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SECRETARIA DE ESTADO DE SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS

SSRH-CSAN

REV. DATA MODIFICAÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

0 02/07/2013 Emissão Inicial

Elaboração de planos integrados regionais de saneamento básico e atividades de apoio técnico à


elaboração de planos integrados municipais de saneamento básico para a Unidade de
Gerenciamento de Recursos Hídricos Alto Paranapanema – UGRHI 14

PRODUTO 2 (P2) – COLETA DE DADOS E INFORMAÇÕES


MUNICÍPIO: CAPÃO BONITO

ELABORADO: APROVADO:

VERIFICADO: COORDENADOR GERAL:

Danny Dalberson de Oliveira CREA: 0600495622


Nº (CLIENTE):

DATA: FOLHA:
02/07/2013
Nº ENGECORPS: REVISÃO:
1223-SSE-08-SA-RT-0002-R0 R0
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2 SECRETARIA DE ESTADO DE SANEAMENTO E


3 RECURSOS HÍDRICOS DE SÃO PAULO

4 SSRH/CSAN

7 Elaboração de planos integrados regionais de saneamento básico e


8 atividades de apoio técnico à elaboração de planos integrados
9 municipais de saneamento básico para a Unidade de Gerenciamento
10 de Recursos Hídricos Alto Paranapanema – UGRHI 14

11

12

13

14 PRODUTO 2 (P2) – COLETA DE DADOS E


15 INFORMAÇÕES
16 MUNICÍPIO: CAPÃO BONITO
17

18

19

20

21
22 CONSÓRCIO ENGECORPSMAUBERTEC
23 1223-SSE-08-SA-RT-0002-R0
24 RI02A-HOR-CD-008-0
25 Julho/2013
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27 SUMÁRIO

28 PÁG.

29 APRESENTAÇÃO .................................................................................................................... 11

30 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 13
31 2. DADOS E CARACTERÍSTICAS DA UGHRI 14.......................................................... 14
32 2.1 LOCALIZAÇÃO ............................................................................................................... 14
33 2.2 ASPECTOS FÍSICO-TERRITORIAIS ................................................................................... 18
34 2.2.1 Clima........................................................................................................................... 18
35 2.2.2 Hidrografia .................................................................................................................. 19
36 2.2.3 Aquíferos da Região ................................................................................................... 21
37 2.2.4 Geologia ..................................................................................................................... 23
38 2.2.5 Geomorfologia ............................................................................................................ 26
39 2.2.6 Áreas Degradadas ...................................................................................................... 26
40 2.2.6.1 Mineração ................................................................................................................... 26
41 2.2.6.2 Erosão ........................................................................................................................ 27
42 2.2.6.3 Áreas inundáveis......................................................................................................... 28
43 2.3 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS ..................................................................................... 30
44 2.3.1 Base econômica.......................................................................................................... 30
45 2.3.2 Dinâmica Populacional ................................................................................................ 32
46 2.3.3 Perfil Socioeconômico da População .......................................................................... 37
47 2.3.4 Saúde Pública ............................................................................................................. 38
48 2.4 ASPECTOS INSTITUCIONAIS............................................................................................ 39
49 2.5 ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL ................................................. 42
50 2.5.1 Acessos ...................................................................................................................... 42
51 2.5.2 Uso e Ocupação o Solo .............................................................................................. 44
52 2.5.3 Densidade Demográfica .............................................................................................. 46
53 2.5.4 Padrões de urbanização ............................................................................................. 49
54 2.5.5 Habitação .................................................................................................................... 52
55 2.6 RECURSOS HÍDRICOS .................................................................................................... 53
56 2.6.1 Mananciais de Interesse Regional .............................................................................. 53
57 2.6.2 Disponibilidade hídrica ................................................................................................ 56
58 2.6.3 Demandas Outorgadas ............................................................................................... 57
59 2.6.4 Qualidade das águas .................................................................................................. 59
60 2.6.4.1 Classificação dos Corpos D'Água ............................................................................... 59
61 2.7 ASPECTOS AMBIENTAIS ................................................................................................. 62
62 2.7.1 Cobertura vegetal........................................................................................................ 62
63 2.7.2 Unidades de Conservação .......................................................................................... 63
64 3. BASES E FUNDAMENTOS LEGAIS DOS PLANOS MUNICIPAIS DE SANEAMENTO66
65 3.1 COMENTÁRIOS INICIAIS ................................................................................................. 66
66 3.2 ABRANGÊNCIA DOS SERVIÇOS ....................................................................................... 67
67 3.2.1 Abastecimento de água potável .................................................................................. 67
68 3.2.2 Esgotamento sanitário................................................................................................. 69

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69 3.2.3 Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos ........................................................... 69


70 3.2.4 Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas ........................................................ 71
71 3.3 TITULARIDADE DOS SERVIÇOS ....................................................................................... 71
72 3.3.1 Essencialidade ............................................................................................................ 71
73 3.3.2 Titularidade do Saneamento na UGRHI-14 ................................................................. 72
74 3.3.3 Atribuições do Titular .................................................................................................. 73
75 3.3.3.1 Planejamento .............................................................................................................. 74
76 3.3.3.2 Regulação e Fiscalização ........................................................................................... 77
77 3.3.4 Formas de Exercício da Titularidade dos Serviços ...................................................... 79
78 3.3.4.1 Delegação a Agência Reguladora ............................................................................... 79
79 3.3.4.2 Delegação a Consórcio Público .................................................................................. 80
80 3.4 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS: MODELOS INSTITUCIONAIS ................................................. 81
81 3.4.1 Prestação Direta pela prefeitura municipal .................................................................. 82
82 3.4.2 Prestação de serviços por Autarquias ......................................................................... 82
83 3.4.3 Prestação por Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista Municipais ...... 83
84 3.4.4 Prestação mediante Contrato ...................................................................................... 83
85 3.4.4.1 Condições de validade dos contratos .......................................................................... 83
86 3.4.4.2 Contrato de prestação de serviços .............................................................................. 84
87 3.4.4.3 Contrato de concessão ............................................................................................... 85
88 3.4.4.4 Contrato de programa ................................................................................................. 86
89 4. ESTUDOS, PLANOS, PROJETOS, LEVANTAMENTOS EXISTENTES E
90 LICENCIAMENTOS AMBIENTAIS EXISTENTES ...................................................... 86
91 4.1 PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS – PERH 2004-2007 .................................... 86
92 4.1.1 Considerações Gerais ................................................................................................. 86
93 4.1.2 Disponibilidades Hídricas ............................................................................................ 87
94 4.1.3 Demandas Projetadas para os Recursos Hídricos do Estado de São Paulo ............... 87
95 4.1.3.1 Abastecimento de Água .............................................................................................. 87
96 4.1.3.2 Esgotos Domésticos ................................................................................................... 89
97 4.1.3.3 Resíduos Sólidos Domiciliares .................................................................................... 89
98 4.1.4 Balanço entre Produções Hídricas (Disponibilidades) e Demandas ............................ 90
99 4.1.5 Outorgas ..................................................................................................................... 90
100 4.1.6 Qualidade das Águas .................................................................................................. 91
101 4.1.6.1 Águas Superficiais ...................................................................................................... 91
102 4.1.6.2 Águas Subterrâneas ................................................................................................... 93
103 4.1.7 Vulnerabilidade dos Recursos Hídricos à Degradação ................................................ 93
104 4.1.8 Saneamento Básico .................................................................................................... 94
105 4.1.9 Metas do PERH 2004-2007 ........................................................................................ 95
106 4.1.10 Indicadores e Diretrizes para os Planos de Bacia e Relatórios de Situação ................ 96
107 4.1.11 Programa de Investimentos ........................................................................................ 96
108 4.1.12 Quadro-Resumo.......................................................................................................... 97
109 4.1.13 Resumo dos Principais Problemas Apontados no Relatório de Situação (ano 2000) e
110 no Plano de Bacia (2003) para a UGRHI-14 ............................................................... 98
111 4.2 SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO E NA UGRHI-14 – ANO-
112 BASE 2009 ................................................................................................................... 99

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113 4.2.1 Considerações Gerais ................................................................................................. 99


114 4.2.2 Situação dos Recursos Hídricos no Estado de São Paulo-Ano-Base de 2009 .......... 100
115 4.2.2.1 Demandas e Disponibilidade de Recursos Hídricos .................................................. 100
116 4.2.2.2 Esgotos Domésticos ................................................................................................. 101
117 4.2.2.3 Resíduos Sólidos Domiciliares .................................................................................. 102
118 4.2.2.4 Qualidade das Águas ................................................................................................ 102
119 4.2.3 Situação dos Recursos Hídricos na UGRHI-14 – Ano-Base 2009 ............................. 103
120 4.2.3.1 Demandas e Disponibilidade de Recursos Hídricos .................................................. 103
121 4.2.3.2 Esgotos Domésticos ................................................................................................. 104
122 4.2.3.3 Resíduos Sólidos Domiciliares .................................................................................. 104
123 4.2.3.4 Qualidade das Águas ................................................................................................ 105
124 4.3 ESTUDOS TÉCNICOS NECESSÁRIOS À ATUALIZAÇÃO DO PLANO ESTADUAL DOS RECURSOS
125 HÍDRICOS - PERH 2004-2007, PARA SUBSIDIAR A ELABORAÇÃO DO PERH 2012-2015 . 105
126 4.3.1 Considerações Gerais ............................................................................................... 105
127 4.3.2 Avaliação da Consecução do PERH 2004-2007 e Pactuações para Elaboração do
128 PERH 2012-2015 ...................................................................................................... 106
129 4.4 PLANO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO PARANAPANEMA – UGRHI – 14 - 2012-2015 107
130 4.4.1 Considerações Gerais ............................................................................................... 107
131 4.4.2 Diagnóstico Específico .............................................................................................. 108
132 4.4.2.1 Disponibilidade Total ................................................................................................. 108
133 4.4.2.2 Qualidade Associada à Disponibilidade .................................................................... 109
134 4.4.2.3 Demandas................................................................................................................. 111
135 4.4.2.4 Balanço Hídrico ......................................................................................................... 113
136 4.4.2.5 Áreas Potencialmente Problemáticas para a Gestão da Quantidade e Qualidade dos
137 Recursos Hídricos ..................................................................................................... 113
138 4.4.2.6 Unidades de Conservação ........................................................................................ 116
139 4.4.3 Prognóstico ............................................................................................................... 116
140 4.4.3.1 Projeções Populacionais ........................................................................................... 116
141 4.4.3.2 Projeção do Consumo de Água – Abastecimento Público ......................................... 116
142 4.4.3.3 Projeções para a Demanda de Água......................................................................... 117
143 4.4.3.4 Projeções para Coleta e Tratamento de Esgotos ...................................................... 118
144 4.4.3.5 Proposta de Recuperação de Áreas Críticas............................................................. 119
145 4.4.3.6 Estabelecimento das Metas para os Recursos Hídricos ............................................ 121
146 4.4.3.7 Cenários ................................................................................................................... 124
147 4.5 RELATÓRIO DE SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NA UGRHI-14 – 2011 – ANO BASE
148 2010 .......................................................................................................................... 125
149 4.5.1 Considerações Gerais ............................................................................................... 125
150 4.5.2 Demandas e Disponibilidade de Recursos Hídricos .................................................. 125
151 4.5.3 Esgotos Domésticos ................................................................................................. 125
152 4.5.4 Resíduos Sólidos Domiciliares .................................................................................. 126
153 4.5.5 Qualidade das Águas ................................................................................................ 126
154 4.5.6 Quadros Sínteses da Situação dos Recursos Hídricos na UGRHI-14 – 2011 - Ano
155 Base 2010 ................................................................................................................. 126
156 4.5.7 Dados Gerais do Município de Capão Bonito Constantes do Plano de Bacia 2012-2015
157 .................................................................................................................................. 127
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158 4.6 OUTROS ESTUDOS REFERENCIADOS AO MUNICÍPIO ...................................................... 128


159 4.6.1 Plano Diretor do Município ........................................................................................ 128
160 4.6.2 Plano Diretor de Saneamento Básico dos Municípios Operados pela Sabesp nas
161 Bacias Hidrográficas do Alto Paranapanema (14), Médio Paranapanema (17) e Ribeira
162 do Iguape/Litoral Sul (11) .......................................................................................... 134
163 5. DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................... 134
164 5.1 SISTEMA PRINCIPAL .................................................................................................... 134
165 5.1.1 Características Gerais – Sistema Sede ..................................................................... 134
166 5.1.2 Manancial Superficial ................................................................................................ 135
167 5.1.3 Captação, Elevação e Adução de Água Bruta ........................................................... 136
168 5.1.4 Estação de Tratamento de Água ............................................................................... 136
169 5.1.5 Elevação e Adução de Água Tratada ........................................................................ 137
170 5.1.6 Reservação ............................................................................................................... 138
171 5.1.7 Rede de Distribuição ................................................................................................. 140
172 5.1.8 Pontos de Controle Sanitário..................................................................................... 141
173 5.2 SISTEMAS ISOLADOS E DOMICÍLIOS DISPERSOS ............................................................ 142
174 5.2.1 Sistema Ferreira das Almas ...................................................................................... 142
175 5.2.1.1 Captação................................................................................................................... 142
176 5.2.1.2 Estação de Tratamento de Água e Elevação de Água Tratada ................................. 143
177 5.2.1.3 Reservação ............................................................................................................... 143
178 5.2.1.4 Rede de Distribuição ................................................................................................. 143
179 5.2.1.5 Qualidade da água .................................................................................................... 144
180 5.2.2 Sistema Taquaral Abaixo .......................................................................................... 144
181 5.2.2.1 Captação................................................................................................................... 144
182 5.2.2.2 Adução de Água Bruta e Estação de Tratamento de Água ....................................... 144
183 5.2.2.3 Elevação de Água Tratada e Reservação ................................................................. 145
184 5.2.2.4 Rede de Distribuição ................................................................................................. 145
185 5.2.2.5 Qualidade da Água ................................................................................................... 146
186 5.2.3 Sistema Apiaí Mirim .................................................................................................. 146
187 5.2.3.1 Captação Superficial ................................................................................................. 146
188 5.2.3.2 Estação de Tratamento de Água e Elevação de água Tratada.................................. 147
189 5.2.3.3 Reservação ............................................................................................................... 147
190 5.2.3.4 Rede de Distribuição ................................................................................................. 148
191 5.2.3.5 Qualidade da Água ................................................................................................... 148
192 5.2.4 Sistema Ana Benta ................................................................................................... 149
193 5.2.4.1 Captação, Adução de Água Bruta, Estação de Tratamento de Água, Elevação de Água
194 Tratada e Reservação ............................................................................................... 149
195 5.2.4.2 Rede de Distribuição ................................................................................................. 150
196 5.2.5 Sistema Sítio Velho ................................................................................................... 150
197 5.2.5.1 Elevação de Água Tratada e Reservação ................................................................. 150
198 5.2.5.2 Rede de Distribuição ................................................................................................. 151
199 6. DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............................... 153
200 6.1 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO EXISTENTE ...................................................... 153

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201 6.1.1 Características Gerais – Sistema Sede ..................................................................... 153


202 6.1.2 Rede Coletora, Emissário e Interceptores ................................................................. 154
203 6.1.3 Estações Elevatórias e Linhas de Recalque.............................................................. 154
204 6.1.4 Tratamento de Esgotos e Disposição Final do Efluente Tratado ............................... 157
205 6.2 SISTEMAS ISOLADOS E DOMICÍLIOS DISPERSOS ............................................................ 158
206 6.2.1 Sistema Distrito Apiaí Mirim ...................................................................................... 158
207 7. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS
208 SÓLIDOS .................................................................................................................. 161
209 7.1 VISÃO GERAL DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ... 161
210 7.2 COLETA SELETIVA....................................................................................................... 163
211 7.3 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................................................... 164
212 7.4 RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE ........................................................................... 164
213 8. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS
214 PLUVIAIS ................................................................................................................. 167
215 8.1 MACRODRENAGEM ...................................................................................................... 167
216 8.1.1 Medida 1-A................................................................................................................ 167
217 8.1.2 Medida 1-B................................................................................................................ 167
218 8.1.3 Medida 1-C ............................................................................................................... 167
219 8.2 MICRODRENAGEM ....................................................................................................... 168
220 8.2.1 Medida 2-A................................................................................................................ 169
221 8.2.2 Medida 2-B................................................................................................................ 169
222 8.2.3 Medida 2-C ............................................................................................................... 169
223 8.2.4 Medida 2-D ............................................................................................................... 169
224 8.2.5 Medida 2-E................................................................................................................ 169
225 8.2.6 Medida 2-F ................................................................................................................ 169
226 8.2.7 Medida 2-G ............................................................................................................... 169
227 8.2.8 Medida 2-H ............................................................................................................... 170
228 8.2.9 Medida 2-I ................................................................................................................. 170
229 8.2.10 Medida 2-J ................................................................................................................ 170
230 8.2.11 Medida 2-K................................................................................................................ 170
231 8.2.12 Medida 2-L ................................................................................................................ 170
232 8.2.13 Medida 2-M ............................................................................................................... 170
233 8.2.14 Medida 2-N ............................................................................................................... 171
234 8.2.15 Medida 2-O ............................................................................................................... 171
235 9. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA, COMERCIAL E OPERACIONAL DO PRESTADOR
236 DE SERVIÇO ............................................................................................................ 173
237 9.1 ORGANOGRAMA DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CAPÃO BONITO .................................... 174
238 9.2 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS - FORMATOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS ............................... 175
239 9.2.1 Serviços de Água e Esgotos ..................................................................................... 175
240 9.2.2 Serviços de Limpeza Urbana e Drenagem Urbana ................................................... 175
241 9.3 QUADRO DEMONSTRATIVO DA DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS............................................ 175
242 10. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS .............................................................................. 175
243 10.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA........................................................................ 175
244 10.1.1 Despesas .................................................................................................................. 176
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245 10.1.2 Sistema Tarifário e Receitas ..................................................................................... 178


246 10.1.3 Investimentos Previstos ............................................................................................ 180
247 10.2 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ....................................................................... 181
248 10.2.1 Despesas .................................................................................................................. 181
249 10.2.2 Sistema Tarifário e Receitas ..................................................................................... 181
250 10.2.3 Investimentos Previstos ............................................................................................ 183
251 10.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS, E SISTEMA DE
252 DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS ..................................................... 184
253 10.3.1 Receitas e despesas ................................................................................................. 184
254 10.3.2 Análise do Balanço Patrimonial ................................................................................. 184
255 10.3.3 Investimentos Previstos ............................................................................................ 184
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257 SIGLAS

258 AAB – Adutora de Água Bruta

259 AAT - Adutora de Água Tratada

260 ANA – Agência Nacional de Águas

261 APA - Área de Proteção Ambiental

262 APP – Área de Preservação Permanente

263 ARSESP – Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo

264 CBH – Comitê de Bacia Hidrográfica

265 CBH-ALPA – Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema

266 CEPAGRI – Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura

267 CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo

268 CF – Constituição Federal

269 CONSÓRCIO – Consórcio EngecorpsMaubertec

270 CRH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos

271 CRHi - Coordenadoria de Recursos Hídricos

272 CSAN – Coordenadoria de Saneamento da SSRH

273 DAE – Departamento de Água e Esgotos

274 DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica

275 DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

276 EEAB – Estação Elevatória de Água Bruta

277 EEAT – Estação Elevatória de Água Tratada

278 EEE – Estação Elevatória de Esgoto

279 ETA – Estação de Tratamento de Água

280 ETE – Estação de Tratamento de Esgotos

281 FEHIDRO – Fundo Estadual de Recursos Hídricos

282 GEL – Grupo Executivo Local

283 IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

284 IET – Índice de Estado Trópico

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285 IG – Instituto Geológico

286 INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

287 IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas

288 IQA – Índice de Qualidade da Água

289 IVA - Índice de Qualidade de Proteção da Vida Aquática

290 MCidades – Ministério das Cidades

291 MME – Ministério de Minas e Energia

292 PERH – Plano Estadual de Recursos Hídricos

293 PLANASA – Plano Nacional de Saneamento

294 PMSB – Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico

295 PNRS – Plano Nacional de Resíduos Sólidos

296 PRISB – Plano Regional Integrado de Saneamento Básico

297 Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

298 SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgotos

299 SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados

300 SIG – Sistema de Informações Georreferenciadas

301 SIGRH – Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos

302 SMA – Secretaria do Meio Ambiente

303 SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

304 SSRH – Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos – SP

305 STF – Supremo Tribunal Federal

306 TR – Termo de Referência

307 UGRHI – Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos

308

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309 APRESENTAÇÃO
310 O presente documento corresponde ao Produto 2 – Coleta de Dados e Informações,
311 para elaboração do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico (PMSB),
312 referente ao município de Capão Bonito, integrante da Unidade de Gerenciamento de
313 Recursos Hídricos Alto Paranapanema – UGRHI 14, conforme contrato CSAN
314 002/SSRH/2013 firmado em 04/02/2013 entre o CONSÓRCIO ENGECORPS-
315 MAUBERTEC e a Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos (SSRH)
316 do governo do Estado de São Paulo.

317 Esse plano municipal deverá estar agregado aos planos municipais dos outros
318 municípios pertencentes à UGRHI 14 (principalmente àqueles do entorno) e,
319 necessariamente, ao Plano Regional Integrado de Saneamento Básico (PRISB) dessa
320 unidade de gerenciamento de recursos hídricos.

321 Para a elaboração do plano municipal, deverão ser considerados a lei federal nº 11.445
322 de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento
323 básico, o termo de referência (TR) da concorrência CSAN 002-2012 – UGRHI 14 para
324 contratação dos serviços objeto desse contrato, a proposta técnica do CONSÓRCIO
325 ENGECORPS-MAUBERTEC, as diretrizes emanadas de reuniões prévias entre os
326 técnicos da SSRH/CSAN e do CONSÓRCIO e as premissas e procedimentos
327 apresentados no documento Reunião de Partida, fornecido aos representantes dos
328 municípios presentes no evento de assinatura dos contratos para a elaboração dos
329 PMSBs, realizado no Palácio dos Bandeirantes em 31 de janeiro de 2013.

330 O Plano Detalhado de Trabalho, proposto pelo CONSÓRCIO para elaboração do


331 PMSB, que engloba as áreas de abastecimento de água, esgotamento sanitário,
332 limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais
333 urbanas, representa um modelo de integração entre os produtos de serviços
334 estabelecidos no edital de concorrência, com inter-relação lógica e temporal, conforme
335 apresentado a seguir:

336  PRODUTO 1 - PLANO DETALHADO DE TRABALHO;

337  PRODUTO 2 - COLETA DE DADOS E INFORMAÇÕES;

338  PRODUTO 3 - DIAGNÓSTICO E ESTUDO DE DEMANDAS;

339  PRODUTO 4 - OBJETIVOS E METAS;

340  PRODUTO 5 - PLANO REGIONAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO -


341 PRISB;

342  PRODUTO 6 - PROPOSTAS DE PLANOS MUNICIPAIS INTEGRADOS DE


343 SANEAMENTO BÁSICO - PMSB.

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344 O processo de elaboração do PMSB terá como referência as diretrizes sugeridas pelo
345 Ministério das Cidades, através do Guia para Elaboração de Planos Municipais de
346 Saneamento (MCidades, 2011), quais sejam:

347  Integração de diferentes componentes da área de Saneamento Ambiental e outras


348 que se fizerem pertinentes;

349  Promoção do protagonismo social a partir da criação de canais de acesso à


350 informação e à participação que possibilite a conscientização e a autogestão da
351 população;

352  Promoção da saúde pública;

353  Promoção da educação sanitária e ambiental que vise à construção da consciência


354 individual e coletiva e de uma relação mais harmônica entre o homem e o ambiente;

355  Orientação pela bacia hidrográfica;

356  Sustentabilidade;

357  Proteção ambiental;

358  Inovação tecnológica.

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360 1. INTRODUÇÃO
361 O Produto 2 é resultante da consecução das atividades – Coleta de Dados e
362 Informações, configurando-se em um relatório parcial do Plano Municipal de
363 Saneamento Básico (PMSB), tendo como objetivo precípuo retratar a situação dos
364 sistemas de saneamento básico do município em seus pontos favoráveis e, também,
365 com indicação dos pontos críticos e, eventualmente, a abordagem preliminar de
366 possíveis soluções.

367 O enfoque principal está relacionado com a descrição dos sistemas existentes e
368 projetados, para subsidiar a elaboração de diagnósticos municipal e regional amplos e
369 consistentes no produto subsequente (P3). Engloba, também, a descrição dos formatos
370 institucionais e administrativos do operador dos sistemas, quando aplicável e
371 pertinente.

372 Portanto, nos capítulos subsequentes, apresentam-se todas as questões que, direta e
373 indiretamente, estão relacionadas com esse Produto 2, ressalvando-se que muitas
374 informações e dados, ainda não obtidos ou obtidos de forma parcial, junto a diversas
375 entidades envolvidas com o problema, em função de dificuldades de natureza variada
376 ou mesmo porque exigem um maior tempo para obtenção, poderão ser
377 complementados, revisados ou alterados no produto subsequente (P3).

378 Este relatório foi estruturado em 10 (dez) itens, incluindo esta introdução, abordando:
379 dados e características da UGRHI-14 (item 2); Bases e Fundamentos Legais do Planos
380 Municipais de Saneamento (item 3); Estudos, Planos, Projetos, Levantamentos
381 Existentes e Licenciamentos Ambientais Existentes (item 4); Descrição dos sistemas de
382 abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos
383 sólidos, drenagem urbana e manejo de águas pluviais (itens 5, 6, 7 e 8): Estrutura
384 Administrativa, Comercial e Operacional do Prestador de Serviço (item 9); e
385 Informações Financeiras (item 10).

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387 2. DADOS E CARACTERÍSTICAS DA UGHRI 14

388 2.1 LOCALIZAÇÃO

389 Na divisão do Estado de São Paulo em Unidades de Gerenciamento dos Recursos


390 Hídricos, a UGRHI-14 corresponde à Bacia do Alto Paranapanema. Convencionou-se
391 denominar Bacia do Alto Paranapanema à porção da margem direita da bacia do
392 Paranapanema situada a montante da barragem da represa de Chavantes.

393 A Bacia do Alto Paranapanema pertence à bacia interestadual do Paranapanema que


394 tem suas cabeceiras no sudoeste do Estado de São Paulo e no nordeste do Estado do
395 Paraná.

396 Esta bacia interestadual acha-se subdividida em 6 Unidades de Gestão dos Recursos
397 Hídricos:

398  Alto Paranapanema, Médio Paranapanema e Pontal do Paranapanema,


399 correspondentes à margem direita da bacia, que se desenvolve no Estado de São
400 Paulo, estendendo-se por 51.331 km²;

401  Norte Pioneiro, Tibagi e Piraponema, correspondentes à margem esquerda da


402 bacia, que se desenvolve no Estado do Paraná, cobrindo uma superfície de
403 54.588 km², conforme indicado na Ilustração 2.1.

404
405 ILUSTRAÇÃO 2.1 – UNIDADES DE GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
406 DA BACIA DO RIO PARANAPANEMA
407 Fonte: Caracterização da UGRH Paranapanema, ANA, UNESP, Governos do Estado de São Paulo e Paraná, 2010

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408 É a sub-bacia hidrográfica do rio Itararé, com o reservatório de Chavantes, que faz
409 interface da UGRHI-14 – Alto Paranapanema com a Unidade de Gestão do Norte
410 Pioneiro, tendo a sua margem direita no Estado de São Paulo e sua margem esquerda
411 no Estado do Paraná.

412 A UGRHI-14, com 22.730 km², ocupa mais de 20% do território da bacia do
413 Paranapanema como um todo e 44% da porção situada no Estado de São Paulo.

414 A UGRHI-14 compreende 44 municípios, dos quais 10 têm suas sedes localizadas nas
415 UGRHIs lindeiras: a UGRHI-10: Tietê – Sorocaba, a leste; UGRHI-11: Ribeira de
416 Iguape, ao sul; e UGRHI-17: Médio Paranapanema, ao norte.

417 A localização da UGRHI-14 na divisão de bacias do Estado de São Paulo é


418 apresentada na Ilustração 2.2, a seguir:

419 ILUSTRAÇÃO 2.2 – LOCALIZAÇÃO DA UGRHI-14 NA DIVISÃO DE BACIAS DO ESTADO


420 DE SÃO PAULO
421 Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos, 2003
422
423 É objeto dos Planos de Saneamento, um total de 36 municípios: além dos municípios
424 que têm suas sedes localizadas na UGRHI-14, mais dois: Cerqueira Cesar e Itatinga,
425 cujas sedes estão localizadas na UGRHI-17, conforme indicado na Ilustração 2.3. Os
426 municípios pertencentes à bacia do Alto Paranapanema contemplados neste estudo
427 são:

428
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429  Angatuba

430  Arandu

431  Barão de Antonina

432  Bernardino de Campos

433  Bom Sucesso de Itararé

434  Buri

435  Campina do Monte Alegre

436  Capão Bonito

437  Cerqueira César

438  Coronel Macedo

439  Fartura

440  Guapiara

441  Guareí

442  Ipaussu

443  Itaberá

444  Itaí

445  Itapetininga

446  Itapeva

447  Itaporanga

448  Itararé

449  Itatinga

450  Manduri

451  Nova Campina

452  Paranapanema

453  Pilar do Sul

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454  Piraju

455  Ribeirão Branco

456  Ribeirão Grande

457  Riversul

458  São Miguel Arcanjo

459  Sarutaiá

460  Taguaí

461  Taquarituba

462  Taquarivaí

463  Tejupá

464  Timburi
465

466 A Ilustração 2.3, a seguir, mostra a localização dos municípios pertencentes à


467 UGRHI-14.

468 Nos itens a seguir são apresentados os dados e as características gerais da bacia e
469 das especificidades desses municípios no tocante aos aspectos físico-territoriais,
470 socioeconômicos, institucionais, do desenvolvimento urbano e regional, da habitação,
471 dos recursos hídricos, ambientais, e da saúde pública.

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472
473 ILUSTRAÇÃO 2.3 – MUNICÍPIOS PERTENCENTES À UGRHI - 14 DOS MUNICÍPIOS DA
474 UGHRI-14
475 Fonte: Diagnóstico da Situação dos Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema - Relatório Zero - UGRHI-14, 1998
476

477 2.2 ASPECTOS FÍSICO-TERRITORIAIS


478 2.2.1 Clima
479 O clima da bacia do Alto Paranapanema pode ser classificado como tropical úmido,
480 com ligeira variação entre a porção central da bacia e a região da serra de
481 Paranapiacaba, conforme registrado no Relatório Zero da UGRHI-14, de 1998.

482 Segundo a classificação de Köppen e de acordo com informações do site


483 www.cpa.unicampo.br, na UGRHI-14 predomina o tipo climático Cwa, correspondente a
484 clima tropical de altitude, com chuvas no verão e seca no inverno. As temperaturas
485 médias do mês mais quente superam 22°C. No extremo sudoeste da bacia, nas regiões
486 serranas, o clima varia ligeiramente. Em Bom Sucesso do Itararé passa para o tipo
487 Cwb, onde a temperatura média do mês mais quente é inferior a 22°C e durante pelo
488 menos 4 meses é superior a 10°C. Nos municípios de Itararé e Nova Campina, o clima
489 é tropical, com verão quente, sem estação seca de inverno, do tipo Cfa, onde a
490 temperatura média do mês mais frio está entre 18°C e -3°C.

491 As precipitações médias na bacia correspondem a cerca de 1.200 mm/ano, variando de


492 janeiro, o mês mais chuvoso, a agosto, o mês mais seco. Territorialmente, as
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493 precipitações variam entre as cabeceiras na serra de Paranapiacaba, nas sub-bacias


494 do Alto Itapetininga, do Rio das Almas, do Rio Turvo e Paranapanema Superior, com
495 médias anuais de 1800mm, para os setores bem menos chuvosos, da sub-bacia do
496 Paranapanema Inferior.

497 2.2.2 Hidrografia


498 A Bacia do Alto Paranapanema, conforme indicado na Ilustração 2.4, é drenada por
499 importante rede de afluentes. São eles:

500  O rio Itararé na divisa do Estado do Paraná, afluente da margem esquerda do rio
501 Paranapanema;

502  O rio Verde, afluente da margem direita do rio Itararé que deságua na represa de
503 Chavantes;

504  O rio Taquari, afluente da margem esquerda do rio Paranapanema, que contribui
505 para a represa de Jurumirim;

506  O rio Apiaí, afluente da margem esquerda do rio Paranapanema;

507  O rio Itapetininga, afluente da margem direita do rio Paranapanema;

508  O rio Turvo, afluente da margem direita do rio Paranapanema;

509  O rio das Almas, afluente da margem esquerda do rio Paranapanema;

510  O rio Paranapitanga, afluente da margem esquerda do rio Paranapanema;

511  O rio Guareí, afluente da margem direita do rio Paranapanema;

512  O rio Santo Inácio, afluente da margem direita do rio Paranapanema; e,

513  O rio Jacu, afluente da margem direita do rio Paranapanema.

514 Esses rios foram barrados para o aproveitamento hidrelétrico em pontos diversos,
515 quais sejam:

516  A barragem do rio Paranapanema situada na divisa dos municípios de Piraju e


517 Cerqueira Cesar, conformando a represa de Jurumirim, com 546 km², e cujo
518 potencial é aproveitado na Usina Armando A. Laydner;

519  A barragem do rio Paranapanema situada no município de Chavantes, que


520 conforma a represa de mesmo nome e ocupa uma superfície de 400,3 km²;

521

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522
523 ILUSTRAÇÃO 2.4 - HIDROGRAFIA
524 Fonte: IBGE, Cartas 1:50.000, 1982
525

526  A barragem do rio Paranapanema, na Usina de Paranapanema, que inunda uma


527 área de 1,49 km² do município de Piraju;

528  A barragem do rio Turvo, Usina Pilar, que conforma a represa de Cianê no
529 município de Pilar do Sul, com superfície inundada de 4,8 km.

530 De acordo com o Plano de Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema, para efeito de
531 planejamento e gestão, a porção paulista da Bacia do Alto Paranapanema acha-se
532 subdividida nas seguintes sub-bacias:

533  Sub-bacia Baixo Itararé

534  Sub-bacia Alto Itararé

535  Sub-bacia Verde

536  Sub-bacia Paranapanema Inferior

537  Sub-bacia Baixo Taquari

538  Sub-bacia Alto Taquari

539  Sub-bacia Ribeirão da Ponte/Rio Paranapanema


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540  Sub-bacia Guareí/Jacu/Santo Inácio/Paranapanema

541  Sub-bacia Baixo Apiaí-Guaçu

542  Sub-bacia Alto Apiaí-Guaçu

543  Sub-bacia Apiaí-Mirim

544  Sub-bacia Baixo Iapetininga

545  Sub-bacia Alto Itapetininga

546  Sub-bacia Parapitanga/Paranapanema

547  Sub-bacia Rio das Almas

548  Sub-baciaTurvo/Paranapanema Superior


549

550 2.2.3 Aquíferos da Região


551 Os principais aquíferos presentes na UGRHI-14, conforme o Mapa das Águas
552 Subterrâneas elaborado pelo DAEE, em 2005, e reproduzido na Ilustração 2.5, são:

553  Aquífero Tubarão que abrange grande parte da bacia, aflorando em sua porção
554 central;

555  Aquífero Serra Geral que aflora ao norte da bacia, no entorno do rio
556 Paranapanema, entre as represas de Jurumirim e Chavantes;

557  Aquífero Guarani que também abrange pequena parte ao norte da bacia, junto ao
558 reservatório Jurumirim;

559  Aquíferos fraturados do Pré-cambriano situados nas porções cristalinas do extremo


560 sul da bacia.

561 De acordo com a análise apresentada no Plano de Bacia Hidrográfica do Alto


562 Paranapanema 2012/2015, o Aquífero Tubarão apresenta, de uma forma geral, boa
563 potencialidade, embora seja extremamente heterogêneo dada a variação litológica
564 local, tornando difícil a definição de seus parâmetros hidrogeológicos.

565 O Aquífero Serra Geral aflora em cotas próximas aos cursos dos grandes rios que
566 cruzam a bacia, apresentando significativa variação nos níveis de água dos poços
567 explorados na região, devido às diferentes pressões das zonas de recarga e à baixa e
568 complexa transmissividade no sentido vertical.

569 O Aquífero Guarani, também denominado Botucatu, tem grande importância


570 principalmente pela disponibilidade de água de boa qualidade, apresentando também
571 grande potencial de vazão pelas boas condições de recarga e percolação vertical das
572 águas subterrâneas.
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573 Os Aquíferos Fraturados denominados Pré-cambriano e Pré-Cambriano Cárstico


574 apresentam, de um modo geral, um potencial de produção mais baixo que o dos
575 aquíferos granulares, guardando importância para o abastecimento localizado de
576 indústrias, propriedades rurais e condomínios, conforme indica o estudo do DAEE
577 acima mencionado.

Ksg

TRg

Ppd

Cpt


Df
pЄc

578

579
580 ILUSTRAÇÃO 2.5: AQUÍFEROS DA UGRHI-14
581 Fonte: Mapa de Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo, 2005
582
583

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584 2.2.4 Geologia


585 Do ponto de vista geotectônico a Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema está
586 inserida em duas unidades morfoestruturais, quais sejam: o Cinturão Orogênico do
587 Atlântico e a Bacia do Paraná.

588 Dentro do Cinturão Orogênico do Atlântico, onde se localiza a cabeceira do rio


589 Paranapanema, ocorrem metassedimentos do Grupo Açungui e intrusivas graníticas
590 denominadas na literatura geológica como “Suites Graníticas”, representadas na área
591 pelos batólitos de Três Córregos e Agudos Grandes.

592 Já na maior área de desenvolvimento da bacia do rio Paranapanema ocorrem os


593 Sedimentos da Bacia do Paraná bem como as rochas básicas da Formação Serra
594 Geral (Grupo São Bento), representadas por diques de diabásio e derrames basálticos.

595 De forma generalizada em toda a bacia ocorrem sedimentos coluvionares nas meia-
596 encostas e sopés dos morros, bem como sedimentos aluvionares nas planícies dos
597 vários afluentes do rio Paranapanema.

598  Grupo Açungui

599 Grupo Açungui, datado do Pré-Cambriano, é representado pelo Complexo Pilar e pelas
600 Suítes Graníticas Pós-Tectônicas. O Complexo Pilar é basicamente representado por
601 xistos com intercalações de filitos, quartzitos e mármores, rochas calciossilicáticas,
602 filitos e metassiltitos, além de rochas carbonáticas, mármores, quartzitos, metarcóseos
603 e metaconglomerados. Os corpos granitoides sintectônicos são formados por corpos
604 graníticos a granodioríticos, com granulação variada de fina a grossa e textura maciça,
605 hipidiomórfica, foliada e porfirítica.

606  Grupo Paraná

607 É representado na área pelas formações Furnas, Itararé, Rio Bonito, Palermo e Tatuí.
608 A Formação Itararé é formada essencialmente por arenitos de granulação variada,
609 imaturos, passando a arcóseos e conglomerados. Ocorrem ainda diamictitos, tilitos,
610 siltitos, folhelhos e ritmitos. As formações Rio Bonito e Palermo têm acentuada a
611 presença dominante de siltitos, com arenitos subordinados e presença de sedimentos
612 carbonáticos. É característica a coloração vermelho-arroxeada na parte inferior da
613 Formação Tatuí e esverdeada na porção superior do pacote.

614  Grupo Passa Dois

615 O Grupo Passa Dois tem a sua estratigrafia constituída, da base para o topo, por
616 quatro formações geológicas, quais sejam: Formação Irati, Formação Serra Alta,
617 Formação Terezina e Formação Rio do Rastro. As três formações inferiores são
618 constituídas basicamente por siltitos, folhelhos e argilitos, podendo ocorrer restritas
619 lentes de calcários. A Formação Rio do Rastro, localizada no topo da coluna do Grupo

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620 Passa Dois, compreende arenitos finos a médios e, subordinadamente, argilitos e


621 siltitos.

622  Grupo São Bento

623 O Grupo São Bento está constituído pelas formações Pirambóia, Botucatu e Serra
624 Geral. As formações Pirambóia e Botucatu são essencialmente compostas por
625 arenitos, sendo os primeiros de origem fluvial e de planície de inundação e os
626 segundos de origem eólica. Camadas localizadas de arenitos conglomeráticos, bem
627 como siltitos e argilitos, podem ocorrer na formação Botucatu. Já nos arenitos da
628 Formação Pirambóia ocorrem níveis de folhelho e arenitos argilosos, além de camadas
629 conglomeráticas. Já a Formação Serra Geral é composta de rochas vulcânicas de
630 composição toleítica, as quais ocorrem sob a forma de derrames basálticos ou diques
631 intrusivos. Os diques podem ser formados por dioritos porfiríticos, microdioritos,
632 andesitos e lamprófiros.

633  Grupo Bauru

634 O Grupo Bauru é constituído essencialmente por arenitos, sendo divididos em duas
635 formações: Formação Adamantina e Formação Marília. A Formação Adamantina ocupa
636 a porção basal da coluna estratigráfica do Grupo Bauru, sendo constituída por arenitos
637 finos a muitos finos, não raramente apresentando cimentação carbonática, bem como
638 nódulos de mesma composição. Também são observadas lentes de siltitos arenosos e
639 argilitos. Já a Formação Marília distingue-se pela granulometria fina a grossa dos
640 arenitos, apresentando também lentes de siltitos e nódulos carbonáticos.

641  Sedimentos Terciários Quaternários

642 Em toda a região, e recobrindo grande parte das meia-encostas e sopé das montanhas
643 e morros, ocorrem sedimentos terci-quaternários de origem coluvionar, compostos
644 essencialmente por argilas arenosas vermelhas, em camadas que podem chegar até a
645 4 metros de espessura, muitas vezes com níveis de seixos na base da camada.
646 Adjacentes aos cursos d´água e de dimensões compatíveis com a capacidade dos
647 mesmos ocorrem sedimentos aluvionares. Geralmente são constituídos por camadas
648 de sedimentos com granocrescência descendente, sendo comum a ocorrência de
649 argilas orgânicas no topo das camadas, uma camada intermediária composta por
650 argilas e areias médias e uma camada basal de areia grossa e seixos.

651 Na Ilustração 2.6 apresenta-se o mapa geológico da região da Bacia Hidrográfica do


652 Alto Paranapanema.

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ILUSTRAÇÃO 2.6 - MAPA GEOLÓGICO – UGRHI-14
Fonte: CPRM, Carta Geológica do Brasil ao Milhonésimo 2004
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656 2.2.5 Geomorfologia


657 As formas de relevo predominantes na porção da bacia do Alto Paranapanema
658 pertencente ao Planalto Atlântico são representadas por morros baixos com topos
659 convexos, cujas altitudes variam entre 700 e 800 metros e as declividades entre 20% e
660 30%.

661 Essa configuração geral associada litologicamente a filitos, granitos e calcários, é


662 localmente interceptada por alinhamentos de cristas mais proeminentes associados a
663 corpos quartzíticos.

664 Na faixa de contato com as unidades da bacia sedimentar, a sudeste da cidade de


665 Itararé, encontram-se escarpas associadas a falhamentos regionais ou erosivas que se
666 desenvolvem na direção sudoeste/nordeste. De uma forma geral essa unidade
667 apresenta densidade de drenagem média alta, com padrão dendrítico, de elevada
668 fragilidade a processos erosivos.

669 A porção situada na bacia sedimentar do Paraná apresenta formas de relevo


670 compostas por colinas de topos convexos e tabulares associadas a litologias areno-
671 síltico-argilosas, cujas altitudes variam entre 600 e 700 metros e as declividades entre
672 10% e 20%.

673 As mais importantes planícies fluviais se desenvolvem ao longo dos rios Guareí,
674 Itapetininga, e Paranapitanga, sendo constituídas por sedimentos fluviais arenosos e
675 argilosos inconsolidados, de muito alta fragilidade.

676 2.2.6 Áreas Degradadas

677 2.2.6.1 Mineração


678 Os municípios inseridos na UGRHI-14 contam com importantes e diversificadas
679 reservas minerais, constituindo áreas potencialmente degradáveis pela atividade
680 mineradora.

681 Com base em informações da publicação “Mineração no Estado de São Paulo” de


682 1998, o Plano de Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema 2012/2015 elenca os
683 principais recursos minerais identificados nesses municípios, destacando a prevalência
684 da exploração das grandes massas carbonáticas para a fabricação do cimento e para a
685 obtenção da cal nos municípios de Capão Bonito, Guapiara, Itapeva e Itararé.
686 Importantes reservas minerais são também exploradas na UGRHI-14 para a sua
687 utilização como pedras ornamentais, além de outras, conforme indicado no
688 Quadro 2.1. Segundo esta fonte, os demais municípios não apresentam recursos
689 minerais exploráveis relevantes.

690 Esse estudo registra também a exploração de areias e cascalhos nos depósitos
691 aluvionares presentes nos rios de maior porte da UGRHI-14, especialmente ao longo

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692 do rio Itapetininga, exploração esta que tem grande potencial de degradação da
693 qualidade dos recursos hídricos da região.
694 QUADRO 2.1: PRINCIPAIS RESERVAS MINERAIS NOS MUNICÍPIOS DA UGRHI - 14
Municípios

Bernardino de Campos

Ribeirão Branco
Capão Bonito

Itapetininga

Pilar do Sul
Guapiara

Ipaussu

Itapeva

Itararé

Piraju
Reservas Minerais

Calcário e Dolomita x x x x
Pedras ornamentais
Granitos x x
Basalto x x x
Filitos x
Quartzo x
Quartzito Industrial x
Carvão x x
Turfa x
Argilas comuns e plásticas x x x
Argilas refratárias x
Talco x x
Caulim x
Cobre x
695 Fonte: Plano de Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema 2012/2015

696

697 2.2.6.2 Erosão


698 A fragilidade natural do território associada à falta de proteção superficial decorrente da
699 crescente devastação da cobertura vegetal, caracteriza a bacia do Alto Paranapanema
700 como setor de alta fragilidade e suscetibilidade ao desenvolvimento de processos
701 erosivos, conforme mostra a Ilustração 2.7 que reproduz aquela apresentada no Plano
702 de Bacia da Bacia do Alto Paranapanema 2012/2015.

703 O estudo indica que a bacia se encontra intensamente degradada por processos
704 erosivos decorrentes da fragilidade natural e de atividades antrópicas impactantes
705 como as culturas da cana-de-açúcar, do café, dos cítricos e as pastagens que ocupam
706 extensivamente o território da bacia.

707 De fato, cotejando essa Ilustração 2.7 com a Ilustração 2.14 que retrata as condições
708 do uso e ocupação do solo da bacia, verifica-se que as áreas de alta suscetibilidade
709 que estão distribuídas por toda a bacia acham-se em sua maior parte, expostas à ação
710 dos usos agropastoris. Destaca-se apenas no extremo sul da bacia a presença de
711 importantes remanescentes de mata natural que protegem áreas de alta suscetibilidade
712 natural à erosão.
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713 Os terrenos com baixa e muito baixa suscetibilidade à erosão distribuem-se na porção
714 central da bacia e principalmente às margens da represa de Jurumirim.

715
716
717 ILUSTRAÇÃO 2.7 – SUSCETIBILIDADE À EROSÃO – UGRHI-14
718 Fonte: Plano de Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema 2012/2015
719

720 2.2.6.3 Áreas inundáveis


721 As várzeas constituem as áreas naturais de inundação periódica por extravasamento
722 dos cursos d’água quando da ocorrência de cheias derivadas de chuvas intensas. São
723 objeto de atenção nos planos de saneamento aquelas várzeas que se acham ocupadas
724 por usos urbanos ou rurais, visando a indicação de soluções técnicas adequadas a
725 cada caso, seja protegendo a ocupação das cheias, seja removendo e reassentando as
726 populações e/ou atividades ali sediadas. Além dessas situações merecem atenção as
727 áreas inundáveis por subdimensionamento de estruturas de drenagem urbana ou de
728 travessias de cursos d’água.

729 De uma forma geral, é no meio urbano que as inundações causam impactos mais
730 significativos, afetando maior número de unidades residenciais e de atividades
731 econômicas com efeitos sociais e econômicos difusos na comunidade em geral.

732 O levantamento de dados secundários sobre áreas inundáveis de interesse para o


733 desenvolvimento dos planos de saneamento na UGRHI-14 identificou uma única fonte
734 que, embora desatualizada, pode servir de referência inicial para o levantamento de

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735 dados primários. Trata-se do Diagnóstico de Situação dos Recursos Hídricos da Bacia
736 Hidrográfica do Alto Paranapanema - Relatório Zero da UGRHI-14, de 1997, onde é
737 apresentada a relação de pontos de inundação e suas principais características,
738 elaborada a partir das respostas a questionários encaminhados às prefeituras dos
739 municípios pertencentes à bacia. Essas informações acham-se sistematizadas no
740 Quadro 2.2, a seguir.
741 QUADRO 2.2- RELAÇÃO DE PONTOS DE INUNDAÇÃO NOS MUNICÍPIOS DA UGRHI - 14
Localização
Área ou
Município Características
Referências* Curso d'água Extensão

Barão de Antonina R.São Luiz 5.000m² Deficiência drenagem


Bom Sucesso de Itararé R.13 de Maio 1.000.000m² Águas pluviais de encostas
Campina do Monte Alegre B.Eng.Hermilo Várzea Paranapanema 2.500.000m²
Campina do Monte Alegre Colônia de Férias Várzea Paranapanema 250.000m²
Várzeas dos rios das Almas,
Capão Bonito ZR Chuvas intensas em janeiro e fevereiro
Turvo e Paranapanema
Coronel Macedo ZU Várzea do ribeirão Lageado
Coronel Macedo ZR Ribeirão da Aldeia com CRM 040
Ribeirão dos Garcias com CRM
Coronel Macedo ZR Ponte
347
Coronel Macedo ZR Ribeirão do Muniz com CRM 322 Ponte
Coronel Macedo ZR Ribeirão Branco com CRM 152 Ponte
Existiam 3 bacias de retenção e 1
Fartura ZR e ZU Córrego dos Pachecos 100.000m²
proposta
Fartura ZR - Parque Industrial Rio Fartura Proposta de estudo hidráulico
Fartura ZSU-Bico da pedra-Ch.Municipal Rio Fartura Proposta de estudo hidráulico
Fartura ZU - Santo Onofre - Fátima Rio Fartura Proposta de estudo hidráulico
Fartura ZR-Vila S.Caetano - Ari Palma Rio Fartura Proposta de estudo hidráulico
Fartura ZSU - Matadouro Rio Fartura Proposta de estudo hidráulico
Guapiara Margens rio São José
Margens do rio Itapetininga e
Itapetininga
rib.Chá, Cavalo e Carrito
Itaporanga B.São Francisco Ribeirão Lageado 200.000m²
Itaporanga B.Mosteirinho Rio Verde 100.000m²
Itaporanga B.Retiro Ribeirão Lajeadinho 100.000m²
Itararé B.Velho Imediações do córrego da Prata
Itararé Campo da Fronteira Imediações do córrego Tatit
Lagoa de contenção de águas Pto.baixo:recebe/ bombeia drenagem
Nova Campina Centro da cidade
pluviais superficial
Nova Campina D.Itaoca - E. para Grupo ORSA 100m Transbordamento do rio
Nova Campina B.Taquari-Guaçu Região plana
Pilar do Sul R.Capitão Marques Ribeirão Pilar Transbordamento ao longo de toda a rua
Estrangulamentos de pontes em
Piraju Ribeirão Boa Vista
ampliação
Ribeirão Branco ZU Ribeirão Branco 350.000m²
Ribeirão Branco ZR-Entre B.Apiaí e dos Mangues Ribeirão Branco 625.000m²
Ribeirão Grande R.Pr.Landim Fiore e R.F.Lapiano Córrego 350.000m²
Estrangulamento do pontilhão sobre o
Ribeirão Grande R.Joaquim Ferreira x E.Municipal Ribeirão Grande 150.000m²
ribeirão
Refluxo rib.Vermelho/ estrangulamento
Riversul R.João Batista Ribeiro Córrego Mesquita 1.200m
pontes
Riversul V.Princesa Isabel/B.Taboa Ribeirão Vermelho 6.000m Assoreamento do rio
Assoreamento e refluxo do ribeirão
Riversul V.Santa Cruz Córrego Bico do Pato 100m
Vermelho
São Miguel Arcanjo ZU-Acesso a J. Alves Machado Córrego Pacinho Deficiência drenagem urbana
Rio Água da Barra ou Ribeirão
Sarutaiá Matadouro 80.000m² Várzea
do Padre
Taquarituba ZU Ribeirão Lageado Várzea ocupada por casas e vias urbanas
Taquarivaí ZU Deficiência das obras de drenagem
Taquarivaí ZR - 3.200 m de várzea Rio Apiaí-Guaçu 1.600.000m² Várzea do rio
Tejupá ZU - Pedra Branca Ribeirão Pedra Branca 80.000m² Várzea do ribeirão
Tejupá ZU - B.Águas Vistosas Ribeirão Águas Vistosas 36.000m² Várzea do ribeirão
Tejupá ZR - B.cos Periras Córregos do Povão e do Capim Várzeas dos córregos
742 * R- Rua, B-Bairro, V-Vila, D-Distrito, E – Estrada, ZU - Zona Urbana, ZR - Zona Rural, ZSU - Zona Suburbana
743 Fonte: Diagnóstico de Situação dos Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema - Relatório Zero UGRHI-14, 1997

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744 2.3 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS


745 2.3.1 Base econômica
746 Os municípios integrantes da Bacia do Alto Paranapanema, ocupando mais de 10% do
747 território do Estado de São Paulo, abrigam cerca de 2,3% de sua população e têm uma
748 participação muito pequena na formação da riqueza estadual: apenas 1,14% do seu
749 PIB, segundo dados do Seade de 2010.

750 Trata-se de uma região pouco habitada e com expressão econômica não muito
751 significativa, em consonância com sua posição geográfica, afastada dos principais
752 eixos de desenvolvimento urbano-industrial do Estado, onde se concentram população,
753 emprego e renda.

754 No contexto da bacia, é possível registrar uma considerável concentração da riqueza,


755 sendo que mais da metade do PIB dos 44 municípios da bacia foi gerado por apenas 8
756 deles em 2010, segundo dados do Seade: Itapetininga, Avaré, Itapeva, Capão Bonito,
757 Piedade, Itararé, Angatuba e São Miguel Arcanjo.

758 O PIB per capita nos municípios da bacia do Alto Paranapanema é, em todos os casos,
759 inferior ao do Estado de São Paulo, que atingiu em 2010 o valor de R$ 30.264,06,
760 segundo dados do SEADE. Esse índice, na bacia, variou entre R$ 7.758,00, em
761 Riversul e pouco mais de R$ 20.000,00 em Angatuba, Cerqueira Cesar, Chavantes,
762 Ipaussu, Paranapanema e Pardinho, conforme indicado no Gráfico 2.1.

763 GRÁFICOPIB
2.1per
– PIB PER CAPITA
capita DOS MUNICÍPIOS
dos municípios DA UGRHI-14
da UGRHI-14

25,00

20,00
PIB per capita (em mil reais)

15,00

10,00

5,00

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764 Municípios
765 Fonte: Seade 2010

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766 Na Bacia do Alto Paranapanema a agropecuária tem grande expressão econômica,


767 como bem retrata a participação deste setor tanto na formação do Valor Adicionado,
768 como na oferta de empregos formais nos municípios componentes.

769 De acordo com dados do SEADE relativos a 2010, enquanto na média do Estado de
770 São Paulo apenas 1,87% do Valor Adicionado provêm da agropecuária, nos municípios
771 da bacia em estudo este percentual varia entre 5% e 40%, como mostra o Gráfico 2.2.
772 GRÁFICO 2.2 – COMPOSIÇÃO DO VALOR ADICIONADO POR SETOR DE ATIVIDADE
Composição do Valor Adicionado por Setor de Atividade

100%

80%

60%

Serviços
Indústria
Agropecuária
40%

20%

0%

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773
C

774 Fonte: Seade, 2010


775

776 A agropecuária, que no Estado de São Paulo absorve 2,7% dos empregos formais, nos
777 municípios da UGRHI-14 responde por 6% a 55% dos empregos (ver Gráfico 2.3).
778 Destacam-se neste contexto da bacia os municípios de Itapetininga, Itapeva, Capão
779 Bonito, Itaberá, São Miguel Arcanjo e Capão Bonito, como importantes produtores do
780 setor primário. A produção abastece principalmente as regiões metropolitanas de
781 Campinas e de São Paulo em itens tradicionais como o milho, o arroz a mandioca e o
782 café, e atende a demandas da agroindústria e à exportação com produtos como a soja,
783 a cana-de-açúcar e cítricos, segundo diagnóstico apresentado no Plano de Bacia
784 Hidrográfica do Alto Paranapanema.

785 Esse diagnóstico mostra também que a indústria, especialmente nos ramos de
786 atividade madeireira, celulose e mineração, tem considerável expressão na economia
787 de municípios da região, como Itapetininga, Avaré, Angatuba e Piedade. Na mineração
788 destaca-se a exploração de reservas de minerais não metálicos, como quartzitos,
789 calcários, carvão, argilas e pedras ornamentais, especialmente nos municípios de
790 Itapeva, Itararé, Itapetininga, Capão Bonito, dentre outros.

791 O comércio e os serviços, atendendo essencialmente à população local, com discreta


792 polarização nos principais centros urbanos da bacia, oferece de 26% a 78% dos

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793 empregos formais e gera de 45 a 75% do Valor Adicionado, conforme o município,


794 enquanto a média do Estado nesses quesitos é da ordem de 70%. O Gráfico 2.3
795 apresenta a composição do emprego por setor de atividade, segundo dados do Seade
796 referentes a 2010.
797 GRÁFICO 2.3 – COMPOSIÇÃO DO EMPREGO POR SETOR DE ATIVIDADE
Composição do Emprego por Setor de Atividade

100%

90%

80%

70%

60% Serviços
Comércio
%

50% Construção Civil


Indústria
40% Agropecuária

30%

20%

10%

0%
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798 Municípios

799 Fonte: Seade, 2010


800

801 2.3.2 Dinâmica Populacional


802 A população dos municípios que integram a bacia do Alto Paranapanema totalizava
803 aproximadamente 960 mil habitantes, segundo o Censo Demográfico de 2010. Destes,
804 mais de 760 mil habitantes viviam em áreas urbanas, conforme mostram os dados do
805 Quadro 2.3. Praticamente a metade da população total da bacia concentra-se em 6 de
806 seus 44 municípios. São eles: Itapetininga, Itapeva, Avaré, Piedade, Itararé e Capão
807 Bonito.
808 As taxas médias de crescimento anual da população da bacia ao longo das últimas três
809 décadas foram decrescentes, à semelhança do que ocorre no âmbito do Estado de São
810 Paulo como um todo, mas bastante inferiores às taxas estaduais, conforme mostram os
811 dados do Quadro 2.4, construído com base em dados censitários do IBGE.
812 No último período intercensitário as taxas de crescimento populacional ficaram abaixo
813 dos níveis correspondentes ao mero crescimento vegetativo, caracterizando a bacia
814 como setor de baixo dinamismo populacional, origem de fluxos migratórios para regiões
815 de maior desenvolvimento econômico.
816 Chama a atenção a grande parcela de municípios que chegaram a apresentar taxas
817 negativas de crescimento em um ou mais períodos intercensitários, constituindo-se
818 bolsões de expulsão de população em valores absolutos. Dentre eles destacam-se os
819 municípios de Coronel Macedo, Riversul e Timburi que vêm perdendo população
820 constantemente, desde a década de 80. Os municípios de Bernardino de Campos,
821 Fartura e Itararé também se caracterizam por baixo dinamismo, apresentando
822
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-33-

823 QUADRO 2.3 - POPULAÇÃO URBANA E RURAL DA UGRHI-14 - 2010


Município População Urbana População Rural População Total
Angatuba 15.953 6.257 22.210
Apiaí 18.218 6.973 25.191
Arandu 4.614 1.509 6.123
Avaré 79.391 3.543 82.934
Barão de Antonina 1.913 1.203 3.116
Bernardino de Campos 9.658 1.117 10.775
Bom Sucesso de Itararé 2.430 1.141 3.571
Bofete 6.132 3.486 9.618
Buri 14.992 3.571 18.563
Campina do Monte Alegre 4.710 857 5.567
Capão Bonito 37.824 8.354 46.178
Cerqueira César 15.716 1.816 17.532
Chavantes 11.139 975 12.114
Coronel Macedo 3.865 1.136 5.001
Fartura 12.238 3.082 15.320
Guapiara 7.233 10.765 17.998
Guareí 8.413 6.152 14.565
Ipauçu 12.588 1.075 13.663
Itaberá 12.139 5.719 17.858
Itaí 18.852 5.156 24.008
Itapetininga 131.050 13.327 144.377
Itapeva 73.956 13.797 87.753
Itaporanga 11.033 3.516 14.549
Itararé 44.270 3.664 47.934
Itatinga 16.420 1.632 18.052
Manduri 7.778 1.214 8.992
Nova Campina 5.762 2.753 8.515
Paranapanema 14.477 3.331 17.808
Pardinho 4.389 1.193 5.582
Piedade 23.760 28.383 52.143
Pilar do Sul 20.748 5.658 26.406
Piraju 25.604 2.871 28.475
Ribeirão Branco 9.293 8.976 18.269
Ribeirão Grande 2.344 5.078 7.422
Riversul 4.492 1.671 6.163
São Miguel Arcanjo 21.502 9.948 31.450
Sarapuí 6.646 2.381 9.027
Sarutaiá 2.957 665 3.622
Taguaí 7.757 3.071 10.828
Tapiraí 5.728 2.284 8.012
Taquarituba 19.579 2.712 22.291
Taquarivaí 2.811 2.340 5.151
Tejupá 3.120 1.689 4.809
Timburi 1.924 722 2.646
Total da UGRHI - 14 765.418 196.763 962.181
824 Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2010

825
826

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827 QUADRO 2.4 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA BACIA DO ALTO


828 PARANAPANEMA
municípios população tgca
nº nome 1980 1991 2000 2010 80/91 91/00 2000/10
25 Angatuba - SP 17.049 21.127 19.297 22.210 1,97 -1,00 1,42
35 Arandu - SP 4.148 5.620 6.065 6.123 2,80 0,85 0,10
30 Apiaí - SP 26.936 35.185 27.162 25.191 2,46 -2,83 -0,75
52 Avaré - SP 46.918 61.101 76.472 82.934 2,43 2,52 0,81
57 Barão de Antonina - SP 3.952 3.028 2.794 3.116 -2,39 -0,89 1,10
71 Bernardino de Campos - SP 8.991 10.049 10.720 10.775 1,02 0,72 0,05
81 Bom Sucesso de Itararé - SP Itararé 3.231 3.571 1,01
78 Bofete - SP 4.410 5.666 7.356 9.618 2,30 2,94 2,72
92 Buri - SP 11.614 14.325 17.629 18.563 1,93 2,33 0,52
108 Campina do Monte Alegre - SP Angatuba 5.209 5.567 0,67
118 Capão Bonito - SP 45.526 52.612 46.732 46.178 1,32 -1,31 -0,12
130 Cerqueira César - SP 10.723 12.852 15.144 17.532 1,66 1,84 1,48
134 Chavantes - SP 12981 14.160 12.194 12.114 0,79 -1,65 -0,07
142 Coronel Macedo - SP 6.345 5.750 5.589 5.001 -0,89 -0,32 -1,11
179 Fartura - SP 12.813 14.333 15.010 15.320 1,02 0,51 0,20
203 Guapiara - SP 16.020 18.281 19.726 17.998 1,21 0,85 -0,91
212 Guareí - SP 6.918 8.470 10.197 14.565 1,86 2,08 3,63
242 Ipauçu - SP 10.225 11.406 12.553 13.663 1,00 1,07 0,85
251 Itaberá - SP 16.394 17.899 18.911 17.858 0,80 0,61 -0,57
252 Itaí - SP 14.547 17.822 21.039 24.008 1,86 1,86 1,33
258 Itapetininga - SP 84.384 105.132 125.559 144.377 2,02 1,99 1,41
259 Itapeva - SP 65.544 81.858 82.866 87.753 2,04 0,14 0,57
264 Itaporanga - SP 16.448 14.412 14.354 14.549 -1,19 -0,04 0,14
268 Itararé - SP 37.765 44.167 46.554 47.934 1,43 0,59 0,29
271 Itatinga - SP 9.211 13.769 15.446 18.052 3,72 1,29 1,57
324 Manduri - SP 5.365 7.277 8.271 8.992 2,81 1,43 0,84
371 Nova Campina - SP Itapeva 7.295 8.515 1,56
405 Paranapanema - SP 11.065 12.796 15.510 17.808 1,33 2,16 1,39
408 Pardinho - SP 2.745 3.444 4.732 5.582 2,08 3,59 1,67
428 Piedade - SP 35.898 43.581 50.131 52.143 1,78 1,57 0,39
429 Pilar do Sul - SP 13.844 19.488 23.948 26.406 3,16 2,32 0,98
437 Piraju - SP 21.386 26.076 27.897 28.475 1,82 0,75 0,21
484 Ribeirão Branco - SP 13.904 19.278 21.231 18.269 3,02 1,08 -1,49
488 Ribeirão Grande - SP Capão Bonito 7.390 7.422 0,04
498 Riversul - SP 11.324 9.399 7.192 6.163 -1,68 -2,93 -1,53
564 São Miguel Arcanjo - SP 17.150 25.382 30.798 31.450 3,63 2,17 0,21
573 Sarapuí - SP 5.175 6.477 7.805 9.027 2,06 2,09 1,47
574 Sarutaiá - SP 2.955 3.023 3.739 3.622 0,21 2,39 -0,32
593 Taguaí - SP 5.733 6.428 7.768 10.828 1,05 2,13 3,38
598 Tapiraí - SP 5.104 5.734 8.570 8.012 1,06 4,57 -0,67
602 Taquarituba - SP 16.166 18.537 21.982 22.291 1,25 1,91 0,14
603 Taquarivaí - SP Itapeva 4.473 5.151 1,42
608 Tejupá - SP 4.854 4.732 5.336 4.809 -0,23 1,34 -1,03
612 Timburi - SP 3.320 2.850 2.731 2.646 -1,38 -0,47 -0,32
Total UGRHI-14 665.850 803.526 904.608 962.181 1,72 1,33 0,62
ESTADO DE SÃO PAULO 25.375.199 31.546.473 36.969.476 41.262.199 2,00 1,78 1,10
829
80/91 91/00 2000/10
tgca inferior ao da média da UGRHI < 1,72 < 1,33 < 0,62
1,72 a 3 1,33 a 3 0,62 a 3
tgca acima da média da UGRHI
>3 >3 >3
830
tgca negativo
831
XXX Município de origem
832
833 Fonte: IBGE: Censos Demográficos
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835 crescimento populacional em ritmo inferior à média da bacia ao longo de todo o período
836 de análise.
837 Em contraposição, os municípios que apresentaram nesse período um maior e mais
838 sustentado crescimento populacional foram: Avaré, Bofete, Guareí, Itaí, Itapetininga,
839 Manduri, Pardinho, Pilar do Sul e Sarapuí.
840 Em valores absolutos, os municípios que tiveram maior participação no crescimento
841 populacional da bacia do Alto Paranapanema no último período intercensitário foram:
842 Itapetininga, que foi responsável por 35% do crescimento populacional da bacia; Avaré,
843 por 12%; Itapeva e Guareí, por mais de 8%.
844 Quanto às perspectivas de crescimento futuro, a Fundação SEADE disponibilizou
845 recentemente (outubro de 2012) suas projeções populacionais para o horizonte de
846 2030, reproduzidas no Quadro 2.5.
847 Da análise desses dados é possível verificar que o crescimento previsto para a bacia
848 como um todo segue, em linhas gerais, as tendências apontadas pela série histórica,
849 ou seja, crescimento a taxas decrescentes e inferiores àquelas previstas para o Estado
850 de São Paulo. A população da bacia cresceria a taxas de 0,52% ao ano no período de
851 2010 a 2020, enquanto que a população do Estado cresceria a taxas de 0,79%aa. No
852 período de 2020 a 2030, a população da bacia cresceria a taxas de 0,43%aa e do
853 Estado a taxas de 0,48%aa.
854 Seguindo as tendências verificadas anteriormente, também, vários municípios
855 chegariam a perder população ao longo de todo o período de projeto ou parte dele.

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857 QUADRO 2.5 – PROJEÇÕES POPULACIONAIS DOS MUNICÍPIOS DA BACIA DO ALTO


858 PARANAPANEMA – 2010/2030
Projeções SEADE tgca
Municípios
2010 2015 2020 2025 2030 .10/20 20/30
Angatuba 22.210 23.362 24.501 25.501 26.264 0,99 0,70
Arandu 6.123 6.138 6.165 6.180 6.201 0,07 0,06
Apiaí 25.191 24.703 24.666 24.895 25.183 -0,21 0,21
Avaré 82.934 85.384 87.538 89.135 90.062 0,54 0,28
Barão de Antonina 3.116 3.247 3.383 3.508 3.602 0,83 0,63
Bernardino de Campos 10.775 10.770 10.787 10.818 10.795 0,01 0,01
Bom Sucesso de Itararé 3.571 3.703 3.861 4.031 4.190 0,78 0,82
Bofete 9.618 10.376 11.076 11.680 12.121 1,42 0,91
Buri 18.563 19.059 19.678 20.395 21.134 0,59 0,72
Campina do Monte Alegre 5.567 5.690 5.812 5.911 5.970 0,43 0,27
Capão Bonito 46.178 46.133 46.418 46.937 47.343 0,05 0,20
Cerqueira César 17.532 18.391 19.213 19.909 20.448 0,92 0,62
Chavantes 12.114 12.168 12.223 12.252 12.249 0,09 0,02
Coronel Macedo 5.001 4.895 4.843 4.821 4.795 -0,32 -0,10
Fartura 15.320 15.461 15.644 15.819 15.930 0,21 0,18
Guapiara 17.998 17.690 17.775 18.063 18.320 -0,12 0,30
Guareí 14.565 15.163 15.750 16.226 16.560 0,79 0,50
Ipauçu 13.663 14.078 14.506 14.872 15.165 0,60 0,45
Itaberá 17.858 17.678 17.614 17.615 17.649 -0,14 0,02
Itaí 24.008 25.260 26.507 27.611 28.445 1,00 0,71
Itapetininga 144.377 152.329 160.150 167.067 172.458 1,04 0,74
Itapeva 87.753 89.572 91.693 93.866 95.840 0,44 0,44
Itaporanga 14.549 14.600 14.688 14.796 14.872 0,10 0,12
Itararé 47.934 48.377 49.018 49.681 50.229 0,22 0,24
Itatinga 18.052 19.281 20.550 21.582 22.487 1,30 0,90
Manduri 8.992 9.280 9.525 9.707 9.812 0,58 0,30
Nova Campina 8.515 9.064 9.675 10.248 10.752 1,29 1,06
Paranapanema 17.808 18.870 19.962 20.925 21.695 1,15 0,84
Pardinho 5.582 5.985 6.392 6.773 7.110 1,36 1,07
Piedade 52.143 52.776 53.536 54.142 54.513 0,26 0,18
Pilar do Sul 26.406 27.345 28.211 28.894 29.413 0,66 0,42
Piraju 28.475 28.566 28.574 28.462 28.270 0,03 -0,11
Ribeirão Branco 18.269 17.748 17.685 17.671 17.685 -0,32 0,00
Ribeirão Grande 7.422 7.466 7.510 7.536 7.591 0,12 0,11
Riversul 6.163 5.893 5.705 5.609 5.555 -0,77 -0,27
São Miguel Arcanjo 31.450 31.681 32.000 32.582 33.088 0,17 0,33
Sarapuí 9.027 9.569 10.110 10.603 10.999 1,14 0,85
Sarutaiá 3.622 3.629 3.646 3.674 3.689 0,07 0,12
Taguaí 10.828 12.139 13.319 14.264 14.987 2,09 1,19
Tapiraí 8.012 7.782 7.699 7.729 7.792 -0,40 0,12
Taquarituba 22.291 22.784 23.193 23.460 23.666 0,40 0,20
Taquarivaí 5.151 5.440 5.746 6.038 6.296 1,10 0,92
Tejupá 4.809 4.721 4.697 4.748 4.793 -0,24 0,20
Timburi 2.646 2.595 2.557 2.525 2.484 -0,34 -0,29
Total UGRHI-14 962.181 986.841 1.013.801 1.038.761 1.058.502 0,52 0,43
ESTADO DE SÃO PAULO 41.262.199 43.047.417 44.640.776 45.925.969 46.826.327 0,79 0,48
859
10/20 20/30
tgca superior ao da média da UGRHI >0,52 > 0,43
860
tgca negativo
861 Fonte: SEADE, 2012
862

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863 2.3.3 Perfil Socioeconômico da População


864 O perfil socioeconômico da população é aqui caracterizado pela renda per capita e
865 pelos indicadores de riqueza, longevidade e escolaridade, que consubstanciam o IPRS
866 – Índice Paulista de Responsabilidade Social.

867 A renda per capita que no Estado de São Paulo foi equivalente a R$ 853,75 em 2010,
868 nos municípios da bacia do Alto Paranapanema variou entre R$ 280,50 em Nova
869 Campina e R$ 723,28 em Avaré, seguido de Piraju com uma renda de R$ 655,17. Ou
870 seja, a renda per capita na bacia em estudo corresponde a um espectro entre 33% e
871 85% da renda registrada no Estado de São Paulo como um todo, caracterizando
872 situação de considerável carência e grandes disparidades internas entre as médias dos
873 municípios componentes.

874 O Índice Paulista de Responsabilidade Social desenvolvido pelo SEADE sintetiza a


875 situação de cada município em cinco grupos abaixo caracterizados:

876  Grupo 1: Municípios que se caracterizam por um nível elevado de riqueza com
877 bons níveis nos indicadores sociais;

878  Grupo 2: Municípios que, embora com níveis de riqueza elevados, não são
879 capazes de atingir bons indicadores sociais;

880  Grupo 3: Municípios com nível de riqueza baixo, mas com bons indicadores sociais;

881  Grupo 4: Municípios que apresentam baixos níveis de riqueza e níveis


882 intermediários de longevidade e/ou escolaridade;

883  Grupo 5: Municípios mais desfavorecidos do Estado, tanto em riqueza quanto nos
884 indicadores sociais.

885 Na Ilustração 2.8 é representado o enquadramento dos município da UGRHI-14


886 nesses grupos, segundo dados referentes ao ano 2010.

887 Da leitura da Ilustração 2.8 é possível observar que a quase totalidade dos municípios
888 da bacia situa-se nos Grupos 4 e 5, e que, exceção feita a Itaí e Paranapanema, todos
889 apresentam baixos níveis de riqueza. Estes, apesar de terem níveis de riqueza mais
890 elevados, não apresentam bons indicadores sociais. Ao contrário, os municípios de
891 Angatuba, Fartura, Itapetininga, Pilar do Sul, Piraju, São Miguel Arcanjo, Taguaí e
892 Taquarituba, apesar de terem baixos níveis de riqueza, atingiram bons índices nos
893 quesitos escolaridade e longevidade.

894
895

Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico ENGECORPS


para UGRHI 14
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Coleta de Dados e Informações - Município: Capão Bonito
-38-

Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
Grupo 5

896
897 ILUSTRAÇÃO 2.8 - ÍNDICE PAULISTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DOS
898 MUNICÍPIOS DA UGHRI-14
899 Fonte: Seade, 2010
900

901 2.3.4 Saúde Pública


902 Um dos mais importantes indicadores das condições de saúde pública de uma
903 comunidade é a Taxa de Mortalidade Infantil que registra a relação entre os óbitos de
904 menores de um ano e os nascidos vivos, especialmente quando se busca estabelecer
905 correlação com as condições de saneamento do local. De fato, a mortalidade infantil
906 está em grande parte associada à falta de cuidados na fase perinatal e a precárias
907 condições de saneamento ambiental.

908 No caso dos municípios da bacia do Alto Paranapanema são encontradas situações
909 muito diversas, sendo, de uma forma geral, extremamente elevadas as taxas de
910 mortalidade infantil registradas pelo Seade em 2011, em confronto com a média
911 estadual que é de 11,55%0.

912 Cerca de um terço dos municípios da bacia apresentam taxas inferiores a essa média.
913 Contudo, encontram-se situações alarmantes, como é o caso do município de Itaí,
914 onde a taxa de mortalidade infantil supera a marca dos 30% 0, conforme dados do
915 Seade em 2011.

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-39-

916 O Gráfico 2.4 apresenta a situação dos municípios no tocante a esse parâmetro.
917 GRÁFICO 2.4 – TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL – 2011 – UGRHI-14
Taxa de Mortalidade Infantil - 2011
por mil nascidos vivos

35
30
25
20
15
10
5
0

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Municípios
918
919 Fonte: SEADE, 2011

920 2.4 ASPECTOS INSTITUCIONAIS

921 Para situar os municípios da bacia do Alto Paranapanema – UGRHI-14 nas diferentes
922 jurisdições das múltiplas áreas de competência do Estado, são apresentadas neste
923 item as divisões do território da bacia em Regiões de Governo, Agências Ambientais
924 da CETESB e Unidades de Negócio da Sabesp.

925 Regiões Administrativas e de Governo

926 A bacia do Alto Paranapanema pertence à Região Administrativa de Sorocaba e se


927 acha subdividida em 6 Regiões de Governo, como indicado na Ilustração 2.9.

928 Regionais da CETESB

929 Os municípios da bacia do Alto Paranapanema estão subordinados a 5 Agências


930 Ambientais da CETESB, conforme mostra a Ilustração 2.10.

931 Municípios atendidos pela Sabesp

932 A maioria dos municípios da bacia do Alto Paranapanema é atendida pela Sabesp, nas
933 Unidades de Negócios Alto Paranapanema, conforme indicado na Ilustração 2.11.

934 Pertencem à área da Unidade de Negócios Médio Tietê os municípios de Itatinga,


935 Pardinho e Piedade e à Unidade de Negócios Vale do Ribeira os municípios de Apiaí e
936 Tapiraí.

937 Apenas os municípios de Cerqueira Cesar, Chavantes, Ipaussu, Manduri e Tejupá não
938 são atendidos pela Sabesp, estando seus serviços de abastecimento de água e coleta
939 de esgotos sob a responsabilidade das próprias Prefeituras Municipais.

940 A relação das unidades administrativas a que estão associados os municípios da bacia
941 do Alto Paranapanema consta do Quadro 2.6.

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942
943 ILUSTRAÇÃO 2.9 - REGIÕES ADMINISTRATIVAS E DE GOVERNO - UGRHI-14
944 Fonte: Seade, 2013

945
946 ILUSTRAÇÃO 2.10 - AGÊNCIAS AMBIENTAIS DA CETESB – UGRHI-14
947 Fonte: CETESB, 2013

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948
949 QUADRO 2.6 – RELAÇÃO DAS UNIDADES ADMINISTRATIVAS ASSOCIADAS AOS
950 MUNICÍPIOS DA BACIA DO ALTO PARANAPANEMA

Região de Agência Ambiental Unidade de Negócio


Municípios
Governo CETESB Sabesp
Angatuba Itapetininga Itapetininga Alto Paranapanema
Apiaí Itapeva Capão Bonito Vale do Ribeira
Arandu Avaré Avaré Alto Paranapanema
Avaré Avaré Avaré Alto Paranapanema
Barão de Antonina Avaré Avaré Alto Paranapanema
Bernardino de Campos Ourinhos Assis Alto Paranapanema
Bom Sucesso de Itararé Itapeva Assis Alto Paranapanema
Buri Itapeva Capão Bonito Alto Paranapanema
Campina do Monte Alegre Itapetininga Itapetininga Alto Paranapanema
Capão Bonito Itapeva Capão Bonito Alto Paranapanema
Cerqueira César Avaré Avaré Alto Paranapanema
Chavantes Ourinhos Avaré Alto Paranapanema
Coronel Macedo Avaré Avaré Alto Paranapanema
Fartura Avaré Avaré Alto Paranapanema
Guapiara Itapeva Capão Bonito Alto Paranapanema
Guareí Itapetininga itapetininga Alto Paranapanema
Ipaussu Ourinhos Assis Alto Paranapanema
Itaberá Itapeva Capão Bonito Alto Paranapanema
Itaí Itapeva Avaré Alto Paranapanema
Itapetininga Itapetininga Itapetininga Alto Paranapanema
Itapeva Itapeva Capão Bonito Alto Paranapanema
Itaporanga Avaré Avaré Alto Paranapanema
Itararé Itapeva Capão Bonito Alto Paranapanema
Itatinga Botucatu Avaré Médio Tietê
Manduri Avaré Avaré Alto Paranapanema
Nova Campina Itapeva Capão Bonito Alto Paranapanema
Paranapanema Avaré Avaré Alto Paranapanema
Pardinho Botucatu Itapetininga Médio Tietê
Piedade Sorocaba Sorocaba Médio Tietê
Pilar do Sul Sorocaba Sorocaba Alto Paranapanema
Piraju Avaré Avaré Alto Paranapanema
Ribeirão Branco Itapeva Capão Bonito Alto Paranapanema
Ribeirão Grande Itapeva Capão Bonito Alto Paranapanema
Riversul Itapeva Capão Bonito Alto Paranapanema
São Miguel Arcanjo Itapetininga Itapetininga Alto Paranapanema
Sarapui Itapetininga Itapetininga Alto Paranapanema
Sarutaiá Avaré Avaré Alto Paranapanema
Taguaí Avaré Avaré Alto Paranapanema
Tapiraí Sorocaba Sorocaba Vale do Ribeira
Taquarituba Sorocaba Avaré Alto Paranapanema
Taquarivaí Itapeva Avaré Alto Paranapanema
Tejupá Avaré Avaré Alto Paranapanema
Timburi Ourinhos Assis Alto Paranapanema
951 Fonte: Seade / CETESB e Sabesp

952

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953
954 ILUSTRAÇÃO 2.11 - MUNICÍPIOS ATENDIDOS PELA SABESP – UGRHI-14
955 Fonte: Sabesp, 2013

956 2.5 ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL

957 A bacia do Alto Paranapanema, pertencente à Região Administrativa de Sorocaba, acha-


958 se situada à margem de um dos mais importantes corredores de desenvolvimento do
959 Estado de São Paulo, o eixo Campinas/Sorocaba, que delimita a oeste a denominada
960 Macrometrópole de São Paulo. Situa-se em posição também afastada de outro eixo de
961 desenvolvimento que vem se consolidando mais recentemente, ao longo da rodovia
962 Castello Branco, entre São Paulo e Botucatu.

963 A ocupação da região data da época colonial, quando desempenhou a função de


964 irradiação de Bandeiras, mas teve seu grande impulso econômico a partir do final do
965 século XIX quando foi implantada a ferrovia e nos inícios do século XX, quando foram
966 introduzidos os cultivos de algodão que atraíram a indústria têxtil para Sorocaba.

967 2.5.1 Acessos


968 Conforme mostra a Ilustração 2.12, a rede ferroviária que estruturou a ocupação da
969 UGRHI-14 é constituída por dois ramais que fazem a ligação regional com Sorocaba,
970 São Paulo e o Porto de Santos, por um lado, e o interior paulista, por outro. Um deles
971 segue pelo divisor de águas que limita a UGRHI-14 com a UGRHI-11 – Médio
972 Paranapanema, ao norte, passando por Ipaussu, Bernardino de Campos, Manduri,
973 Cerqueira Cesar e Itatinga, e conectando Botucatu a Ourinhos e a Presidente Epitácio.
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974 Outro cruza transversalmente a região de estudo, ao sul da represa de Jurumirim,


975 passando por Itararé, Itapeva, Itapetininga e conectando com Tatuí e Sorocaba.

976
977 ILUSTRAÇÃO 2.12 - REDE FERROVIÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
978 Fonte: www.skycrapercity.com, 2013
979
980 A partir dos anos 1950 a expansão e consolidação da rede rodoviária do Estado de São
981 Paulo atingiu a bacia do Alto Paranapanema com algumas importantes conexões
982 regionais que potencializaram as suas condições de acessibilidade: a rodovia Raposo
983 Tavares (SP-270) que atravessa transversalmente a UGRHI-14 na direção leste/oeste, e
984 articula São Paulo a Sorocaba, Itapetininga, Angatuba, Paranapanema, Piraju, Ipaussu,
985 Ourinhos e Presidente Epitácio, atingindo a divisa com Mato Grosso do Sul; a rodovia
986 Professor Francisco da Silva Pontes (SP- 127) que cruza a UGRHI-14 na direção
987 nordeste/sudoeste e articula Piracicaba a Capão Bonito, passando por Itapetininga e que,
988 através da SP-250, faz a ligação com a região ao Vale do Ribeira e com a BR-116, por um
989 lado, e com Piedade e Ibiúna, por outro; a rodovia Francisco Alves Negrão (SP-258) que
990 liga a SP-127 à divisa com o Estado do Paraná, partindo de Capão Bonito e passando por
991 Itapeva e Itararé; a rodovia Eduardo Saigh/Jurandir Siciliano (SP-255) que liga a rodovia
992 Raposo Tavares a Itaporanga no extremo oeste da UGRHI-14, junto à divisa com o estado
993 do Paraná; a SP-249 que cruza a SP-255 e a SP-258 e articula o no sentido norte/sul o
994 extremo oeste da UGRHI-14, passando por Fatura, Taquarituba, Coronel Macedo,
995 Itaberá, Itapeva,Nova Campina, Ribeirão Branco, até atingir Apiaí no Vale do Ribeira. Nos
996 anos 1970 foi sendo estendida a rodovia Castello Branco (SP-280) paralelamente à
997 rodovia Raposo Tavares, até atingir Ourinhos, tangenciando a Bacia do Alto
998 Paranapanema ao norte, e com ela articulando-se através da SP-127 em Tatuí e da SP-
999 255, em Avaré.

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1000 Hoje a bacia do Alto Paranapanema está integralmente articulada por esse sistema
1001 rodoviário principal, complementado por estradas vicinais e rodovias secundárias,
1002 conforme mostra a Ilustração 2.13.
1003 A navegação não tem relevância no sistema de transportes da bacia do Alto
1004 Paranapanema. A rede de apoio ao transporte aeroviário é também pequena,
1005 registrando-se a presença de aeroportos e pistas de pouso apenas nos municípios de
1006 Avaré/Arandu, Capão Bonito, Itapeva, Itararé, Itapetininga e Piraju.

1007
1008 ILUSTRAÇÃO 2.13 - ACESSOS REGIONAIS – UGRHI-14
1009 Fonte: DER, Mapa Rodoviário do Estado de São Paulo, 2013
1010

1011 2.5.2 Uso e Ocupação o Solo


1012 O uso e ocupação do solo na bacia do Alto Paranapanema, apresentado no
1013 correspondente Plano de Bacia 2012/2015, acha-se reproduzido na Ilustração 2.14
1014 A leitura da Ilustração 2.14 permite observar que a vegetação natural, compreendendo
1015 mata, capoeira, cerrado/cerradão e vegetação de várzea, se encontra concentrada ao
1016 sul, no divisor de águas com a bacia do Ribeira de Iguape, nas nascentes dos
1017 formadores do rio Paranapanema, ocupando território dos municípios de Pilar do Sul,
1018 São Miguel Arcanjo, Capão Bonito, Guapiara e Ribeirão Branco.
1019 Amplas manchas de reflorestamentos são observadas nos municípios de Capão Bonito,
1020 Itararé, Itapeva, na porção sul da bacia e nos municípios de Angatuba, Guareí e
1021 Paranapanema, no nordeste da bacia.

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Convenções
Limite da UGHRI
Mancha Urbana
Limite de Municípios

Legenda

Cultura
Mata
Pastagem
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Rio
Solo Exposto
Reflorestamento
1022

1023 ILUSTRAÇÃO 2.14 - USO DO SOLO


1024 Fonte: Plano de Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema 2012/2015

- 45 -
-46-

1025 As pastagens comparecem entremeadas por um mosaico de áreas cultivadas que se


1026 concentram ao longo da rodovia Raposo Tavares nos municípios de Itapetininga,
1027 Angatuba, Itaí e Tejupá, assim como no extremo noroeste da bacia, nos tradicionais
1028 territórios dos cultivos que prosperaram na área de influência da ferrovia, nos municípios
1029 de Ipaussu, Bernardino de Campos, Manduri e Cerqueira Cesar.

1030 Surpreende a ampla presença da categoria “solo exposto“ que, entremeada à categoria
1031 “pastagem” pode corresponder a áreas de rodízio de culturas.

1032 2.5.3 Densidade Demográfica


1033 A densidade média residencial de ocupação do território na bacia do Alto Paranapanema
1034 é de 35 hab/km², muito inferior à média do Estado de São Paulo que atinge cerca de 170
1035 hab/km², conforme dados do IBGE referentes à população registrada no Censo
1036 Demográfico de 2010 e à extensão territorial dos municípios.

1037 A densidade média por municípios acha-se representada na Ilustração 2.15, mostrando
1038 três setores mais adensados nas extremidades leste, junto a Sorocaba, sudoeste e
1039 noroeste, na fronteira com o Paraná. Na porção central da bacia permanece um grande
1040 vazio, onde os municípios registram densidades que variam entre 10 e 30 hab/km²,
1041 inferiores à média da própria bacia.

1042 Os municípios que apresentam as maiores densidades são Itapetininga, Ipaussu, Manduri
1043 e Taguaí.

1044 No território dos municípios essas densidades não são homogêneas, havendo
1045 adensamentos maiores nos centros urbanos das sedes municipais ou distritais, em
1046 nucleações e bairros rurais dispersos.

1047 Entretanto, também a parcela da população que vive em zonas urbanas é relativamente
1048 baixa na bacia do Alto Paranapanema. A taxa de urbanização média da bacia é de 80%,
1049 bastante inferior à média estadual que atinge cerca de 96%. Encontram-se ali situações
1050 extremas, como as dos municípios de Ribeirão Grande e Guapiara que apresentam taxas
1051 de urbanização inferiores a 50%, conforme indicado na Ilustração 2.16, construída com
1052 base nos dados de população urbana e total registrada pelo Censo Demográfico de 2010.

1053 Como é possível observar na Ilustração 2.16, em apenas 7 dos os 44 municípios da


1054 bacia a taxa de urbanização supera os 90%. São eles: Itapetininga, Itararé, Itatinga,
1055 Cerqueira Cesar, Manduri, Bernardino de Campos e Ipaussu.

1056 A rede de cidades da bacia do Alto Paranapanema segundo o Censo Demográfico de


1057 2010 acha-se representada na Ilustração 2.17. Verifica-se que as maiores
1058 concentrações urbanas situam-se no eixo da linha férrea e das rodovias que ligam
1059 Sorocaba ao estado do Paraná, destacando-se, pelo porte, as cidades de Itapetininga,
1060 Itapeva e Itararé. Ao longo do eixo da rodovia Raposo Tavares acham-se dispersos
1061 vários núcleos menores, havendo certa concentração no extremo noroeste da bacia,
1062 onde se destaca a sede de Piraju.

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1063
1064 ILUSTRAÇÃO 2.15 - DENSIDADES RESIDENCIAIS – UGRHI-14 (2010)
1065 Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2010
1066

1067
1068 ILUSTRAÇÃO 2.16 - TAXAS DE URBANIZAÇÃO – UGRHI-14 (2010)
1069 Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2010

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- 48 -
ILUSTRAÇÃO 2.17 - REDE DE CIDADES – UGRHI-14 (2010)

Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2010


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1070

1071

1072

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1074 2.5.4 Padrões de urbanização


1075 O padrão da urbanização nos municípios da bacia do Alto Paranapanema é aqui
1076 representado pelos índices de atendimento das redes de abastecimento de água e de
1077 esgotamento sanitário, e pelos serviços de limpeza pública.

1078 Foram cotejadas as fontes do SNIS 2010 e do SEADE 2010, tendo sido adotados os
1079 dados do SEADE para os índices de atendimento e os dados do SNIS para o índice de
1080 tratamento do esgoto coletado.

1081 A diferença entre os dados dessas duas fontes é irrisória, a menos nos casos dos
1082 municípios de Arandu, Itaí e Paranapanema, para os quais o SNIS acusa índices
1083 bastante inferiores aos do SEADE.

1084 O Quadro 2.7 apresenta a seguir os Índices de Atendimento por Serviços de


1085 Saneamento Urbano, referidos ao ano de 2010.

1086

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1087 QUADRO 2.7 – ÍNDICES DE ATENDIMENTO POR SERVIÇOS DE SANEAMENTO URBANO


1088 - 2010
Índices de Atendimento (*) Taxa de Coleta ÍndiceTratamento
Municípios
Água Esgoto Res.Sólidos (*) Esgoto Coletado
Angatuba 99,25 96,96 99,60 100,0
Apiaí 96,85 69,96 97,86 0,0
Arandu 95,06 94,64 99,37 100,0
Avaré 98,12 96,84 99,66 100
Barão de Antonina 99,54 84,08 99,07 0,0
Bernardino de Campos 99,90 99,81 99,94 100,0
Bom Sucesso de Itararé 97,62 94,21 99,41 80,0
Buri 98,29 92,54 99,28 100,0
Campina do Monte Alegre 97,80 87,75 99,35 100,0
Capão Bonito 97,98 95,93 99,27 100,0
Cerqueira César 99,66 97,58 99,92 si
Chavantes 100,00 98,00 99,91 si
Coronel Macedo 99,60 97,08 99,84 100,0
Fartura 99,52 98,02 99,95 100,0
Guapiara 99,28 83,08 99,41 80,0
Guareí 96,65 75,94 98,08 0,0
Ipaussu 99,61 98,09 99,92 si
Itaberá 98,75 93,07 99,39 100,0
Itaí 96,58 94,69 99,63 85,0
Itapetininga 98,78 95,22 99,71 100,0
Itapeva 98,62 93,30 99,27 97,0
Itaporanga 98,25 93,25 99,39 100,0
Itararé 99,11 91,73 99,44 0,0
Itatinga 98,50 67,27 99,77 100,0
Manduri 99,17 98,25 99,72 si
Nova Campina 81,90 80,96 98,63 100,0
Paranapanema 96,34 88,43 99,03 100,0
Pardinho 90,28 87,95 99,49 100,0
Piedade 95,36 68,96 99,44 79,1
Pilar do Sul 99,46 88,74 99,92 100,0
Piraju 98,98 97,07 99,74 95,0
Ribeirão Branco 98,98 86,11 98,24 91,0
Ribeirão Grande 99,42 94,21 99,57 100,0
Riversul 99,53 89,25 99,40 100,0
São Miguel Arcanjo 96,91 86,14 99,54 100,0
Sarapui 99,37 67,81 99,66 0,0
Sarutaiá 98,63 92,39 99,68 100,0
Taguaí 99,96 98,33 100,00 100,0
Tapiraí 94,45 87,26 98,96 100,0
Taquarituba 99,19 98,65 99,84 100,0
Taquarivaí 94,49 86,48 99,25 100,0
Tejupá 92,84 95,08 98,55 si
Timburi 96,83 93,66 99,85 0,0
(*)% de atendimento da população urbana
si - sem informação Fontes: Seade (2010) e SNIS (2010) para índice de tratamento do esgoto coletado

1089

1090

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-51-

1091 Tendo por referência os índices de atendimento médio no Estado de São Paulo, é
1092 possível considerar que as condições encontradas nas cidades da bacia do Alto
1093 Paranapanema não são ruins, de uma forma geral. De fato, no Estado a média de
1094 atendimento pela rede de abastecimento de água é de 97,91%, pela rede de esgotos é
1095 de 89,75% e pelo serviço de coleta de lixo é de 99,66%. O índice de tratamento do
1096 esgoto coletado no Estado de São Paulo é de 67,1%.

1097 Somente Nova Campina apresenta índice muito inferior no quesito abastecimento de
1098 água. Já no tocante à coleta de esgotos, muitos municípios apresentam situação
1099 bastante precária, sendo que o mais preocupante são os vários casos de municípios
1100 onde todo o esgoto coletado não é tratado. No que se refere à coleta de lixo, os índices
1101 registrados nos municípios da bacia são bastante adequados, aproximando-se dos
1102 100%.

1103 Quanto às condições locais de disposição do lixo, a situação é bastante precária, de


1104 acordo com os Índices de Qualidade de Aterros (IQR) constante do Inventário Estadual
1105 de Resíduos Sólidos Domiciliares da CETESB de 2011.

1106 De fato, apenas a metade dos municípios conta com aterros sanitários adequados. O
1107 município de Arandu tem aterro inadequado e os demais têm aterros controlados.

1108 A Ilustração 2.18 mostra os padrões de atendimento ao IQR na UGRHI-14.

1109
1110 ILUSTRAÇÃO 2.18 - ÍNDICES DE QUALIDADE DOS ATERROS DOS MUNICÍPIOS DA
1111 UGRHI-14
1112 Fonte: CETESB, Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares, 2011

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1113 2.5.5 Habitação


1114 O censo demográfico realizado pelo IBGE em 2010 registrou a existência de um total
1115 de aproximadamente 230 mil domicílios particulares permanentes nos 36 municípios
1116 objeto dos planos de saneamento a que se refere este relatório, conforme indicado no
1117 Quadro 2.8, sendo que destes 82% acham-se situados em zonas urbanas.

1118 QUADRO 2.8: DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES - 2010


Número de Domicílios Particulares Permanentes
Municípios
Total Urbano Rural
Angatuba 7.046 5.058 1.988
Arandu 1.899 1.437 462
Barão de Antonina 1.025 647 378
Bernardino de Campos 3.493 3.154 339
Bom Sucesso de Itararé 991 673 318
Buri 5.512 4.450 1.062
Campina do Monte Alegre 1.808 1.543 265
Capão Bonito 13.600 11.053 2.547
Cerqueira César 5.532 4.996 536
Coronel Macedo 1.327 1.265 362
Fartura 4.902 3.933 969
Guapiara 5.420 2.210 3.210
Guareí 3.689 2.598 1.091
Ipaussu 4.110 3.883 227
Itaberá 5.220 3.652 1.568
Itaí 7.152 5.994 1.158
Itapetininga 42.274 39.200 3.074
Itapeva 26.611 22.590 4.021
Itaporanga 4.746 3.602 1.144
Itararé 15.143 13.961 1.182
Itatinga 5.224 4.733 491
Manduri 2.895 2.518 377
Nova Campina 2.407 1.602 805
Paranapanema 5.519 4.513 1.006
Pilar do Sul 7.798 6.128 1.670
Piraju 9.290 8.419 871
Ribeirão Branco 5.304 2.735 2.569
Ribeirão Grande 2.238 691 1.547
Riversul 2.045 1.488 557
São Miguel Arcanjo 9.476 6.465 3.011
Sarutaiá 1.145 946 199
Taguaí 3.142 2.269 873
Taquarituba 6.872 6.066 806
Taquarivaí 1.425 799 626
Tejupá 1.386 894 492
Timburi 877 662 215
TOTAL UGRHI - 14 228.851 186.827 42.024
1119 Fonte: FIBGE, Censo Demográfico 2010

1120 Com relação às taxas de ocupação dos domicílios, os dados do último censo
1121 representados no Gráfico 2.5 mostram que a média da bacia é de 2,75 pessoas por
1122 domicílio, variando entre 2,11 pessoas por domicílio em Campina do Monte Alegre e

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1123 3,41 pessoas por domicílio em Nova Campina. Essa variação depende da composição
1124 familiar, da incidência de domicílios vazios ou de uso ocasional.

1125 GRÁFICO 2.5 – TAXA DE OCUPAÇÃO DOS DOMICÍLIOS (2010)

1126
1127 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010
1128
1129 A incidência de domicílios de uso ocasional, cuja ocupação e correspondente demanda
1130 pelos serviços de saneamento não é constante, tem presença relativamente importante
1131 em alguns dos municípios da bacia, segundo Censo Demográfico de 2010.

1132 Em média, 7% dos domicílios da bacia são de uso ocasional. Entretanto, nos
1133 municípios de Arandu, Campina do Monte Alegre e Sarapuí esse percentual é da
1134 ordem de 20%. Os municípios de Guareí, Angatuba, Paranapanema, Pilar do Sul,
1135 Barão de Antonina, Tejupá, Piedade, Itaí, Tapiraí e Pardinho têm mais de 10% e menos
1136 de 20% de domicílios de uso ocasional.

1137 O censo não acusou a presença de aglomerados subnormais em nenhum dos


1138 municípios da bacia do Alto Paranapanema que são objeto dos Planos de Saneamento
1139 a que se refere este relatório. Isto não significa que não existam favelas ou moradias
1140 precárias nesses municípios, pois os aglomerados subnormais registrados pelo IBGE
1141 compreendem apenas conjuntos com mais de 50 unidades habitacionais.

1142

1143 2.6 RECURSOS HÍDRICOS


1144 2.6.1 Mananciais de Interesse Regional
1145 Nos municípios da UGRHI – 14 que constituem objeto dos planos de saneamento a
1146 que se refere o presente relatório são atualmente utilizados para abastecimento das
1147 sedes municipais e distritais e de outras nucleações os mananciais de abastecimento
1148 relacionados no Quadro 2.9. Dada a disponibilidade hídrica e a qualidade da água,
1149 esses mananciais deverão atender a contento também as demandas futuras.

1150

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1151 QUADRO 2.9 – MANANCIAIS DE ABASTECIMENTO - UGHRI-14


MUNICÍPIOS LOCALIDADE CORPOS D´ÁGUA
Sede Municipal Ribeirão da Cachoeira
Bom Retiro
Angatuba
Faxinal Manancial Subterrâneo
Machadinho
Arandu Sede Municipal Manancial subterrâneo
Barão de Antonina Sede Municipal Manancial subterrâneo
Bernardino de Campos Sede Municipal Manancial subterrâneo
Represa Fazenda Três Irmãos
Bom Sucesso de Itararé Sede Municipal
Manancial subterrâneo
Buri Sede Municipal Córrego do Apiaizinho
Campina do Monte Sede Municipal Manancial subterrâneo
Alegre Salto do Paranapanema Manancial Subterrâneo
Sede Municipal Rio das Almas
Sítio Velho
Ana Benta Manancial Subterrâneo
Capão Bonito
Apiaí Mirim
Ferreira das Almas
Mina d´água sem denominação
Taquaral
Sede Municipal Manancial subterrâneo
Cerqueira César FAICC
Manancial subterrâneo
Nova Cerqueira
Sede Municipal Rio Paranapanema
Coronel Macedo
São Bernardo Manancial subterrâneo
Fartura Sede Municipal Represa Xavantes
Sede Municipal Rio São José do Guapiara
Capela do Alto Barragem de nível no Córrego da Onça
Monjolada/Gracianada Manancial subterrâneo
Capinzal Mina d´água sem denominação
Guapiara Elias Manancial subterrâneo
Barragem de nível no Rio S. José do
Fazendinha
Guapiara
Paes/Motas Manancial subterrâneo
Capoavada Manancial subterrâneo
Ribeirão Areia Branca
Sede Municipal
Represa do Guareí
Guareí Tomé
Vitória Manancial subterrâneo
Campinas/Pereiras
Sede Municipal Manancial subterrâneo
Ipaussu
Mina d´água sem denominação
1152 continua
1153

1154

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1155 continuação
MUNICÍPIOS LOCALIDADE CORPOS D´ÁGUA
Sede Municipal Rio Lavrinhas
Engenheiro Maia
Itaberá Cerrado/Quarentei
Manancial subterrâneo
Toriba do Sul e Forquilha
Tomés
Itaí Sede Municipal Rib. Carrapatos
Sede Municipal Rio Itapetininga
Conceição
Varginha
Rechan
Itapetininga
Morro do Alto Manancial subterrâneo
Gramadinho
Tupy
Biscoito Duro
Ribeirão Pilão D´água
Sede Municipal
Córrego Aranha
Guarizinho/Caputera/De Cima/
Capuavinha
Itapeva Amarela Velha e Cercadinho
Manancial subterrâneo
Pedras
Pacova
Alto da Brancal/Palmerinha
Sede Municipal Ribeirão Vermelho do Sul
Santo Antonio
Itaporanga
São Sebastião Manancial subterrâneo
Ribeirão Branco
Três Barras
Sede Municipal
Rio Itararé
Itararé
Cerrado Manancial subterrâneo
Pedra Branca Mina d´água sem denominação
Sede Municipal Represa Abadia
Itatinga
Lobo Manancial subterrâneo
Sede Municipal Manancial subterrâneo
Manduri
São Berto Manancial subterrâneo
Nova Campina Sede Municipal Rio Taquari Mirim
Sede Municipal Represa Jurumirim
Paranapanema Holambra II, Bairro Serra Velha,
Represa Jurumirim
Serrinha e Vila Aparecida
Ribeirão Areia Branca
Sede Municipal
Represa Guareí
Pilar do Sul
Jd. Cananeia e Chácara Reunidas
Manancial subterrâneo
Paineiras
Piraju Sede Municipal Rio Paranapanema
Sede Municipal Ribeirão dos Pires
Ribeirão Branco Itaboa
Manancial subterrâneo
Campina de Fora
1156 continua

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1157 continuação
MUNICÍPIOS LOCALIDADE CORPOS D´ÁGUA
Sede Municipal Rio das Almas
Ribeirão Grande Boa Vista Mina d´água sem denominação
Ferreira dos Matos Manancial subterrâneo
Sede Municipal Ribeirão Vermelho do Sul
Riversul
Padilha e Bairro Barra Alegre Manancial subterrâneo
Sede Municipal Ribeirão São Miguel Arcanjo
Turvinho Represa Turvinho
Santa Cruz dos Matos
São Miguel Arcanjo
Abaitinga/Guararema
Manancial subterrâneo
Pocinho/Gramadão/Turvo dos
Almeidas
Sarutaiá Sede Municipal Manancial subterrâneo
Ribeirão Fartura
Taguaí Sede Municipal Manancial subterrâneo
Mina d´água sem denominação
Sede Municipal Rio Taquari
Taquarituba
Porto Taquari Manancial subterrâneo
Sede Municipal Apiaí Guaçu
Taquarivaí
Pedrinhas Manancial subterrâneo
Sede Municipal Manancial subterrâneo
Tejupá Ribeirão Bonito
Manancial subterrâneo
Taquaras
Timburi Sede Municipal Manancial subterrâneo
1158 Fonte: Levantamento Consórcio ENGERCOPS MAUBERTEC, 2013
1159

1160 2.6.2 Disponibilidade hídrica


1161 Na porção paulista da Bacia do Alto Paranapanema a vazão mínima disponível (Q 7,10)
1162 é da ordem de 80 m³/s e a vazão média de longo período (Q LT) equivale a
1163 aproximadamente 260 m³/s, segundo dados do Plano de Bacia Hidrográfica do Alto
1164 Paranapanema 2012/2015.

1165 A distribuição dessas vazões por sub-bacias acha-se representada no Gráfico 2.6. O
1166 Gráfico 2.7 ilustra a relação entre demandas e disponibilidade mínima, demonstrando
1167 que a única sub-bacia crítica é a do Taquari/Taquari-Mirim, onde as demandas
1168 estimadas são superiores ao dobro das vazões mínimas disponíveis.

1169 Quanto às águas subterrâneas, no PERH-2012-2015 indica que a utilização total de


1170 água subterrânea é de cerca de 0,30 m³/s (incluindo abastecimento doméstico, público,
1171 industrial e rural), enquanto as vazões outorgadas pelo DAEE chegam a cerca de
1172 0,80 m³/s. No Relatório de Situação 2010-2011 as reservas explotáveis são estimadas
1173 em 25 m³/s.

1174

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Vazões disponíveis por sub-bacias
1175 GRÁFICO 2.6 – VAZÕES DISPONÍVEIS POR SUB-BACIAS
Vazões (em m³/s) 35
30
25
20
15
10
5
0

a
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G
VAZÃO MÉDIA DE LONGO PERÍODO-m3/s Sub-bacias
VAZÃO MÍNIMA DE 7 DIAS COM PERÍODO DE RETORNO DE 10 ANOS-m3/s
1176
1177 Fonte : Plano de Bacia 2012-2015
1178 Demandas e Disponibilidade na UGRI-14 por Sub-bacias
1179 GRÁFICO 2.7 – DEMANDAS E DISPONIBILIDADES POR SUB-BACIAS
60000
50000
40000
Demanda
m³/h

30000
Disponibilidade Q7,10
20000
10000
0
Guareí/Jacu/Sto
Taquari/Taquari
Taquri/Taquari Mirim
Alto Itararé
Baixo Itararé

Alto Apiaí Guaçu

Alto Itapetininga
Baixo Apiaí-Guaçu

Baixo Itapetininga
Rio Apiaí Mirim

Rio

Rio
Rio Verde

Rio Paranapanema

Rib. das

Rio das Almas

1180 Sub-bacias
1181 Fonte : Plano de Bacia 2012-2015
1182

1183 2.6.3 Demandas Outorgadas


1184 As demandas outorgadas na bacia do Alto Paranapanema, de acordo com os dados
1185 sistematizados no Plano de Bacia Hidrográfica 2012/2015, a partir do cadastro de
1186 usuários outorgados do DAEE acham-se registradas no Quadro 2.10.

1187 Da leitura desse quadro é possível observar que cerca de 1/3 das vazões outorgadas
1188 na bacia do Alto Paranapanema estão concentradas na sub-bacia do Taquari/Taquari-
1189 Mirim e outro terço, nas sub-bacias do Taquari/Taquari-Guaçu e
1190 Guareí/Jacu/Sto.Antônio/Paranapanema.

1191 Das vazões outorgadas, 98% correspondem a captações superficiais. A principal


1192 demanda provém da irrigação, totalizando 83% das vazões outorgadas.

1193 Na pequena parcela correspondente às captações subterrâneas, mais da metade


1194 corresponde ao uso para abastecimento público e a quarta parte para uso industrial.

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QUADRO 2.10- DEMANDAS OUTORGADAS NA BACIA DO ALTO PARANAPANEMA POR SUB-BACIAS (EM M³/H)
1195

Captação Subterrânea Capação Superficial

TOTAL
Agricultura

Agricultura
Sub-bacia

Industrial

Industrial
Irrigação

Irrigação
Abastec.

Abastec.
para UGRHI 14

Público

Público
Outros

Outros
Total

Total
Alto Apiaí-Guaçu 8 0 0 1 0 9 131 162 7.936 1 0 8.230 8.239
Alto Itararé 29 0 0 24 0 53 164 0 220 60 0 444 497
Rio Apiaí-Mirim 2 0 10 3 0 15 44 116 1.367 5 0 1.532 1.547
Baixo Apiaí-Guaçu 6 0 0 0 0 6 109 263 6.084 0 64 6.520 6.526
Baixo Itapetininga 242 18 17 534 0 811 1.217 2.181 4.960 450 14 8.822 9.633
Baixo Itararé 107 0 0 4 0 111 232 6 0 0 0 238 349
Rib.da Posse/Paranapanema 263 14 0 12 0 289 0 63 11.412 2.879 0 14.354 14.643
Alto Itapetininga 57 0 11 6 0 74 263 58 695 0 0 1.016 1.090
Rio das Almas 136 11 0 3 0 150 222 218 621 740 0 1.802 1.952
Rio Paranapanema Inferior 424 50 3 46 0 523 2.246 1.214 9.003 181 3 12.647 13.170
Rio Turvo/Paranapanema Superior 29 0 18 3 0 50 0 101 2.600 9 127 2.837 2.887
Rio Verde 11 0 0 31 0 42 111 56 792 252 0 1.210 1.252
Rios Guareí/Jacu/Sto.Inácio/Paranapanema 41 15 3 44 0 103 375 417 24.308 201 0 25.301 25.404
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Rio Paranapitanga/Paranapanema 58 4 0 10 0 72 18 395 7.602 1.435 0 9.450 9.523


Taquari/Taquari-Guaçu 15 2 6 45 0 68 772 347 11.447 7.589 0 20.156 20.223
Taquari/Taquari-Mirim 194 15 260 7 0 476 262 298 56.030 358 0 56.948 57.424
TOTAL 1.622 129 329 771 0 2.851 6.167 5.895 145.078 14.159 208 171.506 174.357

1196 Fonte: Plano de Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema 2012/2015

- 58 -
-59-

1197 2.6.4 Qualidade das águas

1198 2.6.4.1 Classificação dos Corpos D'Água


1199 Os corpos d’água da bacia do rio Paranapanema acham-se enquadrados nas
1200 seguintes classes, de acordo com a Resolução CONAMA 20/86:

1201  Classe 3 (águas destinadas ao abastecimento doméstico após tratamento


1202 convencional, à irrigação e à dessedentação animal):

1203  Ribeirão Lajeado a jusante da captação do Taquarituba, até a confluência com


1204 o Ribeirão Vitória no município de Taquarituba;
1205  Ribeirão Pilão D’Água a jusante da captação de água de abastecimento para
1206 Itapeva, até a confluência com o rio Taquari no município de Itapeva;
1207  Ribeirão do Poço até a confluência com o Rio das Almas, no município de
1208 Capão Bonito;
1209  Ribeirão do Taboãozinho, afluente do ribeirão Ponte Alta, no município de
1210 Itapetininga.
1211  Classe 4 (águas destinadas à navegação, à harmonia paisagística e aos usos
1212 menos exigentes):

1213  Córrego do Aranha a jusante da captação de água no município de Itapeva, até


1214 a confluência com o rio Pilão D’Água;
1215  Córrego do Mata Fome, afluente do córrego do Aranha, no município de
1216 Itapeva;
1217  Ribeirão da Água Branca, afluente do ribeirão do Lajeado, no município de
1218 Avaré;
1219  Ribeirão do Lajeado, afluente do rio Novo, no município de Avaré, desde a ETE
1220 de Avaré, até a desembocadura no rio Novo;
1221  Ribeirão da Ponte Alta, afluente do rio Itapetininga, no município de
1222 Itapetininga.
1223  Classe 2 (águas destinadas ao abastecimento doméstico após tratamento
1224 convencional, à proteção das comunidades aquáticas, à recreação de contato
1225 primário, à irrigação, à criação natural e;/ou intensiva de espécies destinadas à
1226 alimentação humana):

1227  Os demais cursos d’água não citados acima


1228 Quanto à evolução da qualidade de água na UGRHI-14 são apresentados a seguir os
1229 principais índices sistematizados no Relatório de Situação dos Recursos Hídricos da
1230 Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema de 2011, ano base 2010.

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1231 O IQA - Índice de Qualidade da Água é definido como o índice de qualidade de águas
1232 doces para fins de abastecimento público, que reflete, principalmente, a contaminação
1233 dos corpos hídricos ocasionada pelo lançamento de esgotos domésticos.

1234 No Relatório de Situação 2011, Ano Base 2010, a evolução do IQA era aquela
1235 mostrada no Gráfico 2.8, no qual se observa que em dois pontos de amostragem, o
1236 índice que se apresentava com o padrão “Bom” passou a “Regular”. Essa alteração foi
1237 diagnosticada pelo fato de que os municípios de São Miguel Arcanjo e Itapetininga,
1238 embora tratassem seus esgotos domésticos, ainda lançavam grande carga orgânica
1239 nos cursos d´água com baixa diluição. Como orientação para a gestão da UGRHI-14 foi
1240 recomendada a melhoria da eficiência dos sistemas de tratamento de esgotos e o
1241 combate aos lançamentos clandestinos.

1242 GRÁFICO 2.8 - IQA - ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA – UGRHI-14

1243
1244 Fonte: Relatório de Situação dos Recursos Hídricos de Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema, 2011
1245
1246 De acordo com o Relatório de Qualidade das Águas Superficiais da CETESB de 2012,
1247 que apresenta os resultados de quatro pontos de amostragem no rio Paranapanema, o
1248 IQA voltou a apresentar somente os padrões “Bom” e “Ótimo”.

1249 O IAP - Índice de Qualidade de Água Bruta para Fins de Abastecimento Público reflete,
1250 principalmente, a contaminação dos corpos hídricos oriunda da urbanização e
1251 industrialização. Dada a pouca presença do setor industrial na bacia, ainda não há
1252 pontos de monitoramento para o mesmo.

1253 Quanto ao IVA – Índice de Qualidade de Proteção da Vida Aquática, o Gráfico 2.9
1254 mostrava em 2010 que houvera uma queda nos padrões de qualidade, tendo sido
1255 diagnosticadas como causas o aumento do lançamento de efluentes clandestinos, a
1256 queda na eficiência de sistemas de tratamento de efluentes, domésticos e industriais, e
1257 diminuição da vazão do ponto de monitoramento. A Ilustração 2.19 apresenta os
1258 pontos de monitoramento.

1259

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-61-

1260 GRÁFICO 2.9 - IVA - ÍNDICE DE QUALIDADE DE PROTEÇÃO DA VIDA AQUÁTICA


1261 UGRHI-14

1262
1263 Fonte: Relatório de Situação dos Recursos Hídricos de Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema, 2011
1264
1265 De acordo com o Relatório de Qualidade das Águas Superficiais da CETESB de 2012,
1266 o IVA medido evoluiu para os padrões “Bom” e “Ótimo”, embora tenha mostrado em
1267 Angatuba toxicidade crônica em dezembro, fevereiro e junho.

IVA -Índice de Proteção à Vida Aquática


Valor IVA Qualificação
< 2,5 Ótima
2,6 < IVA < 3,3 Boa
3,4 < IVA < 4,5 Regular
4,6 < IVA < 6,7 Ruim
> 6,8 Péssima

1268
1269 ILUSTRAÇÃO 2.19 - PONTOS DE MONITORAMENTO DO IVA – UGRHI-14
1270 Fonte: Relatório de Situação dos Recursos Hídricos de Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema, 2011
1271
1272 O IET - Índice do Estado Trófico, que tem por finalidade classificar os corpos d’água em
1273 diferentes graus de trofia, ou seja, de enriquecimento por nutrientes, apresentava em
1274 2010 a tendência mostrada no Gráfico 2.10. A Ilustração 2.19 apresenta os pontos de
1275 monitoramento.

1276
1277
1278
1279

Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico ENGECORPS


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-62-

1280 GRÁFICO 2.10 - IET - ÍNDICE DO ESTADO TRÓFICO – UGRHI-14

1281
1282 Fonte: Relatório de Situação dos Recursos Hídricos de Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema, 2011
1283
1284

IET -Índice de Estado de Trófico


Categoria Pondeção
Ultraoligotrófico IET < 47
Oligotrófico 47 < IET < 52
Mesótrófico 52 < IET < 59
Eutrófico 59 < IET < 67
Hipereutrófico IET > 67

1285
1286 ILUSTRAÇÃO 2.20 - PONTOS DE MONITORAMENTO DO IET – UGRHI-14
1287 Fonte: Relatório de Situação dos Recursos Hídricos de Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema, 2011
1288
1289

1290 2.7 ASPECTOS AMBIENTAIS


1291 2.7.1 Cobertura vegetal
1292 Embora bastante desatualizada, a base de informações apresentada no Inventário
1293 Florestal da Vegetação Natural do Estado de São Paulo editado em 2005 pelo Instituto
1294 Florestal, constitui ainda a principal referência utilizada para uma visão de conjunto dos
1295 remanescentes da cobertura vegetal no território estadual.

1296 A Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema, de acordo com esse documento,


1297 preservava ainda em 2005, data do levantamento realizado, 14,9% de seu território
1298 recobertos por vegetação natural, porcentagem essa ligeiramente superior à média do
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-63-

1299 Estado de São Paulo que é de 13,94%. Tais remanescentes estão divididos em mais
1300 de 14 mil fragmentos, dos quais praticamente 70% têm superfície inferior a 10 ha.

1301 A distribuição desses remanescentes pelos municípios da bacia acha-se registrada no


1302 Gráfico 2.11.

1303 GRÁFICO 2.11 – PORCENTAGEM


Porcentagem de DE
ÁreaÁREAS COM COBERTURA
com Cobertura Vegetal Natural VEGETAL NATURAL

60
50
40
%

30
20
10
0
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Bo

1304
C

Municípios
1305 Fonte: IF - Inventário Florestal de Vegetação Natural do Estado de São Paulo, 2005
1306
1307 A análise desse gráfico evidencia que, na maior parte dos municípios, os
1308 remanescentes de vegetação natural ocupam menos de 10% de seus territórios. Nas
1309 cabeceiras dos formadores do rio Paranapanema e as áreas mais preservadas,
1310 destacando-se o município de Ribeirão Grande com mais de 50% do território
1311 recoberto por vegetação natural e os municípios de Bom Sucesso do Itararé, Capão
1312 Bonito, Guapiara, Nova Campina, Pilar do Sul, Ribeirão Branco, São Miguel Arcanjo e
1313 Timburi, com cerca de 20% a 30% de seus territórios recobertos por remanescentes de
1314 vegetação nativa.

1315 2.7.2 Unidades de Conservação


1316 As Unidades de Conservação existentes na Bacia do Alto Paranapanema acham-se
1317 representadas na Ilustração 2.21 e listadas no Quadro 2.11.

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QUADRO 2.11 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EXISTENTES NA UGRHI-14
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1318
Nº Ref. UNIDADE ÁREA (ha)* MUNICIPIO** INSTRUMENTO ÓRGÃO
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Unidades de Conservação de Proteção Integral


1 Estação Ecológica Angatuba 1.366 Angatuba e Guareí DE 23.790/1985 Instituto Florestal
2 Estação Ecológica Itaberá 180 Itaberá DE 29.881/1957; DE 26.890/1987 Fundação Florestal
3 Estação Ecológica Itapeva 107 Itapeva DE 23.791/1985 Instituto Florestal
4 Estação Ecológica Paranapanema 636 Paranapanema DE 37.538/1993 Instituto Florestal
DE 26.872/1956; DE 28.153/1957; DE 24.151/1985;
5 Estação Ecológica Xituê 3.095 Ribeirão Grande Fundação Florestal
DE 26.890/1987
para UGRHI 14

6 Parque Estadual Carlos Botelho 37.644 Tapiraí, Capão Bonito e São Miguel Arcanjo DE 19.499/1982 Fundação Florestal
7 Parque Estadual Intervales 41.704 Ribeirão Grande DE 40.135/1995; DE 44.293/1999; LE 10.850/2001 Fundação Florestal
Parque Estadual Nascentes do
8 22.269 Capão Bonito DE 58.148/2012 Fundação Florestal
Paranapanema
Parque EstadualTurístico do Alto do
9 35.712 *** DE 32.283/1958; LE 5.973/1960 Fundação Florestal
Ribeira (PETAR)
Unidades de Conservação de Uso Sustentável
APA CorumbataÍ-Botucatu-Tejupá Tejupá, Fartura, Piraju, Taguaí, Taquarituba,
10 158.258 DE 20.960/1983 Fundação Florestal
Perímetro Tejupá Barão de Antonina, Timburi e Cel.Macedo
APA Corumbataí-Botucatu-Tejupá
11 218.306 Guareí e Angatuba DE 20.960/1983 Fundação Florestal
Perímetro Botucatu
DE 22.717/1984; DE 28.347/1988; DE 28.348/1988;
12 APA Serra do Mar 469.450 Capão Bonito e Ribeirão Grande Fundação Florestal
DE 43.651/1998
13 Floresta Estadual Angatuba 1.207 Angatuba DE 44.389/1965 Instituto Florestal
14 Floresta Estadual Manduri 1.500 Manduri DE 40.988/1962 Instituto Florestal
15 Floresta Estadual Paranapanema 1.323 Paranapanema DE 13.075/1942; DE 40.992/1962 Instituto Florestal
16 Floresta Estadual Piraju 685 Piraju DE 14.594/1945 Instituto Florestal
17 Flona de Capão Bonito 4.774 Capão Bonito e Ribeirão Grande Portaria 558 de 25/10/1968 Instituto C.Mendes
Outros Espaços Protegidos
18 Estação Experimental Buri 1.081 Buri DE 37.824/1960 Instituto Florestal
19 Estação Experimental Itapetininga 6.788 Itapetininga DE 34.082/1958 e DE 44.307/1964 Instituto Florestal
20 Estação Experimental Itapeva 1.975 Itararé e Itapeva LE 276/1949 e DE 7692/1976 Instituto Florestal
21 Estação Experimental Itararé 2.406 Itararé DE 36.900/1960 e DE 37.183/1960 Instituto Florestal
22 Horto Cesário Lange 79 Itapetininga Convênio CAIC-IF-CPRN/1981 Instituto Florestal
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23 RPPN Entre Rios 302.97 Guareí DE 20.960/1983 Particular


Fontes: Instituto Florestal 2013, site sigrh.sp, 2013; Atlas das Unidades de Conservação do Estado de São Paulo
Notas:
* Área total da Unidade de Conservação
** Municípios da UGRHI-14 pertencentes à Unidade de Conservação
*** Nenhum município da UGRHI-14 está envolvido nesta Unidade de Conservação, somente em sua Zona de Amortecimento
1319

- 64 -
- 65 -
ILUSTRAÇÃO 2.21 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
Fonte: Instituto Florestal, 2013
Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico

1320

1321
1322
para UGRHI 14
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1323 3. BASES E FUNDAMENTOS LEGAIS DOS PLANOS MUNICIPAIS


1324 DE SANEAMENTO

1325 3.1 COMENTÁRIOS INICIAIS

1326 Os planos de saneamento estão previstos na Lei nº 11.445, de 5-1-2007,


1327 regulamentada pelo Decreto nº 7.217/2010, norma que dispõe sobre as diretrizes
1328 nacionais para o saneamento básico. Essa lei, que revogou a norma anterior – Lei nº
1329 6.528, de 11-5-1978, veio estabelecer, após longo período de discussões em nível
1330 nacional, uma política pública para o setor do saneamento, com vistas a estabelecer a
1331 sua base principiológica, a identificação dos próprios serviços, as diversas formas de
1332 sua prestação, a obrigatoriedade do planejamento e da regulação, o âmbito da atuação
1333 do titular, assim como a sua sustentabilidade econômico-financeira, além de dispor
1334 sobre o controle social da prestação.
1335 Vale dizer que, com a edição dessa lei abriram-se, sob o aspecto institucional, novos
1336 caminhos para a prestação dos serviços de saneamento básico e também para o
1337 alcance dos objetivos ambientais e de saúde pública que envolvem a matéria.
1338 Evidentemente, um longo caminho existe entre a edição da lei e a efetiva melhoria dos
1339 níveis de qualidade ambiental desejados. Os planos de saneamento básico consistem,
1340 dessa forma, em um dos instrumentos de alcance da efetividade da norma, conforme
1341 será detalhado adiante.
1342 Considerando que a Lei nº 11.445/07 não define ao titular dos serviços de saneamento,
1343 cingindo-se a estabelecer suas atribuições, também será objeto de análise neste
1344 trabalho a Lei nº 11.107/07, que dispõe sobre os consórcios públicos e que veio
1345 apresentar novos arranjos institucionais para a execução de atividades inerentes aos
1346 Poderes Públicos, como é o caso do saneamento básico, tanto no que se refere ao
1347 exercício da titularidade como à prestação dos serviços.
1348 Com a edição da Lei nº 12.305, de 2-8-2010, que institui a Política Nacional de
1349 Resíduos Sólidos, e considerando a forte interação entre essa norma e a Lei de
1350 saneamento, serão verificados alguns conceitos aplicáveis aos municípios, no que se
1351 refere aos planos de resíduos sólidos e de saneamento.
1352 Serão abordados ainda dois temas fundamentais: a titularidade e a prestação dos
1353 serviços. Em relação à titularidade, será verificado no que consiste essa atividade e as
1354 formas legalmente previstas para o seu exercício. Quanto à prestação dos serviços,
1355 cabe estudar as diversas formas previstas na legislação, incluindo a prestação
1356 regionalizada, modalidade prevista na Lei nº 11.445/07 e se caracteriza pelas
1357 seguintes situações:
1358 1. um único prestador do serviço para vários Municípios, contíguos ou não;
1359 2. uniformidade de fiscalização e regulação dos serviços, inclusive de
1360 sua remuneração;
1361 3. compatibilidade de planejamento1.

1 Lei nº 11.445/07, art. 14.

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1362

1363 3.2 ABRANGÊNCIA DOS SERVIÇOS

1364 A Lei nº 11.445/07 define, como serviços de saneamento básico, as infraestruturas e


1365 instalações operacionais de quatro categorias:

1366 1. abastecimento de água potável;

1367 2. esgotamento sanitário;

1368 3. limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

1369 4. drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

1370 3.2.1 Abastecimento de água potável


1371 O abastecimento de água potável é constituído pelas atividades, infraestruturas e
1372 instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação
1373 até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição 2. Isso significa a
1374 captação em um corpo hídrico superficial ou subterrâneo, o tratamento, a reservação e
1375 a adução até os pontos de ligação e é um forte indicador do desenvolvimento de um
1376 país, principalmente pela sua estreita relação com a saúde pública e o meio ambiente.

1377 Para o abastecimento público, visando prioritariamente ao consumo humano, são


1378 necessários mananciais protegidos e uma qualidade da água compatível com os
1379 padrões de potabilidade legalmente fixados, a fim de evitar a ocorrência de diversas
1380 doenças, como diarreia, cólera etc. No que se refere à diluição de efluentes, muitas
1381 vezes lançados ilegalmente in natura e sem o adequado tratamento, a poluição dos
1382 corpos hídricos compromete as captações de água das cidades que se encontram a
1383 jusante.

1384 É dever do Poder Público garantir o abastecimento de água potável à população,


1385 obtida dos rios, reservatórios ou aquíferos. A água derivada dos mananciais para o
1386 abastecimento público deve possuir condições tais que, mediante tratamento, em
1387 vários níveis, de acordo com a necessidade, possa ser fornecida à população nos
1388 padrões legais de potabilidade, sem qualquer risco de contaminação.

1389 Os serviços de água e esgotamento sanitário, essenciais em todos os centros urbanos,


1390 usam a água de duas formas: para o abastecimento e para a diluição de efluentes. O
1391 fator captação da água encontra-se estreitamente ligado à ideia do lançamento das
1392 águas servidas. Parte da água captada é devolvida ao corpo hídrico, após o uso, o que
1393 implica que a água servida deve submeter-se a tratamento antes da devolução, para
1394 que não prejudique a qualidade desse receptor.

2 Lei nº 11.445/07, art. 3º, I, a.

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1395 Os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade


1396 da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade são competência da
1397 União, vigorando a Portaria nº 2914, de 12/12/2011, do Ministério da Saúde, que
1398 aprovou a Norma de Qualidade da Água para Consumo Humano.

1399 O Decreto nº 5.440, de 4-5-2005, que estabelece definições e procedimentos sobre o


1400 controle de qualidade da água de sistemas de abastecimento e institui mecanismos e
1401 instrumentos para divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água
1402 para consumo humano, fixa, em seu Anexo – Regulamento Técnico sobre Mecanismos
1403 e Instrumentos para Divulgação de Informação ao Consumidor sobre a Qualidade da
1404 Água para Consumo Humano, as seguintes definições:

1405 1. água potável – água para consumo humano cujos parâmetros


1406 microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão
1407 de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde3;

1408 2. sistema de abastecimento de água para consumo humano –


1409 instalação composta por conjunto de obras civis, materiais e
1410 equipamentos, destinada à produção e à distribuição canalizada de
1411 água potável para populações, sob a responsabilidade do poder
1412 público, mesmo que administrada em regime de concessão ou
1413 permissão4;

1414 3. solução alternativa de abastecimento de água para consumo humano


1415 – toda modalidade de abastecimento coletivo de água distinta do
1416 sistema de abastecimento de água, incluindo, entre outras, fonte,
1417 poço comunitário, distribuição por veículo transportador, instalações
1418 condominiais horizontal e vertical5;

1419 4. controle da qualidade da água para consumo humano – conjunto de


1420 atividades exercidas de forma contínua pelo(s) responsável(is) pela
1421 operação de sistema ou solução alternativa de abastecimento de
1422 água, destinadas a verificar se a água fornecida à população é
1423 potável, assegurando a manutenção desta condição6;

1424 5. vigilância da qualidade da água para consumo humano – conjunto de


1425 ações adotadas continuamente pela autoridade de saúde pública,
1426 para verificar se a água consumida pela população atende a esta
1427 norma e para avaliar os riscos que os sistemas e as soluções
1428 alternativas de abastecimento de água representam para a saúde
1429 humana7.

1430

3 Decreto nº 5.440/05, art. 4º, I.


4 Decreto nº 5.440/05, art. 4º, II.
5 Decreto nº 5.440/05, art. 4º, III.
6 Decreto nº 5.440/05, art. 4º, IV.
7 Decreto nº 5.440/05, art. 4º, V.

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1431 3.2.2 Esgotamento sanitário


1432 O esgotamento sanitário é constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações
1433 operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequada dos
1434 esgotos, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente8.

1435 Os esgotos urbanos lançados in natura, principalmente em rios, têm sido fonte de
1436 preocupação dos governos e da atuação do Ministério Público, pela poluição da água
1437 ou, no mínimo, pela alteração de sua qualidade, principalmente no que toca ao
1438 abastecimento das populações a jusante. Certamente, o índice de poluição que o
1439 lançamento de esgotos provoca no corpo receptor depende de outras condições, como
1440 a vazão do rio, o declive, a qualidade do corpo hídrico, a natureza dos dejetos etc. Mas
1441 estará sempre degradando, em maior ou menor grau, a qualidade das águas, o que
1442 repercute diretamente na quantidade de água disponível ao abastecimento público.

1443 As condições, parâmetros, padrões e diretrizes para gestão do lançamento de


1444 efluentes em corpos de águas receptores são de competência da União, vigorando a
1445 Resolução CONAMA nº 430, de 13-5-2011, que estabelece quais características o
1446 efluente deve apresentar para minimizar efeitos negativos ao manancial.

1447 E, para que essa água se torne potável, mais complexo – e dispendioso – será o seu
1448 tratamento. Ou seja, a disponibilidade de água para o abastecimento público depende,
1449 entre outros fatores, do tratamento dos esgotos domésticos, questão que o país ainda
1450 não conseguiu equacionar. A aplicação da Lei nº 11.445/07 pode vir a modificar essa
1451 situação. Daí a importância dos planos de saneamento, entre outros instrumentos da
1452 política ora estudada.

1453 Tanto o abastecimento de água como o esgotamento sanitário, pela complexidade da


1454 prestação, custos de obras – Estações de Tratamento de Água – ETA e Estações de
1455 Tratamento de Esgotos – ETE, implantação de redes, ligações, observância das
1456 normas e padrões de potabilidade – possuem um sistema de cobrança direta do
1457 usuário, por meio de tarifas e preços públicos. A Lei de Saneamento determina, nesse
1458 sentido, que os serviços terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada,
1459 sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços de
1460 abastecimento de água e esgotamento sanitário, preferencialmente na forma de tarifas
1461 e outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou
1462 para ambos conjuntamente9.

1463 3.2.3 Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos


1464 A limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos, considerados juridicamente como
1465 elementos integrantes do saneamento básico, representam o conjunto de atividades,
1466 infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento

8 Lei nº 11.445/07, art. 3º, I, b.


9 Lei nº 11.445/07, art. 29, I.

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1467 e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de


1468 logradouros e vias públicas10.

1469 A limpeza urbana, de competência municipal, é outra fonte de inúmeros problemas


1470 ambientais e de saúde pública, quando prestada de forma inadequada. Cabe também
1471 ao Poder Público garantir a coleta, o transporte e o lançamento do lixo em aterros
1472 sanitários adequados, devidamente licenciados, que impeçam a percolação do
1473 chorume – “líquido de elevada acidez, resultante da decomposição de restos de
1474 matéria orgânica, muito comum nas lixeiras”11 – em lençóis freáticos e a ocorrência de
1475 outros danos ao ambiente e à saúde das populações.

1476 Na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos


1477 urbanos recicláveis ou reutilizáveis, atividades praticadas por associações ou
1478 cooperativas, é dispensado o processo de licitação,12 como forma de estimular essa
1479 prática ambiental.

1480 O serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos é


1481 composto, assim, pelas seguintes atividades:

1482 1. coleta, transbordo e transporte do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e


1483 limpeza de logradouros e vias públicas;

1484 2. triagem para fins de reuso ou reciclagem, de tratamento, inclusive por


1485 compostagem, e disposição final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e
1486 limpeza de logradouros e vias públicas;

1487 3. varrição, capina e poda de árvores em vias e logradouros públicos e outros


1488 eventuais serviços pertinentes à limpeza pública urbana.13

1489 Assim como para os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, a Lei
1490 nº 11.445/07 determina que a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos urbanos
1491 terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível,
1492 mediante remuneração pela cobrança de taxas ou tarifas e outros preços públicos, em
1493 conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades14.

1494 A Lei nº 12.305/201015, ao instituir a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispõe


1495 expressamente sobre a necessidade de articulação dessa norma com a Lei nº
1496 11.445/07, entre outras leis16. A nova norma trata de questões que impactam os
1497 sistemas vigentes nos serviços de limpeza urbana, na medida em que estabelece, em

10 Lei nº 11.445/07, art. 3º, I, c.

11 FORNARI NETO, Ernani. Dicionário prático de ecologia. São Paulo: Aquariana, 2001, p. 54.
12 Lei nº 8.666/93, art. 24, XXVII.
13 Lei nº 11.445/07, art. 7º.
14 Lei nº 11.445/07, art. 29, II.
15 A Lei nº 12.305/10 entrou em vigor na data de sua publicação, mas a vigência do disposto nos artigos 16 e 18 ocorrerá em dois anos da referida publicação.
16 Lei nº 12.305/10, art. 5º.

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1498 seus objetivos, “a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos
1499 resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos
1500 rejeitos”, que por sua vez significa a “distribuição ordenada de rejeitos em aterros,
1501 observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde
1502 pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos”17.

1503 3.2.4 Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas


1504 A drenagem e manejo das águas pluviais urbanas consiste no conjunto de
1505 atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas
1506 pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de
1507 cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas 18.
1508 Possui uma forte relação com os demais serviços de saneamento básico, pois os
1509 danos causados por enchentes tornam-se mais ou menos graves proporcionalmente à
1510 eficiência dos outros serviços de saneamento. Águas poluídas por esgoto ou por lixo,
1511 na ocorrência de enchentes, aumentam os riscos de doenças graves, piorando as
1512 condições ambientais e a qualidade de vida das pessoas.

1513 Nos termos da lei do saneamento, os serviços de manejo de águas pluviais urbanas
1514 terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível,
1515 mediante remuneração pela cobrança dos serviços na forma de tributos, inclusive
1516 taxas, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades19.

1517 3.3 TITULARIDADE DOS SERVIÇOS


1518 3.3.1 Essencialidade
1519 Os serviços de saneamento básico são de estratégica importância para a
1520 sustentabilidade ambiental das cidades, assim como para a proteção da saúde pública
1521 e melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Teoricamente, o que distingue e
1522 caracteriza o serviço público das demais atividades econômicas é o fato de ele ser
1523 essencial para a comunidade. A sua falta, ou a prestação insuficiente ou inadequada
1524 podem causar danos a pessoas e a bens.

1525 Por essa razão, a prestação do serviço público é de titularidade do Poder Público,
1526 responsável pelo bem estar social. Trata-se, pois, de um serviço público, prestado pela
1527 Administração ou por seus delegados, de acordo com normas e sob o controle do
1528 Estado, para satisfazer as necessidades da coletividade ou a conveniência do Estado.

1529 Cabe salientar que a ação de saneamento executada por meio de soluções individuais
1530 não se caracteriza como serviço público quando o usuário não depender de terceiros
1531 para operar os serviços, da mesma forma que as ações e serviços de saneamento

17 Lei nº 12.305/10, art. 3º,VIII.


18 Lei nº 11.445/07, art. 3º, I, b.
19 Lei nº 11.445/07, art. 29, II.

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1532 básico de responsabilidade privada, incluindo o manejo de resíduos de


1533 responsabilidade do gerador.20

1534 3.3.2 Titularidade do Saneamento na UGRHI-14


1535 Todo serviço público, por ser essencial, se encontra sob a responsabilidade de um ente
1536 de direito público: União, Estado Distrito Federal ou Município. Essa repartição de
1537 competências para cada serviço é estabelecida pela Constituição Federal. Assim, por
1538 exemplo, os serviços públicos de energia elétrica são de titularidade da União,
1539 conforme estabelece o art. 21, XII, b. Os serviços públicos relativos ao gás canalizado
1540 competem aos Estados, em face do art. 25, II. Já os serviços públicos de titularidade
1541 dos Municípios não estão descritos na Constituição, que apenas determina, para esses
1542 entes federados, a prestação de serviços públicos de “interesse local”, diretamente ou
1543 sob o regime de concessão ou permissão.21 Não há qualquer dúvida quanto à
1544 titularidade dos municípios que se localizam fora de regiões metropolitanas,
1545 microrregiões ou aglomerados urbanos no que se refere aos serviços de limpeza
1546 urbana e drenagem, tese confirmada pelo STF, em julgamento das ADINS 1843,1906 e
1547 1826, no mês de março de 2013.

1548 Paralelamente, a CF/88 transferiu aos Estados a competência para instituir regiões
1549 metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, agrupando Municípios
1550 limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções
1551 públicas de interesse comum.22

1552 Em tese, os serviços de água e esgoto em cidades localizadas em regiões


1553 metropolitanas, aglomerações urbanas ou microrregiões, seriam de titularidade
1554 estadual, cabendo aos Estados assumir a titularidade nas hipóteses do art. 25, § 3º.
1555 Contudo, muitos serviços dessa natureza vêm sendo prestados por Municípios
1556 localizados em regiões metropolitanas, situação que permanece ao longo de décadas.
1557 Quando da promulgação da Constituição de 1988, não se alterou o que era já uma
1558 tradição.

1559 Diante desse impasse, e da indefinição do STF23 na solução da matéria, a Lei federal
1560 nº 11.107, de 6-4-2005 – Lei de Consórcios Públicos – veio alterar esse quadro,
1561 estabelecendo novos arranjos institucionais para a prestação de serviços públicos,
1562 inclusive os de água e esgoto, que tiram o foco da questão da titularidade. No novo
1563 modelo, os entes federados podem fazer parte de um único consórcio, o qual
1564 contratará os serviços e exercerá o papel de concedente, por delegação, através de lei.

20 Lei nº 11.455/07, art. 5º.


21 CF/88, art. 30, V.
22 CF/88, art. 25, § 3º.
23 A pendência a respeito da titularidade dos serviços de saneamento básico foi solucionada pelo Supremo Tribunal Federal – STF, no mês de março de 2013. Embora a decisão não tenha ainda sido
publicada, e haja a previsão de que os efeitos do julgamento ocorram apenas em 24 meses contados da publicação do acórdão, o entendimento que consta no Informativo do STF é no sentido de que os
municípios que não fazem parte de regiões metropolitanas, microrregiões ou aglomerados urbanos são titulares dos serviços. Ver em: STF. Estado-membro: Criação de Região Metropolitana – 6. Disponível em:
http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo500.htm#Servi%C3%A7os%20de%20%C3%81gua%20e%20Saneamento%20B%C3%A1sico%20-%203. Acesso: 30 abr. 2013.

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1565 A Lei nº 11.445/07, adotando essa linha, não define expressamente o titular do serviço,
1566 prevendo apenas que este poderá delegar a organização, a regulação, a fiscalização e
1567 a prestação dos serviços, mediante contrato ou convênio, a outros entes federativos,
1568 nos termos do art. 24124 da Constituição Federal e da Lei nº 11.107/05. Cabe lembrar
1569 que a delegação também pode ser concedida ao particular, nos moldes da Lei nº
1570 8.987/95.

1571 No caso da bacia hidrográfica UGRHI-14, que se encontra fora de regiões


1572 metropolitanas, não há dúvida de que os municípios dessas bacias são os titulares de
1573 todos os serviços de saneamento básico25 e responsáveis pelos planos municipais de
1574 saneamento além de todas as outras ações relativas à sua correta prestação, com os
1575 seguintes objetivos: cidade limpa, livre de enchentes, com esgotos coletados e tratados
1576 e água fornecida a todos nos padrões legais de potabilidade.

1577 3.3.3 Atribuições do Titular


1578 É importante verificar no que consiste a titularidade de um serviço público. Já foi visto
1579 que sua característica básica é o fato de ser essencial para a sociedade constituindo,
1580 por essa razão, competência do Poder Público, responsável pela administração do
1581 Estado. De acordo com o art. 9º da Lei nº 11.445/07, o titular dos serviços – no caso
1582 presente, o município - formulará a respectiva política pública de saneamento
1583 básico, devendo, para tanto, cumprir uma série de atribuições.

1584 Essas atribuições referem-se ao planejamento dos serviços, sua regulação, a


1585 prestação propriamente dita e a fiscalização. Cada uma dessas atividades é distinta
1586 das outras, com características próprias. Mas todas se interrelacionam e são
1587 obrigatórias para o município, já que a Lei nº 11.445/07 determina expressamente as
1588 ações correlatas ao exercício da titularidade, conforme segue26:

1589 I - elaborar os planos de saneamento básico, nos termos desta


1590 Lei;

1591 II - prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços e


1592 definir o ente responsável pela sua regulação e fiscalização, bem
1593 como os procedimentos de sua atuação;

1594 III - adotar parâmetros para a garantia do atendimento essencial à


1595 saúde pública, inclusive quanto ao volume mínimo per capita de
1596 água para abastecimento público, observadas as normas
1597 nacionais relativas à potabilidade da água;

1598 IV - fixar os direitos e os deveres dos usuários;

24 “Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada
de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.” Redação da EC nº 19/98.
25 A discussão acerca da titularidade – entre Estado e Municípios, sobretudo em Regiões Metropolitanas - foi uma das causas do atraso no consenso necessário à aprovação da política nacional do
saneamento.
26 Lei nº 11.445/07, no art. 9º.

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1599 V - estabelecer mecanismos de controle social, nos termos do


1600 inciso IV do caput do art. 3o da Lei nº 11.445/07;

1601 VI - estabelecer sistema de informações sobre os serviços,


1602 articulado com o Sistema Nacional de Informações em
1603 Saneamento;

1604 VII - intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por


1605 indicação da entidade reguladora, nos casos e condições
1606 previstos em lei e nos documentos contratuais.

1607 Cabe ressaltar que o Município, sendo o titular dos serviços, pode e deve exercer todas
1608 as atividades relativas a essa titularidade – organização (planejamento), regulação,
1609 fiscalização e prestação dos serviços - ou delegá-las a terceiros, por meio de
1610 instrumentos jurídicos próprios, de acordo com o que a lei determina.

1611 3.3.3.1 Planejamento


1612 A organização ou planejamento consiste no estudo e na fixação das diretrizes e metas
1613 que deverão orientar uma determinada ação. No caso do saneamento, é preciso
1614 planejar como será feita a prestação dos serviços, de acordo com as características e
1615 necessidades locais, com vistas a garantir que essa prestação corresponda a
1616 resultados positivos, no que se refere à melhoria da qualidade ambiental e da saúde
1617 pública. O planejamento também corresponde ao princípio da eficiência 27, pois
1618 direciona o uso racional dos recursos públicos. Nessa linha, a Lei nº 11.445/07
1619 menciona expressamente os princípios da eficiência e da sustentabilidade
1620 econômica como fundamentos da prestação dos serviços de saneamento básico28.

1621 Elaborar os planos de saneamento básico constitui um dos deveres do titular dos
1622 serviços29. A elaboração desses planos se encontra no âmbito das atribuições legais
1623 do município, no caso das bacias hidrográficas em estudo. Segundo a Lei nº 11.445/07,
1624 em seu art. 19, a prestação de serviços de saneamento observará plano, que poderá
1625 ser específico para cada serviço – abastecimento de água, esgotamento sanitário,
1626 resíduos sólidos, drenagem.

1627 O conteúdo mínimo estabelecido para os planos de saneamento é bastante abrangente


1628 e não se limita a um diagnóstico e ao estabelecimento de um programa para o futuro.
1629 Evidentemente, é prevista a elaboração de um diagnóstico da situação e de seus
1630 impactos nas condições de vida, utilizando sistema de indicadores sanitários,
1631 epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das
1632 deficiências detectadas30. É necessário o conhecimento da situação ambiental, de
1633 saúde pública, social e econômica do Município, verificando os impactos dos serviços
1634 de saneamento nesses indicadores.

27 Previsto na Constituição Federal de 1988, art. 37.


28 Lei nº 11.445/07, art. 2º, VII.
29 Lei nº 11.455/07, art. 9º, I.
30 Lei nº 11.445/07, art. 19, I.

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1635 A partir daí, cabe traçar os objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a
1636 universalização31, admitidas soluções graduais e progressivas, observando a
1637 compatibilidade com os demais planos setoriais. Cabe lembrar que o princípio da
1638 universalização dos serviços, previsto no art. 2º da lei de saneamento, consiste na
1639 ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios ocupados ao saneamento
1640 básico32, de modo que, conforme as metas estabelecidas, a totalidade da população
1641 tenha acesso ao saneamento.

1642 Uma vez estabelecidos os objetivos e metas para a universalização dos serviços, cabe
1643 ao plano a indicação de programas, projetos e ações necessárias para atingir os
1644 objetivos e as metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e
1645 com outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de
1646 financiamento.

1647 Os planos de saneamento básico devem estar articulados com outros estudos
1648 efetuados e que abranjam a mesma região. Nos termos da lei, os serviços serão
1649 prestados com base, entre outros princípios, na articulação com as políticas de
1650 desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua
1651 erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante
1652 interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o
1653 saneamento básico seja fator determinante33.

1654 Essa articulação deve ser considerada na elaboração dos planos de saneamento, com
1655 vistas a integrar as decisões sobre vários temas, mas que na prática, acabam por
1656 impactar o mesmo território.

1657 Embora a lei não mencione expressamente, deve haver uma correspondência
1658 necessária do plano de saneamento com o Plano Diretor, instrumento básico da
1659 política de desenvolvimento urbano, objeto do art. 182 da Constituição34.

1660 Um ponto fundamental, nesse passo, consiste no fato de que a lei de saneamento, nos
1661 termos do seu art. 19, § 3º, estabelece que os planos de saneamento básico
1662 deverão ser compatíveis com os planos das bacias hidrográficas em que
1663 estiverem inseridos. O Município não é detentor do domínio da água, mas sua atuação
1664 é fundamental na proteção desse recurso. O lixo e o esgoto doméstico, gerados nas
1665 cidades, são fontes importantes de poluição dos recursos hídricos.

1666 Embora o Município seja um ente federado autônomo, a norma condiciona o


1667 planejamento municipal, ainda que no tocante ao saneamento, a um plano de caráter
1668 regional, qual seja o da bacia hidrográfica35 em que se localiza o Município. Essa regra

31 A universalização do acesso aos serviços de saneamento consiste em um dos pilares da política nacional de saneamento, nos termos do art. 2º, I da Lei nº 11.445/07.
32 Lei nº 11.445/07, art. 3º, III.
33 Lei nº 11.445/07, art. 2º, VI.
34CF/88, art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
35 Ou Unidade de Hidrográficas de Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHI.

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1669 é de extrema importância, pois é por meio dela que se fundamenta a necessidade de
1670 os Municípios considerarem, em seu planejamento, fatores externos ao seu território
1671 como, por exemplo, a bacia hidrográfica.

1672 Ainda na linha de projetos e ações a serem propostos, a lei prevê a indicação, no plano
1673 de saneamento, de ações para emergências e contingências. Merece destaque o
1674 item que prevê, como conteúdo mínimo dos planos de saneamento, mecanismos e
1675 procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações
1676 programadas36. Trata-se de um avanço na legislação, pois fica estabelecido, desde
1677 logo, que o conteúdo do plano deve ser cumprido, com a devida indicação de como
1678 aferir esse cumprimento.

1679 Ou seja, os planos de saneamento, pelo conteúdo mínimo exigido na lei, extrapolam o
1680 planejamento puro e simples, na medida em que estabelecem, desde logo, as metas a
1681 serem cumpridas na prestação dos serviços, as ações necessárias ao cumprimento
1682 dessas metas e ainda os correspondentes mecanismos de avaliação. No próprio plano,
1683 dessa forma, são impostos os resultados a serem alcançados.

1684 Tendo em vista a necessidade de correções e atualizações a serem feitas, em


1685 decorrência tanto do desenvolvimento das cidades, como das questões técnicas
1686 surgidas durante a implantação do plano, cabe uma revisão periódica, em prazo não
1687 superior a 4 anos, anteriormente à elaboração do Plano Plurianual37.

1688 No que se refere ao controle social, a lei determina a “ampla divulgação das
1689 propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as fundamentem,
1690 inclusive com a realização de audiências ou consultas públicas”38. O controle social é
1691 definido na lei como o conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à
1692 sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de
1693 formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços
1694 públicos de saneamento básico39.

1695 No que diz respeito à área de abrangência, o plano municipal de saneamento básico
1696 deverá englobar integralmente o território do município40.

1697 O serviço regionalizado de saneamento básico poderá obedecer a plano de


1698 saneamento básico elaborado para o conjunto de Municípios atendidos41.

1699

36 Lei nº 11.445/07, art. 19, V.


37 Lei nº 11.445/07, art. 19, § 4o.
38 Lei nº 11.445/07, art. 19, § 5o.
39 Lei nº 11.445/07, art. 3º, IV.
40 Lei nº 11.445/07, art. 19, § 8o.
41 Lei nº 11.445/07, art. 17.

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1700 3.3.3.2 Regulação e Fiscalização


1701 Regulação é todo e qualquer ato, normativo ou não, que discipline ou organize um
1702 determinado serviço público, incluindo suas características, padrões de qualidade,
1703 impacto socioambiental, direitos e obrigações dos usuários e dos responsáveis por sua
1704 oferta ou prestação e fixação e revisão do valor de tarifas e outros preços públicos42.

1705 É inerente ao titular dos serviços a regulação de sua prestação, o que implica o
1706 estabelecimento de normas específicas, garantindo que a sua prestação seja
1707 adequada às necessidades locais já verificadas no planejamento dos serviços,
1708 considerada a universalização do acesso. Uma vez estabelecidas as normas, faz parte
1709 do universo das ações a cargo do titular fiscalizar o seu cumprimento pelo prestador
1710 dos serviços.

1711 Conforme já mencionado, o planejamento e regulação encontram-se estreitamente


1712 relacionadas, lembrando que cada atribuição correspondente à titularidade -
1713 planejamento, regulação, fiscalização e a prestação dos serviços, embora possuam
1714 características específicas, formam um todo articulado, mas não necessariamente
1715 prestados pela mesma pessoa. Daí a ideia de que deve haver uma distinção entre a
1716 figura do prestador e do regulador dos serviços, para que haja mais eficiência,
1717 liberdade e controle, embora ambas as atividades se reportem aos titular. Nessa linha,
1718 a Lei prevê que o exercício da função de regulação atenderá aos princípios da
1719 independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e financeira
1720 da entidade reguladora e da transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das
1721 decisões43.

1722 O art. 22. da Lei nº 11.445/07 estabelece como objetivos da regulação:

1723 I - estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos


1724 serviços e para a satisfação dos usuários;

1725 II - garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas;

1726 III - prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a


1727 competência dos órgãos integrantes do sistema nacional de
1728 defesa da concorrência;

1729 IV - definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e


1730 financeiro dos contratos como a modicidade tarifária, mediante
1731 mecanismos que induzam a eficiência e eficácia dos serviços e
1732 que permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade.

1733

42 Decreto nº 6.017/05, art. 2º, XI.


43 Lei nº 11.445/07, art. 21.

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1734 Note-se que esses objetivos dizem respeito ao planejamento e à regulação dos
1735 serviços, na medida em que tratam tanto da fixação de padrões e normas relativas à
1736 adequada prestação dos serviços44 como à garantia de seu cumprimento. Além disso,
1737 a regulação inclui o controle econômico financeiro dos contratos de prestação de
1738 serviços regulados, buscando-se a modicidade das tarifas, eficiência e eficácia dos
1739 serviços e ainda a apropriação social dos ganhos da produtividade.

1740 Cabe ao titular dos serviços de saneamento a adoção de parâmetros para a garantia
1741 do atendimento essencial à saúde pública, inclusive quanto ao volume mínimo per
1742 capita de água para abastecimento público, observadas as normas nacionais relativas
1743 à potabilidade da água45. No que se refere aos direitos do consumidor, cabe ao titular
1744 fixar os direitos e os deveres dos usuários.

1745 Um ponto a destacar consiste na obrigação de o titular estabelecer mecanismos de


1746 controle social. Esse conjunto de ações e procedimentos necessários a garantir à
1747 sociedade informação e participação nos processos decisórios deve ser providenciado
1748 pelo titular dos serviços que incorporará, na medida do possível, as informações e
1749 manifestações coletadas.

1750 Cabe também ao titular estabelecer sistema de informações sobre os serviços,


1751 articulado com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento 46. Os sistemas de
1752 informações se articulam com os planos, na medida em que fornecem informações à
1753 sua elaboração e, ao mesmo tempo, são alimentados pelas novas informações obtidas
1754 na elaboração desses planos.

1755 É também dever do titular intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por
1756 indicação da entidade reguladora, nos casos e condições previstos em lei e nos
1757 documentos contratuais.

1758 Na prestação regionalizada, as atividades de regulação e fiscalização poderão ser


1759 exercidas por órgão ou entidade de ente da Federação a que o titular tenha delegado o
1760 exercício dessas competências por meio de convênio de cooperação entre entes da
1761 Federação, obedecido o disposto no art. 241 da Constituição Federal e por por
1762 consórcio público de direito público integrado pelos titulares dos serviços47. E, no
1763 exercício das atividades de planejamento dos serviços, o titular poderá receber
1764 cooperação técnica do respectivo Estado e basear-se em estudos fornecidos pelos
1765 prestadores48.

1766 Na prestação regionalizada, a entidade de regulação deverá instituir regras e critérios


1767 de estruturação de sistema contábil e do respectivo plano de contas, de modo a

44 Segundo o art. 6º, § 1o da Lei nº 8.97/95, serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e
modicidade das tarifas.
45 Lei nº 11.445/07, art. 9º, III.
46 Lei nº 11.445/07, art. 9º, VII.
47 Lei nº 11.445/07, art. 15.
48 Lei nº 11.445/07, art. 15, parágrafo único.

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1768 garantir que a apropriação e a distribuição de custos dos serviços estejam em


1769 conformidade com as diretrizes estabelecidas na Lei49.

1770 3.3.4 Formas de Exercício da Titularidade dos Serviços


1771 As atividades de regulação, prestação dos serviços e seu controle, inerentes ao titular,
1772 podem ser efetuadas por ele ou transferidas a terceiros, pessoa jurídica de direito
1773 público ou de direito privado, conforme será verificado adiante.

1774 O exercício da titularidade consiste em uma obrigação. Por mais óbvias que sejam as
1775 atividades necessárias para que se garanta o atendimento da população, essas
1776 atividades devem estar descritas em uma norma ou em um contrato. Sem a fixação das
1777 atividades a serem realizadas, não há como exigir do prestador o seu cumprimento de
1778 modo objetivo.

1779 Essa é uma crítica que se faz aos casos em que os serviços são prestados diretamente
1780 pela municipalidade, por intermédio dos Departamentos de Água e Esgoto e das
1781 autarquias municipais especialmente criadas por lei para a prestação desses serviços.
1782 A questão que se coloca é que o titular dos serviços - Município - não estabeleceu as
1783 regras a serem cumpridas, nem mesmo nas leis de criação dos SAAES. Além disso,
1784 em se tratando de órgãos e entidades da administração municipal, existe uma
1785 coincidência entre o responsável pela prestação dos serviços e o responsável pelo
1786 controle e fiscalização. Cabe ponderar que raramente se encontra uma regulação
1787 municipal estabelecida para os serviços nessas categorias.

1788 Na legislação aplicável à criação e implantação desse modelo – DAE e SAAE -, não se
1789 cogitava de estabelecer a regulação nem fixar normas para a equação econômico-
1790 financeira dos serviços baseada na cobrança de tarifa e preços públicos e muito menos
1791 a universalização do acesso era tratada como uma meta a ser atingida
1792 obrigatoriamente.

1793 Daí o estabelecimento, nos últimos anos, de novos modelos institucionais de prestação
1794 dos serviços e mesmo do exercício da titularidade, com o objetivo de tornar mais
1795 eficiente a prestação dos serviços de saneamento básico.

1796 3.3.4.1 Delegação a Agência Reguladora


1797 A Lei nº 11.445/07 permite que a regulação de serviços de saneamento básico seja
1798 delegada pelos titulares a qualquer entidade reguladora constituída dentro dos
1799 limites do respectivo Estado, explicitando, no ato de delegação da regulação, a forma
1800 de atuação e a abrangência das atividades a serem desempenhadas pelas partes
1801 envolvidas50.

49 Lei nº 11.445/07, art. 18, parágrafo único.


50 Lei nº 11.445/07, art. 23, § 1º.

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1802 O Estado de São Paulo instituiu, pela Lei Complementar nº 1.025, de 7-12-2007,
1803 regulamentada pelo Decreto nº 52.455, de 7-12-2007, a Agência Reguladora de
1804 Saneamento e Energia - ARSESP, entidade autárquica e vinculada à Secretaria de
1805 Energia do Estado de São Paulo. Em relação ao Saneamento, cabe à ARSESP regular
1806 e fiscalizar os serviços de titularidade estadual, assim como aqueles, de titularidade
1807 municipal, que venham a ser delegados à ARSESP pelos municípios paulistas que
1808 manifestarem tal interesse 51.

1809 Isso significa que, mesmo nos casos em que a titularidade dos serviços de saneamento
1810 pertença aos municípios, como é o caso vigente na UGRHI-14, podem esses entes
1811 celebrar convênio com ARSESP, no qual são delegadas a essa agência as
1812 competências do titular dos serviços de saneamento no que se refere à regulação e à
1813 fiscalização.

1814 No caso dos municípios que concederam os serviços de saneamento – água e


1815 esgotamento sanitário - à Sabesp, por contrato de programa, ou concessão a
1816 particular, esses entes poderão celebrar convênio de cooperação com a ARSESP, mas
1817 não estão obrigados a fazê-lo, pois o modelo é flexível. Apenas a Lei Complementar
1818 Estadual 1.025/07 exige que a celebração do convênio de cooperação seja precedida
1819 pela apresentação de laudo que ateste a viabilidade econômico-financeira dos
1820 serviços52.

1821 3.3.4.2 Delegação a Consórcio Público


1822 A figura do consórcio público encontra-se prevista no art. 241 da Constituição Federal e
1823 seu regime jurídico foi fixado pela Lei nº 11.107, de 6-04-2005, regulamentada pelo
1824 Decreto nº 6.017, de 17-1-2007.

1825 Consórcio público é “pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação,
1826 na forma da Lei nº 11.107/05, para estabelecer relações de cooperação federativa,
1827 inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como associação
1828 pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como
1829 pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos”53.

1830 Somente podem participar como consorciados do consórcio público os entes


1831 Federados: União, Estados, Distrito Federal e Municípios, não podendo nenhum ente
1832 da Federação ser obrigado a se consorciar ou a permanecer consorciado. Sua

51 A ARSESP é a nova denominação da Comissão de Serviços Públicos de Energia CSPE, que teve as suas competências estendidas para o saneamento básico.
52 Artigo 45 - Fica o Poder Executivo do Estado de São Paulo, diretamente ou por intermédio da ARSESP, autorizado a celebrar, com Municípios de seu território, convênios de cooperação, na forma do artigo
241 da CF/88, visando à gestão associada de serviços de saneamento básico, pelos quais poderão ser delegadas ao Estado, conjunta ou separadamente, as competências de titularidade municipal de
regulação, fiscalização e prestação desses serviços. § 1º - Na hipótese de delegação ao Estado da prestação de serviços de saneamento básico, o prestador estadual celebrará contrato de programa
com o Município, no qual serão fixadas tarifas e estabelecidos mecanismos de reajuste e revisão, observado o artigo 13 da Lei nº 11.107/05, e o Plano de Metas Municipal de Saneamento. § 2º - As tarifas a
que se refere o § 1º deste artigo deverão ser suficientes para o custeio e a amortização dos investimentos no prazo contratual, ressalvados os casos de prestação regionalizada, em que esse equilíbrio poderá
ser apurado considerando as receitas globais da região. § 3º - As competências de regulação e fiscalização delegadas ao Estado serão exercidas pela ARSESP,... vedada a sua atribuição a prestador estadual,
seja a que título for. §4º - Quando o convênio de cooperação estabelecer que a regulação ou fiscalização de serviços delegados ao prestador estadual permaneçam a cargo do Município, este deverá
exercer as respectivas competências por meio de entidade reguladora que atenda ao disposto no artigo 21 da Lei nº 11.445/07, devendo a celebração do convênio ser precedida da apresentação de laudo
atestando a viabilidade econômico-financeira da prestação dos serviços. § 5º - Na hipótese prevista no § 4º deste artigo, a ARSESP poderá atuar como árbitro para solução de divergências entre o
prestador de serviços e o poder concedente.
53 Decreto nº 6.017/07, art. 2º, I.

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1833 constituição pode ocorrer de uma única vez ou paulatinamente, mediante a adesão dos
1834 consorciados ao longo do tempo. No presente caso, os formatos podem ser: 1. Estado
1835 e Município e 2. somente municípios.

1836 Os objetivos do consórcio público são determinados pelos entes da Federação que se
1837 consorciarem54. Entre os objetivos do consórcio55 encontra-se “a gestão associada de
1838 serviços públicos”, que significa “a associação voluntária de entes federados, por
1839 convênio de cooperação ou consórcio público, conforme disposto no art. 241 da
1840 Constituição Federal”56.

1841 O consórcio público será constituído por contrato, cuja celebração dependerá da prévia
1842 subscrição de protocolo de intenções57 o que envolve as seguintes fases: 1. subscrição
1843 de protocolo de intenções58; 2. publicação do protocolo de intenções na imprensa
1844 oficial59; 3. promulgação da lei por parte de cada um dos partícipes, ratificando, total ou
1845 parcialmente, o protocolo de intenções60 ou disciplinando a matéria61 e 4. celebração
1846 do contrato62.

1847 O protocolo de intenções é o contrato preliminar, resultado de uma ampla negociação


1848 política entre os entes federados que participarão do consórcio. É nele que as partes
1849 contratantes definem todas as condições e obrigações de cada um e, uma vez
1850 ratificado mediante lei, converte-se em contrato de consórcio público.

1851 3.4 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS: MODELOS INSTITUCIONAIS

1852 O titular – Município - pode prestar diretamente os serviços de saneamento ou autorizar


1853 a delegação dos mesmos, definindo o ente responsável pela sua regulação e
1854 fiscalização, bem como os procedimentos de sua atuação63. Releva notar que “a
1855 delegação de serviço de saneamento básico não dispensa o cumprimento pelo
1856 prestador do respectivo plano de saneamento básico em vigor à época da
1857 delegação”64. Desse modo, havendo qualquer ato ou contrato de delegação, cabe ao
1858 prestador cumprir o plano de saneamento em vigor na época da edição desse ato ou
1859 mesmo contrato.

1860 No quadro jurídico-institucional vigente, os serviços de saneamento são prestados


1861 segundo os modelos a seguir descritos. Em geral, a prestação de tais serviços é feita
1862 por pessoas distintas, muitas vezes em arranjos institucionais diferentes, dentro das
1863 possibilidades oferecidas pela legislação em vigor. Dessa forma, para tornar mais claro

54 Lei nº 11.107/05, art. 2º.


55 Decreto nº 6.017/07, art. 3º, I.
56 Lei nº 11.445/07, art. 3º, II.
57 Lei nº 11.107/05, art. 3º.
58 Lei nº 11.107/05, art. 3º.
59 Lei nº 11.107/05, art. 4º, § 5º.
60 Lei nº 11.107/05, art. 5º.
61 Lei nº 11.107/05, art. 4º, § 4º.
62 Lei nº 11.107/05, art. 3º.
63 Lei nº 11.445/07, art. 9º, II.
64 Lei nº 11.445/07, art. 19, § 6o .

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1864 o texto, optou-se por tratar dos modelos institucionais e, em cada um, abordar cada tipo
1865 de serviço, quando aplicável.

1866 A prestação regionalizada de serviços públicos de saneamento básico poderá ser


1867 realizada por órgão, autarquia, fundação de direito público, consórcio público, empresa
1868 pública ou sociedade de economia mista estadual, do Distrito Federal, ou municipal, na
1869 forma da legislação ou empresa a que se tenham concedido os serviços 65. Os
1870 prestadores que atuem em mais de um Município ou que prestem serviços públicos de
1871 saneamento básico diferentes em um mesmo Município manterão sistema contábil que
1872 permita registrar e demonstrar, separadamente, os custos e as receitas de cada serviço
1873 em cada um dos Municípios atendidos e, se for o caso, no Distrito Federal66. Essa
1874 regra é o oposto do sistema do Planasa, em que não havia uma contabilidade por
1875 município.

1876 3.4.1 Prestação Direta pela prefeitura municipal


1877 Os serviços são prestados por um órgão da Prefeitura Municipal, sem personalidade
1878 jurídica e sem qualquer tipo de contrato, já que, nessa modalidade, as figuras de titular
1879 e de prestador dos serviços se confundem em um único ente – o Município. A Lei nº
1880 11.445/07 dispensa expressamente a celebração de contrato para a prestação de
1881 serviços por entidade que integre a administração do titular67.

1882 Os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário são prestados, em


1883 vários Municípios, por Departamentos de Água e Esgoto, órgãos da Administração
1884 Direta Municipal. A remuneração ao Município, pelos serviços prestados, é efetuada
1885 por meio da cobrança de taxa ou tarifa. Em geral, tais serviços restringem-se ao
1886 abastecimento de água, à coleta e ao afastamento dos esgotos. Não há um registro
1887 histórico importante de tratamento de esgoto nesse modelo, situação que, nos últimos
1888 anos, vem sendo alterada graças à atuação do Ministério Público, fundamentado na Lei
1889 nº 7.347, de 24/07/85, que dispõe sobre a Ação Civil Pública. Tampouco as tarifas e
1890 preços públicos são cobrados com base em uma equação econômico-financeira
1891 estabelecida.

1892 Os serviços relativos à drenagem e ao manejo das águas pluviais urbanas são em
1893 geral prestados de forma direta por secretarias municipais.

1894 Os serviços de limpeza urbana são prestados, nesse caso, pelo órgão municipal,
1895 sem a existência de qualquer contrato.

1896 3.4.2 Prestação de serviços por Autarquias


1897 A autarquia é uma entidade da administração pública municipal, criada por lei para
1898 prestar serviços de competência da Administração Direta, recebendo, portanto, a

65 Lei nº 11.445/07, art. 16.


66 Lei nº 11.445/07, art. 18.
67 Lei nº 11.445/07, art. 10.

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1899 respectiva delegação. Embora instituídas para uma finalidade específica, suas
1900 atividades e a respectiva remuneração não se encontram vinculadas a uma equação
1901 econômico-financeira, pois não há contrato de concessão. Tampouco costuma se
1902 verificar, nas respectivas leis de criação, regras sobre sustentabilidade financeira ou
1903 regulação dos serviços.

1904 Os SAAE – Serviços Autônomos de Água e Esgoto são autarquias municipais com
1905 personalidade jurídica própria, autonomia administrativa e financeira, criadas por lei
1906 municipal com a finalidade de prestar os serviços de água e esgoto.

1907 3.4.3 Prestação por Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista


1908 Municipais
1909 Outra forma de prestação de serviços pelo Município é a delegação a empresas
1910 públicas ou sociedades de economia mista, criadas por lei municipal. Nesses casos, a
1911 lei é o instrumento de delegação dos serviços e ainda que haja, como nas autarquias,
1912 distinção entre o titular e o prestador dos serviços, tampouco existe regulação para os
1913 serviços.

1914 3.4.4 Prestação mediante Contrato


1915 De acordo com a Lei nº 11.445/07, a prestação de serviços de saneamento básico,
1916 para ser prestada por uma entidade que não integre a administração do titular, quer
1917 dizer, que não seja um DAE (administração direta) ou um SAAE (administração
1918 indireta), depende da celebração de contrato, sendo vedada a sua disciplina
1919 mediante convênios, termos de parceria ou outros instrumentos de natureza precária. 68
1920 Não estão incluídos nessa hipótese os serviços cuja prestação o Poder Público, nos
1921 termos de lei, autorizar para usuários organizados em cooperativas ou associações,
1922 desde que limitados a determinado condomínio, e localidade de pequeno porte,
1923 predominantemente ocupada por população de baixa renda, onde outras formas de
1924 prestação apresentem custos de operação e manutenção incompatíveis com a
1925 capacidade de pagamento dos usuários e os convênios e outros atos de delegação
1926 celebrados até 6-4-2005.69

1927 3.4.4.1 Condições de validade dos contratos


1928 Para que os contratos de prestação de serviços públicos de saneamento básico sejam
1929 válidos, e possam produzir efeitos jurídicos, isto é, o prestador executar os serviços e a
1930 Administração pagar de acordo com o que foi contratado, a lei impõe algumas
1931 condições, relativas aos instrumentos de planejamento, viabilidade e regulação, além
1932 do controle social.

1933 Em primeiro lugar, é necessário que tenha sido elaborado o plano de saneamento
1934 básico, nos termos do art. 19 da Lei nº 11.445/07. E de acordo com o plano elaborado,

68 Lei nº 11.455/07, art. 10, caput.


69 Lei nº 11.455/07, art. 10º, § 1º.

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1935 deve ser feito um estudo comprovando a viabilidade técnica e econômico-financeira da


1936 prestação universal e integral dos serviços, de forma a se conhecer o seu custo,
1937 ressaltando que deve se buscar a universalidade da prestação.70

1938 A partir do plano e do estudo de viabilidade técnica e econômico-financeira, é preciso


1939 estabelecer as normas de regulação dos serviços, devendo tais normas preverem
1940 os meios para o cumprimento das diretrizes da Lei de Saneamento, e designar
1941 uma entidade de regulação e de fiscalização71.

1942 A partir daí, cabe realizar audiências e consultas públicas sobre o edital de licitação, no
1943 caso de concessão, e sobre a minuta do contrato. Trata-se de uma forma de tornar
1944 públicas as decisões do poder municipal, o qual se submete, dessa forma, ao controle
1945 social72.

1946 Além disso, os planos de investimentos e os projetos relativos ao contrato deverão ser
1947 compatíveis com o respectivo plano de saneamento básico73, o que corresponde ao
1948 estabelecimento da equação econômico-financeira relativa aos serviços.

1949 3.4.4.2 Contrato de prestação de serviços


1950 Além da exigência, em regra, da licitação, a Lei nº 8.666/93 estabelece normas
1951 específicas para que se façam o controle e a fiscalização dos contratos, estabelecendo
1952 uma série de medidas a serem tomadas pela Administração ao longo de sua execução.
1953 Tais medidas referem-se ao acompanhamento, à fiscalização, aos aditamentos, às
1954 notificações, à aplicação de penalidades, à eventual rescisão unilateral e ao
1955 recebimento do objeto contratado.

1956 O acompanhamento e a fiscalização da execução dos contratos constituem poder-


1957 dever da Administração, em decorrência do princípio da indisponibilidade do interesse
1958 público. Se em uma contratação estão envolvidos recursos orçamentários, é dever da
1959 Administração contratante atuar de forma efetiva para que os mesmos sejam aplicados
1960 da melhor maneira possível.

1961 Quando a Administração Pública celebra um contrato, fica obrigada a observância das
1962 regras impostas pela lei, para fiscalizar e controlar a execução do ajuste. Cabe ao
1963 gestor de contratos fiscalizar e acompanhar a correta execução do contrato. A
1964 necessidade de haver um gestor de contratos é definida expressamente na Lei nº
1965 8.666/93, em seu art. 67. Segundo esse dispositivo, a execução do contrato deverá ser
1966 acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente
1967 designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de
1968 informações pertinentes a essa atribuição.

70 Lei nº 11.445/07, art. 11, II.


71 Lei nº 11.445/07, art. 11, III.
72 Lei nº 11.445/07, art. 11, IV.
73 Lei nº 11.445/07, art. 11, §2º.

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1969 Esse modelo é utilizado, sobretudo, para a Limpeza Urbana. O modelo é o de contrato
1970 de prestação de serviços de limpeza – coleta, transporte e disposição dos resíduos -,
1971 poda de árvores, varrição, entre outros itens.

1972 No caso da Drenagem Urbana, as obras, quando não realizadas pelos funcionários
1973 municipais, ficam a cargo de empresas contratadas de acordo com a Lei nº 8.666/93.

1974 No caso do abastecimento de água e esgotamento sanitário, a complexidade da


1975 prestação envolve outros fatores, como o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos
1976 e a política tarifária, entre outros, que remetem à contratação por meio de modelos
1977 institucionais específicos.

1978 3.4.4.3 Contrato de concessão


1979 Concessão de serviço público é o contrato administrativo pelo qual a Administração
1980 Pública delega a um particular a execução de um serviço público em seu próprio nome,
1981 por sua conta e risco. A remuneração dos serviços é assegurada pelo recebimento da
1982 tarifa paga pelo usuário, observada a equação econômico-financeira do contrato.

1983 O art. 175 da Constituição Federal estatui que “incumbe ao Poder Público, na forma da
1984 lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre mediante licitação,
1985 a prestação de serviços públicos. De acordo com o seu parágrafo único, a lei disporá
1986 sobre: 1. o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviço público,
1987 o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de
1988 caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; 2. os direitos dos
1989 usuários; 3. política tarifária e 4. obrigação de manter o serviço adequado. As Leis n os
1990 8.987, de 13-2-1995, e 9.074, de 7-7-1995, regulamentam as concessões de serviços
1991 públicos.

1992 Para os contratos de concessão, assim como para os contratos de programa, a Lei
1993 nº 11.445/07 estabelece informações adicionais que devem constar das normas de
1994 regulação, conforme segue: 1. autorização para a contratação, indicando prazos e a
1995 área a ser atendida; 2. inclusão, no contrato, das metas progressivas e graduais de
1996 expansão dos serviços, de qualidade, de eficiência e de uso racional da água, da
1997 energia e de outros recursos naturais, em conformidade com os serviços a serem
1998 prestados; 3. as prioridades de ação, compatíveis com as metas estabelecidas; 4. as
1999 condições de sustentabilidade e equilíbrio econômico-financeiro da prestação dos
2000 serviços, em regime de eficiência, incluindo: a) o sistema de cobrança e a composição
2001 de taxas e tarifas; b) a sistemática de reajustes e de revisões de taxas e tarifas; c) a
2002 política de subsídios; 5. mecanismos de controle social nas atividades de
2003 planejamento, regulação e fiscalização dos serviços e 6. as hipóteses de intervenção e
2004 de retomada dos serviços74.

2005

74 Lei nº 11.445/07, art. 11, § 2º.

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2006 3.4.4.4 Contrato de programa


2007 As Empresas Estaduais de Saneamento Básico – CESB –, criadas no âmbito do
2008 PLANASA – Plano Nacional de Saneamento foram instituídas sob a forma de
2009 sociedades de economia mista, cujo acionista controlador é o governo do respectivo
2010 Estado. É o caso da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo -
2011 SABESP, cuja criação foi autorizada pela Lei nº 119, de 29/06/73 75, tendo por objetivo
2012 o planejamento, execução e operação dos serviços públicos de saneamento básico em
2013 todo o Estado de São Paulo, respeitada a autonomia dos municípios.

2014 A Sabesp é concessionária de serviços públicos de saneamento. Para tanto, atua como
2015 concessionária, sendo que parte desses contratos remonta à década de setenta, pelo
2016 prazo de trinta anos, o que significa que alguns já estão renegociados e outros em fase
2017 de nova negociação por meio dos chamados contratos de programa celebrados com
2018 os Municípios.

2019 4. ESTUDOS, PLANOS, PROJETOS, LEVANTAMENTOS


2020 EXISTENTES E LICENCIAMENTOS AMBIENTAIS EXISTENTES
2021 Os principais estudos, planos, projetos, levantamentos e licenciamentos ambientais
2022 existentes, consultados para elaboração do presente produto, são listados a seguir:

2023 4.1 PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS – PERH 2004-2007


2024 4.1.1 Considerações Gerais
2025 Esse plano, elaborado pelo Consórcio ENGECORPS-JRM e finalizado em julho-2005,
2026 representou o marco da situação dos recursos hídricos no Estado de São Paulo (ESP),
2027 abordando a caracterização do estado em unidades de gerenciamento de recursos
2028 hídricos, a caracterização física em seus aspectos geológicos, geomorfológicos e
2029 hidrogeológicos, a caracterização socioeconômica, a evolução jurídico-institucional da
2030 situação dos recursos hídricos, a disponibilidade, usos e demandas dos recursos
2031 hídricos estaduais, a situação quanto aos serviços de saneamento e a situação das
2032 áreas degradadas pela erosão, movimento de massas, assoreamento e inundações.

2033 As informações apresentadas a seguir foram extraídas do Relatório-Síntese do PERH


2034 2004-2007, datado de julho-2005, que apresenta os dados resumidos do plano
2035 estadual. Deve-se realçar que, em função do grande volume de informações
2036 constantes do PERH, foram extraídas apenas aquelas consideradas de interesse para
2037 a elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSBs) e do Plano
2038 Regional Integrado de Saneamento Básico (PRISB).

2039

75 Alterada pela Lei nº 12.292/2006.

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2040 4.1.2 Disponibilidades Hídricas


2041 Com base na regionalização desenvolvida pelo DAEE desde 1980, através dos totais
2042 anuais precipitados em 444 postos fluviométricos, nas séries de descargas mensais
2043 observadas em 219 estações fluviométricas e nas séries históricas de vazões diárias
2044 de 88 postos fluviométricos, obteve-se, quando da elaboração do PERH em referência,
2045 a produção hídrica do Estado de São Paulo, em termos de vazão mínima com 95% de
2046 permanência- Q95% = 1.259 m3/s e, em termos de vazões mínimas médias de 7 dias
2047 consecutivos com período de retorno de 10 anos - Q7,10 = 893 m3/s. Especificamente
2048 em relação à UGRHI-14, esses valores atingiram 114 m3/s e 84 m3/s, representando
2049 cerca de 9,0% e 9,4%, respectivamente, em relação ao Estado de São Paulo. As áreas
2050 de drenagem consideradas foram de 248.209 km 2 para o Estado de São Paulo e de
2051 22.689 km2 para a UGRHI-14.

2052 De acordo com diagnóstico apresentado no PERH 2004-2007, o Estado de São Paulo
2053 apresentava o seguinte panorama quanto à disponibilidade de recursos hídricos:

2054  em termos globais, havia abundância de água, ocorrendo escassez apenas em


2055 áreas localizadas, de excessiva concentração de demandas. No caso da UGRHI-
2056 14, a disponibilidade de água superficial em 2004 era de aproximadamente 11.000
2057 m3/ano/hab., valor enquadrado na faixa ideal;

2058  os recursos hídricos subterrâneos, onde existentes, representavam a mais flexível


2059 das fontes permanentes de água;

2060  as águas superficiais estavam fortemente ameaçadas pelo lançamento de esgotos


2061 domésticos, efluentes industriais não tratados, pelas atividades agrícolas de uso
2062 intensivo de insumos químicos e grande erosão dos solos; em função disso, a
2063 preservação da qualidade das águas superficiais, principalmente nos mananciais de
2064 abastecimento, deveria ter alta prioridade;

2065  apesar dessa situação, reconhecia-se, adicionalmente, que, em algumas UGRHIs,


2066 o desenvolvimento havia trazido um crescimento populacional que poderia requerer,
2067 no futuro, alocações de água incompatíveis com as disponibilidades locais ou o
2068 comprometimento de transferência de águas entre UGRHIs vizinhas.

2069 NOTA – O Relatório Zero e o Plano de Bacia não apresentavam, na época, estimativas de reservas
2070 explotáveis nos aquíferos que existiam na UGRHI-14; no entanto, no PERH 2004-2007, indicou-se uma
2071 vazão explotável de 25 m³/s, com índice de utilização de 1%( 0,3 m³/s).
2072

2073 4.1.3 Demandas Projetadas para os Recursos Hídricos do Estado de São


2074 Paulo

2075 4.1.3.1 Abastecimento de Água


2076 Conforme estimativa efetuada quando da elaboração do PERH 2004-2007, as
2077 demandas totais no Estado de São Paulo, e particularmente para a UGRHI-14,
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2078 apresentaram os seguintes valores para os anos de 2004 e 2007, constantes nos
2079 Quadros 4.1 e 4.2:

2080 QUADRO 4.1- DEMANDAS TOTAIS E PORCENTAGENS EM RELAÇÃO AOS TOTAIS- 2004
3
Demanda Total – m / s Setorial/Total - %
Local
Urbana Industrial Irrigação Total Urb./Total Ind./total Irrig./Total
UGRHI-14 1,39 2,81 20,0 24,2 5,7 11,6 82,6
ESP 135,0 126,7 155,5 417,2 32,4 30,4 37,3
UGRHI-14/ESP- % 1,0 2,2 12,9 5,8
2081

2082 QUADRO 4.2- DEMANDAS TOTAIS E PORCENTAGENS EM RELAÇÃO AOS TOTAIS- 2007
3
Demanda Total – m / s Setorial/Total - %
Local
Urbana Industrial Irrigação Total Urb./Total Ind./total Irrig./Total
UGRHI-14 1,43 3,09 24,82 29,34 4,9 10,5 84,6
ESP 137,3 138,5 177,9 453,7 30,3 30,5 39,2
UGRHI-14/ESP-% 1,0 2,2 14,0 6,5
2083

2084 A orientação de longo prazo (até 2020) apontava uma demanda, em termos de
2085 atendimento pelos sistemas públicos de abastecimento de água (demanda total
2086 urbana), de 1,75 m3/s para a UGRHI-14 e de 160,7 m3/s para o Estado de São Paulo.

2087 A conclusão a que se chegou pela análise dos dados indicados nos quadros anteriores,
2088 é de que a demanda de irrigação representa, com base em estimativas efetuadas, valor
2089 bastante elevado na UGRHI-14, bem superior às demandas urbana e industrial. No
2090 Estado de São Paulo constata-se um equilíbrio entre os três segmentos abordados.

2091 Notas:

2092 1 – Nas demandas indicadas nos quadros anteriores, não se faz distinção das fontes de suprimento
2093 (superficiais ou subterrâneas);

2094 2 – Em 13 das 22 UGRHIs do Estado de São Paulo (04, 08, 09,12, 13, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22), o
2095 recurso hídrico subterrâneo era fonte prioritária para abastecimento público;

2096 3 – A partir de dados compilados pela Fundação SEADE (1999), foi indicado que o total explorado de
3
2097 água subterrânea para abastecimento público no ESP atingia uma vazão de 22,5 m /s, sendo que a
2098 maior parte dessa exploração encontrava-se no noroeste paulista e estava centrada no Sistema Aquífero
2099 Bauru, e, em cidades de maior porte, no Sistema Aquífero Guarani, com poços de grandes
2100 profundidades;

2101 4 – Quando da elaboração do PERH 2004-2007, foi efetuada a análise dos Relatórios Zero e dos Planos
2102 de Bacia, onde ficou caracterizado que as maiores extrações de água subterrânea estavam associadas
3 3 3 3
2103 às Bacias do Paraíba do Sul (3,6m /s), Pardo (4,4m /s), Alto Tietê (7,9m /s), Mogi-Guaçu (4,8m /s),

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3 3 3
2104 Tietê-Jacaré (3,7m /s), Turvo/Grande (5,5 m /s) e Médio Paranapanema (3,2m /s). As demais unidades
3
2105 tinham aproveitamento menor do que 1,5 m /s;

3
2106 5 – O uso totalizado de águas subterrâneas para o ESP e registrado no PERH foi de 41,8 m /s,
2107 englobando o abastecimento público, uso industrial, uso rural e outros usos; a vazão explotável para a
3
2108 UGHRI 14 era de 25 m /s.

2109 6 – O PERH 2004 – 2007 apontou, para o ano 2004, 7.779 poços outorgados no ESP, sendo que 56 na
2110 UGRHI-14.

2111 4.1.3.2 Esgotos Domésticos


2112 Em relação às vazões de tratamento dos esgotos, o panorama registrado para o
2113 período 2004-2007 encontra-se apresentado no Quadro 4.3 a seguir:

2114 QUADRO 4.3 - VAZÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTOS – ANOS 2004 E 2007


Vazões De Tratamento De Esgotos – m3/s Incrementos – m3/s
Local
2004 2007 2004-2007

UGRHI-14 0,68 0,91 0,23


ESP 60,14 84,16 24,02
2115

2116 Pode-se verificar que, no planejamento para o período abrangido pelo PERH-2004-
2117 2007, estimava-se o incremento de aproximadamente 0,23 m 3/s (34%) no tratamento
2118 dos esgotos da UGRHI-14 e de 24,02 m3/s (40%) no Estado de São Paulo. Observa-se
2119 que a porcentagem de incremento então prevista no tratamento de esgotos
2120 acompanhava a tendência estadual.

2121 4.1.3.3 Resíduos Sólidos Domiciliares


2122 Com relação aos resíduos sólidos, as demandas totais dos municípios que necessitam
2123 de intervenções para adequar as respectivas destinações finais, na UGRHI-14 e no
2124 Estado de São Paulo, para os anos de 2004 e 2007, encontram-se indicadas no quadro
2125 a seguir:

2126 QUADRO 4.4 - DEMANDAS DOS MUNICÍPIOS COM INTERVENÇÕES –2004 E 2007
LIXO–t/dia INCREMENTOS—t/dia
LOCAL
2004 2007 2004-2007

UGRHI-14 170,02 181,18 11,16


ESP 5.810,2 6.276,4 466,2

2127

2128 Deve-se ressaltar que, no PERH 2004-2007, pelo fato de o lixo provocar a
2129 contaminação do solo e da água superficial e subterrânea, o mesmo foi considerado no
2130 item de demandas de recursos hídricos, embora não se configurasse a vinculação
2131 direta entre esses elementos.
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2133 4.1.4 Balanço entre Produções Hídricas (Disponibilidades) e Demandas


2134 No Quadro 4.5 a seguir, apresenta-se o balanço entre as produções hídricas e
2135 demandas para as bacias hidrográficas mais críticas do Estado de São Paulo no ano
2136 de 2004.

2137 As relações indicadas nesse quadro foram estabelecidas com base nas demandas
2138 totais superficiais e subterrâneas (De) e as produções hídricas superficiais dentro dos
2139 limites de cada UGRHI, expressas pela vazão mínima Q7,10 – (Di), pois há falta de
2140 dados para a estimativa da retirada sustentável de água subterrânea por UGRHI.

2141 QUADRO 4.5 - RELAÇÃO ENTRE AS DEMANDAS E AS PRODUÇÕES HÍDRICAS


2142 SUPERFICIAIS PARA ALGUMAS UGRHIs E O ESTADO DE SÃO PAULO– 2004
DEMANDAS TOTAIS
PRODUÇÃO HÍDRICA DEMANDA COMO
(ÁGUAS SUPERFICIAIS
UGRHI (VAZÃO MÍNIMA) - Q7,10 FRAÇÃO DE Q7,10
E SUBTERRÂNEAS) 3
3 (Di) – m /s (De/Di)
(De) – m /s

05 PIRACIC./CAPIV./JUNDIAÍ 40,83 43,00 0,95


O6 ALTO TIETÊ 86,42 20,00 4,32
08 SAPUCAÍ/GRANDE 25,57 28,00 0,91
09 MOGI-GUAÇU 40,23 48,00 0,84
10 TIETÊ/SOROCABA 17,98 22,00 0,82
ESTADO DE SÃO PAULO 417,26 893,00 0,47

2143

2144 Foram consideradas críticas as UGRHIs com a relação (De/Di) superior a 0,80, como é
2145 o caso das UGRHIs 05, 06, 08, 09 e 10. As unidades hidrográficas com relações mais
2146 favoráveis eram a UGRHIs 01 – Mantiqueira (0,07), 03-Litoral Norte (0,03) e 11-Ribeira
2147 de Iguape/Litoral Sul (0,02), com valores extremamente favoráveis para os balanços
2148 hídricos.

2149 A UGRHI-14 apresenta uma Demanda Total (De) de 24,2 m³/s e uma Produção Hídrica
2150 (vazão Q7,10), e uma relação De/Di de 0,29, valor intermediário em relação ao do
2151 estado.

2152 A UGRHI 06 (Alto Tietê) depende de importações de água, pois apresenta uma relação
2153 superior a 4,0. No caso do Estado de São Paulo, a relação, em termos médios, ainda
2154 continuava favorável. Naturalmente, os níveis mais críticos poderiam ser atenuados se
2155 fossem levadas em conta as águas subterrâneas e aquelas provenientes de partes de
2156 bacias interestaduais fora do Estado.

2157 4.1.5 Outorgas


2158 A outorga dos direitos de uso das águas é um dos instrumentos de gestão de recursos
2159 hídricos, previsto na Lei Federal 9433 de 8 de janeiro de 1997. A outorga está
2160 diretamente relacionada aos Planos de Recursos Hídricos, ao enquadramento dos

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2161 cursos d’água e à cobrança pelo uso da água. Em 01 de junho de 2004, mais de
2162 43.000 pontos de uso no ESP estavam cadastrados no DAEE, correspondentes a
2163 captações, lançamentos, obras hidráulicas, serviços, extração de minérios e outros
2164 usos. Desses, 24.840 pontos estavam outorgados pelo DAEE.

2165 4.1.6 Qualidade das Águas

2166 4.1.6.1 Águas Superficiais


2167 Desde 1974, a CETESB vem operando a Rede de Monitoramento das Águas Interiores
2168 do Estado. A Rede de Monitoramento iniciou com 47 pontos de amostragem e, em
2169 2003, já compreendia 154 pontos de monitoramento, sendo 38 deles localizados em
2170 mananciais.

2171 Na UGRHI-14, com área de 22.689 km², quando da elaboração do PERH 2004-2007,
2172 havia 5 pontos de monitoramento, com densidade de 0,22 pontos/1.000 km², enquanto
2173 que a média estadual era de 1,17 pontos/1.000 km², portanto, cerca de 5 vezes
2174 superior à densidade da UGRHI-14. Deve-se ressaltar que em 2004, 16 UGRHIs
2175 apresentavam densidade menor do que 1,00 ponto /1.000 km², algumas com
2176 densidades extremamente baixas, como a UGRHI 17 (Médio Paranapanema), com
2177 valor de 0,18 pontos/1.000 km² e a UGRHI 18 (São José dos Dourados), com valor de
2178 0,15 pontos/1.000 km².

2179 O diagnóstico de qualidade das águas superficiais, apresentado no PERH-2004-2007,


2180 baseou-se no Relatório de Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo-
2181 2003, publicado em 2004 pela CETESB.

2182 Segundo levantamento apresentado nesse relatório, a carga poluidora total da UGRHI-
2183 14, de origem urbana, era de 27.553 kgDBO/dia, em termos potenciais, e a carga
2184 remanescente de 14.582 kgDBO/dia, correspondentes a populações equivalentes de
2185 509.730 hab. e 269.767 hab., respectivamente. O porcentual de redução dessas cargas
2186 urbanas, em estações de tratamento, era de apenas 53%, valor considerado baixo. A
2187 carga remanescente era lançada nos cursos d’água.

2188 Quanto à carga total na UGHRI 14 (já incluindo a industrial), o valor era de 94.993
2189 kgDBO/dia, em termos potenciais, e a carga remanescente de 20.642 kgDBO/dia,
2190 correspondentes a populações equivalentes de 1.757.370 e 381.877 habitantes.,
2191 respectivamente. O porcentual de redução dessas cargas totais (urbana + industrial),
2192 em estações de tratamento, era de 22%, valor que pode ser considerado baixo.

2193 No caso do Estado de São Paulo, a carga poluidora urbana (carga doméstica) atingia
2194 1.861.146 kgDBO/dia e a remanescente 1.302.957 kg DBO/dia. Em termos de carga
2195 total, no ESP o valor estimado era de 11.171.637 kgDBO/dia, com um remanescente
2196 de 1.697.144 kgDBO/dia. Isso implicava, então, para o Estado de São Paulo, reduções
2197 para as cargas urbanas de apenas 30% e, para as cargas totais, o expressivo valor de
2198 85% no ano de 2003.

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2199 Nota – Pode-se verificar que as reduções das cargas urbanas são baixas, comparativamente à redução
2200 das cargas totais; isto porque as cargas industriais apresentam valores muito elevados (em termos de
2201 equivalentes populacionais) e os valores remanescentes são muito baixos, conforme indicado no PERH.
2202
2203 Em termos de Qualidade das Águas, segundo o relatório da CETESB, no ano de 2003
2204 o IAP apresentou, para a UGRHI-14, qualidade Ótima em 20% dos pontos
2205 monitorados, Boa em 60% dos pontos e com qualidade Regular também em 20 % dos
2206 pontos. Já o IVA apresentou qualidade Regular em 80 % dos pontos monitorados, e
2207 qualidade Péssima em 20%.

2208 Notas
2209 1 – IAP – Índice de Qualidade das Águas para Fins de Abastecimento Público, que reflete,
2210 principalmente, a contaminação dos corpos hídricos oriunda da industrialização e urbanização;
2211 2 – IVA – Índice de Qualidade das Águas para Proteção da Vida Aquática, que leva em consideração a
2212 presença e a concentração de vários contaminantes (cobre, zinco, chumbo, cromo, etc.), incluindo o pH
2213 e o oxigênio dissolvido;
2214 3 – Esses índices abrangem inúmeras variáveis de qualidade, que podem ser consultadas nos Relatórios
2215 de Qualidade das Águas Interiores da CETESB.
2216
2217 O IAP em situação Ótima se verifica no reservatório de Jurumirim; em situação Boa,
2218 imediatamente a montante do remanso do reservatório de Chavantes, nos rios
2219 Paranapanema e Itapetininga; e, em situação Regular, no rio Taquari.

2220 Quanto aos resultados do IET (Índice do estado trófico), o levantamento da CETESB
2221 de 2003 mostrava que nos pontos de amostragem dos rios Itararé, Paranapanema,
2222 Taquari e Itapetininga esses corpos d´água apresentavam níveis eutróficos, sendo que
2223 no ponto do reservatório de Jurumirim, verificava-se nível oligotrófico. Os níveis médios
2224 do oxigênio dissolvido, que são influenciados pela quantidade de matéria orgânica
2225 biodegradável presente na água, não se mostraram comprometidos, mantendo-se
2226 próximos à saturação para todos os corpos d’água avaliados. Do ponto de vista
2227 microbiológico, apenas o Rio Taquari apresentou-se contaminado, indicando que os
2228 lançamentos do município de Itapeva, que se situa em sua bacia de drenagem, são os
2229 principais responsáveis pelo efeito constatado. Para os rios, o IET foi calculado
2230 somente com os valores de fósforo total, apresentando médias anuais de ambiente
2231 eutrófico, provavelmente devido ao aporte de esgoto doméstico e de carga difusa de
2232 origem agropecuária. Com relação ao estado de trofia, o Reservatório Jurumirim se
2233 enquadrou como oligotrófico, por apresentar baixas concentrações de nutrientes e
2234 produtividade. Como seus formadores apresentaram níveis elevados de nutrientes,
2235 eles podem futuramente aumentar o grau de trofia do Jurumirim, comprometendo seus
2236 múltiplos usos. Nessa UGRHI merece destaque a toxicidade crônica a Ceriodaphnia
2237 dubia detectada, em uma das amostragens, no ponto ITAR02500 (em fevereiro).

2238

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2239 4.1.6.2 Águas Subterrâneas


2240 Os resultados apresentados no Relatório de Qualidade das Águas Subterrâneas do
2241 Estado de São Paulo 2001-2003 da CETESB mostraram pouca variação entre esse
2242 monitoramento e aquele realizado no período 1998 a 2000. De um modo geral, os
2243 aquíferos apresentavam, na época de elaboração do PERH, águas subterrâneas de
2244 boa qualidade para consumo humano e deveriam ser preservados para essa finalidade
2245 por meio de licenciamento e controle das fontes de poluição. No entanto, todos os
2246 sistemas aquíferos do Estado estavam expostos a uma progressiva deterioração,
2247 decorrente da ocupação urbana, da expansão urbana, da expansão industrial e do
2248 crescimento da atividade agrícola.

2249 Desde 1990, a CETESB desenvolvia o monitoramento das águas subterrâneas, sendo
2250 que o nº de pontos foi ampliado de 147 para 169 pontos no ESP entre 1990 e 2004,
2251 abrangendo os principais aquíferos, incluindo poços de abastecimento público,
2252 nascentes de água subterrânea e poços particulares de abastecimento a indústrias. O
2253 número de parâmetros também foi ampliado, passando de 33 para 40.

2254 Em 2001, a CETESB publicou o Relatório de Estabelecimento de Valores Orientadores


2255 para Solo e Águas Subterrâneas, adotando, como valor de intervenção para as águas
2256 subterrâneas, os padrões de potabilidade da Portaria do Ministério da Saúde nº 1.469
2257 de 29.12.2000. Os parâmetros analisados abrangeram inúmeros elementos químicos e,
2258 no caso da UGRHI-14, a amostragem foi efetuada em 4 poços, identificados pelos
2259 números 55 em Itapetininga, 131 e 132 em São Miguel Arcanjo e 136 em Sarutaiá.
2260 Esses dados encontram-se no “Relatório de Qualidade das Águas Subterrâneas do
2261 Estado de São Paulo 2001- 2003 - Anexo 3”.

2262 4.1.7 Vulnerabilidade dos Recursos Hídricos à Degradação


2263 A vulnerabilidade dos recursos hídricos à degradação está relacionada com a
2264 suscetibilidade à erosão e aos movimentos de massa, ao assoreamento, às
2265 inundações e ao desmatamento, com supressão da vegetação nativa. De um modo
2266 sintético, no Estado de São Paulo, 33% da área do mesmo apresentava, na época de
2267 elaboração do PERH 2004-2007, alta criticidade à erosão; 50% da área do estado
2268 apresentava média criticidade e apenas 17% do estado estava sujeita a baixa
2269 criticidade à erosão. Para a UGRHI-14, os valores indicados eram de 2%, 70% e 28%
2270 de criticidade à erosão, respectivamente.

2271 As mais altas criticidades no ESP foram observadas nas UGRHIs do oeste do Estado,
2272 apresentando valores tão altos quanto 80%, como era o caso da UGRHI 21(Peixe). No
2273 caso da UGRHI-14, que apresentava índices mais favoráveis àqueles verificados para
2274 a média estadual, as mais altas criticidades ocorriam a montante do reservatório de
2275 Chavantes, nas porções médias dos rios Itararé, Verde e do Ribeirão Vermelho, e
2276 pouco a jusante das cabeceiras dos rios Itapetininga e Capivari.

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2277 Quanto ao assoreamento, os processos mais intensos foram verificados nas Bacias do
2278 Rio Paraíba do Sul, Ribeira do Iguape, Alto Tietê, Mogi-Pardo, Turvo, Aguapeí, Peixe e
2279 Alto Paranapanema. Em relação às inundações, destacavam-se as inundações na
2280 Bacia do Alto Tietê, na Bacia do Rio Ribeira de Iguape e a jusante de alguns
2281 reservatórios do ESP.

2282 O desmatamento versus a vegetação nativa já apresentava índices alarmantes em todo


2283 o ESP, que possuía, em média, apenas 13,7% de vegetação nativa na época de
2284 elaboração do PERH 2004-2007. Deve-se realçar que, na UGRHI-14, a porcentagem
2285 de vegetação nativa apresentava índice médio de 13,4%, praticamente igual ao índice
2286 médio do estado.

2287 Em termos de vulnerabilidade pode-se dizer que, na UGRHI-14, os aquíferos


2288 apresentam baixa vulnerabilidade.

2289 4.1.8 Saneamento Básico


2290 Segundo o PERH 2004-2007, a situação do sistema de saneamento no Estado de São
2291 Paulo apresentava-se da seguinte forma:

2292  em termos de abastecimento de água, todas as UGRHIs apresentavam índices de


2293 cobertura acima de 95%, com exceção da UGRHI 01(Mantiqueira) e da UGRHI 03
2294 (Litoral Norte), que apresentavam índices de cobertura de 88% e 82%,
2295 respectivamente. No caso específico da UGRHI-14, o índice de abastecimento de
2296 água era de 98%;

2297  no tocante à coleta dos esgotos, a situação era a seguinte: 13 UGRHIs


2298 apresentavam índice de coleta entre 90% e 100%; 6 UGRHIs apresentavam índice
2299 entre 80% e 90%; 2 UGRHIs apresentavam índice de 59% e 1 UGRHI apresentava
2300 índice de coleta de 31%.

2301 Cabe destacar que a UGRHI-14 apresentava um índice de coleta de 91%, o que
2302 poderia ser considerado bastante adequado. O mais baixo índice foi verificado na
2303 UGRHI 03 (Litoral Norte), com índice de cobertura de apenas 31%.

2304  em termos de tratamento de esgotos (como porcentagens das quantidades


2305 coletadas), a situação podia ser considerada precária, com as seguintes variações:
2306 1 UGRHI apresentava índice de tratamento de 91% (valor máximo); 2 UGRHIs
2307 apresentavam índice de 71% e 75%; 1 UGRHI apresentava índice de 61%; 6
2308 UGRHIs apresentavam índice entre 50 e 60% e 12 UGRHIs apresentavam índice
2309 de tratamento abaixo de 50%.

2310 O menor valor foi verificado na UGRHI 01 (Mantiqueira) - 6% do valor coletado. Na


2311 UGRHI-14, o índice de tratamento foi indicado como 59% do valor coletado, índice
2312 considerado baixo.

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2313 Nota: No Estado de São Paulo foram indicados os seguintes índices médios de cobertura –
2314 abastecimento de água (97%); coleta de esgotos (84%); tratamento de esgotos coletados (38%).

2315 Um aspecto ressaltado no PERH 2004-2007 para o uso racional dos recursos hídricos
2316 foi a necessidade do controle de perdas nos sistemas de abastecimento de água, que
2317 apresentava a média estadual em torno de 47% (perdas reais + aparentes). No caso da
2318 UGRHI-14, foi estimado o valor médio de 32%.

2319 Quanto aos resíduos sólidos, o “Inventário Estadual dos Resíduos Sólidos Domiciliares-
2320 Relatório de 2003”, publicado pela CETESB em 2004, destacou a evolução referente à
2321 qualidade de resíduos dispostos adequadamente, que passou de 10,9% para 70,9%
2322 em 2003, em termos do “Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos-IQR”. O IQR, no
2323 caso da UGRHI-14, apresentou o valor máximo de 9,2, valor médio de 5,3 e valor
2324 mínimo de 0,9.

2325 4.1.9 Metas do PERH 2004-2007


2326 As metas do PERH foram divididas em três níveis, a saber: estratégicas, gerais e
2327 específicas. As principais características dessas metas encontram-se resumidas no
2328 Quadro 4.6 a seguir:

2329 QUADRO 4.6 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS METAS DO PERH 2004-2007


Metas (tipo) Natureza Vigência/reavaliação
Expressam o conjunto de objetivos permanentes do
Estratégicas SIGRH e da sociedade quanto aos recursos hídricos. Indefinida
Possuem âmbito estadual
4(quatro) anos. Definidas na
Desagregação dos objetivos permanentes segundo a ótica
Gerais elaboração de cada PERH e
do Estado
reavaliadas anualmente
Organizadas a partir das Metas Gerais, representam a Máximo de 4 (quatro) anos, podendo
expressão operacional das intervenções previstas nos ser menor. Definidas nos Planos de
Específicas
Planos de Recursos Hídricos elaborados para as Bacia e reavaliadas nos relatórios de
bacias/UGRHIs situação
2330

2331 Por se tratar de assunto longo e complexo, a descrição dessas metas, com todo o seu
2332 desdobramento, deixa de ser apresentada nesse resumo do PERH, podendo ser
2333 consultada diretamente nos relatórios constituintes do PERH. No entanto, para
2334 elucidação, encontram-se relacionadas as 6 metas estratégicas integrantes do PERH
2335 2004-2007:

2336  Meta 1 – Reformular e ampliar a Base de Dados do Estado de São Paulo (BDRH-
2337 SP), relativa às características e situação dos recursos hídricos;

2338  Meta 2 – Gerir efetiva e eficazmente os recursos hídricos superficiais e


2339 subterrâneos, de modo a garantir o seu uso doméstico, industrial, comercial,
2340 ecológico, recreacional, na irrigação e geração de energia, em navegação, na
2341 pecuária e outros setores;

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2342  Meta 3 - Proteger, recuperar e promover a qualidade dos recursos hídricos, com
2343 vistas à saúde humana, à vida aquática e à qualidade ambiental;

2344  Meta 4 – Contribuir para o desenvolvimento do Estado e do País, assegurando o


2345 uso múltiplo, racional e sustentável dos recursos hídricos em benefício de gerações
2346 presentes e futuras;

2347  Meta 5 – Minimizar as consequências de eventos hidrológicos extremos e


2348 acidentes que indisponibilizem a água;

2349  Meta 6 – Promover o desenvolvimento tecnológico e a capacitação de recursos


2350 humanos, a comunicação social e incentivar a educação ambiental em recursos
2351 hídricos.

2352 4.1.10 Indicadores e Diretrizes para os Planos de Bacia e Relatórios de


2353 Situação
2354 No PERH 2004-2007, foi sugerido um conjunto de 45 indicadores divididos em 3
2355 grupos: conjuntura socioeconômica e cultural; indicadores gerais da situação dos
2356 recursos hídricos do Estado de São Paulo e indicadores de implementação do Plano
2357 por meta geral, de modo a possibilitar a avaliação do progresso de gestão dos recursos
2358 hídricos, devendo os mesmos serem estabelecidos gradualmente.

2359 Foram propostas, também, diretrizes para os Planos de Bacia e Relatórios de Situação
2360 e uma proposta de reestruturação dos Programas de Duração Continuada – PDCs –
2361 discutida no âmbito do Comitê Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hídricos –
2362 CORHI, reduzindo de 12 para 8 programas, deixando-os mais próximos à estrutura do
2363 Plano Plurianual do Estado (PPA).

2364 4.1.11 Programa de Investimentos


2365 O Banco de Dados, contendo todas as ações e intervenções necessárias, classificadas
2366 segundo diversas fontes, custos, enquadramento nos PDCs (Planos de Duração
2367 Continuada, constante dos Planos de Bacia), Metas Estratégicas, Gerais e Específicas
2368 do PERH, perfaziam um total de 2.500 intervenções.

2369 Utilizando-se de “filtros”, onde se suprimiram intervenções nitidamente de competência


2370 municipal ou de empresas de saneamento, restaram, para o Programa de
2371 Investimentos do PERH, 1.800 ações distribuídas em 22 UGRHIs, com um montante
2372 de recursos que totalizavam R$ 4.423.500.000,00 para o período 2004-2007, no
2373 cenário designado “Desejável”.

2374 Quanto às fontes de recursos, foram examinados, basicamente, o PPA – Plano


2375 Plurianual 2004-2007 e os orçamentos do Estado de São Paulo dos anos 2004 e 2005.
2376 Esses documentos já contemplavam as principais fontes de recursos como: tesouro do
2377 estado, recursos de financiamentos, recursos federais, recursos próprios das empresas
2378 estatais e os recursos destinados ao FEHIDRO.

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2379 Em função dos cenários utilizados e de acordo com as metas estabelecidas,


2380 organizaram-se os investimentos necessários, conforme as metas estabelecidas,
2381 obtendo-se um programa de investimentos, conforme apresentado no Quadro 4.7 a
2382 seguir:

2383 QUADRO 4.7- SUMÁRIO DE RESULTADOS OBTIDOS PARA OS 3 CENÁRIOS, POR


2384 META ESTRATÉGICA – INVESTIMENTOS NO ESP CONFORME O PERH 2004 – 2007 –
2385 em R$ 1.000
Meta Estratégica Cenário Desejável Cenário Recomendável Cenário Provável

1 218.181 114.155 52.389


2 212.861 195.997 89.949
3 2.479.690 2.439.154 1.119.405
4 196.608 178.781 82.048
5 1.258.320 730.757 335.368
6 57.840 45.413 20.841
TOTAIS EM
4.423.500 3.704.256 1.700.000
R$ 1.000,00

2386 Notas:

2387 1 – Cenário Desejável – formulado sem restrições financeiras, contemplando todas as ações necessárias
2388 e possíveis de serem realizadas dentro do horizonte do plano, ou seja, 4 anos;

2389 2 – Cenário Recomendado – formulado a partir de uma visão mais realista, considerando a priorização
2390 de metas gerais efetuada pelo CORHI (Comitê Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hídricos) e
2391 a possibilidade de captação de recursos financeiros adicionais;

2392 3 – Cenário Provável – formulado a partir do Cenário Recomendado, ajustando-se o montante dos
2393 investimentos dos recursos possíveis de serem alocados para os múltiplos programas inseridos no
2394 PERH 2004-2007;

2395 4 - Especificamente em relação à UGRHI-14, previram-se os seguintes investimentos dentro dos


2396 cenários utilizados e suas respectivas porcentagens em relação ao ESP:

2397  Cenário Desejável .................................................................. R$ 85.786.000,00 (1,9%);

2398  Cenário Recomendado .......................................................... R$ 84.102.000,00 (2,3%);

2399  Cenário Provável ................................................................... R$ 38.597.000,00 (2,3%).

2400

2401 4.1.12 Quadro-Resumo


2402 A seguir, apresenta-se um quadro-resumo – Quadro 4.8, com informações úteis da
2403 UGRHI-14, extraídas do PERH 2004-2007. Essas informações serão utilizadas para a
2404 elaboração dos Planos Municipais Integrados de Saneamento Básico - PMSBs:

2405

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2406 QUADRO 4.8 - RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA UGRHI-14, SEGUNDO


2407 O PERH 2004-2007
População Total População Urbana Taxa De Densidade
Área Urbanização Demográfica
2 Ano 2000 Ano 2000
km 2
Hab. Hab. % Hab/km

22.689 709.118 526.893 74% 31


Principais Cidades Principais Rios

Itapetininga, Itapeva, Itararé, Capão Bonito, Paranapanema, Itapetininga, Itararé, Capivari, Taquari, Verde
(População total ≥ 40.000 hab) e Apiaí-Guaçu.

3
Mananciais Superficiais - Disponibilidades Hídricas - m /s Águas Subterrâneas
Índice de
Vazão Explotável Utilização
Q LP Q 95% Q 7,10 3
m /s
%
255 114 84 25 1
3
Demandas Totais de Água – Ano 2004 m /s
Urbana Industrial Irrigação Total
1,39 2,81 20,0 24,2

2408
Qualidade da Água – Ano 2003
Carga Orgânica Urbana – Ano 2000
%
kg DBO/d
IAP IVA
Ótima Boa Regular Regular Péssima Potencial Remanescente
20 60 20 80 20 27.255 14.582
Saneamento – Ano 2000% IQR – Ano 2003
Abastecimento Coleta de Tratamento
Perdas Totais Máximo Médio Mínimo
de Água Esgoto de Esgoto
98 32 91 59 9,2 5,3 0,9

2409 Nota – o índice de tratamento de esgoto refere-se ao índice coletado.

2410

2411 4.1.13 Resumo dos Principais Problemas Apontados no Relatório de Situação


2412 (ano 2000) e no Plano de Bacia (2003) para a UGRHI-14
2413 Particularmente em relação à UGRHI-14, os principais problemas apontados no Plano
2414 de Bacia e no Relatório de Situação, foram os seguintes:

2415  cerca de 60% dos municípios necessitavam de intervenções para adequar suas
2416 disposições atuais de resíduos sólidos e, também, quando fosse o caso,
2417 recuperação de antigos lixões e solução para os passivos ambientais existentes;

2418  contaminação dos corpos d´água pela utilização de agrotóxicos nas sub-bacias dos
2419 rios Verde, Paranapanema (baixo curso) e Taquari;

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2420  baixo índice de tratamento de esgotos;

2421  carga expressiva de nutrientes dos tributários do reservatório de Jurumirim,


2422 podendo comprometer seu estado trófico, o que pode ser solucionado com o
2423 aumento da porcentagem de esgotos tratados;

2424  uso inadequado da água para irrigação;

2425  alto risco de contaminação dos aquíferos devido à carga industrial da região de
2426 Itapetininga;

2427  necessidade de prevenção e defesa contra erosão e assoreamento.


2428

2429 4.2 SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO E NA


2430 UGRHI-14 – ANO-BASE 2009
2431 4.2.1 Considerações Gerais
2432 A Situação dos Recursos Hídricos no Estado de São Paulo – Ano-Base 2009 – foi
2433 apresentada através de relatório emitido pela Secretaria de Saneamento e Recursos
2434 Hídricos – Coordenadoria de Recursos Hídricos, em 2011, compreendendo a avaliação
2435 e a evolução da situação das águas no território paulista para o período de 2007 a
2436 2009.

2437 Para isso, a análise do estado e gestão dos recursos hídricos, a partir da elaboração do
2438 PERH 2004-2007, foi efetuada utilizando-se de indicadores, com a redefinição dos
2439 mesmos em 2010, quando foram estabelecidos 65 indicadores/parâmetros, sendo 41
2440 básicos (retratando a situação comum da maioria das bacias hidrográficas do ESP) e
2441 24 específicos, ficando a critério dos comitês de bacia sua integração ao relatório de
2442 situação, já que representam características próprias das bacias e devem ser
2443 analisados em conjunto com os indicadores básicos.

2444 O Relatório da Situação dos Recursos Hídricos no Estado de São Paulo, para o
2445 período supracitado, foi elaborado a partir dos Relatórios de Situação das Bacias
2446 Hidrográficas geridas pelos comitês de bacias, apresentando 4 grandes temas que
2447 foram analisados de forma integrada, com indicadores de diferentes categorias:

2448  Tema 1 – Dinâmica Demográfica e Social;

2449  Tema 2 – Disponibilidade e Demanda de Água;

2450  Tema 3 – Saneamento, Abastecimento, Efluentes e Resíduos;

2451  Tema 4 – Qualidade das Águas.

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2452 No Relatório da Situação dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo – Ano-Base
2453 de 2009, são efetuadas a comparação e a análise de dados e informações dos anos
2454 2007, 2008 e 2009, possibilitando a identificação da evolução do estado dos recursos
2455 hídricos e das condicionantes que interferem na qualidade e disponibilidade das águas
2456 do território paulista. Considerando a importância dos temas em questão e tendo-se em
2457 conta o grande volume de informações e dados contidos no relatório em referência,
2458 apresenta-se, a seguir, uma síntese de dados, para o Estado de São Paulo (como um
2459 todo) e, especificamente, para a UGRHI-14 – Alto Paranapanema.

2460 4.2.2 Situação dos Recursos Hídricos no Estado de São Paulo-Ano-Base de


2461 2009

2462 4.2.2.1 Demandas e Disponibilidade de Recursos Hídricos


2463 Conforme dados contidos no relatório citado no item anterior, as demandas e
2464 disponibilidades de recursos hídricos para o Estado de São Paulo, conforme situação
2465 do ano-base de 2009 encontram-se no Quadro 2.9 a seguir:

2466 QUADRO 4.9 - DEMANDAS DOS RECURSOS HÍDRICOS - ESP


PERH – 2004-2007 RELATÓRIOS DE SITUAÇÃO
INDICADOR/PARÂMETRO Previsão para
2007 2007 2008 2009
3
Demanda Urbana m /s 137 111 119 129
3
Demanda Industrial m /s 139 77 92 90
3
Demanda Rural m /s 178 76 88 89
Demanda para Outros Usos
3 ND 20 20 21
m /s
3
DEMANDA TOTAL m /s 454 284 319 330
3
Demanda Superficial m /s 412 253 279 287
3
Demanda Subterrânea m /s 42 31 40 43

2467 Notas
2468 1 – Os Relatórios de Situação indicam a vazão outorgada, conforme levantamento no Banco de Dados
2469 do DAEE;
2470 2 – As vazões indicadas para 2007 no PERH 2004 – 2007 são resultado de previsões efetuadas quando
2471 da elaboração do Plano de Recursos Hídricos; como se verifica, as vazões outorgadas em 2007 são
2472 inferiores àquelas previstas no PERH.

2473 Pode-se observar que o volume utilizado para abastecimento urbano (em termos de
2474 vazão outorgada) aumentou cerca de 16% no período 2007 a 2009, valor que pode ser
2475 considerado um pouco elevado (aprox..8% a.a., em termos aritméticos). Para os outros
2476 usos, houve bruscos aumentos para as demandas industrial e rural entre 2007 e 2008,
2477 ficando a situação estabilizada em 2009. Cabe notar a expressividade das demandas
2478 industrial e rural, representando, em termos somados, um valor aproximadamente 40%
2479 superior à vazão outorgada urbana.

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2480 Levando-se em consideração as análises regionais, as UGRHIs 05, 06 e 07


2481 apresentaram as maiores demandas para uso urbano, refletindo que esse tipo de uso
2482 está diretamente ligado ao grande contingente populacional dessas regiões. O uso
2483 industrial foi bastante significativo nas UGRHIs 05-Piracicaba/Capivari/Jundiaí, 06-Alto
2484 Tietê, 07-Baixada Santista, 09-Mogi-Guaçu e 13-Tietê/Jacaré. O uso rural registrou
2485 valores de destaque nas UGRHIs 09-Mogi-Guaçu, 12-Baixo Pardo/Grande, 13-
2486 Tietê/Jacaré e 15-Turvo/Grande.

2487 Em termos de utilização de mananciais, no mesmo período, a vazão outorgada, em


2488 termos de demandas superficiais, aumentou em 34 m³/s (aproximadamente 13%). No
2489 caso de demandas subterrâneas, o aumento foi de 12 m³/s (aproximadamente 39%),
2490 refletindo a crescente utilização de mananciais subterrâneos.

2491 Em relação ao balanço demanda versus disponibilidade, essa última relacionada à


2492 vazão Q7,10, os Relatórios de Situação do período 2007 a 2009 indicaram situação
2493 favorável em 2007, mas situações que requeriam atenção para os anos 2008 e 2009.
2494 As maiores preocupações eram com as UGRHIs 05-PCJ, 06-AT e 12-BPG, que
2495 estiveram classificadas na faixa crítica. A UGRHI-14 - Alto Paranapanema estava
2496 enquadrada na situação favorável. No caso do balanço demanda subterrânea versus
2497 reservas explotáveis no Estado, a situação permaneceu favorável nos três anos
2498 analisados, com exceção da UGRHI 13-TJ que, no ano de 2009, registrou porcentagem
2499 bem próxima ao limite da classe crítica (>50%).

2500 4.2.2.2 Esgotos Domésticos


2501 O Estado de São Paulo apresentou pouca variação nos índices relacionados ao
2502 esgotamento sanitário. No período de 2007 a 2009, não ocorreram mudanças
2503 significativas com relação ao efluente doméstico coletado (86% nos 3 anos, em termos
2504 médios). No entanto, deve-se ressaltar que 39 municípios apresentaram índice de
2505 coleta abaixo de 50% e 210 apresentaram índice de coleta de 100%. Com relação aos
2506 índices de tratamento, houve uma evolução entre 46% e 49%, em termos médios. A
2507 redução da carga poluidora doméstica variou de 34% a 39% no período.

2508 De acordo com o PERH 2004- 2007, no Estado de São Paulo, no ano de 2004, os
2509 índices médios de cobertura de coleta de esgotos era de 84% e de tratamento de
2510 esgotos coletados de 38%.

2511 As cargas orgânicas domésticas remanescentes no ESP foram avaliadas, segundo os


2512 Relatórios de Situação, em 1.366.305, 1.359.125 e 1.285.603 kg DBO/dia, para os
2513 anos 2007, 2008 e 2009, respectivamente. Cabe lembrar que a carga doméstica
2514 remanescente no ano 2003, conforme indicado no item 4.1.6.1 anterior, era de
2515 1.302.957 kg DBO/dia, resultando, no ano de 2009, uma redução de apenas 1,5% em
2516 relação a esse valor apontado para o ano 2003.

2517

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2518 4.2.2.3 Resíduos Sólidos Domiciliares


2519 A quantidade de resíduos sólidos gerada no ESP entre os anos de 2007 e 2009 foi de
2520 28.503 t/dia (2007), 27.629 t/dia (2008) e 26.306 t/dia (2009). Houve, portanto, uma
2521 diminuição da quantidade no período considerado. Entre 2008 e 2009, o número de
2522 municípios que destinaram resíduos a aterros com IQR adequado aumentou de 336
2523 para 425. Entre 2007 e 2009 o número de municípios que destinaram resíduos a
2524 aterros com IQR controlado diminuiu de 258 para 213.

2525 Analisando-se as UGRHIs, destacam-se a 03-Litoral Norte, 08-Sapucaí/Grande, 18-


2526 São José dos Dourados e 19-Baixo Tietê, que em 2008 reduziram a zero a proporção
2527 de resíduos destinados a aterros inadequados e mantiveram esse índice em 2009. As
2528 UGRHIs 02-Paraíba do Sul, 05-Piracicaba/Capivari/Jundiaí, 06-Alto Tietê, 10-
2529 Tietê/Sorocaba, 11-Ribeira de Iguape/Litoral Sul, 14-Alto Paranapanema, 15-
2530 Turvo/Grande, 16-Tietê/Batalha e 17-Médio Paranapanema zeraram a destinação a
2531 aterros adequados em 2009.

2532 4.2.2.4 Qualidade das Águas


2533 No período 2007 a 2009, o IQA (Índice de Qualidade das Águas) apresentou 61,2%
2534 dos pontos monitorados no ESP enquadrados nas categorias Boa e Ótima. Em 38,8%,
2535 os pontos foram enquadrados nas categorias Péssima, Ruim ou Regular. O maior
2536 porcentual dos pontos classificados nessas últimas categorias encontra-se localizado
2537 na UGRHI 06-AT.

2538 Em relação ao IAP (Índice de Qualidade das Águas Brutas para Fins de Abastecimento
2539 Público), entre 2007 e 2008, a quantidade de pontos classificados nas categorias Boa
2540 ou Ótima aumentou, enquanto os pontos classificados como Ruim e Péssimo diminuiu.
2541 No entanto, a análise entre 2008 e 2009 demonstrou que essa situação não se
2542 manteve: o número de pontos classificados nas categorias Boa e Ótima voltou a
2543 diminuir e os pontos enquadrados nas categorias Ruim e Péssima voltaram a
2544 aumentar. Cabe destacar que 78% dos pontos monitorados foram enquadrados nas
2545 categorias Regular, Ruim ou Péssima em 2009, indicando uma situação bastante
2546 preocupante, pois o IAP monitora os corpos d’água utilizados para abastecimento
2547 público.

2548 No caso das águas subterrâneas, as campanhas amostrais entre 2007 e 2009
2549 demonstraram que não houve grandes alterações na qualidade das águas no Estado.
2550 Aproximadamente 80% dos pontos monitorados estiveram em conformidade com os
2551 padrões de potabilidade.

2552

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2553 4.2.3 Situação dos Recursos Hídricos na UGRHI-14 – Ano-Base 2009

2554 4.2.3.1 Demandas e Disponibilidade de Recursos Hídricos


2555 Conforme dados contidos no relatório citado no item 4.2.1 anterior, as demandas e
2556 disponibilidades de recursos hídricos para a UGRHI-14, conforme situação no ano-
2557 base de 2009, encontram-se apresentadas no Quadro 4.10 a seguir, abrangendo os
2558 anos de 2007 a 2009:

2559 QUADRO 4.10 - DEMANDAS DOS RECURSOS HÍDRICOS - UGRHI-14


PERH – 2004-2007 RELATÓRIOS DE SITUAÇÃO (Demanda Outorgada)
INDICADOR/PARÂMETRO
Previsão para 2007 2007 2008 2009
3
Demanda Urbana m /s 1,43 0,29 0,30 0,31
3
Demanda Industrial m /s 3,09 1,58 2,99 2,72
3
Demanda Rural m /s 24,8 4,87 6,62 6,85
Demanda para Outros Usos
3 ND 0,03 0,05 0,06
m /s
3
DEMANDA TOTAL m /s 29,32 6,87 10,09 10,11
Demanda Superficial
3 29,32 6,77 9,96 9,94
m /s
Demanda Subterrânea
3 ND 0,10 0,13 0,17
m /s

2560 Notas
2561 1 – Os Relatórios de Situação indicam a vazão outorgada, conforme levantamento no Banco de Dados
2562 do DAEE;
2563 2 – As vazões indicadas para 2007 no PERH 2004 – 2007 são resultado de previsões efetuadas quando
2564 da elaboração do Plano de Recursos Hídricos; como se verifica, as vazões outorgadas em 2007 são
2565 bastante inferiores àquelas previstas no PERH. Essa diferença pode ser decorrente de outorgas ainda
2566 não registradas de outras captações.

2567 Pode-se observar que o volume utilizado para abastecimento urbano na UGRHI-14 (em
2568 termos de vazão outorgada) manteve-se praticamente constante no período 2007 a
2569 2009. A demanda industrial experimentou um significativo acréscimo de 72%, enquanto
2570 a demanda rural também teve incremento expressivo de 41%. A demanda total
2571 aumentou 47%. A demanda por outros usos, embora tenha aumentado bastante em
2572 termos absolutos, relativamente à demanda total permanece inexpressiva.

2573 O uso rural é preponderante na UGRHI-14, estando as maiores demandas


2574 concentradas em sua porção central, representando a vocação agrícola da região (Itaí,
2575 Paranapanema, Itapeva e Buri), excetuando-se apenas o município de Itapetininga que
2576 se encontra próximo ao limite da UGRHI 10-SMT.

2577 A demanda por água subterrânea, apesar de significativamente menor que a demanda
2578 superficial, registrou pequeno aumento entre 2007 e 2009 (de 0,10 a 0,17 m³/s).

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2579 Em relação ao balanço demanda versus disponibilidade, essa relacionada à vazão


2580 Q7,10 , a situação no Estado de São Paulo passou de Favorável em 2007 para Atenção
2581 em 2008 e 2009, sendo mais preocupante a situação nas UGRHIs 05-PCJ, 06-AT e 12-
2582 BPG que estiveram classificadas em faixa Crítica. A UGRHI 10-SMT esteve
2583 classificada como Crítica em 2008, porém em 2009, retornou à faixa de Atenção devido
2584 a uma redução no volume outorgado para captações superficiais. Em 5 UGRHIs (BS,
2585 MOGI, TJ, TG e SJD) o balanço demanda superficial X disponibilidade superficial
2586 esteve classificada em Atenção. Este cenário demonstra que a maioria das UGRHIs
2587 (41%) possuem grande dependência de águas superficiais.

2588 Na UGRHI-14 o balanço entre demanda e disponibilidade indicou uma situação


2589 favorável nos três anos, fato já esperado, visto que é uma das UGRHIs de maior
2590 disponibilidade hídrica do Estado de São Paulo.

2591 No caso do balanço demanda subterrânea versus reservas explotáveis na UGRHI-14, a


2592 situação permaneceu Favorável nos três anos analisados.

2593 4.2.3.2 Esgotos Domésticos


2594 A UGRHI-14 apresentou bom índice de coleta de esgotos domésticos em 2009 (90%),
2595 superior à media estadual (86%), e praticamente igual à prevista para 2007 no PERH
2596 2004-2007 (91%). Quanto ao tratamento dos esgotos, constatou-se uma evolução
2597 positiva em 2009, com tratamento de 74%, entretanto ainda inferiores aos 91%
2598 previstos para 2007 no PERH 2004-2007.

2599 Aumentou-se a proporção de redução da carga poluidora doméstica para a UGRHI-14


2600 como um todo, de 58% em 2007 para 64% em 2009. Esse porcentual encontra-se
2601 acima da média estadual (46% a 49%, em termos médios), mas ainda demandando
2602 uma situação mais favorável nas questões de saneamento básico.

2603 A conclusão do Relatório de Situação de 2009 era a de que havia necessidade urgente
2604 de se investir na implantação de sistema de tratamento de esgotos em alguns
2605 municípios e em melhorias contínuas dos sistemas já implantados.

2606 4.2.3.3 Resíduos Sólidos Domiciliares


2607 Em 2009 a quantidade de resíduos sólidos domiciliares gerados pela população urbana
2608 da UGRHI-14 aumentou para 237,9 ton/dia (0,9% do total gerado no Estado de São
2609 Paulo). Os resíduos domiciliares destinados a aterros com IQR Adequado aumentaram
2610 de 10,4% (2007) para 63,1% (150,3 ton/dia), incluindo o resíduo do município de
2611 Itapetininga - que gerou 27,9% do total de resíduos da UGRHI: 66,5 ton/dia. Porém, a
2612 destinação adequada na UGRHI continua abaixo do índice do Estado (83,9%). A
2613 destinação de resíduos a aterros com IQR Inadequado foi reduzida a zero, com
2614 destaque positivo para os municípios de Itaí, Manduri e Taquarituba, cujos aterros
2615 apresentavam IQR Inadequado em 2008. Destaque negativo para 6 municípios, que
2616 geraram 25,3 ton/dia de resíduo domiciliar, e cujos aterros apresentaram IQR
2617 Adequado em 2008, e passaram a Controlado em 2009. Os municípios de Sarutaiá e
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2618 Taquarivaí mantiveram a transposição de resíduo domiciliar (2,2 ton/dia) para os


2619 aterros de Taquarituba e Itapeva, respectivamente enquadrados como Adequado e
2620 Controlado.

2621 4.2.3.4 Qualidade das Águas


2622 Para o IQA, a UGRHI-14 foi monitorada em 8 pontos no período 2007-2009, sendo 2
2623 no Rio Guareí, 1 no reservatório de Jurumirim, e os demais nos rios Paranapanema,
2624 Itararé, Taquari, São Miguel Arcanjo e no Ribeirão Ponte Alta. Neste ponto de
2625 amostragem observou-se que o IQA, que apresentava situação Regular em 2007 e
2626 2008, evoluiu em 2009 para situação Boa. A situação Boa foi também verificada nos
2627 demais postos, entre 2007 e 2009, com exceção do posto no reservatório de Jurumirim
2628 que apresentou situação Ótima.

2629

2630 4.3 ESTUDOS TÉCNICOS NECESSÁRIOS À ATUALIZAÇÃO DO PLANO


2631 ESTADUAL DOS RECURSOS HÍDRICOS - PERH 2004-2007, PARA
2632 SUBSIDIAR A ELABORAÇÃO DO PERH 2012-2015
2633 4.3.1 Considerações Gerais
2634 Esses estudos foram elaborados pela Fundação Christiano Rosa, com finalização em
2635 novembro/2011. O objetivo dos mesmos era subsidiar a Coordenadoria de Recursos
2636 Hídricos – CRHi - na elaboração da minuta do PERH 2012-2015, bem como o seu
2637 acompanhamento com base nos indicadores estabelecidos para as metas que foram
2638 institucionalmente pactuadas. Nesse trabalho, são descritas as atividades executadas e
2639 produtos alcançados nas diferentes etapas de atualização do PERH 2012-2015,
2640 apresentando as premissas que nortearam o processo, a metodologia utilizada, a
2641 sistematização dos resultados da pactuação e a estratégia de monitoramento e apoio à
2642 implementação proposta.

2643 Em resumo, esses estudos foram conduzidos da seguinte forma:

2644  em uma etapa inicial, foi apresentada a delimitação e o foco da atualização do


2645 PERH 2004-2007, assim como a estratégia e as premissas metodológicas para a
2646 construção do PERH 2012-2015 como um Pacto Institucional;

2647  em sequência, foi apresentado o resumo executivo do Plano, do qual constam o


2648 balanço geral do processo de pactuação, o resumo das metas e uma breve análise
2649 sobre as ações e compromissos assumidos por eixo temático;

2650  foi elaborado o diagnóstico da situação dos recursos hídricos do Estado de São
2651 Paulo, apresentando, a partir de dados e informações atualizados, a situação da
2652 disponibilidade hídrica, da qualidade das águas e do saneamento no ESP e nas
2653 bacias hidrográficas, além de outros aspectos relevantes para a gestão dos
2654 recursos hídricos.

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2655 Nota – Esse diagnóstico foi elaborado com base nos Relatórios de Situação dos anos 2007, 2008 e
2656 2009, cujos dados principais já foram apresentados no item 4.2 anterior

2657  foi feita a avaliação da consecução do PERH 2004-2007, onde se procurou fazer
2658 uma correlação entre os investimentos previstos no PPA do Estado de São Paulo
2659 (2008-2011) ou em ações voltadas aos recursos hídricos, informadas pelas
2660 secretarias de governo;

2661  foi descrita, de forma detalhada, a metodologia de construção do pacto institucional


2662 para o PERH 2012-2015, apresentando as etapas do processo, as estratégias de
2663 articulação institucional para efetivar os compromissos institucionais, os
2664 instrumentos e os mecanismos utilizados para consolidação das informações;

2665  foi apresentado o conjunto de compromissos institucionais que passaram a se


2666 constituir nas metas do PERH 2012-2015, detalhadas por eixo temático, diretivas,
2667 objetivos e ações, relacionando metas, indicadores de acompanhamento,
2668 responsabilidades e prazos;

2669  por fim, foi apresentada a proposta da sistemática de monitoramento do PERH


2670 2012-2015, resultante da Oficina de Pactuação, realizada com os integrantes do
2671 SIGRH que participaram do processo de atualização do PERH.

2672 Nos Anexos I, II e III desse trabalho, constam as demandas não pactuadas, mas que
2673 são passíveis de serem atendidas, as não analisadas e as não atendidas, por eixo
2674 temático, que certamente serão importantes como subsídio no acompanhamento do
2675 PERH. Ainda nos anexos, são apresentados os resultados da Oficina da Pactuação e a
2676 relação de instituições, entidades e colegiados do SIGRH que participaram do processo
2677 de elaboração do PERH.

2678 4.3.2 Avaliação da Consecução do PERH 2004-2007 e Pactuações para


2679 Elaboração do PERH 2012-2015
2680 Os estudos técnicos também fizeram uma avaliação da consecução do PERH 2004-
2681 2007, chegando-se à conclusão de que os investimentos executados no período 2004-
2682 2010, com alguma vinculação com os recursos hídricos, perfizeram, aproximadamente,
2683 R$ 5,5 bilhões, dos quais a maior parte foi aplicada pela Secretaria de Saneamento e
2684 Recursos Hídricos (45,5%), seguida da Secretaria da Habitação (35,2%). Deve-se
2685 ressaltar que, conforme já apresentado no Quadro 4.7 anterior, os investimentos
2686 previstos no PERH 2004-2007, no Cenário Desejável, eram de R$ 4,4 bilhões.

2687 No caso das novas pactuações efetuadas para elaboração do PERH 2012-2015, por
2688 eixo temático, os investimentos previstos chegaram ao montante de R$ 9,7 bilhões,
2689 conforme apresentado no Quadro 4.11 a seguir:

2690

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2691 QUADRO 4.11 - RESUMO DAS PACTUAÇÕES – PERH 2012-2015


Nº De Ações Nº de Instituições E
Eixo Valor Estimado-R$
Pactuadas Colegiados Envolvidos

1 – Desenvolvimento Institucional e CORHI


Articulação para Gestão dos Recursos 27 8 Instituições 27.312.800,00
Hídricos 18 CBHs
CORHI
2 – Desenvolvimento e Implementação dos
29 6 Instituições 38.892.525,00
Instrumentos de Gestão
17 CBHs

3 – Usos Múltiplos e Gestão Integrada de 13 Instituições


53 5.925.803.144,00
Recursos Hídricos 17 CBHs

4 – Conservação e Recuperação dos 12 Instituições


37 3.750.882.919,00
Recursos Hídricos 16 CBHs
5 – Desenvolvimento Tecnológico,
Capacitação, Educação Ambiental, 12 Instituições
15 23.147.900,00
Comunicação e Difusão de Informação em 18 CBHs
Gestão Integrada de Recursos Hídricos
TOTAIS 161 9.766.039.288,00
2692

2693 4.4 PLANO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO PARANAPANEMA – UGRHI –


2694 14 - 2012-2015
2695 4.4.1 Considerações Gerais
2696 O Plano da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema – UGRHI-14, período de 2012 a
2697 2015, foi efetuado em 2012 pelo CETEC – Centro Tecnológico da Fundação Paulista
2698 de Tecnologia e Educação/CTGEO – Centro de Geoprocessamento, para o Comitê da
2699 Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema.

2700 O Plano de Bacia é o relatório de planejamento definido pela legislação, que orienta a
2701 gestão de uma bacia hidrográfica, no uso, recuperação, proteção e conservação dos
2702 recursos hídricos. A cada quatro anos, o Plano de Bacia estabelece as diretrizes, os
2703 objetivos e os critérios gerais de gerenciamento. Sua elaboração, implantação e
2704 controle representam um processo dinâmico, em que estão previstas as participações
2705 dos representantes dos diversos setores usuários de água. Além do plano, o Relatório
2706 de Situação, de periodicidade anual, é o instrumento que serve para acompanhar e
2707 avaliar os resultados das ações propostas e executadas pelas partes competentes.

2708 Por se constituir um extenso trabalho, apresenta-se, a seguir, um resumo dos principais
2709 tópicos de interesse à elaboração dos Planos Municipais Integrados de Saneamento
2710 Básico.

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2712 4.4.2 Diagnóstico Específico

2713 4.4.2.1 Disponibilidade Total


2714 Águas Superficiais

2715 A partir da metodologia da regionalização, foi possível calcular as vazões da Bacia


2716 Hidrográfica do Alto Paranapanema, tomando-se como base o caminhamento dos
2717 cursos d’água nos limites dos compartimentos da bacia hidrográfica. A estimativa das
2718 produções hídricas encontra-se apresentada no Quadro 4.12 a seguir.

2719 QUADRO 4.12 - PRODUÇÕES HÍDRICAS NO TRECHO PAULISTA - UGRHI-14


Vazão Mínima De 7
Vazão Média de
Área de Drenagem Dias Com Período De
Localização 2 Longo Período
(km ) 3 Retorno de 10 Anos
(m /s) 3
(m /s)
Baixo Itararé 869 9,98 3,04
Rio Verde 1.654 19,0 5,79
Alto Itararé 838 9,60 2,93
Paranapanema Inferior 1.575 18,1 5,51
Taquari/Taquari Mirim 2.035 23,4 7,12
Taquari/Taquari Guaçu 2.468 28,3 8,64
Ribeirão das Posses/Paranapanema 1.668 19,2 5,84
Guareí/Jacu/Santo Inácio/Paranapanema 2.664 30,6 9,33
Baixo Apiaí-Guaçu 880 10,1 3,08
Apiaí-mirim 831 9,54 2,91
Alto apiaí-guaçu 1.116 12,8 3,91
Baixo Itapetininga 1.473 16,9 5,16
Alto Itapetininga 1.108 12,7 3,88
Paranapitanga/Paranapanema 1.003 11,5 3,51
Almas 701 8,05 2,45
Turvo/Paranapanema Superior 1.618 18,6 5,66
Totais 22.500 258 78,8
2720 Nota – No PERH 2004-2007, a vazão Q7,10 total da bacia foi estimada em 84 m 3/s.
2721
2722 Águas Subterrâneas

2723 O Plano de Bacia apresenta a caracterização dos aquíferos existentes, sintetizadas no


2724 Quadro 4.13 a seguir.

2725

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2726 QUADRO 4.13 - SÍNTESE DAS CARACTERÍSTICAS HIDROGEOLÓGICAS DOS


2727 AQUÍFEROS DA UGRHI-14
Formação Tipos e Permeabilidade Transmissividade
Aquífero 2 Litologia
Geológica Ocorrências aparente (m/dia) aparente (m /dia)
Livre a semi Diamictitos,
confinado ritmitos, siltitos,
porosidade -2
argilitos,
Tubarão Itararé granular; 10 40 folhelhos,
contínuo e não conglomerados
uniforme e arenitos.
Livre a semi- Valores Valores variáveis, Basaltos
confinado, variáveis, associados as toleíticos em
poros de associados às descontinuidades derrames
Serra Serra
fissuras, descontinuidades e falhas. tabulares
Geral Geral
descontínuo, e falhas. superpostos
elevada
anisotropia;
Regional, Arenitos
confinado, eólicos, finos,
contínuo e bem
Guarani Botucatu e
uniforme, 1a4 300 a 800 selecionados;
(*) Pirambóia
granular, níveis de
isotrópico e lamitos na
homogêneo parte inferior
2728 (*) Não aflora em superfície na bacia, ocorrendo em profundidade, confinado sob o basalto
2729
2730 Segundo relatado no PERH-2012, em 2011 a média estadual correspondeu a 281
2731 m³/hab.ano. Nesse mesmo ano, a média observada na Bacia do ALPA foi de 1.310
2732 m³/hab.ano (DAEE, 2011; FUNDAÇÃO SEADE, 2011).

2733 4.4.2.2 Qualidade Associada à Disponibilidade


2734 Águas Superficiais

2735 Segundo o Relatório de Qualidade das Águas Interiores no Estado de São Paulo –
2736 2011 da CETESB, os índices de qualidade da água monitorados na UGRHI-14
2737 apresentaram os resultados constantes do Quadro 4.14, a seguir.

2738 QUADRO 4.14 - ÍNDICES DE QUALIDADE DE ÁGUA - UGRHI-14


IQA IVA IET
Corpos d´água
Condição
Res. Jurumirim Ótima Ótima Oligotrófico
Rio Guareí Boa Ótima Oligotrófico
Rio Itapetininga Boa Boa Oligotrófico
Rio Itararé Boa Boa Mesotrófico
Rio Paranapanema Boa Boa Mesotrófico
Rio S. Miguel Arcanjo Boa Ruim Hipereutrófico
Rio Taquari Boa Boa Oligotrófico

2739 Rib. Ponte Alta Regular ND ND


OBS.: A partir de 2011 o cálculo do IAP - Índice de Qualidade da Água para
Fins de Abastecimento Público passa a ser feito somente se todas as
variáveis apresentarem dados analíticos.
Fonte: Relatório de Qualidade das Águas Superficiais - CETESB-2011

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2740
2741 Águas Subterrâneas

2742 Segundo o Relatório de Qualidade das Águas Subterrâneas – 2007-2009 da CETESB,


2743 na UGRHI-14 o monitoramento é feito em Itapetininga (Aquífero Tubarão), São Miguel
2744 Arcanjo (Aquífero Pré-Cambriano e Aquífero Tubarão) e Sarutaiá (Aquífero Guarani).

2745 Para o Aquífero Guarani os resultados das análises mostram águas levemente ácidas,
2746 com conteúdo baixo de sais dissolvidos. As concentrações dos parâmetros
2747 determinados estão abaixo dos valores de intervenção. O Aquífero Pré-Cambriano
2748 também apresenta águas levemente ácidas, com baixa salinidade, dureza total
2749 variando entre 15,9 a 17,8 mg/l CaCO3. Nenhum dos parâmetros determinados
2750 apresentou concentrações em desconformidade com os valores de intervenção. As
2751 águas do Aquífero Tubarão mostram tendência a neutralidade e concentrações para
2752 dureza menores de 50 mg/l CaCO3, podendo ser classificadas como águas brandas.
2753 Uma amostra do ponto P55, localizado no município de Itapetininga, apresentou
2754 concentração de alumínio que ultrapassa o valor de intervenção de 0,20 mg/l e
2755 presença de coliformes totais. Também foi encontrada desconformidade microbiológica
2756 em uma amostra do ponto P132, localizado no município de São José Arcanjo.

2757 Cargas Poluidoras de Origem Doméstica e Pontos de Lançamento

2758 De acordo com o Plano de Bacia 2012-2015, a situação das cargas poluidoras
2759 potenciais e remanescentes dos municípios da UGRHI-14, é a indicada no Quadro
2760 4.15 abaixo:

2761

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2762 QUADRO 4.15 - CARGAS POLUIDORAS DOMÉSTICAS E CORPOS RECEPTORES


2763 UGRHI-14
Esgotamento Sanit. Carga Poluidora
Município Coleta Tratam to Potencial Remanes. Corpo Receptor
(%) (kgDBO/dia)
Angatuba 90 100 870 199 Rib.Gr de/B.Ret./C.B.Vista
Arandú 98 100 249 25 Rib. Bonito
B. de Antonina 75 0 104 104 Água dos Pedrocas
B. de Campos 100 100 522 70 Cór. Douradão
B. S.de Itararé 95 95 132 42 Cór. Terra Boa
Buri 98 100 813 152 Rio Apiái-Guaçú
C. do M. Alegre 79 100 256 64 Rio Paranapanema
Capão Bonito 91 100 2.041 259 Rib. do Poço
Cerq. César 95 100 858 108 Rib. Três Ranchos
Cel. Macedo 91 100 207 57 Rib. do Lajeado
Fartura 99 100 662 93 Rio Fartura
Guapiara 69 100 388 182 Rib. S. J. Guapiara
Guareí 63 100 465 465 Rio Guareí
Ipaussú 100 100 684 137 Rio Paranapanema
Itaberá 89 100 652 150 Rib. das Lavrinhas
Itaí 96 100 1.028 412 Rib. dos Carrapatos
Itapetininga 92 100 7.146 2.916 Rib.P.Alta/Jurum./R.Itap/Conc.
Itapeva 87 100 4.011 825 Cór.Aranha/Rib.Pilão d´Água
Itaporanga 85 100 597 179 Rio Verde
Itararé 90 0 2.396 2.396 Cór. da Pedra
Itatinga 95 100 897 188 Rio Novo
Manduri 98 0 423 423 Cór. Lajeadinho
Nova Campina 98 100 315 123 Rib. Taquari Mirim
Paranapanema 88 100 790 181 Res.Jurum./Rib.Tibir./Posses
Pilar do Sul 68 100 1.120 396 Rib. do Pilar
Piraju 97 95 1.385 389 Rio Paranapanema
Rib. Branco 75 100 496 313 Rib.Branco/Rio Taquari
Rib. Grande 75 100 127 96 Cór. Ribeirão Grande
Riversul 88 100 239 46 Rib. Vermelho
S. M. Arcanjo 76 100 1.163 444 Cór. S. M. Arcanjo
Sarutaiá 92 100 159 29 Cór. do Barranco
Taguaí 100 100 429 56 Rio Fartura
Taquarituba 83 100 1.058 644 Rib. do Moinho
Taquarivaí 86 100 153 70 Cór. Sem nome
Tejupá 95 0 167 167 Cór. da Pedra Branca

2764 Timburi 100 0 104 104 Rib. Retiro


2765 Fonte: Plano de Bacia-2012-2015 – CETEC (2012)
2766

2767 4.4.2.3 Demandas


2768 Usos da Água

2769 Resumidamente, pode-se classificar o uso da água em consuntivo (quando há perdas


2770 na derivação da água) e não consuntivo (a água utilizada volta integralmente para a
2771 bacia). Os principais usos consuntivos da água são o abastecimento urbano, consumo
2772 industrial e a irrigação. Os não consuntivos são a geração hidrelétrica, a navegação
2773 fluvial, a recreação e o lazer, e a diluição de esgotos.

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2774 No Quadro 4.16 a seguir, apresentam-se as demandas para diferentes usuários da


2775 água, conforme indicado no Plano de Bacia 2012-2015. Neste plano é comentado que
2776 os dados do sistema de outorga mantido pelo DAEE devem ser tomados com reservas
2777 tendo em vista alguma desatualização. No uso urbano, por exemplo, os valores
2778 outorgados costumam ser bastante inferiores às demandas efetivas.

2779 QUADRO 4.16 - DEMANDAS POR TIPO DE CONSUMO – UGRHI-14


Consumo (m 3/mês)
to
Município Abastec Público
Industrial Agrícola Outros
Consumo Atendto (%)
Angatuba 130.585 100 1.225.080 - -
Arandú 39.164 91,4 - 7.776 27.360
B. de Antonina 11.502 100 - - -
B. de Campos 100.575 99,7 4.432 14.325 14.550
B. S.de Itararé 15.771 100 - - -
Buri 94.980 99,9 4.610 140.069 1.066
C. do M. Alegre 30.707 97,1 43.233 13.824 7.200
Capão Bonito 193.464 98,8 180 130.738 2.812
Cel. Macedo 25.426 100 - - 297
Fartura 87.552 100 - - 150
Guapiara 66.486 100 1.320 25.920 -
Guareí 67.384 100 4.320 - 3.510
Ipaussú 6.300 98 - - 1.070.200
Itaberá 71.302 100 2.418.757 - -
Itaí 47.520 100 1.726.940 3.336 21.687
Itapetininga 1.002.913 99,5 346.356 1.324.056 67.923
Itapeva 521.366 99,5 2.693.534 7.776 412
Itaporanga 66.958 100 13.200 8.813 1.670
Itararé 249.079 99,8 9.954 28.800 3.390
Manduri 79.800 100 135.540 - 25.422
Nova Campina 28.337 78,9 2.448.102 - -
Paranapanema 83.851 98,2 20.940 2.282 37.580
Pilar do Sul 119.711 100 5.513 110.016 8.964
Piraju 186.329 98,6 5.679 11.680 2.676
Rib. Branco 74.344 100 90.900 108.000 15
Rib. Grande 5.940 99,7 381.600 216 24.105
Riversul 31.657 100 23.616 - 90
S. M. Arcanjo 125.044 95,1 2.040 56.448 1.312
Sarutaiá 20.617 100 - - 247
Taguaí 49.176 100 - 540 300
Taquarituba 160.056 99,1 146.190 3.456 18.600
Taquarivaí 20.877 100 - - -
Tejupá 24.000 100 - - 5.400
Timburi 35.280 100 12.636 150 100
2780
2781 Fonte: Plano de Bacia-2012-2015 - CETEC (2012)
2782
2783

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2785 4.4.2.4 Balanço Hídrico


2786 No Plano de Bacia 2012-2015 é apresentado o balanço hídrico nas sub-bacias da
2787 UGRHI-14, transcrito no Quadro 4.17, a seguir. A relação demanda/disponibilidade por
2788 sub-bacias indicada foi estabelecida com base nas demandas superficiais e as
2789 produções hídricas superficiais dentro dos limites da Bacia do Alto Paranapanema,
2790 expressas pela vazão mínima Q7,10. A água subterrânea não foi considerada pelo fato
2791 de que na UGRHI-14 os recursos hídricos subterrâneos ainda são pouco utilizados.

2792 QUADRO 4.17 - BALANÇO HÍDRICO NAS SUB-BACIAS DA UGRHI-14


Demanda/
Demanda Disponibilidade
Sub-bacias 3 3 Disponib.
(m /h) Q7,10 (m /h)
(%)
Baixo Itararé 238,12 10.953,80 2,17
Rio Verde 1.209,92 20.842,40 5,81
Alto Itararé 444,00 10.558,00 4,21
Rio Paranapanema Inferior 12.647,04 19.850,40 63,71
Taquri/Taquari Mirim 56.948,29 25.648,70 222,03
Taquari/Taquari Guaçu 20.155,90 31.114,30 64,78
Rib. das Posses/Paranapanema 14.353,69 21.023,90 68,27
to
Guareí/Jacu/S Inácio/Paranapanema 25.300,79 33.579,80 75,35
Baixo Apiaí-Guaçu 6.519,93 11.092,40 58,78
Rio Apiaí Mirim 1.532,15 10.474,80 14,63
Alto Apiaí Guaçu 8.229,96 14.067,20 58,50
Baixo Itapetininga 8.821,76 18.569,70 47,51
Alto Itapetininga 1.016,62 13.971,40 7,28
Rio Paranapitanga/Paranapanema 9.450,34 12.642,90 74,75
Rio das Almas 1.801,64 8.836,10 20,39
Rio Turvo/Paranapanema Superior 2.837,18 20.389,90 13,91
2793 Fonte: Plano de Bacia-2012-2015 - CETEC/CTGEO (2012)
2794

2795 Como se observa no quadro acima, a sub-bacia hidrográfica mais problemática é a do


2796 Taquari/Taquari Mirim. Nela estão inseridos os municípios de Itaí e Taquarituba que,
2797 por estarem próximos às margens do lago da UHE Jurumirim, tendem a desenvolver a
2798 agricultura irrigada, pela facilidade da obtenção de grandes volumes de água a curtas
2799 distâncias.

2800 4.4.2.5 Áreas Potencialmente Problemáticas para a Gestão da Quantidade e


2801 Qualidade dos Recursos Hídricos
2802 Disposição e Tratamento de Resíduos Sólidos

2803 De acordo com dados do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares de


2804 2011 (CETESB, 2012), a Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema produzia
2805 aproximadamente 250,4 t/dia de lixo.

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2806 Considerando o IQR – Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos, conforme


2807 classificação da CETESB, ou seja, de 0,0 a 6,0 – condições inadequadas, 6,1 a 8,0 –
2808 condições controladas e de 8,1 a 10,0 – condições adequadas, a distribuição de
2809 municípios, segundo essa classificação, apresentava a seguinte situação em 2011
2810 (CETESB, 2012):

2811  condições inadequadas – 1 município;

2812  condições controladas – 17 municípios;

2813  condições adequadas – 18 municípios.

2814 O Programa Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares oferece aos municípios que
2815 apresentam irregularidades na destinação final de resíduos sólidos, a possibilidade de
2816 assinatura de um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC), em que
2817 são consignados os compromissos das administrações municipais, visando à
2818 regularização ou o encerramento de aterros irregulares e lixões, e a adoção de uma
2819 solução técnica definitiva e regularmente implantada. Os municípios de Itapetininga,
2820 Itapeva e Itararé são signatários de TAC’s junto à CETESB.

2821 Áreas Diversas Sujeitas à Contaminação, Erosão e Assoreamento, Inundação e


2822 Mineração

2823  Áreas contaminadas

2824 Na Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema predominam as atividades contaminantes


2825 por uso de combustíveis. Na bacia encontram-se registradas 19 áreas contaminantes
2826 representadas por postos de combustíveis e uma área de atividade industrial.

2827 Os principais grupos de contaminantes encontrados nas áreas contaminadas foram:


2828 solventes aromáticos, combustíveis líquidos, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos
2829 (ou Polycyclic aromatic hydrocarbons - PAHs), metais e solventes halogenados. É
2830 reconhecido que as ações de fiscalização implementadas pela CETESB têm-se
2831 mostrado efetivas, proporcionando a implementação de medidas de remediação em
2832 várias áreas.

2833  Erosão e assoreamento

2834 A análise da situação dos processos erosivos na UGRHI-14 foi realizada através de
2835 levantamentos juntos às Prefeituras dos Municípios que compõem a Bacia e com base
2836 no potencial total de desenvolvimento de processos erosivos. Observou-se que a
2837 quase totalidade da UGRHI-14 encontra-se classificada como de média e baixa
2838 potencialidade ao desenvolvimento de processos erosivos, com algumas manchas
2839 esparsas de alta potencialidade, principalmente a oeste da bacia, mais propriamente
2840 ladeando a margem direita do Rio Itararé. Em Barão de Antonina e São Miguel Arcanjo
2841 encontram-se erosões significativas na zona rural. Neste último município encontram-
2842 se também assoreamentos a considerar.
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2843  Inundação

2844 No Plano de Bacia 2012-2015 consta que a partir de investigações locais foram
2845 relatados casos de enchentes, tanto na zona urbana quanto na rural. Em Itapetininga
2846 são citadas inundações na Avenida Flavio Soares Hungria, implantada paralela ao
2847 curso do Ribeirão dos Cavalos. O município de Ribeirão Bonito tem em sua mancha
2848 urbana várias travessias sobre o córrego que corta a cidade, mas que possuem seção
2849 insuficiente para absorver as vazões de pico em dias de intensas chuvas. Em Buri todo
2850 o bairro Jardim Buriti é inundado nos dias de cheia do Rio Apiaí-Guaçu. São Miguel
2851 Arcanjo sofre inundações no Bairro São João por conta da ausência de galerias de
2852 águas pluviais. Tejupá relata inundações tanto na área urbana quanto na rural.
2853 Angatuba também sofre com inundações no Bairro dos Teodoros e Coronel Macedo,
2854 nos dias de intensas precipitações, sofre inundações na parte baixa da cidade próximo
2855 ao córrego Lajeado.

2856  Mineração

2857 A atividade mineradora na bacia da UGRHI-14 se restringe ao atendimento à indústria


2858 da construção civil e à exploração de jazidas de calcário para a produção de cimento.
2859 Os recursos minerais compreendem basicamente matérias primas, tais como, a argila
2860 retirada das cavas, a areia e o cascalho retirados dos leitos dos rios, nas planícies
2861 aluviais dos principais cursos d’água. Algumas indicações de áreas potencialmente
2862 favoráveis à exploração de argila destinada à produção de materiais cerâmicos foram
2863 observadas fora das cotas de inundação. O Quadro 4.18 relaciona abaixo as Unidades
2864 de Mineração dos municípios da Bacia do Alto Paranapanema.

2865 QUADRO 4.18 - UNIDADES DE MINERAÇÃO – UGRHI-14

Cidade Produto Nome da Empresa/Local

Angatuba Pedra britada Pedreira Alvorada


Mineração Horical e Indústria
Guapiara Calcário
Mineradora Pagliato Ltda
Itapetininga Calcário Rodovia Gladys Minhoto km 961
CCRG - Companhia de Cimento de
Ribeirão Grande Calcário Ribeirão Grande e CBE - Companhia
Brasileira de Equipamentos
Taguaí Calcário Mineração GOBBO
2866
2867 Fonte: Plano de Bacia-2012-2015 - CETEC/CTGEO (2012)
2868

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2869 4.4.2.6 Unidades de Conservação


2870 As áreas de conservação existentes na Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema são
2871 apresentadas no Quadro 4.19 abaixo:

2872 QUADRO 4.19 - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – UGRHI-14

Cidade Área de Conservação/Localização

Estação Ecológica de Angatuba - Estrada Municipal ANG 230, km 8,


Angatuba
Bairro da Conquista
APA de Tejupá-Botucatu, abrange 75% do município, nos bairros Parte
Barão de Antonina
Norte, Serra dos Pães e Cazzonato
FLONA - Floresta Nacional Capão Bonito/Buri - Estrada Buri-Capão
Buri
Bonito, km 9 e Horto Florestal do Estado de São Paulo - Distrito Aracaçu.
Coronel Macedo APA de Tejupá-Botucatu
Guapiara Parque Estadual Intervales
Itapetininga Parque Municipal São Francisco de Assis, bairro do Mato Seco
Bosque das Jabuticabeiras, margem direita do reservatório da UHE
Paranapanema. Parque Natural do Dourado, km 4 da rodovia de acesso
Piraju
à SP 270. Fazenda Santa Lúcia, km 7 da SP 261 e Horto Florestal de
Piraju, km 6 da SP 287.
Parque Estadual Intervales, APA da Serra do Mar e Estação Ecológica do
Ribeirão Grande
Xitoé.
Parque Estadual Carlos Botelho, serra de Paranapiacaba. Parque do
São Miguel Arcanjo ZIZO e Parque Municipal Luiz Balboni, ruas Monsenhor Henrique,
Joaquim Ortiz de Camargo e Av, Marginal Tadel Jabur.
2873
2874 Fonte: Plano de Bacia-2012-2015 - CETEC/CTGEO (2012)
2875

2876 4.4.3 Prognóstico

2877 4.4.3.1 Projeções Populacionais


2878 Foi adotada a projeção da Fundação SEADE, cujo método é o dos componentes
2879 demográficos, ou seja, é um processo analítico que destaca o papel da fecundidade, da
2880 mortalidade e da migração no crescimento populacional. Para tanto, constroem-se
2881 hipóteses sobre o comportamento esperado para cada uma dessas dimensões. Foram
2882 consideradas as previsões populacionais da UGRHI-14 para o período 2008-2015.
2883 Segundo esse estudo, a população total da Bacia no ano de 2010 foi de 757.127
2884 habitantes e em 2015 prevê-se que seja de 825.865 habitantes, correspondendo a um
2885 aumento de cerca de 9%, superior ao previsto para o Estado de São Paulo, de 7,3%.

2886 4.4.3.2 Projeção do Consumo de Água – Abastecimento Público


2887 A projeção do consumo de água para abastecimento público foi feita a partir da
2888 projeção dos índices de atendimento. Os índices utilizados para o cálculo do percentual
2889 de acréscimo anual da água de abastecimento basearam-se na projeção de economias
2890 residenciais totais e atendidas, estimadas no PERH 2004/2007. Os índices utilizados
2891 para 2012 foram fornecidos pela Sabesp para os municípios por ela operados, e os
2892 demais, pelas Prefeituras que dispõem de serviços próprios. O Quadro 4.20 abaixo

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2893 apresenta a projeção dos índices de atendimento somente para os municípios cujos
2894 índices atuais são inferiores a 100%:

2895 QUADRO 4.20 - PROJEÇÕES DE ÍNDICE DE ATENDIMENTO - ABASTECIMENTO


2896 PÚBLICO - UGRHI-14
Índice de Índice de Atendimento
Município Atendimento (%) Município (%)
2012 2015 2012 2015
Arandú 91,4 95,9 Itararé 99,8 100
B. de Campos 99,7 100 Nova Campina 78,9 82,8
Buri 99,9 100 Paranapanema 98,2 100
C. do M. Alegre 97,1 100 Piraju 98,6 100
Capão Bonito 98,8 100 Rib. Grande 99,7 100
Ipaussú 98,0 100 S. M. Arcanjo 95,1 99,8
Itapetininga 99,5 100 Taquarituba 99,1 100

2897 Itapeva 99,6 100


2898 Fonte: Sabesp (CETEC 2012)
2899

2900 4.4.3.3 Projeções para a Demanda de Água


2901 Abastecimento Público

2902 A projeção das demandas de abastecimento foi calculada a partir da projeção


2903 populacional dos municípios obtida pela Fundação Seade (2012), cujo consumo
2904 estimado per capita para o abastecimento público foi, em média, de 169 litros/
2905 habitantexdia. O Quadro 4.21 apresenta a projeção dessa demanda por município:
2906 QUADRO 4.21 - PROJEÇÕES DE DEMANDAS DE ÁGUA - ABASTECIMENTO PÚBLICO
2907 UGRHI-14
Vazões (m 3/dia) Vazões (m 3/dia)
Município Município
2012 2015 2012 2015
Angatuba 3.851 4.066 Itararé 8.228 9.146
Arandú 1.049 1.150 Itatinga 3.135 3.408
B. de Antonina 526 508 Manduri 1.531 1.531
B. de Campos 1.822 1.821 Nova Campina 1.479 1.840
B. S.de Itararé 617 770 Paranapanema 3.088 3.226
Buri 3.168 3.215 Pilar do Sul 4.561 5.130
C. do M. Alegre 959 1.058 Piraju 4.884 5.142
Capão Bonito 7.906 8.247 Rib. Branco 3.085 3.505
Cel. Macedo 848 910 Rib. Grande 1.255 1.255
Fartura 2.627 2.726 Riversul 1.040 1.105
Guapiara 3.219 3.923 S. M. Arcanjo 5.341 5.386
Guareí 2.526 2.477 Sarutaiá 618 743
Ipaussú 2.350 2.422 Taguaí 1.911 1.964
Itaberá 3.032 3.122 Taquarituba 3.821 4.358
Itaí 4.160 4.351 Taquarivaí 941 1.144
Itapetininga 25.035 26.381 Tejupá 815 854
Itapeva 15.102 16.793 Timburi 443 434
Itaporanga 2.449 2.413
2012 2015
Totais
127.422 136.524
2908
2909 Fonte: Sabesp/Prefeituras (CETEC 2012)
2910
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2911 Abastecimento Industrial

2912 Para a avaliação do aumento do consumo de água para o setor industrial, foi
2913 considerada no Plano de Bacia 2012-2015 a taxa anual de 1%, como crescimento
2914 inercial das indústrias sediadas na UGRHI-14, tendo em vista o panorama econômico
2915 interno e mundial. Assim, para 2015, a vazão que em 2012 era de 396.077 m³/dia, seria
2916 de 404.038 m³/dia.

2917 Consumo Agrícola

2918 Em função das informações pesquisadas, no Plano de Bacia 2012-2015 foi adotada
2919 uma taxa de crescimento anual da demanda de água para consumo industrial de 4,5%,
2920 relacionada aos produtos fabricados na UGRHI-14. Sendo assim, para 2015, a vazão
2921 que em 2012 era de 713.112 m³/dia, seria de 813.681 m³/dia.

2922 Outros Usos

2923 A demanda por outros usos da água representam apenas 4% da demanda total, tendo
2924 sido previsto que a vazão que em 2012 era de 44.901 m³/dia, seria em 2015 de 51.240
2925 m³/dia.

2926 4.4.3.4 Projeções para Coleta e Tratamento de Esgotos


2927 Também para a coleta de esgotos, os índices utilizados para o cálculo do percentual de
2928 acréscimo anual, baseou-se na projeção de economias residenciais totais e atendidas,
2929 estimadas no PERH 2004/2007. Os índices utilizados para 2012 foram fornecidos pela
2930 Sabesp para os municípios por ela operados, e os demais, pelas Prefeituras. O
2931 Quadro 4.22 apresenta a seguir a projeção do índice de atendimento de coleta de
2932 esgotos na UGRHI-14.

2933

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2934 QUADRO 4.22 - PROJEÇÕES DOS ÍNDICES DE COLETA DE ESGOTOS – UGRHI-14


Índice de Índice de atendimento
Município atendimento (%) Município (%)
2012 2015 2012 2015
Angatuba 82,8 87,5 Itaporanga 85,2 90,0
Arandú 89,3 94,4 Itararé 85,4 90,3
B. de Antonina 74,8 79,0 Itatinga 100,0 100
B. de Campos 99,0 100 Manduri 90,0 95,2
B. S.de Itararé 92,1 97,3 Nova Campina 74,7 79,0
Buri 92,2 97,5 Paranapanema 87,4 92,4
C. do M. Alegre 79,1 83,6 Pilar do Sul 76,8 91,2
Capão Bonito 91,2 96,4 Piraju 96,4 100
Cerqueira César 100,0 100 Rib. Branco 69,6 73,6
Cel. Macedo 90,9 96,1 Rib. Grande 76,7 81,1
Fartura 98,7 100 Riversul 82,9 87,6
Guapiara 58,9 92,8 S. M. Arcanjo 76,4 80,7
Guareí 62,8 66,4 Sarutaiá 94,3 99,7
Ipaussú 100,0 100 Taguaí 97,7 100
Itaberá 88,7 100 Taquarituba 98,0 100
Itaí 96,5 100 Taquarivaí 63,6 67,2
Itapetininga 91,7 96,9 Tejupá 100,0 100
Itapeva 86,6 91,5 Timburi 96,4 100
2935
2936 Fonte: Sabesp/Prefeituras (CETEC 2012)
2937
2938 No que se refere ao tratamento de esgoto, a UGRHI-14 encontra-se em situação
2939 bastante confortável, podendo atingir altos índices ainda em 2013, metade do período
2940 do plano. Dos 31 municípios operados pela Sabesp (86%), apenas 3 municípios não
2941 possuíam tratamento de esgoto (Barão de Antonina, Itararé e Timburi), porém as três
2942 cidades já se encontravam com suas obras de ETE em andamento, com estimativa de
2943 entrarem em operação até o final de 2012.

2944 4.4.3.5 Proposta de Recuperação de Áreas Críticas


2945 As principais proposições apresentadas no Plano de Bacia 2012-2015 em relação às
2946 áreas críticas compreendem os aspectos relativos à disponibilidade, qualidade,
2947 disposição de resíduos sólidos, erosão, inundação e perda da biodiversidade.

2948 De forma resumida, os principais pontos abordados em relação a esses tópicos foram
2949 os seguintes:

2950 Disponibilidade:

2951 As sub-bacias consideradas críticas no Plano, e que necessitam ser priorizadas na


2952 aplicação de recursos, são aquelas em que a soma das vazões captadas é superior a
2953 50% da vazão de referência Q7,10. São elas: Paranapanema Inferior, Taquari/Taquari-
2954 Mirim, Taquari/Taquari-Guaçu, Ribeirão das Posses / Paranapanema, Guarei / Jacu /
2955 Santo Inácio / Paranapanema, Baixo Apiaí-Guaçu, Alto Apiaí-Guaçu e

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2956 Paranapitanga/Paranapanema (Ver Quadro 4.17). Nesses municípios o maior


2957 consumo é destinado à irrigação, sendo os dois maiores consumidores de água para
2958 irrigação Itaí e Taquarituba. A segunda maior consumidora de água para irrigação é a
2959 sub-bacia Guareí/Jacu/Santo Inácio/Paranapanema, onde estão inseridos os
2960 municípios de Angatuba, Guareí e Paranapanema, que responde por 18% de toda
2961 demanda de água para irrigação entre as sub-bacias críticas. As ações destinadas à
2962 redução dos valores do índice Demanda/Disponibilidade passam pelo uso mais intenso
2963 das águas subterrâneas e pelas seguintes ações propostas no Plano de Bacia 2012-
2964 2015:

2965  Financiar a perfuração de poços tubulares profundos com o objetivo de aumentar a


2966 quantidade de água para abastecimento;

2967  Financiar a construção de reservatórios nas áreas urbanas dos municípios com o
2968 objetivo de aumentar a oferta de água para abastecimento;

2969  Estimular concessionárias, serviços municipais e demais usuários de recursos


2970 hídricos, para ações que reduzam as perdas de água nos sistemas, bem como
2971 incentivar a prática do reuso;

2972  Financiar projetos de reservatórios de acumulação de água a serem implantados


2973 em áreas de grande consumo (projetos de irrigação) com o objetivo de minorar a
2974 captação excedente a 50% da vazão Q7,10;

2975  Articular junto à Secretaria Estadual da Agricultura, Meio Ambiente e Recursos


2976 Hídricos com vistas à elaboração e implantação de um Plano Diretor da Agricultura
2977 irrigada na UGRHI – 14.

2978 Qualidade:

2979  Financiar a construção, reforma e ampliação das Estações de Tratamento de Água


2980 (ETA’s), com o objetivo de aumentar a quantidade e melhorar a qualidade das
2981 águas de abastecimento público;

2982  Financiar a construção de Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), bem como a


2983 limpeza e recuperação das ETE’s existentes, objetivando a melhoria da qualidade
2984 do lançamento de efluentes nos corpos hídricos da Bacia;

2985  Promover a implantação, conservação, adequação e ampliação dos sistemas de


2986 tratamento de esgotos domésticos nos Distritos que lançam seus efluentes “in
2987 natura” nos corpos d’água e no solo;

2988  Implantação de 12 pontos de coleta de água para monitoramento em 4 sub-bacias


2989 da UGRHI-14 até 2015;

2990

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2991  Criação de um sistema de coleta de dados de qualidade de água prevendo 3


2992 pontos de coleta por sub-bacia (montante, meio e foz) num total de 4 sub-bacias ao
2993 longo de 34 meses, a fim de avaliar o comportamento dos mesmos ao longo do
2994 ano, e a ocupação das sub-bacias monitoradas;

2995  Estabelecer medidas de saneamento ambiental rural, conforme a especificidade de


2996 cada localidade, visando à melhoria da qualidade de água na zona rural da UGRHI-
2997 14.

2998 Disposição dos resíduos sólidos:

2999  Fomentar a implantação nos municípios da UGRHI-14 que ainda não possuem, do
3000 Projeto de Coleta Seletiva de Lixo, como forma de promover o aproveitamento dos
3001 materiais recicláveis;

3002  Financiar a construção de aterro sanitário para os municípios pertencentes à


3003 UGRHI-14 que ainda não possuem essa técnica de disposição de resíduos sólidos,
3004 com o objetivo de melhor destinar os resíduos sólidos.

3005 Erosão, inundação e perda da biodiversidade

3006  Financiar a execução de Planos Municipais de Drenagem Urbana nos municípios


3007 da UGRHI-14 que ainda não dispõem do mesmo, com o objetivo de definir medidas
3008 estruturais e não estruturais para o controle de cheias;

3009  Financiar a construção de sistemas de galerias de águas pluviais, bem como,


3010 revestimento de canais em municípios que pertencem à Bacia Hidrográfica do Alto
3011 Paranapanema;

3012  Identificar os processos erosivos mais críticos que contribuem para o


3013 assoreamento dos corpos hídricos.

3014  Execução do projeto de replantio de mata ciliar em áreas da APP, nas sub-bacias
3015 planejadas;

3016  Elaboração de projeto de replantio das áreas de APP, nas sub-bacias já


3017 levantadas;

3018  Fomentar a realização de projetos de Zoneamento Ecológico / Econômico e Agro


3019 Ambiental nos municípios que compõem a UGRHI-14, como instrumento
3020 fundamental para ordenamento do uso e ocupação do solo e dos recursos naturais.

3021 4.4.3.6 Estabelecimento das Metas para os Recursos Hídricos


3022 A priorização de Metas considerou o Cenário Recomendado, referido a seguir, que,
3023 além dos recursos do Cenário Piso (mais realista), inclui recursos da Cobrança pelo

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3024 Uso da Água. As Metas foram subdivididas em conjuntos de Ações, às quais foram
3025 atribuídos os prazos de execução.

3026 O Quadro 4.23 apresenta as metas e a hierarquização das Ações voltadas mais
3027 especificamente à conservação e utilização dos recursos hídricos.

3028 QUADRO 4.23 – METAS E PRIORIDADES DAS AÇÕES PREVISTAS

Prioridade - Prazos
Objetivo Geral Meta Ação
Curto Médio Longo
Ação 1 – Elaboração de projeto de levantamento das
áreas de APP sem a cobertura vegetal natural de
quatro sub-bacias mais necessitadas de
recuperação.
Recuperação da mata
ciliar em quatro sub-
bacias que estejam Ação 2 – Elaboração de projeto de replantio das
com maior áreas de APP, nas sub-bacias já levantadas.
necessidade de
Conservação, recuperação.
recuperação da
mata e vegetação Ação 3 – Execução do projeto de replantio de mata
natural. ciliar em áreas da APP, nas sub-bacias planejadas.

Fomentar a
implantação do Ação 1 - Fomentar a realização de projetos de
Zoneamento Zoneamento Ecológico / Econômico e Agro-
Ecológico, Econômico Ambiental nos municípios que compõem a UGRHI-
e Agro-Ambiental em 14, como instrumento fundamental para ordenamento
todo o território da do uso e ocupação do solo e dos recursos naturais.
bacia.

Ação 1 – Financiar a execução de Planos de


Saneamento Municipal nos municípios da UGRHI-14
que ainda não dispõem do referido documento, com
o objetivo de definir medidas estruturais e não
estruturais .

Ação 2 - Financiar a execução de Planos Municipais


de Drenagem Urbana nos municípios da UGRHI-14
que ainda não dispõem do referido documento, com
o objetivo de definir medidas estruturais e não
estruturais.

Dotar todos os
municípios Ação 3 - Financiar a construção, reforma e
pertencentes à Bacia ampliação das Estações de Tratamento de Água
Saneamento (ETA’s), com o objetivo de aumentar a quantidade e
do ALPA com o Plano
básico e resíduos melhorar a qualidade das águas de abastecimento
Municipal de
sólidos. nos municípios da Bacia do ALPA.
Saneamento e Plano
Municipal de
Drenagem Urbana.
Ação 4 – Financiar a perfuração de poços tubulares
profundos nos municípios pertencentes à Bacia do
ALPA, com o objetivo de aumentar a quantidade de
água para abastecimento.

Ação 5 – Financiar a construção de reservatórios nas


áreas urbanas dos municípios pertencentes à Bacia
do ALPA, com o objetivo de aumentar a oferta de
água para abastecimento.

Ação 6 – Financiar a construção de Estação de

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Prioridade - Prazos
Objetivo Geral Meta Ação
Curto Médio Longo
Tratamento de Esgoto (ETE), bem como a limpeza e
recuperação das ETE’s existentes nos municípios da
Bacia do Alpa, objetivando a melhoria da qualidade
do lançamento de efluente nos corpos hídricos da
Bacia.

Ação 7 – Financiar a construção de sistemas de


galerias de águas pluviais, bem como, revestimento
de canais em municípios que pertencem à Bacia
Hidrográfica do Alto Paranapanema.

Ação 8 – Fomentar a implantação nos municípios do


ALPA que ainda não possuem, do Projeto de Coleta
Seletiva de Lixo, como forma de promover o
aproveitamento dos materiais recicláveis.

Ação 9 - Financiar a construção de aterro sanitário


para os municípios pertencentes à UGRHI-14 que
ainda não possuem essa técnica de disposição de
resíduos sólidos, com o objetivo de melhor destinar
os mesmos.

Ação 10- Estimular as concessionárias, serviços


municipais e demais usuários de recursos hídricos,
água e esgoto a adoção de ações que reduzam as
perdas de água no sistema, bem como, incentivar a
prática do reuso.

Estudo para
recuperação e Ação 1 – Identificar os processos erosivos mais
conservação de críticosque contribuem para o assoreamento dos
estradas rurais. corpos hídricos.

Elaborar programa de
identificação e solução Ação 1 - Financiar projetos de reservatórios de
de abastecimento de acumulação de água a serem implantados em áreas
água em áreas de de grande consumo de água (projetos de irrigação)
sub-bacias que com o objetivo de minorar a captação excedente a
apresentam índices de 50% da vazão Q7,10.
criticidade.

Ação 1 - Promover a implantação, conservação,


adequação e ampliação dos sistemas de tratamento
de esgotos domésticos nos Distritos que lançam seus
Maior incentivo à
efluentes " in natura" nos corpos d’água e no solo.
comunidade rural para
solução dos efluentes
Recursos de esgoto. Ação 2 - Estabelecer medidas de saneamento
hídricos ambiental rural, conforme a especificidade de cada
(monitoramento localidade.
das águas da
bacia, urbanas
ou Ação 1 - Implantação de 12 pontos de coleta de
rurais) água para monitoramento em 4 sub-bacias da
UGRHI-14 até 2015.
Melhoramento e
ampliação do sistema
de monitoramento dos
Ação 2 - Criação de um sistema de coleta de dados
padrões de qualidade
de qualidade de água prevendo 3 pontos de coleta
dos recursos hídricos
por sub-bacia (montante, meio e foz) num total de 4
da bacia.
sub-bacias ao longo de 34 meses, a fim de avaliar o
comportamento dos mesmos ao longo do ano e da
ocupação das sub-bacias monitoradas.

Implantação de um Ação 1 - Articular junto à Secretaria Estadual da


Plano Diretor da Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos com
Agricultura irrigada na vistas à elaboração e implantação do referido Plano.

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Prioridade - Prazos
Objetivo Geral Meta Ação
Curto Médio Longo
UGRHI - 14.

Ação 1 - Implantar rotinas para atualização do banco


Atualização do banco de dados sobre a situação de mananciais utilizados
de dados sobre a na captação de água,com programas de capacitação
situação de de agentes para operá-los.
mananciais utilizados
na captação de água
em todos os
municípios Ação 2 - Elaborar programas de ações para coleta
pertencentes à de dados sobre as fontes alternativas de
UGRHI-14 . abastecimento no meio urbano e rural de forma
integrada entre as diversas instituições, até 2015.

Ação 1 – Levantamentos e análises de dados


Revisão do Plano de
voltados a diagnósticos, prognósticos e definições
bacia do ALPA.
sobre áreas críticas da bacia.

Implementar o
Gestão dos
gerenciamento eficaz
Recursos
dos recursos hídricos Ação 1 - Elaborar plano de gestão dos recursos
Hídricos da bacia
superficiais e hídricos subterrâneos, com envolvimento de todos os
subterrâneos, municípios da UGRHI-14 visando à operação,
envolvendo ações controle, manutenção e fiscalização dos sistemas de
preventivas e de extração de águas subterrâneas.
recuperação de áreas
degradadas.

3029

3030 4.4.3.7 Cenários


3031 No Plano de Bacia foram formulados os cenários contemplando as 18 metas
3032 estabelecidas. De acordo com os investimentos necessários, no Cenário Desejável,
3033 isto é, naquele em que se formulam as intervenções sem restrições financeiras, os
3034 investimentos na UGRHI-14 atingiam o valor de R$ 107.803.540,00.

3035 Outro cenário formulado foi o Cenário Piso, que representa uma visão mais realista,
3036 com identificação, dentro de Cenário Desejável, de quais ações propostas já possuem
3037 verbas comprometidas ou deverão tê-las. Para elaboração do Cenário Piso foram
3038 levantados os recursos provenientes do FEHIDRO, do Programa Água Limpa, do
3039 Programa de Aceleração do Crescimento-PAC, da Sabesp e recursos próprios dos
3040 municípios. Os recursos levantados para esse cenário somaram R$ 70.897.283,00,
3041 cerca de 65% do Cenário Desejável.

3042 Já o Cenário Recomendado, que é formulado a partir da identificação, dentre as ações


3043 propostas no Cenário Desejável, de quais deveriam ser incluídas no Cenário Piso para
3044 a ampliação dos recursos financeiros desse cenário, os recursos atingiram o montante
3045 de R$ R$ 78.897.283,00, cerca de 73% do Cenário Desejável. Esses recursos foram
3046 distribuídos da seguinte forma no período de abrangência do Plano: R$ 16.808.045,00
3047 em 2012; R$ 23.229.258,00 em 2013; R$ 19.913.511,00 em 2014 e R$ 18.946.469,00
3048 em 2015.

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3050 4.5 RELATÓRIO DE SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NA UGRHI-14 –


3051 2011 – ANO BASE 2010
3052 4.5.1 Considerações Gerais
3053 O Relatório de Situação dos Recursos Hídricos na UGRHI-14 – 2011 – Ano-Base 2010
3054 - foi elaborado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema e finalizado
3055 em dezembro de 2011, considerando-se a situação dos recursos hídricos dos anos de
3056 2007 a 2010. Apresenta as características gerais da UGRHI, a síntese e a análise da
3057 situação dos recursos hídricos para o período considerado e a análise dos
3058 indicadores/parâmetros anotados nesse Relatório de Situação.

3059 4.5.2 Demandas e Disponibilidade de Recursos Hídricos


3060 Conforme dados contidos no Relatório de Situação - 2011, as demandas e
3061 disponibilidades de recursos hídricos para a UGRHI-14 em 2010 eram as seguintes:
3062 0,63 m³/s para uso urbano (5,8%), 6,94 m³/s para rural (64,1%), 3,22 m³/s para uso
3063 industrial (29,8%), e 0,04 m³/s para outros usos (0,3%). A demanda total superficial
3064 somava 10,66 m³/s e a demanda subterrânea 0,21 m³/s.

3065 Observou-se que, apesar de a principal demanda de uso da água na UGRHi-14 ser de
3066 uso agrícola, de 2009 para 2010 houve um aumento de 2% na demanda industrial e
3067 uma redução de 5% na de uso rural. Para o uso urbano, que mantinha a demanda em
3068 torno de 3%, houve um incremento de 2,7% em relação à demanda de 2009.

3069 Mesmo tendo a UGRHI-14 boa disponibilidade hídrica, existem algumas sub-bacias
3070 com pontos potencialmente críticos, como as bacias do Ribeirão dos Carrapatos, do
3071 Ribeirão das Posses e do Ribeirão Santa Helena, que permeiam os municípios de
3072 Paranapanema, Itaí, Itapeva, Taquarituba, Taquarivaí e Itaberá, onde se concentra a
3073 maior parte das atividades agrícolas.

3074 Em relação ao balanço demanda superficial versus disponibilidade relacionada à vazão


3075 Q7,10 = 80,4 m³/s, o Relatório de Situação - 2011 indicava situação Boa, com valores
3076 bastante inferiores ao limite para esta situação (30%) durante o período 2007-2010,
3077 respectivamente de 8,0%, 11,7%, 12,0% e 12,6%.

3078 No caso do balanço demanda subterrânea versus reservas explotáveis na UGRHI-14, a


3079 situação permaneceu favorável nos quatro anos analisados, variando de 0,0% em 2007
3080 a 0,69% em 2010.

3081 4.5.3 Esgotos Domésticos


3082 A coleta da UGRHI é considerada boa, com 90,7% de atendimento. No tratamento de
3083 esgotos observou-se um aumento de cerca de 4% de 2009 para 2010, totalizando um
3084 atendimento de 77,7%. Entretanto, a eficiência do tratamento experimentou redução de
3085 65,0% em 2009 para 61,1% em 2010. Os municípios mais críticos nesse quesito são

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3086 Barão de Antonina, Buri, Guareí, Ipaussu, Itararé, Manduri e Timburí, nos quais se
3087 deverá investir nos sistemas de tratamento de esgotos, para melhoria de sua eficiência.

3088 4.5.4 Resíduos Sólidos Domiciliares


3089 A coleta de resíduos sólidos está presente em 91,1% da UGRHI-14, um número
3090 considerado bom, porém a disposição do total gerado, em aterro considerado
3091 adequado que em 2009 era de 63,1%, em 2010 caiu consideravelmente para 28,8%.
3092 Essa queda está ligada à falta de investimentos na disposição final, o que é
3093 comprovado pelo fato de que apenas 50% dos municípios da UGHRI foram
3094 enquadrados com IQR Adequado. Portanto, deverão ser investidos recursos em
3095 reciclagem e na destinação final dos resíduos sólidos.

3096 4.5.5 Qualidade das Águas


3097 Com relação ao IQA - Índice de Qualidade das Águas, segundo o Relatório de Águas
3098 Interiores da CETESB (2010), dos 8 pontos monitorados, 1 apresentou situação Ótima
3099 (reservatório de Jurumirim), 5 apresentaram situação Boa (rios Itararé, Taquari,
3100 Paranapanema, Guareí-2), e 2 apresentaram situação Regular (ribeirão São Miguel
3101 Arcanjo e ribeirão Ponte Alta).

3102 Em relação a 2009 notou-se a diminuição de 7 pontos considerados em situação Boa


3103 para apenas 5 e o aumento para 2 pontos com situação Regular. Essa involução pode
3104 se dever ao fato de que mesmo os municípios de São Miguel Arcanjo e Itapetininga
3105 tratarem seus efluentes domésticos, ainda lançam grande carga orgânica nos cursos
3106 d´água com baixa diluição.

3107 Quanto ao IAP- Índice de Qualidade das Águas Brutas para Fins de Abastecimento
3108 Público, que avalia substâncias tóxicas e variáveis que possam alterar as
3109 características físico-químicas provenientes das fontes difusas, não foram encontradas
3110 avaliações no Relatório de Situação – 2011, pelo fato de que, segundo a CETESB, a
3111 partir de 2011 o cálculo do IAP passou a ser feito somente se todas as variáveis
3112 apresentassem dados analíticos.

3113 No Relatório de Situação 2010-2011 não há informações sobre a qualidade das águas
3114 subterrâneas, na UGRHI-14.

3115 4.5.6 Quadros Sínteses da Situação dos Recursos Hídricos na UGRHI-14 –


3116 2011 - Ano Base 2010
3117 Nos Quadros 4.24, 4.25 e 4.26 a seguir, apresenta-se uma síntese da situação dos
3118 recursos hídricos para os anos 2007 a 2010, conforme dados apresentado no Relatório
3119 de Situação dos Recursos Hídricos 2011, elaborado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica
3120 do Alto Paranapanema.

3121

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-127-

3122 QUADRO 4.24 - DISPONIBILIDADE VERSUS DEMANDAS DOS RECURSOS HÍDRICOS-


3123 UGRHI-14
Relatório de Situação 2011
Indicador/Parâmetro
2007 2008 2009 2010
3
Disponibilidade per capita - água superf.- Qméd (m /hab.ano) 10.760 10.875 10.770 11.144
3
Disponibilidade per capita - água subterrânea (m /hab.ano) 1.266 1.279 1.267 1.311
3
Disponibilidade superficial - Q 7,10 (m /s) 80,4 80,4 80,4 80,4
3
Disponibilidade subterrânea - reserva explotável (m /s) 25 25 25 25
3
Vazão total outorgada para captações superficiais (m /s) 6,68 9,83 9,77 10,61
3
Vazão total outorgada para captações subterrâneas (m /s) 0,10 0,17 0,13 0,21
3
Demanda estimada para abastecimento urbano (m /s) 1,73 1,89 1,93 1,83
Demanda superficial em relação à disponibilidade Q7,10 (%) 8,0 11,7 12,0 12,6
Demanda subterrânea em relação à reserva explotável (%) 0,00 0,44 1,00 0,69

3124 Notas
3
3125 1 - É considerada ideal uma disponibilidade per capita de água superficial acima de 2.500 m /hab.ano;
3126 para a disponibilidade per capita de água subterrânea não há parâmetro de referência;
3127 2 – Os valores de referência para a relação demanda superficial/disponibilidade superficial, em relação à
3128 vazão Q7,10 , apresentam as seguintes faixas de variação - < 30%(BOA) – entre 30 e 50% (ATENÇÃO) - .
3129 > 50% (CRÍTICA); idem em relação à demanda subterrânea x reserva explotável.

3130 QUADRO 4.25 - SANEAMENTO BÁSICO - ESGOTAMENTO SANITÁRIO


Relatório de Situação 2011
Indicador/Parâmetro
2007 2008 2009 2010
Proporção Esgoto Doméstico Coletado/ Esgoto Doméstico Gerado (%) 93,0 93,0 90,0 90,7
Proporção Esgoto Doméstico Tratado/ Esgoto Doméstico Gerado (%) 78,0 77,0 74,0 77,7
Proporção de Redução da Carga Orgânica Doméstica (%) 58,6 58,0 65,0 61,1
Carga Orgânica Doméstica Remanescente- (Kg DBO/dia) 13.036 12.565 10.753 11.889
3131

3132 QUADRO 4.26 - SANEAMENTO BÁSICO – MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


Relatório de Situação 2011
Indicador/Parâmetro
2007 2008 2009 2010
Resíduo Sólido Domiciliar Gerado (ton/dia) 240,1 236,0 237,9 244,1
Resíduo Sólido Domiciliar Disposto em Aterro Enquadrado como Adequado (%) 10,4 28,0 63,1 28,8
Municípios com Disposição de Resíduos em Aterros com IQR Adequado (nº) 20,6 47,1 61,8 50,0

3133

3134 4.5.7 Dados Gerais do Município de Capão Bonito Constantes do Plano de


3135 Bacia 2012-2015
3136 Apresentam-se, a seguir, no Quadro 4.27 os dados gerais de interesse para
3137 elaboração do PMSB referidos ao município de Capão Bonito. São dados e
3138 informações constantes do Plano de Bacia 2012-2015 mais recente, que deverão, de
3139 alguma forma, acrescentar informações relevantes à consecução do PMSB do
3140 município em questão.
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3142

3143 QUADRO 4.24 DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO DE CAPÃO BONITO, CONFORME PLANO DE
3144 BACIA – ALPA 2012 - 2015
Plano de Bacia 2012-2015
Discriminação
Valores Anos de Referência
População Total - hab. 46.129 2011
Grau de urbanização - % 81,91 2010
Densidade demográfica – hab/km² 28,11 2011
Taxa de natalidade – por mil hab. 15,50 2010
Óbitos gerais 333 2010

46.183 2010

Projeções da População Total – hab. 48.796 2015

49.811 2020

Índice de Atendimento Total Água - % 98,57 2000


Índice de Coleta de Esgotos - % 62,8 2000
Índice de Tratamento dos Esgotos - % 100 2000
Carga Poluidora Potencial kgDBO/dia 465 2000
Carga Poluidora Remanescente kgDBO/dia 465 2000
Quantidade de Lixo Gerada - t/dia 14,5 2011
IQR 6,8 2011
3145 Fonte: Plano de Bacia do Alto Paranapanema – 2012-2015.

3146 4.6 OUTROS ESTUDOS REFERENCIADOS AO MUNICÍPIO


3147 4.6.1 Plano Diretor do Município
3148 O Plano Diretor de Capão Bonito, aprovado por lei em 2006, acha-se estruturado em 6
3149 partes que tratam dos seguintes aspectos:

3150  Política de desenvolvimento urbano ambiental

3151  Desenvolvimento urbano sustentável

3152  Estrutura urbana, modelo espacial e uso do solo

3153  Sistema de planejamento e gestão democrática

3154  Política urbana, uso e ocupação do solo

3155  Disposições gerais e transitórias

3156 Na primeira parte são estabelecidos princípios de caráter geral e são enunciadas as
3157 quatro estratégias de desenvolvimento sustentável a serem perseguidas, em
3158 consonância com a Agenda 21:

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3159  Estratégia de desenvolvimento social;

3160  Estratégia de desenvolvimento econômico, científico e tecnológico;

3161  Estratégia de desenvolvimento urbano ambiental;

3162  Estratégia de desenvolvimento institucional.

3163 Na segunda parte da lei são estabelecidos os princípios, objetivos e diretrizes de cada
3164 um dos eixos das estratégias de desenvolvimento acima enunciadas.

3165 Em relação à estratégia de desenvolvimento social são abordados os aspectos


3166 referentes à educação, saúde, inclusão social e cidadania, cultura, esporte, lazer e
3167 recreação, defesa civil e segurança pública.

3168 No tocante à estratégia de desenvolvimento econômico, científico e tecnológico são


3169 estabelecidos os princípios, objetivos e diretrizes referentes ao desenvolvimento
3170 econômico, ao trabalho, emprego e renda, ao abastecimento e segurança alimentar, à
3171 agricultura, à indústria, ao comércio e à prestação de serviços, ao turismo, à ciência e
3172 tecnologia.

3173 Quanto à estratégia de desenvolvimento urbano ambiental são inicialmente


3174 apresentados os princípios gerais, as diretrizes e as estratégias da política municipal de
3175 meio ambiente, em que se destacam aquelas mais diretamente relacionadas ao
3176 saneamento, quais sejam: a promoção da recuperação e promoção dos recursos
3177 hídricos; o incentivo à adoção de alternativas para a utilização dos subprodutos e
3178 resíduos decorrentes das atividades urbanas, industriais e agrícolas; e a elevação dos
3179 níveis de saúde, através do provimento da infraestrutura sanitária.

3180 No tocante à estratégia de desenvolvimento urbano ambiental a lei reserva ainda três
3181 artigos (59 a 61) para tratar especificamente dos recursos hídricos, compreendendo as
3182 águas superficiais e as subterrâneas, além de uma subseção (artigos 62 a 80) para
3183 tratar do saneamento ambiental e serviços urbanos, compreendendo objetivos,
3184 diretrizes e estratégias de caráter geral referentes a: abastecimento de água, esgotos
3185 sanitários, resíduos sólidos, drenagem e limpeza urbanas. Dentre essas diretrizes
3186 destacam-se:

3187  A universalização dos serviços de abastecimento de água, coleta de esgotos e de


3188 resíduos sólidos;

3189  A elaboração, revisão e adequação integrada dos Planos Diretores de


3190 Abastecimento Público, de Esgotamento Sanitário e de Resíduos Sólidos em
3191 consonância com o Plano Diretor Municipal, ampliando os sistemas de atendimento
3192 de acordo com as demandas de cada setor de planejamento da cidade e do
3193 zoneamento de uso;

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3194  A elaboração de Plano Diretor de Drenagem Urbana em consonância com o Plano


3195 de Gestão e Saneamento Ambiental, articulando com a SABESP e com a
3196 Secretaria Municipal de Agropecuária, Abastecimento e Meio Ambiente;

3197  O estabelecimento de normas para a preservação, recuperação e ocupação de


3198 zonas de proteção ambiental, especialmente nascentes a montante de captações;

3199  O desassoreamento e monitoramento das repressas destinadas à captação para


3200 abastecimento público;

3201  A elaboração de sistemas de remoção e tratamento dos lodos das ETEs e das
3202 ETAs;

3203  A redução dos índices de perdas do sistema de abastecimento de água;

3204  A instalação de hidrômetros em poços particulares a fim de adequar a relação entre


3205 consumo e lançamento de efluentes nas redes de esgotos;

3206  A elaboração de plano e a implementação de gerenciamento integrado dos


3207 resíduos sólidos;

3208  A reserva de áreas para a implantação de novos aterros sanitários e de resíduos


3209 da construção civil, sujeita à prévia aprovação da Secretaria Municipal de
3210 Agropecuária, Abastecimento e Meio Ambiente;

3211  A recuperação de áreas degradadas pela disposição inadequada de lixo;

3212  O estímulo à coleta seletiva e à reciclagem de resíduos sólidos;

3213  A elaboração de Plano Diretor de Drenagem;

3214  A regulamentação de sistemas de retenção de águas pluviais em lotes e glebas


3215 públicas e privadas e de índices de permeabilidade do solo;

3216  O estímulo ao reuso da água e à adoção de pisos drenantes.

3217 Ainda no tocante às estratégias de desenvolvimento urbano ambiental a, são


3218 estabelecidos objetivos e diretrizes gerais para a política da habitação, transporte,
3219 sistema viário e mobilidade urbana, equipamentos urbanos, infraestrutura e serviços de
3220 utilidade pública, energia e iluminação pública,rede de comunicações e telemática,
3221 paisagem urbana, áreas públicas e patrimônio ambiental, que não tratam de questões
3222 que possam ter relevância para o Plano de Saneamento a que se refere este relatório.

3223 Quanto à estratégia do desenvolvimento institucional, são apresentados os princípios e


3224 objetivos da gestão do sistema de planejamento, assim como suas diretrizes e ações
3225 estratégicas, destacando-se: a previsão de revisão periódica do Plano Diretor através
3226 de processo coordenado pelo Conselho da Cidade; a implementação dos instrumentos

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3227 previstos no Estatuto da Cidade considerando a sua adequação à especificidade do


3228 município e ao seu ambiente urbano; e a implementação de sistema de informações
3229 municipais.

3230 Na terceira parte da lei, que é dedicada à estrutura urbana e ao modelo espacial e de
3231 uso do solo, são inicialmente arrolados os sistemas considerados estruturadores do
3232 desenvolvimento urbano-regional :

3233  Redes de integração urbano-regional de cidades;

3234  Corredores e polos de centralidades urbanas;

3235  Redes hídricas e corredores de integração ecológica;

3236  Redes de acessibilidade, mobilidade e transporte urbano;

3237  Redes e unidades de conservação da paisagem urbana ambiental.

3238 Em seguida são apresentados os conceitos gerais do macrozoneamento, sendo:

3239  O macrozoneamento territorial que delimita e subdivide o território municipal em:


3240 Área Urbana; Área Rururbana; e Área Rural.

3241  O macrozoneamento de gestão ambiental - MGA, que subdivide a estrutura


3242 político-territorial do município em Regiões de Planejamento Ambiental - RPA;

3243  O macrozoneamento de gestão por setores – MGS, que subdivide o espaço


3244 intraurbano e de vizinhança em Regiões de Planejamento por Setores – RPS, para
3245 o planejamento de ações locais;

3246  O macrozoneamento de gestão urbana – MGU que subdivide o território em quatro


3247 Regiões de Orçamento e Planejamento Participativo - ROP na área urbana e
3248 povoados rurais.

3249 Na quarta parte da lei, consagrada ao sistema de planejamento e gestão democrática,


3250 são apresentados inicialmente, os princípios, objetivos e ações estratégicas do sistema
3251 municipal de gestão e são arrolados os órgãos e as instâncias componentes desse
3252 sistema. Em seguida são especificados os instrumentos de política urbana e os
3253 instrumentos de análise de projetos estratégicos e de empreendimentos de impacto
3254 urbanístico-ambiental a serem utilizados na gestão municipal. Finalmente são
3255 especificados os processos a serem adotados no monitoramento e na revisão
3256 estratégica do plano diretor e as especificidades do sistema de informações municipais.

3257 A quinta parte da lei trata da política urbana e tem interesse específico para orientar a
3258 elaboração de cenários de desenvolvimento futuro a serem considerados no
3259 planejamento dos sistemas de saneamento urbano do município. Entretanto, peças
3260 fundamentais que deveriam respaldar esta parte da lei não foram, até o momento,
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3261 encaminhadas à Câmara municipal, descumprindo o estabelecido no seu Artigo 254.


3262 São eles, os mapas e anexos, além de outras leis, definiriam as condicionantes legais
3263 ao uso e ocupação do solo.

3264 A lei prevê a aprovação de lei específica que instituirá novas dimensões e
3265 confrontações do perímetro urbano.

3266 Estabelece que o território do município fica dividido nas seguintes zonas de uso:

3267  ZR – Zona de Uso Residencial, de densidade demográfica baixa;

3268  ZM – Zona de uso misto, de densidade demográfica média;

3269  ZC – Zona Central, de uso misto, de densidade demográfica alta;

3270  ZPC – Zona de Predominância Comercial, de uso misto de densidade demográfica


3271 média;

3272  ZUD – Zona de Uso Diversificado, destinada a usos industriais, de comércio e


3273 serviços de grande porte;

3274  ZPA – Zona de Proteção Ambiental que inclui as margens de todos os cursos
3275 d’água em faixa de 30 m de largura de cada lado de seu leito ou dos brejos
3276 associados;

3277  CAP – Cone de Aproximação Aeroportuário, em o gabarito de altura máximo é de


3278 20 m ou 4 pavimentos;

3279  ZE – Zonas de Usos Especiais.

3280 Além destas zonas de uso, a lei institui a figura dos Corredores Especiais de três
3281 categorias, conforme a largura da via: CR-1 correspondentes a vias de pista simples;
3282 CR-2 correspondentes a vias de pista dupla; e CR-3 correspondentes a vias expressas.
3283 Para os lotes situados em CR-3 é estabelecido lote mínimo de 2.500 m², taxa de
3284 ocupação de 50% e coeficiente de aproveitamento igual a 1.

3285 A lei estabelece adicionalmente a figura das Áreas de Proteção Ambiental Controlada,
3286 em que é permitida a ocupação, sempre que seja assegurada a permeabilidade do solo
3287 em, no mínimo 70%. São elas:

3288  Reservas florestais, remanescentes de matas nativas, localizadas dentro do


3289 Perímetro Urbano;

3290  Faixa adjacente às Zonas de Proteção Ambiental ao longo dos cursos d’água
3291 quando da presença de emissários de esgoto.

3292

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3293 Nesta quinta parte da lei são ainda especificadas:

3294  As categorias de uso e suas diferentes condições de conformidade: usos


3295 conformes, não conformes e usos sujeitos a controle;

3296  Os índices urbanísticos, sendo:

3297  A Taxa de Ocupação equivalente a 65% exceto os casos que deveriam constar
3298 de anexos, em que seria de 50% ;
3299  O Coeficiente de Aproveitamento básico equivalente a 1, exceto na Zona de
3300 Uso Diversificado onde é equivalente a 0,75, podendo ser aumentado através
3301 da Transferência do Direito de Construir;
3302  A Taxa de Permeabilidade equivalente a 10% para os casos em que a Taxa de
3303 Ocupação é de 65% e a 25% quando a Taxa de Ocupação for de 50%;
3304  Recuos iguais em todas as zonas, exceto aquelas que deveriam ser
3305 especificadas em anexos que não constam da lei.
3306  Vagas de estacionamento especificadas em relação aos usos do solo.
3307 Finalmente, nesta parte da lei são estabelecidas as condições de aplicação dos
3308 seguintes instrumentos: parcelamento compulsório; edificação compulsória; ocupação
3309 compulsória; Imposto predial e territorial urbano progressivo; transferência de potencial
3310 construtivo; incentivo à criação e manutenção de áreas permeáveis; incentivo à criação
3311 de vagas de estacionamento; incentivo à restauração de edificações.

3312 Na última parte da lei, que trata das disposições gerais e transitórias, é determinada a
3313 elaboração no prazo de 360 dias dos seguintes instrumentos legais:

3314  Lei do Plano Diretor de Trânsito e Transporte Urbano;

3315  Lei do Plano Diretor de Saneamento e Gestão Ambiental;

3316  Lei do Plano Diretor de Habitação;

3317  Lei dos Planos Diretores de Ações Regionais;

3318  Revisão da Lei Complementar referente ao Código de Posturas do Município;

3319  Código Ambiental do Município;

3320  Código de Edificações e Ambiente Construído.

3321 É determinado o prazo de 90 dias para que o Executivo encaminhe os Mapas e Anexos
3322 mencionados na lei.

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3324 4.6.2 Plano Diretor de Saneamento Básico dos Municípios Operados pela
3325 Sabesp nas Bacias Hidrográficas do Alto Paranapanema (14), Médio
3326 Paranapanema (17) e Ribeira do Iguape/Litoral Sul (11)
3327 O “Plano Diretor de Saneamento Básico dos Municípios Operados pela Sabesp nas
3328 Bacias Hidrográficas do Alto Paranapanema (14), Médio Paranapanema (17) e Ribeira
3329 do Iguape/Litoral Sul (11)”, foi elaborado pelo Consórcio JNS-Hagaplan, em 2003 para
3330 a Sabesp.
3331 Este Plano teve o objetivo de apresentar proposições de planejamento para os
3332 sistemas de água e esgotos, até o horizonte de projeto, em 2025, visando o pleno
3333 atendimento às necessidades decorrentes da análise e avaliação das demandas, por
3334 município (sede, distritos e núcleos isolados), seguindo a divisão por UGRHI e por
3335 Unidade de Negócio. Para tanto, identificou e quantificou as obras de ampliação e/ou
3336 melhorias, fundamentado nos resultados das fases de trabalho, representados pelos
3337 relatórios “Coleta, Análise de Consistência dos Dados e Diagnósticos dos Sistemas de
3338 Abastecimento de Água e de Esgotos Sanitários dos Municípios Operados pela
3339 SABESP”, “Panorama Atual da Situação dos Recursos Hídricos” e “Estudos
3340 Demográficos, Projeções de Demanda de Água, de Vazões de Esgotos e de Cargas
3341 Poluidoras”, “Relatório de Planejamento dos Sistemas de Abastecimento de Água e de
3342 Esgotos Sanitários”, “Relatório Final” e “Relatório Síntese”.
3343 Para o município de Capão Bonito, o Plano elaborou projeções demográficas, de
3344 demandas e de cargas poluidoras, que possibilitou a identificação e a quantificação das
3345 intervenções necessárias em cada sistema, de forma a atender as condições
3346 operacionais até o horizonte de projeto, no ano de 2025. As intervenções propostas
3347 contemplam a sede do município e o Bairro de Turvo dos Almeidas, além do Distrito de
3348 Apiaí Mirim.
3349
3350 5. DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
3351 A prestação dos serviços de abastecimento de água do município de Capão Bonito é
3352 de responsabilidade da Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de
3353 São Paulo Os serviços são regulados mediante Contrato celebrado entre Sabesp e
3354 Prefeitura Municipal, com vigência de 30 anos a partir de junho de 2008.

3355 5.1 SISTEMA PRINCIPAL


3356 5.1.1 Características Gerais – Sistema Sede
3357 As características gerais do sistema Sede de abastecimento de Capão Bonito,
3358 conforme dados coletados junto ao Posto de Operação da SABESP, em março e abril
3359 de 2013, encontram-se apresentados a seguir:
3360  Número de ligações/economias ............................. 12.267/12.394 (Sabesp/maio 2013);

3361  Índice de Atendimento Urbano........................................... 100% (Sabesp/março 2013);

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3362  Vazão Total de Captação................................................. 115 l/s (Sabesp/março 2013);

3363  Capacidade Nominal da ETA ............................................. 70 l/s (Sabesp/março 2013);

3364  Volume Total de Reservação ....................................... 4.850 m³ (Sabesp/março 2013);

3365  Extensão de Rede de Água ........................................ 131.343 m(Sabesp/março 2013);

3366  Volume Mensal Produzido (m³) ......................................... 175.788 (Sabesp/abril/2013);

3367  Volume Mensal Micromedido (m³) .................................... 144.940 (Sabesp abril/2013);

3368  Volume Mensal Faturado (m³) .......................................... 170.536 (Sabesp abril/2013);

3369 O número total de ligações e economias apresenta a seguinte configuração, por


3370 categoria de ocupação, conforme apresentado no Quadro 5.1:
3371 QUADRO 5.1
3372 NÚMERO DE LIGAÇÕES E ECONOMIAS – ÁGUA*
Sistemas Sede + Quantidade Quantidade de
Distritos de Ligações Economias
Residencial 11841 11955

Industrial 31 33

Comercial 956 1055

Públicas 115 115

Outras 101 101

Total 13044 13259


3373 Fonte: SABESP – Abril/2013
3374 *Os números apresentados referem-se à somatória de ligações e economias de todos os sistemas de
3375 abastecimento de Capão Bonito.

3376 5.1.2 Manancial Superficial


3377 O manancial superficial utilizado pelo sistema
3378 Sede de abastecimento é o Rio das Almas
3379 (Foto 5.1), pertencente à Bacia Hidrográfica do
3380 Alto Paranapanema (UGRHI 14).

3381 O Rio das Almas, no ponto de captação, é


3382 enquadrado como Classe 3, segundo o Decreto
3383 Estadual nº 10.755, de 22 de novembro de
3384 1977, que dispõe sobre o enquadramento dos
3385 corpos d´água do Estado de São Paulo. A bacia
3386 hidrográfica contribuinte da captação apresenta
3387 uma vazão mínima Q7,10 de 1.490 l/s.
FOTO 5.1: CAPTAÇÃO NO RIO DAS ALMAS

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3388 Regularmente é feito o monitoramento da qualidade da água bruta. O Plano de


3389 Amostragem segue a Portaria 2914/11, do Ministério da Saúde, para mananciais de
3390 captação, saída da ETA e sistema de distribuição de água.

3391 Não foram relatados problemas de escassez de água no ponto de captação ou


3392 problemas com a qualidade da água bruta.

3393 5.1.3 Captação, Elevação e Adução de Água Bruta


3394 A captação de água bruta é feita em barragem de enrocamento no Rio das Almas. A
3395 estação elevatória de água bruta EEAB opera com dois conjuntos moto bombas, sendo
3396 uma unidade de reserva. (Foto 5.2)

3397 O conjunto de recalque opera com vazão de 115 l/s, potência de 300 CV e altura
3398 manométrica de 120 m.c.a.

A adução de água bruta até a Estação de


Tratamento de Água de Capão Bonito é
feita por meio de adutora, com extensão
de 3.640 m e diâmetro de 350 mm, em
ferro fundido.

FOTO 5.2 – EEAB - ESTAÇÃO ELEVATÓRIA


DE ÁGUA BRUTA

3399 5.1.4 Estação de Tratamento de Água


3400 O sistema de tratamento da água bruta é constituído de uma ETA convencional,
3401 localizada na Avenida Adhemar de Barros, com capacidade nominal de 70 l/s,
3402 composta de um floculador mecânico, um decantador convencional (Foto 5.3), quatro
3403 filtros (Foto 5.4) e sistema de desinfecção e fluoretação. Atualmente a ETA opera com
3404 uma vazão efetiva de 115 l/s, em regime operacional de 19 h/dia.

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FOTO 5.3: DECANTADOR– ETA

FOTO 5.4: FILTROS – ETA

3405 As instalações da ETA contam ainda com sala de comando operacional (Foto 5.5),
3406 depósito de produtos químicos, casa de química (Foto 5.6) e dosadores de produtos
3407 químicos.

FOTO 5.6: CASA DE QUÍMICA – ETA

FOTO 5.5 SALA DE COMANDO OPERACIONAL –


ETA
3408 De uma maneira geral, as estruturas da ETA encontram-se em bom estado de
3409 conservação e manutenção. Não foram ressaltados problemas operacionais.

3410 A ETA não conta com sistema de tratamento ou condicionamento das águas
3411 residuárias geradas no processo de tratamento. As águas de lavagem dos filtros e o
3412 lodo descartado dos decantadores são encaminhados ao Córrego Imbiruçu.

3413 5.1.5 Elevação e Adução de Água Tratada


3414 A elevação de água tratada é feita por duas elevatórias e um booster. Os dados das
3415 Estações Elevatórias estão apresentados no Quadro 5.3.

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3416 A estação pressurizadora se localiza na Vila Aparecida, constituída de um conjunto


3417 moto-bomba, com vazão de 41 l/s, altura manométrica de 28 m.c.a e potência de 20 cv.
3418 QUADRO 5.3 - ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ÁGUA TRATADA
Vazão AMT Potência
Denominação Nº CMB
(l/s) (m.c.a) (cv)
EEAT - 1 2(1+1) 53 32 40
EEAT - 2 1(1+0) 41 28 20
3419 Fonte: SABESP – Abril/2013

3420 A elevatória EEAT-1 está localizada ao lado do reservatório Quadra, apresentado na


3421 Foto 5.7. Já a elevatória EEAT-2 se encontra junto ao reservatório R1, apresentado na
3422 Foto 5.9.
3423 As adutoras de água tratada apresentam as características apresentadas no Quadro
3424 5.4:
3425 QUADRO 5.4 - ADUTORAS DE ÁGUA TRATADA
Elevatória Extensão(m) Diâmetro (mm) Material

Capão Bonito 1.356 150 PVC


Capão Bonito/Vila Aparecida 1.896 150 FC

3426 Fonte: SABESP – Abril/2013

3427 5.1.6 Reservação


3428 O Sistema Sede de Capão Bonito conta com quatro reservatórios que, somados,
3429 apresentam capacidade de 4.850 m³. As características destes reservatórios estão
3430 apresentadas no Quadro 5.5.
3431 QUADRO 5.5
3432 CARACTERÍSTICAS DOS RESERVATÓRIOS
Volume
Reservatório Tipo Material
(m³)
SEDE – R3 600 Elevado Concreto
Semi-
SEDE – R1 1500 Concreto
enterrado
SEDE – Quadra 2500 Enterrado Concreto
(R2)
Praça – R4 250 Elevado Concreto

3433 Fonte: SABESP – Abril/2013

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A água tratada oriunda da ETA, por


gravidade, segue para o Reservatório
Quadra R2 (Foto 5.7) e para o reservatório
R1.

O Reservatório Quadra, por gravidade,


abastece a Zona Alta I e Zona Alta III –
Vila Aparecida, e por meio da EEAT-1
abastece a sede urbana do município de
Ribeirão Grande.

O reservatório R1 (Foto 5.9), por meio da


EEAT – 2 abastece o reservatório R3
(Foto 5.8) que atende a zona Alta II, Zona
Média II e bairro Santa Rosa.

Após o bairro Santa Rosa, a água tratada


FOTO 5.7: RESERVATÓRIO R2 - QUADRA
vinda do reservatório R3, alimenta o
reservatório da Praça (Foto 5.10), que por
sua vez, abastece as áreas do Centro e a
Zona Alta II.

FOTO 5.8: RESERVATÓRIO R3 FOTO 5.9: RESERVATÓRIO R1

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FOTO 5.10: RESERVATÓRIO DA PRAÇA

3434 5.1.7 Rede de Distribuição


3435 O sistema de abastecimento Sede de Capão Bonito apresenta rede de distribuição com
3436 aproximadamente 131.343 metros de extensão, com diâmetros variando de 50 a 250
3437 mm, em PVC, ferro fundido e FC.

3438  Índice de Perdas

3439 Os índices de perdas são avaliados mensalmente, através do indicador de perdas


3440 totais por ramal na distribuição. O indicador consolida a medição de dois
3441 processos: perdas reais e perdas aparentes. São definidas metas a serem
3442 atingidas para cada ano e avaliadas no mês de dezembro. Os valores de referência
3443 dos meses intermediários são para análise de tendência. Caso, durante três meses
3444 consecutivos, o valor real do indicador não atinja o valor de referência, a Sabesp
3445 deve realizar e evidenciar a correspondente análise crítica, com a adoção de ações
3446 corretivas, se necessário.

3447 O sistema de abastecimento da Sede urbana apresentou em agosto de 2011 o


3448 Índice de Perdas de 143 l/ ramal.dia.

3449 Tendo em vista a elevada pressão na rede de adução das zonas baixa e média, o
3450 sistema Sede conta ainda com caixas de quebra de pressão, a fim de evitar
3451 possíveis problemas de transientes hidráulicos (Fotos 5.11 e 5.12).

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FOTO 5.11: CAIXA DE QUEBRA DE PRESSÃO – FOTO 5.12: CAIXA DE QUEBRA DE PRESSÃO –
RUA JOSÉ INÁCIO JD. ALVORADA

3452 5.1.8 Pontos de Controle Sanitário


3453 Os pontos de controle sanitário da rede de distribuição são determinados
3454 aleatoriamente pelo laboratório sanitário da Sabesp, com frequência semanal.
3455 Para acompanhamento e avaliação da qualidade da água distribuída, a SABESP
3456 desenvolveu e utiliza um índice denominado IDQAd (índice de Desempenho da
3457 Qualidade de água Distribuída. O objetivo da aplicação deste índice é o de verificar o
3458 atendimento às exigências contidas na Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde, que
3459 dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para
3460 consumo humano e seu padrão de potabilidade.
3461 O cálculo do IDQAd envolve a determinação de nove parâmetros: coliforme total, pH,
3462 turbidez, cloro, flúor, cor, THM, ferro e alumínio.
3463 O Quadro 5.6 seguinte apresenta o número de ensaios realizados em janeiro, fevereiro
3464 e março de 2013 e o número de amostras em conformidade com a legislação vigente,
3465 para os parâmetros turbidez, cor aparente, cloro residual livre, coliforme total e E. Coli,
3466 no sistema de distribuição da Sede de Capão Bonito.
3467

3468

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3469 QUADRO 5.6


3470 QUANTIDADE DE ENSAIOS PARA O CONTROLE DE QUALIDADE DA ÁGUA
3471 DISTRIBUÍDA - SEDE
Cloro Residual E.
Turbidez Cor Aparente Coliforme Total
Livre Coli

Em Conformidade

Em Conformidade

Em Conformidade

Em Conformidade

Em Conformidade
Realizado

Realizado

Realizado

Realizado
Período Sistemas de

Exigido

Exigido

Exigido

Exigido
Município
2013 Abastecimento

JAN Capão Bonito Capão Bonito/Rib Grande 48 59 59 10 14 14 48 14 14 48 59 59 59


FEV Capão Bonito Capão Bonito/Rib Grande 48 55 54 10 12 11 48 12 11 48 53 53 53
MAR Capão Bonito Capão Bonito/Rib Grande 48 56 55 10 12 12 48 12 12 48 55 55 55
3472 Fonte: Sabesp – Jun/2013

3473 5.2 SISTEMAS ISOLADOS E DOMICÍLIOS DISPERSOS

3474 O município de Capão Bonito, além do sistema Sede, conta ainda com cinco sistemas
3475 isolados de abastecimento, em atendimento a bairros rurais.

3476 5.2.1 Sistema Ferreira das Almas

3477 5.2.1.1 Captação


3478 O sistema de abastecimento Ferreira das Almas atende ao bairro rural de mesmo
3479 nome. A captação de água bruta é feita em mina d´água superficial, numa vazão
3480 de 1,5 l/s (Foto 5.13).

FOTO 5.13: CAPTAÇÃO FERREIRA DAS ALMAS


3481

3482

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3483 5.2.1.2 Estação de Tratamento de Água e Elevação de Água Tratada


3484 A água captada segue até uma ETA compacta (Foto 5.14), com capacidade nominal
3485 de 1,5 l/s. A vazão atualmente tratada é de 1,5 l/s. Junto à ETA encontra-se uma
3486 estação elevatória de água tratada, que opera com apenas um conjunto moto-bomba,
3487 com vazão de 2 l/s, altura manométrica de 65 m.c.a e potência de 3,5 CV. A adutora de
3488 água tratada apresenta 810 metros de extensão, 50 mm de diâmetro, em PVC.

FOTO 5.14: ETA FEREIRA DAS ALMAS

3489 5.2.1.3 Reservação


3490 A reservação do bairro Ferreira das Almas conta com um reservatório apoiado,
3491 localizado na Rua Ana Maria Conceição, com capacidade de 50 m³, metálico
3492 (Foto 5.15).

FOTO 5.15: RESERVATÓRIO FERREIRA DAS ALMAS

3493 5.2.1.4 Rede de Distribuição


3494 A rede de distribuição do sistema totaliza uma extensão de 3.749 metros, com
3495 diâmetros de 50 mm e 75 mm, em PVC. São atendidas 97 ligações de água.

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3496 5.2.1.5 Qualidade da água


3497 Para acompanhamento e avaliação da qualidade da água distribuída, a SABESP
3498 desenvolveu e utiliza um índice denominado IDQAd (índice de Desempenho da
3499 Qualidade de água Distribuída. O objetivo da aplicação deste índice é o de verificar o
3500 atendimento às exigências contidas na Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde, que
3501 dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para
3502 consumo humano e seu padrão de potabilidade.
3503 O cálculo do IDQAd envolve a determinação de nove parâmetros: coliforme total, pH,
3504 turbidez, cloro, flúor, cor, THM, ferro e alumínio.
3505 O Quadro 5.7 seguinte apresenta o número de ensaios realizados em janeiro, fevereiro
3506 e março de 2013 e o número de amostras em conformidade com a legislação vigente,
3507 para os parâmetros turbidez, cor aparente, cloro residual livre, coliforme total e E. Coli,
3508 no sistema de distribuição do Distrito Ferreira das Almas.
3509 QUADRO 5.7
3510 QUANTIDADE DE ENSAIOS PARA O CONTROLE DE QUALIDADE DA ÁGUA
3511 DISTRIBUÍDA
Cloro Residual E.
Turbidez Cor Aparente Coliforme Total
Livre Coli
Em Conformidade

Em Conformidade

Em Conformidade

Em Conformidade

Em Conformidade
Realizado

Realizado

Realizado

Realizado
Período Sistemas de
Exigido

Exigido

Exigido

Exigido
Município
2013 Abastecimento

JAN Capão Bonito BO. Ferreira das Almas 10 15 15 10 15 15 10 15 14 10 15 14 15


FEV Capão Bonito BO. Ferreira das Almas 10 15 15 10 12 12 10 15 15 10 15 15 15
MAR Capão Bonito BO. Ferreira das Almas 10 16 16 10 12 11 10 16 16 10 15 15 15
3512 Fonte: Sabesp – Jun/2013

3513 5.2.2 Sistema Taquaral Abaixo

3514 5.2.2.1 Captação


3515 O sistema de abastecimento Taquaral Abaixo atende ao bairro de mesmo nome. A
3516 captação de água bruta é feita em mina d´água, com vazão de 0,6 l/s.

3517 5.2.2.2 Adução de Água Bruta e Estação de Tratamento de Água


3518 A adução de água bruta é feita por gravidade, em adutora com extensão de 2,18 km e
3519 diâmetro de 75 mm, em PVC. A água bruta captada segue para uma caixa de
3520 recebimento, e, em seguida, para filtro pressurizado (Foto 5.16), cuja capacidade
3521 nominal e atual vazão de tratamento são de 0,6 l/s.

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FOTO 5.16: FILTRO PRESSURIZADO

3522 5.2.2.3 Elevação de Água Tratada e Reservação


3523 A elevação de água tratada é feita por meio de uma EEAT (Foto 5.17) que opera com
3524 dois conjuntos moto-bomba, sendo um de reserva, com vazão de 2,5 l/s, 30 m.c.a de
3525 altura manométrica e 2 CV de potência. A EEAT encaminha a água tratada a um
3526 reservatório (Foto 5.18) apoiado, localizado à rua Violeta, com capacidade de 50 m³,em
3527 fibra.

FOTO 5.17: EEAT TAQUARAL FOTO 5.18: TAQUARAL ABAIXO -


RESERVATÓRIO

3528 5.2.2.4 Rede de Distribuição


3529 A rede de distribuição do sistema totaliza uma extensão de 3.468 metros, com
3530 diâmetros de 50 mm e 75 mm, em PVC. Atualmente (março/2013) são atendidas 111
3531 ligações de água.

3532

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3533 5.2.2.5 Qualidade da Água


3534 Para acompanhamento e avaliação da qualidade da água distribuída, a SABESP
3535 desenvolveu e utiliza um índice denominado IDQAd (índice de Desempenho da
3536 Qualidade de água Distribuída. O objetivo da aplicação deste índice é o de verificar o
3537 atendimento às exigências contidas na Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde, que
3538 dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para
3539 consumo humano e seu padrão de potabilidade.
3540 O cálculo do IDQAd envolve a determinação de nove parâmetros: coliforme total, pH,
3541 turbidez, cloro, flúor, cor, THM, ferro e alumínio.
3542 O Quadro 5.8 seguinte apresenta o número de ensaios realizados em janeiro, fevereiro
3543 e março de 2013 e o número de amostras em conformidade com a legislação vigente,
3544 para os parâmetros turbidez, cor aparente, cloro residual livre, coliforme total e E. Coli,
3545 no sistema de distribuição do bairro Taquaral Abaixo.
3546 QUADRO 5.8
3547 QUANTIDADE DE ENSAIOS PARA O CONTROLE DE QUALIDADE DA ÁGUA
3548 DISTRIBUÍDA
Cloro Residual E.
Turbidez Cor Aparente Coliforme Total
Livre Coli
Em Conformidade

Em Conformidade

Em Conformidade

Em Conformidade

Em Conformidade
Realizado

Realizado

Realizado

Realizado
Período Sistemas de
Exigido

Exigido

Exigido

Exigido
Município
2013 Abastecimento

JAN Capão Bonito BO. Taquaral 10 11 11 10 11 11 10 11 11 10 9 9 9


FEV Capão Bonito BO. Taquaral 10 15 14 10 11 11 10 14 14 10 14 14 14
MAR Capão Bonito BO. Taquaral 10 18 16 10 14 13 10 18 189 10 17 17 17

3549 Fonte: Sabesp – Jun/2013

3550 5.2.3 Sistema Apiaí Mirim

3551 5.2.3.1 Captação Superficial


3552 O sistema de abastecimento Apiaí Mirim atende ao bairro de mesmo nome. A captação
3553 de água bruta é feita no Córrego Apiaí Mirim, classificado como classe 2, segundo o
3554 Decreto Estadual nº 10.755, de 22 de novembro de 1977. Sua vazão de captação é
3555 de 1,5 l/s, abastecendo 77 ligações ativas de água.
3556

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3557 5.2.3.2 Estação de Tratamento de Água e Elevação de água Tratada


3558 A água captada vai para uma ETA compacta (Foto 5.19), cuja capacidade nominal e
3559 atual vazão de tratamento são de 1,5 l/s. No mesmo local, encontra-se uma EEAT
3560 (Foto 5.20) que opera com um conjunto moto-bomba, cuja vazão é de 2 l/s, 88 m.c.a
3561 e 3 cv. Após passar pela EEAT, a água tratada passa por um filtro sob pressão
3562 (Foto 5.21) e assim segue para a rede de distribuição.

FOTO 5.19: DETALHE DA ETA APIAÍ MIRIM


FOTO 5.20: DETALHE DA EEAT

FOTO 5.21: DETALHE DO FILTRO SOB PRESSÃO


3563

3564 5.2.3.3 Reservação


3565 O reservatório do sistema Apiaí Mirim, localizado na Rua Projetada A, é do tipo
3566 apoiado, metálico, com 50 m³ de capacidade (Foto 5.22).

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FOTO 5.22: RESERVATÓRIO APOIADO

3567 5.2.3.4 Rede de Distribuição


3568 A rede de distribuição do sistema Apiaí Mirim totaliza uma extensão de 1.779 metros,
3569 com diâmetros de 50 e 75 mm, em PVC e PEAD 32, atendendo 77 ligações de água.

3570 5.2.3.5 Qualidade da Água


3571 Para acompanhamento e avaliação da qualidade da água distribuída, a SABESP
3572 desenvolveu e utiliza um índice denominado IDQAd (índice de Desempenho da
3573 Qualidade de água Distribuída. O objetivo da aplicação deste índice é o de verificar o
3574 atendimento às exigências contidas na Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde, que
3575 dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para
3576 consumo humano e seu padrão de potabilidade.
3577 O cálculo do IDQAd envolve a determinação de nove parâmetros: coliforme total, pH,
3578 turbidez, cloro, flúor, cor, THM, ferro e alumínio.
3579 O Quadro 5.9 seguinte apresenta o número de ensaios realizados em janeiro, fevereiro
3580 e março de 2013 e o número de amostras em conformidade com a legislação vigente,
3581 para os parâmetros turbidez, cor aparente, cloro residual livre, coliforme total e E. Coli,
3582 no sistema de distribuição de Apiaí Mirim.
3583

3584

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3585 QUADRO 5.9


3586 QUANTIDADE DE ENSAIOS PARA O CONTROLE DE QUALIDADE DA ÁGUA
3587 DISTRIBUÍDA
Cloro Residual E.
Turbidez Cor Aparente Coliforme Total
Livre Coli

Em Conformidade

Em Conformidade

Em Conformidade

Em Conformidade

Em Conformidade
Realizado

Realizado

Realizado

Realizado
Período Sistemas de

Exigido
Exigido

Exigido

Exigido
Município
2013 Abastecimento

JAN Capão Bonito BO. Apiaí Mirim 10 13 13 10 12 12 10 13 8 10 12 10 12


FEV Capão Bonito BO. Apiaí Mirim 10 15 15 10 12 12 10 15 12 10 15 15 15
MAR Capão Bonito BO. Apiaí Mirim 10 14 14 10 10 10 10 14 12 10 14 12 14

3588 Fonte: Sabesp – Jun/2013

3589 5.2.4 Sistema Ana Benta

3590 5.2.4.1 Captação, Adução de Água Bruta, Estação de Tratamento de Água, Elevação
3591 de Água Tratada e Reservação
3592 A captação de água bruta do sistema de abastecimento do bairro Ana Benta é feita em
3593 mina superficial, a uma vazão de 1,10 l/s.
3594 A adução de água bruta é feita por gravidade, em adutora com extensão de 4.739
3595 metros e diâmetros de 100 mm e 150 mm, em PVC.
3596 A água captada segue para ETA constituída de filtro lento (Foto 5.23), cuja capacidade
3597 nominal e atual vazão de tratamento é de 1,1 l/s. Após os filtros, a água é submetida
3598 aos processos de cloração e fluoretação por meio de aplicação de soluções de
3599 hipoclorito de sódio e ácido fluorssilícico.
3600 Em área adjacente à ETA, situa-se um reservatório apoiado, com capacidade
3601 de 100 m³, em alvenaria (Foto 5.24).

FOTO 5.23: ETA ANA BENTA FOTO 5.24: RESERVATÓRIO ANA BENTA

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3602 5.2.4.2 Rede de Distribuição


3603 A rede de distribuição do sistema Ana Benta totaliza uma extensão de 9.525 metros,
3604 com diâmetros variando de 32 mm a 100 mm, em PVC e PEAD, atendendo 181
3605 ligações de água.
3606  Qualidade da Água

3607 Para acompanhamento e avaliação da qualidade da água distribuída, a SABESP


3608 desenvolveu e utiliza um índice denomidado IDQAd (índice de Desempenho da
3609 Qualidade de água Distribuída. O objetivo da aplicação deste índice é o de verificar o
3610 atendimento às exigências contidas na Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde, que
3611 dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para
3612 consumo humano e seu padrão de potabilidade.
3613 O cálculo do IDQAd envolve a determinação de nove parâmetros: coliforme total, pH,
3614 turbidez, cloro, flúor, cor, THM, ferro e alumínio.
3615 O Quadro 5.10 seguinte apresenta o número de ensaios realizados em janeiro,
3616 fevereiro e março de 2013 e o número de amostras em conformidade com a legislação
3617 vigente, para os parâmetros turbidez, cor aparente, cloro residual livre, coliforme total e
3618 E. Coli, no sistema de distribuição do Bairro Ana Benta.
3619 QUADRO 5.10
3620 QUANTIDADE DE ENSAIOS PARA O CONTROLE DE QUALIDADE DA ÁGUA
3621 DISTRIBUÍDA
Cloro Residual E.
Turbidez Cor Aparente Coliforme Total
Livre Coli
Em Conformidade

Em Conformidade

Em Conformidade

Em Conformidade

Em Conformidade
Realizado

Realizado

Realizado

Realizado
Período Sistemas de
Exigido

Exigido

Exigido

Exigido
Município
2013 Abastecimento

JAN Capão Bonito BO. Ana Benta 10 9 9 10 9 9 10 9 9 10 8 8 8


FEV Capão Bonito BO. Ana Benta 10 15 15 10 12 12 10 15 15 10 12 12 12
MAR Capão Bonito BO. Ana Benta 10 16 16 10 12 12 10 16 16 10 16 16 16

3622 Fonte: Sabesp – Jun/2013

3623 5.2.5 Sistema Sítio Velho


3624 O bairro Sítio Velho é alimentado pelo sistema do bairro Ferreira dos Mattos, que
3625 pertence ao município de Ribeirão Grande.

3626 5.2.5.1 Elevação de Água Tratada e Reservação


3627 A estação elevatória de água tratada do bairro Sítio Velho é diretamente alimentada
3628 pelo poço do sistema Ferreira dos Mattos. A EEAT opera a uma vazão de 1,5 l/s,

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3629 potência de 2,5 CV e 76 m.c.a de altura manométrica, sem conjunto reserva (Foto
3630 5.25).

3631 O reservatório do Sítio Velho (Foto 5.26) é apoiado, com capacidade de 20 m3, em fibra
3632 de vidro.

FOTO 5.25: EEAT SÍTIO VELHO

FOTO 5.26: RESERVATÓRIO SÍTIO VELHO

3633 5.2.5.2 Rede de Distribuição


3634 A rede de distribuição do bairro possui extensão aproximada de 2.728 metros, com
3635 diâmetro de 50 mm, em PVC. São atendidas 33 ligações de água.
3636 5.2.6 Domicílios Dispersos
3637 Os domicílios dispersos da área rural não são atendidos por rede pública de
3638 abastecimento. As residências assim caracterizadas se abastecem de poços
3639 artesianos, minas, ou mesmo, de fontes alternativas.
3640 A Ilustração 5.1 a seguir apresenta o mapa com o sistema de abastecimento de água
3641 existente no município.
3642

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3643 INSERIR ILUSTRAÇÃO 5.1 – ÁGUA – RI02A-H1D-CD-008

3644

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3645 6. DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO


3646 A prestação dos serviços de esgotamento sanitário do município de Capão Bonito é de
3647 responsabilidade da Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
3648 Paulo Os serviços são regulados mediante Contrato celebrado entre Sabesp e
3649 Prefeitura Municipal, com vigência de 30 anos a partir de junho de 2008.

3650 6.1 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO EXISTENTE


3651 6.1.1 Características Gerais – Sistema Sede
3652 O sistema de esgotamento sanitário do município de Capão Bonito apresenta as
3653 seguintes características:
3654  Número de ligações/economias ............................. 12.008/11.046* (Sabesp maio/2013)
3655  Índice de atendimento urbano com rede coletora (%) ........................ 93,9 (SNIS 2010);
3656  Índice de atendimento total com rede coletora (%) ............................. 76,9 (SNIS 2010);
3657  Índice de tratamento de esgoto coletado (%)....................................... 100 (SNIS 2010).
3658 *Os valores apresentados referem-se à somatória das ligações e economias de esgoto da Sede e do Distrito de
3659 Apiaí Mirim.

3660 O sistema é composto basicamente de:


3661  Rede coletora com 118,58 km de extensão;
3662  Sete estações elevatórias;
3663  Emissários com 623 m de extensão total;
3664  Interceptores com 4.087 m de extensão total;
3665  Uma ETE constituída por tratamento preliminar, lagoa anaeróbia e lagoa
3666 facultativa;
3667  Emissário final com extensão de 135 metros;
3668  Lançamento do efluente final tratado no Ribeirão do Poço.
3669 O número total de ligações e economias apresenta a configuração, por categoria de
3670 ocupação, descrita no Quadro 6.1, a seguir:
3671

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3672 QUADRO 6.1


3673 NÚMERO DE LIGAÇÕES E ECONOMIAS – ESGOTO
Quantidade Quantidade de
Sistema Sede
de Ligações Economias
Residencial 10.939 11.046

Industrial 23 -

Comercial 859 -

Públicas 92 -

Outras 95 -

Total 12.008 11.046


3674 Fonte: SABESP – Abril/2013

3675 6.1.2 Rede Coletora, Emissário e Interceptores


3676 A rede coletora do sistema Sede apresenta 118.588 metros de extensão, com diâmetro
3677 de 150 mm, em tubo cerâmico.
3678 O emissário e interceptores do sistema recebem todo o esgoto coletado na Sede
3679 urbana do município e o encaminham à ETE. No Quadro 6.2 a seguir são
3680 apresentadas as características do emissário e dos interceptores do sistema de
3681 esgotamento sanitário da Sede de Capão Bonito.
3682 QUADRO 6.2
3683 EMISSÁRIO E INTERCEPTORES

Sistema Diâmetros
Identificação Extensão (m) Material
(mm)

Emissário 623 800 Concreto

Interceptor 319 300 Concreto

Interceptor 592 400 Concreto


SEDE
Interceptor 495 500 Concreto

Interceptor 1241 600 Concreto

Interceptor 1440 800 Concreto

3684 Fonte: SABESP – Ano 2013

3685 6.1.3 Estações Elevatórias e Linhas de Recalque


3686 O sistema Sede conta com sete estações elevatórias de esgoto bruto. A EEE-Boa
3687 Esperança, EEE-Vila Guanabara, EEE Jd Helena e EEE Vila Alvorada recebem o
3688 esgoto bruto dos bairros de mesmo nome. Esta última recebe, além dos esgotos da
3689 Vila Alvorada, os esgotos da Vila Brasil e os esgotos da EEE Vila São José.

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3690 A EEE-Escola Técnica recebe os esgotos da Vila Nossa Senhora Aparecida. A EEE-
3691 Nova Capão Bonito recebe os esgotos provenientes da Vila Cruzeiro e da rede do
3692 bairro Nova Capão Bonito.
3693 A EEE Vila São José recebe os esgotos da Vila de mesmo nome. Os bairros Vila Santa
3694 Rosa, Centro, Vila São Judas, Vila Bela Vista e Vila São Paulo são esgotados por
3695 gravidade até o interceptor.
3696 As características das sete estações elevatórias de esgoto bruto são apresentadas no
3697 Quadro 6.3. As Fotos 6.1 a 6.7 ilustram as unidades.
3698 QUADRO 6.3.
3699 ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO
Tipo de CMB Vazão AMT Potência
Estação Elevatória Nº CMB
(l/s) (mca) (cv)
EEE – Escola Técnica 1(1+0) Submersível 5 24 7
2(1+1) Horizontal 6,4 85 40
EEE – Jd. Alvorada Submersível
1(1+0) 6,4 10 3
(em série)
EEE – Boa Esperança 1(1+0) Helicoidal 0,7 20 7,5
EEE – Vila Guanabara 1(1+0) Submersível 10 17 10
EEE – Jd. Helena 1(1+0) Submersível 0,7 17 7
Submersível 10 35 23
EEE – Nova Capão 2(1+1) Submersível+ 8 30 25
Bonito Horizontal 6,4 10 3
Em série
1(1+0) 6,4 10 3
Auto
1(1+0) 5 36 10
EEE – Vila São José Escorvante
1(1+0) Horizontal 5 36 10
3700 Fonte: SABESP – Ano 2013

FOTO 6.1: EEE – ESCOLA TÉCNICA FOTO 6.2: EEE – JD ALVORADA

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FOTO 6.3: EEE – BOA ESPERANÇA FOTO 6.4: EEE – VILA GUANABARA

FOTO 6.5: JD. HELENA


FOTO 6.6: EEE – NOVA CAPÃO BONITO

FOTO 6.7: EEE – VILA SÃO JOSÉ

3701 As características das linhas de recalque das estações elevatórias são apresentadas
3702 no Quadro 6.4.

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3703 QUADRO 6.4.


3704 LINHAS DE RECALQUE DE ESGOTOS
Denominação Extensão (m) Diâmetro (mm) Material
EEE – Escola Técnica 1.113 100 PVC e FF
EEE – Jd. Alvorada 1.062 100 FF
EEE – Boa Esperança 1.012 75 PVC
EEE – Vila Guanabara 185 100 FC
EEE – Jd. Helena 179 75 PVC
EEE – Nova Capão
529 150 FF
Bonito
EEE – Vila São José 420 100 PVC
3705 Fonte: SABESP – Ano 2013

3706

3707 6.1.4 Tratamento de Esgotos e Disposição Final do Efluente Tratado


3708 A Estação de Tratamento de Esgotos da Sede de Capão Bonito é constituída por lagoa
3709 anaeróbia e facultativa com capacidade nominal de 92 l/s (Fotos 6.8 e 6.9). As lagoas
3710 são precedidas de unidade de gradeamento e caixa de areia.
3711 O emissário final apresenta extensão de 135 metros e diâmetro de 500 mm, em ferro
3712 fundido.
3713 O corpo receptor do efluente final tratado é o Ribeirão do Poço, enquadrado como
3714 classe 3, segundo o Decreto Estadual nº 10.755, de 22 de novembro de 1977, que
3715 dispõe sobre o enquadramento dos corpos d´água do Estado de São Paulo. A vazão
3716 mínima Q7,10 no ponto de lançamento é de 348 l/s.
3717 A qualidade do esgoto bruto e do efluente final tratado é monitorada com base na
3718 Resolução CONAMA 430/11 e Decreto Estadual 8.468/76. Periodicamente é analisada
3719 a qualidade das águas do corpo receptor, a montante e a jusante do ponto de
3720 lançamento.
3721 Com relação ao lodo a ser acumulado na lagoa anaeróbia, de acordo com informações
3722 do Relatório ARSESP/2013, o processo de remoção de lodo e areia dessa unidade,
3723 encontra-se em fase de licitação. O método a ser empregado para retirada e
3724 tratamento do lodo seguirá as seguintes etapas:
3725  Remoção do lodo por meio de dragagem;

3726  Aplicação de polímero catiônico;

3727  Acondicionamento e desaguamento do lodo em quatro bags de membrana


3728 geotêxtil, com retorno do drenado para o início do processo;

3729  Destinação final do lodo desidratado a aterro industrial, ou utilização do mesmo


3730 como condicionador de solo na agricultura.

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3731 De maneira geral, as instalações da ETE encontram-se em bom estado de


3732 conservação.

FOTO 6.9: LAGOA FACULTATIVA – ETE

FOTO 6.8: LAGOA ANAERÓBIA - ETE

3733 6.2 SISTEMAS ISOLADOS E DOMICÍLIOS DISPERSOS


3734 6.2.1 Sistema Distrito Apiaí Mirim
3735 O sistema de coleta de esgoto do Distrito de Apiaí Mirim consta de rede coletora com
3736 extensão de 2.112 metros, 150 mm de diâmetro, em PVC.
3737 O esgoto coletado é encaminhado a um sistema de tratamento constituído de tanque
3738 séptico seguido de filtro anaeróbio (Foto 6.11), precedidos de gradeamento e caixa de
3739 areia (Foto 6.10). O efluente tratado é disposto em valas de infiltração. A capacidade
3740 nominal do sistema é de 0,20 l/s.
3741 A qualidade do solo é controlada por três poços de monitoramento. O objetivo é
3742 detectar possível contaminação do solo e/ou lençol freático devido a disposição do
3743 efluente tratado nas valas de infiltração.

FOTO 6.10: GRADEAMENTO E CAIXA DE AREIA FOTO 6.12: FOSSA FILTRO

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3744 Vale salientar que os bairros Ferreira das Almas, Taquaral Abaixo, Ana Benta e Sítio
3745 Velho são atendidos por rede de abastecimento de água, mas não são atendidos por
3746 rede coletora de esgotos.
3747 6.2.2 Domicílios Dispersos

3748 Os domicílios dispersos da zona rural de Capão Bonito não são atendidos por rede
3749 coletora pública. As unidades residenciais assim caracterizadas se utilizam de fossas
3750 negras ou fossas sépticas.

3751 A Ilustração 6.1 apresenta o mapa com o sistema de esgotamento sanitário existente
3752 no município.

3753

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3754 INSERIR ILUSTRAÇÃO 6.1 – ESGOTO – RI02A-H2D-CD-008

3755

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3756 7. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E


3757 MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

3758 7.1 VISÃO GERAL DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE


3759 RESÍDUOS SÓLIDOS

3760 Em Capão Bonito os serviços de limpeza pública e manejo dos resíduos sólidos são
3761 prestados pela Empresa Urbana Santo André Ltda, tanto na área urbana quanto na
3762 rural. São gerados, em média, 49 ton/dia de resíduos, abrangendo atividades como
3763 varrição e manutenção de passeios e vias, manutenção de áreas verdes e coleta
3764 domiciliar.

3765 Na área urbana a cobertura da coleta domiciliar é de 100 %, sendo realizada porta a
3766 porta, com coleta diária no centro, e coletas alternadas nos outros bairros, sempre na
3767 frequência de três vezes por semana.

3768 Na área rural a coleta dos resíduos domiciliares é feita com base em diretrizes da
3769 fiscalização municipal, que determina os pontos a serem atendidos.

3770 Os resíduos coletados, tanto os domiciliares como os de limpeza urbana, são


3771 encaminhados diretamente ao aterro sanitário municipal. São percorridos
3772 aproximadamente 9.000 km/mês no transporte, utilizando-se um caminhão
3773 compactador com 15 m3 de capacidade. Não há unidades de transbordo no município.

3774 A empresa terceirizada, ou seja, a Empresa Urbana Santo André Ltda, emprega trinta e
3775 um funcionários na prestação dos serviços.

3776 O Quadro 7.1 a seguir apresenta a setorização da área urbana coberta pela coleta
3777 domiciliar, bem como a frequência dos serviços.

3778 Q
3779

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3780 UADRO 7.1.


3781 SETORIZAÇÃO DE COLETA DE LIXO DOMICILIAR
Horário da
Setor Bairros Dia de Coleta
Coleta
Vila Aparecida
Segundas, quartas
SETOR 1 Vila Bela Vista 7:00 às 15:00
e sextas - feiras
Jd. Helena
Jd. São
Francisco
Vila São Paulo
Terças e quintas
SETOR 2 7:00 às 15:00
Jd. Vale Verde feiras e sábados
Vila São Judas
São Pedro
Centro
Segundas – Feiras
SETOR 3 Vila Guanabara 18:00 às 2:30
e Sábados
Vila Santa Rosa
Jd. Alvorada
Vila Santa
Izabel
Parque das Terças e quintas
SETOR 4 Nações 7:00 às 15:00
feiras e sábados
Jd. Europa
Vila Maria
Jd Colonial
Nova Capão
Bonito
Vila São José
Segundas, quartas Das 7:00 às
SETOR 5 Vila Brasil
e sextas - feiras 15:00
Cruzeiro
Dristrito
Indrustrial

3782 Fonte: Prefeitura Municipal de Capão Bonito – maio/2013

3783 Os resíduos coletados são encaminhados ao aterro sanitário, localizado na estrada


3784 Vicinal Gomes de Macedo no bairro Deserto, distando, aproximadamente, 7,5 km do
3785 centro de Capão Bonito. A área total é de 9,7 hectares. A Foto 7.1 ilustra a área do
3786 aterro.

3787 Segundo o “Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares”, publicado pela


3788 CETESB em 2011, o aterro sanitário de Capão Bonito enquadra-se na “Condição
3789 Controlada”, tendo apresentado nos anos de 2009, 2010 e 2011, IQR de 7,6; 7,3 e 6,8,
3790 respectivamente. A capacidade licenciada total do aterro é de 15.000 ton/ano, com vida
3791 útil prevista de 20 anos. Há previsão de expansão do aterro.

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FOTO 7.1: ATERRO SANITÁRIO

3792 O aterro sanitário conta também com rede coletora de chorume e rede coletora do gás
3793 gerado. O gás é canalizado e conduzido à queima, sem aproveitamento. O chorume
3794 produzido é encaminhado por rede própria a lagoa de tratamento implantada em área
3795 adjacente ao aterro sanitário (Foto 7.2).

FOTO 7.2: LAGOA DE CHORUME

3796 7.2 COLETA SELETIVA


3797 O município de Capão Bonito promove o reaproveitamento de materiais passíveis de
3798 reciclagem, gerados pela comunidade em geral. A abrangência dos serviços atinge
3799 90% da área urbana. Os serviços não são prestados na área rural.
3800 A coleta, triagem e comercialização dos materiais recicláveis são feitas pela ACAMAR
3801 – Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Capão Bonito, entidade
3802 assistida pela Prefeitura Municipal com a infraestrutura necessária, como caminhão
3803 gaiola, quatro carrinhos de mão e instalações físicas (barracão).

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3804 Os catadores são responsáveis pela coleta, triagem e comercialização dos materiais
3805 recicláveis.
3806 A coleta é feita porta a porta, de segunda a sexta-feira, com frequência semanal em
3807 cada bairro. Há ainda três Postos de Entrega Voluntária – PEVs: NEA – Núcleo de
3808 Educação Ambiental da FIBRIA, Escola Jardim Helena “Izolina” e a própria sede da
3809 cooperativa.
3810 A triagem é feita manualmente em bags. O barracão conta com uma prensa e uma
3811 empilhadeira. Estima-se que sejam processadas 30 ton/mês de resíduos recicláveis.
3812 Toda a renda obtida com a venda do material é revertida aos próprios catadores.
3813

3814 7.3 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

3815 Os resíduos sólidos urbanos, convencionalmente qualificados como inertes, abrangem


3816 os entulhos gerados pela construção civil a partir de obras novas, reformas e/ou
3817 demolições, devidamente isentos de madeiras e outros componentes orgânicos.
3818 Em Capão Bonito, a responsabilidade pelos serviços de coleta e disposição dos
3819 materiais inertes é da Prefeitura Municipal. O material é coletado porta a porta com
3820 máquinas e caminhões cedidos pela municipalidade, e frequência variável,
3821 dependendo da solicitação do interessado. Estima-se que sejam coletadas atualmente
3822 30 ton/dia.
3823 Os resíduos inertes coletados são dispostos em local distante aproximadamente 5 km
3824 do centro do município. A solicitação de licenciamento ambiental da área encontra-se
3825 em tramitação junto aos órgãos competentes. A vida útil prevista é de cinco anos, com
3826 possibilidade de expansão em área próxima.
3827

3828 7.4 RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

3829 Os resíduos de serviços de saúde potencialmente patogênicos são enquadrados pela


3830 CETESB como Classe I – resíduos perigosos, exigindo um manejo especial.
3831 Em Capão Bonito, os resíduos dos serviços de saúde são coletados, transportados e
3832 encaminhados ao destino final por empresa terceirizada denominada Cremalix
3833 Resíduos Ltda, com sede no município de Botucatu.
3834 A coleta é realizada em 11 estabelecimentos públicos e mais 33 pontos de geradores
3835 particulares, entre os quais clínicas veterinárias, consultórios médicos, drogarias e
3836 clínicas odontológicas. A coleta desses resíduos é feita por uma equipe de quatro
3837 funcionários da empresa terceirizada, em veículo fechado, com frequência semanal,
3838 sujeita a intervalos menores quando necessário. Estima-se que sejam coletados 1.200
3839 kg/mês.

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3840 Os resíduos coletados são encaminhados ao município de Mauá, para tratamento por
3841 destruição térmica por meio de incineração, onde o material é submetido a
3842 temperaturas superiores a 700º C, perdendo completamente suas características e
3843 sendo reduzido a cinzas.
3844 Os resíduos da incineração são dispostos em aterro licenciado, em Mauá, com
3845 capacidade de 2.000 ton/dia e vida útil prevista de 30 anos.
3846

3847

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3848 INSERIR ILUSTRAÇÃO 7.1 – RESÍDUOS – RI02A-N0D-CD-008

3849

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3850 8. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM URBANA E


3851 MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS

3852 8.1 MACRODRENAGEM

3853 A macrodrenagem de uma zona urbana corresponde à rede de drenagem natural, ou


3854 seja, constituída pelos córregos, riachos e rios que se localizam nos talvegues e vales.
3855 No caso do município de Capão Bonito a principal drenagem é o Rio Caitê e o Córrego
3856 Imbiruçu.
3857 As estruturas de macrodrenagem destinam-se à condução final das águas captadas
3858 nas ruas através das sarjetas, bocas de lobo e galerias, que constituem o sistema de
3859 microdrenagem. Com o aumento da população no âmbito urbano, crescem também o
3860 número de domicílios, comércios, indústrias, pavimentos e edifícios de modo geral que,
3861 de certa forma, contribuem para o aumento de áreas impermeáveis.
3862 Assim, as águas pluviais que eram anteriormente absorvidas pelo solo, são captadas
3863 pelo sistema de microdrenagem e levadas para fora da bacia hidrográfica por meio da
3864 macrodrenagem. A necessidade de planejamento se faz oportuna na medida em que
3865 ocorre o aumento das vazões nos córregos ou rios em devido a um escoamento
3866 superficial mais elevado.
3867 Segundo o Plano de Macrodrenagem do município de Capão Bonito, elaborado pela
3868 empresa KF2 Engenharia e Consultoria, foram diagnosticados três pontos, na área
3869 urbana, com problemas de insuficiência na rede de macrodrenagem. Abaixo estão
3870 descritos os pontos problemáticos denominados como Medidas 1.

3871 8.1.1 Medida 1-A


3872 A medida 1-A consiste no dimensionamento da travessia 1-A do afluente do Ribeirão
3873 do Poço, situada à Rua Salvador Nicácio Mendes, composto por Bueiro Simples
3874 Celular de Concreto B= 2,00 m e H= 1,50 m.

3875 8.1.2 Medida 1-B


3876 A medida 1-B consiste no dimensionamento da travessia 2-A do Córrego da Rua Profº
3877 Laudelino Rolim de Lima, composto por Bueiro Simples Celular de Concreto B= 2,00 m
3878 e H= 1,50 m.

3879 8.1.3 Medida 1-C


3880 A medida 1-C consiste no dimensionamento da travessia 1-B, à jusante do lago
3881 existente do Ribeirão do Poço, nas proximidades da Rua Profeta B. da Silva, composto
3882 por Escada Hidráulica B= 1,50 m e H= 1,50 m

3883 Os valores dos orçamentos das medidas a serem tomadas serão apresentados no
3884 capítulo 10.

3885

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3886 8.2 MICRODRENAGEM


3887 Caracteriza-se como microdrenagem as águas que são captadas nas ruas e sua
3888 condução até o sistema de macrodrenagem. As estruturas componentes são: meio-fio
3889 ou guia, sarjeta, boca-de-lobo, poço de visita, galeria de água pluvial, tubo de ligação,
3890 conduto forçado e estação de bombeamento (quando não se pode dispor da
3891 gravidade).
3892 Segundo o Plano de Macrodrenagem do município de Capão Bonito, elaborado pela
3893 empresa KF2 Engenharia e Consultoria, foram diagnosticados 15 pontos, na área
3894 urbana, com problemas de microdrenagem. No Quadro 8.2 estão descritos os pontos
3895 problemáticos denominados como Medidas 2, em escala de hierarquização.
3896 QUADRO 8.2 – REDES DE MICRODRENAGEM DO MUNICÍPIO DE CAPÃO BONITO
Hierarquização Local / Sub Bacia
Medida 2-A A55 A56
Medida 2-B A44 A45
A51
A66 A67
Medida 2-C A68 A73
A74 A75
A79 A80
Medida 2-D A38 A42
A43

Medida 2-E A26 A27


A46

Medida 2-F A39 A59


A60

Medida 2-G A58 A62


A63 A64

Medida 2-H A24 A34


A35 A36
A7 A80
Medida 2-I A11 A12
A52 A53
Medida 2-J A31 A33
A57 A61

Medida 2-K A28 A29


A30
A9 A10
Medida 2-L A14 A18
A19
A1 A2
Medida 2-M A3 A5
A6
Medida 2-N A50
Medida 2-O A25 A37
A40 A41

3897

3898 A seguir estão descritas as medidas problemáticas de microdrenagem.


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3899 8.2.1 Medida 2-A


3900 A medida 2-A consiste no dimensionamento de galeria de águas pluviais nas sub
3901 bacias A55 e A56, de diâmetro Ø 0,60 m com comprimento C= 2.818,00 m, de
3902 diâmetro Ø 0,80 m com comprimento C=2 69,00 m, de diâmetro Ø 1,00 m com
3903 comprimento C= 439,50 m e diâmetro Ø 1,50 m com comprimento C= 336,00 m.

3904 8.2.2 Medida 2-B


3905 A medida 2-B consiste no dimensionamento de galerias de águas pluviais nas sub
3906 bacias A44, A45 e A51, de diâmetro Ø 0,60 m com comprimento C= 262,00 m, de
3907 diâmetro Ø 0,80 m com comprimento C= 640,50 m, de diâmetro Ø 1,00 m com
3908 comprimento C= 922,50 m e diâmetro Ø 1,50 m com comprimento C= 378,00 m.

3909 8.2.3 Medida 2-C


3910 A medida 2-C consiste no dimensionamento de galeria de águas pluviais nas sub
3911 bacias A66, A67, A68, A73, A74, A75, A79 e A80, de diâmetro Ø 0,60 m com
3912 comprimento C= 1.494,00 m, de diâmetro Ø 0,80 m com comprimento C= 525,00 m, de
3913 diâmetro Ø 1,00 m com comprimento C= 796,50 m e diâmetro Ø 1,50 m com
3914 comprimento C= 441,00 m.

3915 8.2.4 Medida 2-D


3916 A medida 2-D consiste no dimensionamento de galeria de águas pluviais nas sub
3917 bacias A38, A42 e A43, de diâmetro Ø 0,60 m com comprimento C= 606,00 m, de
3918 diâmetro Ø 0,80 m com comprimento C= 282,00 m, de diâmetro Ø 1,00 m com
3919 comprimento C= 225,00 m e diâmetro Ø 1,50 m com comprimento C= 138,00 m.

3920 8.2.5 Medida 2-E


3921 A medida 2-E consiste no dimensionamento de galeria de águas pluviais nas sub
3922 bacias A26, A27 e A46, de diâmetro Ø 0,60 m com comprimento C= 174,00 m, de
3923 diâmetro Ø 0,80 m com comprimento C= 549,00 m, de diâmetro Ø 1,00 m com
3924 comprimento C= 453,00 m, de diâmetro Ø 1,20 m com comprimento C= 60,00 m e
3925 diâmetro Ø 1,50 m com comprimento C= 600,00 m.

3926 8.2.6 Medida 2-F


3927 A medida 2-F consiste no dimensionamento de galeria de águas pluviais nas sub
3928 bacias A39, A59 e A60, de diâmetro Ø0,60 m com comprimento C= 738,00 m, de
3929 diâmetro Ø 0,80 m com comprimento C= 675,00 m, de diâmetro Ø 1,00 m com
3930 comprimento C= 274,00 m, de diâmetro Ø 1,20 m com comprimento C= 60,00 m e
3931 diâmetro Ø 1,50 m com comprimento C= 103,50 m.

3932 8.2.7 Medida 2-G


3933 A medida 2-G consiste no dimensionamento de galeria de águas pluviais nas sub
3934 bacias A58, A62, A63 e A64, de diâmetro Ø 0,60 m com comprimento C= 1.362,50 m,
3935 de diâmetro Ø 0,80 m com comprimento C= 556,50 m, de diâmetro Ø 1,00 m com

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3936 comprimento C= 315,00 m, de diâmetro Ø 1,20 m com comprimento C= 150,00 m e


3937 diâmetro Ø 1,50 m com comprimento C= 162,00 m.

3938 8.2.8 Medida 2-H


3939 A medida 2-H consiste no dimensionamento de galeria de águas pluviais nas sub
3940 bacias A24, A34, A35 e A36, de diâmetro Ø 0,60 m com comprimento C= 882,00 m, de
3941 diâmetro Ø 0,80 m com comprimento C= 411,00 m, de diâmetro Ø 1,00 m com
3942 comprimento C= 1.321,00 m, de diâmetro Ø 1,20 m com comprimento C= 210,00 m e
3943 diâmetro Ø 1,50 m com comprimento C= 150,00 m.

3944 8.2.9 Medida 2-I


3945 A medida 2-I consiste no dimensionamento de galeria de águas pluviais nas sub bacias
3946 A7, A8, A11, A12, A52 e A53, de diâmetro Ø 0,60 m com comprimento C= 508,00 m,
3947 de diâmetro Ø 0,80 m com comprimento C= 432,00 m, de diâmetro Ø 1,00 m com
3948 comprimento C= 462,00 m, de diâmetro Ø 1,20 m com comprimento C= 238,50 m e
3949 diâmetro Ø 1,50 m com comprimento C= 81,00 m.

3950 8.2.10 Medida 2-J


3951 A medida 2-J consiste no dimensionamento de galeria de águas pluviais nas sub
3952 bacias A31, A33, A57 e A61, de diâmetro Ø 0,60 m com comprimento C= 1.737,00 m,
3953 de diâmetro Ø 0,80 m com comprimento C= 246,00 m, de diâmetro Ø1,00 m com
3954 comprimento C= 450,00 m e diâmetro Ø 1,50 m com comprimento C= 90,00 m.

3955 8.2.11 Medida 2-K


3956 A medida 2-K consiste no dimensionamento de galeria de águas pluviais nas sub
3957 bacias A28, A29 e A30, de diâmetro Ø0,60 m com comprimento C= 120,00 m, de
3958 diâmetro Ø 0,80 m com comprimento C= 732,00 m, de diâmetro Ø 1,00 m com
3959 comprimento C= 871,00 m, de diâmetro Ø 1,20 m com comprimento C= 709,50 m e
3960 diâmetro Ø 1,50 m com comprimento C= 18,00 m.

3961 8.2.12 Medida 2-L


3962 A medida 2-L consiste no dimensionamento de galeria de águas pluviais nas sub
3963 bacias A9, A10, A14, A18 e A19, de diâmetro Ø 0,60 m com comprimento C= 547,50
3964 m, de diâmetro Ø 0,80 m com comprimento C= 909,00 m, de diâmetro Ø 1,00 m com
3965 comprimento C= 561,00 m e de diâmetro Ø 1,20 m com comprimento C= 180,00 m.

3966 8.2.13 Medida 2-M


3967 A medida 2-M consiste no dimensionamento de galeria de águas pluviais nas sub
3968 bacias A1, A2, A3, A5 e A6, de diâmetro Ø 0,60 m com comprimento C= 879,50 m, de
3969 diâmetro Ø 0,80 m com comprimento C= 1.983,00 m, de diâmetro Ø 1,00 m com
3970 comprimento C= 798,00 m e diâmetro Ø 1,50 m com comprimento C= 652,50 m.
3971

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3972 8.2.14 Medida 2-N


3973 A medida 2-N consiste no dimensionamento de galeria de águas pluviais na sub bacia
3974 A50, de diâmetro Ø 0,60 m com comprimento C= 397,50 m, de diâmetro Ø 0,80 m com
3975 comprimento C= 370,50 m, de diâmetro Ø 1,00 m com comprimento C= 412,50 m, de
3976 diâmetro Ø 1,20 m com comprimento C= 229,50 m e diâmetro Ø 1,50 m com
3977 comprimento C= 960,00 m.

3978 8.2.15 Medida 2-O


3979 A medida 2-O consiste no dimensionamento de galeria de águas pluviais nas sub
3980 bacias A25, A37, A40 e A41, de diâmetro Ø 0,60 m com comprimento C= 1.145,00 m, de
3981 diâmetro Ø 0,80 m com comprimento C= 732,00 m e de diâmetro Ø 1,00 m com
3982 comprimento C= 207,00.
3983 Os valores dos orçamentos das medidas a serem tomadas em microdrenagem serão
3984 apresentados no capítulo 10.
3985 Ainda citando o Plano de Macrodrenagem do município de Capão Bonito, elaborado pela
3986 empresa KF2 Engenharia e Consultoria, foram diagnosticadas outras medidas para o
3987 melhoramento do sistema de drenagem do município.
3988 A medida 3 diz sobre técnicas compensatórias que são classificadas como estruturais ou
3989 não-estruturais. Como técnicas compensatórias não estruturais podem ser citados os
3990 procedimentos que favorecem o retardamento do escoamento, como por exemplo,
3991 executar canais e pavimentos com revestimentos rugosos, e a não conexão direta das
3992 áreas impermeáveis aos sistemas de drenagem, e como estruturais, técnicas de
3993 infiltração e técnicas de retenção, ou até mesmo, a combinação de ambas.
3994 Para o município concluiu-se que, para a infiltração e retenção das águas pluviais, assim
3995 como a diminuição da velocidade, as técnicas mais eficientes e adequadas do ponto de
3996 vista técnico e de custo-benefício são os poços de infiltração acoplados às bocas de lobo
3997 e poços de visita.
3998 Os poços são dispositivos pontuais com pequena ocupação de área superficial,
3999 concebidos para evacuar as águas pluviais diretamente do subsolo, por infiltração. Desta
4000 forma, foram considerados todos os dispositivos de drenagem, tais como bocas de lobo
4001 e poços de visita, como poços de infiltração. No total do projeto, foram considerados
4002 4.583 poços que contribuirão para a recarga do lençol, e redução do volume e
4003 velocidade dos escoamentos, principalmente em baixas precipitações (as mais comuns),
4004 sendo a profundidade de cada poço estabelecida em 1,00 m, preenchidas com brita.
4005 A Medida 4 – Reflorestamento das Margens dos Cursos D’água. Consiste na
4006 conservação e o plantio de árvores de pequeno, médio e grande porte, forrações e
4007 arbustos de variadas espécies, totalizando uma área de aproximadamente
4008 1.100.000,00 m².
4009 Os valores do orçamento da medida 4 a ser tomado serão apresentados no capítulo
4010 10.
4011 A locação destes pontos é apresentada na Ilustração 8.1, a seguir.
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4013 INSERIR ILUSTRAÇÃO 8.1 – DRENAGEM – RI02A-H3D-CD-008


4014

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4015 9. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA, COMERCIAL E


4016 OPERACIONAL DO PRESTADOR DE SERVIÇO
4017 Neste capítulo são apresentados:
4018  O organograma da Prefeitura de Capão Bonito, com destaque para os órgãos e
4019 entidades envolvidos com o saneamento básico;
4020  A descrição dos aspectos jurídicos e institucionais da prestação dos serviços, e;
4021  O quadro resumo dessa descrição.
4022

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FIGURA 9.1: ORGANOGRAMA DA PREFEITURA DE CAPÃO BONITO
ORGANOGRAMA DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CAPÃO BONITO
9.1
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4023

4024
4025
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4027 9.2 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS - FORMATOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS


4028 9.2.1 Serviços de Água e Esgotos
4029 Os serviços de água e esgoto do Município são prestados pela Sabesp – Companhia
4030 de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, mediante Contrato celebrado entre a
4031 Prefeitura Municipal de Capão Bonito e a Sabesp, com vigência de 30 anos a partir de
4032 junho de 2008.

4033 9.2.2 Serviços de Limpeza Urbana e Drenagem Urbana


4034 Os serviços de limpeza urbana são prestados pela Empresa Urbana Santo André Ltda
4035 que conta com mão de obra de 31 funcionários. Os veículos utilizados são caminhões
4036 compactadores com capacidade unitária de 15 m³.
4037 Os serviços de drenagem urbana são prestados pela Secretaria Municipal de Obras e
4038 Serviços Especiais.
4039 9.3 QUADRO DEMONSTRATIVO DA DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS

4040 A forma de prestação de serviços e a identificação do prestador encontram-se


4041 indicadas no Quadro 9.1.

4042 QUADRO 9.1


4043 FORMA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E IDENTIFICAÇÃO DO PRESTADOR
Administração Administração
Componentes Identificação
Direta Indireta
Água  Sabesp
Esgoto  Sabesp
Secretaria Municipal de Obras e Serviços
Drenagem 
Especiais
Resíduos Sólidos  Empresa Urbana Santo André Ltda

4044 10. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS

4045 10.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

4046 O abastecimento de água de Capão Bonito está sob a responsabilidade da Sabesp –


4047 Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo, uma empresa de economia
4048 mista, com administração pública.

4049 As principais informações do município, referentes aos serviços de água, encontram-se


4050 no Quadro 10.1.

4051

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4052 QUADRO 10.1


4053 INFORMAÇÕES DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Descrição Unidade 2010
Quantidade de ligações ativas de água Ligações 5.001
Quantidade de economias ativas de água Economias 4.543
Índice de hidrometração % cobertura 100
Índice de atendimento urbano de água % cobertura 94,5
Índice de atendimento total de água % cobertura 86
Extensão da rede de água por ligação m/lig. 8,8
Índice de Macromedição % cobertura 100
Índice de Micromedição relativo ao volume % cobertura 64,9
disponibilizado
Índice de faturamento de água % cobertura 73,8
Arrecadação total R$/ano 2.893.941,18
Receita operacional total R$/ano 2.911.689,37
Despesas totais com os serviços (dts) R$/ano 3.014.589,84
Investimento realizado em abastecimento de água R$/ano 82.564,64
Investimentos totais R$/ano 164.922,44
Investimento com recursos próprios R$/ano Nd
Investimento com recursos onerosos R$/ano Nd
Investimento com recursos não onerosos[R$/ano] R$/ano Nd
Despesa com juros e encargos do serviço da dívida R$/ano Nd
exceto variações monetárias e cambiais
Tarifa média de água R$/m³ 1,79

4054 Fonte: SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - 2010


4055 Nd = não disponível
4056

4057 10.1.1 Despesas


4058 Com relação às despesas dos serviços de abastecimento de água, o Contrato de
4059 Concessão entre a Sabesp e o município de Capão Bonito faz uma estimativa das
4060 despesas operacionais diretas e das despesas de administração. Estas estimativas
4061 foram feitas para o período de trinta anos, de janeiro/2008 até dezembro/2038.

4062 As despesas incluem os serviços de esgotamento sanitário, ou seja, os valores


4063 referentes aos serviços de água e esgoto são contabilizados juntos.

4064 As despesas operacionais diretas são as despesas diretamente ligadas aos serviços de
4065 água e esgoto do município de Capão Bonito, acrescidas de uma parcela das despesas
4066 provenientes do Setor Técnico de Operação da Divisional, e uma parcela das despesas
4067 do Departamento de Gestão e Desenvolvimento Operacional.

4068 As despesas de administração são subdivididas em despesas de Administração da


4069 Operação e despesas de Administração Central. As despesas de Administração da
4070 Operação referem-se às despesas da Diretoria dos Sistemas Regionais, dos demais
4071 Departamentos de apoio à operação e da própria Gerência Divisional.

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4072 A segunda categoria, denominada de Despesas de Administração Central, são as


4073 despesas provenientes do Escritório Central, da Presidência, da Diretoria Econômico-
4074 Financeira e de Relações com Investidores, da Diretoria de Gestão Corporativa e da
4075 Diretoria de Tecnologia e Planejamento.

4076 O Quadro 10.2, apresenta o resumo das despesas anteriormente mencionadas.

4077 QUADRO 10.2 - PROJEÇÃO DAS DESPESAS – ÁGUA E ESGOTO


Mat. Mat. Energia Desp. Rateio -
Ano Pessoal Serviço Total
Gerais Tratam. Elétrica Gerais Produção
2008 1.297.883 197.685 51.109 303.035 337.928 172.789 - 144.952 2.197.477
2009 2.081.349 23.110 88.829 584.154 589.393 298.343 - 153.172 3.720.004
2010 2.081.349 214.447 90.254 588.094 600.417 299.914 - 158.766 3.715.709
2011 1.903.062 215.674 91.797 592.198 610.397 301.549 - 161.550 3.553.127
2012 1.903.062 216.929 93.382 896.397 620.681 303.222 - 167.196 3.532.630
2013 1.877.747 218.053 94.609 600.157 629.968 304.720 - 170.034 3.555.320
2014 1.843.808 219.207 95.834 604.018 639.080 306.258 - 175.575 3.532.630
2015 1.866.978 220.363 97.079 607.955 648.387 307.827 - 178.273 3.570.335
2016 1.836.252 221.546 98.316 611.845 657.699 309.377 - 183.318 3.551.718
2017 1.859.422 222.731 99.544 615.812 687.018 310.951 - 188.673 3.586.812
2018 1.832.175 315.991 100.789 619.853 676.498 312.568 - 193.996 3.663.879
2019 1.739.683 225.173 10.245 623.982 687.073 314.213 - 199.314 3.493.262
2020 1.739.683 226.417 104.136 628.144 697.805 315.671 - 204.525 3.507.532
2021 1.712.312 227.638 105.612 ·632221 708.478 317.498 - 212.834 3.491.131
2022 1.698.627 228.881 107.485 635.386 719.143 319.155 - 218.042 3.491.635
2023 1.721.797 230.146 10.919 640.621 730.005 320.842 - 223.248 3.529.352
2024 1.707.803 231.435 110.924 644.931 741.063 322.560 - 228.392 3.530.325
2025 1.716.985 232.750 112.693 649.333 752.337 324.314 - 233.545 3.554.867
2026 1.716.985 234.094 114.497 653.828 763.847 326.105 - 238.829 3.570.526
2027 1.725.361 235.458 116.333 658.391 775.567 327.923 - 244.249 3.594.784
2028 1.725.361 328.894 118.203 663.024 787.471 329.769 - 249.820 3.702.903
2029 1.748.531 238.252 120.107 667.741 799.576 331.649 - 255.520 3.650.337
2030 1.748.531 239.688 122.045 672.544 811.902 33S562 - 261.374 3.666.898
2031 1.743.248 241.149 124.019 677.434 824.451 335.511 - 267.361 3.678.451
2032 1.734.704 242.637 126.028 682.413 837.228 337.494 - 273.505 3.686.999
2033 1.743.604 244.157 128.075 687.497 850.254 33.952 - 279.801 3.713.304
2034 1.743.604 245.699 130.158 692.658 863.516 341.576 - 286.264 3.730.948
2035 1.756.799 24.127 132.280 697.913 877.002 34.367 - 292.881 3.762.052
2036 1.747.980 248.874 134.440 703.279 890.751 345.808 - 299.655 3.771.476
2037 1.771.150 250.502 136.639 708.727 904.749 347.979 - 306.588 3.813.157
2038 737.979 105.069 57.866 297.621 382.917 145.915 - 313.710 1.413.656

4078 Fonte: SABESP – Contrato de Programa

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-178-

4079 10.1.2 Sistema Tarifário e Receitas


4080 Os serviços de abastecimento de água são remunerados sob a forma de tarifas e
4081 taxas. As taxas cobradas pela Sabesp para a região de Capão Bonito são as descritas
4082 no Quadro 10.3.

4083 QUADRO 10.3 - TARIFAS DE ÁGUA - CONSUMO


Classes de Consumo Tarifas de água
(m³/mês) (R$)
Residencial/social
0 a 10 5,53 R$/mês
11 a 20 0,86 R$/m³
21 a 30 1,87 R$/m³
31 a 50 2,66 R$/m³
acima de 50 3,17 R$/m³
Residencial/Normal
0 a 10 16,31 R$/mês
11 a 20 2,28 R$/m³
21 a 50 3,50 R$/m³
acima de 50 4,18 R$/m³
Comercial/ Entidades de Assistência Social
0 a 10 16,37 R$/mês
11 a 20 1,95 R$/m³
21 a 50 3,16 R$/m³
acima de 50 3,68 R$/m³
Comercial Normal/ Industrial
0 a 10 32,75 R$/mês
11 a 20 3,88 R$/m³
21 a 50 6,25 R$/m³
acima de 50 7,35 R$/m³
Pública com Contrato
0 a 10 24,54 R$/mês
11 a 20 2,90 R$/m³
21 a 50 4,71 R$/m³
acima de 50 5,50 R$/m³
Pública sem Contrato
0 a 10 32,75 R$/mês
11 a 20 3,88 R$/m³
21 a 50 6,25 R$/m³
acima de 50 7,35 R$/m³
Fornecimento especial de água através de carros tanque
Transporte não realizado pela SABESP 25,96 R$/m³
Transporte realizado pela SABESP 63,73 R$/m³
Fornecimento de água com contrato de demanda firme
500 a 1.000 6,13 R$/m³
1.001 a 2.999 5,78 R$/m³
3.000 a 10.000 5,41 R$/m³
10.001 a 20.000 5,07 R$/m³
20.001 a 30.000 4,74 R$/m³
30.001 a 40.000 4,41 R$/m³
Acima de 40.000 4,05 R$/m³
4084 Fonte: SABESP – Comunicado 04/13
4085 Nota:Tarifas vigentes a partir de 22/04/2013.

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4086 A projeção das receitas do sistema de abastecimento de água, que consta no Contrato
4087 de Programa da Sabesp, é apresentada no Quadro 10.4. As receitas são subdivididas
4088 em receitas diretas, denominadas na planilha como “Receitas Água” e Receitas
4089 Indiretas.

4090 As receitas diretas referem-se ao total calculado para cada ano com base nas tarifas de
4091 água vigentes no ano de 2007 (R$ 1,5218 por m³). As receitas indiretas são as receitas
4092 provenientes de multas, ligações de água, extensões da rede de água, serviços de
4093 corte, serviços de religação, dentre outros.

4094 QUADRO 10.4 - PROJEÇÃO DAS RECEITAS - ÁGUA


Águas - Economias Volume Receita Receitas
Ano Anual Incremento Total Faturado Água Indiretas
unid. unid. unid. m³ R$ R$
2008 11.907 226 12.133 1.139.878 1.734.666 58.111
2009 12.133 326 12.459 1.968.863 3.026.651 101.393
2010 12.459 303 12.762 2.028.498 3.086.969 103.413
2011 12.762 316 13.079 2.067.535 3.146.374 105.404
2012 13.079 323 13.402 2.107.807 3.207.661 107.457
2013 13.402 262 13.664 2.144.664 3.263.750 109.336
2014 13.664 268 13.932 2.178.096 3.314.627 111.040
2015 13.932 274 14.206 2.212.259 3.366.615 112.782
2016 14.206 271 14.477 2.248.553 3.418.805 114.530
2017 14.477 276 14.753 2.280.981 3.471.197 116.285
2018 14.753 261 15.034 2.316.072 3.524.598 118.074
2019 15.034 286 15.320 2.351.826 3.579.009 119.897
2020 15.320 290 15.610 2.388.111 3.634.227 121.747
2021 15.610 263 15.893 2.424.197 3.689.143 123.586
2022 15.893 269 16.181 2.460.216 3.743.957 125.423
2023 16.181 294 16.475 2.496.899 3.799.781 127.293
2024 16.475 299 16.174 2.534.245 3.856.615 129.197
2025 16.774 305 17.080 2.572.321 3.914.559 131.138
2026 17.080 311 17.390 2.611.146 3.973.641 133.117
2027 17.390 317 17.707 2.650.676 4.033.799 135.132
2028 17.707 322 18.029 2.690.927 4.095.052 137.184
2029 18.029 328 18.358 2.731.910 4.157.421 139.274
2030 18.356 334 18.692 2.773.639 4.220.924 141.401
2031 18.692 340 19.032 2.816.128 4.285.583 143.567
2032 19.032 346 19.378 2.859.390 4.351.420 145.773
2033 19.378 353 19.731 2.903.440 4.418.455 148.018
2034 19.731 359 20.090 2.946.291 4.486.710 150.305
2035 20.090 368 20.456 2.993.960 4.556.208 152.633
2036 20.456 372 20.826 3.040.459 4.626.970 155.004
2037 20.828 ·379 21.208 3.087.805 4.699.021 157.417
2038 21.208 386 21.594 1.306.672 1.988.493 66.615

4095 Fonte: SABESP – Contrato de Programa

4096
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4097 10.1.3 Investimentos Previstos


4098 Os investimentos previstos, que constam no Contrato de Programa da Sabesp, para os
4099 sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário são apresentados no
4100 Quadro 10.5.
4101 Os investimentos referem-se aos custos de prolongamentos das redes de água e
4102 esgoto, remanejamentos, ligações novas e troca de hidrômetros e cavaletes. São
4103 contemplados também os investimentos das aquisições de bens de uso geral, tais
4104 como: frotas de veículos, equipamentos operacionais e de informática, telefonia,
4105 móveis e equipamentos de escritório.
4106 QUADRO 10.5 - RESUMO DOS INVESTIMENTOS – ÁGUA E ESGOTO
Ano Água Esgoto Uso Geral Total
2008 264.831 283.348 180.000 728.179
2009 472.288 1.543.378 242.037 2.257.703
2010 518.769 150.646 356.000 1.025.445
2011 528.009 155.755 260.000 943.764
2012 534.996 159.427 305.000 999.423
2013 632.542 161.058 126.740 920.339
2014 323.683 165.309 92.000 580.992
2015 529.532 168.265 86.000 783.797
2016 332.380 166.883 80.000 579.262
2017 338.260 169.840 80.000 588.100
2018 260.637 172.802 255.610 689.049
2019 725.324 176.636 242.037 1.143.997
2020 1.009.294 177.671 186.000 1.372.965
2021 269.830 175.576 260.000 705.406
2022 274.538 178.577 305.000 758.115
2023 379.298 181.584 133.190 694.072
2024 284.109 784.597 92.000 1.160.705
2025 489.356 188.157 86.000 763.514
2026 294.389 192.318 80.000 566.707
2027 299.513 194.586 80.000 574.099
2028 304.730 446.857 261.770 1.013.357
2029 310.042 3.200.171 242.037 3.752.250
2030 315.451 5.203.544 186.000 5.704.995
2031 320.959 206.978 260.000 787.937
2032 326.566 210.475 305.000 842.041
2033 332.276 215.152 339.350 886.778
2034 338.090 217.681 92.000 647.771
2035 344.009 221.371 86.000 651.380
2036 350.036 226.308 80.000 656.344
2037 356.173 228.977 80.000 665.150
2038 151.009 97.539 248.548
TOTAL 12.210.919 16.021.466 5.459.771 33.692.184
4107 Fonte: SABESP – Contrato de Programa

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4109 10.2 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

4110 A operação dos serviços de esgotamento sanitário de Capão Bonito é de


4111 responsabilidade da Sabesp – Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo,
4112 uma empresa de economia mista com administração pública.

4113 As principais informações do município, referentes aos serviços de esgotamento


4114 sanitário, encontram-se no Quadro 10.6.

4115 QUADRO 10.6


4116 INFORMAÇÕES DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Descrição Unidade 2010
Quantidade de ligações ativas de esgoto Ligações 4.955
Quantidade de economias ativas de esgoto Economias 4.503
Índice de atendimento urbano de esgoto % cobertura 93,7
Índice de atendimento total de esgoto % cobertura 85,2
Índice de tratamento de esgoto coletado % cobertura 100
Índice de tratamento de esgoto gerado % cobertura 79,4
Extensão da rede de esgoto por ligação m/lig. 9,3
Arrecadação total R$/ano 2.893.941,18
Receita operacional total R$/ano 2.911.689,37
Despesas totais com os serviços (água e esgoto) R$/ano 3.014.589,84
Investimento realizado em esgotamento sanitário R$/ano 60.906,04
Investimentos totais R$/ano 164.922,44
Investimento com recursos próprios (água e esgoto) R$/ano ND
Investimento com recursos onerosos (água e esgoto) R$/ano ND
Investimento com recursos não onerosos (água e esgoto) R$/ano ND
Despesa com juros e encargos do serviço da dívida exceto R$/ano ND
variações monetárias e cambiais
Tarifa média de esgoto R$/m³ 1,46

4117 Fonte: SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - 2010


4118 Nd = não disponível

4119 10.2.1 Despesas


4120 As despesas referentes aos serviços de esgotamento sanitário para o município de
4121 Capão Bonito foram apresentadas no item 10.1.1 do presente texto. Conforme citado
4122 anteriormente, as despesas para os serviços de água e esgoto foram contabilizadas
4123 conjuntamente.

4124 10.2.2 Sistema Tarifário e Receitas


4125 Os serviços de coleta de esgotos são remunerados sob a forma de tarifas e taxas. As
4126 taxas cobradas pela Sabesp para a região de Capão Bonito são as descritas no
4127 Quadro 10.7.

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4129 QUADRO 10.7 - TARIFAS DE ESGOTOS


Classes de Consumo Tarifas de esgotos
(m³/mês) (R$)
Residencial/social
0 a 10 4,42 R$/mês
11 a 20 0,69 R$/m³
21 a 30 1,48 R$/m³
31 a 50 2,14 R$/m³
acima de 50 2,54 R$/m³
Residencial/Normal
0 a 10 13,07 R$/mês
11 a 20 1,80 R$/m³
21 a 50 2,78 R$/m³
acima de 50 3,33 R$/m³
Comercial/ Entidades de Assistência Social
0 a 10 13,09 R$/mês
11 a 20 1,54 R$/m³
21 a 50 2,53 R$/m³
acima de 50 2,94 R$/m³
Comercial Normal/ Industrial
0 a 10 26,19 R$/mês
11 a 20 3,07 R$/m³
21 a 50 5,00 R$/m³
acima de 50 5,87 R$/m³
Pública com Contrato
0 a 10 19,63 R$/mês
11 a 20 2,32 R$/m³
21 a 50 3,75 R$/m³
acima de 50 4,41 R$/m³
Pública sem Contrato
0 a 10 26,19 R$/mês
11 a 20 3,07 R$/m³
21 a 50 5,00 R$/m³
acima de 50 5,87 R$/m³
Coleta de esgotos com contrato de demanda firme
500 a 1.000 6,13 R$/m³
1.001 a 2.999 5,78 R$/m³
3.000 a 10.000 5,41 R$/m³
10.001 a 20.000 5,07 R$/m³
20.001 a 30.000 4,74 R$/m³
30.001 a 40.000 4,41 R$/m³
Acima de 40.000 4,05 R$/m³
4130 Fonte: SABESP – Comunicado 04/13
4131 Nota:Tarifas vigentes a partir de 22/04/2013.
4132
4133 A projeção das receitas do sistema de esgotamento sanitário, que consta no Contrato
4134 de Programa da Sabesp é apresentada no Quadro 10.8. As receitas são subdivididas

Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico ENGECORPS


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-183-

4135 em receitas diretas, denominadas na planilha como “Receitas Esgoto” e Receitas


4136 Indiretas.
4137 As receitas diretas referem-se ao total calculado para cada ano com base nas tarifas de
4138 esgoto vigentes no ano de 2007 (R$ 1,2131 por m³). As receitas indiretas são as
4139 receitas provenientes de multas, extensões da rede de esgoto, dentre outros.
4140 QUADRO 10.8 – PROJEÇÃO DAS RECEITAS – ESGOTO

Esgotos - Economias Receita Receitas Receitas


Volume Faturado Totais
Ano Anual Incremento Total Esgoto Indiretas
m³ R$
unid. unid. unid. R$ R$

2008 10.989 207 11.196 1.050.413 1.274.256 37.463 3.104.497


2009 11.196 385 11.582 1.838.057 2.229.747 65.555 5.423.345
2010 11.582 220 11.802 1.875.203 2.276.022 66.915 5.533.319
2011 11.802 229 12.031 1.904.480 2.310.325 67.924 5.630.027
2012 12.031 235 12.265 1.933.680 2.345.747 68.965 5.729.830
2013 12.265 237 12.503 1.963.415 2.381.616 70.025 5.824.929
2014 12.503 244 12.747 1.993.748 2.418.616 71.107 5.915.390
2015 12.747 249 12.996 2.024.827 2.456.318 72.216 6.007.931
2016 12.996 246 13.242 2.056.021 2.494.159 73.328 6.100.822
2017 13.242 251 13.493 2.087.329 2.532.139 74.445 6.194.066
2018 13.493 256 13.749 2.119.237 2.570.846 75.583 6.289.101
2019 13.749 262 14.010 2.151.841 2.610.399 76.746 6.386.050
2020 14.010 263 14.274 2.184.926 2.650.533 77.926 6.484.433
2021 14.274 259 14.533 2.217.826 2.690.445 79.099 5.282.273
2022 14.533 264 14.797 2.250.763 2.730.401 80.274 6.680.054
2023 14.797 269 15.065 2.284.307 2.771.092 81.470 6.779.636
2024 15.065 273 15.339 2.318.457 2.812.520 82.688 6.881.019
2025 15.339 279 15.618 2.353.274 2.854.756 83.930 6.984.383
2026 15.618 286 15.904 2.388.885 2.897.957 85.200 7.089.915
2027 15.904 290 16.193 2.425.145 2.941.944 86.493 7.197.368
2028 16.193 293 16.486 2.461.641 2.986.459 87.802 7.306.497
2029 16.486 298 16.785 2.499.088 3.031.644 89.130 7.414.468
2030 16.785 304 17.088 2.537.009 3.077.646 90.453 7.530.453
2031 17.088 309 17.397 2.575.616 3.124.460 91.660 7.645.490
2032 17.397 315 17.712 2.614.922 3.172.162 93.262 7.762.615
2033 17.712 322 18.035 2.655.063 3.220.857 94.693 7.882.023
2034 18.035 326 18.361 2.695.931 3.270.434 96.151 8.003.600
2035 18.361 332 18.693 2.737.413 3.320.756 97.630 8.127.227
2036 18.693 340 19.033 2.779.778 3.372.148 99.141 8.253.264
2037 19.033 344 19.378 2.822.909 3.424.471 100.679 8.381.589
2038 19.378 343 19.730 1.194.510 1.449.061 42.602 3.546.771

4141 Fonte: SABESP – Contrato de Programa

4142 10.2.3 Investimentos Previstos

Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico ENGECORPS


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4143 Os investimentos previstos pela Sabesp, que constam no Contrato de Programa, para
4144 os sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, foram apresentados
4145 no item 10.1.3. Assim como as despesas, os investimentos para os sistemas de água e
4146 esgoto também foram contabilizados em conjunto.

4147 10.3 SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS, E


4148 SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
4149 10.3.1 Receitas e despesas
4150 Considerando os dados obtidos no Sistema de Coleta de Dados Contábeis dos Entes
4151 da Federação – SISTN76, o município de Capão Bonito para os anos de 2010, 2011 e
4152 2012 apresenta a seguinte evolução em termos de receita e despesa total apresentada
4153 na Figura 10.1.

4154

4155 FIGURA 10. 1 BALANÇOS DE 2010 A 2012

4156 10.3.2 Análise do Balanço Patrimonial


4157 De acordo com o balanço patrimonial ativo dos anos de 2010, 2011 e 2011, o município
4158 apresenta um superávit médio nos três exercícios analisados de R$ 5.250.715,00
4159 milhões anuais, sendo esta a capacidade máxima para cobrir investimentos na
4160 melhoria dos sistemas de limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos, sistema de
4161 drenagem e manejo de águas pluviais.

4162 10.3.3 Investimentos Previstos


4163 Os investimentos previstos pelo Plano de Macrodrenagem para o sistema de coleta de
4164 águas pluviais, conforme as ações que foram descritas no capítulo 8, são apresentados
4165 no Quadro 10.9 a seguir:

76
Fonte: SISTN, Capão Bonito (SP) Anos de 2010/ 2011/ 2012: <
https://www.contaspublicas.caixa.gov.br/sistncon_internet/index.jsp>. Acesso em Abril/2013.

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4166 QUADRO 10.9 - RESUMO DOS INVESTIMENTOS – DRENAGEM


Componentes Medida Valor Total da Medida
Macrodrenagem 1 R$ 237.596,08
Microdrenagem 2 R$ 62.954.612,24
Técnicas
3 R$ 2.549.560,16
Compensatórias
Reflorestamento das
4 R$ 2.501.142.17
Margens

4167 Fonte: Plano de Macrodrenagem - KF2 Engenharia e Consultoria

4168

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