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REQUERIMENTO DE AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA

ÁGUA MINERAL
SUBSTÂNCIA

INTERESSADO:
JOSÉ

________________________________
RESPONSÁVEL TÉCNICO:

CREA /D

Agosto/2020
ASSUNTO: REQUERIMENTO DE PERMISSÃO DE LAVRA GARIMPEIRA

O Responsável Técnico, , brasileiro, solteiro , engenheiro de minas CREA MG:


portador do CPF, residente e domiciliado na Rua:, no município de Poços de Caldas – MG,
CEP, telefone (35), pelo presente documento vem mui respeitosamente requerer ao Exmo. Sr.
Diretor Geral da Agência Nacional de Mineração ANM, Distrito – Belo Horizonte - MG,
venho apresentar o Requerimento de Autorização de Pesquisa com objetivo de investigar o
potêcial de água mineral em uma área de 47,42 ha no município de Ponto dos Volantes-MG.
Seguem os seguintes documentos:
Prova de recolhimento do emolumento;
Designação das substâncias a pesquisar;
Indicação da extensão superficial da área objetivada, em hectares, e do Município e
Estado em que se situa;
Memorial descritivo da área pretendida;
Plano dos trabalhos de pesquisa;
Anotação de responsabilidade técnica – ART;
Documentos do Requerente e Documentos do Responsável Técnico;
Planta de situação e de Detalhe;
Cronograma, e;
Orçamento .
Na expectativa de merecermos a competente da AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA, na
área em apreço, termos em que respeitosamente.
Pede Deferimento
ITAOBIM, 06 de agosto de 2020.

______________________________________________
CPF:

SUMÁRIO

I
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. III
1.1 DADOS GERAIS..........................................................................................................................................III
1.2 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO............................................................................................................IV
1.3 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO SEDE...................................................................................................IV
1.4 CLIMATOLOGIA..........................................................................................................................................V
1.5 ASPECTOS HIDROGEOGRAFICO..................................................................................................................V
1.6 ASPECTO GEOLÓGICO...............................................................................................................................VI
1.7 ASPECTOS GEOMORFOLOGIA....................................................................................................................VI
1.8 FAUNA.....................................................................................................................................................VII
1.9 COBERTURA VEGETAL E FLORA..............................................................................................................VII
1.10 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO....................................................................................................................VIII
2. PLANOS DOS TRABALHOS DE PESQUISA..................................................................................IX
2.1 GENERALIDADES.......................................................................................................................................IX
2.2 ACORDO COM SUPERFICIÁRIOS.................................................................................................................IX
2.3 LEVANTAMENTOS PRELIMINARES.............................................................................................................IX
2.4 LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO.......................................................................................................IX
2.5 INFRAESTRUTURA E EXEQUIBILIDADE......................................................................................................IX
2.6 GEOLOGIA REGIONAL E LOCAL..................................................................................................................X
2.7 MAPEAMENTO GEOLÓGICO DE DETALHE...................................................................................................X
2.8 COLETA DE AMOSTRAS PARA ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICOBACTERIOLÓGICAS...........................................X
2.9 MEDIÇÃO DE VAZÃO.................................................................................................................................XI
2.10 ESTUDOS HIDROLÓGICOS E HIDROGEOLOGICOS.......................................................................................XI
2.11 ÁREAS DE PROTEÇÃO DA FONTE...............................................................................................................XI
2.12 CARACTERIZAÇÃO HIDROLÓGICA E CLIMÁTICA......................................................................................XII
2.13 CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA.....................................................................................................XII
2.14 CARACTERIZAÇÃO HIDROQUÍMICA.........................................................................................................XIII
2.15 ANÁLISE DAS POSSIBILIDADES DE CONTAMINAÇÃO DAS FONTES E GRAU DE VULNERABILIDADE........XIII
2.16 DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE PROTEÇÃO....................................................................................................XIII
2.17 CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DE CAPTAÇÃO, LIMPEZA E DESINFECÇÃO....................................................XIII
2.18 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS E LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO...............................................XIV
2.19 SERVIÇOS DE ESCRITÓRIO........................................................................................................................XV
2.20 RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA MINERAL..............................................................................................XV
2.21 ORÇAMENTO PREVISTO...........................................................................................................................XV
2.22 CRONOGRAMA FÍSICO............................................................................................................................XVI
3. REFERÊNCIAS...........................................................................................................................................XVI

II
1. Introdução
O presente Plano de Lavra Garimpeira tem como finalidade apresentar e descrever os
trabalhos necessários à caracterização geológica e Extração de Pedras de Coleção e Gemas,
município de Virgem da Lapa região Nordeste do estado de Minas Gerais.

O presente documento representa o plano de pesquisa mineral que deve ser apresentado
junto a Agência Nacional de Mineração (ANM-MG) como parte dos documentos necessário
ao requerimento de pesquisa mineral para substância Água Mineral em uma área de 47,42 ha,
no município de Ponto dos Volantes – MG. Este plano de pesquisa foi elaborado com base no
Manual do DNPM/94 – Relatório Final de Pesquisa para Água Mineral e Potável de Mesa,
bem como as portarias do DNPM número 374/2009 que dispõe as “Especificações Técnicas
para o Aproveitamento de Águas Minerais e Potáveis de Mesa” e número 231/98 que
“Regulamenta as Áreas de Proteção das Fontes de Águas Minerais”.

1.1 Dados Gerais


SUBSTÂNCIAS MINERAIS: ÁGUA MINERAL
LOCAL FAZENDA CÓRREGO NOVO
ÁREA 47,42 HECTARES
MUNICÍPIO PONTO DOS VOLANTES
ESTADO MINAS GERAIS

REQUERENTE JOSÉ
CPF
ENDEREÇO RUA

RESPONSÁVEL TÉCNICO
ENGENHEIRO DE MINAS
CREA /D

III
1.2 Localização e Vias de Acesso

A área está localizada na região Nordeste do estado de Minas Gerais (Fig. 2). O acesso
pode ser feito a partir Teófilo Otoni pela BR-116, dirante 141 km no sentido Norte até chegar
na cidade de Ponto dos Volantes, pege a primeira saída para Estrada Córrego Novo e
permaneça durante 15,6 km, ate chegar a Fazenda Córrego Novo onde se encontra a área de
interesse (Fig. 1).

Figura 01: mapa de acesso (Imagem do Google)

1.3 Caracterização do Município Sede

O município de Ponto dos Volantes, constitui uma área de 543,942 km² e população de
19.744 habitantes, situa-se no nordeste do Estado de Minas Gerais e está inserido na região
denominada "Vale do Jequitinhonha", precisamente no Médio Jequitinhonha.

Fica localizada a 560 km de Belo Horizonte. As principais fontes de economia são


Agricultura e os Garimpos de pedras preciosas, esta situada na folha SE-24-V-A-V.

IV
Figura 02: Localização da cidade de Ponto dos Volantes-MG.
1.4 Climatologia
O Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia dos Afluentes do Médio e Baixo
Jequitinhonha (JQ3-2012), o clima dominante na bacia JQ3 segundo a classificação de
Thornthwaite (1948) é o Sub-úmido Seco, apresentando manchas com condições mais
desfavoráveis, com tendência ao clima Semiárido, de forma geral e considerando as variações
espaciais pode ser observado que no trecho médio a ETP atinge até 1.700 mm, com déficit de
800 mm; e no trecho inferior da bacia a ETP situa-se entre 1.500 e 1.600, enquanto que o DEF
anual chega a cair para 200 mm no extremo a jusante da área.
O balanço hídrico climatológico da porção JQ3 da bacia do rio Jequitinhonha torna-se
ainda mais desfavorável devido à alta intensidade luminosa, aos dias longos e às temperaturas
elevadas durante o ano todo.

1.5 Aspectos Hidrogeografico


Se para o caso das águas superficiais a adoção da Bacia Hidrográfica no processo de
gestão é unânime, as águas subterrâneas possuem particularidades que tornam esta escolha
mais complexa. A bacia hidrográfica, em seu sentido geográfico-administrativo é
indubitavelmente a unidade de planejamento e ação. Ainda que não necessariamente restritas
aos limites impostos por uma bacia hidrográfica, as águas subterrâneas devem ser
obrigatoriamente avaliadas no âmbito desta: A vegetação nativa que predominante é referente

V
ao domínio da Caatinga, devido ao desenvolvimento e expansão do agronegócio resta apenas
pequenos fragmentos da mata nativa.
1.6 Aspecto Geológico

O arcabouço geológico da área da Bacia do Médio e Baixorio Jequitinhonha (doravante


JQ3) é bastante complexo, sendo composto, estratigraficamente, da base para o topo, por:
Rochas do Complexo Itapetinga, Granitos Divisa-Itagimirim, Grupo Macaúbas pertencente à
Província Mantiqueira, Unidade Campinarana-Unhubim e Formação Nova Aurora, Formação
Ribeirão da Folha, Rochas do Complexo Jequitinhonha, Granitóides e Sequências
Metasedimentares da Província Mantiqueira e, finalmente, Coberturas Cenozóicas.

A descrição dos tipos litológicos aflorantes na JQ3 obedece a uma ordem cronológica,
começando com as rochas mais antigas até as mais recentes, que acabam por recobrir as
demais. Além destas descrições de caráter petrográfico, foram confeccionados quadros de
caráter sintético os quais relacionam estas ocorrências com as demais características do meio
físico e com a lógica das sub-bacias da JQ3.
1.7 Aspectos Geomorfologia

A geomorfologia local, como era de se esperar, compreende uma forte interação com as
características geológicas. As unidades geomorfológicas foram compartimentadas na bacia
através da disposição estrutural das rochas e da ação dos agentes meteorológicos, que
moldaram o seu relevo. Na bacia do Médio e Baixo Jequitinhonha são encontradas três
unidades geomorfológicas: Planalto do rio Jequitinhonha – rio Pardo, Planalto dissecado do
leste de Minas Gerais e Depressão do rio Jequitinhonha.

O Planalto do rio Jequitinhonha – rio Pardo é caracterizado por chapadas de variadas


dimensões intercaladas por áreas mais dissecadas, representadas por colinas e cristas, vales
encaixados e vertentes ravinadas. A altitude encontra-se entre 800 e 1.100 metros e ocorre
baixa densidade de drenagem, sendo essa muito controlada pelas estruturas geológicas. Na
bacia JQ3, essa unidade predomina sobre as outras, ocupando a maioria da porção do médio
Jequitinhonha.

O planalto dissecado do leste de Minas Gerais é caracterizado por formas mais suaves de
relevo devido ao processo de dissecação fluvial. Suas feições apresentam colinas e cristas
com vales encaixados ou de fundo plano, pontões e feições tabulares. Ocorre na bacia JQ3,
predominantemente as áreas do baixo Jequitinhonha, além disso, ocupa o sul, entre
Municípios de Padre Paraíso e Novo Cruzeiro.

VI
A depressão do Jequitinhonha são áreas rebaixadas, que acompanham o vale do rio
Jequitinhonha e de alguns de seus afluentes. O relevo é aplainado a pouco ondulado e, na
bacia JQ3, a altitude varia de 150 metros próximo ao limite leste da área, no município de
Salto da Divisa, a 400 metros nas proximidades do município de Araçuaí.
1.8 Fauna

Concentram-se no Médio e Baixo Jequitinhonha as regiões consideradas de importância


biológica alta e extrema, especialmente para conservação de aves e da mastofauna (CEMIG;
INTERTECHNE, 2010). Destacam-se as regiões de Bandeira, que apresenta alta riqueza de
espécies de fauna, a Reserva Biológica da Mata Escura, as regiões de Limoeiro e Felisburgo,
com alta riqueza de espécies da fauna ameaçadas de extinção, especialmente primatas, e a
região de Salto da Divisa (CEMIG; INTERTECHNE, 2010).
1.9 Cobertura Vegetal e Flora

O diagnóstico da cobertura vegetal e da flora da bacia JQ3 foi elaborado por meio de
consulta a diversas fontes de pesquisa disponíveis em publicações impressas e mídia
eletrônica. Campanhas de campo e entrevistas com membros de comunidades locais
consolidam as informações obtidas de fontes secundárias, resultando num diagnóstico
simplificado, mas consistente.

Na bacia do rio Jequitinhonha, estudos sobre a vegetação, realizados pelo o IBGE (1997),
descrevem 5 Domínios Fitoecológicos e 4 Áreas de Contato:

1. Domínio Fitoecológico da Floresta Ombrófila;

2. Domínio Fitoecológico da Floresta Estacional;

3. Domínio Fitoecológico do Cerrado;

4. Domínio Fitoecológico da Caatinga;

5. Domínio Fitoecológico das Formações Pioneiras.

As Áreas de Contato (Ecótonos) entre dois ou mais tipos vegetacionais são os seguintes:
1. Floresta Estacional e Cerrado,

2. Floresta Estacional e Caatinga: ocorrendo no Vale do rio Salinas e na confluência


entre os rios Araçuaí e Jequitinhonha;

3. Cerrado e Floresta Estacional: região do médio Jequitinhonha e divisor entre a bacia


do rio Jequitinhonha e do Pardo;

VII
4. Cerrado com Refúgio Fitoecológico: na Cadeia do Espinhaço, com o registro de
espécies arbustivo-arbóreas típicas e campos de altitude, posicionada entre manchas de
Cerrado.
1.10 Uso e ocupação do solo
Partindo das imagens de satélite CBERS, dos anos de 2008 e 2009, o mapeamento do uso
e ocupação do solo da bacia JQ3 apresenta uma distribuição de cobertura do solo muito
marcada pela topografia local.
Totalizando 34 sedes municipais e apresentando uma área de drenagem de 29.711 km², a
bacia possui uma população estimada de 392.539 habitantes (IBGE, 2010). Esta situa nas
mesorregiões do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas, onde estão municípios como
Salinas, Araçuaí, Pedra Azul e Almenara.
Já no Campo Cerrado (3.389.15 Km²), uma das fitofisionomias do Bioma Cerrado,
juntamente com as áreas de pastagem (4.169.33 Km²) estão difundidas pelas regiões Sul,
Central, Noroeste e, sobretudo a Leste, totalizando o equivalente a 25% da superfície da
bacia. De acordo com os resultados, os municípios que apresentam as maiores áreas
destinadas à atividade pecuarista são; Joaíma, Santa Cruz de Salinas, Jequitinhonha, Jacinto,
Rubim, Salto da Divisa, Santa Maria do Salto, Jordânia, Medina e Pedra Azul.
As áreas de cultivo estão distribuídas por vários pontos da bacia, principalmente na parte
sudeste; nos municípios de Rio do Prado e Rubim, na parte Sul; nos município de Joaíma e
Ponto dos Volantes, na parte Norte; no município de Pedra Azul e na Parte Central: nos
municípios de Jequitinhonha e Medina. De acordo com mapeamento, esta classe ocupa uma
área de 473,51 km², constituindo-se aproximadamente a 2% do território da bacia.
Planimétrica das classes de uso e cobertura do solo
Classe Área km² %
Área de Cultivo 473,51 1,59
Afloramento Rochoso 261,05 0,88
Água 78,89 0,27
Campo Cerrado 3.389,15 11,41
Cerrado 4.003,13 13,47
Eucalipto 86,82 0,29
Floresta Ciliar 22,81 0,08
Floresta Estacional Decidual 4.462,86 15,02
Floresta Estacional Semidecidual 11.424,16 38,45
Mancha Urbana 44,22 0,15
Pastagem 4.169,33 14,03
Solo Exposto 1.295,13 4,36
TOTAL 29.711,06 100,00

2. PLANOS DOS TRABALHOS DE PESQUISA

VIII
2.1 Generalidades
O plano de pesquisa será realizado para identificação da viabilidade econômica e técnica
da jazida, bem como de se conhecer o potencial de vazão da água, suas características
químico-físicas e sua potabilidade. Para obtenção dos dados necessários para se avaliar a
jazida, é proposta a seguinte metodologia: levantamento planialtimétrico da poligonal
requerida com GPS de precisão e/ou Estação Total; mapeamento geológico de detalhe; coleta
de amostras e análises físico-químico-bacteriológicas das mesmas, medição de vazão, e plano
para cuidados na captação e proteção da fonte.
2.2 Acordo com superficiários
Esta é a primeira fase a ser desenvolvida em uma pesquisa mineral, devendo ser precedida
aos trabalhos de pesquisa. Entretanto, o superficiário da área da poligonal requerida é também
o requerente da poligonal e, sendo assim, não será necessário realizar esta etapa, podendo
seguir ao desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa.

2.3 Levantamentos preliminares


Os levantamentos preliminares são levantamentos bibliográficos, cartográficos e análises
de fotografias aéreas que serão coletados em acervos de instituições de ensino e pesquisa,
órgãos gestores de recursos minerais e do meio ambiente em instância federal, estadual e
municipal. Tais levantamentos fornecerão dados preliminares para execução dos trabalhos de
pesquisa.
2.4 Levantamento planialtimétrico
Esta etapa será realizada em duas fases: na primeira fase será executado o levantamento
topográfico da área delimitada da poligonal requerida percorrendo o perímetro da área
requerida com GPS de precisão, levantando as coordenadas dos pontos da poligonal
previamente definidos. A segunda etapa consiste no levantamento planialtimétrico da área,
com uso de estação total, para locação do ponto da fonte a fim de possibilitar o estudo da
melhor forma de captação da mesma. No mapa desenvolvido nessa fase constará as curvas de
nível do local, distanciadas de tal forma que permita ser estudada a captação da melhor
maneira possível.
Além disso, nesta etapa também serão levantadas todas as benfeitorias existentes na área,
além das áreas com vegetação nativa, reflorestadas e corpos hídricos.
2.5 Infraestrutura e exequibilidade
A infraestrutura e equipamentos requeridos para a execução dos trabalhos desta Pesquisa
Mineral serão compostos apenas pela aparelhagem que será usada para o levantamento
planialtimétrico (GPS de precisão e Estação Total) e o material que será usado para marcação

IX
de pontos, como trenas, estacas e material necessário para a coleta das amostras e medição da
vazão de água.
Na área já possui fornecimento de energia elétrica e vias de acesso à área de pesquisa.
As análises físico-química-bacteriológicas serão realizadas em Laboratório terceiro
especializado.
2.6 Geologia regional e local
Esta fase constará dos trabalhos de levantamento de dados e informações que servirão de
base para o estudo geológico de uma área de extensão suficiente para que possa compreender
as relações existentes entre as ocorrências de fontes de águas minerais e os aspectos
geológicos locais e, assim, com base nos resultados deste estudo, poder elaborar um plano de
captação da maneira mais eficiente possível.
Este estudo se dará em duas etapas distintas: a primeira será a análise da Geologia
Regional, que será o levantamento de dados geológicos e geoestruturais da região da bacia
onde se encontra a área requerida, para caracterizar a geologia regionalmente. Para esta etapa,
utilizar-se-á de acervos bibliográficos e cartográficos de instituições de ensinos e órgãos
gestores de recursos minerais e do meio ambiente em instância federal, estadual e municipal.
A outra etapa consistirá na análise da Geologia Local, na qual se realizará o levantamento
geológico e geoestrutural da região que circunda a área a qual se pretende explorar. Para esta
etapa, serão utilizados os resultados da análise hidrogeológica e geoestrutural através de furos
de sondagem, que será melhor detalhada no estudo para a proteção da fonte.
2.7 Mapeamento geológico de detalhe
Com base em um levantamento geológico do local será plotado um mapa com as
litologias da área requerida. O levantamento será realizado através de investigações
geológicas com observações de afloramentos presentes na área, identificação das estruturas
como fraturas e acamamentos e com as análises geoestrutural e litológica das amostras
retiradas nos trabalhos de pesquisa. O resultado destas análises será base para a elaboração do
Mapa Topográfico-Geológico que servirá como meio para programação dos trabalhos de
captação de água mineral na área a ser pesquisada.
2.8 Coleta de amostras para análises Físico-Químicobacteriológicas
Esta etapa consiste na coleta de amostras de água que serão destinadas a análises
físicoquímico-bacteriológica para comprovação da água a ser mineralizada e conseguir
classificar a água quanto à sua composição química, de acordo com as normas pertinentes do
Código de Água Mineral e das Resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Serão coletadas, a priori, seis amostras para determinação dos principais cátions ânions
(análise química), características físicas como condutividade elétrica, temperatura e pH

X
(análise física) e análise e quantificação dos gases espontâneos, se existentes, para pré-
classificação da água e 2 amostras para análise bacteriológica e química a fim de se verificar a
potabilidade da água a ser envasada, com referência aos parâmetros das Resoluções da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Portaria no 518 do Ministério da Saúde.
As amostras serão coletadas trimestralmente, respeitando o ano hidrológico
2.9 Medição de vazão
A determinação da vazão nas nascentes será realizada através de dois métodos, sendo um
direto e outro indireto. Para o método direto deverão ser realizadas medições de vazão (no
mínimo mensais) na região das nascentes com auxílio de equipamentos específicos como por
exemplo: calha parshall instalada no leito do curso d’agua a jusante da nascente ou molinete,
determinando a área das seções de controle.
O método indireto consiste na análise de variáveis hidrológicas da região, estas geradas
através de dados disponibilizados pelas entidades responsáveis pelo monitoramento e também
através de funções já regionalizadas. Esta abordagem visa entender e corroborar as variações
sazonais de vazão.
2.10 Estudos Hidrológicos e Hidrogeologicos
Para obter maior segurança e avaliar a vulnerabilidade do aquífero que dá origem à fonte
de estudo, se faz necessário conhecer e detalhar aspectos hidrogeológicos do aquífero cuja
surgência será explorada.
Deste modo, serão realizadas análises físico-química-geológicas da área requerida a fim
de se investigar a relação da água com a geologia local identificando os aspectos de
percolação, transporte da água, recarga, áreas de influência, contaminantes e vulnerabilidade e
delimitação da Área de Proteção e Conservação da Fonte.
2.11 Áreas de proteção da fonte
Os estudos para definição das áreas de proteção da fonte serão realizados em escala local e
regional ,de acordo com o estabelecido na portaria do DNPM n° 231 de 31/07/1988.

Esta mesma portaria define as áreas ou perímetros de proteção, os quais deverão ser
conceituados em três diferentes zonas segundo suas características hidráulicas: a ZI ou zona
de influência; a ZC ou zona de contribuição e a ZT, zona de transporte.

 Zona de influência (ZI): é aquela associada ao cone de depressão


(rebaixamento da superfície potenciométrica) de uma fonte ou nascente
natural, considerado aqui como um afloramento da superfície piezométrica
ou freática, equivalente a um dreno.

XI
 A zona de contribuição (ZC) é a área de recarga associada ao ponto de
captação (fonte), delimitada pelas linhas de fluxo que convergem a este
ponto.
 A zona de transporte (ZT) ou de captura é aquela entre a área de recarga e
o ponto de captação. É esta zona que determina o tempo de trânsito que um
contaminante leva para atingir um ponto de captação, desde a área de
recarga.
2.12 Caracterização hidrológica e climática
As análises das características hidrográficas e aspectos fisiográficos da bacia serão
realizadas com a utilização de software de geoprocessamento, tomando como base dados as
imagens de satélites “SRTM” e “LANDSAT” fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), bem como dados preconcebidos pelo Intituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
O regime fluviométrico da região será analisado com auxílio dos dados coletados nas
estações de monitoramento presentes no interior da sub-bacia da qual a nascente é
contribuinte, sendo estes disponibilizados pela Agência Nacional de Águas (ANA), através do
sistema “Hidroweb”. Em escala local será realizado o monitoramento da vazão nas fontes
com periodicidade mínima mensal.
Os estudos climáticos (clima, temperatura, umidade e pluviometria), serão realizados
através dos dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
2.13 Caracterização hidrogeológica
As análises das características geológicas e hidrogeológicas serão realizadas com auxílio
dos mapeamentos já realizados pelo CPRM e também com a utilização dos dados
disponibilizados pelo Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS) de poços já
estabelecidos na região. Em escala local serão realizadas amostragens das características
físicas do solo no entorno da nascente como: granulometria, infiltração, porosidade, índice de
vazios entre outros parâmetros.
Deverá ser realizado na região o levantamento topográfico da área no entorno da fonte, no
intuito de que, aliado com as informações das características do solo e nível de água, seja
possível determinar a direção do fluxo subterrâneo, estimar o tempo de residência e definir
áreas de recarga e descarga.
2.14 Caracterização hidroquímica
As características Hidroquímicas serão avaliadas após a coleta de amostras nas fontes de
acordo com a legislação pertinente, ou seja, portarias do DNPM, Ministério da Saúde e
Vigilância Sanitária. As avaliações compreenderão as análises físico-químicas e

XII
microbiológicas que deverão ser realizadas em intervalos preestabelecidos durante todo o
período da pesquisa mineral, a fim de verificar a evolução temporal destes parâmetros.
2.15 Análise das possibilidades de contaminação das fontes e grau de
vulnerabilidade
Para a análise da possibilidade de contaminação será mapeado o uso do solo na bacia
hidrográfica a fim de determinar as principais atividades agrícolas, urbanas e áreas de
proteção ambiental. Em paralelo serão mapeados os principais possíveis pontos de
contaminação em virtude de alguma atividade extrativa e industrial específica na região. Esta
avaliação deverá ser realizada com a utilização de dados disponibilizados pelas entidades de
licenciamento ambiental e mineiro, bem como, a verificação por imagens de satélite.
O grau de vulnerabilidade deverá ser avaliado de acordo com a definição das atividades
potencialmente poluidoras e a susceptibilidade do aquífero à contaminação e transporte do
contaminantes, assim tornando possível classificar as fontes poluidoras e o impacto ambiental
de um possível evento contrário à preservação da qualidade na fonte.
2.16 Definição das áreas de proteção
A partir dos estudos já descritos, as informações poderão ser inseridas em um modelo
matemático para a determinação das áreas de proteção da fonte levando em consideração as
características ambientais da região, bem como, o uso antrópico no entorno da fonte. Estas
zonas deverão ser estabelecidas juntamente com um plano de atividades corretivas e
preventivas que visem a manutenção da qualidade e produtividade da extração do bem
mineral.
2.17 Construção do sistema de captação, limpeza e desinfecção
Todo sistema de captação da fonte será elaborado em concordância com o estabelecido na
Portaria do DNPM no 374/09.
Primeiramente, serão executados trabalhos de escavação, seguindo as direções do fluxo de
água, até que se chegue na rocha sã ou no saprólito, de onde se instalará o tubulão para cada
fonte cuja água se pretende captar.
O tubulão será construído por aço inoxidável polido de grau alimentício, assentado
diretamente do saprólito ou rocha sã e completado externamente com concreto adensado. A
água deverá ser pré-armazenada em uma caixa de aço inoxidável polido de grau alimentício,
dentro da casa de proteção à captação, com cantos arredondados e possuirá, juntamente com o
tubulão, tampa de vidro vedada, feita de material atóxico para completa vedação, com uma
certa inclinação que possa permitir que as gotículas condensadas na tampa se escoam. Além
disso, apresentará dispositivos para assegurar as condições adequadas de higiene, limpeza e
desinfecção como um extravasor com fecho hídrico com sifão que impeça o nível de água

XIII
atinja a parte superior e um dispositivo para esvaziar em nível inferior com registro, para
limpeza, além de um filtro de ar microbiológico adequado para evitar a contaminação por
microrganismos e preservar os padrões de potabilidade da água, em níveis estabelecidos pela
legislação pertinente.
A casa de proteção à captação será construída em alvenaria, e todas estruturas internas
serão compostas por materiais impermeáveis laváveis. Será dotada de telas em todas suas
aberturas, para impedir a entrada de animais e insetos, e será mantida ventilada, para evitar
formação de mofo, infiltrações, e possuirá dois compartimentos para separar a captação da
coleta de amostras e controle.
Todos os trabalhos realizados nesta etapa serão registrados por fotografias para,
posteriormente, serem apresentados ao ANM.
2.18 Interpretação dos resultados e levantamento bibliográfico
Ao final de cada etapa deste plano de pesquisa, serão feitas interpretações dos resultados
obtidos a fim de se determinar as próximas medidas a serem tomadas para o avanço e
continuidade.
No final do adensamento da malha de sondagem, e com os resultados das análises destas
amostras, serão realizados a cubagem e dimensionamento da jazida e também serão
determinadas as próximas medidas a serem tomadas, para dar continuidade aos trabalhos
mineradores.
Paralelamente, para auxiliar no estudo da jazida, juntamente com as análises será feita
uma coleta de dados geomorfológicos, estruturais, hidrogeológico e hidrodinâmico da região
da área requerida e o panorama da substância requerida no cenário regional, a fim de se ter
um melhor planejamento das futuras etapas de exploração.
As fontes que serão consultadas para este levantamento bibliográfico serão artigos, teses e
dissertações na área de geologia, hidrologia e pesquisa mineral que foram realizados na
região, além de dados informados em mapas e livros da CPRM, ANA, ANM e demais órgãos.
Também, serão colhidas informações acerca do mercado regional de água, e também
acerca dos empreendimentos locais de captação de água.
2.19 Serviços de escritório
Esta fase contempla os serviços de compilação de mapas, execução de mapas, geração de
perfis, imagens, fotografias, gráficos, fotocópias, relatórios, impressão de documentos e
imagens, entre outras atividades.
2.20 Relatório final de pesquisa mineral
Ao final da etapa do plano de pesquisa mineral descrito neste documento, dentro dos
prazos legais mencionados no Artigo 22, Capítulo II do Código de Mineração, será

XIV
apresentado o Relatório Final de Pesquisa. Este relatório irá conter a descrição completa dos
resultados de todos os trabalhos que serão realizados na etapa de pesquisa e as conclusões em
relação à viabilidade econômica do empreendimento.
Além disso, o Relatório terá também como objetivo apresentar os resultados da
caracterização do minério (água mineral) alinhados com as informações geológicas,
hidrogeológicas, geomorfológicas, estruturais e pedológicas da região. Estas informações
serão de suma importância para a avaliação e determinação da viabilidade e planejamento das
etapas futuras.
Outro trabalho de grande relevância desta pesquisa e que será apresentado na emissão do
relatório final é o estudo e levantamento da área de proteção da fonte, que também
apresentará as três zonas de proteção (de influência – ZI, de contribuição – ZC, e de
transporte – ZT) que se destina a manter a qualidade da água, avaliando quais são os limites
dentro dos quais se deverá preservar a área, restringindo atividades e ocupação nesta. Além
disso, é com este estudo que se pretende avaliar o real grau de vulnerabilidade e risco de
contaminação da água que se pretende explorar, e, com isso, elaborar um criterioso plano
racional para o controle e captação adequada deste bem mineral.
2.21 Orçamento previsto
O orçamento previsto para a pesquisa mineral foi estimado considerando toda mão de
obra, aluguel de equipamentos e materiais que irão ser utilizados em todas as etapas de
trabalho (Tabela 1). Os valores encontrados foram baseados em hora-serviço da equipe
técnica de trabalho, locação/aquisição de equipamentos e laboratórios que irão ser utilizados.

Tabela 1: Orçamento estimado para os trabalhos propostos neste plano de Pesquisa.


Tipo de Investimento Total
INFRAESTRUTURA E INSUMOS (estrada, água, energia, etc.) R$ 2.000,00
TOPOGRAFIA R$ 7.000,00
ESTUDOS GEOLÓGICOS E HIDROGEOLÓGICOS R$ 2.000,00
MAPEAMENTO GEOLÓGICO DE DETALHE R$ 1.000,00
COLETA DE AMOSTRA PARA ANÁLISES R$ 1.000,00
ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICO-BACTERIOLÓGICAS R$ 3.000,00

XV
MEDIÇÃO DE VAZÃO R$ 1.000,00
LEVANTAMENTOS PREVISTOS PARA DEFINIÇÃO DA ÁREA DE
PROT. R$ 1.000,00
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA R$ 5.000,00
OUTROS R$ 2.000,00
TOTAL R$ 25.000,00

2.22 Cronograma Físico


Os trabalhos propostos neste plano de pesquisa serão executados de acordo com os prazos
apresentados na Tabela 2.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Etapas Meses

LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO E
PLANIALTIMÉTRICO
ESTUDOS GEOLÓGICOS E
HIDROGEOLÓGICOS
MAPEAMENTO GEOLÓGICO DE
DETALHE
COLETA DE AMOSTRAS PARA
ANÁLISES
ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICO-
BACTERIOLÓGICAS
MEDIÇÃO DE VAZÃO
AVALIAÇÃO DAS ÁREAS DE
PROTEÇÃO DA FONTE
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
E
LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO
SERVIÇOS DE ESCRITÓRIO
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA
3. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério das Minas e Energia - Departamento Nacional da Produção mineral.


Decreto-Lei no. 7.841 de 08/08/1945. Código de Águas Minerais, Estabelece os princípios e
pesquisa, classificação e aproveitamento de águas minerais naturais. Publicada no Diário
Oficial da União em 20 de agosto de 1945.

BRASIL. Ministério das Minas e Energia - Departamento Nacional da Produção mineral


Portaria no. 231 de 31 de julho de 1998. Regulamenta as áreas de proteção das fontes de
águas minerais. Publicada no Diário Oficial da União em 07 de agosto de 1998.

BRASIL. Ministério das Minas e Energia - Departamento Nacional da Produção mineral.


Relatório final de pesquisa para água mineral e potável de mesa. I- Roteiro do relatório, II
Manual explicativo. 16 p. Brasília 1994.

XVI
BRASIL. Ministério das Minas e Energia - Departamento Nacional da Produção mineral.
Norma Técnica no. 01/2009. Especificações Técnicas para o Aproveitamento das Águas
Minerais e Potáveis de Mesa. Aprovada pela Portaria no. 374 de 1o de outubro de 2009,
publicada no Diário Oficial da União em 7 de outubro de 2009.

CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Atlas Pluviométrico do Brasil. Mapa de


Isoietas de precipitações Médias Anuais do Brasil. Disponível em: <
http://www.cprm.gov.br/publique/Hidrologia/Mapas-e-Publicacoes/Atlas-Pluviometrico-do-
Brasil-1351.html>. Acesso em: Agosto de 2020.

XVII

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