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UFRJ
Rio de Janeiro
2010
UFRJ
Orientador:
Julio Cesar Mendes
RIO DE JANEIRO,
JULHO, 2010
D.M.Aranha
Título: Geologia dos pegmatitos de Volta Grande –
corpo A
Rio de Janeiro: UFRJ / IGeo, 2010
Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em
Geologia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Instituto de Geociências, Departamento de Geologia, 2010.
Orientador: Julio
1. Geologia. – Trabalho de Conclusão de Curso. I. Julio
Cesar Mendes. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Instituto de Geociências, Programa de Pós-graduação em
Geologia. III. Título.
DANIELLA MACHADO ARANHA
Orientador:
Julio Mendes - UFRJ
Aprovada em:
Por:
_____________________________________
Orientador: Julio Cesar Mendes (UFRJ)
_____________________________________
Fernando Roberto Mendes Pires (INB)
_____________________________________
André Ribeiro (UFRJ)
UFRJ
Rio de Janeiro
2010
v
Agradecimentos
Agradeço primeiramente aos meus pais, Marco Antonio e Eni Aranha e à minha família,
por todo respeito, amor e apoio incondicional que foi me dado todos esses anos. Ao Felipe,
por todo carinho, paciência e compreensão. Ao mestre e amigo professor Fernando Pires,
pelo incentivo nas horas mais difíceis. À CIF Mineração, pela oportunidade e apoio em
realizar e custear todo trabalho de conclusão de curso. Aos meus amigos de faculdade pelas
experiências incríveis que passamos juntos a cada campo. Aos orientadores, professores Joel
Valença, João Baptista (Juca), in memorian, e Julio Cesar (Julinho) pela dedicação ao longo
desses anos. Ao pessoal da secretaria, Walgenor e Aloisio, pela preocupação em estar sempre
solucionando meus problemas. Ao grande amigo Ozair (Turquinho), pelos ensinamentos que
não temos em sala de aula.
vi
Sumário
Agradecimentos .................................................................................................. v
1- INTRODUÇÃO................................................................................................... 7
2- OBJETIVOS.......................................................................................................8
3 – LOCALIZAÇÃO E GEOGRAFIA..................................................................... 9
4 – GEOLOGIA REGIONAL..................................................................................11
5 – PEGMATITO DE VOLTA GRANDE ................................................................15
5.1 – ZONEAMENTO DO PEGMATITO.........................................................20
6 – PETROLOGIA DO PEGMATITO ...................................................................25
7 – ESTIMATIVA DE COMPOSIÇAO DO PEGMATITO – CORPO A ................29
8 – METASSOMATISMO E ASPECTOS GENÉTICOS ......................................31
9 – CONCLUSÕES .............................................................................................33
10 – BIBLIOGRAFIA E REFERÊNCIAS .............................................................34
7
1 – INTRODUÇÃO
2- OBJETIVOS
3- LOCALIZAÇÃO E GEOGRAFIA
A Mina de Volta Grande está localizada na porção sul do Estado de Minas Gerais,
estando inclusa na folha topográfica Nazareno – MG do IBGE (SF-23-X-I-2) escala
1:50.000. (Fig.01)
O acesso à Mina de Volta Grande pode ser feito pela rodovia federal BR-040 (que
liga o Rio de Janeiro – RJ à Belo Horizonte – MG). Saindo do Rio de Janeiro, segue-se
até o município de Barbacena – MG, a partir de onde se utiliza a rodovia estadual
pavimentada MG-265 até o município de Nazareno. A partir de Nazareno, chega-se à
mina através de uma estrada de terra com cerca de 17 km de distancia em via municipal
não pavimentada. A mina também está ligada ao município de São Tiago através de
uma estrada de terra com cerca de 26 km, onde se chega a BR381 (São Paulo – Belo
Horizonte).
Volta Grande tem esse nome devido à grande curva do Rio das Mortes, que drena
suas águas para a grande bacia do rio Paraná e corta a serra de Bom Sucesso na
Cachoeira do Inferno.
Geomorfologicamente, a área corresponde a um peneplano dissecado (Superfície
Sulamericana) a partir do Cretáceo, resultando num espesso manto de intemperismo e
restos do deserto Bauru. O clima predominante é tropical de montanha e caracterizam as
estações por períodos de clima chuvoso entre setembro a março e seco, de abril a agosto,
com temperaturas inferiores a 10o centigrados. As altitudes da região variam entre 800m
a 1.000m e o relevo é montanhoso, dominado por elevações planas onde terrenos
“greenstone” ocupam as partes superiores e, gnaisses e granitos, as inferiores. Maiores
altitudes encontram-se na Serra do Resende e Serrinha, atingindo 1.100m, chegando a
1.200m na Serra de Bom Sucesso, edificada em formação ferrífera, onde cotas de
1.200m são freqüentes e, para SW, na Serra de Carrancas, constituída de quartzitos e
xistos. (Pires, 1992)
10
Figura 01: Localização da área em vermelho - CIF Mineração – Mina de Volta Grande
11
4-GEOLOGIA REGIONAL
Porto Jr., 1986). Cerca de 250 corpos pegmatíticos foram identificados e estudados em
relativo detalhe, tendo sido observado que os corpos proximais não contêm muscovita,
sendo comum a mica biotita, mineralizados a Nb-Th (raro Ta, algum Be e nenhum Sn-
Li) e que os corpos distais contêm muscovita e mineralizações de Ta-Sn-Li (raro Nb e
pouco Be), podendo, conseqüentemente, delinear uma superfície muscovite-in e
muscovite-out (Pires, 1992). Duas zonas regionalmente dispostas foram propostas para
os pegmatitos de São João del Rei (Rolff, 1947, 1948, 1952) em tipo Santa Rita, rico em
cassiterita e menos abundante em muscovita e ausência de minerais litinados e tipo
Nazareno, rico em minerais de Sn e Li, contendo muscovita, plagioclásio, espodumênio,
topázio, lepidolita e zinnwaldita. Posteriormente, foi proposto (Francisconi, 1972) que
os pegmatitos da zona E são enriquecidos em Sn, e os da zona W são ricos em Ta, com
predominância de microlita na zona W, sendo as microlitas da zona E mais ricas em Nb.
Estudos mais recentes (Pires, 1992) sugeriram duas grandes zonas: 1. Ritápolis
(E) com pegmatitos delgados e raros (até 1m de espessura), atitudes subverticais
geralmente estéreis, não zonados, desprovidos de muscovita, contendo biotita e
magnetita, columbita e ilmenorutilo freqüentes, com concentrações pequenas de
monazita, xenotimio, zircão e granada, maior presença de berilo. 2- Volta Grande (W)
com pegmatitos chegando a 20m de espessura, atitudes baixas até subhorizontais,
zonados, ricos em muscovita, ausente biotita, ricos em Li (espodumênio, lepidolita e
zinnwaldita), mineralizados a Ta, Sn (microlita, tantalita e uranmicrolita, nome atual da
djalmaita). Pirocloro aparece na zona E, com ausência de ilmenorutilo e berilo ocorre
esporadicamente. (Fig. 02)
Os contatos do Granito Santa Rita diferem regionalmente, sendo irregulares na
zona E, com estrutura em “dedos” em relação aos greenstones, em contato agudo na
zona W, afetando a distribuição e natureza das mineralizações.
Diagramas Nb-Ta-Ti mostram claramente a distribuição regional da microlita e
pirocloro nas duas zonas (Fig. 03) bem como a relativa composição da solução sólida
tantalita-columbita e do par microlita-pirocloro, mostrando relativa relação e equilibrio
composicional.
Figura 02: Pegmatito do distrito de São João del Rei: distribuídos em duas zonas:
Ritápolis (E) e Volta Grande (W) - (Pires, 1992)
13
Ta2O5 64.67 56.78 52.67 42.64 43.56 57.55 51.94 7.69 10.71 16.35
Nb2O5 17.65 23.77 28.74 36.33 36.52 24.81 31.72 71.92 65.66 63.32
TiO2 0.87 0.71 0.45 1.26 0.31 1.04 0.29 0.52 4.64 0.12
SnO2 0.90 0.38 0.23 0.24 3.48 0.27 0.13 19.81 0.52 0.53
FeO 4.11 5.27 13.06 11.31 14.25 10.09 9.24 1.21 13.38 5.09
MnO 9.01 11.27 4.88 6.65 0.08 6.81 7.03 0.02 5.34 14.29
Total 97.39 98.22 100.31 98.58 98.20 100.58 100.11 101.17 100.33 100.13
Figura 03: Diagrama ilustrando a variação regional dos teores de Nb, Ta e Mn dos
pegmatitos da área. No canto direito superior, pegmatitos de Volta Grande, ricos em Ta-
Mn. No canto esquerdo inferior, pegmatitos da zona E (Ritápolis), ricos em Nb-Fe
15
Figura 04: Distribuição dos pegmatitos de Volta Grande, corpos “A”, “B”, “C”, “C-sul”,
“E” e “F”
16
Figura 06: Imagem da visada frontal dos corpos “A”, “B” e “C-Sul” dos pegmatitos de
Volta Grande. (A = azul; B = vermelho; C-sul = verde/rosa)
Figura 07: Mapa geológico da mina de Volta Grande feito de acordo com informações
topográficas e campanha de sondagem no corpo A.
19
Fe2O3 - 3.66
Li2O - 2.66
F - 0.10
dimensões variando de 0,20 a 0,40mm, chegando a 1mm. Foi observada forte orientação
de cristais tabulares.
O quartzo ocorre em cristais xenomórficos de diversos tamanhos, com bordos
irregulares, alguns chegando a 2mm.
A muscovita é zinnwaldita, em palhetas xenomórficas, possuem coloração
amarela a escura. Microscopicamente, apresenta forte birrefrigência (alaranjado,
esverdeado e azulado), extinção paralela à clivagem, com bordos irregulares
dissolvidos, em decorrência do contato com a albita.
6 – PETROLOGIA DO PEGMATITO
X = 30 * 63 = 18,90%
100
30
MINERAIS PERCENTUAL
ESTIMADO
MICROCLINA 13,00 + 17,64 = 30,64% 31%
ALBITA 23,00 + 5,04 = 28,04% 28%
QUARTZO 18,90% 19%
ESPODUMÊNIO 13,86% 14%
ZINNWALDITA 5,67% 6%
31
Reações:
Nesta fase, a pressão interna dos fluidos caiu, formando os albititos (zona de
albitito), que pelo fato da pressão d’água ser baixa, os cristais de albita não
desenvolveram muito, ficando com a granulometria fina, formando uma textura
sacaroidal. Conseqüentemente, a pressão interna dos fluidos cresceu significantemente,
ficando rico em H2O e K+, favorecendo a cristalização de k-feldspato (microclina) em
bolsões.
Novamente, a pressão dos fluidos diminuiu e um fluido silicoso, rico em Li,
começou a cristalizar uma massa pegmatítica granular, formando quartzo, espodumênio,
microclina, albita e zinnwaldita, em uma textura aproximadamente equigranular, com
granulometria no máximo de 2cm de comprimento (espodumênio).
Um fluido residual rico em Li e, provavelmente em condições de pressão de água
alta, produziu uma zona (núcleo) composta principalmente por mega-cristais de
espodumênio (de até 1m de comprimento) em uma matriz grossa de quartzo, microclina
e zinnwaldita.
Quando havia 95% do pegmatito formado, um fluido rico em metais transitava
entre os cristais formados anteriormente, ou seja, fluía nos interstícios e porosidades das
fácies já existentes. Este fluido aquoso era rico em Mn2+, Fe2+, Ta5+, Nb5+, Sn3+, que
dissolviam parcialmente a albita, k-feldspatos e espodumênio já formados, para produzir
Li-micas, quartzo, tantalita-columbita e cassiterita, formando as mineralizações
importantes.
Esse fluido aquoso final sofreu depleção em Fe/Mn e Ta/Nb, enriquecendo
relativamente em Ca2+ e Na+ que reagiu com e/ou dissolveu tantalita, formando a
microlita.
Com base nas descrições dos concentrados de batéia, pôde-se elaborar a tabela 08,
que contém as concentrações dos minerais pesados mais comuns do pegmatito Volta
Grande.
32
Observando esta tabela e comparando seus valores entre si, chegamos a alguns
pontos importantes:
- Os albititos (Ab) são mais ricos em cassiterita que em tantalita e microlita
- As fácies de mega-cristais de espodumênio (Spod) e a granular (gran),
apresentam maiores teores de tantalita, microlita e cassiterita.
- BKf (Kf) é mais pobre em relação às outras fácies
Usando-se as porcentagens da tabela 08 e o diagrama Ta2O5 X Nb2O5, as
seguintes constatações podem ser feitas:
- Os albititos e BKf mostram correlação positiva para Ta e Nb, indicando
concentrações maiores de tantalita;
- O gran e o spod mostram correlação negativa para Ta e Nb, indicando a presença
de microlita;
- É excelente a correlação verificada entre os valores de análises química e
mineralógica para gran e spod, bem como para a maioria das análises de albititos e BKf;
- A presença de cassiterita em teores acima de 800g/m3 é verificada nos
concentrados pobres em Nb;
- O resultado da análise Ab-04 é incompatível com o resultado de análise
mineralógica;
- Os conteúdos de cassiterita nos concentrados podem ser separados em três
grupos: 1 – rico (>800g/m3); 2 – médio (300 – 800g/m3); 3 – pobre (<300g/m3)
33
9 – CONCLUSÃO
10 - BIBLIOGRAFIA E REFERÊNCIAS
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