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Edição maio 2023

Revista geológica
Recursos geológicos exploração sustentada

Autores
Ana Peixoto Silva
Giovana Storino Araújo
Professora Ermelinda Maio Daniela Marques de Almeida
ÍNDICE
Recursos, reservas
3
e jazigos

Exploração de
recursos geológicos 4
(minerais metálicos e
não metálicos)

Os combustíveis 5
fósseis

Armadilhas
petrolíferas e
6
impacto dos
combustíveis fósseis
nos subsistema terra

Energia nuclear e
7
geotérmica
(O que é a energia nuclear?
O que é a energia geotérmica?)

Recursos 8/9
hidrogeólogicos

Na próxima edição…e
bibliografia 10
RECURSOS,
RESERVAS E
JAZIGOS Figura 1 Central Geotérmica Ribeira Grande

O arquipélago dos Açores é conhecido pelas emanações de


calor proveniente do subsolo, através de nascentes termais e
de fumarolas, que têm sido alvo de aproveitamento artesanal
pela população local. Em 1973, durante a execução de uma
sondagem de investigação geológica, foi descoberto, na ilha de
S. Miguel, um reservatório de água com temperatura superior a
200 °C. Este acontecimento desencadeou a exploração dos
recursos geotérmicos da zona envolvente, que culminou, em
1980, com o arranque da primeira central geotérmica-piloto em
território nacional - a Central Geotérmica do Pico Vermelho.
Atualmente, esta central, situada na Ribeira Grande (Fig. 1),
constitui um exemplo de aproveitamento da energia geotérmica
para a produção de energia elétrica, através do qual é satisfeita
uma parte das necessidades energéticas da ilha.

Figura 2 Recurso renovavel: sol , recurso não renovavel: petróleo

Entende-se por recurso tudo o que se De acordo com uma perspetiva que !CURIOSIDADE!
encontra disponível na natureza e que pode assenta no equilíbrio entre fatores
Ártico, um território sob disputa
ser utilizado pelo ser humano para seu económicos, sociais e ambientais,
O aquecimento global tem levado à fusão
benefício. Por recurso geológico entende-se a exploração sustentada dos recursos
de volumes crescentes de gelo das calotas
todo o tipo de materiais ou formas de geológicos deverá garantir que estes sejam
polares. Os recursos geológicos destes
energia associadas, que integram a aproveitados na medida da sua capacidade
territórios, outrora inacessíveis, são
geosfera de natureza gasosa, líquida, ou de regeneração, sem colocar em causa a
atualmente disputados pelas nações mais
sólida, com importância para a atividade sua utilização pelas gerações futuras. Este
próximas, verificando-se um aumento dos
humana. modelo contrasta com o regime dominante
esforços diplomáticos para garantir a
Todos os recursos com localização bem de exploração não controlada dos recursos
soberanía sobre esses territórios e os
definida, passíveis de exploração numa naturais, onde ocorre quase
recursos a eles associados.
perspetiva economicamente rentável e em sistematicamente uma exploração para
relação aos quais estão estimados valores além do sustentável.
de abundância relativa, denomina-se por Esta situação é particularmente grave em
reservas. Designa-se por jazigo um local relação aos recursos não renováveis, ou
onde existe uma reserva. seja, aqueles cuja taxa de renovação é
A exploração crescente dos recursos muito inferior à taxa de utilização. Menos
geológicos, resultante do crescimento ameaçados estarão os recursos com
demográfico e da industrialização bem grande velocidade de renovação, por isso
como de técnicas de exploração cada vez denominados recursos renováveis.
mais eficientes, poderá conduzir a um
rápido esgotamento das reservas Figura 3 Paisagem no Ártico
disponíveis.

RECURSOS GEOLÓGICOS 3
EXPLORAÇÃO
DE RECURSOS
GEOLÓGICOS Figura 4 Exploração de recursos minerais a céu aberto
Recursos minerais metálicos
Os recursos minerais metálicos correspondem às rochas e aos minerais de
onde são extraídos os diversos metais. Constituem jazigos minerais quando
os elementos metálicos a explorar apresentam uma concentração muito
superior em relação ao valor do clarke, ou seja, à sua concentração média
nas rochas da crusta. A exploração destes recursos é feita em minas, que
podem ser a céu aberto ou subterrâneas. Num jazigo mineral surgem,
frequentemente, um ou mais minerais com interesse económico, que
constituem o minério, a partir do qual serão extraídos posteriormente, os
elementos metálicos com valor económico. O restante material, não
aproveitável, que constitui a maioria do material recolhido, corresponde à
ganga. A raridade dos jazigos minerais, em associação com uma procura
crescente de metais, torna estes recursos metálicos muito valiosos. A
raridade dos jazigos minerais, em associação com uma procura crescente
de metais, torna estes recursos metálicos muito valiosos. Para separar os
materiais úteis da ganga, as rochas são processadas em instalações
específicas, conhecidas por lavaria. Aí, as rochas são moídas em grãos de
tamanho especifico, de forma a permitir a libertação dos minerais
pretendidos. Posteriormente, recorre-se a processos de separação,
geralmente através da flutuação dos minerais e sua agregação a uma
espuma de composição química com afinidade para os metais. Os
materiais rejeitados, correspondentes à ganga, são usualmente
acumulados nas proximidades, em grandes amontoados designados por
escombreiras. Estas são frequentemente um dos focos de contaminação Exploração subterrânea de ouro.
Figura 5
ambiental, por drenagem da água da chuva ou transporte pelo vento, sendo Ouro (minério) no seio de quartzo (ganga)
necessários cuidados especiais na sua gestão.

Recursos minerais não metálicos


Os recursos não metálicos correspondem a minerais e
rochas que são extraídos da crusta em pedreiras e
aproveitados pelas suas propriedades físicas e
químicas. Alguns materiais são empregues, por
exemplo, na indústria transformadora, como é o caso da
produção de fertilizantes, a partir de minerais fosfatados.
Outros são usados como materiais de construção,
como, por exemplo, blocos para rocha ornamental,
britas, areias e argilas. As areias são ainda usadas na
produção de vidro, e as argilas, na indústria cerâmica.
Estes materiais assumem, por isso, uma grande
importância na sociedade, apesar do seu menor valor
económico por comparação com os recursos metálicos.
De entre as rochas mais usadas em Portugal,
destacam-se o granito, extraído e usado no Norte, nas
Beiras e em algumas regiões do Alentejo. Consideram-
se ainda o calcário, aflorante na zona litoral centro, na
região de Lisboa e no Algarve, o mármore, extraído no
Alentejo , e o basalto, atualmente proveniente dos
arquipélagos dos Açores e da Madeira
Mosteiro da Batalha, Torre dos Clérigos,
Figura 6
Pedreira de mármore branco RECURSOS GEOLÓGICOS 4
OS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
Os combustíveis fósseis são substâncias inflamáveis de origem mineral, que resultam da
transformação de seres vivos em ambiente anaeróbio, tal como o carvão, o petróleo e o
gás natural. Eles são considerados recursos naturais não renováveis visto que é um
processo que leva milhões de anos e sua a taxa de formação é inferior à taxa de
consumo.
Nos dias de hoje, os combustíveis fósseis são os mais utilizados no mundo para gerar
energia elétrica e, quando associados com o contínuo desflorestamento, contribuem de
forma muito significativa para o aquecimento global, principalmente através dos gases de
efeito estufa (como o dióxido de carbono- CO2) que são liberados durante a conversão
energética desses combustíveis. Figura 7 Estação petrolífera
O Petróleo Gás natural
O petróleo forma-se no interior de rochas sedimentares e é O gás natural está associado a petróleo, visto que seu processo
derivado de compostos orgânicos (principalmente de partes de formação é basicamente igual, diferindo apenas na
lipídicas do plâncton e por algas) que se encontra no estado profundidade da sua génese (Fig.8). Ele é constituído por
líquido, não sendo assim considerado totalmente uma rocha. hidrocarbonetos voláteis de cadeia curta, nomeadamente o
Ele contém hidrogénio, carbono, nitrogénio, enxofre, oxigénio, metano. Ele é também muito pobre em dióxido de carbono,
ferro, níquel e cobre e é utilizado pelo ser humano de maneira compostos de enxofre, água e nitrogénio.
excessiva no nosso dia a dia, nomeadamente através das
fontes de energia em combustível.
Seu processo de formação inicia-se quando uma alga ou
plâncton morre, sendo depositados em bacias sedimentares
(principalmente marinhas) e seguidamente sendo soterrados
em grande profundidade por sedimentos finos em um ambiente
pobre em oxigénio. Depois, a matéria orgânica transforma-se
em querogénio pela ação de bactérias anaeróbias. Ao longo do
tempo, mais camadas são depositadas em cima da da rocha
mãe- isto é, a rocha que contêm a matéria orgânica- fazendo
com que a rocha esteja sujeita a maiores temperaturas e
pressão. o mesmo tempo, as bactérias anaeróbias estão
realizando reações químicas onde transformam a matéria
orgânica em querogénio e, posteriormente, em petróleo
(Fig.7).
Após a sua formação, a sua densidade diminui, fazendo com
que o petróleo ascenda até uma rocha que apresenta mais Figura 9 Evolução dos carvões em função do aumento da
poros e é mais permeável- rocha armazém- visto que a água temperatura e da pressão
salgada do mar é mais densa que o próprio petróleo. O
petróleo só não consegue atingir a superfície visto que é
impedido pois está a ser delimitado por uma rocha Carvão
impermeável- rocha cobertura- que impede o seu ascender. O carvão mineral é uma rocha sedimentar biogénica resultante
da incarbonização de material vegetal que não foi devidamente
decomposto. Essa rocha contém variadas quantidades de
carbono, hidrogénio, nitrogénio oxigénio e enxofre. Ele apresenta
vários tipos, que variam relativamente à percentagem de
materiais voláteis, ao poder calorífico e ao teor em carbono
(Fig.8).
Apesar da sua exploração ser barata, o carvão está
progressivamente a ser substituído pelo petróleo, visto que ele
emite cerca de 25% de dióxido de carbono a mais do que o
petróleo e 70% a mais do que o gás natural.

Figura 8 Processo de formação do gás natural e do


petróleo

RECURSOS GEOLÓGICOS 5
COMBUSTÍVEIS IMPACTOS DOS
FÓSSEIS: ARMADILHAS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
PETROLÍFERAS NO SUBSISTEMA TERRA
As armadilhas petrolíferas (Fig. 10) correspondem a formações (rocha- Nos dias de hoje, os combustíveis fósseis são os mais
cobertura e rocha-armazém) e estruturas geológicas que permitem a utilizados no mundo para gerar energia elétrica e, quando
retenção e a concentração do petróleo, originando jazigos petrolíferos. associados com o contínuo desflorestamento, contribuem de
A prospeção e a pesquisa iniciam-se normalmente com a aquisição forma muito significativa para o aquecimento global,
de dados indiretos de métodos geofísicos - como a gravimetria e a
principalmente através dos gases de efeito estufa (como o
magnetometria-, que são utilizados principalmente na fase de
dióxido de carbono- CO2) que são liberados durante a
reconhecimento inicial das bacias sedimentares, com o intuito de obter
conversão energética desses combustíveis. Além disso, eles
informação de forma rápida e económica. Segue-se uma fase de
também têm contribuído para um aumento das chuvas ácidas,
aquisição de dados sismicos, que tem como objetivo alcançar dados
ameaçando todo tipo de vida existente na Terra.
indiretos sobre a geologia do subsolo E por fim, passa-se à etapa de
aquisição de dados diretos, com a recolha de amostras através de Chuvas ácidas
sondagens. OS óxidos nitrosos e de enxofre que são liberados pela queima de
combustíveis fósseis contribuem para a acumulação de ácido
nítrico, ácido carbónico e ácido sulfúrico na atmosfera que, ao
reagirem com a água, formam as chuvas ácidas. Os ácidos cedem
iões de hidrogénio que acidificam os solos e aumentam o seu grau
de meteorização, tornando-os mais pobres em minerais,
desfavorecendo a produção agrícola. Além dos solos, as chuvas
ácidas podem prejudicar as plantas e até levar a sua morte e
também podem acelerar os processo erosivo nas rochas- rochas
carbonatadas- que reagem com as águas acidificadas, sofrendo
meteorização química por dissolução do carbonato de cálcio
(Fig.11 é Fig.15).

Figura 10 Armadilhas petrolíferas

Figura 11 Estátua danificada Figura 12 Esquema efeito


!CURIOSIDADE!
pelas chuvas ácidas estufa
O mosteiro da Batalha, o Padrão dos Descobrimentos
e o Mosteiro dos Jerónimos são alguns exemplos O que é o “Efeito de estufa”?
desses monumentos que estão a ser destruídos pelas O efeito estufa é um fenómeno natural que contribui para uma
chuvas. A reparação dos estragos causados pela temperatura compatível para a existência de vida na Terra (Fig.12).
chuva ácida em casas e prédios é de elevado custo. Através da utilização abusiva dos combustíveis fósseis, cada vez
há mais libertação de gases para atmosfera ( os GEE- gases de
efeito estufa) tais como o metano, o dióxido de carbono, o enxofre,
os óxidos nitrosos, etc. Esses gases são acumulados na
atmosfera fazendo com que as radiações infravermelhas
absorvidas não consigam escapar para o espaço, provocando
assim um aumento na temperatura do planeta e,
consequentemente, o degelo dos glaciares e a subida do nível do
mar. Além dessas consequências, o efeito estufa contribui para
uma escassez de água e recursos biológicos, aumentando a taxa
de fome no mundo.
Para reduzir o efeito estufa, nós devemos utilizar fontes de energia
renováveis, tais como a energia eólica, hidráulica, etc.
Figura 13 Mosteiro da batalha, Batalha, Portugal

RECURSOS GEOLÓGICOS 6
Energia
nuclear e
geotérmica Figura14 Central nuclear na Bélgica

O que é a energia geotérmica? O que é a energia nuclear?


A energia geotérmica é uma fonte de energia renovável que utiliza A energia nuclear é uma forma de obter energia através da divisão
o calor natural do interior da Terra para gerar eletricidade ou calor. A de núcleos atómicos. Essa energia pode ser obtida através da
energia geotérmica é obtida através da perfuração de poços fissão nuclear, que consiste na divisão de núcleos atômicos
profundos no solo, onde a temperatura é elevada, e a utilização do pesados como o urânio.
vapor ou água quente encontrados serve para gerar eletricidade em O processo liberta uma grande quantidade de energia em forma de
turbinas ou para aquecer edifícios.(figura 8) É uma fonte de energia calor, que pode ser utilizada para gerar eletricidade em centrais
limpa, confiável e económica, que não emite gases de efeito estufa nucleares.(Figura 9)
e tem um impacto ambiental mínimo.

Figura 16 Central nuclear

A energia nuclear tem sido alvo de controversia nos últimos anos


pelos problemas que causa ao meio ambiente. Algumas das
desvantagens que a energia nuclear apresenta são:
produção de lixo nuclear radioativo;
Figura 15 Central de energia geotérmica utilização de recursos não renováveis;
É frequente classificar-se as fontes de energia geotérmica em: grande utilização de água nas unidades;
•Alta entalpia- alta temperatura. É frequente estar associado a elevado risco de acidentes nucleares;
regiões com atividade vulcânica, sísmica ou magmática, sendo grande custo de construção das usinas.
possível o seu aproveitamento para produção de energia elétrica.
•Baixa entalpia– baixa temperatura. Na maioria das situações estão
associadas à deslocação de água ao longo de fraturas profundas ou
água presente em rochas porosas a grande profundidade. É
explorada para uso termal e aquecimento.

!CURIOSIDADE!
A cidade de Reykjavik, capital da Islândia, utiliza a
energia geotérmica para aquecer 95% dos edifícios
residenciais e comerciais da cidade.

Figura 17 Piscina aquecida por energia geotérmica

RECURSOS GEOLÓGICOS 7
Recursos
hidrogeológicos
Figura 18 Aquífero

Os recursos hidrogeológicos são as reservas de água


subterrâneas existentes nos aquíferos, que são formações
geológicas capazes de armazenar e transmitir água. Essa
água subterrânea é uma fonte importante de água potável
e pode ser utilizada para irrigação, geração de energia
hidrolétrica, abastecimento público, entre outras
finalidades. Os aquíferos podem ser formados por
diferentes tipos de rochas e sedimentos, como arenitos,
calcários e basaltos. A capacidade de armazenamento e
transmissão da água dos aquíferos pode variar
dependendo da porosidade, permeabilidade e espessura
das formações geológicas.

Porosidade
A porosidade é uma propriedade física das rochas e solos que
indica a quantidade de espaço vazio existente dentro de um
material. Esses espaços vazios são chamados de poros, e Figura 19 Aquífero natural
podem ser preenchidos por fluidos, como a água. A
porosidade é expressa como a razão entre o volume dos
poros e o volume total do material, e é geralmente expressa
em percentagem. Quanto maior a porosidade, maior a
quantidade de espaço vazio existente no material e, portanto,
maior a capacidade do material para armazenar fluidos. A !CURIOSIDADE!
porosidade é uma propriedade importante em várias áreas da O nosso planeta terra tem o apelido de Planeta Azul.
geologia, incluindo a hidrogeologia. Na hidrogeologia, a Este apelido dá-se pelo fato de 75% da superfície da
porosidade é uma medida importante para determinar a Terra ser coberta de água!
capacidade de um aquífero para armazenar água subterrânea.

Permeabilidade
A permeabilidade é a propriedade física dos materiais que
indica a facilidade com que fluidos, como líquidos ou gases,
podem se mover através deles. É uma medida da capacidade
de um material para permitir que um fluido passe através dele.
A permeabilidade é na maior parte dos casos influenciada pela
porosidade, ou seja, pela quantidade de espaço vazio dentro
do material, bem como pela conectividade dos poros. Quanto
maior a porosidade e a interligação dos poros, maior será a
permeabilidade do material. A permeabilidade é uma
propriedade importante em diversas áreas da geologia e Figura 20 Porosidade e permeabilidade
engenharia, como na hidrogeologia. Na hidrogeologia, a
permeabilidade é uma medida importante para avaliar a
capacidade de um aquífero para transmitir água subterrânea.

RECURSOS GEOLÓGICOS 8
Recursos
hidrogeológicos
Figura 21 Aquífero

Aquíferos Gestão sustentável de águas subterrâneas


Existem diferentes tipos de aquíferos, classificados de A gestão sustentável de águas subterrâneas é um processo de
acordo com a natureza e a origem das formações equilíbrio entre a demanda humana por água e a capacidade
geológicas que os compõem. Aqui estão alguns dos natural dos aquíferos em carregar e manter seus níveis de água.
principais tipos de aquíferos(figura 13): Algumas práticas para a gestão sustentável de águas
Um aquífero livre, também conhecido como aquífero subterrâneas incluem:
não confinado, é um tipo de aquífero em que a água Monitoramento: É fundamental monitorar a qualidade e a
subterrânea está contida em uma camada porosa e quantidade de água em um aquífero, a fim de garantir que a
permeável que não é coberta por uma camada
extração não esteja a causar danos ambientais ou a afetar
impermeável, permitindo a entrada e saída de água
negativamente outras fontes de água.
livremente. A água neste tipo de aquífero é
Uso eficiente: É importante utilizar a água subterrânea de
recarregada pela infiltração de água da chuva, e é
descarregada por meio de poços, nascentes ou para maneira eficiente e responsável, evitando o desperdício e
outras áreas mais baixas. otimizando a utilização em atividades como irrigação e
Aquíferos confinados, são formados por camadas de abastecimento público
rochas impermeáveis, como argila, que limitam a recarga Controle da poluição: A prevenção da contaminação da
e a descarga de água. A água é armazenada em água subterrânea é essencial para garantir a qualidade da
camadas porosas abaixo da camada impermeável, e a água e evitar impactos negativos na saúde pública e no
permeabilidade é baixa. São comuns em bacias meio ambiente.
sedimentares.

!CURIOSIDADE!
!CURIOSIDADE!
A recarga de água em aquíferos pode ser
Uma curiosidade interessante sobre a gestão sustentável
muito lenta, variando de algumas
de águas subterrâneas é a utilização de técnicas de
semanas a milhares de anos, recarga artificial de aquíferos. Essa prática consiste em
dependendo da geologia local e das reabastecer deliberadamente os aquíferos com água, a
condições climáticas.
fim de aumentar o nível dos lençóis freáticos e garantir o
suprimento sustentável de água.

Figura 22 Aquífero ,representação gráfica

Figura 23 Reservatório de água subterrânea

RECURSOS GEOLÓGICOS 9
Na próxima edição…
Na próxima edição será abordado o tema da poluição, assim como as suas consequências,
causas e o seu impacto na vida do ser humano e do Planeta.

Bibliografia
Consultado em:
Antunes Bação, Fernando; Alexandra Duarte, Maria; Almeida Silva, Paula; Caetano Lobo, Sandra; Ferreira, Ana
Luísa; Jacinto, Maria João; BioGeo 11; 1ª Edição; 2022.

Links das fotografias:

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investimento-em-energias-renovaveis Consultado em: 20/5/2023
Figura 3 https://images.app.goo.gl/cQExs5ESa8n2QdLZ6 Consultado em: 20/5/2023
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RECURSOS GEOLÓGICOS 10

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