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Universidade Estadual do Ceará - UECE

Centro de ciências e tecnologia - CCT


Curso: 005 – Geografia Bacharelado
Disciplina: Geomorfologia I
PROFESSOR (A) : Andréa Cavalcante

Aluno: Antonio Ruan Moreira dos Santos

Geomorfologia I

2022
FORTALEZA – CE
Geomorfologia

Resumo sobre a aula de campo nas regiões importantes do sistema de segurança hídrica do estado

do Ceará e a suas compartimentações Geomorfológicas

PROFESSOR (A): Andréa Cavalcante

FORTALEZA - CE

2022
Introdução:

O ciclo hidrológico e o sistema de segurança hídrica do estado do Ceará são peças-chave

para o entendimento tanto das relações sociais como ambientais que ocorrem em nosso estado.

Entender todo o percurso, todo processo envolvido em trazer água para o nosso uso cotidiano é

imprescindível para a compreensão de que a água é um bem finito e dotado de valor econômico, e

também da importância e dos impactos de um bom planejamento e uso, principalmente em um

território inserido num contexto que dificulta o armazenamento hídrico pleno, com a maior parte

inserida numa plataforma de embasamentos cristalinos e clima semi-árido, além do grande

percentual de raios solares que influenciam na perda dos recursos, nisso tudo, mapear as

características geomorfológicas da região e sua influência nesse ciclo é também fundamental para

entendermos todo esse processo e a sua influência dentro do contexto regional e estadual

Metodologia:

Pensando nas questões citadas anteriormente, a organização da aula de campo perpassou por

diversos pontos históricos e importantes dentro deste contexto, exemplificando os impactos,

avanços, dificuldades e importância destes pontos dentro do nosso sistema, apresentando uma breve

contextualização local inserida nos aspectos hidrológicos e também com uma inserção as

características geomorfológicas da região e sua influência no ciclo com as contribuições do

professor Ximenes.

Paradas:

Dia 1

1. Estação de Tratamento de água Oeste (Caucaia-CE): A estação de Tratamento oeste

(vide figura 1.1), com toda a sua importância na questão da distribuição de água, está

localizada em uma região um pouco elevada, inserida dentro do contexto da Formação

Barreiras – Tabuleiros pré litorâneos. Ao seu lado, encontra-se a serra do Juá e a de


Maranguape, um pouco distante, a região inteira está localizada numa região de transição

entre o Barreiras e os Embasamento cristalino, mais a frente estando presente a formação

das depressões sertanejas, os maciços próximos tem em sua formação a composição de

granitóides e gnaisses migmatitos, com a sua formação durante a orogênese brasiliana, o

processo de Formação do supercontinente Gondwana que provocou uma série de

pertubações tectônicas, soerguimentos e relacionados

2. Chorozinho(CE): Na parada em Chorozinho, foi abordado um pouco mais sobre a parte das

depressões sertanejas e de suas características

1.1: Visão aérea da ETA – OESTE

Dia 2:

1. Açude Castanhão (Nova Jaguaribara-CE): No açude castanhão (figura 1.2), foi abordado

acerca da importância das zonas de cisalhamentos no alto curso e médio curso na questão da

sua influência sobre a

drenagem e formação das

paisagens, essas zonas de

cisalhamentos são estruturas

“entre paredes” que a sua

deformação é alguns graus

1.2: mapa geológico do Ceará,


CAVALCANTE, 2003
mais elevada do que as regiões em suas proximidades, podendo causar uma variabilidade

muito grande na questão topográfica e de morfogênese. Além disso, foi abordado um pouco

sobre a formação sedimentar da ibiapaba, ou Glint da ibiapaba, cuja formação é cuestiforme,

além disso, segundo os dados fornecidos, o açude encontra-se localizado numa região de

falhamento.

2. Barragem das Pedrinhas(Limoeiro do Norte-CE): Um pouco de geomorfologia e de

hidrologia foram fundidos nesse ponto, principalmente acerca das questões relacionadas a

retenção de sedimentos a montante do Rio Jaguaribe (figura 1.3) e seus represamentos, que

ocasiona diversos problemas a longo prazo e curtas distâncias, com o acúmulo excessivo de

sedimentos a montante, formando bancos de areia e mudando a sua paisagem, na jusante,

ocorre a erosão das encostas mais intensificada e o aumento das margens – encostas, Foi

falado um pouco mais afundo sobre as variações nos níveis de base em nosso estado em

tempos geológicos mais antigos, sobre como a variação nesses n.b. possibilitaram a

deposição de materiais sedimentares fora do contexto dos planaltos e formação dos terraços,

inversão dos padrões de deposição e erosão.

3. Russas(CE): Próximo a cidade de Russas, nos foi mostrado resquícios da formação

sedimentar parente da formação Barreiras, a formação faceira (Figura 1.3), que era uma

antiga bacia fluvial do rio Jaguaribe, que com a alteração dos níveis de base e da

movimentação sentido sudeste do curso do rio, deixaram esse marcador geológico impresso

na zona de Russas. Figura 1.3: planície fluvial do jaguaribe na


altura de Russsas e Limoeiro do Norte
Dia 3:

1. Passeio no rio Jaguaribe(Fortim-CE): Na planície fluviomarinha do rio Jaguaribe (figura

1.4 e 1.5), a bordo da embarcação Nayara, foi discutido acerca da total variação de paisagem

no percurso feito, onde naquele momento predominava a presença de um ambiente de

manguezal. Foi observado os padrões de deposição e erosão sedimentar nas encostas do rio,

além da influência dos aspectos químicos na formação dos mangues.

2. Praia do Pontal do Maceió: Na praia do pontal do maceió (figura 1.4 e 1.5), a abordagem

foi baseada na exumação da formação Barreiras, as paleo-falésias soterradas pelas dunas,

além da variação do nível de base, formando uma série de terraços marítimos naquela altura

do relevo (figura 1.4), além disso, abordou-se os problemas relacionados as ocupações por

grandes empreendimentos naquela região e da desnaturalização do ambiente de dunas e do

fim da formação Barreiras.

Figura 1.4: Mapa Geológico da porção estuarina Figura 1.5: Mapa de localização da
porção estuarina do Rio Jaguaribe
do Rio Jaguaribe. CAVALCANTE, 2003. Fonte: Google Earth.
Universidade Estadual do Ceará Geomorfologia 1
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT Profa: Andréa Cavalcante
Curso de Geografia - Bacharelado Semestre: 2022.1

Ficha de Campo para Caracterização e avaliação do meio Físico

I - SITUAÇÃO
LOCALIZAÇÃO Foz do rio Jaguaribe em Fortim-Ce
CARACTERÍSTICAS TOPOGRÁFICAS Planície fluviomarinha com formações de Relevo plano na margem
esquerda a jusante e formação do bioma manguezal na margem direita
COMPARTIMENTO DO RELEVO Relevo de planície
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Na margem direita a jusante encontramos vegetação típica de
manguezal e dunas mais adiante, presença das árvores com raízes
aéreas, vegetação rasteira em função do solo, na margem esquerda
temos uma área com vegetação também rasteira e arbustiva, a frente
bancos de areia
USO ATUAL Turismo, Carcinicultura, Aquicultura, Empreendimentos imobiliários,
Moradia.

II - GEOLOGIA
UNIDADE LITOESTRATIGRÁFICA
OBSERVAÇÕES

III - GEOMORFOLOGIA
1. FORMA DAS VERTENTES C. Retilíneo (Nas duas margens)
2. CLASSES DE DECLIVIDADE A. Rel. Plano (Duas margens)
3. PEDIPLANOS E PEDIMENTOS C. Dissecado
4. FEIÇÕES RESIDUAIS

IV - HIDROLOGIA
1. NOME DO RIO Rio Jaguaribe
2. PONTO DO CURSO B. Baixo curso
3. BACIA HIDROGRÁFICA Baixo Jaguaribe
4. LARGURA DO VALE B. 10 - 50m
5. PROFUNDIDADE DO VALE A. <10m
6. MATERIAL DAS BORDAS A. Aluvial
7. REGIME FLUVIAL A. Perene

OBSERVAÇÕES
BANCO DE DADOS
III. 1 III. 2 III. 3 IV. 2 IV. 5 IV. 7
A- CÔNCAVO A- 0-3% - REL. PLANO A- CONSERVADO A- ALTO CURSO A- < 10m A- PERENE
B- CONVEXO B- 3-8% - REL. SUAVE B- PARCIALMENTE B- MÉDIO CURSO B- 10-50m B- SEMI-PERENE
C- RETILÍNEA ONDULADO DISSECADO C- BAIXO CURSO C- 50-250m C- INTERMITENTE
D- IRREGULAR C- 8-20% - REL. ONDULADO C- DISSECADO D- 250-1000m D- ESPORÁDICO
E- PATAMAR D- 20-45% - REL. FORTE E- >1000m
F- CORNIJA ONDULADO III. 4 IV. 4 IV. 6
G- PLANO E- 45-75% - REL. MONTANHOSO A- CRISTA A- < 10m A- ALUVIAL
INCLINADO F- > 75% - REL. ESCARPADO B- FRENTE DE CUESTA B- 10-50m B- COLUVIAL
C- ESCARPAMENTO C- 50-250m C- ROCHOSO
ESTRUTURAL D- 250-1000m D- MATERIAL
D- INSELBERG E- >1000m SEDIMENTAR
E- MORRO TESTEMUNHO CONSISTENTE

VI – COBERTURA VEGETAL E CARACTERÍSTICAS DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO


1. ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA VEGETAÇÃO A. Altamente degradada
2. URBANIZAÇÃO B. Média
3. USO DA TERRA C. Agropecuária
4. FRAGILIDADE DO AMBIENTE A. Muito Alta

VII – IMPACTOS EMERGENTES


1. RISCOS B. Causas antrópicas
2. COMPROMETIMENTO DA QUALIDADE A., B., C. e D.
AMBIENTAL
BANCO DE DADOS
V. 1 V. 6 VI. 2 VII. 1
A- ELUVIAL FREQÜÊNCIA A- ALTA A- CAUSAS NATURAIS
B- COLUVIAL A- OCASIONAL B- MÉDIA B- CAUSAS ANTRÓPICAS
C- ALUVIAL B- FREQÜENTE C- BAIXA
C- RESIDUAL C- MUITO FREQÜENTE

PROFUNDIDADE
A- SUPERFICIAIS
V. 2 B- RASOS VI. 3 VII. 2
A- 0-1m C- PROFUNDOS A- AGRÍCOLA A- MOBILIZAÇÃO DE DUNAS
B- 1-2m B- PECUÁRIA B- POLUIÇÃO E CONTAMINAÇÃ
C- 2-5m C- AGRO-PECUÁRIA DOS SOLOS E DAS ÁGUAS
D- > 5m D- MINERÇÃO SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS
VI. 1 E- SILVICULTURA/ REFLORESTAMENTO C- DEGRADAÇÃO DA
A- ALTAMENTE DEGRADADA F- ÁREAS PROTEGIDAS COBERTURA VEGETAL
B- MODERADAMENTE DEGRADADA D- VULNERABILIDADE À
C- POUCO DEGRADADA EROSÃO
V. 3 D- VEGETAÇÃO PRIMÁRIA VI. 4 E – DESLOCAMENTO DE BLOCOS
A- ARENOSA A- MUITO ALTA
B- ARGILOSA B- ALTA
C- ARENO-ARGILOSA C- MODERADA
D- ARGILO-ARENOSA D- BAIXA
E- MUITO BAIXA

OBSERVAÇÕES:

Na questão do uso do solo, é encontrado partes de proteção florestal em certos trechos do manguezal e áreas voltadas a
criação de camarões, em outra parte é possível verificar o uso do campo de dunas para a criação de campos de energia
eólica, na margem esquerda a jusante, as encostas são quase todas ocupadas por construções antrópicas de razão
econômica ou de moradia, na questão III.4 não há exatamente uma feição que possa caracterizar a região específica
entre as alternativas já que o relevo se encontra aplainado nas duas margens.

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