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CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS DA BACIA DO CÓRREGO DO

CEMITÉRIO, MUNICÍPIO DE ALFENAS – MG.

DIOGO OLIVETTI¹ e RONALDO LUIZ MINCATO²

di_olivetti@hotmai.com , rlmincato@uol.com.br
¹ Graduando do curso de Geografia – Unifal-MG
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Professor do curso de Geografia – Unifal-MG

Palavras Chave: Solos, classes, bacia, Córrego, Cemitério.

Introdução

Solo é o material mineral e/ou orgânico, inconsolidado na superfície da terra, que serve
para como meio natural para o crescimento e desenvolvimento de diversos organismos vivos
(CURI et. al., 1993). Todavia, há vários fatores econômicos, culturais e sociais associados a
degradação dos solos. Dentre eles, um dos aspectos que mais contribui para a degradação
dos solos é o desconhecimento sobre o papel desempenhado por este importante e
fundamental com meio ambiente (MARQUES, 1996). Por outro lado, a conservação do solo
pode ser estimulada com o acesso ao conhecimento sobre o funcionamento deste
componente essencial do ambiente.
Os estudos que buscam o aprimoramento para um melhor aproveitamento e proteção
desse recurso são de extrema importância, quando se considera a necessidade de buscar
melhores condições sócio-econômicas e ambientais (LIMA et. al., 2007). Assim, é também
de extremo interesse desenvolver pesquisas relacionadas à melhoria dos procedimentos de
manejo dos solos, que é, sem dúvida, uma das maiores riquezas do território brasileiro.
O papel que os solos exercem na natureza e sua importância para a humanidade
justifica a sua proteção e conservação e, que por sua vez, representam uma garantia da boa
qualidade do meio ambiente. Portanto, todas as pesquisas relacionadas aos solos ampliarão o
volume de informações que poderão contribuir para a sociedade e a população, em geral,
estancar os processos que levam à sua alteração e degradação (MUGGLER et. al., 2006)

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Dentro deste panorama, neste trabalho, será realizado um levantamento detalhado da
Bacia do Córrego do Cemitério do Município de Alfenas – MG, para a identificação das
possíveis diferentes classes de solos. Tais estudos se justificam pelo fato da bacia configurar
uma área de expansão urbana atual no município, e representam um importante instrumento
de política de planejamento do uso dos solos e de preservação ambiental.

Objetivos Gerais

Levantar e identificar as características do meio físico da Bacia do Córrego do


Pântano – Alfenas – MG, de modo a ampliar o seu conhecimento com vistas ao
planejamento urbano e territorial, sobretudo no que diz respeito à previsão de
comportamento de dos solos em relação aos seus usos e às práticas de manejo e
conservação.

Objetivos Específicos

Mapear e delimitar os diferentes tipos de solos da Bacia do Córrego do Pântano,


para programar e sistematizar as coletas das amostras de solos.
Caracterizar fisicamente os principais atributos físicos dos diferentes solos da
Bacia do Córrego do Pântano.
Executar o mapeamento das características do meio físico e das formas de ocupação
da Bacia do Córrego do Pântano, identificando os possíveis conflitos nos usos dos solos no
âmbito da bacia.
Elaborar o mapa de uso e ocupação do solo da Bacia do Córrego do Pântano,
identificando as vulnerabilidades e as potencialidades da área.

Fundamentação Teórica

Esta etapa consiste no levantamento e estudo da literatura relacionada ao tema


central e treinamento nos procedimentos relacionados à pesquisa, envolvendo a
atualização conceitual e metodológica.

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Materiais e Métodos

. Mapeamentos pré-campo.
Para uma melhor perspectiva área e para a definição dos pontos de coletas, é
necessário a execução de um mapa hipsométrico e um de declividade, que será feito pela
conversão de cartas topográficas na escala de 1: 20.000 e imagens de satélite para o
georreferenciamento das informações obtidas e mapeamento digital através de programas
de softwares de Sistema de Informação Geográfica (SIG).
Definição das áreas subdivididas para as coletas e caracterização dos solos através
das unidades taxonómicas, sendo um modo de representar um perfil de solo modal que
exibe as propriedades e características mais usuais e de outros perfis, estreitamente
relacionados (SOIL, 1951).

. Trabalhos de campo..

.Caracterização de Perfis Pedológicos

Etapa que consiste na comparação dos atributos físicos e caracterização de


horizontes diagnósticos, conforme definido pelo IBGE (2007). Tais características ou
propriedades dos solos serão utilizadas para delimitação areal ou superficial dos diferentes
tipos de solos, a partir de atributos que não necessitam de técnicas laboratoriais e
utilizando o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006), os critérios
definidos pela EMBRAPA (1997) e o Manual Técnico de Pedologia (IBGE, 2007).

. Coleta de Amostras

Para a melhor execução do levantamento detalhado será realizada uma coleta do


perfil completo e duas complementares para cada tipo de solo, por ser o tipo de coleta ser
a mais completa, pegando todos os horizontes ou camadas que ocorrem no perfil. Tais
estudos serão feitos em exposições naturais e artificiais dos solos da área.

. Análises de laboratório.

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. Processamento das Amostras;
. Composição Granulométrica;
. Argila Dispersa em Água;
. Grau de Floculação.

. Elaboração do Mapa Final.

Os esboços elaborados (folhas de campo) junto com os trabalhos obtidos na fase


pré-campo- num processo parecido com os mapeamentos de altitude e declividade desta
etapa, serão transferidos para programas de softwares de SIG para o georreferenciamento
com o sistema UTM (Projeção Universal Transversa de Mercator e para a execução de um
mapa digital na escala de 1: 20.000.

Resultados Esperados.

Obter uma perspectiva das variações altimétricas da bacia do Córrego do Cemitério


através da execução dos mapas de declividade e hipsométrico.
Identificar as diferentes características dos solos da bacia, principalmente nas áreas
de fundos de vale, intermediaria e de divisor de bacias através dos processos de análise de
perfis no campo e de laboratório.
Indicar o uso adequado do solo nas áreas classificadas ou mesmo podendo defini-las
como áreas de preservação.

Referências Bibliográficas.

CURI, N.; LARACH, J. O. I.; KAMPF, N.; MONIZ, A. C.; FONTES, L. E. F.


Vocabulário de ciência do solo. Campinas: SBCS, 1993. 90 p.

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Manual de Métodos de Análise de


Solo. 2.ed. Rio de Janeiro, 1997.

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação


de solos. 2.ed. Rio de Janeiro, 2006.

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IBGE. Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. Manual Técnico de
Pedologia 2.ed. Rio de Janeiro, 2007a. (Manuais Técnicos em Geociências, 4).

LIMA, Valmiqui Costa; LIMA, Marcelo Ricardo de; MELO, Vander de Freitas (Eds.) O
solo no meio ambiente: abordagem para professores do ensino fundamental e médio e
alunos do ensino médio. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, Departamento de Solos
e Engenharia Agrícola, 2007.

LEMOS, R.C. de; SANTOS, R.D. dos. Manual de descrição e coleta de solo no
campo.ed. Campinas: SBCS/EMBRAPA-CNPS, 1996.Mini Curso “O Solo e o Meio
Ambiente” – Prof. Dr. Marcelo Ricardo de Lima – IX EPEA 6.

MARQUES, J. Q. A. Conservação do solo no Brasil. In: CONGRESSO PAN-


AMERICANO DE CONSERVAÇÃO DO SOLO, São Paulo, 1996.

MUGGLER, C. C.; PINTO SOBRINHO, F. de A. e MACHADO, V. A. Educação em


solos: princípios, teoria e métodos. Revista Brasileira de Ciência do Solo [online]. n.4,
vol. 30, pp. 733-740, 2006

PREFEITURA MUNICIPAL DE ALFENAS. Plano Diretor de Alfenas. Leitura técnica,


em processo de revisão, 2006.

RESENDE, M.; CURI, N.;REZENDE, S.B. e CORRÊA, G.F. Pedologia: base para a
distinção de ambientes. 5. Ed. Lavras: Editora UFLA, 2007.

SANTOS, R. D. dos; LEMOS, R. C. de; SANTOS, H. G. dos; KER, J. C.; ANJOS, L. H.


C. dos. Manual de descrição e coleta de solo no campo. 5.ed. rev. E ampl. Viçosa:
Sociedade Brasileira de Ciência do Solo: UFV; [ Rio de Janeiro]: Embrapa Solos: UFRRJ,
2005.

SERRAT, B. M. Conhecendo o solo. Curitiba: Universidade Federal do Paraná,


Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2002.

WORBOIS, M. F. GIS: A Compunting Perspective. Londres, 1995.

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