspectos
geomorfológicos, que sustentaram as principais análises desse estudo. A análise
integrada dos aspectos estudados baseou-se na teoria geossistêmica, que auxiliou no
entendimento das fragilidades e potencialidades dos ambientes frente aos diversos
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Figura 2 – Mapa da Bacia do Rio das Velhas em relação ao Rio São Francisco, destacando o
rio Itabirito e área estudada.
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estações climáticas definidas, uma chuvosa outra seca. Esse tipo de vegetação é
encontrada basicamente nas encostas íngremes e fundos de vale, principalmente onde
ocorrem solos do tipo cambissolos. Geralmente, o estrato arbóreo alcança entre 10 e
15 metros, cujas espécies são típicas da região, como o: Imbaúba (Cecropia sp),
Sangue-de-dragão (Cróton sp), Angico (Anadenanthera colubrina), Candeia
(Eremanthus sp), entre outras.
METODOLOGIA
O estudo foi desenvolvido ao longo de quatro fases distintas, no entanto, alguns
estágios do trabalho foram realizados conjuntamente. Essas etapas foram definidas da
seguinte forma:
• Levantamento e Organização de Dados Básicos;
• Atividades de Campo e Laboratório;
• Interpretação e Correlação dos Dados;
• Elaboração dos Produtos Finais.
RESULTADOS
No presente trabalho elaborou-se um mapeamento, definindo as áreas ou zonas
aptas para os diversos tipos de atividades que se desejam promover na região,
delimitando as zonas mais frágeis e de maior interesse à conservação, as zonas de
maior aptidão para a exploração de recursos naturais, as áreas de interesse para fins
produtivos ou turísticos e aquelas áreas que necessitam de recuperação ambiental.
Conforme orienta Cendrero (1982, 1988 citado por Sobreira 1995) trabalhos dessa
natureza devem ser elaborados em escalas entre 1:25.000 e 1:200.000 sendo a
presente proposta desenvolvida na escala de 1:50.000.
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CONCLUSÕES
O zoneamento territorial proposto resulta das análises descritas no decorrer deste
trabalho, não sendo utilizados métodos numéricos, nem foi possível consultar a
comunidade local sobre a definição e/ou destinação das unidades (zonas). Além da
destinação das áreas sugeridas no zoneamento, as demais informações podem
orientar diversas análises, tais como: seleção de áreas para disposição de resíduos
sólidos, implantação de distritos industriais, avaliação de impactos ambientais,
potencialidade para o agroturismo, definição de áreas sujeitas a inundação,
identificação de conformidades ou conflitos em relação a atividades agropastoris,
entre outras coisas.
Procurou-se com este estudo disponibilizar uma ferramenta prática no
planejamento ambiental das bacias hidrográficas em questão, que vise o uso dos
recursos naturais de forma coerente, conciliando os interesses econômicos à
preservação ambiental e melhoria da qualidade de vida da comunidade local..
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem à FAPEMIG – Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas
Gerais pelo suporte financeiro, para o desenvolvimento da tese de doutoramento do
primeiro autor.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IGAM – INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS. 2004. Plano Diretor de Recursos
Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas 2004/2010-Diagnóstico estratégico
da bacia hidrográfica e cenários de desenvolvimento. Relatório de Qualidade da
Água. Disponível em: <
www.igam.mg.gov.br/docs/cbh/velhas/plano_diretor/relatorio_qualidade_aguas_v
elhas.pdf>. Acesso em: 14 de julho de 2005.
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Santos, C. A., Sobreira, F. G., Silva, S. P. 2003. Mapeamento da cobertura vegetal e uso
do solo nas bacias do Ribeirão Carioca, Córrego do Bação e Córrego Carioca, no
município de Itabirito-MG: uma análise preliminar. In. Expôs. Exp. Munic.
Saneamento, 7, Santo André-SP. ASSEMAE. Anais CD – ROM.
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