Você está na página 1de 24

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CCH

DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS – DEGEO

DISCIPLINA: GEOGRAFIA FÍSICA DO BRASIL

DOCENTE: PROF.: DR.: ANTÔNIO CORDEIRO FEITOSA

DISCENTES: ALICE AMUM BARBOSA DE MELO

JOÃO VITOR CARVALHO FIGUEIREDO

KATELLEN JOANNE GUIMARÃES DINIZ

CORRELAÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS ENTRE BRASIL E ÍNDIA

SÃO LUÍS
2019

1
ALICE AMUM BARBOSA DE MELO

JOÃO VITOR CARVALHO FIGUEIREDO

KATELLEN JOANNE GUIMARÃES DINIZ

CORRELAÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS ENTRE BRASIL E ÍNDIA

Trabalho entregue a disciplina


de Geografia Física do Brasil
para a obtenção da primeira
nota.

SÃO LUÍS
2019
2
Sumário
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4
2. Geologia ................................................................................................................................. 5
2.1 Geologia do Brasil ......................................................................................................... 5
1.1.1 Escudos Cristalinos ................................................................................................ 5
1.1.2 Bacias Sedimentares. ............................................................................................. 6
3. Relevo ................................................................................................................................ 6
4. Índia ....................................................................................................................................... 9
4.1 Características geográficas da Índia ............................................................................... 9
4.1.1 Regiões fisiográficas: ............................................................................................. 9
4.1.2 Planície indo – Gangética .................................................................................... 11
4.1.3 O planalto peninsular ........................................................................................... 12
4.1.4 As planícies .......................................................................................................... 12
4.1.5 As ilhas................................................................................................................. 12
5. Clima .................................................................................................................................... 12
5.1 Clima do Brasil ............................................................................................................ 12
5.2 Clima Índia ................................................................................................................... 14
6. Vegetação............................................................................................................................. 16
6.1 Vegetação do Brasil ..................................................................................................... 16
6.2 Vegetação da Índia ....................................................................................................... 18
7. Hidrografia ........................................................................................................................... 18
7.1 Hidrografia do Brasil ................................................................................................... 18
7.1.1 Rio Amazonas ...................................................................................................... 19
7.1.2 Rio São Francisco ................................................................................................ 20
7.2 Hidrografia da Índia ..................................................................................................... 21
7.2.1 Rio Ganges ........................................................................................................... 21
8. Solo ...................................................................................................................................... 22
8.1 Solo do Brasil ............................................................................................................... 22
8.2 Solo da Índia ................................................................................................................ 23
9. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 24

3
1. INTRODUÇÃO

4
2. Geologia
2.1 Geologia do Brasil
As experiências no Brasil sobre mapas geológicos eram geralmente calçadas em
modelos estrangeiros sendo quase todas estas elaboradas e universidades. Após uma
discussão na I conferência nacional de geografia e cartografia Ab'Saber e Moreira
definiram bases e princípios cartográficos e geomorfológicos no Brasil.

A partir disso o novo mapa geológico seria:

• Base geológica como elemento natural;


• Fixação delimitação e descrição precisa das formas de relevo em si mesmas;
• Fixação da altimetria;
• Representação dos domínios morfoclimáticos e morfoestruturais;
• Representação da dinâmica de evolução geomorfológica atual;
• Cartografia das formações superficiais.

Com o uso desta sistemática o projeto radambrasil criado em 1971 elaborou


fundamentos cartográficos e geomorfológicos.

A partir desse momento as classificações geológicas do Brasil ficariam:

I. Escudos cristalinos
II. Bacias sedimentares

1.1.1 Escudos Cristalinos


Formado por rochas Magmático-plutônicas (pré-cambriano) ou Rochas metamórficas
(originada de material sedimentar do Paleozoico).

Figura 1: Escudo das guianas e escudo brasileiro

Fonte:http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/images/c/c1/TC_029_-_geologia.pdf

5
• Fazem parte do escudo cristalino o Planalto Central e a Serra da Poção as Figuras 2
e 3:

Figura 2 Figura 3

Fonte: http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/images/c/c1/TC_029_-_geologia.pdf

1.1.2 Bacias Sedimentares.


• Ocupam a maior parte do território brasileiro.
• Processo de deposição ocorreu nas eras Paleozoica, ate os dias de hoje.

As bacias Sedimentares são divididas em:

• Bacia amazônica
• Bacia do Pantanal
• Bacia do Paraná
• Bacia do Parnaíba
• Bacia do São Francisco

3. Relevo
Como as formas de relevo resultam tanto dos processos endógenos e exógenos,
ocorrem formas geradas tanto nos climas pretéritos quanto nos atuais, torna-se delicado
estabelecer uma classificação que valorize todas as variáveis da morfogênese. Em função
deste problema há uma tendência em se classificar, bem como representar o relevo,
dando-se ênfase maior ora ao estrutural ora ao climático. (ROSS, 1985, P. 27-28)

De acordo com a classificação de Ross o Brasil possui basicamente três formações


de relevo, são elas:

• 11 Planaltos

6
• 11 Depressões
• 06 Planícies

Assim podem ser observados no Mapa 1 e na Figura 4:

Mapa 1: Unidades de relevo.

Fonte: Manuais técnicos em geociência nº 5. 2ª edição IBGE

7
Figura 4: Relevo brasileiro

Fonte: Manuais técnicos em geociência nº 5. 2ª edição IBGE.

8
4. Índia
Mapa 2: Mapa físico da índia

Fonte: https://www.mapsofindia.com/geography/

4.1 Características geográficas da Índia


4.1.1 Regiões fisiográficas:
Com base em suas características de relevo, história tectônica e estratigrafia, a Índia
pode ser dividida em várias unidades físicas.

• As Grandes Montanhas do Norte (Figura 5)

• Planície Indo-Gangética (Figura 6)

• O planalto peninsular

• As Planícies

• O Deserto Indiano / Deserto de Thar

• As Ilhas

9
Figura 5: As Grandes montanha do Norte

Fonte: https://www.mapsofindia.com/geography/

Compreende os himalaias nas regiões norte e nordeste, separando o país do planalto


tibetano. Essa região consiste em três faixas paralelas:

• Himadri ou Himalaia interior ou grande Himalaia – são faixas mais continua,


contém os picos mais altos, são perenemente cobertas de neve e são uma forte de
geleiras famosas como a geleira Siachen, Gangotri e Yamunotri.

• Himachal ou menor Himalaia - são o lar de grandes vales como Kashmir Valley,
Kangra Valley, Kullu Valley. A região também é conhecida por estações de
montanha como Kullu, Manali, Kufri, Shimla, Mussoorie, Nanital.

• Shilvaliks ou Himalaia exterior - se estendem pelo Paquistão, Índia, Nepal e Butão


são conhecidos pelos vales ‘Dun’ e pela região de Terai. Dehra, Kothri, Chaukham,
patli e Kota são os principais duns encontrados na região.

10
4.1.2 Planície indo – Gangética
Figura 6: Planície indo-Gangética

Fonte: https://www.mapsofindia.com/geography

A planície indo-Gangética é também conhecida como Indus-Ganga e Planície do


Rio indico-Norte. Encontra-se entre a grande montanha do norte e o planalto peninsular
e é formada por três grandes rios - o Ganges, o Indo, o Brahmaputra e seus afluentes.
Abrange umas grande área de cera de 7.000.000 km² no norte e leste da Índia. As planícies
de Punjab – a parcela principal isto está em Paquistão; formada pelo Indus e seus afluentes
– beas, Chenab, Jhelum, Ravi e Sutlej.

As planícies do norte podem ser divididas em:

• Cinturão de Bhabhar: é um cinturão estreito que fica no sopé dos himalaias e é


composto por pedras destas algumas derrubadas por córregos. Os rios fluem a
uma velocidade muito rápida.

• Cinturão Teral: Ele está localizado ao lado da região de Bhabhae e é composto


por um novo aluvião, rico em cultivo, com densa floresta.

• Cinturão Bangar: Forma a parte mais alta das planícies e é feito de solo de
aluvião mais antigo que é menos fértil. Esta região das planícies do Ganges é
coberta por por solo de laterita, rico de depósitos de ferro e alumínio.

• Cinturão de Khadar: Ele fica nas áreas de várzea além o cinturão de Bangar e é
composto de novos aluviões altamente férteis derrubados pelos rios. Esta região é
propensa a inundações.

11
4.1.3 O planalto peninsular
Suas características incluem vales raros e colinas arredondadas, feitas de rochas
ígneas e metamórficas. Tem solo negro que é conhecido por se originar de erupções
vulcânicas. É dividido em:

• Planalto deccan: Triangular e é delimitado pela cordilheira saptura no norte, o


Ghats ocidental no oeste e o ghats oriental no leste. Passa por oito estados e
abrange 1,9 milhões de metros quadrados.

• Planaltos centrais: constituído pelo planalto de malwa, planalto de chotanagpur,


planalto de meghalaya, cordilheira de Vidhya, cordilheira de Septura e cordilheira
de Aravali.

4.1.4 As planícies
As planícies costeiras abrangem o mar da arabia, no ocidente, até a Baía de Bengala
no Leste.

• Planícies costeiras orientais

• Planícies ocidental

O deserto indiano/ deserto de Thar

Cobre 200.000 milhas quadradas, thar é o único deserto da índia. O deserto também
conhecido como “Marusthal” é o 18º maior deserto do mundo.

4.1.5 As ilhas
A Índia possui dois grandes grupos de ilhas que também são classificados como
territórios da união – as ilhas de Andaman e Nicobar (Baia de Bengala) e as ilhas
Lakshadweep (no Mar da Arábia)

5. Clima
5.1 Clima do Brasil
Segundo Cholley (1951, p. 61) os climas são fatos de estrutura complexa. A essência
dos seus elementos é atmosférica, mas a experiencia de todos os tempos demostrou a
estreita dependência em que tais elementos estão das condições geográficas sob que se
registram. No estudo do contato dos fenômenos atmosféricos com a superfície da Terra,
é a consideração preferencial do fator geográfico e que imprime ao objeto da ciência dos
climas um caráter de complexo geográfico ou combinação geográfica. Vendo de outra
forma Cholley falou sobre como os eventos atmosféricos, no caso os climas não são de

12
um resultado atmosférico aleatório, e sim de uma dinâmica que envolve toda uma relação
do homem com o meio físico que ele está inserido.

Para entendermos a distribuição do clima do Brasil, usaremos tabelas e mapas para


melhor definir e entender a dinâmica climática brasileira, os seis principais climas são:

A. Clima Equatorial;
B. Clima Tropical;
C. Clima Tropical de Altitude;
D. Clima Tropical atlântico;
E. Clima Tropical Semiárido;
F. Clima Subtropical.

Cada um com sua importância e peculiaridade e que todos impactam diretamente na


forma com que o homem vai se relacionar com o ambiente, o que pode melhor ser
observado no Quadro 1.

Quadro 1: Climas brasileiros e suas características.

Clima Características Localização


Caracteriza-se por temperaturas médias Domina parte da Amazônia Legal.
Clima Equatorial entre 24ºC e 26ºC, chuvas abundantes e
bem distribuídas.
Suas temperaturas são elevadas, Planalto Brasileiro, domina
Clima Tropical apresenta duas estações bem delimitadas extensas áreas do planalto Central
pelas chuvas: Apresenta inverno quente e das regiões Nordeste e Sudeste.
e seco e verão quente e chuvoso.
As médias mensais de temperatura que Corresponde às áreas mais altas
caracterizam este clima estão entre 18º e do relevo brasileiro, representado
22ºC, com amplitudes térmicas anuais elevações das serras do Mar e da
de 7 a 9ºC e precipitações entre 1.000 e Mantiqueira, assim como pelo
1.500 mm/ano, não existindo maiores planalto que se estende ao norte de
Clima Tropical de diferenças entre o clima tropical de São Paulo, sul de Minas Gerais e
Altitude altitude e o tropical, pois os meses mais Mato Grosso do Sul.
chuvosos, nas áreas de ocorrência deste
tipo de clima, coincidem com a
primavera e o verão (setembro a março)
e os de estiagem, com o outono e
inverno(abril a setembro) .
Temperaturas médias entre 18º e 26ºC, Atua na fachada atlântica desde o
com amplitudes térmicas crescentes à sul do Rio Grande do Norte até o
Clima Tropical medida que aumenta a latitude. Chuvas sul do Rio Grande do Sul.
Atlântico abundantes, mas têm distribuição
desigual. No litoral do Nordeste,

13
concentram-se no outono e inverno e
mais ao sul no verão.

Quando ocorrem anos normais as chuvas O clima semiárido caracteriza-se,


caídas no período próprio atendem às predominantemente, pela
Clima Tropical necessidades dos habitantes. A situação escassez de chuva. Este tipo de
semiárido torna-se calamitosa apenas quando elas clima domina o sertão nordestino.
deixam de cair na época devida,
prolongando-se assim a estação seca.
Caracteriza-se por temperaturas médias Ocorre na maior parte do planalto
inferiores a 18ºC. Nas áreas mais Meridional. Predomina na zona
Clima Subtropical elevadas, o verão é suave e o inverno temperada ao sul do Trópico de
rigoroso, com geadas constantes e Capricórnio, exceto no norte do
nevascas ocasionais. Chuvas bem Paraná
distribuídas.
Fonte: Apostila de climatologia. Alexandre dos Santos (2012)

Mapa 3: Climas brasileiros.

Fonte: Apostila de Climatologia. Alexandre dos Santos (2012)

Analisando o Quadro 1 e o Mapa 3 podemos inferir que a configuração climática


brasileira em suma é bem diversificada, e predominantemente tropical, pois grande parte
do espaço brasileiro está dentro da zona tropical. Fato este que podemos correlacionar
com o clima indiano já que ele está, em parte, dentro da faixa tropical.

5.2 Clima Índia


O clima indiano pode ser facilmente classificado como monção tropical, mas de onde
vem o nome monção? Bom o clima de monções ou periodo de monções como é visto no
é o nome dado a um periodo do ano que predomina as monções asiáticas, que é o

14
movimento que os ventos e consequentemente das massas de ar fazem dependendo da
pressão atmosférica.

O ar se desloca das áreas de maior pressão atmosférica para as áreas de menor pressão
atmosférico. No inverno indiano as temperaturas caem e o ar quente presente na superfície
sobe para as faixas mais altas da atmosfera, gerando uma área de alta pressão deslocando
as massas de ar para o oceano diminuindo a umidade do ar (inverno seco).

No verão a situação se inverte e se forma agora devido as áreas de baixa pressão e as


massas de ar que estavam no oceano se deslocam de volta para o continente levando
chuvas (verão chuvoso), porem o aumento da pluviosidade gera também problemas como
as tempestades tropicais, enchentes e tornados em casos extremos

Quadro 2: Clima indiano e suas características.

Clima Característica
É encontrado nas Planícies Costeiras, Sahyadris e
partes de Assam. A temperatura é alta, não caindo
Clima Tropical Úmido abaixo de 18,2 ° C e subindo para 29 ° C em abril
ou maio. Culturas como chá, café e especiarias
são vegetação característica.

Encontra-se em áreas peninsulares, exceto na


Clima de Savana Tropical zona semiárida do leeside dos Gates
Ocidentais. A temperatura média está acima de
18,2 ° C e subindo até 32 ° C. A vegetação
natural em toda a área é formada por savana.
Encontra-se nas partes ocidentais de Barmer,
Clima de Deserto Tropical Jaisalmer, distrito de Bikaner do Rajastão e uma
boa parte de Kutch. A temperatura média mensal
é uniformemente alta (34,5 ° C).
Compreende o sopé das planícies do Himalaia,
Clima Subtropical Úmido Punjab, Haryana e planícies de Uttar Pradesh,
Bihar, Assam e leste da Cordilheira de
Aravalli. Os invernos estão secos, exceto por uma
pequena chuva recebida das depressões de oeste.
Ele corre para o sul do centro de Maharashtra até
Tamil Nadu, no lado ocidental dos Gates
Clima Árido Subtropical Ocidentais e das colinas de Cardamomo. A
temperatura varia de 20 ° C a 23,8 ° C
(dezembro) e 32,8 ° C (maio). O clima é
adequado para clima seco e criação de gado.
É visto em regiões montanhosas que se elevam
acima de 600 m, como as cordilheiras do
Clima De Montanha Himalaia e Karakoram. Há um forte contraste
entre as temperaturas das encostas ensolaradas e

15
sombrias, a alta variabilidade das chuvas. A
região Trans-Himalaia, ou seja, Ladakh, onde a
monção sudoeste não consegue atingir, tem um
clima seco e frio e vegetação esparsa e raquítica.
Fonte: Acervo de pesquisa

Com base em análises dos Quadros 1 e 2 pode-se inferir que o clima indiano e o
clima brasileiro não se diferem muito devido aos dois países estarem em parte dentro da
zona tropical e devido a este fato possuírem suas semelhanças e também suas diferenças
já que os países se encontram em continentes diferentes, e são influenciados também pelas
particularidades do local, como o caso das monções asiáticas e também o fato da índia
está separada da Ásia pela cordilheira do Himalaia o que traz também mudanças no clima
local.

6. Vegetação
6.1 Vegetação do Brasil
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA) O Brasil é formado por seis
biomas de características distintas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa
e Pantanal. Cada um desses ambientes abriga diferentes tipos de vegetação e de fauna.
Como a vegetação é um dos componentes mais importantes da biota, seu estado de
conservação e de continuidade definem a existência ou não de hábitats para as espécies,
a manutenção de serviços ambientais e o fornecimento de bens essenciais à sobrevivência
de populações humanas. Cada um dos tipos de vegetação possui suas particularidades, o
Brasil possui nove principais tipos de vegetação como pode ser mostrado no Quadro 3 e
no Mapa 4:

Quadro 3: Vegetação brasileira e suas características.

Vegetação Características

A Amazônia abrange toda a região Norte, além de partes dos estados do Mato Grosso
Amazônia e do Maranhão e alguns países que fazem fronteira com o Brasil.
Lá o clima é equatorial, quente e úmido. Há nela uma grande variedade de espécies
vegetais: castanheiro, cipó, guaraná, jatobá, palmeira, seringueira e vitória-régia.
A floresta amazônica é a vegetação brasileira mais atingida pelo desmatamento.

A caatinga ocupa o sertão nordestino, onde o clima é semiárido e chove pouco. Em


Caatinga decorrência disso, nela surgem as plantas que se mantém com pouca água, as quais são
chamadas de xerófilas, que tem como exemplo os cactos.
Também surgem plantas como o facheiro e o mandacaru, mas no favorecimento de
umidade, podem crescer na caatinga árvores como aroeira, baraúna e juazeiro.

16
O cerrado predomina na região central do Brasil e apresenta um aspecto seco, tal como
o das savanas encontradas principalmente na África.
O tipo de vegetação presente na área de cerrado é caracterizado pelo clima tropical
Cerrado sazonal, em que o inverno é seco e chove no verão.
No cerrado, encontra-se arbustos, árvores retorcidas e gramíneas.

Localizada no sul do Brasil e em partes do estado de São Paulo, o clima da Mata das
Araucárias é subtropical.
Mata de Nela surgem várias espécies vegetais, com predominância o pinheiro-do-paraná, árvore
araucárias alta que mede mais de 30 metros. Daí resulta a formação de uma floresta bastante densa.

A vegetação do mangue é constituída por vegetais halófilos, os quais compreendem


arbustos e plantas que apresentam tronco fino e raízes aéreas.
Mangue ou Trata-se de um tipo de vegetação litorânea, que surge em regiões alagadiças, e onde o
Vegetação clima é tropical e subtropical.
litorânea

Localizada principalmente na costa do Brasil, o clima da Mata Atlântica é tropical


quente e úmido. É esse clima e as chuvas que propiciam a sua grande biodiversidade,
a maior do mundo considerando cada hectare.
As espécies incluem cedro, imbaúba, ipê, jambo, palmiteiro, pau-brasil e peroba. Nela
ainda é possível encontrar vegetação nativa em 8% da sua área.
Mata
Atlântica

A Mata dos Cocais localiza-se entre os estados do Maranhão, Piauí e Tocantins.


Surge em climas equatorial úmido e equatorial semiárido. É lá que estão os babaçus,
árvore típica desse local, e outras árvores de grande porte, tais como açaí, buriti e
Mata dos carnaúba.
cocais

Encontrada no sul do país, o pampa é formado, principalmente, por arbustos, árvores


pequenas, gramíneas e plantas rasteiras.
Essa vegetação surge no Brasil, exclusivamente no Rio Grande do Sul, em virtude do
clima subtropical.
Pampa

A área do Pantanal compreende parte dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso
do Sul, chegando ao Paraguai.
É nas áreas alagadas que surgem as gramíneas, enquanto os arbustos e palmeiras
crescem nas áreas onde o alagamento acontece de forma ocasional.
Há espécies da floresta tropical, por sua vez, que crescem nas áreas onde não há
Pantanal alagamentos.

Fonte: Acervo de pesquisa.

17
Mapa 4: Biomas brasileiros

Fonte: https://suportegeografico77.blogspot.com/2017/05/brasil-biomas_26.html

6.2 Vegetação da Índia


Quadro 4: Vegetação da Índia e suas características.

Vegetação Características
Vegetação Tropical
Savanas
Áreas desérticas
Fonte: Acervo de pesquisa.

7. Hidrografia
7.1 Hidrografia do Brasil
Com extensão de 55.467 km², o Brasil é considerado o país com maior rede
hidrográfica do mundo (Mapa 5), isso devido ao seu vasto território. A riqueza hídrica
brasileira favorece a existência de rios com grandes profundidades, larguras e bem
extensos, por conta do tipo de relevo predominante no país, o que forma os rios de
planalto (com presença de cachoeiras, desníveis em todo o curso e grandes quedas
d’água).

18
No Brasil, a grande maioria dos rios são caudalosos – de curso com elevado volume
de água e de regime perene – e as bacias hidrográficas são extensas. Essas condições
fazem com que o país tenha um grande potencial para a instalação das usinas hidrelétricas,
as principais do país são Itaipu, Belo Monte e São Luiz do Tapajós.
A maioria dos rios brasileiros tem foz do tipo estuário, a qual desagua diretamente
no mar, poucos apresentam foz delta, desagua a partir de uma rede. O regime de água que
os alimenta é predominantemente pluvial, ou seja, de água das chuvas. A drenagem
exorréica (os rios nascem no interior do país e escoem em direção ao mar) é a mais
presente.
Mapa 5: Bacias hidrográficas do Brasil

Fonte: Murilo Cardoso mapas das regiões hidrográficas, bacias hidrográficas e sub bacias do brasil. (2012)

7.1.1 Rio Amazonas


O rio Amazonas é considerado um dos maiores do mundo em extensão, com 6.992
km, e o maior em vasão de água. Sua nascente fica na Cordilheira dos Andes, no Peru, e
desagua no oceano Atlântico, juntamente com o rio Tocantins no delta do Amazonas.
A bacia hidrográfica do rio Amazonas (Figura 6) ultrapassa os sete milhões de
quilômetros quadrados e é formada por cerca de 1.100 afluentes. 63% dela fica localizado
no Brasil, passando pelos estados Pará, Amapá, Acre, Roraima, Rondônia e Mato Grosso,
mas também passa por outros países da América Latina, como Peru, Bolívia, Colômbia,
Equador, Venezuela, Guiana e Suriname. Está situada numa área de planície e comporta

19
várias hidrelétricas, com destaque para Samuel, no rio Jamari, em Rondônia; Balbina e
Curuá-Una, no rio Uatumã, sendo a primeira no Amazonas e a segunda no Pará; e
Coaracy Nunes, no rio Araguari, no Amapá.

Figura 6: Bacia do Rio Amazonas.

Fonte: http://www.clebinho.pro.br/wp/?p=6679

7.1.2 Rio São Francisco


Além do Amazonas, o São Francisco é considerado um dos principais rios
brasileiros. Sua nascente fica na Serra da Canastra, Minas Gerais e, depois de passar pelos
estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas e cerca de 2,7 mil km de extensão,
deságua no Oceano Atlântico. Ele interliga a região nordeste e a região sudeste. As áreas
regadas pelo São Francisco apresentam os mais variados biomas, como Mata Atlântica,
mangue, cerrado e vegetação litorânea.
Por ser um rio extenso e caudaloso, tem grande potencial energético e comporta
seis usinas hidrelétricas ao longo de seu leito. Sua bacia hidrográfica conta com 168
afluentes, os principais são: Paraopeba, Abaeté das Velhas, Jequitaí e Paracatu.
O rio São Francisco está sendo submetido por uma obra de transposição, cujo
projeto nasceu com o objetivo de sanar a deficiência hídrica da região semiárida, através
da transferência de água do rio para abastecimento de açudes e rios menores na região
nordeste, diminuindo a seca no período de estiagem. Hoje, vários trechos da obra estão
parados, o que atrasa ainda mais a conclusão dela.

20
7.2 Hidrografia da Índia
Podemos dizer que a hidrografia indiana é basicamente formada por dois cursos:

I. Curso formado por rios que desaguam no mar da Arábia: Narmada, Mahi
e Tapti;
II. Curso formado por rios que desaguam no golfo de Bengala: Ganges,
Mahandi, Jumma, Gandak, Godavari, Krishna e Kavery.

As nascentes dos rios da Índia (Figura 7), estão localizadas nas áreas montanhosas
e o planalto de Decã (localizado ao sul da planície Indo-Gangética) como é mostrado na
Figura 2, é o principal interflúvio do país.
Figura 7: Bacia do rio Ganges

Fonte: https://www.mapsofindia.com

7.2.1 Rio Ganges


O rio Ganges (Figura 8) possui cerca de 2.525 quilômetros de extensão e flui pelo
norte da Índia. A bacia hidrográfica do Ganges possui extensão aproximada de um milhão
e oitenta mil quilômetros quadrados e é considerada o berço da civilização indiana. A
região onde ela se encontra é uma das mais povoadas do país e possui o solo bastante
fértil. Essa fertilidade é causada pelas inundações do rio que acontecem nas estações
chuvosas.
O rio Ganges é considerado sagrado para os hindus, os quais acreditam que a deus
Ganga veio à Terra para habitá-lo. Todos os dias eles deixam oferendas no rio para essa
deusa. Ele é classificado como um dos rios mais poluídos do planeta, devido à grande
quantidade de dejetos industriais e humanos que são depositados todos os dias em seu

21
leito. O Ganges também abriga o golfinho-do-ganges, um dos mamíferos mais raros do
mundo, o qual está sendo ameaçado de extinção por conta da grande poluição do rio.

Figura 8: Rio Ganges

Fonte: https://www.mapsofindia.com

8. Solo
8.1 Solo do Brasil
O Brasil é composto por uma grande quantidade de solos, causada pela ampla
diversidade de pedoambientes e fatores de formação. Os principais são Latossolo,
Argissolo e Neossolo – areias quartzosas.
Os Latossolos são divididos em:

I. Latossolo roxo: derivado de rochas basálticas (basaltos e diabásicos) e tufitos.


Apresenta uma forte atração magnética e boa resistência à erosão;
II. Latossolo vermelho: possui baixo índice de silte, alto grau de intemperismo e é
muito profundo e bem drenados. Surge a partir de arenitos, calcários e gnaisses;
III. Latossolo vermelho-amarelo: é bem drenado e possui uma variação de cor do
vermelho ao amarelo. É caracterizado pela acidez elevada e baixa fertilidade;
IV. Latossolo amarelo: é favorável à manipulação agrícola e não favorável à erosão;
V. Latossolo bruno: derivado das rochas eruptivas básicas, intermediárias e alcalinas.
É profundo e muito poroso.

22
8.2 Solo da Índia
O solo indiano é composto por:

I. Solo de Latossolo: encontrado nas regiões que recebem fortes chuvas em períodos
alternados;
II. Solos da Montanha: a principal ocorrência é nas áreas do Himalaia, Sikkim,
Arunachal Pradesh, Assam e na Índia Penninsular e Eastern Ghats;
III. Solo negro: encontrado principalmente em áreas como Gujarat, Madhya Pradesh
e Maharashtra;
IV. Solo vermelho: presente nas áreas de Tamil Nadu, Madhya Pradesh, Jharkhand,
Odisha, algumas partes de Karnataka e sudeste de Maharashtra;
V. Solo aluvial: encontra-se nas planícies do Norte;
VI. Solo do deserto: presente principalmente nas áreas do Rajastão que se estendem
para Rann de Kutch, e em algumas áreas de Haryana e Punjab;
VII. Solo salino e alcalino: pode ser encontrado em Uttar Pradesh e Punjab e em
algumas partes de Gujarat;
VIII. Solo de turfa: sua ocorrência está nas áreas costeiras de alguns estados como
Tamil Nadu, Bihar, Almora, distrito de Uttaranchal e Sunderbans de Bengala
Ocidental.

9. CONCLUSÃO

Os dois países citados no trabalho apresentam suas peculiaridades, contendo


diferenças (por exemplo as montanhas, presentes apenas na Índia) e semelhanças entre si
(como a localização de ambos ser numa zona intertropical). Além disso, observou-se
também semelhanças na pedologia, visto ambos apresentam latossolos em seus
territórios, por exemplo. Em resumo, o trabalho tem grande relevância e obteve sucesso
em seus objetivos, os quais foram analisar e correlacionar o Brasil e Índia.

23
REFERÊNCIAS
7 Most Important Climatic Regions of India. Your Article Library. Disponível em:
<http://www.yourarticlelibrary.com/geography/7-most-important-climatic-regions-of-
india/12773>. Acesso em: 30 maio 2019.

Cholley, A. (1951). La géographie est-elle une science? 1st ed. pp. 65-70

Disponível em: <http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/images/c/c1/TC_029_-


_geologia.pdf>. Acesso em: 31 maio. 2019.

India Climate, Climate of India. Mapsofindia.com. Disponível em:


<https://www.mapsofindia.com/india-climate.html>. Acesso em: 30 maio 2019.

manuais tecnicos em geociencia nº 5. 2ª edição ibge


Maps of índia. Disponível em: <https://www.mapsofindia.com/>. Acesso em 20 de maio
de 2019.

Rosa dos Santos, A. (2002). Apostila de Climatologia. 1st ed. Vitória - ES, pp.332, 333,
334.

Ross, Jurandir Luciano Sanches. "Relevo brasileiro: uma nova proposta de


classificação." Revista do Departamento de Geografia 4 (1985): 25-39.

24

Você também pode gostar