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PROJETO BÁSICO HIDRÁULICO COM

COMPLEMENTARES BÁSICOS, PARA AMPLIAÇÃO DA


ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO VERDE E
AMPLIAÇÃO DO SISTEMA DE COLETA DE ESGOTO DO
MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA-PR

ESTUDO COTA DE
INUNDAÇÃO ETE VERDE
REVISÃO R0

Eng. Consultores Ltda SETEMBRO / 2022


Rua Padre Anchieta, nº 2443
Curitiba/PR
CEP 80.730-000
SES PONTA GROSSA - ESTUDO COTA DE INUNDAÇÃO ETE VERDE

TIPO DO DOCUMENTO:
INFORMAÇÕES GERAIS
CONTRATANTE: FOLHAS:
SANEPAR 48
SISTEMA:
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
MUNICÍPIO:
PONTA GROSSA - PR
TÍTULO DO DOCUMENTO:
ESTUDO COTA DE INUNDAÇÃO ETE VERDE

ÍNDICE DE REVISÕES E VALIDAÇÕES DAS INFORMAÇÕES

REVISÃO DESCRIÇÃO E/OU FOLHA ATINGIDA

0 Emissão final

REVISÃO: R0
DATA: 09/2022
EXECUÇÃO: PRISCILA
VERIFICAÇÃO: MOACIR
APROVAÇÃO: CLARICE

Projeto Básico Hidráulico com Complementares Básicos, para Ampliação da Estação de


Tratamento de Esgoto Verde e Ampliação do Sistema de Coleta de Esgoto do Município de
Ponta Grossa-PR 2
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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................... 5

LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... 6

LISTA DE GRÁFICOS .................................................................................................. 8

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 9

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................... 11

2 SEÇÕES TOPOBATIMÉTRICAS ........................................................................ 12

3 TEMPO DE RECORRÊNCIA ............................................................................... 14

4 VAZÃO DE CHEIA............................................................................................... 15

4.1 ÁREA DE DRENAGEM (A) ........................................................................... 15

4.2 DECLIVIDADE MÉDIA DA BACIA (S) .......................................................... 15

4.3 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO (TC) ............................................................ 16

4.4 MÉTODO CÁLCULO DE VAZÃO DE CHEIA................................................ 16

4.5 HIDROGRAMA UNITÁRIO TRIANGULAR - METODO ISOZONAS.............. 17

4.5.1 Hidrograma Unitário............................................................................... 17

4.5.2 Eventos Pluviométricos Anuais .............................................................. 18

4.5.3 Análise Estatística ................................................................................. 21

4.5.4 Chuva de Projeto ................................................................................... 25

4.5.5 Isozonas e Fatores de Conversão ......................................................... 25

4.5.6 Equações de Regressão ....................................................................... 26

4.5.7 Coeficiente de Deflúvio .......................................................................... 30

4.5.8 Chuva de Projeto e Precipitação Efetiva ................................................ 31

4.5.9 Vazões de Projeto ................................................................................. 38

5 COTA DE INUNDAÇÃO ...................................................................................... 39

5.1 DECLIVIDADE DO TALVEGUE (S) .............................................................. 40

5.2 RAIO HIDRÁULICO (RH) ............................................................................. 41

5.3 COEFICIENTE DE MANNING (N) ................................................................ 41

5.4 VAZÃO MÉDIA (Q) ....................................................................................... 42

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5.5 CONCLUSÃO ............................................................................................... 46

6 CONCLUSÃO APÓS ESTUDO ECONÔMICO .................................................... 47

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização do ponto de determinação da cota de inundação ..................... 11


Figura 2: Localização das seções batimétricas ........................................................... 12
Figura 3: Perfil seções batimétricas ............................................................................ 13
Figura 4: Fotos seções batimétricas ........................................................................... 13
Figura 5: Localização da bacia de drenagem .............................................................. 15
Figura 6: Hidrogrma unitário trinagular ........................................................................ 17
Figura 7: Localização das estações pluviométricas .................................................... 18
Figura 8: Isozonas no estado do Paraná..................................................................... 25
Figura 9: Grupo de solo para área de estudo.............................................................. 30
Figura 10: Composição para área de estudo .............................................................. 30
Figura 11: Subseções das batimetrias ........................................................................ 39
Figura 12: Localização das seções batimétricas ......................................................... 40

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Riscos a serem assumidos em 30 anos de vida útil (Fonte: MPS-Sanepar-


2020) .......................................................................................................................... 14
Tabela 2: Parâmetros hidrogrma unitário trinagular .................................................... 17
Tabela 3: Dados estações pluviométricas ................................................................... 19
Tabela 4: Precipitação máxima estação pluviométrica ................................................ 19
Tabela 5: Precipitação máximas em ordem decrescente ............................................ 21
Tabela 6: Estatística de base (Fonte: SEAF) .............................................................. 21
Tabela 7: Testes não paramétricos (Fonte: SEAF) ..................................................... 22
Tabela 8: Estimação dos parâmetros, testes de ajuste e testes de variância (Fonte:
SAEF) ......................................................................................................................... 23
Tabela 9: Estimação de quantis (Fonte: SAEF) .......................................................... 23
Tabela 10: Chuva de projeto ....................................................................................... 25
Tabela 11: Isozonas no estado do Paraná .................................................................. 26
Tabela 12: Chuva de projeto de 1h e de 6 min para diferentes tempos de recorrência26
Tabela 13: Coeficientes das equações de regressão para diferentes tempos de
recorrência.................................................................................................................. 27
Tabela 14: Precipitações 6 min, 1h e 24h para equações de regressão para os tempos
de recorrência analisados ........................................................................................... 28
Tabela 15: Precipitações calculadas ........................................................................... 29
Tabela 16: Coeficiente CN para área de estudo ......................................................... 31
Tabela 17: Dados do hidrograma para Tr = 50 anos ................................................... 33
Tabela 18: Convolução para Tr = 50 anos .................................................................. 33
Tabela 19: Dados do hidrograma para Tr = 100 anos ................................................. 34
Tabela 20: Convolução para Tr = 100 anos ................................................................ 34
Tabela 21: Dados do hidrograma para Tr = 200 anos ................................................. 35
Tabela 22: Convolução para Tr = 200 anos ................................................................ 35
Tabela 23: Dados do hidrograma para Tr = 500 anos ................................................. 36
Tabela 24: Convolução para Tr = 500 anos ................................................................ 36
Tabela 25: Dados do hidrograma para Tr = 1000 anos ............................................... 37
Tabela 26: Convolução para Tr = 1000 anos .............................................................. 37
Tabela 27: Vazões de projeto ..................................................................................... 38
Tabela 28: Declividade do talvegue ............................................................................ 40
Tabela 29: Coeficientes de Manning para os subcondutos ......................................... 41
Tabela 30: Vazão média por subconduto e subseção SB-03 ...................................... 43

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Tabela 31: Vazão média por subconduto e subseção SB-04 ...................................... 44


Tabela 32: Alturas de enchente para SB-03 ............................................................... 45
Tabela 33: Alturas de enchente para SB-04 ............................................................... 46

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Curva cronológica de precipitação máxima ................................................ 20


Gráfico 2: Distribuição estatística (Fonte: ALEA) ........................................................ 24
Gráfico 3: Comparação série histórica analisada com a distribuição GEV .................. 24
Gráfico 4: Variação da precipitação pelo tempo de duração para os tempos de
recorrência analisados ................................................................................................ 28
Gráfico 5: Variação da precipitação e da intensidade pluviométrica............................ 29
Gráfico 6: Curva chave para SB-03 ............................................................................ 45
Gráfico 7: Curva chave para SB-04 ............................................................................ 46

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APRESENTAÇÃO

A empresa CISM Engenheiros Consultores Ltda apresenta o Estudo de Cota de


Inundação da ETE Verde referente ao Projeto Básico Hidráulico com Complementares
Básicos, para Ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto Verde e Ampliação do
Sistema de Coleta de Esgoto do município de Ponta Grossa-PR.

Dados do Contrato:
Contrato: 43645
Período de Vigência: 480 dias
19/05/2021 a 11/09/2022
OS: 348494
Período de Execução: 360 dias
27/05/2021 a 22/05/2022

Termo Aditivo: 43645


Prorrogação de Prazo: 90 dias
Período de Execução: 22/05/2022 a 19/08/2022

Dados da Empresa:
Nome: CISM Engenheiros Consultores Ltda
Endereço: R. Pe Anchieta, 2443,Bigorrilho, Curitiba,PR
Telefone: (41) 3024-6543
E-mail: adm@cism.com.br
Responsável Técnica: Clarice Ilse Schwartz Manzochi
CREA nº: PR 16.627/D

Profissionais da Empresa Contratada - CISM:


Engª Clarice I. Schwarz Manzochi Engenheira Civil Sênior
Engº Moacir Antonio Prestes Engenheiro Civil Pleno
Engº Pedro Alem Sobrinho Engenheiro Civil - Consultor
Engº Marllon Boamorte Lobato Engenheiro Civil - Hidráulica
Engª Priscila de Almeida Ferreira Engenheira Civil Júnior
Engº Vilmair Wirmond Engenheiro Eletricista
Engº Guilherme Emerick Andreotti Engenheiro Elet. - Apoio Téc. Terceirizado
Engº Edwin Wily Schwars Engenheiro Mecânico

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Engº Joziel Felix Alves da Silva Engenheiro Mecânico


Engº Rogério Gomes de Carvalho Engenheiro Civil - Estrut. e Geot.
Engº Felipe Hikary Nishiyama Engenheiro Civil - Apoio Téc. Terceirizado

Profissionais da Empresa Contratante - Sanepar:


Eng° Murilo Cunico Coordenador
Engª Ana Luiza Martinhago Engenheira Ambiental - Analista do Projeto
Engª Jeruza Cristina Scheibe Engenheira Civil - Estrutural
Engº André Luis Sibim Engenheiro Eletricista
Eng° Paulo Alexandre Salla Bohler Engenheiro Mecânico
Eng° Rodrigo de Freitas Abrantes Engenheiro Automação

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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Este estudo tem por objetivo a determinação da cota de inundação para a


estação de tratamento de esgoto Verde de Ponta Grossa-PR. A estação possui as
seguintes coordenadas: 588.054,69 m E e 7.229.586,74 m S. A Figura 1 apresenta a
localização do ponto de determinação da cota de inundação.

Figura 1: Localização do ponto de determinação da cota de inundação

A metodologia para o cálculo da cota de inundação empregada neste estudo


segue as orientações constantes no documento MPS-Sanepar-2020 (Módulo Diretrizes
Ambientais - Elaboração do Estudo de Cota de Inundação). Conforme estabelecido no
documento de referência, os procedimentos foram divididos em 4 etapas:
 Levantamento das seções topobatimétricas;
 Definição do tempo de recorrência (TR);
 Determinação da vazão de cheia;
 Cálculo da cota de inundação.

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2 SEÇÕES TOPOBATIMÉTRICAS

O levantamento topográfico realizou o levantamento de seis seções batimétricas,


sendo quatro seções no rio Verde sendo duas para a ETE Verde e duas para a EEE-01
(Jardim Ipiranga). Além, destas foram realizadas mais duas seções batimétricas no rio
Pitangui para a EEE-02 (Jardim Ipiranga), os estudos de cota de inundação das
elevatórias são apresentados em volumes próprios. As localizações das seções da ETE
Verde são apresentadas na Figura 2.

Figura 2: Localização das seções batimétricas

Cabe destacar que a escolha das seções batimétricas foi realizada em comum
acordo entre a empresa CISM e a Sanepar. As seções são apresentadas junto com o
material do levantamento topográfico entregue à Sanepar, como parte do escopo de
contratação do presente projeto. Na Figura 3 são apresentas as os perfis das seções
utilizadas para os cálculos de cotas de inundação e na Figura 4 são apresentas fotos
dos locais das batimetrias.

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Figura 3: Perfil seções batimétricas

Figura 4: Fotos seções batimétricas

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3 TEMPO DE RECORRÊNCIA

A definição do tempo de recorrência a ser adotado para o estudo hidrológico


segue a Tabela 1 indicada pelo MPS-Sanepar-2020, para a qual as estruturas de
saneamento normalmente locadas nas proximidades de rios foram classificadas
segundo o seu porte em função da vazão de operação. Partiu-se do pressuposto de
que, quanto maior a obra, maiores os valores envolvidos e menores devem ser os riscos
assumidos.

Tabela 1: Riscos a serem assumidos em 30 anos de vida útil (Fonte: MPS-Sanepar-2020)


Probabilidade Risco
Tempos de Recorrência (Tr) a
Tipo Vazão (L/s) de Excedência Admissível
Investigar
a Cada Ano para 30 Anos

I Q ≥ 400 100, 200, 500 e 1000 anos 1% 26%

II 115 ≤ Q < 400 50, 100, 200, 500 e 1000 anos 2% 45%

III 31 ≤ Q < 114 25, 50, 100, 200, 500 e 1000 anos 4% 71%

IV Q < 30 10, 25, 50, 100, 200, 500 e 1000 anos 10% 96%

Travessia sobre Corpo


50 e 100 anos 2% 45%
Hídrico

Observando os critérios da Tabela 1 a ETE Verde, que possui vazão sanitária


média estimada em 2041 de 351,0 L/s, se enquadra como estrutura tipo II, assim serão
considerados os tempos de recorrência de 50, 100, 200, 500 e 1000 anos.

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4 VAZÃO DE CHEIA

4.1 ÁREA DE DRENAGEM (A)

O rio Verde nasce na Serra da Itaiacoca, e cruza o município de Ponta Grossa


na região nordeste da área urbana, nas proximidades do bairro Alphaville e deságua no
rio Pitangui. Este corpo hídrico pertence à bacia hidrográfica do Tibagi e desenvolve-se
na direção sudeste a noroeste do estado do Paraná. A Figura 5 apresenta a bacia de
drenagem que possui área de 84,60 Km².

Figura 5: Localização da bacia de drenagem

4.2 DECLIVIDADE MÉDIA DA BACIA (S)

A declividade média é a razão entre o desnível de altitude entre a nascente e o


exutório e o comprimento do curso d’água principal, pode ser expresso pela seguinte
equação:
𝐻
𝑆=
𝐿
Onde,
S = Declividade média (m/m);
H = Desnível de altitude entre a nascente e o exutório (m);
L = Comprimento total do curso d’água principal (m).

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Para a bacia de estudo tem-se na nascente cota de 1090 m e no exutório cota


de 830 m, portanto desnível de 260 m. O comprimento do curso d’água principal é de
23,42 Km. Assim, tem-se uma declividade média de 0,0111 m/m.

4.3 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO (TC)

O tempo de concentração avalia o comportamento do escoamento na bacia no


curso d’água principal, em termos de seu talvegue e da declividade média. Diversas
fórmulas fornecem o tempo de concentração, para bacia em questão, utilizou-se a
formula de Corps Enginners, por se tratar de uma bacia rural, assim tem-se:

𝑇𝑐 = 0,191 . 𝐿0,76 . 𝑆 −0,19


Onde,
Tc = Tempo de concentração (h);
S = Declividade média (m/m);
L = Comprimento total do curso d’água principal (Km).

Para declividade média de 0,0111 m/m, comprimento do curso d’água principal


de 23,42 Km e área de 84,6 Km², tem-se um tempo de concentração de 4,94 h (296,11
min).

4.4 MÉTODO CÁLCULO DE VAZÃO DE CHEIA

A avaliação do tamanho da bacia de drenagem e da série de dados hidrológicos


disponíveis tem por objetivo a determinação da metodologia a ser empregada para
calcular a cota de inundação. É indicado pelo MPS-Sanepar-2020 para bacias com área
de drenagem inferior a 3 Km² o uso do Método Racional, para bacias com área entre 3
Km² e 100 Km² o uso do Método Hidrograma Unitário e para bacias com área superior
a 100 Km² o uso do Método Ajuste Estatístico. Como a área de drenagem do ponto de
estudo é superior a 3 Km² e inferior a 100 Km², será utilizado o Método Hidrograma
Unitário.

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4.5 HIDROGRAMA UNITÁRIO TRIANGULAR - METODO ISOZONAS

4.5.1 Hidrograma Unitário

O Método do Hidrograma Unitário (HU) calcula vazões máximas a partir de uma


chuva de projeto, aqui procedida à luz do Soil Conservation Service (SCS). A cada
Tempo de Retorno TR estima-se a chuva de TR anos que provoque a máxima vazão
provável no período, em conformidade à fisiografia da bacia.
Para simplificar ainda mais, o hidrograma unitário pode ser aproximado por um
triângulo, definido pela vazão de pico e pelo tempo de pico e pelo tempo de base. As
relações identificadas, que permitem calcular o hidrograma triangular são descritas
abaixo, de acordo com o texto de Chow et al. (1988). Na Tabela 2 são apresentados os
parâmetros do HU e na Figura 6 é apresentado o gráfico do HU.

Tabela 2: Parâmetros hidrogrma unitário trinagular


Parâmetro Fórmula Valor

Tempo de Concentração 𝑇𝑐 4,94 h

Tempo de Duração de Chuva 𝐷 0,617 h

Área de Bacia 𝐴 84,60 Km²

Tempo de Pico 𝑡𝑝 = 0,6 . 𝑇𝑐 2,96 h


𝐷
Tempo de Subida da Chuva 𝑇𝑝 = 𝑡𝑝 + 3,27 h
2

Tempo Base do Hidrograma 𝑡𝑏 = Tp + 1,67 . Tp 8,73 h

0,208 . 𝐴
Vazão de Pico do Hidrograma 𝑞𝑝 = 5,382 m³/s.mm
𝑇𝑝

Figura 6: Hidrogrma unitário trinagular

6,00 Tempo Vazão


(min) (m³/s.mm)
5,00 0,00 0,000
37,01 1,121
Vazão (m³/s.mm)

4,00 72,18 2,186


107,34 3,252
3,00
142,50 4,317
2,00 170,63 5,169
177,66 5,382
1,00 246,89 4,306
316,11 3,229
0,00
385,33 2,153
0 100 200 300 400 500 600
Tempo (min) 454,55 1,076
523,77 0,000

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Conforme MPS-Sapenar-2020 se o tempo de concentração for menor que 120 s


deve-se utilizar a equação de chuvas intensas, se tempo de concentração for maior que
120 s deve-se utilizar o Método de Isozonas. Tendo em vista que o tempo de
concentração na bacia estudada (Tc = 296,11 min) é superior a 120 minutos, será
utilizado o método de Isozonas para a determinação das alturas de chuva.

4.5.2 Eventos Pluviométricos Anuais

Em consulta ao Sistema Hidroweb da Agência Nacional de Águas (ANA), foram


localizadas as estações pluviométricas do entorno da estação de tratamento de esgoto
que poderiam ser utilizadas no estudo de cota de inundação. A Figura 7 apresenta a
localização das estações pluviométricas consultadas para o estudo.

Figura 7: Localização das estações pluviométricas

Na Tabela 3 são apresentados os dados das estações selecionadas.

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Tabela 3: Dados estações pluviométricas

Código 2550080 2550003 2550071 2549052 2450024 2450021

Nome PCH S. Ponta Catanduva


Santa Cruz Itaiacoca Bocaina
Estação Jorge Jus Grossa de Fora
Tipo
Pluviométrica Pluviométrica Pluviométrica Pluviométrica Pluviométrica Pluviométrica
Estação
Atlântico, T.
Bacia Rio Paraná Rio Paraná Rio Paraná Rio Paraná Rio Paraná
Sudeste
Ponta Ponta Ponta Ponta Ponta
Município Carambeí
Grossa Grossa Grossa Grossa Grossa

Responsável COPEL ANA SIMEPAR IAT-PR IAT-PR IAT-PR

Latitude -25,0356 -25,1333 -25,2167 -25,1333 -24,9500 -24,9831

Longitude -50,1033 -50,1500 -50,0167 -49,9000 -50,0000 -50,2667

Altitude (m) 850 790 880 - 1000 950

Área de
Drenagem - - - - - -
(Km²)

Dados - 1946 a 2019 - 1975 a 2019 1976 a 2019 1976 a 2019

Levou-se em consideração fatores que permitissem uma maior confiança nos


dados como proximidade da bacia de drenagem e quantidade de anos com dados
disponíveis e a qualidade desses dados, ou seja, a quantidade de falhas registradas.
A estação escolhida foi a Itaiacoca de código 2549052, de responsabilidade do
IAT-PR, tendo 44 anos de dados, apresentado falhas em 7 anos, estes foram excluídos
da análise, ficando 38 dados para análise. Os dados de precipitação máxima são
apresentados pela Tabela 4.

Tabela 4: Precipitação máxima estação pluviométrica


Precipitação Precipitação Precipitação
Ano Ano Ano
Máxima (mm) Máxima (mm) Máxima (mm)

2019 61,2 2004 63,2 1989 112,0


2018 96,3 2003 57,2 1988 108,4
2017 - 2002 74,7 1987 56,8
2016 - 2001 87,5 1986 69,6
2015 118,0 2000 63,5 1985 34,2
2014 80,0 1999 69,5 1984 65,4
2013 - 1998 86,2 1983 140,6
2012 95,9 1997 80,8 1982 95,6
2011 166,2 1996 60,0 1981 64,2

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Precipitação Precipitação Precipitação


Ano Ano Ano
Máxima (mm) Máxima (mm) Máxima (mm)

2010 85,4 1995 114,9 1980 98,8


2009 63,4 1994 57,9 1979 130,6
2008 93,3 1993 84,4 1978 71,6
2007 59,9 1992 82,3 1977 78,8
2006 67,8 1991 94,6 1976 -
2005 70,0 1990 103,6 1975 54,4

No Gráfico 1 pode-se observar a variabilidade das precipitações máximas


diárias ano a ano, assim como os anos acima e abaixo da média da série histórica das
máximas diárias anuais.

Gráfico 1: Curva cronológica de precipitação máxima

Como se pode verificar no gráfico acima, na maior parte dos anos, em 21 casos,
a precipitação máxima ficou abaixo da média das precipitações máximas, enquanto que
em 17 casos a precipitação máxima ficou acima da média.
Na Tabela 5 são exibidos os dados de precipitação máxima diária anual,
ordenados deforma decrescente, da maior para a menor precipitação.

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Tabela 5: Precipitação máximas em ordem decrescente


Precipitaçã Precipitaçã Precipitaçã
Ordem o Máxima Ano Ordem o Máxima Ano Ordem o Máxima Ano
(mm) (mm) (mm)
1 166,2 2011 14 87,5 2001 27 65,4 1984
2 140,6 1983 15 86,2 1998 28 64,2 1981
3 130,6 1979 16 85,4 2010 29 63,5 2000
4 118,0 2015 17 84,4 1993 30 63,4 2009
5 114,9 1995 18 82,3 1992 31 63,2 2004
6 112,0 1989 19 80,8 1997 32 61,2 2019
7 107,4 1976 20 80,0 2014 33 60,0 1996
8 103,6 1990 21 78,8 1977 34 59,9 2007
9 98,8 1980 22 74,7 2002 35 57,9 1994
10 96,3 2018 23 70,0 2005 36 57,2 2003
11 95,9 2012 24 69,6 1986 37 56,8 1987
12 94,6 1991 25 69,5 1999 38 34,2 1985
13 93,3 2008 26 67,8 2006

4.5.3 Análise Estatística

As distribuições estatísticas foram feitas utilizando o software SEAF (Sistema


Especialista para Análise Local de Frequência), desenvolvido pelo Departamento de
Engenharia Hidráulica e Recursos Hídricos (EHR) da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG). A Tabela 6 apresenta a estatística de base obtida pelo SEAF.

Tabela 6: Estatística de base (Fonte: SEAF)


ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS:

**Tamanho da amostra : 37
Máximo : 166.2000
Mínimo : 34.2000
Média : 84.9459
Desvio padrão : 26.7408
Assimetria : 0.9547

**Momentos-L:
l1 : 84.9459
l2 : 14.7140
t3 : 0.1887
t4 : 0.1461

**Logaritmos:
Máximo : 5.1132
Mínimo : 3.5322
Média : 4.3958
Desvio padrão : 0.3089
Assimetria : -0.0775

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Os testes não paramétricos para identificar o comportamento do conjunto


amostral realizado pelo o software é apresentado pela Tabela 7.

Tabela 7: Testes não paramétricos (Fonte: SEAF)


TESTES NÃO PARAMÉTRICOS:

**Teste de Kendall:
Coef. Corr. Kendall : 0.0730
Estatistica Z : 0.6129
Valor limiar de | Z | : 1.9600
Alfa : 5%
Z < | Z | => dados independentes

**Teste de Mann-Kendall:
Estatistica U : 0.3270
Valor limiar de | U | : 1.9600
Alfa : 5%
U < | U | => dados homogeneos

**Teste Grubbs & Beck:


*Limite superior :
LS : 183.9140
Max : 166.2000
Alfa : 5%
Max < LS => não ha outlier

*Limite inferior :
LI : 35.7722
Min : 34.2000
Alfa : 5%
Min < LI => há outlier

**Teste da assimetria:
*Limite superior :
não há outlier - a retirada do máximo amostral não resultou
em uma mudança significativa da assimetria.

*Limite inferior :
não há outlier - a retirada do mínimo amostral não resultou em
uma mudança significativa da assimetria.

Partindo dessa análise, o software, então, estimou os parâmetros de cada


distribuição estatística analisada, assim como executou testes de ajuste e testes de
variância, como ser verificado na Tabela 8.

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Tabela 8: Estimação dos parâmetros, testes de ajuste e testes de variância (Fonte: SAEF)
ESTIMAÇÃO DOS PARÂMETROS:

Distribuição Posição Escala Forma


Normal 84.9459 26.0798
LogNormal 4.3958 0.3077
Gumbel 72.6929 21.2278
Exponecial 55.5180 29.4279
Pearson-III 84.9459 27.1615 1.1429
LogPearson-III 4.3958 0.3081 0.2149
GEV 72.4171 20.6525 -0.0290
GPA 50.1461 47.5048 0.3651

TESTES DE AJUSTE:

**Teste de Filliben
Distribuição R(90%) R
Normal 0.9756 0.9658
LogNormal 0.9756 0.9836
Gumbel 0.9673 0.9940
Exponecial 0.9595 0.9803
Pearson-III 0.9788 0.9929
LogPearson-III 0.9826 0.9836
GEV 0.9764 0.9942
GPA 0.9840 0.9849

**Teste da Variância
Distribuição |Z|
Normal 2.5761
LogNormal 0.4782
Gumbel 0.2286
Exponecial 1.7075
Pearson-III 0.1849
LogPearson-III 0.0624
GEV 0.1692
GPA 1.3752

O software prosseguiu, então o cálculo dos quantis da precipitação para cada


tempo de retorno, assim como para cada distribuição analisada, conforme apresentado
pela Tabela 9.

Tabela 9: Estimação de quantis (Fonte: SAEF)

Teste de Teste da Tempo de Retorno


Distribuição
Filliben R Variância
2 5 10 50 100 200 1000

Normal 0,9658 2,5761 84,946 106,895 118,369 138,507 145,617 152,123 165,539

LogNormal 0,9836 0,4782 81,111 105,086 120,318 152,586 165,936 179,176 209,902

Gumbel 0,9940 0,2286 80,473 104,533 120,463 155,522 170,344 185,111 219,319

Exponecial 0,9803 1,7075 75,916 102,880 123,278 170,641 191,039 211,437 258,799

Pearson-III 0,9929 0,1849 79,884 105,044 121,365 155,640 169,518 183,055 213,534

LogPearson-III 0,9836 0,0624 80,221 104,733 121,160 158,153 174,324 190,859 231,136

GEV 0,9942 0,1692 80,027 104,077 120,441 157,732 174,042 190,623 230,341

GPA 0,9849 1,3752 79,238 107,962 124,128 149,071 156,046 161,460 169,816

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No Gráfico 2 pode-se ver a comparação das distribuições analisadas,


com os valores das precipitações em função dos tempos de retorno.

Gráfico 2: Distribuição estatística (Fonte: ALEA)

Optou-se por utilizar a distribuição estatística Person-III, na escolha da


distribuição levou-se em conta os valores do teste de Filliben (0,9929) e teste de
variância (0,1849).
No Gráfico 3 tem-se a comparação dos dados de máxima diária anual
retirados da série histórica com a distribuição de Person-III. Observa-se que apenas um
valor se encontra acima da precipitação de 100 anos de retorno, todos os demais
encontram-se abaixo da precipitação de tempo de retorno de 50 anos.

Gráfico 3: Comparação série histórica analisada com a distribuição GEV

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4.5.4 Chuva de Projeto

A partir das precipitações calculadas para cada tempo de retorno, prosseguiu-se


ao cálculo das chuvas de projeto. Conforme instruções do MPS-Sanepar-2020, para
cálculo da chuva de projeto de 24 horas os valores encontrados de precipitação devem
ser multiplicados pelo fator de 1,095. A Tabela 10 apresenta a chuva de projeto.

Tabela 10: Chuva de projeto


Tempo de Precipitação Chuva de Projeto
Recorrência Adotada (mm) 24h (mm)

50 155,640 170,426
100 169,518 185,622
200 183,055 200,445
500 194,485 212,961
1000 213,534 233,820

4.5.5 Isozonas e Fatores de Conversão

Conforme instruções do MPS-Sanepar-2020, quanto maior a bacia, menores as


chances de uma chuva simultânea em toda a sua área. Por este motivo deve-se atenuar
a intensidade de chuva dos blocos por um fator de redução.
A Figura 8 correlaciona chuvas de 6 minutos, 1 hora e 24 horas segundo o
Método Isozonas (Torrico, 1974), de onde se deduz a precipitação para tempos de
duração inferiores a 24 horas.

Figura 8: Isozonas no estado do Paraná

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A partir do mapa de isozonas, conclui-se que a região do empreendimento se


encontra na zona D, ou seja, é uma zona de transição, entre continente e marítima,
caracterizada como zona de influência do Rio Amazonas. Esse parâmetro foi então
utilizado para se obter os fatores de conversão, a partir da Tabela 11.

Tabela 11: Isozonas no estado do Paraná


Tempo de Recorrência (ano)
1h / 24h de Chuva 6 min / 24h de Chuva
Zona
10 25 50 100 200 500 1000 10000 10 - 50 100 - 1000
B 37,8 37,3 36,9 36,6 36,5 36,1 35,4 34,3 8,4 7,5
C 39,7 39,2 38,8 38,4 38,3 37,9 37,2 36,0 9,8 8,8
D 41,6 41,1 40,7 40,3 40,2 39,7 39,0 37,8 11,2 10,0
E 43,5 43,0 42,6 42,2 42,1 41,6 40,9 39,6 12,4 11,2
F 45,5 44,9 44,5 44,1 43,9 43,5 42,7 41,3 13,9 12,4

As chuvas de projeto de 1 hora e 6 minutos foram, então, calculadas a partir da


seguinte equação:
𝐹
𝐶𝑛 = .𝐶
100 24
Onde,
Cn = Chuva de projeto com o tempo desejado;
F = Fator de conversão apropriado;
C24 = Chuva de projeto de 24 horas.

Tabela 12: Chuva de projeto de 1h e de 6 min para diferentes tempos de recorrência


Precipitação Chuva de Chuva de Chuva de
Tempo de Fator 1h / Fator 6 min /
Adotada Projeto 24h Projeto 1h Projeto 6
Recorrência 24h 24 h
(mm) (mm) (mm) min (mm)

50 155,640 170,426 40,7 11,2 69,363 19,088


100 169,518 185,622 40,3 10,0 74,806 18,562
200 183,055 200,445 40,2 10,0 80,579 20,045
500 194,485 212,961 39,7 10,0 84,545 21,296
1000 213,534 233,820 39,0 10,0 91,190 23,382

4.5.6 Equações de Regressão

De posse dos resultados anteriores, é possível determinar os valores de


precipitação intermediários ao longo do tempo de duração. Para isso aplicou-se uma
regressão logarítmica, a partir da equação a seguir, válida para o tempo t entre 6 minutos
e 60 minutos:

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𝑡
𝑃𝑡 = 𝑎1 . ln ( ) + 𝑏1
60
Onde,
Pt = Precipitação de projeto no tempo t desejado (mm);
t = Período de duração, inferior a 24 horas (min).

Os coeficientes a1 e b1, foram, então, determinados da seguinte forma:

𝑃 (6 𝑚𝑖𝑛) − 𝑃 (60 min) 𝑏1 = 𝑃 (60 min)


𝑎1 =
ln(6) − ln(60)

Já para o tempo t entre 60 minutos e 1440 minutos (ou seja, entre 1h e 24h),
tem-se, de forma similar, que:

𝑡
𝑃𝑡 = 𝑎2 . ln ( ) + 𝑏2
60

𝑃 (1440 𝑚𝑖𝑛) − 𝑃 (60 min) 𝑏2 = 𝑃 (60 min)


𝑎2 =
ln(1440) − ln(60)

Onde,
P (6 min) = Chuva de projeto de 6 minutos calculada;
P (60 min) = Chuva de projeto de 1 hora calculada;
P (1440 min) = Chuva de projeto de 24 horas calculada.

Os coeficientes calculados para os diversos tempos de retorno e para ambos os


casos são expostos pela Tabela 13.

Tabela 13: Coeficientes das equações de regressão para diferentes tempos de recorrência
Chuva de Chuva de Chuva de t entre 6 e 60 min t entre 60 e 1440 min
Tempo de
Projeto Projeto 1h Projeto 6
Recorrência a1 b1 a2 b2
24h (mm) (mm) min (mm)
50 170,426 69,363 19,088 21,834 69,363 31,800 69,363

100 185,622 74,806 18,562 24,426 74,806 34,869 74,806

200 200,445 80,579 20,045 26,290 80,579 37,717 80,579

500 212,961 84,545 21,296 27,469 84,545 40,407 84,545

1000 233,820 91,190 23,382 29,449 91,190 44,880 91,190

Os resultados utilizando as equações de regressão encontram-se resumidos na


Tabela 14.

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Tabela 14: Precipitações 6 min, 1h e 24h para equações de regressão para os tempos de recorrência
analisados

Tempo de Chuva de Projeto 24h Chuva de Projeto 1h Chuva de Projeto 6


Recorrência (mm) (mm) min (mm)

50 170,426 69,363 19,088


100 185,622 74,806 18,562
200 200,445 80,579 20,045
500 212,961 84,545 21,296
1000 233,820 91,190 23,382
Tempo de Duração
1440 60 6
(min)

Comparando-se os resultados da tabela acima com os valores das chuvas de


projeto obtidas pelo método de Torrico, percebe-se que os valores são os mesmos, o
que indica que as equações de regressão estão produzindo resultados coerentes.
A partir das equações mencionadas acima foi produzido o Gráfico 4, o qual
mostra a relação entre a precipitação e o tempo de duração da chuva para cada tempo
de recorrência analisado.

Gráfico 4: Variação da precipitação pelo tempo de duração para os tempos de recorrência analisados

A partir das equações de regressão, foram, então, calculadas as precipitações


para todos os tempos de retorno analisados a partir dos tempos de duração (td)
adotados.
Na posse dos valores de precipitação, foi possível calcular a intensidade de
chuva (i) no período de duração, em mm/h, a partir da seguinte equação:

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𝑃𝑡
𝑖= . 60
𝑡𝑑
Onde,
Pt = Precipitação calculada (mm);
td = Duração da chuva (min).

Os resultados são apresentados pela Tabela 15.

Tabela 15: Precipitações calculadas


Tr
(ano)
50 100 200 500 1000
t Pt i Pt i Pt i Pt i Pt i
(min) (mm) (mm/h) (mm) (mm/h) (mm) (mm/h) (mm) (mm/h) (mm) (mm/h)
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
37,01 58,82 95,34 63,01 102,14 67,88 110,03 71,28 115,54 76,96 124,76
72,18 75,24 62,55 81,25 67,54 87,55 72,78 92,01 76,49 99,48 82,70
107,34 87,86 49,11 95,09 53,15 102,52 57,30 108,05 60,40 117,29 65,56
142,50 96,87 40,79 104,97 44,20 113,20 47,66 119,50 50,31 130,01 54,74
170,63 102,60 36,08 111,25 39,12 120,00 42,20 126,78 44,58 138,10 48,56
177,66 103,88 35,08 112,66 38,05 121,52 41,04 128,41 43,37 139,91 47,25
246,89 114,35 27,79 124,13 30,17 133,93 32,55 141,70 34,44 154,68 37,59
316,11 122,21 23,20 132,75 25,20 143,25 27,19 151,69 28,79 165,77 31,46
385,33 128,50 20,01 139,65 21,75 150,72 23,47 159,69 24,87 174,65 27,20
454,55 133,76 17,66 145,41 19,19 156,95 20,72 166,37 21,96 182,07 24,03
523,77 138,27 15,84 150,36 17,22 162,30 18,59 172,10 19,71 188,43 21,59

Gráfico 5: Variação da precipitação e da intensidade pluviométrica

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4.5.7 Coeficiente de Deflúvio

Para se quantificar o coeficiente CN de escoamento é habitual recorrer-se grupo


dos solos por permeabilidade. A variável CN foi obtida a partir da tabela do método Soil
Conservation Service - SCS, tabela onde são apresentadas as classificações
hidrológicas dos solos.
Segundo dados da Embrapa na região da bacia de drenagem do rio Verde o solo
é LVd (Latossolos Vermelhos Distroficos) e CHd (Cambissolos Humicos Distroficos),
conforme apresentado na Figura 9. Para estes tipos de solo, conforme instruções do
MPS-Sanepar-2020, tem-se classificação no grupo B e C respectivamente.

Figura 9: Grupo de solo para área de estudo

Quanto a composição da bacia tem-se em sua ocupação áreas urbanizadas e


áreas de várzea e campos, conforme apresentado pela Figura 10.

Figura 10: Composição para área de estudo

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Portanto, para o grupo de solo B e C tem-se valores de CN para os diferentes


usos do solo, a Tabela 16 apresenta o CN por uso conforme MPS-Sanepar-2020. A
partir da proporção da área de cada uso tem-se um CN proporcional da bacia.

Tabela 16: Coeficiente CN para área de estudo


Área Área CN
Uso do Solo Tipo Solo CN
(Km²) (%) Proporcional

Vegetação de várzea B 2,5 3,0% 75 2,2

Pastagens e campos B 4,0 4,7% 67 3,2

Área urbanizada e construída B 28,3 33,5% 92 30,8

Vegetação de várzea C 2,4 2,9% 86 2,5

Pastagens e campos C 46,0 54,4% 81 44,1

Área urbanizada e construída C 1,3 1,6% 94 1,5

Total 84,6 100% - 84,2

Desta forma tem-se todos os dados necessários para o cálculo das chuvas de
projeto em função para os tempos de retorno a serem investigados.

4.5.8 Chuva de Projeto e Precipitação Efetiva

Nos itens anteriores foram calculadas as intensidades de chuva a partir do


método das Isozonas. Estes valores de intensidade serão utilizados nos itens
posteriores.
Dependendo do tamanho da área da bacia, as chances de uma chuva
simultânea em toda a sua área são menores. Por este motivo deve-se atenuar a
intensidade de chuva dos blocos por um fator de redução areal, conforme a equação
apresentada a seguir:
√𝐴
𝐹𝑅𝐴 = 1 − ( )
27,3 . 𝑡 0,215

Onde,
FRA = Fator de redução areal;
A = Área da bacia (Km²);
t = Duração da chuva (min).

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Para a obtenção da precipitação (P) em função do tempo de duração da chuva


(d), multiplica-se a intensidade da chuva corrigida (i) em mm/h pelo valor da duração da
chuva (d) em horas. Com este cálculo obtém-se a precipitação para cada um dos
tempos do hidrograma.
Para o cálculo da precipitação efetiva foi utilizado o método SCS, a utilização
desse método é determinada pelo MPS-Sanepar-2020. Sendo que a precipitação
efetiva é expressão pela seguinte equação:

2
5080
(𝑃 − 𝐶𝑁 + 50,8)
𝑃𝑒 =
20320
(𝑃 + 𝐶𝑁 − 203,2)

Onde,
Pe = Excesso de chuva (mm);
P = Precipitação (mm);
CN = Coeficiente de deflúvio.

Com a determinação da precipitação efetiva e as alturas de chuva, pode-se


determinar o hidrograma de projeto, através da convolução dos valores de precipitação
e de vazões do hidrograma unitário da bacia. A seguir são apresentados os dados para
os tempos de retorno do projeto.

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Tabela 17: Dados do hidrograma para Tr = 50 anos


TR (anos) 50

ΔPe
t t i i . Fra P Pe ΔPe
Fra Reajuste
(h) (min) (mm/h) (mm/h) (mm) (mm) (mm)
(mm)

0,62 37,01 95,34 0,85 80,56 49,70 18,35 18,35 6,86


1,20 72,18 62,55 0,87 54,15 65,14 29,92 11,57 8,91
1,79 107,34 49,11 0,88 43,06 77,03 39,54 9,62 11,57
2,38 142,50 40,79 0,88 36,06 85,63 46,77 7,23 18,35
2,84 170,63 36,08 0,89 32,05 91,15 51,50 4,73 9,62
2,96 177,66 35,08 0,89 31,20 92,39 52,57 1,07 7,23
4,11 246,89 27,79 0,90 24,93 102,56 61,48 8,91 4,73
5,27 316,11 23,20 0,90 20,93 110,26 68,35 6,86 1,07

Tabela 18: Convolução para Tr = 50 anos

Tempo Vazão ΣQ
6,86 8,91 11,57 18,35 9,62 7,23 4,73 1,07
(min) (m³/s.mm) (m³/s)

0,00 0,000 0,00 0,00

37,01 1,121 7,69 0,00 7,69

72,18 2,186 15,00 9,99 0,00 24,99

107,34 3,252 22,31 19,48 12,97 0,00 54,76

142,50 4,317 29,62 28,97 25,29 20,58 0,00 104,46

170,63 5,169 35,47 38,46 37,61 40,13 10,78 0,00 162,45

177,66 5,382 36,93 46,06 49,93 59,68 21,03 8,11 0,00 221,73

246,89 4,306 29,55 47,95 59,79 79,23 31,27 15,81 5,31 0,00 268,90

316,11 3,229 22,16 38,36 62,25 94,87 41,51 23,52 10,35 1,20 294,22

385,33 2,153 14,77 28,77 49,80 98,78 49,71 31,22 15,39 2,35 290,79

454,55 1,076 7,39 19,18 37,35 79,02 51,76 37,38 20,43 3,49 256,00

523,77 0,000 0,00 9,59 24,90 59,27 41,41 38,93 24,46 4,64 203,19

0,00 12,45 39,51 31,05 31,14 25,47 5,55 145,18

0,00 19,76 20,70 23,36 20,38 5,78 89,97

0,00 10,35 15,57 15,28 4,62 45,83

0,00 7,79 10,19 3,47 21,44

0,00 5,09 2,31 7,41

0,00 1,16 1,16

0,00 0,00

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Tabela 19: Dados do hidrograma para Tr = 100 anos


TR (anos) 100

ΔPe
t t i i . Fra P Pe ΔPe
Fra Reajuste
(h) (min) (mm/h) (mm/h) (mm) (mm) (mm)
(mm)

0,62 37,01 102,14 0,85 86,30 53,24 20,89 20,89 7,62


1,20 72,18 67,54 0,87 58,47 70,34 34,07 13,17 9,92
1,79 107,34 53,15 0,88 46,60 83,36 44,84 10,78 13,17
2,38 142,50 44,20 0,88 39,07 92,79 52,92 8,08 20,89
2,84 170,63 39,12 0,89 34,75 98,84 58,20 5,28 10,78
2,96 177,66 38,05 0,89 33,84 100,20 59,39 1,20 8,08
4,11 246,89 30,17 0,90 27,06 111,34 69,31 9,92 5,28
5,27 316,11 25,20 0,90 22,73 119,77 76,93 7,62 1,20

Tabela 20: Convolução para Tr = 100 anos

Tempo Vazão ΣQ
7,62 9,92 13,17 20,89 10,78 8,08 5,28 1,20
(min) (m³/s.mm) (m³/s)

0,00 0,000 0,00 0,00

37,01 1,121 8,55 0,00 8,55

72,18 2,186 16,67 11,12 0,00 27,79

107,34 3,252 24,79 21,68 14,77 0,00 61,25

142,50 4,317 32,91 32,24 28,81 23,42 0,00 117,39

170,63 5,169 39,41 42,81 42,84 45,68 12,08 0,00 182,82

177,66 5,382 41,04 51,26 56,87 67,93 23,56 9,06 0,00 249,72

246,89 4,306 32,83 53,37 68,10 90,18 35,04 17,66 5,92 0,00 303,10

316,11 3,229 24,62 42,69 70,91 107,98 46,52 26,27 11,54 1,34 331,88

385,33 2,153 16,41 32,02 56,73 112,43 55,71 34,88 17,16 2,62 327,95

454,55 1,076 8,21 21,35 42,54 89,95 58,00 41,76 22,78 3,89 288,48

523,77 0,000 0,00 10,67 28,36 67,46 46,40 43,48 27,28 5,17 228,82

0,00 14,18 44,97 34,80 34,79 28,40 6,19 163,33

0,00 22,49 23,20 26,09 22,72 6,44 100,94

0,00 11,60 17,39 17,04 5,15 51,19

0,00 8,70 11,36 3,86 23,92

0,00 5,68 2,58 8,26

0,00 1,29 1,29

0,00 0,00

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Tabela 21: Dados do hidrograma para Tr = 200 anos


TR (anos) 200

ΔPe
t t i i . Fra P Pe ΔPe
Fra Reajuste
(h) (min) (mm/h) (mm/h) (mm) (mm) (mm)
(mm)

0,62 37,01 110,03 0,85 92,98 57,36 23,93 23,93 8,34


1,20 72,18 72,78 0,87 63,01 75,79 38,51 14,58 10,86
1,79 107,34 57,30 0,88 50,24 89,88 50,40 11,89 14,58
2,38 142,50 47,66 0,88 42,14 100,07 59,29 8,88 23,93
2,84 170,63 42,20 0,89 37,49 106,61 65,08 5,79 11,89
2,96 177,66 41,04 0,89 36,50 108,08 66,39 1,31 8,88
4,11 246,89 32,55 0,90 29,19 120,13 77,26 10,86 5,79
5,27 316,11 27,19 0,90 24,53 129,25 85,60 8,34 1,31

Tabela 22: Convolução para Tr = 200 anos

Tempo Vazão ΣQ
8,34 10,86 14,58 23,93 11,89 8,88 5,79 1,31
(min) (m³/s.mm) (m³/s)

0,00 0,000 0,00 0,00

37,01 1,121 9,35 0,00 9,35

72,18 2,186 18,24 12,18 0,00 30,42

107,34 3,252 27,12 23,75 16,35 0,00 67,23

142,50 4,317 36,01 35,33 31,88 26,84 0,00 130,05

170,63 5,169 43,12 46,90 47,41 52,33 13,33 0,00 203,09

177,66 5,382 44,90 56,16 62,94 77,83 25,99 9,96 0,00 277,78

246,89 4,306 35,92 58,47 75,37 103,32 38,66 19,42 6,49 0,00 337,65

316,11 3,229 26,94 46,78 78,47 123,72 51,32 28,89 12,66 1,47 370,25

385,33 2,153 17,96 35,08 62,78 128,82 61,45 38,35 18,83 2,87 366,14

454,55 1,076 8,98 23,39 47,08 103,06 63,98 45,92 25,00 4,27 321,68

523,77 0,000 0,00 11,69 31,39 77,29 51,19 47,81 29,94 5,67 254,98

0,00 15,69 51,53 38,39 38,25 31,17 6,78 181,82

0,00 25,76 25,59 28,69 24,94 7,06 112,05

0,00 12,80 19,13 18,70 5,65 56,28

0,00 9,56 12,47 4,24 26,27

0,00 6,23 2,83 9,06

0,00 1,41 1,41

0,00 0,00

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Tabela 23: Dados do hidrograma para Tr = 500 anos


TR (anos) 500

ΔPe
t t i i . Fra P Pe ΔPe
Fra Reajuste
(h) (min) (mm/h) (mm/h) (mm) (mm) (mm)
(mm)

0,62 37,01 115,54 0,85 97,63 60,23 26,11 26,11 9,00


1,20 72,18 76,49 0,87 66,22 79,66 41,72 15,61 11,73
1,79 107,34 60,40 0,88 52,95 94,73 54,60 12,88 15,61
2,38 142,50 50,31 0,88 44,48 105,64 64,21 9,61 26,11
2,84 170,63 44,58 0,89 39,60 112,63 70,47 6,26 12,88
2,96 177,66 43,37 0,89 38,57 114,20 71,89 1,42 9,61
4,11 246,89 34,44 0,90 30,89 127,10 83,62 11,73 6,26
5,27 316,11 28,79 0,90 25,98 136,87 92,62 9,00 1,42

Tabela 24: Convolução para Tr = 500 anos

Tempo Vazão ΣQ
9,00 11,73 15,61 26,11 12,88 9,61 6,26 1,42
(min) (m³/s.mm) (m³/s)

0,00 0,000 0,00 0,00

37,01 1,121 10,09 0,00 10,09

72,18 2,186 19,67 13,15 0,00 32,83

107,34 3,252 29,26 25,65 17,51 0,00 72,41

142,50 4,317 38,84 38,14 34,14 29,28 0,00 140,40

170,63 5,169 46,51 50,63 50,77 57,09 14,44 0,00 219,45

177,66 5,382 48,43 60,63 67,40 84,90 28,16 10,77 0,00 300,30

246,89 4,306 38,74 63,13 80,71 112,71 41,88 21,01 7,02 0,00 365,21

316,11 3,229 29,06 50,50 84,04 134,96 55,60 31,25 13,69 1,59 400,68

385,33 2,153 19,37 37,88 67,23 140,53 66,57 41,48 20,35 3,10 396,52

454,55 1,076 9,69 25,25 50,42 112,42 69,32 49,67 27,02 4,61 348,40

523,77 0,000 0,00 12,63 33,61 84,32 55,45 51,72 32,36 6,12 276,21

0,00 16,81 56,21 41,59 41,38 33,69 7,33 197,00

0,00 28,11 27,73 31,03 26,95 7,63 121,45

0,00 13,86 20,69 20,21 6,10 60,87

0,00 10,34 13,48 4,58 28,40

0,00 6,74 3,05 9,79

0,00 1,53 1,53

0,00 0,00

Projeto Básico Hidráulico com Complementares Básicos, para Ampliação da Estação de


Tratamento de Esgoto Verde e Ampliação do Sistema de Coleta de Esgoto do Município de
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SES PONTA GROSSA - ESTUDO COTA DE INUNDAÇÃO ETE VERDE

Tabela 25: Dados do hidrograma para Tr = 1000 anos


TR (anos) 1000

ΔPe
t t i i . Fra P Pe ΔPe
Fra Reajuste
(h) (min) (mm/h) (mm/h) (mm) (mm) (mm)
(mm)

0,62 37,01 124,76 0,85 105,42 65,03 29,84 29,84 10,09


1,20 72,18 82,70 0,87 71,60 86,12 47,19 17,35 13,17
1,79 107,34 65,56 0,88 57,48 102,83 61,72 14,54 17,35
2,38 142,50 54,74 0,88 48,39 114,93 72,55 10,82 29,84
2,84 170,63 48,56 0,89 43,14 122,69 79,58 7,04 14,54
2,96 177,66 47,25 0,89 42,02 124,43 81,18 1,59 10,82
4,11 246,89 37,59 0,90 33,72 138,73 94,35 13,17 7,04
5,27 316,11 31,46 0,90 28,39 149,57 104,44 10,09 1,59

Tabela 26: Convolução para Tr = 1000 anos

Tempo Vazão ΣQ
10,09 13,17 17,35 29,84 14,54 10,82 7,04 1,59
(min) (m³/s.mm) (m³/s)

0,00 0,000 0,00 0,00

37,01 1,121 11,31 0,00 11,31

72,18 2,186 22,06 14,77 0,00 36,83

107,34 3,252 32,81 28,80 19,45 0,00 81,06

142,50 4,317 43,56 42,83 37,93 33,46 0,00 157,77

170,63 5,169 52,16 56,85 56,41 65,24 16,30 0,00 246,97

177,66 5,382 54,31 68,08 74,89 97,03 31,79 12,13 0,00 338,22

246,89 4,306 43,45 70,88 89,67 128,81 47,27 23,66 7,89 0,00 411,64

316,11 3,229 32,59 56,71 93,37 154,24 62,76 35,19 15,39 1,79 452,02

385,33 2,153 21,72 42,53 74,69 160,60 75,15 46,71 22,89 3,48 447,78

454,55 1,076 10,86 28,35 56,02 128,48 78,25 55,94 30,39 5,18 393,46

523,77 0,000 0,00 14,18 37,35 96,36 62,60 58,24 36,39 6,88 311,98

0,00 18,67 64,24 46,95 46,59 37,89 8,24 222,57

0,00 32,12 31,30 34,94 30,31 8,58 137,25

0,00 15,65 23,30 22,73 6,86 68,54

0,00 11,65 15,15 5,15 31,95

0,00 7,58 3,43 11,01

0,00 1,72 1,72

0,00 0,00

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4.5.9 Vazões de Projeto

A Tabela 27 apresenta as vazões máximas calculadas para os tempos de retorno


em análise.
Tabela 27: Vazões de projeto
TR Vazão
(ano) (m³/s)
50 294,22
100 331,88
200 370,25
500 400,68
1000 452,02

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5 COTA DE INUNDAÇÃO

Cheias no leito maior devem ser conduzidas por seção transversal composta,
como ocorre naturalmente nos cursos d’água. As seções transversais compostas devem
ser divididas em subcondutos (np, nc, np’) para o dimensionamento, visto que podem
possuir resistências ao escoamento diferentes o que resulta em escoamentos distintos.
A Figura 11 exibe três subcondutos divididos em subseções, que produzem as vazões:
Q1, Q2, Q3, ou seja a capacidade de vazão da seção é: Q = Q1 + Q2 + Q3.

Figura 11: Subseções das batimetrias

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5.1 DECLIVIDADE DO TALVEGUE (S)

A declividade da linha d’água se baseou no desnível da água obtido das seções


transversais levantadas para o rio Verde. A declividade é apresentado pela Tabela 28 e
a na Figura 12 são apresentadas a localização das seções.

Tabela 28: Declividade do talvegue


N.A Distância entre Declividade
Batimetria
(m) Batimetrias (m) (m/m)

SB - 01 833,453
65 0,00271
SB - 02 833,277

SB - 03 833,078
110 0,00029
SB - 04 833,046

Declividade Adotada (m/m) 0,00271

Figura 12: Localização das seções batimétricas

Como se pode observar a declividade entre as seções de estudo SB-03 e SB-04


é muito baixa, o que provavelmente reflete algum controle hidráulico que ocorre em
períodos de baixa vazão. Assim para o presente estudo optou-se por utilizar a
declividade entrada entre a SB-01 e SB-02 que estão a montante das seções de estudo.

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5.2 RAIO HIDRÁULICO (RH)

O raio hidráulico é a relação entre a área de escoamento e o perímetro molhado,


é expresso pela seguinte fórmula:
𝐴 (𝑦)
𝑅ℎ (𝑦) =
𝑃 (𝑦)
Onde,
Rh (y) = Raio hidráulico da seção (em função de y) (m);
A (y) = Área da seção (em função de y) (m²);
P (y) = Perímetro molhado (em função de y) (m).

5.3 COEFICIENTE DE MANNING (N)

O coeficiente de rugosidade de Manning traduz a resistência ao escoamento,


associada à parede do conduto. A adoção de um coeficiente adequado deve refletir essa
maior facilidade ou dificuldade da água escoar na calha fluvial.
Na seção transversal composta, deve-se calcular o Manning do canal principal
(nc) e das planícies à esquerda (np) e à direita (np’), de modo que a vazão de cada
subseção seja calculada com seu respectivo coeficiente de Manning.
Na calha do rio (parâmetro nc) os principais fatores de obstrução são depósitos
aluviais e rochas, bem como a própria sinuosidade do leito fluvial. Na planície
direita/esquerda (parâmetros np e np’) ao contrário do canal, as presenças de árvores
podem ser o principal elemento a oferecer resistência ao escoamento nas cheias,
quando as águas que extravasam o “leito menor” e passam a ocupar o “leito maior”.
Obrigatoriamente o coeficiente de Manning das planícies deverá sempre ser superior ao
coeficiente do canal.
A Tabela 29 apresenta os coeficientes de Manning adotadas por subcondutos
conforme dados do MPS-Sanepar-2020.

Tabela 29: Coeficientes de Manning para os subcondutos


Seção Subconduto Coeficiente de Manning

np 0,070

SB - 03 nc 0,030

np’ 0,070

np 0,070

SB - 04 nc 0,030

np’ 0,070

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5.4 VAZÃO MÉDIA (Q)

A cota de inundação é definida ao se relacionar a vazão obtida para níveis de


água (y) referenciados a um marco conhecido para a obtenção da cota absoluta. A
vazão média pode ser expressa pela seguinte fórmula:

1 𝐴 (𝑦)5/3 1/2
𝑄 (𝑦) = . .𝑆
𝑛 𝑃 (𝑦)2/3
Onde,
Q (y) = Vazão média de água (em função de y) (m³/s);
A (y) = Área da seção (em função de y) (m²);
P (y) = Perímetro molhado (em função de y) (m);
S = Declividade do talvegue (m/m);
n = Coeficiente de Manning.

A vazão média foi calculada por subcontudo e por subseção. A Tabela 30


apresenta a vazão média para a seção batimetria 03 e a Tabela 31 apresenta a vazão
média para a seção batimétrica 04.

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Tabela 30: Vazão média por subconduto e subseção SB-03


Coeficiente Área Perímetro Raio Velocidade Número Vazão
Profundidade Área
Seção Subconduto de Subseção Cota (m) Acumulada Molhado Hidráulico Média de Escoamento Média
(m) (m²)
Manning (m²) (m) (m) (m/s) Froude (m³/s)
4 835,535 1,0 5,040 5,040 10,130 0,498 0,467 0,149 Subcrítico 2,353
5 836,535 2,0 15,121 20,161 20,260 0,995 0,741 0,167 Subcrítico 14,938
6 837,535 3,0 25,203 45,364 30,415 1,491 0,970 0,179 Subcrítico 44,021
7 838,535 4,0 35,307 80,671 40,553 1,989 1,176 0,188 Subcrítico 94,854
np 0,070
8 839,535 5,0 45,429 90,793 50,720 1,790 1,096 0,156 Subcrítico 99,502
9 840,535 6,0 55,550 136,222 60,891 2,237 1,272 0,166 Subcrítico 173,211
10 841,535 7,0 65,672 156,465 71,062 2,202 1,258 0,152 Subcrítico 196,850
11 842,535 8,0 75,794 212,016 81,233 2,610 1,409 0,159 Subcrítico 298,762
1 832,535 1,0 8,125 8,125 11,821 0,687 1,351 0,431 Subcrítico 10,976
2 833,535 2,0 12,738 20,862 15,777 1,322 2,090 0,472 Subcrítico 43,594
3 834,535 3,0 17,927 38,789 24,410 1,589 2,362 0,435 Subcrítico 91,620
4 835,535 4,0 22,973 61,762 24,410 2,530 3,221 0,514 Subcrítico 198,917
5 836,535 5,0 22,973 84,735 24,410 3,471 3,977 0,568 Subcrítico 336,955
SB - 03 nc 0,030 6 837,535 6,0 22,973 107,707 24,410 4,412 4,666 0,608 Subcrítico 502,588
7 838,535 7,0 22,973 130,680 24,410 5,354 5,308 0,641 Subcrítico 693,668
8 839,535 8,0 22,973 153,652 24,410 6,295 5,913 0,667 Subcrítico 908,594
9 840,535 9,0 22,973 176,625 24,410 7,236 6,489 0,691 Subcrítico 1146,105
10 841,535 10,0 22,973 199,598 24,410 8,177 7,040 0,711 Subcrítico 1405,173
11 842,535 11,0 22,973 222,570 24,410 9,118 7,570 0,729 Subcrítico 1684,933
4 835,535 1,0 2,106 2,106 10,130 0,208 0,261 0,083 Subcrítico 0,549
5 836,535 2,0 10,543 12,649 20,285 0,624 0,543 0,122 Subcrítico 6,863
6 837,535 3,0 20,540 33,188 30,422 1,091 0,788 0,145 Subcrítico 26,144
7 838,535 4,0 29,908 63,096 40,590 1,554 0,998 0,159 Subcrítico 62,940
np’ 0,070
8 839,535 5,0 37,889 100,985 50,761 1,989 1,176 0,168 Subcrítico 118,743
9 840,535 6,0 44,197 145,182 60,932 2,383 1,326 0,173 Subcrítico 192,527
10 841,535 7,0 48,708 193,890 71,103 2,727 1,451 0,175 Subcrítico 281,321
11 842,535 8,0 57,005 250,895 81,274 3,087 1,576 0,178 Subcrítico 395,414

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Tabela 31: Vazão média por subconduto e subseção SB-04


Coeficiente Área Perímetro Raio Velocidade Número Vazão
Profundidade Área
Seção Subconduto de Subseção Cota (m) Acumulada Molhado Hidráulico Média de Escoamento Média
(m) (m²)
Manning (m²) (m) (m) (m/s) Froude (m³/s)
3 834,491 1,0 0,446 0,446 1,339 0,333 0,357 0,114 Subcrítico 0,159
4 835,491 2,0 1,336 1,782 2,679 0,665 0,566 0,128 Subcrítico 1,009
np 0,070 5 836,491 3,0 40,110 41,892 47,920 0,874 0,680 0,125 Subcrítico 28,472
6 837,491 4,0 49,944 91,836 52,174 1,760 1,084 0,173 Subcrítico 99,522
7 838,491 5,0 55,325 147,161 57,540 2,558 1,390 0,199 Subcrítico 204,586
1 832,491 1,0 8,013 8,013 11,884 0,674 1,334 0,426 Subcrítico 10,686
2 833,491 2,0 12,903 20,916 15,433 1,355 2,124 0,480 Subcrítico 44,429
3 834,491 3,0 14,334 35,250 15,433 2,284 3,008 0,555 Subcrítico 106,041
SB - 04 nc 0,030 4 835,491 4,0 14,334 49,584 15,433 3,213 3,777 0,603 Subcrítico 187,260
5 836,491 5,0 14,334 63,917 15,433 4,142 4,473 0,639 Subcrítico 285,922
6 837,491 6,0 14,334 78,251 15,433 5,070 5,119 0,667 Subcrítico 400,591
7 838,491 7,0 14,334 92,585 15,433 5,999 5,727 0,691 Subcrítico 530,214
3 834,491 1,0 0,985 0,985 2,210 0,446 0,434 0,139 Subcrítico 0,427
4 835,491 2,0 3,102 4,087 4,725 0,865 0,675 0,152 Subcrítico 2,758
np’ 0,070 5 836,491 3,0 14,843 18,930 25,867 0,732 0,604 0,111 Subcrítico 11,427
6 837,491 4,0 30,654 49,583 36,793 1,348 0,907 0,145 Subcrítico 44,970
7 838,491 5,0 36,120 85,703 10,768 7,959 2,963 0,423 Subcrítico 253,958

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Com os resultados de vazão e altura acumulada calculadas em função da seção


batimétrica utilizada foi possível gerar a curva chave cota / vazão da seção de estudo.
Então, por meio da observação dos gráficos, considerando as vazões máximas
calculadas, foi possível determinar a cota máxima de água em decorrência de uma
possível enchente.
O Gráfico 6 e a Tabela 32 apresentam a curva chave e as alturas de enchente
para a SB-03. O Gráfico 7 e a Tabela 33 apresentam a curva chave e as alturas de
enchente para a SB-04.

Gráfico 6: Curva chave para SB-03

Tabela 32: Alturas de enchente para SB-03


Altura em
TR Vazão Cota de Cheia
Relação ao
(ano) (m³/s) (m)
Fundo (m)

50 294,22 837,20 4,67


100 331,88 837,40 4,87
200 370,25 837,60 5,07
500 400,68 837,80 5,27
1000 452,02 838,00 5,47

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Gráfico 7: Curva chave para SB-04

Tabela 33: Alturas de enchente para SB-04


Altura em
TR Vazão Cota de Cheia
Relação ao
(ano) (m³/s) (m)
Fundo (m)

50 294,22 837,30 4,81


100 331,88 837,50 5,01
200 370,25 837,80 5,31
500 400,68 837,90 5,41
1000 452,02 838,20 5,71

5.5 CONCLUSÃO

Para o tempo de recorrência de 1000 anos temos as seguintes cotas de cheias


nas seções batimétricas:
 SB-03: 838,00 m;
 SB-04: 838,20 m.
A existência da borda livre é para minimizar desvios entre projeto e construção,
evitar irregularidades do talude, acomodar variações de vazão, minimizar riscos com
ondas, reduzir riscos de extravasamento que tem, em geral, grande poder erosivo. De
acordo com o MPS-Sanepar-2020 a recomendação é de que haja uma borda livre de
10% da altura da lâmina d’água, não inferior a 30 cm, assim, tem-se:
 SB-03: 838,547 m;
 SB-04: 838,771 m.

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Sendo assim, em função dos resultados apresentados por este estudo,


recomenda-se que os equipamentos sejam assentados acima da 838,771 m.
Para ampliação da ETE Verde foi realizado estudo econômico de alternativas.
Em umas das alternativas estudou-se a utilização de um novo terreno para ampliação,
este com cota de 860,000 m, o que ficaria acima da cota de cheia para o tempo de
recorrência de 1000 anos. A outra alternativa estudada tem-se a utilização da área da
lagoa existente, a lagoa possui cota 839,700 m, o que ficaria acima da cota de cheia
para o tempo de recorrência de 1000 anos.
Entretanto, para a alternativa de utilização da lagoa deve-se considerar também
a cota de cheia das seções batimétricas SB-01 e SB-02 (que têm seu estudo
apresentado no ECI EEE-01 Jardim Ipiranga: 001-SES-0207-8448-PBHI-MD-
0104EEE01COTAINUND-R0). As seções SB-01 e SB-02 apresentam as seguintes cota
de cheia:
 SB-01: 839,634 m.
 SB-02: 840,713 m.
Portanto, a cota de cheia neste caso é de 840,713 m.

6 CONCLUSÃO APÓS ESTUDO ECONÔMICO

No estudo econômico a princípio foi previsto o aterro da lagoa da ETE para então
implantação das novas unidades, após reunião junto a contratada foi solicitado também
o estudo da implantação das novas unidades diretamente sobre o fundo da lagoa, sem
aterro da área (ATA-GPES-316-2021 de 27/08/2021).
Após revisão e apresentação do estudo foi eleita a alternativa ótima, de
implantação das novas unidades no fundo da lagoa, conforme definido em reunião junto
a contratante, em 12/11/2021 em ATA-GPES-399-2021. Vale ressaltar que na reunião
citada a CISM alertou para lagoa está locada dentro de área de preservação
permanente do rio Verde e também que a cota de implantação das unidades estaria
abaixo da cota de inundação, sendo solicitado então pela Sanepar que os quadros
elétricos deveriam ficar acima da cota de inundação.
Em reunião realizada em 28/01/2022 (ATA-GPES-22-2022) foi apresentado a
layout para ampliação da ETE Verde, além da implantação de novas unidades na área
da lagoa foi previsto também a nova ETL sobre a área do Pátio de Cura e os Leitos de
Secagem existentes e a CISM alertou que ainda iria faltar área para o barracão de lodo.
Após ampla discussão a melhor alternativa encontrada e escolhida por todos
participantes da reunião foi fazer toda a ETL em um novo terreno ao lado da ETE.

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Tendo em vista a utilização de em um novo terreno para ampliação de parte da


ETE, a contratada, em maio de 2022 via e-mails, propôs o aterro da lagoa com o volume
de empréstimo do terreno vizinho onde seria implantada a nova ETL e UGL. A
contratada concordou em adotar cota de aterro de 838,50 m.
Após decisões gerenciais da Sanepar, ficou definido a não utilização do terreno
vizinho para implantação da UGL e implantação apenas da ETL no local dos Leitos de
Secagem existentes. Porém, manteve-se a cota de 838,50 m para aterro da lagoa.
Por fim, foi acordado junto a contratante, via e-mails em junho 2022, para adoção
da cota de inundação do tempo de recorrência de 100 anos da SB-02 de 839,613 m
para o projeto de estrutura/geotécnico e para locação da subestação.

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