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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA

EVOLUÇÃO DA PAISAGEM NA MICROBACIA HIDROGRÁFICA


DO RIBEIRÃO DO AREIA – BURITIZEIRO, MG: UMA ANÁLISE
GEOGRÁFICA COM ÊNFASE NA GEOMORFOLOGIA

TERRITÓRIO CULTURA E MEIO AMBIENTE


Discente: Maria Dione do Nascimento Oliveira
Orientadora: Dr.ª Maria Ivete Soares de Almeida
PROBLEMA

• O uso e ocupação dos solos dimensionam a evolução dos processos


morfodinâmicos na bacia do Ribeirão da Areia?
OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Analisar as alterações na paisagem decorrentes do o uso e ocupação dos


solos na microbacia hidrográfica do Ribeirão do Areia através de uma
leitura geomorfológica.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar os compartimentos do relevo determinados por fatores


naturais;
• Analisar a paisagem da bacia em seus diferentes aspectos;
• Elaborar mapas temáticos;
• Elaborar mapa de potencial erosivo da bacia hidrográfica do Ribeirão
da Areia.
METODOLOGIA
Etapas do Desenvolvimento da
Pesquisa

1ª ETAPA: Pesquisa bibliográfica,


delimitação da área de estudo, análise de
cartas temáticas, imagens de satélites,
elaboração de cartas temáticas.

2ª ETAPA: Pesquisa de campo, registros


fotográficos, validação dos dados obtidos em
laboratório, georreferenciamento da área.

3ª ETAPA: análise e cruzamento das


informações de campo e laboratório.

4ª ETAPA: Elaboração da carta de


susceptibilidade erosiva e apresentação do
relatório final.
REFERENCIAL TEÓRICO BÁSICO
• AB'SÁBER A. N. Um conceito de geomorfologia a serviço das pesquisas
sobre o quaternário. Geomorfologia, n.18, 1969c.

• CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo: Ed. Edgard Blücher,


1980.

• CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem de sistemas ambientais. São Paulo:


Edgar Blüncher, 1999.

• ALMEIDA, F. F. M. O CRÁTON DO SÄO FRANCISCO. Revista


Brasileira de Geociêncìas. Volume 7, 1977.

• CPRM. CARTA GEOLÓGICA. Folha SE 23-V-D-III - SERRA DO


JATOBÁ. Escala 1: 100.000, 2002.
• CUNHA, S. B. GUERRA, A. J. T. Degradação Ambiental. In. Antonio Teixeira
Guerra; Sandra B. da Cunha. (Org.). Geomorfologia e Meio Ambiente. Rio de
Janeiro: Bertrand, 2009, p.337-339.

• FLORENZANO, T. G. (org). Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais. São


Paulo. Oficina de Textos, 2008.

• GUERRA, A. T. GUERRA A. J. T.. Novo Dicionário Geológico e


Geomorfológico. 3ª ed. Ed. Bertrand Brasil. Rio de Janeiro, 2003.

• GUERRA, A. J. T. MARÇAL, M. Santo. (ORG.).Geomorfologia ambiental. 3ª.


ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010. 189 p.

• Manual Técnico de Pedologia: Coordenação de Recursos Naturais e Estudos


Ambientais. 2. Ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2007.

• MELO, D. R. EVOLUÇÃO DAS VEREDAS SOB IMPACTOS AMBIENTAIS


NOS GEOSSISTEMAS PLANALTOS DE BURITIZEIRO/MG. Tese de
Doutorado. Universidade Federal de Minas Gerais, Curso de Pós-graduação em
geografia. Belo Horizonte, 2008.
• NIMER, E. Climatologia da Região Sudeste do Brasil: Introdução à Climatologia
Dinâmica - Subsídios à Geografia Regional do Brasil. Revista Brasileira de
Geografia. Rio de Janeiro, v.34, nº1, p. 03-48, 1972.

• PENTEADO, M. M. Fundamentos de geomorfologia. 3ª ed. Rio de Janeiro:


IBGE, 1983. 186p.

• ROSS, J. S. GEOMORFOLOGIA: AMBIENTE E PLANEJAMENTO. São


Paulo. Contexto, 1990. Coleção Repensando a Geografia.

• ROSS, J. L. S. O registro cartográfico dos Fatos Geomórficos e a Questão da


Taxonomia do Relevo. Rev. do Depto. Geografia, - FFLCH-USP, São Paulo, n.6,
p.17-29, 1992.

• SANTOS, R. F. Planejamento ambiental: Teoria e Prática. São Paulo: Oficina


de Textos, 2004.
FIGURA I: Localização da microbacia
hidrográfica do Ribeirão do Areia, Buritizeiro-
MG
GEOLOGIA:
• Segundo Almeida (1977), a área de estudos está inserida na Bacia
Intracratônica do São Francisco onde se encontram as principais
coberturas do Cráton homônimo (CPRM, 2010). Na Bacia
Hidrográfica do Ribeirão da Areia ocorrem as formações
sedimentares terciárias/quaternárias dos grupos:
GEOLOGIA

• Areado Indiviso (paleozoico) em contato com as coberturas elúvio-


coluviais laterizadas indiferenciadas (terciárias/quaternárias);
• Afloramento do embasamento Bambuí;
• Santa Fé (mesozoico), em contato discordante com o Grupo Bambuí;
• Sedimentos arenosos inconsolidados resultantes do desgaste de estruturas
antigas constituem os Terraços Aluviais;
• Aluviões distribuem-se principalmente às margens do Ribeirão da Areia.
FIGURA II: Mapa geológico simplificado
GEOMORFOLOGIA
• Dois grandes compartimentos geomorfológicos caracterizam a
geomorfologia da bacia hidrográfica do Ribeirão da Areia o Planalto
Areado e a planície fluvial, que segundo Vasconcelos et al é correlata
à planície do São Francisco.
• A morfologia do planalto é caracterizada por extensas áreas de
chapadas com bordas festonadas pela dissecação das drenagens.
• Na planície fluvial predominam as superfícies de acumulação que se
originam a partir da dissecação dos arenitos cretáceos do Planalto
Areado.
FIGURA III: Mapa geomorfológico simplificado
FIGURA IV: Carta clinográfica FIGURA V: Carta hipsométrica
FIGURA VI: Mapa pedológico simplificado
SOLOS
RESULTADOS E DISCUSSÕES

USO E COBERTURA DA TERRA

GRÁFICO I: Uso e cobertura da terra na bacia


hidrográfica do Ribeirão da Areia - Buritizeiro/MG

USO E COBERTURA DA TERRA NA BACIA


HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO DA AREIA -
BURITIZEIRO/MG
400
350
300 Eucalipto
250 Cerrado e afins
Área Km²

200 Pasto
Cerrado em regeneração
150
Solo em exposição
100
50
0
1991 2001 2011 2017
Fonte:
OLIVEIRA, M. D. N. (2018)
FIGURA VII: Uso e cobertura da terra em 1991 FIGURA VIII: Uso e cobertura da terra em 2001
FIGURA IX: Uso e cobertura da terra em 2011 FIGURA X: Uso e cobertura da terra em 2017
SUSCEPTIBILIDADE POTENCIAL À EROSÃO

• O potencial erosivo refere-se ao caráter preditivo da identificação de


riscos possíveis ao equilíbrio dinâmico dos solos de uma área
específica. Sua determinação ocorre em função das características
intrínsecas aos solos, como textura, estrutura e bioquímica, aliada às
características geoambientais, como uso dos solos, morfologia,
hidrologia, entre outros.
• A década de 1970 marca a chegada da monocultura do pinus,
eucalipto e produção de carvão no município de Buritizeiro (MELO,
2006).

• Na Bacia Hidrográfica do Ribeirão da Areia, esse período é marcado


pela retirada quase que completa da vegetação natural, que, salvo em
área de difícil mecanização, foi transformada em carvão para

abastecer as siderúrgicas e substituída pela silvicultura.


FIGURA XI: Mapa de susceptibilidade erosiva
Figura XII: A- eucaliptal abandonado; B- erosão - Neossolos Quartzarênicos
em condições de exposição - Planalto Areado
Ponto: N 8090201,591 E 483478,942 N 8092816,694 E
481428,518
Figura XXX: Vista do nível de base do
Ribeirão da areia.
Ponto: X -45, 281918 Y -17085239
Figura XIII: A e B- Cabeceiras de drenagens na vertente oeste da bacia
do Ribeirão da Areia. C- Vale formado pelas drenagens das veredas. D-
Ravinas e voçorocas nas rampas.
Ponto: N 8093453,318 E 468176,802

A B

C D
Figura XXXI: A- Aspecto da vegetação na planície do Ribeirão da Areia;
B- Reserva legal averbada da fazenda Petkov, com vegetação de cerrado
em regeneração.
Ponto: N 8124739,518 E 463097,8
A B
CONSIDERAÇÕES FINAIS

• A vegetação e pedogênese constituem fatores de primeira ordem na


determinação da susceptibilidade erosiva da bacia;
• O relevo tem sua importância na erosão potencial, expressa principalmente
pela relação que estabelece com os outros elementos do sistema como solo,
vegetação, pluviosidade e rede de drenagens;
• As classes de solos identificadas na bacia, salvo o Latossolo Vermelho
Amarelo, apresentam fragilidade intrínseca elevada, frente às suas
características de textura, estrutura e cobertura, o que potencializa a pré-
disposição à erosão.
• REFERÊNCIAS

• AB'SÁBER A. N. Um conceito de geomorfologia a serviço das pesquisas sobre o


quaternário. Geomorfologia, n.18, 1969c.
• ALMEIDA, F. F. M. O CRÁTON DO SÄO FRANCISCO. Revista Brasileira de
Geociêncìas. Volume 7, 1977.
• ALMEIDA, M. I. S. A bacia hidrográfica como unidade fundamental de análise da
paisagem: a Bacia do Pacuí e a sua relação com a Bacia do São Francisco. Revista Cerrados
Montes Claros, v.13, n.1, p.95-110, dez/2015. ISSN: 2448-2692 disponível em:
www.periodicos.unimontes.br/cerrados acesso: 04/01/2017
• CASSETI, V. Geomorfologia. 2005.
• CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo: Ed. Edgard Blücher, 1980.
• CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem de sistemas ambientais. São Paulo: Edgar Blüncher, 1999.
• PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL CARTA
GEOLÓGICA - Folha SE.23-V-B-VI - SANTA FÉ DE MINAS - Escala 1:100.000 - CPRM -
2002
• PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL
CARTA GEOLÓGICA - FOLHA SE.23-V-D-III- SERRA DO JATOBÁ -Escala
1:100.000 - CPRM - 2002
• CUNHA, S. B. GUERRA, A. J. T. Degradação Ambiental. In. Antonio Teixeira
Guerra; Sandra B. da Cunha. (Org.). Geomorfologia e Meio Ambiente. Rio de
Janeiro: Bertrand, 2009, p.337-339.
• DREW, D. Processos interativos homem-meio ambiente. Tradução de João Alves
dos Santos: revisão de Suely Bastos; Coordenação editorial de Antônio
Christofoletti. – 4ª ed.- Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998. 224 p.
• FERREIRA, M. M. A história como ofício: a constituição de um campo
disciplinar. Ed. FGV. Rio de Janeiro, 2013.
• FLORENZANO, T. G. (org). Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais. São
Paulo. Oficina de Textos, 2008.
• GUERRA, A. T. GUERRA, GUERRA A. J. T.. Novo Dicionário Geológico e
Geomorfológico. 3ª ed. Ed. Bertrand Brasil. Rio de Janeiro, 2003.
• GUERRA, A. J. T. MARÇAL, M. Santo. (ORG.).Geomorfologia ambiental. 3ª.
ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010. 189 p.
• PENTEADO, M. M. Fundamentos de geomorfologia. 3ª ed. Rio de Janeiro:
IBGE, 1983. 186p.
• RODRIGUES C. A TEORIA GEOSSISTÊMICA E SUA CONTRIBUIÇÃO
AOS ESTUDOS GEOGRÁFICOS E AMBIENTAIS. Revista do Departamento
de Geografia nº 14, 2001. p. 69-77. Disponível em:
http://canal.unigranrio.com.br/enade2016/gestao-ambiental/biblioteca/
geosistemas.pdf Acesso: 04/11/2017.
• ROSS, J. S. GEOMORFOLOGIA: AMBIENTE E PLANEJAMENTO. São
Paulo. Contexto, 1990. Coleção Repensando a Geografia.
• ROSS, J. L. S. O registro cartográfico dos Fatos Geomórficos e a Questão da
Taxonomia do Relevo. Rev. do Depto. Geografia, - FFLCH-USP, São Paulo, n.6,
p.17-29, 1992.
• SANTOS, R. F. Planejamento ambiental: Teoria e Prática. São Paulo: Oficina
de Textos, 2004.
• SOUZA, J. C. O; CORRÊA, A. C. B. O RELEVO COMO PONTO DE
PARTIDA AO ESTUDO GEOSSISTÊMICO DA NATUREZA: O CASO DA
BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO MIGUEL, ALAGOAS. GeoUECE,
v.2, n.3, Julho/Dezembro 2013. ISSN: 2317-028X

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