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PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Complexo Fotovoltaico Lagoa


São José da Lagoa Tapada - PB

ELABORADO PARA:

NATAL/RN

OUTUBRO/2021
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 2
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Complexo Fotovoltaico Lagoa


São José da Lagoa Tapada - PB

NATAL/RN
OUTUBRO/2021
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 3
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

APRESENTAÇÃO

O Plano Básico Ambiental do Complexo Fotovoltaico Lagoa apresenta os


programas ambientais a serem implementados durante a fase de construção e início
de operação do empreendimento.

O presente documento tem por objetivo atender ao Check-List de documentos


exigidos para a solicitação de Licença de Instalação emitida pela Superintendência
de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA), bem como apresentar os Planos e
Programas Ambientais elencados no EIA, e considerar as Diretrizes para Prevenção
e Controle Ambiental adotadas pelo COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA.

O Complexo Fotovoltaico Lagoa, a ser implantado no município de São José da


Lagoa Tapada, estado da Paraíba, subdivide-se em 03 Usinas de Energia Solar,
denominadas: Usina Solar Lagoa 1, Usina Solar Lagoa 2 e Usina Solar Lagoa 3.
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SUMÁRIO
SUMÁRIO .......................................................................................................................... 4
1. IDENTIFICAÇÃO...................................................................................................... 12
2. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 16
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ....................................................... 17
4. ESTRUTURA DOS PROGRAMAS AMBIENTAIS .................................................... 20
PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL ................................................................................ 23
PROGRAMA DE CONTROLE AMBIENTAL ................................................................... 36
SUBPROGRAMA DE CONTROLE DE PROCESSO EROSIVOS ................................... 69
SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO DE RUÍDOS ................................................. 89
SUPROGRAMA DE MONITORAMENTO E CONTROLE DE EMISSÕES
ATMOSFÉRICAS .......................................................................................................... 102
SUBPROGRAMA DE SINALIZAÇÃO DAS OBRAS ..................................................... 121
SUBPROGRAMA DE ATENDIMENTO À EMERGÊNCIAS .......................................... 140
SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA ...................... 164
SUBPROGRAMA DE MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DO CANTEIRO OBRAS
...................................................................................................................................... 181
PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E EFLUENTES
LÍQUIDOS ..................................................................................................................... 192
PROGRAMA DE DESMATAMENTO RACIONAL ......................................................... 224
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................................ 251
PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ................................................................. 266
PROGRAMA DE CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA LOCAL ................................. 280
PROGRAMA DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA DO TRABALHADOR ......................... 290
PROGRAMA DE RESGATE, MANEJO E MONITORAMENTO DA FAUNA ................. 318
SUBPROGRAMA DE RESGATE E MANEJO DA FAUNA ........................................... 318
SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA ............................................... 342
PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS .......................................... 362
PLANO DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO ................................................................. 389
ANEXOS ....................................................................................................................... 390
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ÍNDICE DE MAPAS

Mapa 3.1: Localização da UFV Caldeirão Grande I. ............................................. 19


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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 4.1: Estrutura organizacional................................................................................ 27


Figura 4.2: Exemplo de pista de abastecimento com tanque de combustível aéreo. ....... 57
Figura 4.3: Embalagem para substâncias perigosas e pallet/bacia de contenção. .......... 58
Figura 4.4: Esquema de construção de um sistema de esgotamento estático. ............... 60
Figura 4.5: Exemplo de um Sistema Separador de Água e Óleo (SAO) .......................... 61
Figura 4.6: Exemplo de Dique de Lavagem de Betoneiras .............................................. 62
Figura 4.7: Componentes integrativos do rol dos elementos funcionais que colaboram com
o surgimento/acentuação de processos erosivos. ............................................................ 71
Figura 4.8: Exemplo de umidificação de vias de acesso recomendado ao Subprograma ora
apresentado. .................................................................................................................. 109
Figura 4.9: Exemplo de EPI’s utilizados em obras, sendo o nº 1, 2, 3 e 4 necessários ao
atendimento do Subprograma de controle e monitoramento de emissões atmosféricas. 111
Figura 4.10: Exemplo de placa de aviso sugerida para implantação nas principais vias de
acesso. .......................................................................................................................... 112
Figura 4.11: Modelo da Escala de Ringelmann, conforme determinação de uso do
CONTRAN. .................................................................................................................... 114
Figura 4.12: Modelo de suporte para sinalização de regulamentação ........................... 130
Figura 4.13: Sinalização de entrada e saída de veículos .............................................. 133
Figura 4.14: Sinalização de homens trabalhando ......................................................... 133
Figura 4.15: Sinalização de mudança de rota ............................................................... 134
Figura 4.16: Sinalização de acesso somente a pessoas autorizadas ............................ 134
Figura 4.17: Sinalização de Segurança: Uso de EPI ..................................................... 134
Figura 4.18: Sinalização de Meio Ambiente .................................................................. 134
Figura 4.19: Organograma da Brigada de Emergência ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 4.20 Fluxograma de comunicação e atendimento ao incidente.Erro! Indicador não
definido.
Figura 4.21: Ordem de prioridades no Gerenciamento de Resíduos Sólidos ................ 201
Figura 4.22: Técnica Padrão de Corte para espécies de porte arbóreo. ....................... 238
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Figura 4.23: Dimensionamento do SESMT. .................................................................. 298


Figura 4.24: Processo de organização da CIPA. ................. Erro! Indicador não definido.
Figura 4.25: Tipos de exames realizados no PCMSO. ........ Erro! Indicador não definido.
Figura 4.26: Placas de sinalização educativas sobre segurança para dos trabalhadores
............................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 4.27: Placas de sinalização para risco de incêndio .. Erro! Indicador não definido.
Figura 4.28: Placas de sinalização para risco elétrico ......... Erro! Indicador não definido.
Figura 4.29: Placa de sinalização para ruídos intensos. ..... Erro! Indicador não definido.
Figura 4.30: Placa de sinalização para restrição de acesso Erro! Indicador não definido.
Figura 4.31: Placas de sinalização para área restrita a fumantes.Erro! Indicador não
definido.
Figura 4.32: Sinalização para proteção coletiva .................. Erro! Indicador não definido.
Figura 4.33: Placas de sinalização de trânsito .................... Erro! Indicador não definido.
Figura 4.34: Placas de sinalização para trânsito de máquinas e caminhões ............... Erro!
Indicador não definido.
Figura 4.35: Placas de sinalização “Favor estacionar de ré” para rápida evacuação em
situação de emergência. ...................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 4.36: Sentido de supressão vegetal, em cima método correto e embaixo o método
errado. ........................................................................................................................... 327
Figura 4.37: Exemplos de (A) Laço cambão para captura de animais; (B) Gancho para
serpentes; (C) Caixa de transporte de animais silvestres............................................... 329
Figura 4.38: Fluxograma das atividades de campo do Programa de Proteção e Manejo da
Fauna. ........................................................................................................................... 332
Figura 4.39: Esquema de distribuição das mudas no campo. ....................................... 378
Figura 4.40: Desenho esquemático mostrando o detalhe do coveamento. ................... 380
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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 3.1: Coordenadas do Complexo Fotovoltaico Lagoa ........................................... 18


Tabela 4.1: Legislação vigente para o Plano de Gestão Ambiental. ................................ 26
Tabela 4.2: Cronograma de Execução do Plano de Gestão Ambiental ........................... 34
Tabela 4.3: Legislação vigente para o Programa de Controle Ambiental ......................... 39
Tabela 4.4: Aspectos e impactos ambientais do empreendimento na fase de construção
........................................................................................................................................ 40
Tabela 4.5: Principais diretrizes a serem desenvolvidas na fase de implantação do
empreendimento. ............................................................................................................. 44
Tabela 4.6: Princípio dos 5 R’s ........................................................................................ 46
Tabela 4.7: Cronograma de Execução do Plano de Controle Ambiental associado à
Execução das Obras........................................................................................................ 64
Tabela 4.8: Metas e indicadores especificados para direcionamento do Subprograma. .. 73
Tabela 4.9: Indicadores de Desempenho. ....................................................................... 75
Tabela 4.10: Legislação vigente para o Subprograma de Controle de Processos Erosivos.
........................................................................................................................................ 76
Tabela 4.11: Protocolo de registro do monitoramento de processos erosivos. ................ 83
Tabela 4.12: Cronograma de Execução do Subprograma de Controle de Processos
Erosivos ........................................................................................................................... 87
Tabela 4.13: Indicadores de Desempenho. ..................................................................... 91
Tabela 4.14: Legislação vigente para o Subprograma de Monitoramento de Ruídos. ..... 91
Tabela 4.15: Cronograma de Execução do Subprograma de Monitoramento de Ruídos
...................................................................................................................................... 100
Tabela 4.16: Legislação Vigente para o Subprograma de Controle e Monitoramento de
Emissões Atmosféricas. ................................................................................................. 104
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Tabela 4.17: Cronograma de Execução do Subprograma de Controle e Monitoramento de


Emissões Atmosféricas .................................................................................................. 117
Tabela 4.18: Indicadores de Desempenho. ................................................................... 124
Tabela 4.19: Legislação vigente para o Subprograma de Sinalização das Obras do
Empreendimento. .......................................................................................................... 124
Tabela 4.20: Dimensões das placas de regulamentação............................................... 127
Tabela 4.21: Dimensões das placas de advertência. ..................................................... 127
Tabela 4.22: Dimensões das placas com letras. ........................................................... 128
Tabela 4.23: Cores utilizadas nas placas de sinalização. .............................................. 128
Tabela 4.24: Exemplos de placas de sinalização de regulamentação com o significado.
...................................................................................................................................... 131
Tabela 4.25: Exemplos de placas de sinalização de advertência com o significado. ..... 132
Tabela 4.26: Cronograma de Execução do Subprograma de Sinalização das Obras .... 137
Tabela 4.27: Legislação vigente para o Subprograma de Atendimento à Emergências . 142
Tabela 4.28: Cenários de emergência ........................................................................... 145
Tabela 4.29: Relação dos participantes do Subprograma com os telefones de contato 147
Tabela 4.30: Relação das entidades públicas e privadas com os telefones de contato . 147
Tabela 4.31: Estrutura e atribuições da Brigada de Emergência.Erro! Indicador não
definido.
Tabela 4.32: Estrutura e atribuições da Equipe de Combate a IncêndioErro! Indicador
não definido.
Tabela 4.33: Estrutura e atribuições da Equipe de Resgate e SocorroErro! Indicador não
definido.
Tabela 4.34: Estrutura e atribuições da Equipe de Evacuação de Área.Erro! Indicador
não definido.
Tabela 4.35: Estrutura e atribuições da Equipe de Apoio. ... Erro! Indicador não definido.
Tabela 4.36: Profissionais de Segurança e Saúde. ............. Erro! Indicador não definido.
Tabela 4.37: Apoio do Serviço de Portaria .......................... Erro! Indicador não definido.
Tabela 4.38: Cronograma de simulados. ............................. Erro! Indicador não definido.
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Tabela 4.39: Cronograma de Execução do Plano de Preparação e Atendimento à


Emergência ................................................................................................................... 152
Tabela 4.40:Legislação vigente para o Subprograma de Atendimento à Emergências .. 168
Tabela 4.41: Cronograma de Execução do Subprograma de Monitoramento da Qualidade
da Água ......................................................................................................................... 177
Tabela 4.42: Legislação vigente para o Subprograma de Mobilização e Desmobilização do
Canteiro de Obras.......................................................................................................... 183
Tabela 4.43: Cronograma de Execução do Subprograma de Mobilização e Desmobilização
do Canteiro de Obras..................................................................................................... 189
Tabela 4.44: Legislação Vigente para o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
e Efluentes Líquidos. ..................................................................................................... 195
Tabela 4.45: Premissas da Gestão de Resíduos. .......................................................... 200
Tabela 4.46: Diretrizes da Gestão de Resíduos. ........................................................... 200
Tabela 4.47: Cores dos coletores conforme resolução CONAMA n° 275/2001 ............. 207
Tabela 4.48: Dispositivos de armazenamentos ............................................................. 209
Tabela 4.49: Plano de Contingência – Ações Preventivas e Corretivas......................... 217
Tabela 4.50: Cronograma de Execução do Programa de Gerenciamento dos Resíduos
Sólidos e Efluentes Líquidos. ......................................................................................... 222
Tabela 4.51: Indicadores de Desempenho. ................................................................... 226
Tabela 4.52: Legislação vigente para o Programa de Desmatamento Racional ............ 226
Tabela 4.53: Cronograma de Execução do Programa de Desmatamento Racional ...... 247
Tabela 4.54: Indicadores de Desempenho .................................................................... 254
Tabela 4.55: Legislação vigente para o Programa de Educação Ambiental. ................. 254
Tabela 4.56: Sugestões para as ações de Educação Ambiental. .................................. 257
Tabela 4.57: Temas específicos da área da Saúde. ...................................................... 259
Tabela 4.58: Cronograma de Execução do Programa de Educação Ambiental ............. 264
Tabela 4.59: Indicadores de Desempenho. ................................................................... 269
Tabela 4.60: Legislação vigente para o Programa de Comunicação Social................... 270
Tabela 4.61: Temas a serem abordados no Programa de Comunicação Social. ........... 272
Tabela 4.62: Cronograma de Execução do Programa de Comunicação Social ............. 278
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Tabela 4.63: Legislação vigente para o Programa de Contratação de Mão de Obra Local.
...................................................................................................................................... 283
Tabela 4.64: Cronograma de Execução do Programa de Contratação de Mão de Obra Local
...................................................................................................................................... 288
Tabela 4.65: Legislação vigente para o Programa Proteção e Segurança do Trabalhador.
...................................................................................................................................... 293
Tabela 4.66: Cronograma de Execução do Programa de Proteção e Segurança do
Trabalhador. .................................................................................................................. 313
Tabela 4.67: Legislação Vigente para o Subprograma de Resgate e Manejo da Fauna.323
Tabela 4.68: Equipamento mínimo necessário para o resgate de fauna ....................... 335
Tabela 4.69: Material básico, mínimo necessário para o CETAS* ................................. 337
Tabela 4.70: Cronograma de Execução do Subprograma Resgate e Manejo da Fauna 339
Tabela 4.71: Legislação vigente para o Subprograma de Monitoramento da Fauna. .... 346
Tabela 4.72: Cronograma de Execução do Subprograma de Monitoramento da Fauna na
fase de Implantação....................................................................................................... 358
Tabela 4.73: Cronograma de Execução do Subprograma de Monitoramento da Fauna na
fase de Operação. ............................................................... Erro! Indicador não definido.
Tabela 4.74: Legislação vigente para o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.
...................................................................................................................................... 364
Tabela 4.75: Espécies da flora que ocorrem na área do empreendimento. ................... 372
Tabela 4.76: Equipe técnica sugerida para execução dos trabalhos. ............................ 385
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1. IDENTIFICAÇÃO

1.1. Do Empreendedor

Razão Social: LAGOA SOLAR ENERGIA SPE LTDA.

CNPJ: 14.512.240/0001-80
Endereço: Avenida Professor Magalhães Neto, nº 1550 – Andar 14 – Unidade
1407 - Bairro Pituba - CEP: 41810-012. Bahia - BA.
Contato: Waldez Fernandes de Azevedo
Telefone: (71) 3334-2881
E-mail: waldez@wfaconsultoria.com

1.2. Do Empreendimento

Projeto: Complexo Fotovoltaico Lagoa “USINA SOLAR LAGOA 1, 2 e 3”

Processos SUDEMA Nº:


2020-009439/TEC/LI-7592 - CENTRAL SOLAR LAGOA I S.A
2020-009477/TEC/LI-7593 - CENTRAL SOLAR LAGOA II S.A
2020-009517/TEC/LI-7594 - LAGOA SOLAR ENERGIA SPE LTDA
Endereço do Projeto: Fazenda Várzea do Riacho e Viração, Zona Rural do
Município de São José da Lagoa Tapada/PB
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1.3. Da Empresa Consultora

Razão Social: CRN – Bio Consultoria Sócio-Ambiental e Projetos Sustentáveis


LTDA.
CNPJ: 10.734.070/0001-27
Endereço: Av. Gov. José Varela, 2867, Capim Macio – CEP: 59.078-300,
Natal/RN.
Responsável Técnica: Silvania Magalhães
Cargo: Sócia Diretora e Gestora do Núcleo de Licenciamento e Estudos
Ambientais.
Telefone/Fax: +55 (84) 2010-9534 / (84) 9.81347693
E-mail: silvania.magalhaes@crnbio.com.br

1.4. Da Equipe Técnica Multidisciplinar

Coordenação/Responsável Técnico:

• Silvania Helena Oliveira Magalhães


Geóloga - CREA: 060190079-0
CTF/IBAMA: 1769688
CPF: 523.747.424-15.

Apoio Técnico:

• Bárbara Danielle Andrade de Castro Praxedes


Geógrafa – CREA: 211930985-0
CTF/IBAMA: 6083153
CPF: 091.078.254-71
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 14
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• Brenda Karoline Tibúrcio Coelho


Engenheira Ambiental – CREA: 211928579-9
CTF/IBAMA: 7632256
CPF: 098.597.874-09

• Bruno Rodrigo de Albuquerque França


Biólogo – CRBio: 36.252/05-D.
CTF/IBAMA: 1838145.
CPF: 033.553.264-02.

• Elza Edimara Soares da Silva


Geógrafa - CREA: 211940377-5
CTF/IBAMA: 7692376
CPF: 008.393.744-70

• Lucas Werner Pinto Batista


Biólogo - CRBio: 114.550/05-D
CTF/IBAMA: 6245747
CPF: 077.642.374-69

• Marcos Paulo Gomes Pinheiro


Biólogo - CRBio: 92.766/05-D
CTF/IBAMA: 5448173
CPF: 035.060.524-62

• Peterson Ferreira de Sousa


Engenheiro Ambiental – CREA: 211965134-5
CTF/IBAMA: 7834446
CPF: 086.268.194-47
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 15
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• Raissa Danielle Praxedes Grangeiro


Bióloga - CRBio: 85.986/05-D
CTF/IBAMA: 6035128
CPF: 083.313.644-57

• Raoni Guilhermo Medeiros Costa.


Biólogo – CRBio: 107.028/05-D
CTF/IBAMA: 2235448
CPF: 049.827.264-85

• Raul Fernandes Dantas de Sales


Biólogo – CRBio: 85679/05-D
CTF/IBAMA: 4906566
CPF: 073.420.314-45
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 16
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2. INTRODUÇÃO

O Plano Básico Ambiental do Complexo Fotovoltaico Lagoa tem como objetivo


apresentar os programas ambientais a ser implementados durante a fase de
construção e início de operação do empreendimento.

O PBA constitui um instrumento de gestão que objetiva garantir o cumprimento


dos compromissos assumidos no trato do meio ambiente e da legislação
ambiental. As ações que compõem os diversos Programas Ambientais constituem
o “núcleo” de um Modelo de Gestão Ambiental que, por sua vez, exige uma
coordenação entre programas e um relacionamento com diversas esferas de
governo, comunidades do entorno, e os agentes responsáveis pela implantação e
operação da Usina Fotovoltaica.

Em conjunto, os Programas Ambientais integrantes do PBA objetivam:

• Garantir a plena operacionalização de todos os compromissos assumidos


na fase de Licenciamento Ambiental Prévio e de Instalação;

• Assegurar o enquadramento das atividades desenvolvidas nas normas legais


aplicáveis;
• Implantar procedimentos e instruções de trabalho específicos para todos os
processos e atividades com implicações ambientais a serem executadas;
• Potencializar a capacidade de monitoramento da evolução das condições
ambientais da área de influência e dos fatores que as influenciam;
• Potencializar a capacidade de previsão de impactos;
• Garantir a inclusão de critérios ambientais em todas as fases do processo de
detalhamento do Projeto Executivo;
• Assegurar o monitoramento ambiental e a documentação rigorosa de
todas as ações desenvolvidas;
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• Instrumentar o empreendedor no que concerne a gestão ambiental para o


atendimento a situações emergenciais envolvendo risco e/ou impacto
ambiental;
• Garantir um adequado relacionamento com a sociedade civil em geral.

3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O Complexo Fotovoltaico Lagoa, composto pelas Usinas Fotovoltaicas Lagoa I, II e


III, está localizado na Fazenda Várzea do Riacho e Viração, zona rural do município
de São José da Lagoa Tapada/PB, e sua área de supressão vegetal totaliza 216,82
hectares. Conforme Termo de Referência expedido pela Superintendência de
Administração do Meio Ambiente da Paraíba – SUDEMA e conforme consta no
Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais – SINAFLOR, o
Complexo denominado “Usina Solar Lagoa 1, 2 e 3” possui os seguintes processos
junto à SUDEMA e foi subdividido conforme se segue:

• Processo nº 2020-009439/TEC/LI-7592 atinente à UFV LAGOA 1, com


implantação de uma usina fotovoltaica com área de supressão de 61,01
hectares;
• Processo nº 2020-009477/TEC/LI-7593 atinente à UFV LAGOA 2, com
implantação de uma usina fotovoltaica com área de supressão de 77,72
hectares;
• Processo nº 2020-009517/TEC/LI-7594 atinente à UFV LAGOA 3, com
implantação de uma usina fotovoltaica com área de supressão de 78,09
hectares;

Cada Usina terá uma capacidade instalada de 32,89 MW (44,787 MWp) com ±5%,
equivalente a soma de potência STC, dos 99.528 módulos fotovoltaicos da marca
LONGI SOLAR ou similar, modelo LR4HBD-450W.
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TÍTULO: PÁG: 18
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O Complexo Fotovoltaico Lagoa será instalado no município de São José da Lagoa


Tapada, localizado na região oeste do estado da Paraíba. A cidade limita-se ao
norte com Souza e Aparecida, a oeste Nazarezinho, ao Sul Aguiar, a Sudeste
Coremas e a Leste São Domingos do Pombal e Pombal. O acesso é realizado a
partir de João Pessoa, feito através da BR-230 até cerca de 16km após a cidade de
Souza, onde torna-se a PB-348, percorrendo-se 28km até a sede municipal, a qual
dista 417km até a capital. O terreno de implantação detém as coordenadas.

O terreno onde se localizará o Complexo tem uma superfície de aproximadamente


600 hectares, dos quais 311 hectares serão ocupados pelo empreendimento, sendo
99 ha pela UFV Lagoa 1, 104 ha pela UFV Lagoa 2 e 108 ha pela UFV Lagoa 3.

A área em que será instalada Complexo Fotovoltaico Lagoa é vinculada ao


referencial geodésico brasileiro – Datum SIRGAS 2000, tendo as coordenadas a
seguir:

Tabela 3.1: Coordenadas do Complexo Fotovoltaico Lagoa


Localização georreferenciada das UFV’s do Complexo Fotovoltaico Lagoa
Coordenadas UTM – Zona 24 – Datum SIRGAS 2000

UFV Leste (E) Sul (S)

UFV Lagoa I 598736.52 9233154.60

UFV Lagoa II 599574.46 9232503.11

UFV Lagoa III 601142.23 9232103.13


PROJETO:

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TÍTULO: PÁG: 19
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Mapa 3.1: Localização do Complexo Lagoa.


Fonte: CRN-Bio, 2021
PROJETO:

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4. ESTRUTURA DOS PROGRAMAS AMBIENTAIS

No presente Plano Básico Ambiental - PBA está apresentado um total de 22 (vinte


e dois) Programas/Planos, contemplando todos os planos e programas ambientais
apresentados no Estudo de Impacto Ambiental – EIA, para serem executados
durante a etapa de implantação, e em alguns casos operação do empreendimento

Os planos e programas ambientais aqui detalhados são:

• Plano de Gestão Ambiental;


• Programa de Controle Ambiental;
o Subprograma de Controle de Processos Erosivos;
o Subprograma de Monitoramento de Ruídos;
o Subprograma de Monitoramento de Emissões Atmosféricas;
o Subprograma de Sinalização de Obras;
o Subprograma de Atendimento a Emergências;
o Subprograma de Monitoramento de Qualidade das Águas;
o Subprograma de Mobilização e Desmobilização do Canteiro de
Obras;
• Programa de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos;
• Programa de Desmatamento Racional;
• Programa de Educação Ambiental;
• Programa de Comunicação Social;
• Programa de Contratação de Mão de Obra Local;
• Programa de Proteção e Segurança do Trabalhador;
• Programa de Resgate, Manejo e Monitoramento da Fauna Silvestre;
o Subprograma de Resgate e Manejo de Fauna;
o Subprograma de Monitoramento da Fauna;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 21
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Plano de Recuperação de Áreas Degradadas;


• Plano de Operação e Manutenção.

O detalhamento dos Planos e Programas Ambientais foram realizados de acordo


com uma estrutura comum, sempre que possível, conforme segue:

• Introdução e Justificativas, onde são explicados os motivos para a


formulação do Programa e a sua necessidade funcional no âmbito do PBA
como um todo;

• Objetivos, onde são explicitados os objetivos gerais e específicos;


• Metas, onde se estipulam metas a serem atingidas que são, sempre que
possível estabelecidas em termos quantitativos que viabilizam a fácil
verificação do seu cumprimento;
• Indicadores de Desempenho, instrumento de medida de quantificação
sendo utilizado para mensurar e analisar os resultados obtidos em
determinados períodos;
• Requisitos Legais, os requisitos técnicos e legais, em conjunto com as
Normas Técnicas Específicas norteiam e balizam os Programas Ambientais;
• Âmbito de Aplicação, onde se definem os aspectos do empreendimento
que serão afetados por cada Programa;
• Atividades/Metodologia, onde são listadas as diversas atividades técnicas
e/ou administrativas a serem realizadas no âmbito de cada Programa;
• Distribuição de Responsabilidades, onde são identificados todos os
participantes com funções específicas e distribuídas as responsabilidades
funcionais entre eles;
• Relatórios, onde é estabelecida a forma de documentação de cada
programa e a periodicidade da consolidação da mesma em relatórios,
definindo-se também as normas de circulação/distribuição dos mesmos;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 22
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Recursos Humanos e Materiais, onde se discriminam de forma geral os


recursos a serem alocados de maneira específica, especialmente nos casos
de Programas que necessitam da estruturação de equipes próprias
especializadas;
• Relação com outros Programas, onde as sinergias entre programas
integrantes do PBA são reconhecidas;
• Cronograma, onde são estipuladas as datas marco de início e fim de
cada programa, apresentando-se, quando possível, informações mais
detalhadas sobre a programação de atividades específicas;
• Referências, onde são listadas as referências utilizadas para o
desenvolvimento de cada um dos Planos e Programas.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 23
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

Para manter um padrão de qualidade ambiental adequado, é demandada uma


estrutura de gerenciamento que permita tanto integrar de forma eficiente os diversos
intervenientes nas várias etapas do processo, quanto garantir a utilização de
técnicas de proteção e de recuperação ambiental apropriadas para cada situação.

Devidamente implementado, o Plano de Gestão Ambiental permitirá a mitigação e


o controle dos impactos ambientais identificados ou previsíveis, através da eficiente
execução e acompanhamento dos Planos/Programas, no decorrer da instalação
das UFV’s, garantindo a otimização das ações de instalação e a manutenção da
qualidade ambiental.

O Plano de Gestão Ambiental se justifica pela necessidade de estabelecimento de


uma estrutura administrativa de coordenação, supervisão e orientação dos
profissionais envolvidos na execução dos demais Planos/Programas propostos no
processo de licenciamento ambiental, agrupando em um único documento todas as
diretrizes para supervisão, controle e avaliação das atividades previstas. A
consequência das ações deste Plano será o efetivo controle do atendimento às
políticas, procedimentos, normas, requisitos estipulados pelo Órgão Ambiental, que
conjuntamente assegurarão a emissão e a manutenção das licenças ambientais,
bem como o adequado desempenho ambiental do Empreendimento.

Devidamente implementado, o Plano De Gestão Ambiental permitirá a mitigação e


o controle dos impactos ambientais identificados ou previsíveis, através da eficiente
execução e acompanhamento dos Planos e Programas contidos no Plano Básico
Ambiental - PBA, no decorrer da instalação do complexo Fotovoltaico, garantindo a
otimização das ações de instalação e a manutenção da qualidade ambiental.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 24
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Assim, o escopo deste Plano reunirá procedimentos de gestão necessários ao


desenvolvimento eficiente e eficaz das ações de monitoramento e controle da
qualidade ambiental durante a implantação da Usina.

OBJETIVOS

 Objetivo Geral

Este programa tem como objetivo geral prover um gerenciamento eficiente que
garanta a execução e o controle das ações planejadas e a correta condução
ambiental, mantendo um elevado padrão de qualidade na instalação da Usina
Fotovoltaica.

 Objetivos Específicos
• Atender aos requisitos legais e regulamentos aplicáveis;
• Estabelecer diretrizes, procedimentos e instrumentos gerenciais para
garantir que as ações propostas nos Programas e Planos Ambientais sejam
diligentemente implantadas;
• Acompanhar a execução das atividades dos Programas Ambientais,
possibilitando o cumprimento dos prazos estabelecidos;
• Acompanhar a execução das atividades dos Programas Ambientais,
possibilitando o atendimento às condicionantes das licenças ambientais e
autorizações pertinentes ao processo;
• Fornecer os devidos esclarecimentos às instituições intervenientes quanto
aos assuntos relativos ao licenciamento ambiental;
• Definir diretrizes técnicas e operacionais de referência para a contratação
dos serviços necessários à implantação e operação do Empreendimento;
• Gerenciar as atividades vinculadas à obtenção e manutenção das
autorizações e licenças necessárias;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 25
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Manter interface constante com os responsáveis pela execução dos


Programas Ambientais contido neste PBA;
• Interagir constantemente com as comunidades, visando disseminar
informações sobre o progresso das obras e dos Programas Ambientais, em
consonância com o Programa de Comunicação Social.

METAS

• Atender 100% das condicionantes ambientais das licenças e autorizações;


• Prevenir não conformidades, adotando medidas apropriadas para impedir
sua ocorrência;
• Verificar a correção de 100% das não conformidades identificadas;
• Assegurar a manutenção da qualidade ambiental durante a fase de
instalação e operação do Empreendimento, por meio da execução dos
Programas Ambientais.
• Implementar melhorias contínuas no sistema de gestão ambiental e
execução dos Programas.

É importante esclarecer que o Plano de Gestão Ambiental, a partir das atividades


propostas, tem a finalidade de orientar o gerenciamento e acompanhamento dos
demais Programas Ambientais propostos, e que cada um desses conta com
diretrizes e metas específicas, detalhados no conteúdo de cada um.

INDICADORES DE DESEMPENHO

• Licenças ambientais e autorizações com validade vigente;


• Quantidade (%) de condicionantes das licenças ambientais e autorizações
tempestivamente atendidas;
• Número de não conformidades identificadas;
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 26
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Quantidade (%) de casos de não conformidade registradas que foram


corrigidas;
• Periodicidade/número das inspeções ambientais realizadas para verificação
da execução dos Programas Ambientais;
• Número de melhorias/adequações realizadas no âmbito do Plano De Gestão
Ambiental e dos demais Programas Ambientais.

REQUISITOS LEGAIS

Tabela 4.1: Legislação vigente para o Plano de Gestão Ambiental.


Lei nº 6.938, de 31 de
Dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente.
agosto de 1981
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de
Lei n° 9.605, de 12 de
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
fevereiro de 1998
providências.
Norma ABNT NBR Sistemas de gestão ambiental – Especificações e diretrizes para
14.001/1996 uso.
Norma ABNT NBR Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade
19.011/2002 e/ou ambiental.
Fonte: CRN-Bio, 2021.

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O Plano de Gestão Ambiental aplica-se à totalidade das obras do empreendimento,


incluindo as áreas de apoio, acessos e caminhos de serviço. Na prática, aplica-se
ao escopo dos contratos a serem subscritos pelo empreendedor com as
construtoras contratadas para execução de cada um dos componentes do
empreendimento.

ATIVIDADES/METODOLOGIA

O Plano de Gestão Ambiental contempla o desenvolvimento de uma série de


atividades e ações que envolvem todas as fases do empreendimento, com a
finalidade de garantir que as condicionantes estabelecidas para concessão da
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 27
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Licença Ambiental sejam atendidas e que as Medidas Mitigadoras e os


Planos/Programas Ambientais sejam devidamente implementados e monitorados.

Estrutura Organizacional para Supervisão e Monitoramento

Para a Gestão Ambiental das obras, o empreendimento poderá se apoiar em


empresa ou consultores especializados em supervisão/controle ambiental de obras.
Essa equipe acompanhará continuamente as construtoras envolvidas no processo
de execução das obras, auxiliando na definição de soluções técnicas adequadas
para prevenção e mitigação de impactos ambientais decorrentes das atividades
construtivas.

A estrutura organizacional sugerida é apresentada na Figura 4.1.

Empreendedor

Coordenação

Supervisão Equipe dos Programas


de Obras Ambientais

Figura 4.1: Estrutura organizacional.

Fonte: CRN-Bio.

O Coordenador organiza a emissão de relatórios e orienta o supervisor ambiental


quanto as tarefas a serem desenvolvidas, mantendo constante contato com o
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 28
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

empreendedor e, sempre que necessário, com o Órgão Ambiental. Atua também na


gestão dos demais programas ambientais, organizando o calendário de
campanhas, dialogando com os responsáveis pela implementação dos programas,
verificando as estratégias de atuação das equipes em campo, realizando a
avaliação de cumprimento de prazos e de orçamentos, e analisando resultados.

O Supervisor Ambiental acompanha a obra constantemente através de vistorias


diárias, garantindo a supervisão das práticas adotadas pelas empreiteiras e o
registro de possíveis ações de não conformidades. Também fará parte do escopo
do trabalho, acompanhar in loco as atividades implementadas em campo para a
realização dos Programas Ambientais, dando apoio logístico aos profissionais,
sempre que necessário.

O Supervisor Ambiental deverá, ainda, identificar, notificar e auxiliar os


responsáveis pelas obras e encontrar meios para a correção ambiental, sugerindo
adequações ambientais e procedimentos a serem realizados. Quanto a
documentação ambiental, o profissional deverá solicitar informações junto à
coordenação ambiental da obra, monitorar datas de documentos a serem entregues
pela coordenação ambiental da obra e indicar prazos a serem cumpridos.

Supervisão e Monitoramento Ambiental das Obras

Para o desenvolvimento das atividades é necessário o acompanhamento e


avaliação de conformidades, verificando e acompanhando de forma plena por meio
dos procedimentos descritos a seguir:

• Execução da obra de acordo com os requisitos estabelecidos;


• Atendimento das condições referentes às licenças e autorizações impostas
pelos Órgãos Ambientais;
• Verificação da conformidade dos Planos/Programas Ambientais;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 29
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Monitoramento e acompanhamento de todas as atividades ambientais


previstas;
• Garantir o gerenciamento de resíduos e a correta disposição;
• Estabelecimento das normas de controle do canteiro de obras;
• Estabelecimento de um Código de Conduta dos operários das frentes de
trabalho e apoio administrativo, em especial na convivência com as
comunidades locais;
• Verificação da oportuna e correta execução das ações corretivas
preconizadas nas solicitações nas Recomendações de Ação Corretiva
(RACs) e Notificações de Não Conformidades (NCNs);
• Documentação dos trabalhos de acompanhamento e monitoramento
ambiental com a emissão de relatórios de acompanhamento e arquivamento
de documentação, boletins, laudos e fotografias.

Operacionalização do Sistema de Não Conformidades

As inspeções ambientais têm como finalidade verificar in loco a execução de


atividades pelos profissionais contratados para a implantação dos
Planos/Programas Ambientais, identificando prioritariamente a correta execução
das atividades descritas nesses documentos e o controle dos impactos ambientais,
entre outros aspectos.

Todas as não conformidades identificadas durante as inspeções serão consolidadas


em um relatório, contemplando data, hora, local, responsável pela execução da
atividade, registro fotográfico, indicação de prováveis causas e medidas a serem
aplicadas para correção da não conformidade.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 30
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Avaliação do Desempenho Ambiental das Construtoras

Consiste na avaliação de padrões evolutivos, utilizando de indicadores estatísticos


para analisar os resultados do monitoramento e produzir índices de avaliação do
desempenho ambiental das empresas construtoras. A melhoria contínua de três
indicadores será o fator básico de avaliação. São eles: índice de não-conformidades
(porcentagem de itens ou medidas não atendidas com relação ao total aplicável);
índice de repetência (total de RACs ou NNCs por inobservância reincidente de uma
mesma medida, com relação ao total de RACs e NNCs emitidas); e tempo médio
de resposta (considerando o tempo médio transcorrido entre a abertura de RACs
ou NNCs e o seu fechamento).

Gerenciamento Ambiental

A equipe de Gerenciamento Ambiental deverá acompanhar e gerenciar os demais


Planos/Programas que serão desenvolvidos no âmbito da Usina Fotovoltaica além
dos subsídios de gerência oriundos da implantação do mesmo.

Neste sentido, suas atribuições deverão englobar as seguintes atividades:

• Acompanhar, analisar e avaliar a implementação dos demais


Planos/Programas;
• Promover gestões para a garantia de recursos para a execução e
implantação dos programas ambientais;
• Assegurar o fluxo de dados e informações necessárias à execução dos
programas ambientais;
• Viabilizar o acesso e o contato de equipes técnicas com os diversos grupos
de interesse relacionados com a implantação e operação das obras;
• Viabilizar e apoiar as diversas atividades de campo a serem realizadas por
técnicos envolvidos com os programas; e,
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 31
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Manter o Órgão Ambiental informado a respeito do andamento da


implementação dos programas ambientais.

A empresa contratada para execução do Plano deverá integrar o gerenciamento


ambiental da obra, a fim de garantir que as questões relacionadas a esse tema
sejam sempre levadas em consideração nas decisões tomadas, assumindo o
compromisso de manutenção adequada e satisfatório, em todos os aspectos
ambientais, bem como de prevenção e mitigação do impacto ambiental de suas
instalações e atividades.

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

A responsabilidade de execução deste Plano é do empreendedor, que poderá


contratar uma empresa com este fim, a qual deverá cumprir todos os requisitos
legais (esferas federal, estadual e municipal), e normas técnicas pertinentes ao
empreendimento.

O Plano de Gestão Ambiental deve ser implementado em conjunto com os diversos


atores envolvidos na construção do Complexo Fotovoltaico, tendo em vista que o
mesmo se relaciona com todos os programas previstos no PBA do
empreendimento.

Faz-se necessário, portanto, o envolvimento de todos estes atores, principalmente


dos gestores ambientais responsáveis pela implementação das obras e da equipe
de comunicação social, de forma que se torne explícito os interesses da
implantação, alertando, ainda, sobre os riscos envolvidos nas questões ambientais
e os benefícios, vantagens e oportunidades associadas à implementação deste
Plano.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 32
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

A avaliação de desempenho ambiental do Plano de Gestão Ambiental deve ser um


processo de gerenciamento planejado para prover uma gestão com informações
confiáveis e verificáveis, com base para determinar se o desempenho ambiental das
obras de implantação do Usina está adequado aos critérios estabelecidos neste
Plano.

O acompanhamento do Plano deve ser um processo contínuo de coleta e avaliação


de dados e informações que proporcionarão a avaliação do desempenho das
empresas contratadas para fase de implantação do empreendimento.

Devem ainda ser estabelecidas reuniões periódicas entre as equipes responsáveis


e a elaboração de relatórios de acompanhamento das ações desenvolvidas.

RELATÓRIOS

Como apresentação dos resultados serão emitidos relatórios mensais de atividades,


contendo um resumo de todas as atividades desenvolvidas no período, e resultados.
Além disso, relatórios extraordinários poderão ser emitidos em casos excepcionais,
a critério do Órgão Ambiental ou visando à apresentação das atividades ou
resultados excepcionais.

Os relatórios conterão informações e evidências da efetiva execução das


atividades, incluindo: registros fotográficos, listas de presença, cronogramas,
laudos, entre outras.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

Equipe técnica

A equipe de Gestão Ambiental deverá ser composta por:


PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 33
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• 1 gestor ambiental, com formação em área ambiental (biólogo, engenharia


ambiental, ou outra formação cabível); e,

Materiais necessários

Dentre os recursos materiais a serem alocados, destacam-se: Equipamento de


Proteção Individual (EPI), veículos apropriados, GPS, câmeras digitais, notebook,
equipamentos de telecomunicação e outros equipamentos auxiliares.

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

O Plano de Gestão Ambiental inter-relaciona-se com todos os demais Planos/


Programas, a fim de garantir a eficiência e excelência dos mesmos.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O: PÁ G: 34

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

CRONOGRAMA

O Plano de Gestão Ambiental deverá ser iniciado antes da abertura das frentes de obra, permanecendo operacional durante
toda a etapa de construção, sendo concluído após a finalização da obra. As inspeções ambientais, reuniões técnicas e
emissão de relatórios deverá acontecer mensalmente.

T a b e l a 4. 2: Cr o n o gr a m a d e E x e c u ç ã o d o Pla n o d e G e st ã o A m bie nt al

Pré MESES
PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL
implantação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Reunião Inaugural p
Treinamento de equipe P
Vistoria e acompanhamento das frentes de obra P P P P P P P P P P P P
Relatórios de Inspeção Ambiental P P P P P P P P P P P P
Inspeção final P P
Relatórios Semestrais P P
Relatório Final P
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 35
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REFERÊNCIAS

SER. Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) – Complexo Fotovoltaico Lagoa.


PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 36
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

PROGRAMA DE CONTROLE AMBIENTAL

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

O Programa de Controle Ambiental das obras apresenta diretrizes e orientações


para as melhores práticas de construção, para que a implantação do
empreendimento seja executada de forma equilibrada e ambientalmente
sustentável. Tem como objetivo geral compensar e controlar os impactos ambientais
negativos, reduzindo os efeitos adversos gerados durante a implantação do
Empreendimento.

Desta forma, o documento apresenta um conjunto de procedimentos de prevenção,


controle e monitoramento da qualidade ambiental a serem realizados durante a
execução das obras de implantação do empreendimento Complexo Fotovoltaico
Lagoa.

A criação de medidas para o controle das atividades relacionadas à implantação do


empreendimento torna-se necessária por conta das etapas do processo construtivo,
que podem gerar danos ao meio ambiente, acidentes à saúde do trabalhador e
afetar de maneira negativa a população que habita do entorno e região do
empreendimento. Tais impactos deverão ser reduzidos e até mesmo eliminados se
forem tomadas providências no momento oportuno. Por este motivo, a implantação
do Programa requer um sistema de gerenciamento e metodologias de controle
ambiental e social, com rápida capacidade de resposta frente a eventos
inesperados, que poderão ocorrer durante o processo de construção. Essa resposta
deve ser rápida, ambientalmente correta, devendo estar de acordo com as normas
legais e com a viabilidade econômica do empreendimento.

Assim, a necessidade de assegurar que o empreendimento seja implantado de


acordo com as melhores práticas ambientais e em conformidade com os
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 37
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

procedimentos previstos, justifica a importância da aplicação do Programa de


Controle Ambiental associado à execução das obras.

OBJETIVOS

 Objetivo Geral

O Programa de Controle Ambiental tem por objetivo principal desenvolver ações de


monitoramento da obra, propondo medidas preventivas e, quando necessário,
corretivas, agindo como instrumento eficiente na identificação, prevenção e
mitigação de possíveis impactos socioambientais. Também garantirá que todas as
ações previstas nos Programas apresentados neste documento sejam executadas
como previsto.

 Objetivos Específicos

Consideram-se objetivos específicos do Programa:

• Atuar de forma eficaz na prevenção e mitigação de aspectos


potencialmente agressores ao meio ambiente, como os processos
erosivos, assoreamento, destinação inadequada de resíduos, emissões
atmosféricas, acidentes ambientais com produtos químicos, entre outros;
• Fornecer elementos técnicos e legais para viabilizar as obras com o
menor dano ambiental possível;
• Fornecer capacitação e treinamento à mão de obra contratada, conforme
a necessidade;
• Ampliar o conhecimento dos empregados referente à organização do
local, higiene, preservação ambiental e prevenção de acidentes, por meio
da participação em treinamentos na obra;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 38
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Dispor o projeto de soluções que contemplem a segurança operacional,


considerando não apenas os aspectos técnicos, mas também os
ambientais;
• Determinar a provisão adequada de infraestrutura, de equipe e de
recursos materiais e humanos destinados aos seguintes aspectos:
manutenção e preservação ambiental;
• Acompanhar o cronograma de implantação do empreendimento e
garantir a execução das ações de prevenção e mitigação de impactos
ambientais previstos neste documento.

METAS

São metas do Programa de Controle Ambiental do Complexo Fotovoltaico Lagoa:

• Estabelecer as medidas de controle ambiental a serem executadas


obrigatoriamente pela construtora e suas subcontratadas;
• Assegurar os que as atividades construtivas nas frentes de serviço e demais
áreas sejam executados conforme os procedimentos deste programa;
• Verificar e proceder com 100% de retorno, as reclamações provenientes dos
transtornos ocasionados pelas obras;
• Fazer cumprir 100% dos procedimentos estabelecidos por esse programa em
sua integridade.

INDICADORES DE DESEMPENHO

• Quantidade de medidas de controle ambiental estabelecidas;


• Quantidade de reclamações provenientes do transtorno das obras recebidas
x quantidade de reclamações provenientes do transtorno das obras
atendidas;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 39
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Quantidade (%) de ações executadas em conformidade com o que foi


estabelecido pelo Plano de Controle Ambiental associado à execução da
obra.

REQUISITOS LEGAIS

O Programa de Controle Ambiental fundamenta-se em todos os requisitos legais


dos programas que compõem o PBA. A seguir apenas alguns requisitos foram
apresentados:

Tabela 4.3: Legislação vigente para o Programa de Controle Ambiental


Art. 225. Todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
Constituição Federal
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
de 1988
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e


mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
No Art. 2, Inciso X, traz que “A Política Nacional do Meio Ambiente
tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade
Lei Federal nº ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao
6.938/1981 desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança
nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os
seguintes princípios: educação ambiental em todos os níveis de
ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la
para participação ativa na defesa do meio ambiente.

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de


Lei Federal nº
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
9.605/1998
providencias.
Lei Federal nº
Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH)
9.433/1997
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 40
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Lei Federal nº Institui a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de


10.295/2001 Energia.
Lei Federal nº
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos
12.305/2010
Lei Federal nº
Institui o Novo Código Florestal
12.651/2012
Lei Complementar
Política e Sistema Estadual de Meio Ambiente e Copam
Estadual nº 21.120

Resolução CONAMA Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos


357/2002 resíduos da construção civil.

Resolução CONAMA Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento dos efluentes,


430/2011 complementa a Resolução CONAMA 357/2002.

Portaria MS 2.914/2011 Determina os padrões de potabilidade.

ABNT NBR 10004/2004 Resíduos Sólidos - Classificação


Fonte: CRN-Bio, 2021

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O presente Programa aplica-se à todas as atividades relacionadas às obras do


empreendimento.

ATIVIDADES/METODOLOGIA

 Aspectos e Impactos ambientais

Foram identificados os aspectos ambientais decorrentes das obras do


empreendimento, identificando os locais de ocorrência, as principais atividades, os
aspectos de cada atividade, bem como os principais impactos associados e as
medidas preventivas ao dado ambiental, conforme Tabela 4.4.

Tabela 4.4: Aspectos e impactos ambientais do empreendimento na fase de construção


PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 41
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

LOCAL ATIVIDADE ASPECTOS IMPACTOS MEDIDAS PREVENTIVAS

Instalações Geração Resíduos Poluição do solo Disponibilização de coletores


Adm; Classe II-A
Consumo de Campanhas educativas
Alojamentos,
materiais
Refeitórios e Gestão dos Resíduos
Almoxarifado
Geração Resíduos Contaminação do Disponibilização de coletores
Classe II-A solo e recursos
Campanhas educativas
hídricos
Geração Efluente
Preparo de Gestão dos Resíduos
Doméstico Contaminação do
Refeições
solo
Óleo de Cozinha
Contaminação do
lençol freático
Geração Efluente Contaminação do Instalação de Sistema
Sanitário solo e recursos Hidrossanitário com fossa
hídricos séptica
Higiene
Contaminação do
Pessoal
solo
Canteiro de Obras

Contaminação do
lençol freático
Geração Resíduos Poluição do Solo Disponibilização de coletores
Armação,
Classe II-B
Carpintaria mobília e Poluição Sonora Gestão dos Resíduos
manutenção Geração de Ruídos
Utilização de EPI´s
Geração de Gases Poluição Sistema SAO (reciclagem)
por combustão atmosférica
Disponibilização de coletores
Geração de Ruídos Poluição sonora
Manutenção e Gestão dos resíduos
Oficina Abastecimento Geração de Contaminação do
Mecânica, Efluentes solo e recursos
Lava-jato e hídricos
Geração Resíduos
Posto de Classe I
combustível
Embalagens de Contaminação do Sistema de Contenção
Acondicionam produtos perigosos solo e recursos Vazamentos
ento e hídricos
manuseio Armazenamento em local
confinado, ventilado e coberto.
Geração de Contaminação Disponibilização de coletores
Resíduos Classe solo e recursos
Gestão dos Resíduos
II-B hídricos
Atendimento Utilização de EPI´s
Ambulatório
humano Geração de Ruídos Poluição sonora

Geração de Ruídos Poluição sonora Utilização de EPI´s


Acess
Vias

Abertura dos acessos


de

e vibrações
o

Danos a Manutenção de veículos


Tráfego de veículos/máquinas
infraestruturas
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 42
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

LOCAL ATIVIDADE ASPECTOS IMPACTOS MEDIDAS PREVENTIVAS

Conscientização dos
trabalhadores
Suspensão de Poluição Aspersão de água
material atmosférica
particulado
Compactação do Processos Drenagem superficial,
solo Erosivos proteção vegetal
Manutenção das vias
Geração de gases Poluição Manutenção
por combustão atmosférica máquinas/veículos
Utilização de Filtros
Geração de Ruídos Poluição sonora Utilização de EPI´s
Suspensão de Poluição do ar Aspersão de água
Bota-fora

Material
Disposição de material inerte Particulado
(Resíduos Classe II-B)
Impermeabilização Processos Conformação do terreno
do solo erosivos
Sistemas de drenagem
Recomposição vegetal
Impermeabilização Processos Sistemas de controle de
do solo Erosivos erosões
Poluição do Solo Contenção de sedimentos
Sistemas de drenagem
Conformação do terreno
Extração mineral
Geração de gases Poluição Manutenção
por combustão atmosférica máquinas/equipamentos
Geração de Ruídos Poluição sonora Utilização de EPI´s
Jazidas

Suspensão de Poluição do ar Aspersão de água


material
particulado
Geração Efluentes Contaminação do Instalação de Sistema
solo e recursos Hidrossanitário com fossa
Usina de Concreto

hídricos séptica
Geração Resíduos Contaminação do Disponibilização de coletores
Classe I solo e recursos
Gestão dos Resíduos
hídricos

Produção de concreto Geração Resíduos Poluição do solo Disposição em bota-


Classe II fora/espera
Reciclagem/Reaproveitamento
em aterros
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 43
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

LOCAL ATIVIDADE ASPECTOS IMPACTOS MEDIDAS PREVENTIVAS

Suspensão de Poluição do ar Aspersão de água


material
particulado
Geração de Ruído Poluição sonora Utilização de EPI´s
Acondicionamento e manuseio Embalagens de Contaminação do Sistema de Contenção
produtos perigosos solo e recursos Vazamentos
hídricos
Armazenamento em local
confinado, ventilado e coberto
Fonte: MIN, 2011.

 Diretrizes para sustentabilidade no empreendimento

Algumas políticas e práticas deverão ser estabelecidas e executadas de forma que


o padrão sustentável se mantenha presente na rotina de todos que atuem no
empreendimento.

O Programa de Controle Ambiental está voltado para as ações de mitigação contra


os impactos nocivos ao meio ambiente, durante todas as fases de implantação do
empreendimento.

A empresa contratada deverá considerar as questões socioambientais e de saúde


de seus funcionários nas decisões relevantes para o planejamento de suas
atividades e para a execução das obras, a qual deverá ocorrer de maneira mais
limpa possível, por meio da busca pela minimização da utilização de recursos, da
geração de resíduos, da carga de poluentes nos efluentes líquidos e emissões
gasosas, além da minimização de impactos sociais e ambientais causados por
desmatamentos, exploração de jazidas, aberturas de estradas e movimentação de
solos. Os fornecedores devem comprovar a conformidade ambiental dos materiais
necessários para obra.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 44
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Antes do início de cada nova atividade ou frente de trabalho, deverá ser assegurado
de que as licenças ou autorizações ambientais para tal foi emitida e se encontra em
validade, bem como ser estruturado estratégias para maximizar a eficiência no uso
de energia elétrica e combustíveis e de outros recursos naturais, renováveis ou não.

As diretrizes gerais a serem desenvolvidas na fase de implantação do


empreendimento encontram-se em resumo na Tabela 4.5.

Tabela 4.5: Principais diretrizes a serem desenvolvidas na fase de implantação do


empreendimento.
DESCRIÇÃO DIRETRIZES

Deverão ser utilizadas medidas de prevenção


Instrumentos de caráter gerencial como forma de rotina diária para minimização
de impactos e riscos de acidentes ambientais

Política dos 5 R´s Deverá ser implantada e desenvolvida para


todos os colaboradores da obra.

Água e Energia elétrica Deve-se optar por redução do consumo e


reaproveitamento, sempre que for possível.
Deverão ser mantidos sempre higienizados e
Edificações, instalações industriais, em perfeitas condições de funcionamento,
equipamentos fixos e outros conforme as normas de segurança e ambientais
vigentes.
Deverá ser preferencialmente reutilizável, sendo
orientado, por exemplo, a utilização de blocos
Estrutura das edificações de polietileno reciclado ou com painéis
estruturais em madeira facilmente desmontáveis
e reutilizáveis.
Deverá dispor de um sistema de proteção
Canteiro de Obras contra incêndios, seguindo as normas
específicas.

Locais Confinados Deverão dispor de ventilação ou contato direto


com o exterior.
Deve-se optar por alternativas de reuso,
Resíduos de Construção Civil e Efluentes reciclagem, reaproveitamento dos recursos,
visando a sustentabilidade do consumo.

Materiais ecológicos Deve-se optar por materiais ecológicos sempre


que for possível.
Fonte: CRN-Bio, 2021.

o Instrumentos de caráter gerencial


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TÍTULO: PÁG: 45
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

A instalação e montagem de máquinas, equipamentos, tanques de estocagem e


áreas de operações deverá ser precedida de avaliação da equipe de Gestão
Ambiental em relação aos riscos e impactos ambientais, definindo, “a priori”, as
medidas de prevenção e de controle ambiental necessárias, tais como:

• Verificação das normas e legislação ambiental federal, estadual e municipal


aplicáveis à situação em análise;
• Identificação de riscos de vazamentos de líquidos ou gases perigosos, com
potencial de causar danos ambientais ou ocupacionais. Como resposta,
projetar e implementar ações preventivas e estruturas de contenção
adequadamente dimensionadas para cada risco;
• Identificação de fontes de geração de resíduos (todas as tipologias) e adoção
de medidas para a correta segregação, acondicionamento, estocagem,
transporte e destinação final. Prover treinamento e disponibilizar estrutura
adequada para viabilizar a gestão adequada dos resíduos. O manejo de
resíduos deve estar em acordo com a legislação ambiental já especificada;
• Identificação de fontes de geração de efluentes líquidos (água residual,
esgoto sanitário, efluentes industriais e outras que possam causar
contaminação ambiental – água ou solo), planejamento e execução das
ações necessárias. Os projetos dos sistemas de tratamento de efluentes
devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado e aprovados
pelo empreendedor antes da construção;
• Identificação de fontes potenciais de geração de emissões atmosféricas e
poeiras (fontes pontuais ou fugitivas) como: pátios e praças de operação,
estradas, escavações, detonações na pedreira, operação do britador e
manipulação de materiais de fina granulometria, geradores diesel, entre
outras fontes. Avaliar os pontos caso a caso, definir e implementar as
medidas de controle necessárias, visando principalmente a mitigação de
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TÍTULO: PÁG: 46
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

impactos sobre as comunidades próximas dos empreendimentos e seus


acessos externos;
• Identificação de oportunidades para minimização da perturbação de áreas
naturais, através de criterioso planejamento das frentes de trabalho, áreas
de empréstimo, pedreiras e bota-foras.

As ações corretivas deverão ser desencadeadas na fase de planejamento e início


das obras e mantidas ao longo de todo o período de duração das mesmas. Tais
ações visam a minimização dos custos de ações posteriores para a recomposição
das áreas impactadas.

o Políticas dos 5 R’s

Com a finalidade de estabelecer atitudes sustentáveis em todas as áreas do


empreendimento, o princípio da Política dos 5 R´s (Tabela 4.6) deverá ser adotado,
de forma que seja possível Repensar, Reduzir, Recusar, Reciclar e Reutilizar.

Tabela 4.6: Princípio dos 5 R’s


R´s PRINCÍPIOS
Refletir acerca dos processos socioambientais de produção
Repensar (matéria-prima utilizada, condições de fabricação, condições
de trabalho, formas de distribuição etc)
Diminuir a geração de resíduos, evitando o desperdício, o
Reduzir consumo exagerado e sem controle, a redução das
embalagens, etc.
Optar por consumir somente o necessário para suas
necessidades básicas de sobrevivência, recusar produtos
Recusar
com excesso de embalagens, redução dos danos ao meio
ambiente.
Transformar algo que seria descartado em algum produto
Reciclar
novo, através de processos industriais.
Utilizar produtos/embalagens que seriam descartados sem
Reutilizar
alterar seus aspectos físico-químicos.
Fonte: CRN-Bio, 2021.
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o Água

O uso de água no canteiro de obras, seja de origem superficial ou subterrânea,


deverá ser precedido da obtenção de licenças e/ou outorgas a serem emitidas pelos
órgãos ambientais competentes, independentemente da (s) Licença emitida (s) para
a(s) obra(s), sob responsabilidade da empresa contratada, a qual deverá monitorar
as vazões para evidenciar o cumprimento da vazão outorgada. A água potável a ser
fornecida no canteiro de obras deverá estar dentro dos padrões definidos na
Portaria RDC n° 2.914/2011 do Ministério da Saúde.

O consumo de água deverá seguir algumas medidas básicas, tais como:

• Utilização racional da água, através da mudança de hábitos dos


colaboradores;
• Redução na extração de água nas fontes de suprimento;
• Minimização do consumo e desperdício de água;
• Aumento da eficiência no uso da água;
• Reutilização/reaproveitamento de água;
• Tratamento dos efluentes líquidos;
• Controle e monitoramento da poluição da água.

Em se tratando da definição de “reuso de água”, pode-se entender que se trata do


aproveitamento de águas que foram previamente utilizadas, uma ou mais vezes, em
alguma atividade humana com a finalidade de suprir alguma necessidade de uso
benéfico, podendo ser uma utilização direta ou indireta, a partir de ações planejadas
ou não (RIGIERO & SILVA, 2014).

A partir dessa definição estabelecem-se os tipos de reuso da água:


PROJETO:
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• Reuso indireto: ocorre quando a água já usada, uma ou mais vezes, para uso
doméstico ou industrial, é descarregada nas águas superficiais ou
subterrâneas e utilizada novamente à jusante, de forma diluída;
• Reuso direto (potável ou não potável): é o uso planejado e deliberado de
esgotos tratados para certas finalidades como irrigação, uso industrial,
recarga direta ou indireta de aquífero e água potável;
• Reciclagem interna: é o reuso da água, internamente às instalações
industriais, tendo como objetivo a economia de água e o controle da poluição.

Dessa forma, o reuso da água deverá ser priorizado durante a construção do


empreendimento, a partir de um conjunto de ações específicas para otimização e
racionalização de sua utilização.

Deve-se orientar os funcionários do canteiro de obras da necessidade de tampar ou


esvaziar, ao final do expediente de trabalho recipientes que acumulem água parada,
de forma a evitar a proliferação de vetores de doenças.

o Energia Elétrica

A utilização eficiente de energia elétrica deverá ter início ainda no processo de


construção das edificações, de maneira que seja possível oferecer um baixo
consumo de energia.

As razões para promover o uso racional de energia fundamentam-se na diminuição


da pressão sobre os recursos naturais – já que uma demanda menor de energia
gera menor impacto sobre a natureza –, e na redução dos custos – já que consumir
menos energia significa ter menor custo financeiro, favorecendo assim, a
composição orçamentária do empreendimento, tornando-o mais favorável e
competitivo no mercado.
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o Vias de Acesso

Deverão ser utilizados acessos pré-existentes preferencialmente. Contudo, caso


seja necessário, esses acessos poderão ter seu traçado e padrão ajustados às
peculiaridades de cada veículo, máquina ou equipamentos de construção e
montagem.

As vias de acesso implantas ou readequadas deverão ser monitoradas quanto ao


combate à emissão de poeira, erosão e contaminação dos cursos d’água, e as
condições de trafegabilidade, assim como sinalizadas com placas indicativas de
limites de velocidade, curvas perigosas, entre outras. A diretriz de tráfego dos
veículos das empresas contratas e de suas subcontratadas, deverá adotar,
prioritariamente, rotas que evitem trafegar em áreas de maior adensamento
populacional, como comunidades rurais, mesmo que isto implique no aumento das
distancias percorridas.

Caso existam vias públicas inseridas nos caminhos de serviço, deverá ser
formalizado, entre a empresa e ente federativo responsável pela via, um plano de
manutenção prevendo as atribuições da empresa e do ente responsável, visando a
trafegabilidade, a segurança, e a minimização dos incômodos à população
residente nas imediações dos acessos. Será necessário realizar um minucioso
registro por meio de imagens das condições vigentes destas vias de acesso antes
do início das obras.

Em suma, a construção ou melhoria nos acessos deverá considerar os parâmetros


básicos de proteção ambiental, considerando:

✓ Cuidados com a geração de materiais mal consolidados que possam


gerar processos erosivos;
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TÍTULO: PÁG: 50
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✓ Observar cuidadosamente os aspectos topográficos e geológicos da


região, optando por acessos com pontos menos favoráveis à formação
de erosões;
✓ Evitar novos traçados que ocasionem a necessidade de supressão
vegetal. Caso não seja possível, é importante que seja requerido
processos de autorização de supressão vegetal junto ao órgão ambiental
competente da região;
✓ Sempre que for necessária a disponibilização de energia elétrica nas
frentes de serviço, deverão ser distribuídos geradores contendo bacias
de contenção contra vazamentos;
✓ Ao construir novas vias de acesso deverão ser evitadas pistas muito
sinuosas, visando garantir a segurança dos colaboradores envolvidos;
✓ Na abertura de novos acessos deverão, preferencialmente, ser seguidas
as curvas de nível do terreno ou transpô-las suavemente;
✓ Inclinações transversais nas plataformas e acostamentos deverão ser
previstos a fim de garantir a boa drenagem das vias de acesso;
✓ A camada de solo superficial (ou topsoil) deverá ser removida e estocada
nas laterais dos acessos, visando a sua reutilização nas atividades do
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, não devendo ser
enterrada ou descartada em aterros;
✓ Em casos de transposições dos cursos d´água deverá ser realizado o
dimensionamento da sua vazão no local onde há essa necessidade,
devendo as obras garantirem o livre escoamento das águas;
✓ Todos os taludes gerados deverão seguir os critérios de estabilidade, não
excedendo a inclinação máxima permitida e dispondo dos sistemas de
proteção contra as ações erosivas das chuvas;
✓ Caso seja necessário o tráfego de veículos e máquinas dentro das
comunidades no entorno do empreendimento, deverá ser realizada a
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TÍTULO: PÁG: 51
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umectação das vias de acesso nessas localidades, garantindo que as


emissões de poeira sejam minimizadas;
✓ O transporte de materiais e insumos nos caminhões basculantes (ou
outros modelos) deverão estar devidamente cobertos ou fechados,
evitando que haja a queda acidental desses materiais.

o Áreas de Empréstimo, jazidas, Bota-foras e Estoques

A seleção das áreas destinadas ao empréstimo de matéria-prima (brita e solo) e a


instalação de bota-foras deverá considerar simultaneamente, a qualidade do
material, a logística das obras e as necessidades de conservação ambiental. Desta
maneira, a partir de determinado volume de material a ser explorado ou descartado,
faz-se necessário que a área a ser trabalhada seja claramente delimitada, para que
a execução de cortes e aterros seja devidamente planejada sem deformar a
paisagem e provocar problemas de drenagem em áreas próximas, minimizando a
área a ser desmatada e os processos de erosão e assoreamento.

As áreas de empréstimo, quando fora do canteiro de obras, somente podem ser


executadas mediante autorização formal do proprietário da área e do órgão
ambiental competente. A execução de cortes em vertentes e em áreas de
empréstimo deverá compatibilizar a extração do volume do material necessário com
a mitigação da intervenção na fisionomia do relevo da área. Em vista disto, os cortes
deverão ser efetuados de modo que a declividade e a extensão dos taludes
resultantes, além de atender aos requisitos de estabilidade geotécnica, facilitem os
serviços posteriores de afeiçoamento por ocasião de recomposição paisagística da
área, levando em conta sua reintegração à paisagem e o uso futuro que será dado
à mesma.

As áreas utilizadas como aterro de “bota-fora”, pela empresa contratada, deverão


ser executadas em conformidade com a topografia original da área circundante, de
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TÍTULO: PÁG: 52
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forma a mitigar o impacto à continuidade paisagística, salvo situações em que sejam


técnica e operacionalmente inviáveis. Além disso, deverão estar distantes de áreas
ambientalmente sensíveis como rios, lagos e demais ambientes que possam sofrer
impactos de natureza física e biótica. É preferível que sejam utilizadas depressões
topográficas naturais para a deposição de rejeitos de mineração de modo a confinar
o material e restringir os riscos geotécnicos, na medida em que o material
depositado preencha o terreno nestes locais, diminuindo a altura dos taludes
resultantes e confinando os impactos ambientais de modo a permitir maior controle
sobre eles. Importante que os locais escolhidos sejam livres de áreas sensíveis
como nascentes, por exemplo, e que não se caracterizem como áreas de recarga
de formações cársticas.

Nas áreas de bota-fora, somente será permitida a disposição de resíduos da


construção civil (Classe A) desde que seja a última alternativa disponível e que
sejam considerados inertes, conforme características descritas na norma ABNT
NBR 10.004. Caso seja inevitável, a disposição de resíduos da construção civil em
tais áreas será permitida somente se esta alternativa estiver explícita na(s)
Licença(s) de Instalação e documentos vinculados.

Logo:

• Todas as áreas a serem utilizadas para extração de insumos (areia, piçarro,


etc.) deverão ser ou estar devidamente licenciadas;
• As atividades de terraplenagem para a exploração de jazidas, áreas de
empréstimo e bota-foras deverão ser previamente planejadas no intuito de
garantir que processos erosivos não sejam instalados;
• Os taludes nessas áreas deverão estar protegidos contra erosões; ter
reservada a sua camada de topsoil para o PRAD; Manter a inclinação dentro
do padrão máximo permitido;
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 53
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• As áreas de empréstimo deverão ser exploradas de forma consciente e sem


intervenções em áreas de maior proporção, preservando a vegetação;
• Todas as áreas de empréstimo, jazidas, bota-foras e estoques deverão ser
contempladas no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD.

o Tráfego, Transporte e Operação de Veículos e Equipamentos

Os seguintes critérios deverão ser adotados:

• A sinalização deverá estar presente em todos os locais de acesso de


pessoas ou veículos, garantindo a segurança de quem trafega e caminha por
esses locais;
• Os operadores de máquinas e equipamentos deverão ser orientados para os
cuidados pertinentes ao trânsito nas áreas de risco para animais e pessoas;
• A construtora deverá criar normas para evitar a agressão ao meio ambiente
em decorrências do tráfego de veículos e máquinas pesadas, seja evitando
o desmatamento/destruição desnecessários ou, proibindo a descarga de
materiais contaminantes no campo;
• Quaisquer danos que venham a ser ocasionados em decorrência do tráfego
de pessoas, veículos etc. nas áreas do empreendimento serão de
responsabilidade da construtora o seu devido reparo;
• As velocidades máximas permitidas deverão estar de acordo com o
Programa de Sinalização;
• A responsabilidade e a adoção de medidas de segurança são de
responsabilidade da construtora e deverão ser objeto de inspeções
periódicas;
• As vias com fluxo de veículos e equipamentos deverão ser avaliadas e
umectadas periodicamente através de caminhão pipa para evitar a emissão
de particulados;
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 54
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• Para o transporte de veículos longos, o trajeto deverá ser traçado com


antecedência para evitar problemas de obstrução de vias.

o Transporte de colaboradores, máquinas e equipamentos

• O transporte dos colaboradores deverá seguir as exigências de segurança;


• Os veículos deverão transportar somente a carga máxima permitida;
• Será obrigatório o porte de carteira de habilitação, com validade em vigor e
na categoria pertinente, por parte do motorista.

o Edificações

As edificações deverão seguir os padrões vigentes na área de construção civil


sustentável, considerando também as peculiaridades da área de saúde e segurança
do trabalho, no que diz respeito a sua higienização e perfeito funcionamento.

o Canteiro de Obras

Para a construção das edificações do canteiro de obras, é importante que sejam


utilizados materiais de fácil reaproveitamento, preferencialmente, matérias-primas
de encaixe ou blocos sustentáveis. Isso implicará na redução dos custos com os
materiais utilizados, além da redução nos índices de supressão vegetal e seus
efeitos na fauna local.

A localização do canteiro de obras deverá considerar os desníveis topográficos da


área, como objetivo de reduzir escavações e aterros, e consequentemente, reduzir
os impactos e riscos ambientais durante a sua utilização, assim como os custos
ambientais e econômicos dos serviços necessários à recomposição e adaptação da
área ao uso planejado para o período posterior à conclusão da obra. Em síntese, o
planejamento do canteiro de obras deverá nortear-se por aspectos técnicos
conjugados com o princípio da redução de impactos e preservação ambiental.
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 55
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A estrutura organizacional do canteiro de obras a ser utilizado pelo Empreendedor


e suas contratadas deverá concentrar as seguintes edificações: escritórios
temporários e permanentes, vestiários, instalações sanitárias, entre outras.

Parte desta estrutura será mantida no local, mesmo após o término da implantação,
uma vez que se tornará o ponto de convergência das frentes de serviços
subsequentes.

Além disso, a concepção do projeto tem como diretriz básica o uso de tecnologias
em favor da eficiência energética e do respeito ao meio ambiente.

o Locais Confinados

Para os locais confinados, de armazenamento de produtos inflamáveis ou


perigosos, é imprescindível que, caso não haja contato direto com o exterior ou com
ventilação adequada, sejam empregados equipamentos de ventilação.

o Resíduos Sólidos: Gerenciamento

A redução na geração de resíduos deverá seguir algumas orientações, tais como:

• Aperfeiçoamento da logística de compra, estocagem e distribuição de


matérias-primas, insumos e produtos;
• Substituição de produtos descartáveis por outros com maior durabilidade;
• Produção de informativos contendo as boas práticas operacionais de
sustentabilidade;
• Organização do canteiro de obras, reduzindo a perda de materiais.

As medidas para reutilização possuem o objetivo de minimizar a disponibilidade de


determinados materiais na natureza, descartados de forma exagerada e sem
planejamento. A reutilização de materiais e resíduos depende, evidentemente, das
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TÍTULO: PÁG: 56
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

características e condições locais, da disponibilidade técnica e dos fatores


econômicos, sociais e culturais. Quando aplicadas corretamente, essas técnicas
promovem grandes benefícios, como a redução dos custos operacionais da
construção civil e a redução dos danos ambientais.

Durante a implantação do Empreendimento, a segregação dos resíduos gerados


deverá ser uma regra, conforme previsto no Programa de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos (PGRSEL), de forma que o tratamento e
destinação final ocorra juntamente com empresas devidamente licenciadas.

o Manejo de Substâncias Perigosas

Caso seja necessário, o manejo de substâncias perigosas deverá ser realizado


seguindo-se algumas orientações básicas:

• A construtora deverá solicitar aos fornecedores a Ficha de Informações de


Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) para todas as substâncias
químicas e perigosas, para que possam ser avaliadas as formas de
armazenamento, transporte, utilização e descarte;

• Os postos de abastecimento de combustíveis localizados próximos ao


canteiro de obras, deverão ser construídos seguindo todas as normas para
evitar contaminação dos solos e lençóis freáticos. Os tanques de óleo diesel
e gasolina deverão ser aéreos, protegidos por muretas e pisos de contenção
contra vazamentos, além das bombas de abastecimento permanecerem em
locais cobertos e pisos impermeabilizados com canaletas (Figura 4.2).
Existem também os módulos de abastecimento que já possuem todos os
sistemas de contenção contra vazamentos. Além disso, uma pista para
abastecimento deverá ser construída, de maneira que qualquer respingo ou
vazamento durante o abastecimento dos veículos e máquinas seja contido
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TÍTULO: PÁG: 57
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em piso impermeabilizado. O posto de combustível deverá ser licenciado


junto ao órgão ambiental antes da sua operação, conforme Resoluções
CONAMA n° 273/2000,276/2001 e 319/2002.

Figura 4.2: Exemplo de pista de abastecimento com tanque de combustível


aéreo.
Fonte: POC Filtros, 2019.

• O abastecimento de máquinas e equipamento no campo é vedada, contudo,


em casos extraordinários, é obrigatório o máximo cuidado para que não
ocorram vazamentos e/ou derramamentos. O transporte do combustível ou
substâncias perigosas deverá ser realizado dentro de embalagens
resistentes com tampa rosqueada, sendo acomodados em bandejas ou
pallets de contenção (Figura 4.3). Todo o procedimento deverá ocorrer,
preferencialmente, sem que haja contato direto da embalagem ou
equipamentos com o solo, evitando contaminações.
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 58
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Figura 4.3: Embalagem para substâncias perigosas e pallet/bacia de contenção.


Fonte: Mercado Livre, 2019.

• Os colaboradores responsáveis pelo manuseio de substâncias perigosas


deverão ser capacitados para tal atividade e utilizarem os Equipamentos de
Proteção Individual e/ou Coletivos como forma de prevenir os riscos
ambientais e garantir a segurança do trabalhador;
• Caso seja provável a incidência de chuva no interior da bacia, ou seja,
necessária a execução de lavagem periódica no local, será imprescindível a
ligação do sistema de drenagem a uma caixa separadora de água e óleo a
ser usada somente quando necessário. É desejável que toda a água de
lavagem do piso, após tratamento seja armazenada para posterior reuso.
Manter a válvula do sistema de drenagem sempre fechada quando não
estiver em uso, garantindo que a bacia de contenção seja efetiva.
Recomenda-se que o depósito de produtos perigosos seja construído em
área adjacente à rampa de lavagem e oficina mecânica.

Os empregados que forem responsáveis por operações que envolvam manuseio e


armazenamento de produtos perigosos deverão receber orientação formal
relacionada aos riscos ambientais e a saúde, associados aos referidos materiais,
bem como o procedimento de ação em caso de emergências.
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TÍTULO: PÁG: 59
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o Fornecedores

Os fornecedores de materiais, como brita (até o início da operação da pedreira),


areia, madeira, dentre outros; deverão possuir licenciamento ambiental
comprovando a conformidade junto ao órgão ambiental. É vedada a aquisição ou
uso de telhas contendo amianto, de quaisquer tipologias, nas instalações da obra.
Deverão ser utilizadas telhas livres deste minério.

o Efluentes

É necessária a implantação de um sistema de tratamento de efluentes no local do


empreendimento, garantindo o tratamento adequado aos efluentes gerados e
assegurando a proteção ao meio ambiente.

Os tipos de efluentes a serem gerados no empreendimento, poderão ser:

• Efluentes domésticos: provenientes dos banheiros instalados em todas as


áreas do canteiro de obras, alojamentos, escritórios, refeitórios e cozinhas.
• Efluentes industriais:
✓ Águas oleosas: provenientes de oficinas e manutenções mecânicas.
✓ Águas recicladas: provenientes do Dique de Lavagem de Betoneiras.

Efluentes Domésticos

O sistema adotado para o tratamento das águas negras e cinzas, provenientes de


sanitários, lavatórios e demais instalações do canteiro de obras, deverá ser um
esgotamento estativo, constituído por tanque séptico, filtros anaeróbios e sumidouro
(Figura 4.4). O mesmo atenderá aos requisitos das Normas NBR 12.209/2011, NBR
7.229/1997, NBR 13.969/1997.
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 60
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Figura 4.4: Esquema de construção de um sistema


de esgotamento estático.
Fonte: DHF, 2017.

O dimensionamento do sistema de esgotos sanitários deverá atender as normas


ABNT vigentes para a coleta e tratamento de efluentes líquidos.

Visando verificar e acompanhar o comportamento dos sistemas de tratamento,


deverá ser realizado monitoramento periódico dos efluentes tratados com base nas
diretrizes estabelecidas na Norma NBR 9.898/1987. Os resultados laboratoriais das
análises deverão, por sua vez, atender aos limites legais estabelecidos pelas
Resoluções CONAMA n° 357/2005 e n° 430/2011.

Após tratamento, e verificada a qualidade final, os efluentes poderão ser reutilizados


nas atividades como terraplenagem. Se, num dado momento, o volume de efluentes
seja superior à demanda de reuso, deverá ser realizada a coleta e destinação
desses efluentes tratados por empresas licenciadas para esta atividade.

Efluentes Industriais

• Águas Oleosas: os locais geradores de efluentes oleosos no


empreendimento deverão dispor de um sistema separador de água e óleo
(SAO) (Figura 4.5). Tal sistema deverá possibilitar a remoção do óleo das
águas, adequando o efluente tratado às exigências estabelecidas pela
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 61
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Resolução CONAMA 357/2005. O sistema SAO deverá ser higienizado


periodicamente, de forma a retirar e armazenar o óleo retido em bombonas
de 200 litros com tampa, vedação e a devida identificação do óleo a ser
destinado para o rerrefino.

Figura 4.5: Exemplo de um Sistema Separador de Água e


Óleo (SAO)
Fonte: ARTEFÁCIL, 2019.

Águas recicladas (dique lavagem): a lavagem das betoneiras deverá ocorrer em um


dique de lavagem específico (Figura 4.6) de forma que a água utilizada na lavagem
dos caminhões possa ser drenada para um sistema de decantação (bate-lastro)
construído com caixas de sedimentação e caixas de água recuperada/reciclada. A
intenção é possibilitar que essa água passe por um sistema de tubos em PVC
(formato de sifão) que vão auxiliar na decantação das partículas sólidas nessas
caixas. É interessante que haja um sistema de bombas centrífugas que recupere a
água isenta de partículas sólidas e a direcione para um tanque (reservatório de água
reciclada). Essa água poderá ser reutilizada no processo de produção de concreto
ou para a lavagem das betoneiras.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 62
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Figura 4.6: Exemplo de Dique de Lavagem de Betoneiras


Fonte: PAULA & ILHA, 2014.

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

Os colaboradores ao realizarem suas atividades são responsáveis por trabalhar de


forma a preservar a saúde das pessoas e do meio ambiente em que estão inseridos.
Todos os níveis de liderança são especificamente responsáveis por garantir a
conformidade das atividades desenvolvidas.

É de responsabilidade das empresas construtoras minimizar ou mitigar os danos


ambientais durante todas as atividades de construção, de forma a preservar, tanto
quanto possível, as condições naturais da paisagem, restringindo sua intervenção
às áreas estritamente necessárias, definindo como serão restabelecidos, da
maneira mais aproximada às condições originais, os locais passíveis de
recomposição, através de processos de reconformação dos terrenos, revegetação,
obras de drenagem e de estabilização de solos, dentre outras, que devem ser
executadas tão logo esteja concluída a função da obra em questão no
empreendimento. As empresas deverão se encontrar adequadas à legislação
ambiental vigente, bem como em relação às condicionantes ambientais das
Licenças e Autorizações.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 63
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

RELATÓRIOS

Deverá ser elaborado relatórios mensais internos e semestrais para entrega ao


empreendedor, e consolidados para encaminhamento ao órgão ambiental
(SUDEMA/PB), de acordo com a periodicidade solicitado em Licença. Nesses
relatórios deverão ser apresentados os resultados do monitoramento e demais
informações pertinentes ao Programa.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

O Programa de Controle Ambiental deverá ser desenvolvido pela construtora, a qual


terá o apoio de fornecedores específicos para a execução das atividades em campo.

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

O Programa de Controle Ambiental Associado à Execução das Obras possui


relação direta com todos os programas que compõem o PBA.

CRONOGRAMA

O Programa de Controle Ambiental deverá ser iniciado juntamente com as obras do


empreendimento e permanecer operacional durante toda a etapa de construção,
sendo possível sua continuidade na fase de operação.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O: PÁ G: 64

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

T a b e l a 4. 7: C r o n o gr a m a d e E x e c u ç ã o d o Pl a n o d e C o ntr ol e A m b i e nt al a s s o c i a d o à E x e c u ç ã o d a s O b r a s .

Pré MESES
PROGRAMA DE
CONTROLE AMBIENTAL implantação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Treinamento da Equipe

Reunião de Alinhamento

Relatórios Internos

Relatórios Semestrais

Construções de sistemas
sustentáveis

Uso racional de energia


elétrica

Utilização de
reaproveitamento da água

F o n t e: C R N - Bio, 2 0 2 1.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 65
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REFERÊNCIAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004 de 31 de novembro


de 2004. Resíduos sólidos – Classificação.

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12209. Elaboração de


projetos hidraulico-sanitarios de estações de tratamento de esgotos sanitários.
2011.

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13969. Tanques sépticos


- Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes
líquidos - Projeto, construção e operação. 1997.

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7229. Projeto, construção


e operação de sistemas de tanques sépticos. 1993.

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9898. Preservação e


técnicas de amostragem de efluentes líquidos e corpos receptores. 1987.

AECweb. Telha de fibra vegetal: produção e uso sustentável. 2019. Disponível em:
https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/telha-de-fibra-vegetal-producao-e-
uso-sustentavel_1005_10_1. Acesso em: 15 outubro. 2021.

ARTEFÁCIL. Separador de Água e Óleo. 2019. Disponível em:


http://www.artefacil.com.br/obras-comerciais/separador-de-solidos-agua-e-
oleo. Acesso em: 15 outubro. 2021.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.

BRASIL. Lei 10.295 de 17 de outubro de 2001. Dispõe sobre a Política Nacional de


Conservação e Uso Racional de Energia e dá outras providências. Acesso em:
16 outubro. 2021.

BRASIL. Lei 12.305 de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos


Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras
providências.

BRASIL. Lei 12.651 de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação


nativa; altera as Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de
dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nºs
4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 66
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12651.htm. Acesso em: 16 outubro. 2021.

BRASIL. Lei 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do


Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá
outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm. Acesso em: 16 outubro.
2021.

BRASIL. Lei 9.433 de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos


Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos,
regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º
da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28
de dezembro de 1989.Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9433.htm. Acesso em: 16 outubro.
2021.

BRASIL. Lei 9.605 de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e


administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente,
e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm. Acesso em: 16 outubro.
2021.

BRASIL. Lei Complementar nº 272 de 03 de março de 2004. Regulamenta os artigos


150 e 154 da Constituição Estadual, revoga as Leis Complementares
Estaduais nº 140, de 26 de janeiro de 1996, e nº 148, de 26 de dezembro de
1996, dispõe sobre a Política e o Sistema Estadual do Meio Ambiente, as
infrações e sanções administrativas ambientais, as unidades estaduais de
conservação da natureza, institui medidas compensatórias ambientais, e dá
outras providências.2004. Acesso em: 16 outubro. 2021.

BRASIL. Lei Complementar nº 336 de 12 de dezembro de 2006. Altera a Lei


Complementar Estadual nº 272, de 03 de março de 2004 e dá outras
providências. 2004.

CONAMA. Lei Complementar nº 430, de 13 de maio de 2005. Dispõe sobre as


condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a
Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente-CONAMA.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 67
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

CONAMA. Resolução nº 357, de 05 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios


e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

CUNHA, R. Conheça os 5 R´s da sustentabilidade para a indústria da moda circular.


2016. Disponível em: http://www.stylourbano.com.br/conheca-os-5-rs-da-
sustentabilidade-para-a-industria-da-moda-circular/. Acesso em: 17 outubro.
2021.

DHF consultoria e Engenharia. Projeto de Saneamento Básico: alternativas para as


localidades pertencentes à UTE Ribeirão Jequitibá. Sete Lagoas. 2017.

FERRO, F. S. Painéis OSB com madeira Schizolobium amazonicum e resina


poliuretana à base de óleo de mamona: viabilidade técnica de produção. USP.
2013.

HB Compensados. Painel de OSB. 2019. Disponível em:


http://www.hbcompensados.com.br/painel-de-osb-2-44-x-1-22.html. Acesso
em: 17 outubro. 2021.

Mercado Livre. Bacia de contenção. 2019. Disponível em:


https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-853847131-kit-c-5-bacia-para-
contenco-20-litros-_JM?quantity=1. Acesso em: 17 outubro. 2021.

MIN - Ministério da Integração Nacional. Projeto Ambiental de Construção - PAC.


PBA-02. 2011.

MS - Ministério da Saúde. Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Dispõe


sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para
consumo humano e seu padrão de potabilidade.

MS - Ministério da Saúde. Portaria nº 518, dispõe sobre os procedimentos e


responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para
consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras
providências.2004.

PAULA, H.M.; ILHA, M.S.O. Qualidade da água residuária de usina de concreto


para fins de aproveitamento. Revista Ibracon de Estruturas e Materiais. 2014.

PEREIRA, P.S.; BRITO, A.M. Controle Ambiental. Juazeiro do Norte/CE. 2012

POC Filtros. Tanque de abastecimento de óleo diesel: vale a pena ter um sistema
próprio. 2019. Disponível em: http://pocfiltros.com.br/blog-noticias/tanque-de-
abastecimento-de-oleo-diesel/. Acesso em: 17 outubro. 2021.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 68
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

RUGIERO, T.J.; SILVA, R.Q. Aproveitamento da água da chuva para fins não
potáveis em áreas industriais. Rev. Ciencia Et Praxis. v. 7. n. 14. 2014.

VECHI, N.R.G.; GALLARDO, A.L.C.F.; TEIXEIRA, C.E. Aspectos ambientais do


setor da construção civil: roteiro para a doção de sistema de gestão ambiental pelas
pequenas e médias empresas de prestação de serviços. Rev. Sistemas & Gestão.
v. 11, n. 1. 2016.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 69
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

SUBPROGRAMA DE CONTROLE DE PROCESSO EROSIVOS

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

A erosão é um dos principais fenômenos geológicos que ocorrem na Terra e se


processa de várias formas, se considerarmos seu ambiente de ocorrência. Dentro
das ciências ambientais, define-se erosão como o desgaste e/ou arrastamento da
superfície da terra pela água corrente, vento, gelo ou outros agentes geológicos,
incluindo processos como o arraste gravitacional.

Atualmente são classificados dois tipos de erosão, a saber: erosão natural ou


geológica e erosão acelerada ou induzida. A primeira resulta do desgaste natural
do solo por água, vento ou outros agentes naturais, sem perturbações provocadas
pelo homem. A segunda é muito mais rápida que a natural, primariamente como
resultado da influência das atividades antrópicas, ou em alguns casos, de animais.

A água é o principal agente deflagrador dos movimentos gravitacionais de massa


(rastejos, deslizamentos e corridas) e de transporte de massa (erosão), fazendo
com que a maioria das movimentações de encostas ocorra no período chuvoso.

Este Subprograma de Controle de Processos Erosivos é justificado pela


necessidade de prevenir, minimizar e/ou mitigar as prováveis interferências em
função das obras.

O Subprograma de Controle de Processos Erosivos apresenta os procedimentos e


os critérios a serem adotados com a finalidade de proteger e estabilizar as vias de
acesso e as demais estruturas da Usina Fotovoltaica da atuação de processos
erosivos e de áreas instáveis, visando manter uma coexistência harmônica com as
áreas circunvizinhas.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 70
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

No contexto da execução das obras, o controle dos processos erosivos é


fundamental para evitar focos de degradação e requer a adoção de cuidados
operacionais, que procurem evitar ao máximo a sua ocorrência, particularmente, em
situações que envolvam:

• Obras de terraplenagem para implantação de acessos externos, das vias


internas à Usina Fotovoltaica, das bases das placas, do canteiro de obras e
da subestação.
• Execução de aterros, cortes, bota-foras e jazidas.

Este Subprograma, além de necessário para prevenir, minimizar e/ou mitigar as


prováveis interferências em função das obras, atende ao disposto no estudo
ambiental apresentado em termos de obtenção da licença prévia para o
empreendimento fotovoltaico em tela.

As diretrizes básicas deste Subprograma são: (i) que o planejamento operacional


deve considerar as intervenções, o cronograma e o período chuvoso; (ii) que as
áreas críticas de erosão devem ser identificadas; (iii) que as medidas e os
dispositivos de controle de erosão e estabilização dos taludes sejam executados.

Os acessos internos a serem construídos com materiais mais impermeáveis do que


o piso natural existente na área, permitirá o escoamento das águas meteóricas, e
poderá gerar cursos de escoamento superficial sobre os leitos ou mesmo nas suas
margens, favorecendo processos pontuais e progressivos (se não tratados) de
erosão e assoreamento e interferindo na dinâmica local.

Com a efetiva execução deste Subprograma, é previsível que ocorra uma


minimização dos processos de erosão, transporte e deposição de areias, uma vez
que algumas áreas de aporte serão estabilizadas.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 71
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Os procedimentos para controle de processos erosivos e assoreamento aplicam-se


a todas as vias de acesso do empreendimento, sendo priorizadas as áreas mais
críticas, as quais deverão ser identificadas conforme procedimentos metodológicos
a serem explicitados ao longo dos apontamentos técnicos deste Subprograma.

Para se recomendar corretamente as tecnologias de controle à erosão, há a


necessidade de se conhecer os fatores básicos descritos na Figura 4.7. Logo, para
se identificar a existência da necessidade de recuperação e estabilização das áreas
que serão alvos das intervenções para implantação e operação da atividade de
geração de fotovoltaica, em questão, deve-se considerar tal planejamento com as
particularidades da região.

Figura 4.7: Componentes integrativos do rol dos


elementos funcionais que colaboram com o
surgimento/acentuação de processos erosivos.
Fonte: Adaptado de Hernani et al. (2003).

Quaisquer procedimentos serão levados a cabo com o intuito de se evitar danos


físicos aos solos, aos sistemas hidrográficos, que porventura venham a existir na
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 72
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

região circunvizinha e aos elementos estruturantes correlativos ao empreendimento


fotovoltaico, constituindo-se, por sua vez, na principal justificativa deste
Subprograma.

OBJETIVOS

 Objetivo Geral

Este Subprograma tem por objetivo prevenir a ocorrência de processos erosivos ou


adotar medidas de controle de erosões em desenvolvimento, originados em função
das obras, visando a assegurar a estabilidade do terreno nas áreas de corte e
aterro, potencializando o processo de recuperação de áreas degradadas pelas
obras do Projeto Fotovoltaico em questão, bem como gerir as alterações dinâmicas
da área em decorrência da inter-relação empreendimento x natureza, e orientar as
intervenções antrópicas no ambiente, no sentido de atenuar o desenvolvimento de
processos erosivos que possam comprometer a estabilidade ambiental do
geoecossistema e otimizar as ações de implantação do sistema viário interno.

Além disso, as atividades aqui propostas visam à proteção das estruturas físicas do
empreendimento bem como de toda a infraestrutura de apoio permanentes.

 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos estabelecidos para este Subprograma, propostos para as


fases de instalação e operação do empreendimento, são descritos a seguir:

• Observar e manter os dispositivos de controle de erosão e


assoreamento;
• Elaborar estudos e projetos em suporte às ações de prevenção, controle
e correção de processos erosivos e assoreamento; e,
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 73
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Implementar planos de prevenção contra a instalação de processos


erosivos na Usina e seus acessos, seja por meio de agentes hídricos ou
demais processos construtivos.

METAS

As metas deste Subprograma, propostas para as fases de instalação do


empreendimento, são:

• Auxiliar na manutenção preventiva e readequação dos sistemas de


controle de erosão, com base em resultados de monitoramento e
indicadores de desempenho;
• Auxiliar na internalização (empreendedor e contratadas) dos conceitos
de planejamento e gestão ambiental baseados na prevenção;
• Auxiliar o controle e correção de processos erosivos; e,
• Realizar o monitoramento dos processos erosivos e quando for
necessário, auxiliar na correção dos mesmos.

As metas deste Subprograma, propostas para o empreendimento em apreço, são


descritas e mais especificadas na tabela a seguir:

Tabela 4.8: Metas e indicadores especificados para direcionamento do Subprograma.


METAS

OBJETIVOS SEREM UTILIZADOS


INSTALAÇÃO OPERAÇÃO

2 (duas) visitas ao mês Monitoramento por


Monitoramento
para inspeção visual de via de formulário de
SECO

semestral de 100% da
100% da área campo; e, Avaliação
área diretamente
diretamente afetada no qualitativa das
afetada no tocante a
tocante a adoção de estruturas de
adoção de medidas de
medidas de proteção à controle dos
proteção à erosão.
erosão. processos erosivos.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 74
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

METAS

OBJETIVOS SEREM UTILIZADOS


INSTALAÇÃO OPERAÇÃO
área diretamente afetada
Dispositivos quanto às

processos erosivos na

A cada 1 (uma) Monitoramento


Monitoramento por
contenções de

semana. semestral
UMIDO

via de formulário de
campo; e,
(ADA)

Inspeção visual de Inspeção visual de


Avaliação qualitativa
100% da área 100% da área
das estruturas de
diretamente afetada diretamente afetada
controle dos
para avaliação dos para avaliação dos
processos erosivos.
processos erosivos. processos erosivos.

Registro do número de ocorrências de movimentos de

Registro das demandas por manutenção e correção


Avaliação qualitativa das estruturas de controle dos
Monitoramento por via de formulário de campo;

em áreas afetadas por processos erosivos.


processos erosivos;
1 (uma) visita ao mês
Monitoramento
PERÍODO

para inspeção visual de


SECO

massa; e,
semestral de 100% da
100% da área
área diretamente
diretamente afetada no
afetada no tocante a
tocante a adoção de
avaliação dos
medidas de proteção à
processos erosivos.
erosão.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 75
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

METAS

OBJETIVOS SEREM UTILIZADOS


INSTALAÇÃO OPERAÇÃO

Monitoramento por via de formulário de campo;


Avaliação qualitativa das estruturas de controle
erosivos, e quando for necessário auxiliar

correção em áreas afetadas por processos


Registro das demandas por manutenção e
estruturas de contenção de processos
Monitorar e garantir a qualidade das

Registro do número de ocorrências de


na correção dos mesmos

movimentos de massa; e,
dos processos erosivos;
A cada 1 (uma)
Monitoramento
semana.
semestral
UMIDO

erosivos.
Inspeção visual de
Inspeção visual de
100% da área
100% da área
diretamente afetada
diretamente afetada para
para avaliação dos
avaliação dos processos
processos erosivos.
erosivos.

Monitoramento por via de formulário


controle de erosão com respaldo

Registro do número de ocorrências

manutenção e correção em áreas


afetadas por processos erosivos.
readequação dos sistemas de

de movimentos de massa; e,
Registro das demandas por
nos pareceres dados pelo
Manter ação preventiva e

Observar 100% dos


Observar 100% dos
relatórios quanto ao
relatórios quanto ao
monitoramento.

CONSTANTE

monitoramento e traçar
monitoramento e traçar de campo;
adequações quanto às
adequações quanto às
técnicas e
técnicas e
equipamentos de
equipamentos de
contenção,
contenção, obedecendo
obedecendo aos
aos pressupostos deste
pressupostos deste
Subprograma.
Subprograma.

Fonte: CRN-Bio (2021), adaptado de Souza (2015).

INDICADORES DE DESEMPENHO

Tabela 4.9: Indicadores de Desempenho.


Número de processos erosivos
Número de processos erosivos
identificados antes da implantação do X
controlados.
Empreendimento.
Número de atividades de implantação
X Número de atividades inspecionadas.
que envolvam corte, aterro,
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 76
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

empréstimo de solo e rocha,


raspagem, compactação e todas as
outras que acarretem exposição do
solo e/ou modifiquem as
características do solo

Número de medidas implementadas Número de acessos existentes.


X
nos acessos.

Número de cursos d’água adjacentes


Número de cursos d’água
assoreados em decorrência das obras X
desassoreados
de implantação do empreendimento
Quantidade (%) de estruturas previstas no Projeto do Sistema de Drenagem
Pluvial implantada
Quantidade (%) de processos erosivos identificados
Quantidade (%) de medidas implementadas
Quantidade (%) de casos de não conformidade registradas pela equipe do
Subprograma de Gestão Ambiental que foram corrigidas
Fonte: CRN-Bio, 2021.

REQUISITOS LEGAIS

O Subprograma de Controle dos Processos Erosivos possui como arcabouço


fundamental a Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política
Nacional de Meio Ambiente, a qual assegura o desenvolvimento sustentável por
meio da adoção de práticas que considerem a eficiência ambiental no uso dos
recursos naturais, entre outros princípios e, complementarmente este Subprograma
fundamentar-se nas seguintes prerrogativas legais:

Tabela 4.10: Legislação vigente para o Subprograma de Controle de Processos Erosivos.


LEI FEDERAL N° Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema
9.433/1997 Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de


LEI N° 9.605/1998 condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências.
Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis
LEI Nº 12.651/2012 no 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de
1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis
no 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 77
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e


dá outras providências, tratando-se do Novo Código Florestal.

NORMA NBR Trata da execução de sondagens para simples reconhecimento de


6.484/2001 solos.

NORMA NBR Procedimento. Esta Norma fixa as condições exigíveis a serem


8.044/1983, observadas nos projetos geotécnicos, em especial daqueles
PROJETO integrantes de obras de engenharia civil em que a interação
GEOTÉCNICO estrutura-terreno (ou geometria-terreno) seja relevante no
desempenho das referidas obras.

NORMA NBR Degradação do Solo. Esta Norma define os termos empregados nos
10.703/1989 estudos, projetos, pesquisas e trabalhos em geral, relacionados à
análise, ao controle e à prevenção da degradação do solo.
Estabilidade de taludes. Esta Norma fixa as condições exigíveis no
NORMA NBR estudo e controle da estabilidade de taludes no solo, rocha ou
11.682/1991 mistos, componentes de encostas naturais ou resultantes de cortes;
abrange, também, as condições para projeto, execução, controle e
conservação de obras de estabilização.
Fonte: CRN-Bio, 2021

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O presente Subprograma tem como público-alvo os trabalhadores envolvidos na


sua execução, bem como das equipes de execução das obras de implantação do
empreendimento (equipes de engenharia).

O público-alvo deste Subprograma será:

• O próprio empreendedor detentor da responsabilidade de implantação e


operação da atividade de geração de energia; e,

• O órgão ambiental licenciador estadual (SUDEMA).

Contudo, destaca-se também que não obstante tem-se como foco os colaboradores
envolvidos nas atividades dentro da área do próprio empreendimento (ADA) para
que eles atuem como agentes minimizadores dos danos ocasionados pelo
surgimento/acentuação dos processos erosivos.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 78
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

ATIVIDADES/METODOLOGIA

O Subprograma de Controle de Processos Erosivos é destinado aos locais a serem


afetados com a implantação do empreendimento e, baseia-se, essencialmente, em
medidas preventivas, ou seja, que visam antecipar a ocorrência ou formação de
processos erosivos nas áreas de interferências diretas da Usina Fotovoltaica. Além
disso, estabelece diretrizes de monitoramento e controle visando à contínua
proteção das estruturas do empreendimento e à manutenção das condições
mínimas necessárias para o processo de regeneração ambiental.

Dessa forma, serão adotadas medidas preventivas para evitar a ocorrência de focos
erosivos nas vias e nas bases dos módulos solares. Drenagens deverão ser
construídas para evitar danos às estruturas do empreendimento e deverão também
ser mantidas em boas condições durante a sua operação. Caso identificado algum
foco erosivo, originado em função das obras ou que coloque em risco a estabilidade
das estruturas do empreendimento, medidas corretivas serão executadas para
recuperação da área.

Com relação às estradas e acessos de serviços, deverá ser previsto um sistema


eficiente de drenagem superficial, incluindo dispositivos de direcionamento (canais,
canaletas, guias, etc.) e de dissipação de energia, para que o pavimento e as faixas
laterais das estradas de acesso ao canteiro de obras, bem como as vias internas,
estejam adequadamente protegidos. Essa recomendação deverá ser reforçada nos
casos de aterros, desníveis topográficos, cabeceiras de drenagem, e em todas e
quaisquer superfícies que estejam sujeitas a processos erosivos, especialmente
aqueles que possam afetar a trafegabilidade e a segurança das vias, bem como
afetar áreas sensíveis ou propriedades vizinhas.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Caso identificado algum foco erosivo, originado em função das obras ou que
coloque em risco a estabilidade das estruturas do empreendimento, medidas
corretivas serão executadas para recuperação da área.

De uma forma geral os sistemas de drenagem, em função de suas dimensões, são


classificados como sistemas de microdrenagem ou de macrodrenagem. Para as
áreas diretamente afetadas pela Usina Fotovoltaica, deverão ser dimensionados
sistemas de microdrenagem, visando exclusivamente à coleta e o afastamento das
águas pluviais.

Os principais sistemas de microdrenagem são:

• Calhas e Coletores (edificações do canteiro de obras administrativo);


• Canaletas de Descida (entre níveis diferentes de taludes);
• Canaletas de Borda de Talude;
• Canaletas de Pé de Talude; e,
• Canaletas Principais (associadas aos acessos).
 Manejo do Solo Superficial

As ações para controlar o risco de instalação de processos erosivos se iniciam logo


após a remoção da vegetação. Após a conclusão do desmatamento da área, a
camada superficial do solo deverá ser translocada sempre que possível para locais
com vegetação nativa, situadas no entorno do local de remoção.

O entorno dos locais de armazenamento do solo deverá estar dotado de contenção


provisória para evitar o carreamento de sedimentos e de partículas do solo às áreas
mais baixas, drenagens e cursos d’água.

 Tipos de Feições Erosivas


o Erosões Lineares
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 80
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

As erosões lineares geralmente iniciam-se pela erosão laminar, que ocorre quando
o escoamento de água carreia a superfície do terreno de forma homogênea. À
medida que este carreamento persiste o escoamento se concentra através de linhas
de fluxo superficiais bem definidas, podendo desenvolver três tipos de feições:
sulcos, ravinas e voçorocas. Essas feições apresentam expressão local, sendo bem
marcadas na paisagem. O estágio inicial do processo é caracterizado pelo sulco,
que evolui para ravina e esta, se sofrer aprofundamento até o afloramento do lençol
freático, passa a ser denominada de voçoroca.

o Erosões Laminares

São aquelas formadas pelo escoamento difuso das águas pluviais nas vertentes
convexas, aliada à escassez de vegetação e, muitas vezes, ao pisoteio do gado.
Apresentam pouca largura e baixa ou nenhuma profundidade. Porém, em alguns
casos, seu comprimento ocupa boa parte da vertente onde está instalada.

o Ravinas e Sulcos

Desenvolvem-se tanto através do escoamento contínuo de águas pluviais nas áreas


de pisoteio de gado, como também a partir da abertura de taludes de corte para
implantação dos acessos locais sem direcionamento da drenagem pluvial. A
concentração das águas escoadas nas margens dos acessos e nas faces dos
taludes provoca o carreamento do material particulado, que é francamente erodível,
prosseguindo com o sulcamento do terreno e o aprofundamento dos sulcos,
originando, por fim, as ravinas.

o Voçoroca

Estágio avançado em que um processo erosivo se encontra, ocasionado pela


continuação da atividade erosiva do lençol de escoamento superficial.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 81
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

o Movimentos de Massa

Os movimentos de massa apresentam-se sob a forma de escorregamentos nas


encostas naturais íngremes e taludes. Geralmente eles são causados pela
saturação hídrica do solo no período chuvoso ou muitas vezes associados aos
cortes na base desses materiais, como é o caso do corte para a implantação do
acesso. Ocorrem também na forma de deslizamentos situados às margens de
cursos d'água em áreas de pastagem, causados pelo solapamento da base e
elevação do N.A. durante o período de cheia dos cursos d’água.

o Escorregamentos

Os escorregamentos caracterizam-se como movimentos rápidos, de curta duração,


cujo deslocamento é feito através de um plano de ruptura bem definido, ao longo de
uma ou muitas superfícies.

Os termos gerais: queda de barreira, desbarrancamento ou deslizamento são por


vezes usados como sinônimo de escorregamento, o que deve ser evitado, pois os
mesmos referem-se apenas, ao rápido movimento descendente do material
constituinte da encosta, podendo incluir outros tipos de movimento que não seja
escorregamento (FERNANDES e AMARAL, 2007).

Os escorregamentos são classificados, de acordo com o plano de ruptura, em


rotacionais e translacionais.

Nos escorregamentos rotacionais o movimento da massa de solo se dá de forma


rotacional ao longo de uma superfície de ruptura curva, côncava para cima.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 82
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

o Solapamentos

Processos erosivos decorrentes da variação do nível d’água, principalmente no


período chuvoso, causando o arraste de material.

Durante todo o período de obras deverão ser realizadas vistorias difusas visando o
registro da situação dos taludes e demais áreas susceptíveis à erosão. Em períodos
de ocorrência de chuvas, a vistoria será realizada, visando a comparar a situação
dos taludes e demais áreas vistoriadas, permitindo a identificação do possível
surgimento de focos erosivos.

Caso algum processo erosivo seja identificado, o mesmo será objeto de vistorias
pontuais, visando o acompanhamento de sua evolução. Caso seja detectada a sua
evolução, medidas corretivas, sugeridas de acordo com a natureza e criticidade de
cada processo, serão implantadas.

Todos os itens ao longo da metodologia do Subprograma de Controle os Processos


Erosivos têm o intuito de oferecer subsídios para o acompanhamento e
monitoramento dos pontos mais suscetíveis à erosão, apontando, as ações que
deverão ser priorizadas durante a fase de implantação e operação.

Para isso, as etapas do Subprograma serão acompanhadas e fiscalizadas por


técnicos especializados através de visitas técnicas de campo em caráter periódico,
análises de parâmetros físicos e monitoramentos de campo. Também deverão ser
realizados registros fotográficos para o acompanhamento e análise dos resultados.

O acompanhamento ambiental ocorrerá de duas formas: a primeira será baseada


nos resultados dos indicadores ambientais, deste Subprograma, que serão
apresentados em relatórios periódicos. A segunda será baseada na avaliação das
não-conformidades, ou seja, na identificação de métodos construtivos inadequados
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 83
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

e em desacordo com os procedimentos apresentados neste Subprograma e demais


Plano inter-relacionados.

Na Tabela 4.11, é apresentada a exemplificação de um quadro de registro de


monitoramento a ser utilizado no âmbito da intervenção do empreendimento em
apreço.

Tabela 4.11: Protocolo de registro do monitoramento de processos erosivos.


PROTOCOLO DE REGISTRO DE MONITORAMENTO DE PROCESSO EROSIVOS
PROJETO: PONTO DE MONITORAMENTO:
DATA DE REGISTRO: HORÁRIO: TÉCNICO RESPONSÁVEL:
COORDENADAS: Latitude: Longitude:
Datum:
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS: ( ) Ensolarado ( ) Nublado ( ) Parcialmente Nublado ( ) Chuvoso
DESCRIÇÃO DO RELEVO LOCAL: ( ) Plano ( ) Suavemente Ondulado ( ) Ondulado ( ) Fortemente
Ondulado
Tipo de solo monitorado (adotar classificação – Embrapa/2013):
Forma de uso do solo no momento do monitoramento:
Estado atual do solo: ( ) Exposto ( ) Parcialmente vegetado ( ) Vegetado

Caracterização detalhada do ponto de monitoramento ora descrito:

OBSERVAÇÕES:

Empresa responsável pelo monitoramento de processos erosivos:


Fonte: CRN-Bio, 2021.

 Controle de Erosão e Sistema de Drenagem

Os procedimentos de controle ambiental de trabalhos de escavação e


terraplenagem incluirão a adoção de medidas preventivas, mitigadoras e corretivas
de controle de erosão e assoreamento de cursos d’água que poderão ser afetados
como decorrência das atividades de obra.

Recomenda-se o acompanhamento das previsões meteorológicas durante a


movimentação de solo para que quando previsto a ocorrência de chuvas, sejam
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 84
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

verificadas e reforçadas as estruturas de contenção, aumentando a eficiência de


proteção da obra e dos recursos naturais.

 Recuperação de Processos Erosivos e Sedimentação

Todas as feições de erosão surgidas na área de terraplanagem ou que, de alguma


forma, se originem das alterações ocasionadas pela obra, deverão ser corrigidas ou
estabilizadas no menor prazo possível.

 Monitoramento de Focos de Erosão e Áreas Críticas

Serão realizadas vistorias mensais, quando do período de instalação, e vistorias


semestrais, quando do período de operação, aos sistemas de drenagem, a fim de
identificar possíveis falhas ou necessidades de manutenção no sistema implantado.
Todo levantamento será georreferenciado, contendo os pontos identificados em
campo, bem como, o mapeamento de processos erosivos, especificando a
descrição das características dos processos: dimensão, origem, condicionantes,
dentre outros.

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

O empreendedor e/ou de consultoria ambiental a ser contratada para conduzir tal


Subprograma ambiental, o qual ser é responsável por implementar e manter ações
de estabilização de taludes em todas as obras, seja por plantio de vegetação (ex.:
macambiras, hidro-semeadura, uso de serapilheira, etc.) ou técnicas de engenharia
geotécnica, adotando sempre a técnica mais adequada e eficiente para cada
situação apresentada.

As ações ligadas a este Subprograma terão sua sequência a transcorrer de acordo


com os elementos constantes no Projeto Executivo do empreendimento. A maior
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 85
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

parte das atividades deste Subprograma serão realizadas de forma contínua e


apresentada em forma de relatórios técnicos.

RELATÓRIOS

Em se tratando dos relatórios, os quais trarão os resultados referentes às


campanhas de monitoramento de erosão e sedimentação define-se a produção e
entrega de relatórios com as seguintes periodicidades:

• Relatórios mensal interno;


• Relatórios semestrais.

Ao final da implantação, será formado um relatório final, com a compilação das


produções mensais.

A submissão à Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA)


dos relatórios será conforme exigência do Órgão.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

Os recursos humanos, materiais e financeiros necessários à execução de todas as


etapas do Subprograma serão definidos quando da elaboração do Projeto Executivo
do empreendimento em tela, mas a priori, destacamos alguns dos profissionais
(recursos humanos) a serem elencados para condução do referido Subprograma: 1
(um) geógrafo especialista em processos erosivos.

Dentre os recursos materiais aponta-se previamente a título introdutório que serão


utilizados os seguintes equipamentos/maquinários:
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 86
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

✓ Tubos;
✓ Pás;
✓ Estação total;
✓ Enxadas;
✓ GPS geodésico;
✓ Saibro;
✓ Telas
✓ Caminhões;
✓ Gramíneas;
✓ Carro-pipa;
✓ Planilhas;
✓ Câmera fotográfica;
✓ Prancheta;
✓ Cimento.
✓ Trenas;
✓ Formulários;

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Em virtude da complexidade das ações relacionadas à natureza do


empreendimento em tela deve-se estabelecer a relação deste Subprograma
ambiental com os demais Planos ou Programas para que a lógica concernente aos
interesses da empresa operadora da Usina Fotovoltaica em tela, assim como as
premissas ambientais interpostas pelo órgão ambiental estadual (SUDEMA) sejam
plenamente atingidas.

O Subprograma de Controle dos Processos Erosivos apresenta inter-relação com


os seguintes Planos/Programas ambientais:

• Plano de Gestão Ambiental;


• Plano de Educação Ambiental;
• Plano de Recuperação de Áreas Degradadas;
• Programa de Desmatamento Racional.

CRONOGRAMA
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O: PÁ G: 87

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

T a b el a 4. 1 2: Cr o n o gr a m a d e E x ec uç ã o d o S u b pr o gr a m a d e C o ntr ole d e Pr oc es s os Er osiv os

Pré MESES
Subprograma de Controle e Monitoramento de Processos Erosivos implantação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Mobilização e planejamento inicial de profissional/responsável técnico


pela execução do Programa

Vistoria do local de implantação para identificação de áreas locais críticas

Vistorias aos sistemas de drenagem

Relatórios Internos

Relatórios Semestrais

F o n t e: C R N - Bio, 2 0 2 1.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 88
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REFERÊNCIAS

BERTONI, J.; LOMBARDI NETO, F. Conservação do Solo. 3. ed. São Paulo: Cone
Editor, 1990.

BUBLITZ, U. & CAMPOS, L.C. Adequação de estradas rurais em microbacias


hidrográficas – especificações de projetos e serviços. Curitiba, EMATER-PR,
1992. 70p. (Boletim Técnico, 18).

FERNANDES, A. R; AMARAL, H. V. Manejo e Conservação do solo e da água.


Lavras: UFLA, 2007.

HERNANI, L. C; SALTON, J. C; FABRICIO, A. C. DEDECEK, R; ALVES JUNIOR,


M. Perdas por erosão e rendimentos de soja e de trigo em diferentes sistemas
de preparo de um latossolo roxo de Dourados. Revista brasileira de ciência dos
solos. Campinas. v. 21, p. 667-676, 1997.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 89
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO DE RUÍDOS

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

A instalação de complexo Fotovoltaico introduz alguns impactos no ambiente e


dentre estes estão à geração de ruídos que podem afetar o entorno do
Empreendimento.

As atividades de implantação determinam a emissão sonora, enquanto o layout, a


orografia, tipo de vegetação e solo determinam a propagação/atenuação acústica e
o campo sonoro no entorno da Usina Fotovoltaica.

Faz-se necessária uma avaliação criteriosa dos níveis de ruídos em


empreendimentos de energia solar a fim de que os níveis mínimos de exposição
humana aos ruídos estabelecidos pela legislação sejam atendidos desde a fase de
implantação a fase de operação.

A medição sistemática do nível de ruídos justifica-se pela necessidade de suporte


para avaliação das emissões sonoras geradas na área do Empreendimento durante
a fase de implantação, visando a aplicação de medidas mitigadoras e de controle,
caso necessárias, que deverão atuar diretamente nas fontes emissoras e/ou no seu
entorno imediato, de modo a assegurar a manutenção da qualidade ambiental
acústica e o conforto da(s) comunidade(s) que porventura possa(m) ser
impactadas(s).

No intuito da continuidade da qualidade ambiental local é pertinente sugerir que o


monitoramento do nível de ruído seja implementado por um período de 1 (um) ano
na fase de operação, ou conforme interpretação do órgão ambiental a medição
deverá se prolongar para a fase de operação.
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 90
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

OBJETIVOS

 Objetivo Geral

Este Subprograma tem por objetivo monitorar os níveis de ruídos decorrentes das
atividades das obras de implantação do Complexo Fotovoltaico Lagoa, atendendo
aos limites estabelecidos na Norma Técnica ABNT NBR nº 10.151/2019, bem como
subsidiar eventual implantação de medidas de controle e/ou minimização do
incômodo sonoro, quando caracterizada a necessidade.

 Objetivos Específicos

• Estabelecer diretrizes a serem seguidas para controle dos níveis de


ruídos;
• Estabelecer os pontos de monitoramento dos níveis de ruídos,
procedimentos de medição, metodologia e análise de dados, baseando-
se nas normas técnicas que balizam o impacto;
• Monitorar os ruídos provenientes das máquinas e equipamentos que
serão utilizados durante a etapa de implantação;
• Verificar os impactos reais do empreendimento com relação aos níveis
de ruídos nos pontos receptores eleitos e/ou pontos de monitoramento;
e,
• Subsidiar ações de controle e/ou minimização do incômodo sonoro,
conforme os padrões legais, as condições estabelecidas.

METAS

• Garantir que os níveis de pressão sonora oriundos das atividades


relacionadas ao empreendimento atendam às normas e padrões
estabelecidos;
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TÍTULO: PÁG: 91
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Monitorar níveis de pressão sonora durante a implantação e a operação


do empreendimento, conforme solicitação do órgão ambiental; e,
• Comparar os resultados do monitoramento com a legislação aplicável e
com resultados da campanha de construção da linha base.

INDICADORES DE DESEMPENHO

Tabela 4.13: Indicadores de Desempenho.

Número de medições acima dos


Universo total de medições realizadas
valores anteriormente registrados -
X durante o monitoramento na
“valores da linha base ou
implantação do empreendimento solar.
background”.

Número de campanhas de monitoramento realizadas comparadas às campanhas


propostas.

Número de reclamações realizadas pela população a respeito da qualidade sonora


emitidas desde o início da fase de implantação
Fonte: CRN-Bio, 2021.

REQUISITOS LEGAIS

Tabela 4.14: Legislação vigente para o Subprograma de Monitoramento de Ruídos.


Portaria MINTER nº Estabelece padrões, critérios e diretrizes relativos à emissão de sons
92 de 19 /06/ 1980 e ruídos.
Resolução Dispõe sobre critérios de padrões de emissão de ruídos decorrentes
CONAMA nº 001 de de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou
08/03/1990 recreativas, inclusive as de propaganda política.
Resolução
CEPRAM Nº 1.150, Aprova Norma Técnica NT - 001/95 e seus anexos, que dispõem
de 24 de novembro sobre a determinação de níveis de ruídos em ambientes internos e
de 1995 externos de áreas habitadas.
ABNT NBR
10.151/2019 Medição de Ruído em áreas habitadas (externo).

ANBT NBR 10.152 Níveis de Ruído para Conforto Acústico (interno)


PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 92
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

ABNT NBR 7.731 Guia para execução de serviços de medição de ruído.

IEC 60651 Medidores de Nível Sonoro.


IEC 60804 Medidores de Nível Sonoro por Integração.
IEC 60942 Calibradores de referência acústica.

IEC 61672 Norma para Medidores de Nível Sonoro.

Lei Orgânica do Dispõe sobre proteger o meio ambiente e combater a poluição em


Município de São
José da Lagoa qualquer de suas formas, no Município de São José da Lagoa
Tapada Tapada/PB
Decisão de
Diretoria nº
Dispõe sobre a sistemática para a avaliação de incômodo casado
215/2007/E de 07
de novembro de por vibrações geradas em atividades poluidoras
2007
Fonte: CRN-Bio, 2021.

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O Subprograma supracitado será implementado em “zonas críticas” no entorno das


frentes de obra e/ou de áreas de apoio e nos acessos a Usina Fotovoltaica.

O critério para alteração da rede amostral do Subprograma será a intensidade de


ocupação e/ou a presença de receptores considerados críticos como, por exemplo,
equipamentos sociais e residências lindeiras aos acessos à área de implantação do
projeto solar.

O público-alvo deste Subprograma são os operários do canteiro de obras, demais


funcionários e a população ao entorno da do empreendimento.

ATIVIDADES/METODOLOGIA

As campanhas de medição terão como escopo caracterizar o ruído ambiente


existente durante a fase de implantação na área da Usina Fotovoltaica e seu
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 93
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entorno, estabelecendo uma comparação entre a linha base (constituída antes do


início das obras).

A Linha base consiste em uma avaliação prévia dos níveis de pressão sonora em
pontos próximos as edificações, ao entorno do empreendimento. Para as medições,
devem ser utilizados um Sonômetro (medição de níveis de pressão sonora) e um
Anemômetro (mede velocidade do vento e temperatura). Os procedimentos para
realizar a medição devem seguir conforme consta na NBR 10.151/2019.

Os parâmetros considerados para medição devem ser LAeq, L10, L90, velocidade
do vento (m/s) e temperatura (ºC), em todos os pontos definidos, durante os
períodos diurno e noturno. Além disso, as observações quando a sons vindos de
outras fontes devem ser anotados.

Neste relatório, foram medidos os níveis de pressão sonora equivalente, compondo


uma linha base para futuras comparações com os ruídos das fases de instalação e
operação.

 Fase de Implantação

A equipe especializada responsável pela execução do Subprograma deverá


desenvolver as seguintes atividades durante todo o período de duração das obras:

o Controle do Ruído e Restrições do Horário

• As empresas contratadas para execução das obras deverão possuir medidas


de controle do ruído e vibração durante a construção. O planejamento das
atividades para as obras deverá considerar, sempre que possível, a
execução das atividades mais ruidosas nos períodos diurnos.
PROJETO:
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• Casos excepcionais de atividades que demandem execução em períodos


ininterruptos ou noturnos deverão ser cuidadosamente planejados, de
maneira a minimizar as emissões sonoras ao estritamente necessário à
execução com segurança das tarefas.
• O monitoramento do ruído de equipamentos a serviço da obra deverá ser
uma atividade constante atendendo os limites estabelecidos na legislação
vigente.
• A operação de todo equipamento mecânico utilizado nos processos de
construção dentro e fora da área do Empreendimento não poderá provocar
ruído desnecessário ou excessivo, e deverá cumprir os limites de ruído
estabelecidos na norma ABNT NBR 10.152/87 – Níveis de Ruído para
Conforto Acústico, conforme prevê a Resolução CONAMA 01/1990, e na
Decisão de Diretoria nº215/2007/E de 2007.
• Todos os equipamentos e dispositivos de atenuação acústica em operação
nas instalações das obras serão mantidos em boas condições, para
minimizar as emissões de ruídos.
• Trabalhos em áreas próximas a receptores sensíveis ao ruído (áreas
habitadas) serão executados observando-se as restrições de horário.
Todavia, as atividades geradoras de ruído nesses locais merecerão
consideração especial no Plano de Gestão Ambiental, Subprograma de
Comunicação Ambiental e Subprograma de Educação Ambiental, de
maneira a viabilizar a sua conclusão no menor prazo possível.
• As instalações móveis serão acomodadas o mais distante possível dos
receptores sensíveis.
• Estoques de material e outras estruturas serão utilizados, sempre que
possível, para bloquear o ruído das atividades das obras para receptores
sensíveis no entorno do empreendimento.
PROJETO:
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• Receptores sensíveis próximos deverão ser informados das obras, para que
estejam cientes e, portanto, preparados para períodos com altos níveis de
ruído.

o Estudos de Delimitação de “Zonas Críticas”

A equipe especializada responsável pelo Subprograma deverá realizar avaliações


preliminares do entorno do Empreendimento e da sua inserção em vertentes
expostas ao ruído de implantação, delimitando, com base nas mesmas, as “zonas
críticas” a serem consideradas para efeitos de monitoramento de ruído.

o Identificação de Receptores Sensíveis

Para cada “zona crítica” serão identificados os receptores sensíveis e localizados


os pontos de medição, sendo que, alguns desses pontos poderão ser “ativados”
somente durante determinadas etapas da obra, com foco nos períodos em que as
atividades próximas aos mesmos serão mais intensas.

o Acompanhamento Contínuo dos Níveis de Ruído

• Após identificação/atualização de zonas e receptores críticos, a equipe


especializada responsável pelo Subprograma realizará antes do início das
obras uma campanha de medição com objetivo de compor uma linha base
dos níveis atuais de ruído e posteriormente realizar campanhas mensais.

• Na execução dessas campanhas, será considerada a programação das


obras e o nível ou intensidade esperada dos impactos acústicos nas
respectivas “zonas críticas” lindeiras.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

o Investigação de Reclamações da Comunidade

• Toda reclamação da população por questões relacionadas aos níveis de


ruído gerados pelas obras será investigada pela equipe de Gestão Ambiental
do empreendedor.

• Inicialmente, a investigação verificará os níveis de ruído registrados no


monitoramento para o ponto da reclamação. Em seguida, verificará com o(s)
reclamante(s) a localização exata e tipo de atividade que motivou a
reclamação. Caso não seja prevista a continuidade desse tipo de atividade
construtiva em locais próximos, o fato será informado e a reclamação
arquivada.

• Caso contrário, verificar-se-á a programação dos trabalhos ruidosos junto ao


responsável da construtora e programar-se-á uma campanha de medição de
maneira coincidente com os mesmos. Com base nos resultados da medição,
serão formuladas as recomendações cabíveis.

o Emissão de Solicitações de Ação Corretiva

• Toda medição acústica que acusar ultrapassagem dos Limites dos Níveis de
Pressão Sonora definidos na NBR 10.151/2019, assim como toda
reclamação da população lindeira motivada por níveis de ruídos que se
mostrarem justificados, darão origem à emissão de solicitações de ação
corretiva pela equipe especializada responsável pelo Subprograma.

• Essas solicitações serão encaminhadas ao Gestor Ambiental do


empreendimento, o qual deverá coordenar e supervisionar a implementação
das medidas mitigadoras recomendadas. Caberá à equipe especializada do
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 97
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Subprograma a realização de medições complementares para verificar a


eficácia das medidas implementadas.

 Fase de Operação

Serão realizadas campanhas durante o início da fase de operação ou conforme


solicitação do órgão ambiental, diagnosticando se houve alterações significativas
ou prejudiciais à saúde dos moradores adjacentes a Usina Fotovoltaica, nos pontos
de amostragem anteriormente expostos.

Na ocorrência de reclamações, as medições deverão ser feitas nas condições e


locais indicados pelo reclamante, atendendo a todos os requisitos da NBR
10.151/2019 (ABNT, 2019). Todas as ocorrências de reclamações por danos
causados por níveis de ruídos devem ser identificadas e registradas.

Caso as campanhas iniciais da fase de operação concluam que não há qualquer


alteração em relação às referências iniciais, recomenda-se a redução da
periodicidade das campanhas ou mesmo a sua suspensão.

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

A responsabilidade pela execução deste Subprograma é do Empreendedor, visando


com cumprimento dos objetivos e metas aqui propostos.

RELATÓRIOS

A equipe responsável pelo Subprograma será responsável ainda pela elaboração


de relatórios, onde serão consolidados os resultados das campanhas de medição
de ruído durante as fases do empreendimento. Os relatórios incluirão:

• Descrição das atividades realizadas;


• Tabelas estatísticas resumindo os resultados das medições;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 98
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Tabelas analíticas do quadro evolutivo de níveis de ruído nos pontos


considerados mais críticos;
• Normas e métodos utilizados;
• Equipamentos utilizados;
• Mapas de localização dos pontos de medição;
• Discussão dos resultados com relação à Linha Base, aos Limites dos
Níveis de Pressão Sonora, ao padrão evolutivo com relação ao(s)
período(s) anterior(es);
• Lista de controle da situação de atendimento de todas as reclamações
do período analisado relativas a impacto acústico;
• Registros fotográficos;
• Equipe técnica.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

 Equipe técnica:

• 01 (um) Coordenador técnico para orientar os trabalhos de medição em


campo, contratar os serviços de calibração dos equipamentos ou
terceiros, avaliar os resultados dos laudos e realizar a interlocução com
os setores envolvidos e interessados;
• 01 (um) Técnico de campo com treinamento para efetuar as medições
necessárias e organização dos dados e informações.

 Materiais necessários:

• Planilha de anotação dos dados medidos;


• Decibelímetro e anemômetro;
• Acelerômetro;
• Tripé;
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 99
PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• GPS, e
• Câmera fotográfica.

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

• Programa de Comunicação Social;

• Programa de Educação Ambiental;

• Plano de Gestão Ambiental;

• Programa de Controle Ambiental.

CRONOGRAMA

O Subprograma de Monitoramento de Ruídos deverá ser executado durante todo o


período de obras, com 1 (uma) campanha antes do início das atividades
construtivas e campanhas mensais durante as obras, que devem ser integrados em
relatórios internos – semestrais e final, que deverão ser protocolados no órgão
ambiental estadual (SUDEMA). Campanhas adicionais poderão ser realizadas
durante as obras.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O: PÁ G: 100

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

T a b e l a 4 . 1 5 : C r o n o g r a m a d e E x e c u ç ã o d o S u b p r o g r a m a d e M o n it o r a m e n t o d e R u í d o s

Pré MESES
Subprograma de Monitoramento de Ruídos implantação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Campanha de monitoramento

Relatórios internos

Confirmação da rede amostral

Levantamento da qualidade atual do ambiente


- linha base

Coleta das medições

Entrega de relatórios à SUDEMA

F o nt e: C R N - Bio, 20 2 1.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 101


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REFERÊNCIAS

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.151: 2019


Acústica: Medição e Avaliação de níveis de pressão sonora em áreas
habitadas – Aplicação de uso geral. Rio de Janeiro. 2019.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.152 Níveis


de ruído para conforto acústico. Rio de Janeiro, dez. 1987.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional de Meio Ambiente -


CONAMA. RESOLUÇÃO CONAMA nº 01, de 8 de março de 1990. Dispõe
sobre a emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais,
comerciais, sociais ou recreativas, determinando padrões, critérios e diretrizes.

ISO - INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. ISO 4866:


mechanical vibration and shock: vibration of buildings: guidelines for the
measurement of vibration and evaluation of their effects on buildings. Geneva,
1990.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 102


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

SUPROGRAMA DE MONITORAMENTO E CONTROLE DE EMISSÕES


ATMOSFÉRICAS

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

A alteração da qualidade do ar é um impacto negativo que se dá por meio da


emissão de material particulado oriundo do tráfego de veículos e equipamentos, do
transporte de materiais provenientes de solos expostos, da operação das centrais
de produção de insumos para a implantação do empreendimento, da exploração de
áreas de empréstimo, das atividades inerentes à terraplenagem, entre outras. Em
menor grau, a alteração da qualidade do ar também decorre da emissão de gases
pelos veículos e equipamentos empregados. As fontes das emissões restringem-se
prioritariamente à ADA, tendendo a dissipar-se na AID.

Além de alterar as condições físicas da qualidade do ar, o material particulado pode


afetar as relações fisiológicas da vegetação nas situações em que houver deposição
significativa. Tal situação, contudo, tem abrangência muito restrita, tendendo a
ocorrer em áreas adjacentes às centrais de britagem e produção de concreto.

Analisando-se o entorno do Empreendimento, observa-se que as áreas urbanas e


núcleos rurais encontram-se a uma distância expressiva das fontes de geração.
Entretanto, em projetos pertinentes a geração de energia renovável, as obras de
infraestrutura são notadamente as que mais oferecem riscos à saúde coletiva do
trabalhador e aos moradores das áreas adjacentes ao empreendimento devido a
vários fatores, tais como ruídos oriundos ao maior fluxo de veículos e, também, a
geração de particulados no ar.

A implementação do Subprograma permite estabelecer medidas que contribuirão


para a garantia da qualidade ambiental durante as obras de implantação do
Empreendimento, mitigando assim os impactos identificados no EIA.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 103


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

OBJETIVOS

 Objetivos Gerais

Controlar as possíveis formas e fontes de poluição atmosférica decorrente das


intervenções previstas no Complexo Fotovoltaico Lagoa, apontando os principais
métodos para o controle e/ou atenuação das emissões atmosféricas na área de
influência direta e indireta do empreendimento.

 Objetivos Específicos

Consideram-se objetivos específicos deste Subprograma:

• Monitorar a emissão de poluentes na atmosfera decorrente das atividades do


Empreendimento;
• Estabelecer medidas de controle das emissões atmosféricas;
• Realizar ações preventivas para reduzir a emissão de poluentes e
particulados, associados ao ambiente da obra, bem como, comunidades e
vias próximas a área do Empreendimento.

METAS

Consideram-se como metas deste Subprograma:

• Avaliar a condição da poluição atmosférica antes, durante e depois da obra


de instalação do empreendimento;
• Diagnosticar e propor soluções a quaisquer interferências nocivas à saúde
dos trabalhadores da obra, proveniente de possíveis alterações na qualidade
a ambiental concernente à emissão de poluição atmosférica.

INDICADORES DE DESEMPENHO

Os principais indicadores de desempenho são:


PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 104


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Quantidade de medidas de controle de emissões atmosféricas que foram


estabelecidas;
• Quantidade (%) de veículos submetidos a procedimentos de adequação e
manutenção preventiva de emissão de gases
• Quantidade de reclamações, a respeito da poeira, recebidas da população X
Quantidade de reclamações, a respeito da poeira, atendidas.

REQUISITOS LEGAIS

No Governo Federal, a instância regulamentadora das emissões atmosféricas é o


Conselho Nacional de Meio Ambiente, que por meio de suas resoluções determina
os limites máximos de emissões de poluentes. No CONAMA, o Ministério do Meio
Ambiente e o IBAMA coordenam as discussões que geram os novos limites de
emissão.

Algumas legislações infraconstitucionais também são empregadas para formular


medidas no que tange à poluição atmosféricas, são elas:

Tabela 4.16: Legislação Vigente para o Subprograma de Controle e Monitoramento de


Emissões Atmosféricas.

Atribui ao Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA – entre


A Lei da Política outras, a competência para estabelecer, privativamente, normas e
Nacional do Meio padrões nacionais de controle da poluição por veículos automotores,
Ambiente (LPNMA) nº aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios
6.938 de 31 de agosto competentes (art. 8º, inciso VI) e para estabelecer normas, critérios e
de 1981: padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio
ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais,
principalmente os hídricos” (art. 8º, inciso VII).
Lei nº 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998 (Lei
de Crimes Em seu artigo 54 define as sanções penais para crimes de poluição.
Ambientais):
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 105


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Resolução do
Conselho Nacional do
Dispõe sobre o Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar –
Meio Ambiente
PRONA.
CONAMA nº 005/1989
Resolução do
Conselho Nacional do Atualizou e ampliou os parâmetros das resoluções 003/1990 e
Meio Ambiente 008/1990 e estabeleceu limites máximos de emissão de poluentes
CONAMA nº 382 atmosféricos por fontes fixas.

Lei Federal n° 8.723,


Dispõe sobre a redução de emissão de poluentes por veículos
de 28 de outubro de
automotores e dá outras providências.
1993
Lei Federal 10.203, de Dá nova redação aos arts. 9º e 12º da Lei no 8.723, de 28 de outubro
22 de fevereiro de de 1993, que dispõe sobre a redução de emissão de poluentes por
2001: veículos automotores, e dá outras providências.
Resolução CONAMA
Dispõe sobre a criação do Programa de Controle de
18, de 06 de maio de
Poluição do Ar por veículos Automotores – PROCONVE.
1986
Resolução CONAMA Dispõe sobre o estabelecimento de limites máximos de emissão de
n° 08, de 6 de poluentes no ar para processos de combustão externa de fontes
dezembro de 1990 fixas de poluição.
Resolução CONAMA Dispõe sobre as diretrizes básicas e padrões de emissão para o
n° 07, de 31 de agosto estabelecimento do Programa de Inspeção e Manutenção de
de 1993 Veículos em Uso – I/M.
Dispõe sobre os limites máximos de emissão de poluentes para os
Resolução CONAMA motores destinados a veículos pesados novos, nacionais e
n° 16, de 13 de importados, e determina a homologação e certificação de veículos
dezembro de 1995 novos do ciclo Diesel quanto ao índice de fumaça em aceleração
livre.
Estabelece limites máximos de emissão de fuligem de veículos
Resolução CONAMA
automotores, as especificações para óleo Diesel comercial e o
226, 20 de agosto de
cronograma de implantação do cronograma de Melhoria do Óleo
1997
Diesel.
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 106


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Resolução CONAMA
Dispõe sobre a proibição da utilização de substâncias que destroem
267, de 14 de
a Camada de Ozônio.
setembro de 2000
Resolução CONAMA
Dispõe sobre a nova etapa do programa de Controle de Emissões
n° 315, de 20 de
veiculares – PROCONVE.
outubro de 2002
Resolução CONAMA Dispõe sobre os requisitos para adoção de sistemas de diagnose de
354, de 13 de bordo - OBD nos veículos automotores leves objetivando preservar a
dezembro de 2004 funcionalidade dos sistemas de controle de emissão.
Resolução CONAMA
Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes
382, de 26 de
atmosféricos para fontes fixas.
dezembro de 2006
Dispõe sobre critérios para a elaboração de Subprograma de
Controle de Poluição Veicular - PCPV e para a
Resolução CONAMA
implantação de Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos
n° 418, de 25 de
em Uso - I/M pelos órgãos estaduais e municipais de meio
novembro de 2009
ambiente e determina novos limites de emissão e procedimentos
para a avaliação do estado de manutenção de veículos em uso.
Fica obrigado o empreendedor a incluir no Estudo de Impacto
Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - EIA/RIMA,
Portaria Conjunta 259,
capítulo específico sobre as alternativas de tecnologias mais limpas
de 7 de agosto de 2009
para reduzir os impactos na saúde do trabalhador e no meio
do MMA e do IBAMA
ambiente, incluindo poluição térmica, sonora e emissões nocivas ao
sistema respiratório.
Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas autoridades
Resolução CONTRAN
de trânsito e seus agentes na fiscalização das emissões de
n° 452, de 26 de
gases de escapamento de veículos automotores de que trata
setembro de 2013
o artigo 231, inciso III, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Resolução CONAMA
nº 491, de 19 de Dispõe sobre padrões de qualidade do ar
novembro de 2018
Fonte: CRN-Bio, 2021.
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 107


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O Público-alvo do referido Subprograma são os trabalhadores e colaboradores


envolvidos no projeto, bem como a população que possivelmente esteja inserida na
área de influência do Empreendimento.

ATIVIDADES/METODOLOGIA

Em geral, os estudos quanto a poluição atmosférica são classificados de acordo


com a sua natureza ou pela área que ocupam, podendo ser divididos em duas
ordens, em relação às fontes de emissão: as provenientes de fontes fixas e aquelas
oriundas de fontes móveis. As fontes fixas são aquelas que ocupam uma área
relativamente limitada, permitindo uma avaliação direta na fonte. As fontes móveis
são as que se dispersam pela comunidade, não sendo possível a avaliação na base
de fonte por fonte.

Nesse contexto, o Subprograma de Controle e Monitoramento de Emissões


Atmosféricas deverá centralizar a execução das atividades nas vias internas e
externas que darão acesso a obra.

A metodologia desenvolvida para subsidiar o Subprograma deverá ser procedida a


partir de dois eixos:

• Ações de controle e prevenção: Umidificação de vias e acessos, pátios


e espaços construtivos; Controle de particulados e gases a partir da
manutenção dos equipamentos e estruturas que emitam substâncias à
atmosfera, a partir de queima de combustíveis ou por dispersão de
partículas; incentivo ao uso de EPI’s, em especial aos de proteção contra
emissão de gases, particulados e fuligens. É proibida a queima de
quaisquer tipologias de resíduos sólidos ou outros materiais gerados no
canteiro de obras ou fora dele;
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 108


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Ações de monitoramento: monitoramento dos equipamentos e


estruturas que emitam substâncias à atmosfera, pela queima de
combustíveis ou por dispersão de partículas e gases, a partir de técnicas
correlatas à mensuração desses.

Para atender aos resultados desejados, deverá ser tomado como base os
procedimentos descritos a seguir:

o Ações de controle e prevenção

As ações de controle e prevenção contribuem para minimizar possíveis alterações


na condição do ar, decorrente de emissões de gases e particulados na área de
influência do Empreendimento. Além disso, para dar efetividade aos procedimentos
de controle e prevenção à emissão de poluição atmosférica, deverão ser
executadas ações de monitoramento rotineiras no ambiente da obra, de forma a
enfatizar o uso de equipamentos individuais de proteção à saúde dos
colaboradores.

A seguir serão descritos os procedimentos responsáveis pelo controle e prevenção


da emissão de poluentes.

▪ Umidificação de vias de acesso e áreas comuns

O deslocamento do material particulado em suspensão no ar é um dos principais


meios de emissões de poluição na atmosfera no contexto construtivo de Complexos
Fotovoltaicos. Não obstante, na etapa de implantação do empreendimento, o fluxo
de veículos leves e pesados poderá proporcionar a desagregação de partículas
finas de sedimento proveniente das vias em construção, que facilita a propagação
do material.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 109


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Dessa forma, devem-se proceder com as seguintes orientações:

• A aspersão de água deve ser realizada nas vias de acesso ao


Empreendimento (internas e externas) que estejam de alguma forma
afetando a qualidade do ar e nas áreas de convívio comum da obra (canteiro
de obra, áreas próximas ao refeitório ou de descanso, etc.). Esses locais
devem ser umidificados a depender da quantidade necessária para se obter
estabilização do material particulado em suspensão, ou conforme fluxo de
veículos, preferencialmente ao início e ao final do turno de trabalho ou
demais horários necessários (Figura 4.8);
• Caso pertinente, outra forma eficiente de diminuir a dispersão de partículas
é a compactação do solo. Além disso, o uso de britas nas vias de acesso se
torna outra alternativa viável para diminuir a propagação do particulado em
questão. Salienta-se que a utilização das técnicas propostas deve estar em
consonância com as especificações geotécnicas e civis da obra.

Figura 4.8: Exemplo de umidificação de vias de acesso


recomendado ao Subprograma ora apresentado.
Fonte: Acervo CRN-Bio, 2019.
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 110


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

▪ Uso, manutenção e revisão de equipamentos

• Os equipamentos a combustão, como gasolina, álcool e diesel, que


contribuem para a emissão de poluição, tais como betoneiras, tratores,
retroescavadeira, caçambas, muncks, patrols, e todos os outros veículos
pesados, comumente utilizados em obras, devem passar por manutenção e
revisão periodicamente, avaliados quanto a emissão de fumaça preta de
acordo com a Portaria MINTER n°100/80.
• No caso da utilização de motosserras a combustão para atividades de
supressão vegetal, também deverá ser procedida a manutenção periódica do
equipamento. O detalhamento ou necessidade do uso do equipamento em
questão está exposto no Subprograma de Desmatamento Racional;
• Enfatiza-se a importância da instalação e revisão dos motores,
escapamentos, filtros de ar e difusores de dispersão dentro dos padrões
estabelecidos pelo fabricante do equipamento, como forma de atender as
especificações do padrão de qualidade do ar, em acordo à resolução
CONAMA 03/90;
• Com o intuito de reduzir a suspensão de poeira no ar é determinada a
utilização de lonas nos caminhões de transporte de brita ou terra.

▪ Utilização de EPI

Para prevenção e atenuação de problemas respiratórios decorrentes de possíveis


exposições partículas inaláveis, deverá ser ampliado o uso de máscaras nas linhas
de obra, a todos os envolvidos no processo construtivos, além de uso de proteção
visual (Figura 4.9).

As ações de incentivo ao uso de EPI’s deverão ser vinculadas aos programas de


educação ambiental, de segurança e saúde do trabalhador e, quando oportuno,
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 111


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

enfatizando a utilização a partir de fiscalizações frequentes no ambiente de trabalho.


Salienta-se que a utilização destes equipamentos deve ser aprovada pela equipe
de engenharia de segurança do trabalho da obra.

1 2

3 4
Figura 4.9: Exemplo de EPI’s utilizados em obras, sendo o nº 1,
2, 3 e 4 necessários ao atendimento do Subprograma de controle
e monitoramento de emissões atmosféricas.
Fonte: http://fattoscontabil.com.br/epi-e-responsabilidade-do-
sindico/. acesso: janeiro de 2020.

▪ Sinalização

A Norma Regulamentadora no 18 (NR-18) é responsável por tratar das condições e


do meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Entretanto, é necessária
a instalação de placas para o referido Subprograma, bem como que sejam
intensificadas as sinalizações, no que tange a redução da velocidade em ambientes
comuns e próximo às comunidades, como forma de atenuar a dispersão e
propagação de particulados no ar. São esperadas placas de sinalização de redução
de velocidade nas vias internas e externas, próximos às comunidades e povoados
(Figura 4.10), além da sinalização no canteiro de obra e concretagem, enfatizando
o uso de máscaras e proteção contra gases e particulados emitidos por máquinas,
motores e escapamentos.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 112


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

A utilização de qualquer placa ou aviso deve ser aprovada pela equipe de


engenharia de segurança do trabalho da obra e estar em conformidade com as
normativas vigentes, além de padronizadas conforme orientações previstas no
Subprograma de Desmatamento Racional ora apresentado.

Figura 4.10: Exemplo de placa de aviso


sugerida para implantação nas principais vias
de acesso.
Fonte: https://www.aquitemplacas.com.br/
89-large _default/reduza-a-velocidade.jpg.

Procedimentos de Monitoramento

A Resolução CONAMA nº 03 de 1990, que complementa a Resolução nº 05 de


1989, dispõe sobre padrões de qualidade do ar, previstos no PRONAR, e apresenta
os parâmetros e procedimentos utilizados para a execução do Subprograma de
Controle e Monitoramento de Emissões Atmosféricas em tela. A metodologia de
controle monitoramento a ser utilizada é apresentada a seguir.

Monitoramento de fumaça preta - Método de Escala de Ringelmann

A Escala de Ringelmann consiste na comparação visual de um disco de papel com


escala colorimétrica, de branco a preto, à pluma de fuligem emitida na extremidade
do tubo de escape. Os resultados dependerão sempre de uma série de fatores,
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 113


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

como a experiência do observador, pois este método exige uma avaliação humana
e, portanto, subjetiva da posição do mesmo em relação à incidência de luz sobre
a pluma de fumaça e do contraste entre esta e o fundo da escala gráfica para
avaliação colorimétrica de densidade de fumaça, constituída de seis padrões com
variações uniformes de tonalidade entre o branco e o preto (Figura 4.11). Os
padrões são apresentados por meio de quadros retangulares, com rede de linhas
de espessura e espaçamento definidos, sobre um fundo branco. Os padrões da
escala de Ringelmann são numerados de 0 a 5 (Lisboa et. al., 2007).
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 114


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Figura 4.11: Modelo da Escala de Ringelmann,


conforme determinação de uso do CONTRAN.
Fonte: Lisboa et.al., 2007.

A aplicação da escala de Ringelmann deve ser efetivada no início da construção do


Empreendimento nos veículos automotores pesados ou de transporte, que
trafegarem na área de influência do projeto. O monitoramento deve ser mensal,
constituído por informações diárias através de levantamentos de dados in situ e
armazenados em documentos comprobatórios do monitoramento, com vistas ao
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 115


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

acompanhamento durante todo o processo de implantação e operação. Todos os


veículos a diesel disponibilizados para a obra devem ser monitorados.

Para o aproveitamento total do monitoramento, o técnico responsável, além de


devidamente treinado e capacitado, deverá estar posicionado entre 30 e 120 metros
do veículo, com a escala direcionada ao escapamento dos veículos automotores
sujeitos à análise. Os dados coletados devem constar em um relatório mensal,
apresentando as características e peculiaridades observadas, apontando, quando
oportuno, recomendações aos gestores da obra a fim de tomar as medidas cabíveis
(manutenção ou reposição de materiais e peças).

Dessa forma, determina-se que tal procedimento seja efetuado, preferencialmente,


nas vias de acesso interno e externo do ambiente construtivo da obra.

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

Durante a fase de inicialização e consecução da implantação, o Subprograma é de


responsabilidade do empreendedor e/ou de consultoria ambiental a ser contratada
para conduzi-lo.

RELATÓRIOS

Deverá ser elaborado relatórios mensais para entrega ao empreendedor, e


consolidados para encaminhamento ao órgão ambiental (SUDEMA), de acordo com
a periodicidade solicitado em Licença. Nesses relatórios deverão ser apresentados
os resultados do monitoramento e demais informações pertinentes ao
Subprograma.

O monitoramento ocorrerá até o término das atividades de construção civil do


Empreendimento.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 116


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RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS


• Gestor ambiental
• Técnico Responsável.

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este Programa está inter-relacionado aos seguintes Programas:

• Programa de Controle Ambiental


• Programa de Educação Ambiental;
• Programa de Comunicação Social.

CRONOGRAMA
P R OJET O:

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TÍT U L O: PÁ G: 117

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

T a b e l a 4 . 1 7 : C r o n o g r a m a d e E x e c u ç ã o d o S u b p r o g r a m a d e C o n t r o l e e M o n i t o r a m e n t o d e E m i s s õ e s A t m o s f é ri c a s

Pré MESES
Subprograma de Monitoramento de
Emissões Atmosféricas implantação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Campanha de monitoramento

Relatórios internos

Monitoramento de fumaça preta

(método da Escala de Ringelmann)

F o nt e: C R N - Bio, 20 2 1.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 118


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR – 13412 de junho de 1995.


Material particulado em suspensão na atmosfera – Determinação da
concentração de partículas inaláveis pelo método do amostrador de grande
volume acoplado a um separador inercial de partículas. Rio de Janeiro, Brasil,
2016.

NBR – 9547 de setembro de 1997. Material particulado em suspensão no ar


ambiente – Determinação da concentração total pelo método do amostrador
de grande volume. Rio de Janeiro, Brasil, 2016.

BRASIL, Lei nº 9.503 de 23 de setembro de 1997. Institui o Código Nacional de


Trânsito. Planalto federal, Brasília, 1997. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503.htm>.

Ministério do Meio Ambiente, 2016. Qualidade do ar. Disponível em: <


http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/qualidade-do-ar>.

Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (LPNMA) nº 6.938 de 31 de agosto de


1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Planalto
federal, Brasília, 1981. Disponível em: <
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm>.

Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes Ambientais). Dispõe sobre


as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Planalto federal, Brasília,
1998. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm>.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 119


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução 005 de 15 de junho


de 1989. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
Planalto federal, Brasília, 2016. Disponível em: <
http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res89/res0589.html >.

Resolução 03 de 28 de junho de 1990. Dispõe sobre padrões da qualidade do ar,


previstos no PRONAR. Planalto federal, Brasília, 2016. Disponível em: <
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=100l >.

Resolução 18 de 06 maio de 1986. Dispõe sobre a criação do Programa de Controle


de Poluição do Ar por veículos automotores - PROCONVE. Ministério do Meio
Ambiente, Planalto federal, Brasília, 2016. Disponível em: <
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=41>.

Resolução 382 de 26 de dezembro de 2006. Estabelece os limites máximos de


emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas. Planalto federal,
Brasília, 2016. Disponível em
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res89/res0589.html >.

CONTRAN, Conselho Nacional de Trânsito. Resolução nº 452 de 26 de setembro


de 2013. Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas autoridades
de trânsito e seus agentes na fiscalização das emissões de gases de
escapamento de veículos automotores de que trata o artigo 231, inciso III, do
Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Planalto central, Brasília, Brasil, 2013.
Disponível em: <
http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/Resolucao4522013.pdf>.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 120


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

LISBOA, Henrique de Melo. KAWANO, Mauricy. Controle da Poluição Atmosférica.


Monitoramento de poluentes atmosféricos, Cap. IV. Primeira versão, Montreal,
dezembro de 2007.

Organização Mundial da Saúde – OMS. Publicações da OMS. Relatórios mundiais


da saúde. Disponível em: < http://www.who.int/eportuguese/publications/pt/>.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 121


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

SUBPROGRAMA DE SINALIZAÇÃO DAS OBRAS

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

O Subprograma de Sinalização das Obras apresenta as diretrizes que devem ser


adotadas no Empreendimento a fim de evitar a ocorrência de incidentes ou
acidentes no trânsito por veículos automotores. A sinalização tem um papel
fundamental de alertar, advertir ou identificar a forma correta de transitar em vias
públicas ou ambientes privados.

No âmbito nacional o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, intitulada através da Lei


Federal n° 9.503/97, disciplina as atividades executadas em vias terrestres no
território brasileiro. Cabendo ao Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN
disciplinar as normas com direitos e deveres correspondentes aos usuários das
vias, incluindo os sistemas de sinalizações que devem ser adotados ao longo das
vias urbanas e rurais.

Importante se faz destacar que o CTB enfatiza em seu Art. 88 que:

Nenhuma via pavimentada poderá ser entregue após sua


construção, ou reaberta ao trânsito após a realização de obras
ou de manutenção, enquanto não estiver devidamente
sinalizada, vertical e horizontalmente, de forma a garantir as
condições adequadas de segurança na circulação (BRASIL,
1977).

Sendo assim, este Subprograma abordará as medidas de sinalização e controle de


tráfego que deverão ser adotadas nas vias de acesso externa e interna ao
Empreendimento, de modo que favoreça a identificação correta e evite incidentes
ou acidentes de trânsito em função de suas atividades. Estas medidas deverão ser
aplicadas na forma de sinalização fixa, mas também, durante o transporte de
PROJETO:
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máquinas/equipamentos até o local de destino e ao longo do Complexo Fotovoltaico


Lagoa.

Para a instalação de um empreendimento, em áreas consideradas rurais, é


necessário considerar a mudança de cotidiano das famílias que fazem parte do
entorno e estão sob a área de influência do projeto.

A adoção de um Plano de Sinalização torna-se fundamental para contribuir com a


redução do número de acidentes de trânsito na área direta e indireta do
Empreendimento. Ainda, com o aumento do fluxo de veículos nestas áreas, é de
suma importância a orientação junto aos trabalhadores que farão parte da equipe
do empreendimento, quanto aos riscos presentes durante a execução da obra.

Portanto para a implantação da Usina Fotovoltaica se faz necessária a sinalização


dos acessos existentes e futuros. Logo o empreendedor deverá adotar atitudes
preventivas que serão repensadas diariamente, a fim de monitorar o alcance deste
Subprograma.

Para implantação deste Subprograma serão adotadas as medidas de sinalização


previstas no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito do CONTRAN.

OBJETIVOS

 Objetivo Geral

O objetivo principal deste programa é definir a sinalização e o controle do tráfego a


ser utilizada na fase de instalação do Empreendimento, de modo a evitar riscos de
acidentes e transtornos às comunidades adjacentes e a todos envolvidos na obra.
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Objetivos Específicos

• Sinalizar os locais que possam estar sujeitos ao acesso de pessoas e/ou


veículos alheios às obras, indicando a entrada e saída de veículos ligados às
obras e alertando sobre o risco de acidentes;
• Garantir os bloqueios ao tráfego onde for necessário e a segurança de
passantes quanto ao trânsito de máquinas;
• Evitar a ocorrência de acidentes ou incidentes na área de influência direta e
indireta do empreendimento;
• Orientar os motoristas de veículos e pedestres que utilizam as vias de acesso
do empreendimento, evitando, quando possível, vias de comunidades;
• Orientar os funcionários quanto aos riscos durante o preparo das áreas de
trabalho, escavações, montagem dos equipamentos, dentre outros;
• Dar ciência a todos os funcionários das normas de Sinalização de Segurança
que descrevem as sinalizações determinadas pelo Código Nacional de
Trânsito – CNT;
• Estabelecer requisitos mínimos de padronização das placas de sinalização.

METAS

O Subprograma de Sinalização das Obras do Empreendimento tem como metas:

• Zero acidentes ou incidentes com pessoas ou animais durante as atividades


do empreendimento;
• 100% das placas instaladas conforme prescrito no programa monitoramento
da sinalização;
• Permanência de 100% das placas fixas instaladas durante toda fase de
instalação.
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INDICADORES DE DESEMPENHO

Para o acompanhamento dos trabalhos deste programa, e para avaliar a adequação


e a eficiência dos procedimentos e ações aplicadas foram estabelecidos os
seguintes indicadores:

Tabela 4.18: Indicadores de Desempenho.

Ocorrência de acidentes de trânsito

Número de reclamações da população do entorno

Número de atendimentos realizados à população

Número de Placas conforme X Número de Placas Instaladas


definido no Projeto

Número de vias secundárias Número de placas de


acessadas sinalização implantadas.

Demanda por manutenção e correção das estruturas de sinalização.


Fonte: CRN-Bio, 2021.

REQUISITOS LEGAIS

Tabela 4.19: Legislação vigente para o Subprograma de Sinalização das Obras do


Empreendimento.
Lei Federal n° 9.503
de 23 de set. de
Institui o Código de Trânsito Brasileiro.
1997
Resolução
CONTRAN n° 180, Aprova o Volume I - Sinalização Vertical de Regulamentação, do
de 26 de agosto de Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.
2005
Resolução
CONTRAN n° 243, Aprova o Volume II - Sinalização Vertical de Advertência, do Manual
de 22 de junho de Brasileiro de Sinalização de Trânsito.
2007
Resolução Aprova o Volume III – Sinalização Vertical de Indicação, do Manual
CONTRAN n° 486, Brasileiro de Sinalização de Trânsito.
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 125


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de 7 de maio de
2014
Norma ABNT NBR
Sinalização Vertical Viária - Placas.
14.891/2002
Sinalização vertical viária – Chapas planas de poliéster reforçado
Norma ABNT NBR
com fibras de vidro, para confecção de placas de sinalização -
13.275/2006
Requisitos e métodos de ensaio.
Sinalização vertical viária – Chapas melamínico-fenólicas de alta
Norma ABNT NBR pressão para confecção de placas de sinalização - Requisitos e
15.649/2008 métodos de ensaio.

Norma ABNT NBR


Alumínio e suas ligas - Chapas - Propriedades mecânicas.
7.823/2015
Norma ABNT NBR
Chapas de alumínio e suas ligas – Especificação.
7.556/2006
Norma ABNT NBR
Sinalização vertical viária - Placas de aço zincado.
11.904/2015
Fonte: CRN-Bio, 2021.

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O Subprograma de Sinalização das Obras do Complexo Fotovoltaico Lagoa será


desenvolvido nas áreas de influência do empreendimento e destinada ao seguinte
público: aos órgãos responsáveis pelos setores de segurança e transporte nos
níveis federal, estadual e municipal, à mão de obra alocada para os trabalhos, à
população que transita na estrada que dará acesso ao local das obras e à população
da sede municipal de São José da Lagoa Tapada, com ênfase nas localidades
situadas nas proximidades da área do projeto.

ATIVIDADES/METODOLOGIA

Na estruturação desse projeto, foram consideradas as seguintes etapas que


envolvem o empreendimento:

I: Início da obra: Etapa em que as atividades de segurança e alerta neste período


irão centrar-se no alerta os transeuntes das vias onde circularão veículos da obra,
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sobre a modificação e as novas orientações de segurança no trânsito local. Nesta


etapa a interface com o Programa de Comunicação Social, será mais intensa de
modo a veicular-se informações de acompanhamento e monitoramento da
segurança do público-alvo em geral.

II: Manutenção da infraestrutura: Etapa referente à manutenção das ações


(placas e avisos), de modo a estabelecer uma continuidade no processo de
segurança e alerta em relação à trafegabilidade.

III: Instalação dos equipamentos: Etapa em que serão trabalhadas as questões


relativas à segurança e alerta da população que se encontra no entorno do
empreendimento em função da instalação das estruturas.

 Sinalização a ser empregada

A sinalização deve ser implantada levando em conta padrões de posicionamento


estabelecidos para os dispositivos, admitindo-se eventuais ajustes decorrentes de
condicionantes específicas de cada local, nem sempre passíveis de serem
consideradas no projeto.

o Padronização de Sinalização

Este item trata da padronização da sinalização vertical e horizontal, tomando como


base o Manual Brasileiro de Sinalização Rodoviária do CONTRAN. A sinalização
horizontal será empregada em situações a exigir e possibilitar sua aplicação, não
sendo viável em locais que não possua pavimentação por não permitir o uso de
pinturas, tachas ou tachões.

A padronização da sinalização vertical e horizontal irá considerar a forma,


dimensão, cores, refletividade, materiais de placas, entre outros, conforme descrito
abaixo, respeitando as suas particularidades.
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o Forma e Dimensões

Com o objetivo de dimensionar tanto as placas indicativas, como as educativas e


compostas, as tabelas a seguir apresentam os valores das dimensões das placas
laterais, de acordo com o tipo e velocidade. No caso das placas de sinalização
vertical de regulamentação, grande maioria são na forma circular, mas, pode ser
encontrada na forma octogonal e triangular, como é o caso da placa de “Parada
Obrigatória” e “Dê a Preferência”, respectivamente, Tabela 4.20.

Tabela 4.20: Dimensões das placas de regulamentação.


Dimensão Mínima (em mm)
Entre Entre
Até
FORMA DA 40 e 60 e Acima de
40
PLACA COMPOSIÇÃO 60 100 100 km/h
km/h
km/h km/h
Diâmetro 600 800 1000 1200
Circular Tarja 60 80 100 120
Orla - - - -
Lado 342 331 414 497
Octogonal Orla Interna 20 28 35 42
Orla Externa 10 14 18 21
Lado 600 800 1000 1200
Triangular
Orla 90 120 150 180
Fonte: DNIT, 2010.

As placas de sinalização de advertência são na forma quadrada e seguindo as


dimensões apresentadas na Tabela 4.21.

Tabela 4.21: Dimensões das placas de advertência.


Dimensão Mínima (em mm)
COMPOSIÇÃO Até 40 Entre 40 e Entre 60 e Acima de 100
km/h 60 km/h 100 km/h km/h
Lado 600 800 1000 1200
Orla Externa 8 10 12,5 15
Orla Interna 15 20 25 30
Fonte: DNIT, 2010.

As dimensões das placas que possuem letreiro, por sua vez, deverão ser definidas
de acordo com a altura das próprias letras, sendo que os valores mínimos para as
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tarjas deverão ser 1% do valor do maior lado e as bordas deverão ter 50% do valor
estabelecido para as tarjas. A altura das letras é dada em função da velocidade no
trecho conforme mostra a tabela a seguir:

Tabela 4.22: Dimensões das placas com letras.


Dimensão Mínima (em cm)
Entre 40 e Entre 60 e 80 Entre 80 e
Até 40 km/h
60 km/h km/h 110 km/h
15 17,5 20 25
Fonte: DNIT, 2010.

o Cores

As cores dos sinais a serem aplicadas são fundamentais para atender a finalidade
da sinalização e deverão obedecer aos manuais de sinalização do CONTRAN e às
diretrizes do CTB e suas resoluções. Com o intuito de orientar os procedimentos de
indicações de cores, a Tabela 4.23 apresenta as especificações para aplicação das
mesmas.

Tabela 4.23: Cores utilizadas nas placas de sinalização.


Tipo de Placa Orla Legendas Fundo
Regulamentação Vermelho Preto Branco
Advertência Preto Preto Amarelo
Serviço Branco Branco Azul
Indicativa Branco Branco Verde
Educativa Preto Preto Branco
Turística Branco Branco Marrom
Delineadores - Amarelo Preto
Fonte: DNIT, 2010.

o Refletividade e Iluminação

Os sinais de sinalização vertical sejam eles de regulamentação, advertência ou


indicação, podem ser aplicadas em placas pintadas, retro refletivas, luminosas
(dotadas de iluminação interna) ou iluminadas (dotadas de iluminação externa
frontal).
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TÍTULO: PÁG: 129


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As placas confeccionadas em material retro refletivo, luminosas ou iluminadas


devem apresentar o mesmo formato, dimensões e cores nos períodos diurnos e
noturnos.

o Dos materiais de placas

Sabemos que nenhuma via pode ser aberta sem a instalação de sinalização, sendo
assim, a escolha dos materiais a serem utilizados na fabricação das placas é
fundamental para a qualidade e determinação da vida útil destes equipamentos. A
definição dos materiais de placas é possível ser observado no próprio Manual
Brasileiro de Sinalização de Trânsito, o qual segue as especificações logo abaixo.

Os materiais mais adequados para serem utilizados como substratos para a


confecção das placas de sinalização são o aço, alumínio, plástico reforçado e
madeira imunizada.

Especificações técnicas para fabricação das placas devem seguir as


recomendações da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT:

✓ Dos Suportes das Placas

Os suportes devem ser dimensionados e fixados de modo a suportar as cargas


próprias das placas e os esforços da ação do vento, garantindo sua correta posição
(Figura 4.12).

Os materiais mais utilizados para confecção dos suportes são o aço e a madeira
imunizada.
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TÍTULO: PÁG: 130


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Figura 4.12: Modelo de suporte para sinalização de regulamentação


Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, 2005.

o Do Posicionamento das Placas

Neste item são apresentadas condições e regras gerais e específicas com relação
ao posicionamento das placas, a saber:

• As placas indicativas decisivas, indicando saídas direcionais, devem ser


posicionadas no início do taper de desaceleração (saída da rodovia);
• As placas indicativas de pré-indicação devem ser posicionadas com uma
distância mínima da placa decisiva de 200 metros, sendo que a distância de
saída obrigatoriamente deve estar explicitada na legenda da placa;
• As placas de regulamentação de velocidade devem ser posicionadas com no
máximo de 300 metros após o término de todos os tapers de aceleração
(acesso da rodovia).

 Sinalização Vertical de Regulamentação

A sinalização vertical de regulamentação está definida pela Resolução CONTRAN


180/2005 e tem por finalidade transmitir aos usuários as condições, proibições,
obrigações ou restrições no uso das vias urbanas e rurais.

A finalidade desta sinalização é de fornecer informações que permitam aos usuários


das vias adotar comportamentos adequados, de modo a aumentar a segurança,
ordenar os fluxos de tráfego e orientar os usuários da via.
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A Tabela 4.24 mostra algumas das placas de sinalização de regulamentação com


seu código e significado. As demais placas que forem ser utilizadas devem observar
seu significado na Resolução CONTRAN 180/2007.

Tabela 4.24: Exemplos de placas de sinalização de regulamentação com o significado.


PLACAS SIGNIFICADOS

Parada Obrigatória – R1

Assinala ao condutor que deve parar seu


veículo antes de entrar ou cruzar a via/pista.

Cruzamento de Vias – A-6

Adverte ao condutor do veículo da existência,


adiante, de um cruzamento de duas vias em
nível.

Velocidade Máxima Permitida – R 19

Regulamenta o limite máximo de velocidade


em que o veículo pode circular na pista ou
faixa, válido a partir do ponto onde o sinal é
colocado.

Proibido Ultrapassar – R 7

Assinala ao condutor do veículo que é


proibido realizar o movimento de
ultrapassagem no trecho regulamentado,
pela(s) faixa(s) destinada(s) ao sentido
oposto de circulação.

Fonte: CONTRAN, 2007.


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TÍTULO: PÁG: 132


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 Sinalização Vertical de Advertência

A sinalização vertical de advertência tem por finalidade alertar aos usuários as


condições potencialmente perigosas, obstáculos ou restrições existentes na via ou
adjacentes a ela, indicando a natureza dessas situações à frente, quer sejam
permanentes ou eventuais.

A Tabela 4.25 mostra algumas das placas de sinalização de advertência com seu
código e significado. As demais placas que forem ser utilizadas devem observar seu
significado na Resolução CONTRAN 243/2007.

Tabela 4.25: Exemplos de placas de sinalização de advertência com o significado.


PLACAS SIGNIFICADOS

Curva acentuada a direita e esquerda – A1a e


A1b

Devem ser utilizados sempre que existir curva


horizontal adiante, em vias onde as
velocidades de aproximação acarretem
manobra que possa comprometer a segurança
dos usuários.

Animais – A 35

Devem ser utilizados em vias onde há


possibilidade de presença de animais.

Trânsito de tratores ou máquinas agrícolas – A


31

Deve ser utilizado quando é prevista a


travessia ou o trânsito de tratores ou
maquinaria agrícola.
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TÍTULO: PÁG: 133


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PLACAS SIGNIFICADOS

Saliência ou lombada – A-18

Deve ser utilizada para alertar os usuários de


uma via sobre as condições potencialmente
perigosas, obstáculos ou restrições existentes.

Fonte: CONTRAN, 2007.

o Locais de Instalação das Placas


• Vias de acessos ao canteiro de obras;
• Vias de acessos às áreas do Complexo Fotovoltaico Lagoa e Sistemas
Associados;
• Vias de acesso interno do Complexo Fotovoltaico Lagoa e Sistemas
Associados.

Abaixo seguem alguns exemplos de placas de sinalização a serem instaladas no


empreendimento (Figura 4.13 a Figura 4.18):

Figura 4.13: Sinalização de entrada e saída Figura 4.14: Sinalização de homens


de veículos trabalhando
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 134


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Figura 4.15: Sinalização de mudança de rota Figura 4.16: Sinalização de acesso somente a
pessoas autorizadas

Figura 4.17: Sinalização de Segurança: Uso de


Figura 4.18: Sinalização de Meio Ambiente
EPI

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

A responsabilidade da implantação deste programa é do empreendedor, mas a


empresa contratada para executar a obra do Complexo Fotovoltaico será
responsável por sinalizar o empreendimento e as estradas de acesso.

RELATÓRIOS

Serão elaborados relatórios mensais com as atividades desenvolvidas no período,


dificuldades enfrentadas, objetivos alcançados e registros fotográficos para
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 135


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

acompanhamento do empreendedor. E relatórios consolidados para


encaminhamento à SUDEMA.

Os bancos de dados montados com estas atividades serão analisados


periodicamente, a partir de indicadores de avaliação que balizarão a necessidade
de se providenciar outras ações, buscando a melhoria do sistema de transportes e
corrigindo eventuais distorções.

O conhecimento por parte dos trabalhadores do empreendimento relativo aos riscos


decorrentes do tráfego de veículos será alcançado através de integração de equipe,
treinamentos e diálogo diário de segurança.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

 Equipe técnica

Para o desenvolvimento deste programa será necessário um profissional graduado


em engenharia de segurança do trabalho ou área afim com experiência em Projeto
de Sinalização em Obras, responsável por acompanhar e fiscalizar a
implementação deste Programa.

 Materiais necessários
• Placas de sinalização conforme tipo e quantidade a serem definidos quando
da elaboração do projeto executivo pela empresa responsável pela
construção e montagem;
• Máquina fotográfica;
• GPS

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

• Programa de Controle Ambiental.


PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 136


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• Subprograma de Preparação e Atendimento à Emergências;


• Programa de Proteção e Segurança do Trabalhador.

CRONOGRAMA

O cronograma de execução deste Subprograma levará em consideração a fase de


instalação e operação do Empreendimento.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O: PÁ G: 137

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

T a b e l a 4 . 2 6 : C r o n o g r a m a d e E x e c u ç ã o d o S u b p r o g r a m a d e S i n a liz a ç ã o d a s O b r a s

Pré MESES
Subprograma de Sinalização implantação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Estudo da área e elaboração do projeto de sinalização

Instalação das placas necessárias as atividades em


desenvolvimento pela Construtora

Vistoria e fiscalização da sinalização

Elaboração de Projeto de Sinalização baseado neste


Programa.

Comunicação Social junto as comunidades

Monitoramento da conservação das placas e


sinalizações.

Relatório interno

F o n t e: C R N - Bio, 2 0 2 1.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 138


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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei Federal n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de


Trânsito Brasileiro. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm> Acesso em: 15
outubro 2021.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN. Resolução n° 180,


de 26 de agosto de 2005. Aprova o Volume I - Sinalização Vertical de
Regulamentação, do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Disponível
em: http://www.denatran.gov.br/download/resolucoes/res_180.htm Acesso
em: 15 outubro 2021.

NBR 11.904:2015. Sinalização vertical viária - Placas de aço zincado. Rio de


Janeiro: ABNT, 2015.

NBR 7.823:2015. Alumínio e suas ligas - Chapas - Propriedades mecânicas. Rio de


Janeiro: ABNT, 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7.556:2006.


Chapas de alumínio e suas ligas – Especificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2006.

NBR 13.275:2006. Sinalização vertical viária - Chapas planas de poliéster reforçado


com fibras de vidro, para confecção de placas de sinalização - Requisitos e
métodos de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2006.

NBR 15.649:2008. Sinalização vertical viária - Chapas melamínico-fenólicas de alta


pressão para confecção de placas de sinalização - Requisitos e métodos de
ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 139


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Resolução n ° 243, de 22 de junho de 2007. Aprova o Volume II – Sinalização


Vertical de Advertência, do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.
Disponível em:
<http://www.denatran.gov.br/download/resolucoes/resolucao_contran_243.pd
f> Acesso em: 15 outubro 2021.

Resolução n° 486, de 7 de maio de 2014. Aprova o Volume III – Sinalização Vertical


de Indicação, do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Disponível em:
<http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/Resolucao4862014.pd>
Acesso em: 15 outubro 2021.
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 140


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

SUBPROGRAMA DE ATENDIMENTO À EMERGÊNCIAS

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

O Subprograma de Atendimento à Emergências mantém perfeita interação com o


Programa de Gerenciamento de Riscos Operacionais - PGRO, de modo que as
tipologias acidentais, os recursos e as ações necessárias para minimizar os
impactos de possíveis acidentes, possam ser adequadamente dimensionados.

Este Subprograma deve definir claramente as atribuições e responsabilidades dos


envolvidos, prevendo também os recursos, humanos e materiais, compatíveis com
os possíveis acidentes a serem atendidos, além dos procedimentos de acionamento
e rotinas de combate às emergências, de acordo com a tipologia dos cenários
acidentais estudados e apresentados no Programa de Gerenciamento de Riscos
Operacionais.

Conforme informado anteriormente, o Subprograma de Atendimento a


Emergências, uma vez que visa demonstrar quais os procedimentos devem ser
adotados em casos de situações emergenciais, já levantados nas análises de riscos
e demonstrarão quais os acidentes possíveis de acontecer. Portanto, este
Programa apresenta de forma estruturada as medidas que devem ser seguidas em
cada situação hipotética de risco e as equipes que devem ser acionadas.

Ressalta-se que este programa deve ser de conhecimento de todos os profissionais


envolvidos durante a instalação do Empreendimento, porém, cada empresa
contratada deverá elaborar seu o Subprograma de Atendimento à Emergências, de
modo que possa identificar e analisar os riscos inerentes as suas atividades e adotar
medidas a fim de prevenir possíveis acidentes de trabalho durante a execução de
suas atividades.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 141


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

O presente Subprograma justifica-se pela necessidade de se obter um conjunto de


diretrizes, dados e informações que propiciem as condições necessárias para a
adoção de procedimentos lógicos, técnicos e administrativos, estruturados para
serem desencadeados rapidamente em emergências, para a minimização de
impactos aos trabalhadores, comunidades e ao meio ambiente.

OBJETIVOS

 Objetivo Geral

Este Subprograma tem o objetivo de estabelecer as premissas que


proporcionem ações rápidas e eficazes em caso de emergências, para eventuais
ocorrências de acidentes relativos à instalação do Empreendimento.

 Objetivos Específicos

Constituem-se objetivos específicos:

• Apresentar os procedimentos estruturados em caso de emergências;


• Relacionar as equipes que devem ser envolvidas para cada situação
emergencial;
• Identificar os órgãos que devem ser acionados em caso de emergência.

METAS

Constituem-se metas do Subprograma de Atendimento à Emergências:

• Dar conhecimento do programa para todos os trabalhadores envolvidos;


• Montar e estabelecer as equipes de emergência previstas neste
programa;
• Realizar treinamento com as pessoas envolvidas diretamente envolvidas.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 142


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

INDICADORES DE DESEMPENHO

• Número de pessoas treinadas para atendimento a ações emergenciais;


• Realização, listagem e avaliação prévia da aplicação de medidas
preventivas em todas as áreas que se façam necessárias para o
empreendimento;
• Tempo de resposta em caso de acidentes;
• Registro documental assinado pelo responsável de todos os Incidentes,
quase acidentes e acidentes gerados na implantação do
empreendimento; e
• Extensão dos danos ambientais em caso de acidente.

REQUISITOS LEGAIS

Tabela 4.27: Legislação vigente para o Subprograma de Atendimento à Emergências

Norma Brasileira (NBR)


Plano de emergência contra incêndio - Requisitos;
15.219

Norma Brasileira (NBR)


Brigada de incêndio — Requisitos;
14.276

Norma Brasileira (NBR)


Bombeiro Profissional Civil
14.608

Norma Brasileira (NBR) Transporte rodoviário de produtos perigosos — Plano de ação de


15.480 emergência (PAE) no atendimento a acidentes;

Norma Brasileira (NBR)


Veículos para atendimento a emergências médicas e resgate;
14.561
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 143


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Riscos de Acidente de Origem Tecnológica – Método para decisão e termos


Norma P4.261/2011
de referência.

Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Previdência Social – de acordo com a


portaria 3.214, de 08 de junho de 1978;

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Este Subprograma de Preparação e Atendimento à Emergências aplica-se aos


colaboradores vinculados ao Empreendimento, prestadores de serviço, visitantes,
moradores, as entidades de saúde, órgãos de segurança pública e órgãos de defesa
do meio ambiente.

ATIVIDADES/METODOLOGIA

O Subprograma de Atendimento à Emergências foi constituído de acordo com a


Norma P4.261/2011 – Riscos de Acidente de Origem Tecnológica – Método para
decisão e termos de referência, da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
(CETESB), sendo constituído das etapas de:

• Nome e endereço do empreendimento;


• Descrição das instalações envolvidas;
• Representantes do empreendimento para contato em situação de
emergência;
• Cenários acidentais;
• Área de abrangência;
• Estrutura organizacional com as atribuições e responsabilidades dos
envolvidos;
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 144


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• Fluxograma de acionamento em conformidade com a estrutura


organizacional apresentada;
• Relação de todos os participantes do programa com os respectivos
telefones de contato;
• Relação dos recursos materiais efetivamente disponíveis com as
respectivas quantidades e locais de disposição;
• Relação e meios de acionamento de todas as entidades públicas e
privadas a serem mobilizadas para atuarem na resposta emergencial;
• Procedimentos estruturados contemplando as ações de resposta às
situações emergenciais compatíveis com os cenários acidentais
identificados e em conformidade com a estrutura organizacional
apresentada;
• Formas de divulgação, implantação (internas e/ou externas) e integração
com outras instituições;
• Cronograma de exercícios teóricos e práticos (simulados), de acordo
com os diferentes cenários acidentais;
• Manutenção do programa, contemplando a reposição dos recursos
materiais e a adequação, após simulados ou situações de emergência;
• Periodicidade de revisão do programa.

 Procedimentos em Cenário de Emergência

Pelas características do empreendimento proposto, pode-se adotar como possíveis


cenários de emergência:
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 145


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Tabela 4.28: Cenários de emergência

Instrução para
Cenários de Emergência Perigo Risco atendimento à
Emergência
Mortes e/ou
Movimentação de veículos ferimentos em
Atropelamento de animais. Ver anexo 1
em área rural. animais. Impactos
ambientais.

Derramamento / vazamento de
óleos e combustíveis, de outros Armazenamento de óleos e Contaminação do
Ver anexo 1
produtos diversos (sem ignição), combustíveis. solo, água e ar.
de resíduos e de efluentes.

Derramamento / vazamento de
Armazenamento de óleos e Contaminação do
óleos e combustíveis, de outros Ver anexo 1
combustíveis. solo, água e ar.
produtos diversos (com ignição).

Acidentes envolvendo máquinas


Trabalho com movimentação Morte e/ou ferimentos
e equipamentos (tombamento, Ver anexo 1
de veículos. graves.
colisões e atropelamento.

Impactos ambientais.
Vazamento de cimento ou calda Trabalho de concretagem e
Lesões físicas ao Ver anexo 1
de concreto obra civil.
trabalhador.

Incêndios (vegetação, Poluição atmosférica,


Incêndio em vegetação e/ou
instalações, equipamentos e do solo. Danos Ver anexo 1
equipamentos.
outros). materiais e físicos.

Asfixia. Danos Físicos


Vazamento de gás sem explosão. Armazenamento de gás. Ver anexo 1
e/ou Morte.

Armazenamento de gás.
Explosões (vazamento de gás, Morte e/ou ferimentos
Equipamentos com corrente Ver anexo 1
transformador e outros). graves.
elétrica de alta tensão.

Ativação de processos erosivos


com possibilidade de Movimentação de terra e Vítimas fatais por
Ver anexo 1
desmoronamentos e processos naturais. soterramento.
soterramentos.
Impacto ambiental.
Acidentes com animais
Mata/Desmatamento. Dores no local e Ver anexo 1
peçonhentos.
morte.
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 146


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Acidentes durante corte de Cortes, escoriações,


Utilização de máquinas e
galhos e derrubamento de esmagamento e Ver anexo 1
equipamentos.
árvores. pancadas.

Descarga elétrica,
Trabalho com proximidade parada
Acidentes com choques elétricos. Ver anexo 1
de instalações elétricas. cardiorrespiratória,
queimaduras e morte.

Içamento com Esmagamentos,


Acidentes por queda de materiais. Ver anexo 1
movimentação de cargas. lesões físicas e morte.

Queda de guindastes e Içamento com Esmagamentos,


Ver anexo 1
estruturas. movimentação de cargas. lesões físicas e morte.

Vandalismo, invasão e/ou furto de Guarda de materiais e Assaltos. Lesões


Ver anexo 1
materiais e equipamentos. equipamentos. físicas e morte.

➢ Principais Contatos

Internos

Todas as funções da Brigada de Emergência, bem como as funções previstas para


instalação do Empreendimento, serão definidas quando do início das atividades de
implantação da Usina Fotovoltaica.

Após as definições, as funções da Brigada de Emergência com respectivos nomes


e telefones, serão temas de um procedimento específico que serão anexados neste
Subprograma.

A relação de entidades públicas a serem acionadas para o Subprograma segue


conforme a Tabela 4.29. Entidades particulares e possíveis convênios serão
listados durante a instalação do Empreendimento e farão parte de um procedimento
específico que serão anexados posteriormente.
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 147


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Tabela 4.29: Relação dos participantes do Subprograma com os telefones de contato

ÁREA / NOME / FUNÇÃO TELEFONE /RAMAL TELEFONE


DEPARTAMENTO CELULAR
Gerente da Obra A definir A definir A definir

Diretor de A definir A definir A definir


Implantação

Coordenador A definir A definir A definir


de Implantação
Gerente de Projetos A definir A definir A definir

Implantação Civil A definir A definir A definir

Engenharia Civil A definir A definir A definir

Segurança do A definir A definir A definir


Trabalho
Meio Ambiente A definir A definir A definir

Externos

Os contatos externos acionados em ações emergenciais priorizam os órgãos


implantados em São José da Lagoa Tapada. Por questões de disponibilidade,
também foram descritos os de João Pessoa, capital do estado.

Tabela 4.30: Relação das entidades públicas e privadas com os telefones de contato

ÓRGÃO CONTATO TELEFONE ENDEREÇO


IPC/João Pessoa Plantonista (83)3213.9029 Av: Hilton Solto Maior, S/N -
Mangabeira – João Pessoa-
PB
Plantão da Polícia Plantonista 191 ou (83) Rod. BR-230, km 23 2257 -
Rodoviária Federal 3533-4700 Conj. Triana, – João Pessoa-
PB
Polícia Rodoviária Plantonista 198 Av: Beaurepaire Rohan – João
Estadual Pessoa-PB
Corpo de Plantonista 193 ou Rod. BR-230, km 25 525 –
Bombeiros (83)3216-1264 João Pessoa-PB
Capitania dos Plantonista (83)3241.6729 R. Barão do Triunfo, 342,
Portos da Paraíba Varadouro - João Pessoa -
PB
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 148


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

IBAMA/PB Telefonista (83) 3198-0800 Av. Dom Pedro II, 3284, João
Pessoa - PB, 58040-440
Polícia Militar Plantonista 190 Av. Dom Pedro II, S/N, João
Ambiental Pessoa - PB, 58013-420
Defesa Civil da PB Plantonista (83) 3218-6146 Praça Pedro Américo, 70,
Centro, João Pessoa - PB,
58010-3400
Prefeitura Plantonista (81) 99517- Rua Francisco Tomás da
Municipal de São 8858 Silva, 1-157, São José da
José da Lagoa Lagoa Tapada – PB, 58815-
Tapada 000
Posto de Saúde Plantonista (81) 99517- Rua Francisco Tomás da
8858 Silva, 1-157, São José da
Lagoa Tapada – PB, 58815-
000
Serviço de Plantonista 192 Rua Izidro Gomes de Sá, 05,
Atendimento Móvel São José da Lagoa Tapada –
de Urgência - PB, 58815-000
SAMU
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 149


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

 Empregados, Prestadores de Serviço e Visitantes

Os empregados, prestadores de serviços e visitantes, durante uma emergência ou


execução dos simulados devem cumprir as orientações das Equipes da Brigada de
Emergência.

 Treinamento

Os componentes da Brigada de Emergência e trabalhadores devem participar de


treinamentos, realizados periodicamente: Treinamentos de Saúde e Segurança no
Trabalho, disponível no sistema de gestão interno da Companhia, podendo ser
solicitado pelas empresas envolvidas na obra para conhecimento e/ou aplicação,
bem como a respeito de procedimentos necessários para evitar acidentes.

 Simulados

Para cada cenário identificado, é definida a frequência para execução do respectivo


simulado, esta frequência consta na Erro! Fonte de referência não encontrada..

Cabe ressaltar que a previsão das datas de realização, bem como inserção de
possíveis cenários que não estão relacionados nesse Subprograma, ficarão a cargo
do empreendedor ou empresa contrata, que realizará em conjunta responsabilidade
com os profissionais de saúde, segurança e meio ambiente que trabalharão na fase
de obras.

 Comunicação com o empreendedor

O responsável pela execução do Subprograma deverá registrar todos os incidentes


e acidentes ambientais ocorridos no canteiro de obras, em formulário próprio
contendo informações essenciais e reportá-los imediatamente ao empreendedor.
Entende-se por acidente ambiental, quaisquer alterações não planejadas no meio
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 150


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

ambiente sejam de origem antrópica ou não, previsto ou não. Ações de fiscalização,


visitas e autuação dos órgãos ambientais também são considerados eventos que
devem ser comunicados ao empreendedor.

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

A responsabilidade pela execução do Subprograma de Atendimento à Emergências


é da construtora, devendo observar as orientações do empreendedor e/ou da
empresa de consultoria para que os objetivos e metas desse programa sejam
cumpridos. E a responsabilidade de apoio e fiscalização será do empreendedor.

RELATÓRIOS

Serão elaborados relatórios mensais com as atividades desenvolvidas no período,


dificuldades enfrentadas, objetivos alcançados e registros fotográficos para
acompanhamento do empreendedor e relatórios consolidados para
encaminhamento à SUDEMA.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

Relativamente a recursos humanos, será necessário no mínimo 01 Técnico de


Segurança do Trabalho. No quesito recursos materiais, a empreiteira será
responsável pela disponibilização dos materiais de combate a emergências.

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

O Subprograma de Atendimento à Emergência manterá relação direta com os


planos/programas descritos abaixo.

• Programa de Proteção e Segurança do Trabalhador;


• Programa de Comunicação Social;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 151


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• Programa de Educação Ambiental.

CRONOGRAMA

O Subprograma de Atendimento à Emergências deverá ser iniciado juntamente com


as obras do empreendimento e permanecer operacional durante toda a etapa de
construção, sendo possível sua continuidade na fase de operação.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O: PÁ G: 152

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

T a b ela 4.3 1: Cr o n o gr a m a d e E x ec uç ã o d o Pla n o d e Pr e p ar aç ã o e Ate n di m e nto à E m er g ê ncia

Pré MESES
Subprograma de Atendimento a Emergências implantação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Realizar treinamento de formação para cada equipe de


emergência.

Diálogo Diário de Segurança

Identificação de áreas e atividades de risco através de


inspeção

Relatório de Não Conformidade ou emergência

Relatório Interno

Divulgar a formação das equipes de emergência e suas


responsabilidades.

Fazer reuniões mensais para discutir situações de


segurança e emergência.

Realizar simulados de Acidentes descritos no item de


“Treinamentos” e “Simulados”.

Relatórios Mensais

F o n t e: C R N - Bio, 2 0 2 1.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 153


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. Norma regulamentadoras.


Brasília, 1978.

COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – CETESB (Brasil). Risco


de Acidente de Origem Tecnológica - Método para decisão e termos de
referência. São Paulo, 2011. 140 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15219 - Plano de


emergência contra incêndio - Requisitos. Rio de Janeiro, 2005. 17 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15276 - Brigada de


incêndio — Requisitos. Rio de Janeiro, 2007. 37 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14608 – Bombeiro


Profissional Civil. Rio de Janeiro, 2000. 7 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15480 – Transporte


rodoviário de produtos perigosos — Plano de ação de emergência (PAE) no
atendimento a acidentes. Rio de Janeiro, 2007. 13 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14561 – Veículos para


atendimento a emergências médicas e resgate. Rio de Janeiro, 2000. 57 p
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 154

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

ANEXO 1 – CENÁRIOS DE EMERGÊNCIA

CENÁRIO 1 – ATROPELAMENTO DE ANIMAIS


Nº O que fazer Quem Quando Como
Responsável pelo veículo, Via rádio de Comunicação identificando o local do
01 Comunicar ao chefe de turno Imediatamente
empresa e/ou condutor. sinistro, ou via telefone.
Acionar a equipe de proteção
Após ser comunicado a Via rádio de Comunicação identificando o local do
02 ambiental e se necessário a equipe Chefe de turno
ocorrência sinistro, ou via telefone.
de resgate e socorro
Acionando a ambulância do Complexo e/ou
Prestar primeiros socorros a possíveis Equipe de resgate e
03 Imediatamente executar atendimento até a chegada de apoio
vítimas socorro
externo (Corpo de Bombeiros ou SAMU).
Após ser
Informar ao setor de SST do Por busca pessoal, via rádio de comunicação ou via
04 Chefe de turno comunicado a
Complexo telefone.
ocorrência
Havendo necessidade solicitar Equipe de resgate e No momento dos
05 Via telefone.
apoio externo (SAMU) socorro primeiros socorros
Isolar a área e evitar a aproximação Equipe de proteção Assim que chegar no Através de verificação visual e equipamentos
06
da população ambiental local necessários.
Identificar a espécie e quantidade Equipe de proteção Aproximando-se cuidadosamente, portando
07 Após isolar a área
de animais afetados ambiental equipamento de proteção individual.
Solicitar apoio externo da equipe do
Equipe de proteção
08 subprograma monitoramento da Após isolar a área Via telefone.
ambiental
fauna
Remover animais mortos e/ou feridos Equipe do subprograma Após isolar área ou Utilizando os EPI’s necessários e cuidando para o
09
da via monitoramento da fauna acionar apoio externo risco de mordidas.
Equipe de proteção
Até 24 horas após a Através de levantamentos de dados, entrevista com
10 Elaborar relatório da ocorrência. ambiental em conjunto
ocorrência envolvidos e testemunhas.
com SST
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 155

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

C E N Á RI O 2 – D E R R A M A M E N T O / V A Z A M E N T O D E Ó L E O S E C O M B U S T Í V EI S, D E O U T R O S P R O D U T O S DI V E R S O S ( S E M I G NI Ç Ã O ), D E R E SÍ D U O S E D E
EFLUENTES
Nº O que fazer Quem Quando Como
I d e n tific a r o tip o d e p r o d u t o ( c l a s s e d o R e s p o ns áv el p elo v eíc ulo, A t r a v é s d e p l a c a d e si n a liz a ç ã o d o
01 pro d uto, n ú m e ro d a O N U e n ú m e ro d e e m pr es a e/o u c o n d ut or ou p elo I m e diata m e nt e v e í c u l o o u v e r ifi c a n d o a F I S P Q d o
ri s c o ) . pr o d uto. pr o d uto
V i a R á d i o d e C o m u n i c a ç ã o i d e n tific a n d o
02 A cio n ar eq uip e d e pr oteç ã o a m bie ntal – E P A Q u e m i d e n t ifi c o u a o c o r r ê n c i a I m e diata m e nt e
o l o c al d a o c or r ê n c i a, o u v i a t el ef o n e
V e rific a r p r o p o r ç ã o d a o c o r r ê n c i a i s o l a n d o a
03 E q ui p e d e pr oteç ã o a m bie ntal I m e diata m e nt e A t r a v é s d e v e rific a ç ã o v is u a l
ár e a
04 V e rific a r a e xis t ê n c i a d e víti m a s E q ui p e d e pr oteç ã o a m bie ntal I m e diata m e nt e Vis u al e a cio n a n d o a e q uip e d e s o c orr o
Pr oc e d er na c o nte nç ã o d o pr o d uto A p ó s is ola m e nt o
05 E q ui p e d e pr oteç ã o a m bie ntal A t r a v é s d o s K it s d e c o n t e n ç ã o
v e rifi c a n d o r e c o m e n d a ç õ e s d a F I S P Q d a ár e a
A p ó s c o nte nç ã o d o C o m f err a m e n t a s m a n u ais o u
06 R e c o l h e r o m a t e ri al s e a ti n g ir o s o l o E q ui p e d e pr oteç ã o a m bie ntal
pr o d uto m a q ui n ário
Atr av és d e lev a nta m e ntos d e d a d os,
At é 24 h or as a p ós a
07 E l a b or ar r el at óri o d a o c or r ê n c i a. E q ui p e d e pr oteç ã o a m bie ntal e ntr e vist a c o m e n v olvid o s e
oc orr ência
te st e m u n h a s.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 156

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

CENÁRIO 3 – DERRAMAMENTO / VAZAMENTO DE ÓLEOS E COMBUSTÍVEIS, DE OUTROS PRODUTOS DIVERSOS (COM IGNIÇÃO), DE RESÍDUOS E
DE EFLUENTES
Nº O que fazer Quem Quando Como
Identificar o tipo de produto (classe do Responsável pelo veículo, Através de placa de sinalização do
01 produto, número da ONU e número de empresa e/ou condutor ou pelo Imediatamente veículo ou verificando a FISPQ do
risco). produto. produto.
A pessoa que identificar a Via Rádio de Comunicação identificando
02 Acionar chefe de turno do complexo Imediatamente
ocorrência o local da ocorrência, ou via telefone.
Via Rádio de Comunicação identificando
03 Acionar a Equipe de Combate a Incêndio Chefe de turno Imediatamente
o local da ocorrência, ou via telefone
Acionar equipe de proteção ambiental – Via Rádio de Comunicação identificando
04 Chefe de turno Imediatamente
EPA o local da ocorrência, ou via telefone.
Verificar proporção da ocorrência Equipe de proteção ambiental
05 Imediatamente Através de verificação visual.
isolando a área e
06 Verificar a existência de vítimas Equipe de proteção ambiental Imediatamente Visual e acionando a equipe de socorro.
Quando determinado Encaminhar as pessoas para local
07 Evacuar a área se necessário Equipe de Evacuação de área pelo coordenador da seguro, por meio das rotas de fuga e
brigada de emergência saídas de emergência.
Utilizando os equipamentos e métodos
08 Combater o incêndio Equipe de Combate a Incêndio Imediatamente
disponíveis de extinção de fogo.
Proceder na contenção do produto Após isolamento da
09 Equipe de proteção ambiental Através dos Kits de contenção.
verificando recomendações da FISPQ área
Após contenção do
10 Recolher o material se atingir o solo Equipe de proteção ambiental Com ferramentas manuais ou maquinário
produto
11 Solicitar apoio externo se necessário Coordenador da Brigada Imediatamente Utilizando lista de contatos do PAE
Até 24 horas após a Através de levantamentos de dados,
12 Elaborar relatório da ocorrência. Equipe de SST
ocorrência entrevista com envolvidos e testemunhas.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 157

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

C E N Á RI O 4 – A CID E N T E S EN V O L V E N D O M Á Q UI N A S E EQ UIP A M E N T O S (T O M B A M E N T O, C O LISÕ E S E AT R O P EL A M E N T O)


Nº O que fazer Quem Quando Como
Q u e m i d e n t ifi c o u a
A t r a v é s d e p l a c a d e si n a liz a ç ã o d o v e í c u l o o u
01 A cio n ar e q uip e d e r e s g at e e s o c orr o oc orr ência ou I m e diata m e nt e
v e rific a n d o a F I S P Q d o p r o d u t o .
c o n d u t o r / p a s s a g e ir o s
A pessoa que P o r b u s c a p e s s o a l, vi a r á d i o d e c o m u n i c a ç ã o o u
02 C o m u nic ar a o c h efe d e tur n o I m e diata m e nt e
i d e n t ifi c a r a o c o r r ê n c i a vi a t el ef o n e.

C o m u nic ar a o S etor d e S S T d o M o m e nt o e m q u e s o u b e V i a R á d i o d e C o m u n i c a ç ã o i d e n tific a n d o o l o c a l


03 C h efe d e tur n o
C o m p l e x o F o t o v o lt aic o d a oc orr ência d a o c or r ê n c i a, o u v i a t el ef o n e.

A cio n a n d o a a m b ulâ ncia do C o m plex o e/o u


E q ui p e d e R es g ate e
04 P r e s t ar at e n di m e nt o a víti m a s I m e diata m e nt e ex ec utar aten di m e nt o até a c h e g a d a d e a p oio
S o c orr o
ext er n o. ( C or p o d e B o m b eir os ou S A M U ).
E n c a m i n h a r víti m a p a r a E q ui p e d e R es g ate e C o m a a m b ulâ ncia do C o m plex o o u c arr o d e
05 I m e diata m e nt e
ate n di m e nto M é dic o S o c orr o a p oio.
N o c a s o d e a c i d e n t e f a t a l is o l a r a
06 E q ui p e d e S S T I m e diata m e nt e S o lic it a r a p o i o d a e q u i p e d e S S T .
á r e a e a c i o n a r p o lí ci a ci vil

At é 24 h or as a p ós a Atr a v é s d e le v a nt a m e n t o s d e d a d o s, e ntr e vist a


07 E l a b o r ar r el at óri o d a o c or r ê n c i a. E q ui p e d e S S T
oc orr ência c o m e n v olvid o s e t e st e m u n h a s.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 158

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

C E N Á RI O 5 – VAZ A M E N T O D E CI ME N T O O U C A L D A D E C O N C R ET O
Nº O que fazer Quem Quando Como
A cio n ar eq uip e d e pr oteç ã o Q u e m i d e n t ifi c o u a V i a R á d i o d e C o m u n i c a ç ã o i d e n tific a n d o o l o c a l d a
01 I m e diata m e nt e
a m bie ntal – E P A oc orr ência o c or r ê n c i a, o u v i a t el ef o n e.
V e rific a r p r o p o r ç ã o d a o c o r r ê n c i a E q ui p e d e pr oteç ã o
02 I m e diata m e nt e A t r a v é s d e v e rific a ç ã o v is u a l.
is o l a n d o a á r e a a m bie ntal
E q ui p e d e pr oteç ã o
03 V e rific a r a e xis t ê n c i a d e víti m a s I m e diata m e nt e V i s u al e a ci o n a n d o a e q ui p e d e s o c or r o.
a m bie ntal
Pr oc e d er a c o nte nç ã o d o pr o d uto e E q ui p e d e pr oteç ã o A p ó s is ola m e nt o d a
04 C o m u s o d e f err a m e nt a s e c o nt e nt or e s.
rec olhi m e nt o a m bie ntal ár e a
E q ui p e d e pr oteç ã o A p ó s c o nte nç ã o d o
05 R e c o l h e r o m a t e ri al s e a ti n g ir o s o l o C o m f err a m e n t a s m a n u ais o u m a q uin ário.
a m bie ntal pr o d uto
E q ui p e d e pr oteç ã o At é 24 h or as a p ós a Atr a v é s d e le v a nt a m e n t o s d e d a d o s, e ntr e vist a
06 E l a b or ar r el at óri o d a o c or r ê n c i a.
a m bie ntal oc orr ência c o m e n v olvid o s e t e st e m u n h a s.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 159

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

C E N Á RI O 6 – IN C Ê N DI O S (V E G E T A Ç Ã O , IN ST A L A Ç Õ E S, E Q UI P A M E N T O S E O U T R O S)
Nº O que fazer Quem Quando Como
A pessoa que V i a R á d i o d e C o m u n i c a ç ã o i d e n tific a n d o o l o c a l
01 A cio n ar c h efe d e tur no d o c o m plex o I m e diata m e nt e
i d e n t ifi c a r a o c o r r ê n c i a d a o c or r ê n c i a, o u v i a t el ef o n e.
A cio n ar a E q uip e d e C o m b ate a V i a R á d i o d e C o m u n i c a ç ã o i d e n tific a n d o o l o c a l
02 C h efe d e tur n o I m e diata m e nt e
Inc ê n dio d a o c or r ê n c i a, o u v i a t el ef o n e
A cio n ar eq uip e d e pr oteç ã o V i a R á d i o d e C o m u n i c a ç ã o i d e n tific a n d o o l o c a l
03 C h efe d e tur n o I m e diata m e nt e
a m bie ntal – E P A d a o c or r ê n c i a, o u v i a t el ef o n e.
V e rific a r p r o p o r ç ã o d a o c o r r ê n c i a E q ui p e d e pr oteç ã o
04 I m e diata m e nt e A t r a v é s d e v e rific a ç ã o v is u a l.
is o l a n d o a á r e a a m bie ntal e
E q ui p e d e pr oteç ã o
05 V e rific a r a e xis t ê n c i a d e víti m a s I m e diata m e nt e V i s u al e a ci o n a n d o a e q ui p e d e s o c or r o.
a m bie ntal
Q u a n d o d eter min a d o
E q ui p e d e Ev ac u aç ã o E n c a min h ar as p es s o as p ar a loc al s e g ur o, por
06 E v a c u ar a ár e a s e n e c e s s ário p elo c o or d e n a d or d a
d e ár e a m eio d as r otas de fu g a e s aíd as d e e m er g ê n cia.
brig a d a d e e m e r g ê n cia
E q ui p e d e C o m b ate a U t i li z a n d o o s e q u i p a m e n t o s e m é t o d o s
07 C o m b ater o inc ê n dio I m e diata m e nt e
Inc ê n dio dis p o ní v eis d e e x ti n ç ã o d e f o g o.
S o lic it a r a p o i o e x t e r n o s e C oordenador da
08 I m e diata m e nt e U t i li z a n d o l i s t a d e c o n t a t o s d o P S E
n e c e s s ário Brigada
At é 24 h or as a p ós a Atr a v é s d e le v a nt a m e n t o s d e d a d o s, e ntr e vist a
09 E l a b or ar r el at óri o d a o c or r ê n c i a. E q ui p e d e S S T
oc orr ência c o m e n v olvid o s e t e st e m u n h a s.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 160

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

C E N Á RI O 7 – VAZ A M E N T O D E G Á S SE M EXPL O S Ã O
Nº O que fazer Quem Quando Como
01 A cio n ar c h efe d e tur no d o A pessoa que I m e diata m e nt e V i a R á d i o d e C o m u n i c a ç ã o i d e n tific a n d o o l o c a l d a
c o m plex o i d e n t ifi c a r a o c o r r ê n c i a o c or r ê n c i a, o u v i a t el ef o n e.
02 A cio n ar a E q uip e d e C h efe d e tur n o I m e diata m e nt e V i a R á d i o d e C o m u n i c a ç ã o i d e n tific a n d o o l o c a l d a
C o m b ate a Inc ê n dio o c or r ê n c i a, o u v i a t el ef o n e
03 A cio n ar eq uip e d e pr oteç ã o C h efe d e tur n o I m e diata m e nt e V i a R á d i o d e C o m u n i c a ç ã o i d e n tific a n d o o l o c a l d a
a m bie ntal – E P A o c or r ê n c i a, o u v i a t el ef o n e.
04 V e rific a r p r o p o r ç ã o d a E q ui p e d e pr oteç ã o I m e diata m e nt e A t r a v é s d e v e rific a ç ã o v is u a l.
oc orr ência is olan d o a ár e a a m bie ntal e
05 V e rific a r a e xis t ê n c i a d e E q ui p e d e pr oteç ã o I m e diata m e nt e V i s u al e a ci o n a n d o a e q ui p e d e s o c or r o.
víti m a s a m bie ntal
06 E v a c u ar a ár e a s e E q ui p e d e Ev ac u aç ã o Q u a n d o d eter min a d o E n c a min h ar as p es s o as p ar a loc al s e g ur o, por
n e c e s s ário d e ár e a p elo c o or d e n a d o r d a bri g a d a m eio d as r otas de fu g a e s aíd as d e e m er g ê n cia.
de e m ergência
07 R e a liz a r a d is p e r s ã o d o g á s E q ui p e d e C o m b ate a I m e diata m e nt e U t i li z a n d o o s e q u i p a m e n t o s e m é t o d o s d i s p o n í v e i s
Inc ê n dio p ar a dis p er s ã o.
08 S o lic it a r a p o i o e x t e r n o s e C oordenador da I m e diata m e nt e U t i li z a n d o l i s t a d e c o n t a t o s d o P S E .
n e c e s s ário Brigada
09 E l a b or ar r el at óri o d a E q ui p e d e S S T At é 24 h or as a p ós a Atr a v é s d e le v a nt a m e n t o s d e d a d o s, e ntr e vist a
oc orr ên cia. oc orr ência c o m e n v olvid o s e t e st e m u n h a s.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 161

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

C E N Á RI O 8 – E X P L O S Õ E S (V A Z A M E N T O D E G Á S, T R A N S F O R M A D O R E O U T R O S)

Nº O que fazer Quem Quando Como

A pessoa que V i a R á d i o d e C o m u n i c a ç ã o i d e n tific a n d o o l o c a l


01 A cio n ar c h efe d e tur no d o c o m plex o I m e diata m e nt e
i d e n t ifi c a r a o c o r r ê n c i a d a o c or r ê n c i a, o u v i a t el ef o n e.
A cio n ar a E q uip e d e C o m b ate a V i a R á d i o d e C o m u n i c a ç ã o i d e n tific a n d o o l o c a l
02 C h efe d e tur n o I m e diata m e nt e
Inc ê n dio d a o c or r ê n c i a, o u v i a t el ef o n e.
A cio n ar eq uip e d e pr oteç ã o V i a R á d i o d e C o m u n i c a ç ã o i d e n tific a n d o o l o c a l
03 C h efe d e tur n o I m e diata m e nt e
a m bie ntal – E P A d a o c or r ê n c i a, o u v i a t el ef o n e.
V e rific a r p r o p o r ç ã o d a o c o r r ê n c i a E q ui p e d e pr oteç ã o
04 I m e diata m e nt e A t r a v é s d e v e rific a ç ã o v is u a l.
is o l a n d o a á r e a a m bie ntal e
E q ui p e d e pr oteç ã o
05 V e rific a r a e xis t ê n c i a d e víti m a s I m e diata m e nt e V i s u al e a ci o n a n d o a e q ui p e d e s o c or r o.
a m bie ntal
Q u a n d o d eter min a d o
E q ui p e d e Ev ac u aç ã o E n c a min h ar as p es s o as p ar a loc al s e g ur o, por
06 E v a c u ar a ár e a s e n e c e s s ário p elo c o or d e n a d or d a
d e ár e a m eio d as r otas de fu g a e s aíd as d e e m er g ê n cia.
brig a d a d e e m e r g ê n cia
E q ui p e d e C o m b ate a U t i li z a n d o o s e q u i p a m e n t o s e m é t o d o s
07 C o m b ater o inc ê n dio I m e diata m e nt e
Inc ê n dio dis p o ní v eis d e e x ti n ç ã o d e f o g o.
R e a liz a r a d is p e r s ã o d o g á s E q ui p e d e C o m b ate a U t i li z a n d o o s e q u i p a m e n t o s e m é t o d o s
08 I m e diata m e nt e
(q u a n d o n e c e s s ário) Inc ê n dio dis p o ní v eis par a dis p er s ã o.
S o lic it a r a p o i o e x t e r n o s e C oordenador da
09 I m e diata m e nt e U t i li z a n d o l i s t a d e c o n t a t o s d o P S E .
n e c e s s ário Brigada

At é 24 h or as a p ós a Atr a v é s d e le v a nt a m e n t o s d e d a d o s, e ntr e vist a


10 E l a b or ar r el at óri o d a o c or r ê n c i a. E q ui p e d e S S T
oc orr ência c o m e n v olvid o s e t e st e m u n h a s.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 162

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

C E N Á RI O 9 A 15 – A CI D EN T ES EN V O L V E N D O PE S S O A S

Nº O que fazer Quem Quando Como


A cio n ar eq uip e d e r es g ate e Q u e m i d e n t ifi c o u a o c o r r ê n c i a A t r a v é s d e p l a c a d e si n a liz a ç ã o d o v e í c u l o o u
01 I m e diata m e nt e
s oc orr o o u c o n d u t o r / p a s s a g e ir o s v e rific a n d o a F I S P Q d o p r o d u t o .
A p e s s o a q u e i d e n tific a r a P o r b u s c a p e s s o a l, vi a r á d i o d e c o m u n i c a ç ã o o u
02 C o m u nic ar a o c h efe d e tur n o I m e diata m e nt e
oc orr ência vi a t el ef o n e.
C o m u nic ar a o S etor d e M o m e nt o e m q u e V i a R á d i o d e C o m u n i c a ç ã o i d e n tific a n d o o l o c a l
03 C h efe d e tur n o
S S T d o E m pr e e n di m e nto s o u b e d a oc orr ência d a o c or r ê n c i a, o u v i a t el ef o n e.
A cio n a n d o a a m b ulâ ncia do E m pr e e n di m e nto e/o u
04 P r e s t ar at e n di m e nt o a víti m a s E q ui p e d e R e s g at e e S o c o rr o I m e diata m e nt e ex ec utar aten di m e nt o até a c h e g a d a d e a p oio
ext er n o. ( C or p o d e B o m b eir os ou S A M U ).
E n c a m i n h a r víti m a p a r a C o m a a m b ulâ ncia do C o m plex o o u c arr o d e
05 E q ui p e d e R e s g at e e S o c o rr o I m e diata m e nt e
ate n di m e nto M é dic o a p oio.
N o c as o d e acide nte fatal
06 is o l a r a á r e a e a c i o n a r p o lí ci a E q ui p e d e S S T I m e diata m e nt e S o lic it a r a p o i o d a e q u i p e d e S S T .
civil
E l a b o r ar r el at óri o d a At é 24 h or as a p ós a Atr a v é s d e le v a nt a m e n t o s d e d a d o s, e ntr e vist a
07 E q ui p e d e S S T
oc orr ên cia. oc orr ência c o m e n v olvid o s e t e st e m u n h a s.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 163

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

CENÁRIO 16 – VANDALISMO, INVASÃO E/OU FURTO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS


Nº O que fazer Quem Quando Como
Quem
Via Rádio de Comunicação identificando o local
01 Comunicar o chefe de turno identificou a Imediatamente
da ocorrência, ou via telefone.
ocorrência
Via Rádio de Comunicação identificando o local
02 Comunicar o Gerente da Obra Chefe de turno Imediatamente
da ocorrência, ou via telefone.
Avaliação inicial do movimento (identificar
03 quem são, quantidade aproximada de Gerente da obra Imediatamente No local.
pessoas e onde estão localizadas)
Acionar a polícia militar e reforçar a vigilância Pelo telefone 190 e através do acionamento da
04 Gerente da obra Imediatamente
nas portarias empresa contratada para vigilância.
Comunicar o Gerente de Projeto e Diretor de Após a avaliação inicial do
05 Gerente da obra Através dos telefones específicos.
Implantação movimento
Prover meios para o bloqueio dos acessos.
Vigilância e
06 Restringir e/ou bloquear os acessos à Obra Imediatamente Liberar o acesso somente aos empregados e
equipe de SST
prestadores de serviços autorizados.
Contatar as lideranças do movimento para
07 Gerente da obra Imediatamente Pelo diálogo com as lideranças do movimento.
saber os motivos e reivindicações
Informar a situação aos responsáveis pelos
Após dialogar com as
08 setores da Obra e definir as ações Gerente da obra Por meio de reunião emergencial.
lideranças
necessárias (se aplicável)
Durante a
Vigilância,
09 Monitorar a ocorrência até que seja resolvida permanência do No local.
Gerente da obra
movimento
Através de reunião entre todos os envolvidos,
Até 30 dias após a
10 Elaborar relatório da ocorrência. Gerente da obra compilando as informações. O coordenador
ocorrência
definirá a melhor data para esta reunião.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 164


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

O Subprograma de Monitoramento da Qualidade da Água contempla o


monitoramento e avaliação da qualidade das águas superficiais e subterrâneas
presentes na área diretamente afetada pelo empreendimento. Dessa forma, em
função dos impactos descritos, serão monitorados parâmetros específicos
descritos nas legislações federal e estadual pertinentes.

Potenciais alterações na qualidade da água decorrem essencialmente das


atividades de implantação, da abertura de acessos definitivos ou dos caminhos
de serviço, cuja execução pode resultar em modificações pontuais de
parâmetros de qualidade, sobretudo a turbidez.

Apesar das características do processo de geração de Energia Solar,


relacionadas ao não lançamento de efluentes líquidos e gasosos, bem como a
não geração de resíduos sólidos, fatores potencialmente poluidores das águas,
será adotado o Subprograma de Monitoramento da Qualidade da Água,
buscando assegurar e comprovar a sustentação da qualidade atual dos corpos
hídricos superficiais/subterrâneos.

Na área do empreendimento estão cartografados alguns cursos-d ’água perante


as Áreas de Influência Direta e Indireta. Diante da necessidade de preservação
de um importante recurso para manutenção da vida, o monitoramento da água
superficial torna-se uma ferramenta indispensável para assegurar a conservação
das características dos ecossistemas.

Por meio deste Subprograma será estabelecido o padrão de qualidade das


águas antes do início das obras, além de ser monitorada a sua variação ao longo
do período de construção. As alterações na qualidade das águas decorrentes
das atividades de construção serão oportunamente identificadas.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 165


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

As avaliações propostas neste Subprograma tem foco na análise dos parâmetros


indicadores estabelecidos na Resolução CONAMA nº 357 de 17 de março de
2005, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes
ambientais para o seu enquadramento, em todo o território nacional, além de
determinar os padrões de lançamento, assim como na Resolução CONAMA nº
430 de 13 de maio de 2011, que dispõe sobre as condições e padrões de
lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução no 357, de 17 de
março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA.

Esse Subprograma se justifica como um mecanismo preventivo e corretivo


contra eventuais cenários de contaminação, advindos das atividades de
implantação e operação do Complexo Fotovoltaico Lagoa, que poderão alterar a
qualidade dos recursos hídricos superficiais da área diretamente afetada e de
influência indireta do empreendimento.

OBJETIVOS

 Objetivo Geral

O monitoramento da qualidade dos recursos hídricos no Complexo Fotovoltaico Lagoa


em apreço tem como objetivo acompanhar a qualidade dos recursos hídricos
superficiais e subterrâneos, através de análises físico-químicas/bacteriológicas das
amostras coletadas trimestralmente na área afetada pelo empreendimento, no sentido
de obter parâmetros para avaliar possíveis alterações no padrão de qualidade da água,
em consequência da implantação do Complexo.

 Objetivo Específico

• Identificar possíveis contaminantes nas águas superficiais provenientes das


atividades do Complexo Fotovoltaico;

• Monitorar os parâmetros de qualidade nos pontos amostrais estabelecidos;

• Obter um banco de dados com os resultados das análises periódicas nos


recursos hídricos monitorados;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 166


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

METAS

O Subprograma tem como meta caracterizar as condições de qualidade da água


e, assegurar a manutenção da qualidade ambiental dos recursos hídricos
superficiais e subterrâneos na área diretamente afetada do empreendimento, a
ser comprovada através da análise das amostras coletadas durante o
Subprograma de Monitoramento da Água, considerando as escalas espacial e
temporal, detectando as principais alterações em função da implantação do
empreendimento solar em questão; comparar os resultados das análises da
qualidade da água superficial e subterrânea durante as fases de pré-
implantação, implantação e operação com a legislação aplicável; e, auxiliar na
tomada de decisão quanto às ações, medidas de prevenção, mitigação e
controle relacionadas aos impactos ambientais resultantes do empreendimento
nas águas superficiais e subterrâneas.

Para tanto, o Subprograma deve ser desenvolvido sem falhas ou interrupções


nas coletas e análise dos parâmetros previamente selecionados. O percentual
de falhas em coletas e na análise laboratorial de amostras constitui o indicador
de desempenho do Subprograma.

INDICADORES DE DESEMPENHO

A respeito dos parâmetros a serem analisados, tendo em vista a campanha já


realizada para esse Estudo, deverão ser utilização os mesmos (Quadro 4.1) os
quais compreendem Parâmetros Bacteriológicos e Fisicos-Químicos. Assim,
será possível inferir as interferências do projeto na qualidade dos recursos
hídricos locais. Isso também se aplica ao esforço amostral, visto que já foram
monitorados quatro pontos anteriormente a fase de obras, denominados P1, P2,
P3 e P4, que compreendem a AID do empreendimento.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 167


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Quadro 4.1: Parâmetros monitorados no período de pré-implantação.

Parâmetros Bacteriológicos

Coliformes Totais Coliformes Termotolerantes

Parâmetros Físicos-Químicos

Cor Nitrogênio Amoniacal

Turbidez Nitrito - N-NO2

Potencial Hidrogeniônico – pH Nitrato - N-NO3

Condutividade Cálcio

Sólidos Totais Sódio

Sólidos Dissolvidos Magnésio

Sólidos em Suspensão Potássio

Alcalinidade Total Ferro Total

Alcalinidade de hidróxido Carbonato

Alcalinidade carbonato Bicarbonato

Alcalinidade bicarbonato Sulfato

Dureza Total Cloreto

Fonte: CRN-Bio, 2021.

Quadro 4.2 Ocorrências de corpos hídricos (rios, córregos ou aguadas, perenes ou


intermitentes) ao longo das áreas de influência do empreendimento e pontos de amostragem.

Coordenadas UTM
<Brazil> SAD
Condição na
Ponto Amostral 69 Zona 23L
Campanha
Easthi Northin
ng g
Com
P-1 601399 923234
água
P-2 599749 923225 Com
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 168


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

água
Com
P-3 598884 923275
água
Com
P-4 597998 923377
água
Fonte: CRN-Bio, 2021.

Poderão ser definidos outros pontos de amostragem bem como a alteração nos
parâmetros elencados, desde que justificados, em razão das características
locais. Os resultados serão confrontados com os padrões de qualidade
preconizados pela Resolução CONAMA Nº 357/2005, de acordo com a
classificação e enquadramento dos cursos hídrico.

Caso os pontos amostrais não obtenham lâmina d’água suficiente para


realização da coleta, também será registrado em relatório de acordo com a
periodicidade estabelecida.

• A equipe deverá dar especial atenção aos parâmetros que estiverem em


desacordo com aqueles expressos nas Resoluções do CONAMA, além
daquelas que possuam referência às substâncias inerentes à implantação
do Complexo, de tal modo que possam alterar a qualidade das águas
superficiais

REQUISITOS LEGAIS

Tabela 4.32:Legislação vigente para o Subprograma de Atendimento à Emergências

Lei Federal n° 6.938, de


Dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA);
31 de agosto de 1981

Lei Federal n° 9.433, de


Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH);
8 de janeiro de 1997

Resolução CONAMA n°
Classificação dos Corpos de Água e Diretrizes Ambientais para o Seu
357, de 17 de março de
Enquadramento;
2005
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 169


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Resolução CONAMA n°
Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento
396, de 3 de abril de
das águas subterrâneas e dá outras providências;
2008

Resolução CONAMA n°
430, de 13 de maio de Condições e padrões de lançamento de efluentes;
2011

Portaria do Ministério
Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da
da Saúde n° 2.914, de 12
água para consumo humano e seu padrão de potabilidade;
de dezembro de 2011

Norma ABNT NBR Dispõe sobre o planejamento de amostragem de efluentes líquidos e corpos
9.897/1987 receptores;

Norma ABNT NBR Dispõe sobre preservação e técnicas de amostragem de efluentes líquidos e
9.898/1987 corpos receptores;

Norma CETESB
Dispõe sobre a amostragem e monitoramento das águas subterrâneas.
6.410/1988

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Os principais beneficiários serão o empreendedor; as empresas envolvidas com


a implantação do Complexo Fotovoltaico Lagoa; os funcionários envolvidos com
a obra de implantação do complexo; e os moradores da região.

ATIVIDADES/METODOLOGIA

Considera-se como de fundamental importância que a equipe técnica a ser


designada para execução deste Subprograma possua o devido conhecimento
prévio da área a ser monitorada em todas as fases cabíveis do Complexo
Fotovoltaico. A partir da primeira campanha de campo será possível ter ciência
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 170


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

do atual cenário da área do Empreendimento, bem como definir diretrizes


internas a serem seguidas durante a execução do referido Subprograma.

Pontos de Amostragem

O monitoramento da qualidade da água superficial e subterrânea compreende


ações que visam garantir os padrões de qualidade da água.

Os pontos de amostragem devem ser definidos conforme atributos identificados


no campo. De acordo com o EIA/RIMA elaborado para o empreendimento, serão
coletadas amostras em dois pontos localizados na área do Complexo
Fotovoltaico.

A atividade inerente a primeira campanha de campo deverá ser realizada 1 (um)


mês antes da implantação do Complexo Fotovoltaico Lagoa ainda com a ADA
desprovida de maquinários, equipamentos e trabalhadores das frentes de obras.
Nessa ocasião deve ser realizada a coleta de água superficial/subterrânea para
servir como parâmetro em comparação às coletas a serem realizadas a
posteriori.

Frequência

Visando obter dados para comparação, deverá ser realizada uma campanha na
fase de pré-implantação (marco zero). Durante a implantação do Complexo
Fotovoltaico, as campanhas ocorrerão de forma concomitante para águas
superficiais e subterrâneas, e terão periodicidade trimestral. Na fase de
operação, preveem-se campanhas semestrais, considerando o período seco e
chuvoso.

A duração deste Plano deve se estender até o primeiro ano de operação do


Complexo. Caso não sejam identificadas alterações na qualidade das águas
durante este período, será avaliada em conjunto com o Órgão Ambiental a
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 171


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

necessidade de manter o monitoramento nos próximos anos da fase de


operação.

Parâmetros de Análises

O monitoramento da qualidade da água superficial será realizado por meio de


análises físico-química, ecológica e bacteriológica. Serão calculados o Índice de
Qualidade da Água (IQA) e o Índice de Estado Trófico (IET).

Para tanto, deverão ser utilizadas como referência as diretrizes estabelecidas na


Resolução CONAMA n° 357/2005 e Portaria do Ministério da Saúde n°
2.914/2011. Os resultados dos parâmetros monitorados de qualidade da água
devem ser comparados com os valores estabelecidos pela legislação
supracitada.

Para as análises nas amostras de águas superficiais, deverão ser adotados os


seguintes parâmetros:

Físicos: pH, Cor, Sólidos totais e Sólidos totais dissolvidos, Condutividade


Elétrica, Temperatura da água e do ar e Turbidez.

Químicos: Alumínio dissolvido, Bário total, Cádmio total, Chumbo total, Cloreto
total, Cobre dissolvido, Cromo total, Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO),
Demanda Química de Oxigênio (DQO), Fenóis totais, Ferro dissolvido, Fósforo
total, Fluoreto total, Fósforo total, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total,
Óleos e Graxas, Ortofosfato solúvel, Oxigênio Dissolvido (OD), Potássio,
Nitrogênio amoniacal total, Nitrato, Nitrito, Sódio, Sulfato total, Surfactantes e
Zinco total.

Microbiológicos: Coliformes Totais e Termotolerantes que envolve a


Escherichia coli.

O monitoramento da qualidade da água subterrânea será realizado por meio de


análises físico-químicas e bacteriológicas. Os parâmetros analisados
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

subsidiarão o cálculo do Índice de Qualidade Natural das Águas Subterrâneas


(IQNAS). Como parâmetro de comparação, será utilizada a Resolução CONAMA
n° 396/2008 – Enquadramento de Águas subterrâneas.

Para as análises nas amostras de águas subterrâneas deverão ser adotados os


seguintes parâmetros:

Físicos: profundidade do nível água antes da purga e antes da coleta, pH, Cor,
Sólidos totais e Sólidos totais dissolvidos, Condutividade Elétrica, Temperatura
da água e do ar e Turbidez.

Químicos: Alumínio, Arsênio, Ferro, Fluoretos, Cobre, Chumbo, Cádmio,


Cromo, Óleos e graxas, Fenóis, DBO, DQO, BTEX5, Nitrato, Nitrito, Sulfato,
Cloreto, Dureza, OD.

Microbiológicos: Coliformes Totais e Termotolerantes (Escherichia coli).

Coleta das Amostras

A confiabilidade e a representatividade de qualquer plano de amostragem para


avaliação de qualidade das águas dependem fundamentalmente da seleção dos
locais e da utilização correta das técnicas de coleta e preservação de amostras
(CETESB, 2011).

Dessa forma, é imprescindível que esta etapa seja realizada com o uso de
técnicas adequadas, atentando para a forma de preservação das amostras e
encaminhamento destas ao laboratório, garantindo que os resultados venham a
corresponder às condições do momento em que a coleta foi realizada.

Para tanto, a coleta das águas subterrâneas deverá seguir as diretrizes da


Norma CETESB n° 6.410/1988 – Amostragem e Monitoramento de Águas
Subterrâneas.
PROJETO:
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PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Já o procedimento para águas superficiais deve atender aos requisitos da NBR


9.898 – Preservação e Técnicas de Amostragem de Efluentes Líquidos e Corpos
Receptores.

A partir da avaliação dos dispositivos legais supracitados e com o escopo


analítico, são verificados os respectivos Valores Máximos Permitidos (VMP) de
cada parâmetro para subsidiar a comparação e discussão dos resultados
analíticos. Destaca-se que a seleção do laboratório deverá considerar a
acreditação deste conforme Norma ISO IEC 17025/2005 do INMETRO para os
parâmetros analisados.

Para a coleta das águas superficiais a equipe técnica executora deste


Subprograma levará em consideração os seguintes itens:

• A coleta, manuseio e preservação das amostras serão realizadas com


cuidado, para evitar a introdução de contaminantes, sendo utilizados
equipamentos de proteção como luvas esterilizadas;
• As amostras coletadas serão armazenadas em frascos esterilizados,
sendo imediatamente acondicionados dentro de caixas termo isolantes
com gelo para a preservação da temperatura mínima de conservação;
• Para cada ponto amostral deverão ser realizadas ainda em campo as
aferições dos parâmetros analíticos sensíveis a alterações a partir da
retirada do ambiente natural, tais como pH, oxigênio dissolvido,
temperatura etc;
• Para cada ponto de amostragem será preenchido um formulário de
registro contendo um código de identificação, localização, procedência da
amostra, data e hora da coleta, data e hora do recebimento da coleta pelo
laboratório, nome do técnico responsável pela coleta, profundidade em
que a coleta foi efetuada, tipo de amostra (simples, composta ou
integrada), condições climáticas da coleta e período imediatamente
anterior, indicação dos parâmetros a serem analisados em campo (com
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

os resultados) e pelo laboratório, e demais observações a serem


realizadas pelo responsável da coleta, indicando possíveis anormalidades
e/ou informações que considere pertinentes;
• O material de coleta deverá passar por manutenção periódica para estar
sempre apto para uso;
• Cuidado especial será dado para o transporte da frascaria, equipamentos
e reagentes, com o intuito de evitar quebras, danos e derramamentos;
• Os equipamentos de coleta, medição e segurança serão escolhidos
levando em consideração as amostragens requeridas, as condições de
campo e as diretrizes estabelecidas na NBR 9898/1987;
• Todas as campanhas de coleta terão registro fotográfico, o qual será
incluído nos relatórios periódicos do Plano de Monitoramento da
Qualidade da Água;
• Para a coleta de água superficial, os pontos de monitoramento estarão
previamente inseridos em dispositivos que contenham sistema de
posicionamento global (GPS) com boa precisão, evitando possíveis
deslocamentos exagerados;
• A frascaria específica para a coleta, contendo os preservantes adequados
para as análises específicas, deverão ser fornecidos pelo laboratório
subcontratado para as análises e deverão atender as diretrizes da NBR
9.898/1987 e demais normas aplicáveis;
• Na coleta de água superficial, a equipe definirá se a coleta será manual
ou com auxílio de equipamentos a partir das percepções do campo de
reconhecimento.
• Demais orientações e especificações para a coleta das águas superficiais
serão obtidas da NBR 9.897/1987.

Análises In Situ e Laboratoriais

Para cada ponto de monitoramento, deverá ser preenchida uma ficha em campo,
com dados de identificação do ponto, características do recurso hídrico no ponto
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 175


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

de coleta, resultados das medições realizadas in situ, condições meteorológicas


e identificação do técnico amostrador.

Para a implantação deste Subprograma, deverão ser avaliados os laboratórios


licenciados e credenciados pelo INMETRO e que realizem as análises nos
tempos determinados, demonstrando ser capacitados para o atendimento aos
critérios demandados pela Contratante e Órgão Ambiental. Os laudos das
análises devem ser devidamente assinados pelo responsável técnico do
laboratório.

Os resultados obtidos serão apresentados por meio de relatórios técnicos a cada


campanha de amostragem com tratamento estatístico dos dados. Ao término da
fase de implantação deverá ser elaborado um relatório final, consolidando os
resultados das amostragens, para efeito conclusivo e comparativo.

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

Durante a fase de inicialização e consecução da implantação, o Subprograma é


de responsabilidade do empreendedor e/ou de consultoria ambiental a ser
contratada para conduzi-lo.

RELATÓRIOS

Em se tratando dos relatórios, os quais trarão os resultados referentes às


campanhas de monitoramento da qualidade da água define-se a produção e
entrega de relatórios com as seguintes periodicidades:

• Relatórios semestrais; e

• Relatório anual.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

• Luvas esterilizadas;
• Caixas termo isolantes;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

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• Formulários;
• Reagentes;
• Equipamentos de coleta;
• Máquina fotográfica;
• Equipamentos para realizar medições;
• Dispositivos com GPS para registrar pontos de coleta.

RELAÇÃO COM OUTROS PLANOS/PROGRAMAS

As ações a serem adotadas com a consecução deste Plano terão interação


direta e indireta com o Plano de Gestão Ambiental e o Subprograma de Controle
dos Processos.

CRONOGRAMA

O monitoramento deverá ser iniciado na etapa pré-implantação e, de forma


concomitante à etapa de implantação do empreendimento a perdurar durante
toda essa etapa. Posteriormente, em função das características operacionais do
empreendimento, durante a etapa de operação, a regularidade do
monitoramento será cessada. Contudo, como forma de precaução, a equipe de
gestão ambiental deve solicitar novas análises, caso ocorra algum tipo de
acidente, como por exemplo, derramamento de óleo de veículos.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 177

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

T a b e l a 4 . 3 3 : C r o n o g r a m a d e E x e c u ç ã o d o S u b p r o g r a m a d e M o n it o r a m e n t o d a Q u a li d a d e d a Á g u a

Pré MESES
Subprograma de Monitoramento de Qualidade da Água implantação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Campanhas de Monitoramento

Relatórios Internos

Elaboração de relatório final


PROJETO:

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS – ANA. Indicadores de Qualidade - Índice de


Qualidade das Águas (IQA). Disponível em:
<http://portalpnqa.ana.gov.br/indicadores-indice-aguas.aspx>. Acesso em: 07
outubro 2021.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9.897:1987 -


Dispõe sobre o planejamento de amostragem de efluentes líquidos e corpos
receptores. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.

NBR 9.898:1987 - Preservação e técnicas de amostragem de afluente líquidos e


corpos receptores – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.

NBR 15.495:2009 - Dispõem sobre Poços de monitoramento de águas subterrâneas


em aquíferos granulados. Rio de Janeiro: ABNT, 2009.

AWWA – AMERICAN WATER WORKS ASSOCIATION. Standard Methods for the


examination of Water and Wastewater, 20th Edition, 1998, 1.200p.

BRASIL. Lei Federal n° 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política


Nacional de Meio Ambiente. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso em: 07 outubro
2021.

BRASIL. Lei Federal n° 9.433, de 08 de janeiro 1997. Institui a Política Nacional de


Recursos Hídricos (PNRH). Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9433.htm>. Acesso em: 07
outubro 2021.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução n°


357, 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as


condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.
Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf>. Acesso em:
07 outubro 2021.

Resolução n° 396, de 3 de abril de 2008. Dispõe sobre a classificação e diretrizes


ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras
providências. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=562>. Acesso
em: 07 outubro 2021.

Resolução n° 430, 13 de maio de 2011. Dispõe sobre as condições e padrões de


lançamentos de efluentes, complementa e altera a Resolução CONAMA n°
357. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646>. Acesso
em: 10 outubro 2021.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria n° 2.914, de 12 de dezembro de 2011.


Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da
água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.ht
ml>. Acesso em: 10 outubro 2021.

CARLSON, R. E. A trophic state indez for lakes. Limnology and Oceanography Vol
22 (2) p 361-369. 1977.

CETESB. Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras: água, sedimento,


comunidades aquáticas e efluentes líquidos. São Paulo: CETESB; Brasília:
ANA, 2011.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 180


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Norma 6.410/1988 – Dispõe sobre a amostragem e monitoramento das águas


subterrâneas. Disponível em: <http://www.quimlab.com.br/PDF-LA/proced-de-
monit-cetesb.pdf>. Acesso em: 10 outubro 2021.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL – CETESB.


Relatório de Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo. Séries
Relatórios. 2007. São Paulo: CETESB, 2008a. Disponível em:
<http://www.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/publicacoes.asp> Acesso em: 10
outubro 2021.

ESTEVES, F. A. Fundamentos de limnologia. Rio de Janeiro: FINEP/Interciência,


1998. 575p.
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TÍTULO: PÁG: 181


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SUBPROGRAMA DE MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DO CANTEIRO


OBRAS

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

As ações a serem realizadas durante as fases de instalação e operação do canteiro de


obras são descritas em conjunto com os outros programas já apresentados nesse relatório.
Dessa forma, na sequência será apresentado apenas o que concerne a desmobilização do
canteiro de obras

O explanado a respeito da Desmobilização do Canteiro de Obras servirá como norteador


para a finalização da fase de implantação do Complexo Fotovoltaico Lagoa.

Assim sendo, o Subprograma de Mobilização e Desmobilização do Canteiro de Obras


justifica-se dentro desse contexto por ser um instrumento que contém as diretrizes
técnicas e operacionais para o atendimento das prerrogativas de desinstalação do
canteiro de obras do empreendimento.

Esse subprograma justifica-se pela necessidade de se obter um conjunto de diretrizes que


propiciem as condições necessárias para a adoção de procedimentos que minimizem os
impactos negativos advindos da instalação e desativação do canteiro de obras aos
trabalhadores, comunidades e ao meio ambiente.

OBJETIVOS

 Objetivo Geral

Orientar os procedimentos que deverão ser adotados durante a desmobilização do


canteiro, compreendendo a retirada das estruturas, a recuperação das áreas
impactadas e atenuação dos efeitos socioeconômicos.
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 182


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 Objetivos Específicos

• Desmontagem e desmobilização das estruturas civis;


• Demolição de estruturas;
• Destinação dos resíduos sólidos (incluindo resíduos construção civil da
demolição);
• Reconformação do terreno;
• Preparação do solo e revegetação.

METAS

São metas do Subprograma de Mobilização e Desmobilização do Canteiro de


Obras do Complexo Fotovoltaico Lagoa:

• Reconformar as áreas ocupadas pelas estruturas do canteiro de obras, logo


após o término da fase construtiva do empreendimento;
• Repor a vegetação nas áreas a serem recuperadas, incluindo a
recomposição do terreno que venha a ter sido alterado durante a fase
construtiva;
• Remediar as áreas que eventualmente tenham sido contaminadas;
• Realizar o replantio, caso as áreas não disponham naturalmente de
cobertura vegetal suficiente para a recomposição natural;
• Manter as comunidades influenciadas com fácil acesso à informação acerca
do processo de desativação do empreendimento;
• Fazer cumprir 100% dos procedimentos estabelecidos por esse programa
em sua integridade.

INDICADORES DE DESEMPENHO

• Quantidade de áreas revegetadas;


• Número de ações de restituição de áreas impactadas;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 183


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• Quantidade de ações em não conformidade com o estabelecido no


programa.

REQUISITOS LEGAIS
O Subprograma fundamenta-se nos seguintes requisitos legais:

Tabela 4.34: Legislação vigente para o Subprograma de Mobilização e Desmobilização do


Canteiro de Obras.
Em seu Título VIII – da Ordem Social, Capítulo VI – do Meio
Ambiente, Art. 225, estabelece que todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
Constituição Federal essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e
de 1988 à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes
e futuras gerações. O inciso VI traz que “promover a educação
ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública
para preservação do meio ambiente”.

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e


mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
No Art. 2, Inciso X, traz que “A Política Nacional do Meio Ambiente
tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade
Lei Federal ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao
nº 6.938/1981 desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança
nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os
seguintes princípios: educação ambiental em todos os níveis de
ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la
para participação ativa na defesa do meio ambiente.
Lei Federal nº
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
12.305/2010
Lei Federal nº
Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa
12.651/2012
Resolução CONAMA
Estabelece o código de cores para diferentes tipos de resíduos.
275/2001
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 184


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Resolução CONAMA
307/2002 Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos
resíduos da construção civil.

Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo


Resolução CONAMA quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes
420/2009 para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas
substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

Altera a Resolução CONAMA no 307, de 05 de julho de 2002, que


Resolução CONAMA
estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos
469/2015
resíduos da construção civil.

Resolução CONAMA Dispõe sobre a metodologia de recuperação de áreas de


429/2011 preservação permanente.

NBR ABNT 10004/2004 Classificação de Resíduos Sólidos.

Dispõe sobre o processo e os procedimentos para apuração de


Instrução Normativa
infrações administrativas por condutas e atividades lesivas ao meio
ICMBio nº 06/2009
ambiente.

Estabelecer procedimentos para elaboração, análise, aprovação e


Instrução Normativa acompanhamento da execução de Projeto de Recuperação de Área
ICMBio nº 11/2014 Degradada ou Perturbada - PRAD, para fins de cumprimento da
legislação ambiental.
Fonte: CRN-Bio, 2021.

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O presente Subprograma possui, como público-alvo, os trabalhadores das


empresas contratadas; órgãos públicos do município envolvido; empresas
responsáveis pela desmobilização, transporte e destinação final dos resíduos
gerados.
PROJETO:
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ATIVIDADES/METODOLOGIA

Acompanhamento da Instalação do Canteiro de Obras

As instalações do canteiro de obras deverão atender ao disposto neste


Subprograma e nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, com
destaque para as NR-10 - Instalações e Serviços em Eletricidade; NR-11 -
Transporte, Movimentação, Conforto nos Locais de Trabalho e NR-26 - Sinalização
de Segurança

O canteiro de obras consistirá de áreas provisórias, nas quais serão desenvolvidas


atividades e instalações necessárias à implantação do empreendimento, conforme
apresentadas no Projeto do empreendimento.

A instalação do canteiro deverá se acompanhada por profissional da área ambiental,


nas quais as ações deverão ser descritas por meio de relatórios, informando quais
estruturas estão sendo instaladas, especificando todos os procedimentos adotados,
status do andamento da mobilização e informando quaisquer imprevistos
ambientais que podem surgir durante a ação.

Desativação de Equipamentos

A desativação do canteiro deverá ser acompanhada por um profissional da área


ambiental para que as atividades sejam realizadas minimizando ao máximo os
impactos ambientais adversos. As ações deverão ser descritas por meio de
relatórios, informando quais estruturas estão sendo removidos, especificando todos
os procedimentos adotados, status do andamento da desmobilização e informando
quaisquer imprevistos ambientais que podem surgir durante a ação.

Todos os equipamentos desmontados deverão ser armazenados em locais seguros


até a destinação final deles.
PROJETO:
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Estruturas de Apoio

As estruturas deverão ser demolidas e todo o material oriundo da demolição deverá


ser armazenado de forma adequada até sua destinação final. Estas ações deverão
ser realizadas de acordo com o estabelecido no PGRSEL.

Resíduos

Após as atividades de desmobilização, deverão ser definidas as estratégias de


remoção dos resíduos gerados. Para tanto, deverá ser elaborado um Plano de
Transporte, tendo em vista que alguns desse material poderá ser reutilizado.

Para o transporte, deverão ser adotados os procedimentos já preconizados no


Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos, em
especial no que se refere aos cuidados para evitar acidentes com resíduos
perigosos.

Prioritariamente, os resíduos devem ser encaminhados para reuso, reciclagem ou


processamento (quando aplicável). Quando for impossível o reaproveitamento
destes materiais, os mesmos devem ser direcionados para aterros industriais
licenciados. Toda documentação e outros tipos de registros gerados no processo
de transporte e destinação final dos resíduos deverão ser arquivados e incluídos no
Relatório Final de Gestão Ambiental na fase de implantação.

Investigação de Áreas Contaminadas

Durante o processo de remoção do canteiro deverá ser realizada uma avaliação


detalhada de toda destinada a esse fim, de maneira a evidenciar uma eventual
ocorrência de contaminação ocorrida na fase de implantação.
PROJETO:
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PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Essa avaliação constitui o processo de investigação, o qual deverá ser realizado em


etapas, conforme preconizado pela Resolução CONAMA 420/2009, a qual
contempla, no seu Capítulo IV, as diretrizes para o gerenciamento de áreas
contaminadas.

As etapas previstas para o processo de investigação são as seguintes:

• Avaliação Preliminar.

• Investigação Confirmatória.

• Investigação Detalhada.

• Avaliação de Risco.

• Projeto de Remediação.

• Monitoramento.

As atividades de avaliação preliminar compreendem as inspeções técnicas nas


áreas potencialmente contaminadas para verificação de evidências que indiquem a
ocorrência de contaminação na área (por exemplo, manchas de óleo).

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

A responsabilidade pela execução do Subprograma de Mobilização e


Desmobilização do Canteiro de Obras é da construtora, devendo observar as
orientações do empreendedor e/ou da empresa de consultoria para que os objetivos
e metas desse programa sejam cumpridos. E a responsabilidade de apoio e
fiscalização será do empreendedor.

RELATÓRIOS

A avaliação da eficiência deste Subprograma deverá ocorrer através da elaboração


do Relatório Final de Desmobilização do Canteiro de Obras, que comprovará a partir
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 188


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

dos dados obtidos e registrados que as instruções desse programa foram seguidas
e atendidas.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

Para o desenvolvimento deste Subprograma, a equipe deverá ser formada por, pelo
menos, um coordenador e um auxiliar, de modo que o primeiro deverá ser um
profissional legalmente habilitado.

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

O Subprograma de Mobilização e Desmobilização do Canteiro de Obras possui


relação direta com os seguintes Programas:

• Subprograma de Controle de Processos Erosivos;


• Plano de Recuperação de Áreas Degradadas;
• Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos.

CRONOGRAMA

O Subprograma de Mobilização e Desmobilização do Canteiro de Obras deverá ser


iniciado juntamente com as obras do empreendimento, no período de mobilização
e ao fim das atividades de instalação do Complexo.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O: PÁ G: 189

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

T a b e l a 4 . 3 5 : C r o n o g r a m a d e E x e c u ç ã o d o S u b p r o g r a m a d e M o b iliz a ç ã o e D e s m o b iliz a ç ã o d o C a n t e ir o d e O b r a s .

Pré MESES
Subprograma de Mobilização e Desmobilização do
Canteiro de Obras implantação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Vistoria e acompanhamento da mobilização do Canteiro

Desativação do canteiro

Vistoria e acompanhamento da desmobilização do


Canteiro

Transporte e destinação final dos resíduos e


equipamentos

Investigação das áreas contaminadas

Reconformação do terreno e revegetação das áreas

Relatório Interno

F o n t e: C R N - Bio, 2 0 2 1.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REFERÊNCIAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004 de 31 de maio de


2004. Dispõe sobre a classificação dos resíduos sólidos.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.

BRASIL. Lei 12.305 de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos


Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras
providências.

BRASIL. Lei 12.651 de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação


nativa; altera as Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de
dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nºs
4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida
Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12651.htm. Acesso em: 13 outubro 2021.

BRASIL. Lei 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do


Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá
outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm. Acesso em: 13 outubro
2021.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Conselho Nacional do Meio Ambiente


(CONAMA). Resolução 275 de 25 de abril de 2001. Estabelece código de
cores para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 191


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Conselho Nacional do Meio Ambiente


(CONAMA). Resolução 307 de 5 de julho de 2002. Estabelece diretrizes,
critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Conselho Nacional do Meio Ambiente


(CONAMA). Resolução 420 de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre
critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de
substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental
de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades
antrópicas.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Conselho Nacional do Meio Ambiente


(CONAMA). Resolução 469 de 30 de julho de 2015. Altera a Resolução
CONAMA no 307, de 05 de julho de 2002, que estabelece diretrizes, critérios
e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Conselho Nacional do Meio Ambiente


(CONAMA). Resolução 429 de 02 de março de 2011. Dispõe sobre a
metodologia de recuperação das Áreas de Preservação Permanente – APPs

ICMBIO - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Instrução


Normativa ICMBio nº 06 de 01 de dezembro de 2009. Dispõe sobre o processo
e os procedimentos para apuração de infrações administrativas por condutas
e atividades lesivas ao meio ambiente.

ICMBIO - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Instrução


Normativa ICMBio nº 11 de 11 de dezembro de 2014. Estabelece
procedimentos para elaboração, análise, aprovação e acompanhamento da
execução de Projeto de Recuperação de Área Degradada ou Perturbada -
PRAD, para fins de cumprimento da legislação ambiental.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E EFLUENTES


LÍQUIDOS

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

As atividades de instalação e operação de um empreendimento de geração de


energia são passíveis de produzir quantidades variáveis de resíduos sólidos
(incluindo materiais orgânicos e não orgânicos) e efluentes líquidos, que por sua
vez, quando não gerenciados de forma adequada, podem causar impactos
significativos, resultando em danos ao meio ambiente.

O gerenciamento de resíduos sólidos e efluentes líquidos gerados ao longo do


Complexo Fotovoltaico Lagoa é de suma importância, e todos os requisitos legais
exigidos e aplicáveis devem ser atendidos. A fase de implantação do Complexo
Fotovoltaico, pode-se dizer que será a etapa na qual o empreendimento irá gerar
maior carga de resíduos, por isso a importância de minimizar tal impacto criando
e/ou implantando, mecanismos e tecnologias que resultem em uma atividade limpa
e ambientalmente adequada.

O Gerenciamento dos resíduos se justifica pela necessidade de se estabelecer


diretrizes e procedimentos a serem adotados na coleta, transporte,
acondicionamento, processamento e destinação final dos resíduos gerados no
processo de implantação, em acordo com as legislações ambientais e normas
pertinentes.

OBJETIVOS

 Objetivo Geral

O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos


(PGRSEL) visa descrever as medidas necessárias para o correto gerenciamento
dos resíduos que serão gerados durante todas as atividades, priorizando a Lei nº
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

12. 305/2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos – como eixo central na sua
gestão e demais instrumentos jurídicos pertinentes.

 Objetivos Específicos
• Promover a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento de
resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos resíduos;
• Fazer o levantamento de todos os resíduos gerados no Complexo
Fotovoltaico Lagoa e classificá-los de acordo com seu tipo e origem;
• Garantir procedimentos legais na coleta seletiva, manuseio,
acondicionamento e disposição final;
• Implementar procedimentos, realizar treinamentos, aplicar instruções
operacionais com todos os colaboradores envolvido na implantação e
operação do projeto;
• Habilitar e controlar prestadores e fornecedores de serviço que são
responsáveis pela coleta e destinação final de resíduos gerados no
empreendimento, seja Classe I (perigoso) ou Classe II (inerte ou não inertes),
visando fiscalizar a garantia de um destino final ambientalmente adequado;
• Estimular o reuso promovendo doações de materiais descartados, contanto
que não cause impactos a terceiros e ao meio ambiente, e que não seja
proveniente de resíduos perigosos Classe I, de forma que se obtenha um
controle do tipo de material entregue, volume e destinação;
• Promover a saúde e a qualidade ambiental em todos os setores;
• Seguir estritamente todos os requisitos legais aplicáveis ao gerenciamento
de resíduos sólidos.

METAS

São metas do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes


Líquidos do Complexo Fotovoltaico Lagoa:
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 194


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• Garantir o gerenciamento adequado de todos os resíduos gerados durante a


fase de implantação e operação do empreendimento;
• Minimizar a geração de resíduos sólidos;
• Redução da geração de efluentes líquidos, tratando-os e reciclando-os,
quando for o caso;
• Garantir a máxima reutilização, reuso e reciclagem dos resíduos gerados;
• Segregar 100% os resíduos gerados na fase de implantação e operação do
Empreendimento;
• Garantir o controle ambiental de todas as etapas do gerenciamento;
• Fazer cumprir 100% dos procedimentos estabelecidos por esse programa
em sua integridade.

INDICADORES DE DESEMPENHO

Deverão ser observados os seguintes indicadores:

• Observações e registros de campo;


• Número de vistorias planejadas e realizadas para observância do
cumprimento das obrigações de todas as empresas envolvidas na instalação
do empreendimento;
• Número de registros de não-conformidades diagnosticadas e documentadas
em campo;
• Número de não-conformidades solucionadas;
• Número de acidentes ocorridos durante o processo de gerenciamento de
resíduos sólidos e efluentes líquidos.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 195


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REQUISITOS LEGAIS

O PGRSEL fundamenta-se nas normas e procedimentos que devem ser seguidos,


além da observância da legislação pertinente, que deverá ser sempre consultada a
fim de atualização do documento.

Tabela 4.36: Legislação Vigente para o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e


Efluentes Líquidos.

NBR 10.004/04 Resíduos Sólidos - Classificação

Armazenamento de resíduos sólidos – classe II - não inertes e


NBR 11.174/90 –
inertes.

NBR 12.235/92 Armazenamento de resíduos sólidos perigosos.

NBR 13.221/07 Transporte terrestre de resíduos.


Resolução CONAMA Estabelece o Código de Cores, para os diferentes tipos de resíduos
nº 275/2001 na coleta seletiva.
Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos
resíduos da construção civil; alterada pela Resolução n°448/2012
Resolução CONAMA (altera os arts. 2º,4º,5º,6º,8º,9º,10 e 11); alterada pela Resolução n°
n° 307/2002 431/2011 (altera os incisos II e III do art 3°); alterada pela Resolução
n° 348/2004 (altera o inciso IV do art 3°); alterada pela Resolução nº
469/2015 (altera o art 3º).
Resolução CONAMA
Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.
nº 313/2002
Resolução CONAMA Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos
Nº 358/2005 serviços de saúde e dá outras providências.
Estabelece critérios para o descarte de óleos lubrificantes usados;
Resolução CONAMA
alterada pela Resolução CONAMA n° 450/2012 Altera os arts. 9º, 16,
362/2005
19, 20, 21 e 22, e acrescenta o art. 24-A).
Resolução CONAMA Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para
nº 401/2008 pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 196


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e


dá outras providências; alterada pela Resolução CONAMA nº
424/2010 (revoga parágrafo único do art. 16).
Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por
Resolução CONAMA
pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá
nº 416/2009
outras providências.
Estabelece diretrizes para as campanhas, ações e projetos de
Resolução CONAMA
Educação Ambiental, conforme Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999,
nº 422/2010
e dá outras providências.
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº
Lei Nº 12.305/2010
9.605/1998; e dá outras providências.
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de
Lei nº 9.605/1998 condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências.
Lei n° 11.445/2007 Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.
Regulamenta a lei n°12.305/2010, que institui a política Nacional de
Decreto n° 7.404/2010 Resíduos Sólidos e o comitê orientador para a implantação dos
sistemas de logística reversa, e dá outras providencias.
Fonte: CRN-Bio,2021.

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O presente programa ambiental possui, como público-alvo, os trabalhadores ligados


à implantação e operação do empreendimento, de forma direta, responsáveis por
colocar em prática as ações estabelecidas pelo presente Programa. De forma
indireta deverá abarcar os referidos atores e equipamentos associados ao
gerenciamento dos resíduos sólidos nos municípios do entorno.

DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei


12.305/10, tem-se as seguintes definições:
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 197


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• Área contaminada: local onde há contaminação provocada pela disposição,


regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos;
• Ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento
do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo,
o consumo e a disposição final;
• Coleta Seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados
conforme sua constituição ou composição;
• Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que
inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o
aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos
ambientais competentes;
• Disposição final ambientalmente adequada: distribuição organizada de
rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas para que
não ocorram danos ou riscos ao meio ambiente, saúde pública e à
segurança;
• Geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público
ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas
incluído o consumo;
• Gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou
indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e
destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição
final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal
de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de
resíduos sólidos;
• Gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a
busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 198


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle


social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável;
• Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados
a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial,
para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra
destinação final ambientalmente adequada;
• Padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo de bens
e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir
melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o
atendimento das necessidades das gerações futuras;
• Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a
alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com
vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as
condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do
Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa;
• Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades
de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e
economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a
disposição final ambientalmente adequada;
• Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante
de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se
propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou
semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de
esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 199


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de


atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar
o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os
impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do
ciclo de vida dos produtos;
• Reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua
transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e
os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama.

ATIVIDADES/METODOLOGIA

 Resíduos Sólidos

O PGRSEL deve ser utilizado para que todos os envolvidos na obra possam
conhecer os resíduos gerados em suas atividades e atuar diretamente no
desempenho ambiental e na redução da geração de resíduos dentro de cada área.
Para o gerenciamento deverão ser desenvolvidos procedimentos que determinem
as formas de classificação, identificação, segregação, acondicionamento,
tratamento (efluentes líquidos), transporte e destinação final de cada resíduo.

A gestão dos resíduos abrange todas as atividades e áreas físicas referentes à


instalação e operação do Complexo Fotovoltaico Lagoa sendo, portanto, da
responsabilidade de todos o correto atendimento às premissas desse programa.

A efetiva gestão dos resíduos poderá ser observada a partir da execução de


diretrizes e premissas básicas, conforme Tabela 4.37 e Tabela 4.38.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 200


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Tabela 4.37: Premissas da Gestão de Resíduos.


PREMISSAS
Atendimento à legislação em todas as etapas da gestão de resíduos.
A gestão de resíduos deve ser atendida no mesmo grau de relevância que os serviços
prestados, principalmente no que se refere aos resíduos perigosos.
Optar por soluções que minimizem os impactos ambientais a partir de práticas que resultem
na valorização dos resíduos.
Priorizar a não geração, redução, segregação (coleta seletiva), reutilização, reciclagem,
doações etc.
Apenas direcionar os resíduos para a destinação final, caso todas as possibilidades de
reutilização, reciclagem, comercialização e doação sejam esgotadas.
Fonte: CRN-Bio, 2021.

Tabela 4.38: Diretrizes da Gestão de Resíduos.


DIRETRIZES
Pontos de Geração
Classificação dos Resíduos
Segregação
Disposição Temporária
Reutilização ou Reciclagem
Coleta e Transporte
Destinação Final
Fonte: CRN-Bio, 2021.

o Políticas de Não Geração, Redução, Reutilização e Reciclagem

As políticas para a não geração e redução na fonte geradora são definidas pela
Environmental Protection Agency (EPA) como qualquer alteração no layout da
fabricação, compra ou utilização de materiais/produtos/embalagens, que possibilite
a redução da sua quantidade ou periculosidade, antes de se tornarem resíduos
sólidos.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 201


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Figura 4.19: Ordem de prioridades no


Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Fonte: ECHOA ENGENHARIA, 2016

Tais medidas visando a redução na geração dos resíduos devem ser adotadas no
próprio local da geração, através de atitudes sustentáveis como:

• As medidas para a não geração e/ou redução dos resíduos no Complexo


Fotovoltaico Lagoa serão adotadas com o intuito de manter as boas práticas
de sustentabilidade;
• Sempre que houver tecnologia disponível e que for ambientalmente correto,
o empreendimento dará prioridade à reutilização dos resíduos gerados, seja
através de doações para comunidades e demais interessados, ou dentro das
próprias atividades em que os resíduos possam ser reutilizados de forma
adequada;
• A reciclagem será aplicada e priorizada para todos os resíduos recicláveis do
empreendimento, desde que essa alternativa seja economicamente viável e
esteja dentro do estabelecido pela legislação vigente;
✓ Substituição de dados impressos pela utilização de e-mails ou arquivos
digitais;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 202


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✓ Impressão de relatórios em ambos os lados do papel e reaproveitamento


de rascunhos;
✓ Aquisição de produtos em tamanhos maiores ou a varejo para reduzir a
quantidade de embalagens;
• Aquisição de refil dos produtos (onde isso seja possível), visando reduzir a
compra do produto com embalagem igual à do original, gerando novas
embalagens para descarte.

Quanto à conscientização dos colaboradores, para a adesão da não geração e


redução na fonte, é importante que o empreendimento já assuma a postura
sustentável, seja na aquisição dos materiais e insumos, ou nos padrões de consumo
durante a execução das atividades.

A reutilização deve ser baseada no consumo direto de um determinado resíduo com


a mesma finalidade para a qual ele foi originalmente concebido, sem a necessidade
de tratamento que altere suas características físicas ou químicas. Um bom exemplo,
seria a reutilização de folhas A4 ou Ofício, que seriam descartadas, para a
fabricação de blocos para anotações.

Já a reciclagem deve basear-se no reaproveitamento dos materiais que compõem


os resíduos. A técnica de reciclagem consiste em transformar estes materiais,
alterando suas características físico-químicas, em novos produtos, o que a
diferencia da reutilização. Considerando as suas características e composição, o
resíduo pode ser reciclado para ser posteriormente utilizado na fabricação de novos
produtos, concebidos com a mesma finalidade ou com finalidade distinta do original.
Assim os papéis inutilizados devem ser destinados para reciclagem.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 203


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Os resíduos passíveis de recuperação como madeira, borrachas, sucatas


metálicas, dentre outros, podem ser destinados para empresas de reciclagens ou
doados para locais que utilizam tais resíduos como matéria prima de produção.

o Classificação

A Política Nacional de Resíduos Sólidos e na NBR 10.004 de 2004, classifica os


resíduos de acordo com o seu potencial risco de contaminação e natureza ou de
acordo com a origem dos resíduos, conforme especifica a seguir.

a) Resíduos Classe I – Perigosos

Apresentam periculosidade, traduzida em riscos potenciais à saúde pública


e/ou ao meio ambiente, ou uma das características com as respectivas
codificações, a saber: inflamabilidade (D001), corrosividade (D002),
reatividade (D003), toxicidade (D005 a D052) ou patogenicidade (D004), ou,
ainda, constem nos anexos A ou B da referida norma (ABNT,2004).

b) Resíduos Classe II – Não perigosos

A codificação para alguns desses resíduos são apresentados no anexo H


desta norma. São subdivididos em não inertes e inertes, de acordo como o
descrito a seguir (ABNT, 2004).

1. Resíduos Classe II A – Não inertes

Constituem-se nos resíduos que não se enquadram nas classificações de


resíduos classe I (perigosos) ou resíduos classe II B (inertes). Os resíduos
classe II A (não inertes) são passiveis de ter propriedades, tais como a
combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água
(ABNT,2004).
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 204


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

2. Resíduos Classe II B – Inertes

Consistem nos resíduos sólidos que, ao serem amostrados de acordo com


a ABNT NBR 10007(ABNT, 2004), e submetidos a um contato estático e
dinâmico com água destilada ou deionizada, a temperatura ambiente, em
conformidade com a ABNT NBR 10006 (ABNT, 2004) não tiverem nenhum
de seus constituintes solubilizados a concentração superiores aos padrões
de potabilidade de água, salvo aspecto, turbidez, cor, dureza e sabor,
conforme anexo G (ABNT, 2004).

o Origem dos Resíduos

Com relação a origem podemos classificar, em consonância com a Lei Federal n°


12.305/2010, Art.13°, inciso I como:

a. Resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em


residências urbanas;

b. Resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de


logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;

c. Resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;

d. Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os


gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h”
e “j”;

e. Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas


atividades, excetuados os referidos na alínea “c”;

f. Resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações


industriais;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 205


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g. Resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme


definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama
e do SNVS;

h. Resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos


e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da
preparação e escavação de terrenos para obras civis;

i. Resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e


silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;

j. Resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos,


terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;

k. Resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou


beneficiamento de minérios;

o Resíduos da Construção Civil

Os resíduos da Construção civil são classificados pela Resolução CONAMA n° 307


de 2002 da seguinte forma:

a) Resíduos Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como


agregados, tais como:
✓ De construção, demolição, reformas e reparos de
pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive
solos provenientes de terraplanagem;
✓ De construção, demolição, reformas e reparos de edificações:
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de
revestimento etc.) argamassa e concreto;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 206


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

✓ De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-


moldadas em concreto (blocos, tubos, meio– fios etc.)
produzidas nos canteiros de obras.
b) Resíduos Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais
como: plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens
vazias de tintas imobiliárias e gesso;
c) Resíduos Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua
reciclagem ou recuperação;
d) Resíduos Classe D: são os resíduos perigosos oriundos do processo de
construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles
contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e
reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como
telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros
produtos nocivos à saúde.

No âmbito da Resolução nº 469/2015 consideram-se embalagens vazias de tintas


imobiliárias, aquelas cujo recipiente apresenta apenas filme seco de tinta em seu
revestimento interno, sem acúmulo de resíduo e tinta líquida.

o Identificação dos resíduos

Os resíduos devem ser identificados, acondicionados e coletados nos pontos de


geração, em recipientes em conformidade com as características destes, ou seja, o
recipiente deve possuir compatibilidade mecânica e química com tais resíduos, por
isso a importância de conhecer a origem e a periculosidade dos resíduos.

Os coletores serão identificados de acordo com os padrões de cores estabelecida


na resolução CONAMA n° 275/2001, baseando-se na Tabela 4.39, abaixo:
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 207


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Tabela 4.39: Cores dos coletores conforme resolução CONAMA n° 275/2001


COR TIPO DE RESÍDUO

AZUL Papel e papelão

VERMELHO Plástico

VERDE Vidro

AMARELO Metal

PRETO Madeira

LARANJA Resíduos perigosos

BRANCO Resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde

ROXO Resíduo radioativo

MARROM Resíduo Orgânico

CINZA Resíduos não recicláveis

Fonte: CRN-Bio, 2021. Adaptado da Resolução CONAMA nº 275/2001

o Segregação e Manuseio

No que se refere à correta segregação, os resíduos deverão ser distribuídos e


posicionados estrategicamente, em coletores devidamente dimensionados para o
acondicionamento temporário dos resíduos, de forma a não gerar descarte em
locais inapropriados, em coletores conforme a Tabela 4.39.

Os resíduos coletados na fase de construção deverão ser transportados de forma


segura, respeitando a prévia segregação, sendo transferidos para uma Central de
Resíduos, com baias específicas e devidamente identificadas de acordo com o tipo
de resíduo, de acordo com as instruções do Programa de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos.

A correta segregação envolve a separação dos resíduos de acordo com a coleta


seletiva, com profissionais treinados e qualificados para a função, utilizando
Equipamentos de Proteção Individual.
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 208


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

o Quantificação

Em se tratando da quantificação dos resíduos a serem gerados, sua contabilidade


somente poderá ser realizada quando o empreendimento de fato iniciar sua fase de
implantação e operação.

Portanto, ficará a cargo da(s) construtora(s) apresentar(em) a quantificação dos


resíduos sólidos e líquidos gerados mensalmente, durante a fase de obras, devendo
ser submetido à equipe de Gestão Ambiental que estará supervisionando. A equipe
tem que manter atualizada uma planilha de controle de quantitativo dos resíduos
gerados na obra e mensalmente apresentar ao empreendedor.

Na fase de operação, a quantificação poderá ocorrer pela própria equipe de


manutenção da Usina, através de estimativas pelo volume X quantidade de sacos
de lixo utilizados, quando resíduos comuns, ou pela quantidade de resíduos que
será enviado para o transporte externo através de empresas licenciadas que darão
o destino final.

o Acondicionamento

O acondicionamento de Resíduos Classe I (perigoso) deve seguir todos os


requisitos legais aplicáveis, a área deve estar protegida, coberta e devidamente
sinalizada para evitar possíveis derramamentos, de acordo com a NBR 12.235/92.
Caso o empreendimento dispuser de um ambulatório, o material deve ser
armazenado em recipiente próprio e específico para esse tipo e ser encaminhados
para baia de resíduos Classe I (perigosos), sendo obrigatório elaboração de um
Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS) conforme
descrito no art. 4º da resolução Conama nº 358/2005, estabelecendo as diretrizes e
sistemática para o correto manejo dos resíduos de serviço de saúde.
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 209


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Os dispositivos de armazenamento dos resíduos classificados como Classe II A e II


B deverá estar disponibilizado no canteiro de obras em local específico coberto e
separado por baias e tipos de resíduos, bem como nas frentes de serviço, escritório
e demais setores sejam dispostos recipientes devidamente identificados.

A Tabela 4.40 sugere dispositivos de armazenamento e define como devem ser


segregados os diferentes tipos de resíduos.

Tabela 4.40: Dispositivos de armazenamentos


TIPO ACONDICIONAMENTO EXEMPLOS DE RESÍDUOS
PODE: papel sulfite, formulários
contínuos, envelopes, cartolina,
jornais, revistas, embalagens,
pastas e caixas box, papelão em
Baias fechadas, caçambas
geral, embalagens TETRAPAK.
com tampa, lixeiras,
escaninhos, armários. NÃO PODE: fotografias, papel
carbono, papel de fax e vegetal,
PAPEL Recomenda-se não amassar e
papel toalha, papel higiênico,
não contaminar o papel com
etiquetas adesivas, fita crepe, fita
outros resíduos (clips,
adesiva, papéis metalizados,
adesivos, grampos, cola)
papéis plastificados, papéis
betuminosos, papeis sujos e
engordurados, papel vegetal,
bituca de cigarro.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 210


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

TIPO ACONDICIONAMENTO EXEMPLOS DE RESÍDUOS


PODE: copos de água e café,
garrafas e galões de água e
refrigerante, embalagens de
plástico, frascos de xampu,
embalagens de detergente,
Baias fechadas, caçambas vasilhas, peças plásticas, tampas,
abertas, lixeiras, depósitos tubos de PVC, telas de proteção,
PLÁSTICO
(informática). Coletores capacetes, talheres de plástico.
específicos para copo plástico.
NÃO PODE: isopor, tomadas,
cabos de panela, embalagem de
biscoitos misturados com outros
materiais, espumas, embalagens
engorduradas.

PODE: latas de alumínio, latas de


aço, tampas de garrafa, chapas
metálicas, embalagens em geral,
limalha de ferro, perfis de aço,
pregos, fios e pontas de arames,
Baias fechadas ou abertas, serras, sucata de motor e
METAL caçambas abertas, lixeiras, compressor.
depósitos (informática)
NÃO PODE: clips, esponjas de
aço, grampos, rebolo de discos
rotativos, lixas, latas de tinta e
aerossóis, pilhas e baterias, lata de
inseticida.

Baias fechadas, baias abertas, PODE: garrafas, copos, cacos,

VIDROS lixeiras, coletores específicos embalagens de vidro, lentes de


identificados pelo resíduo. óculos
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 211


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

TIPO ACONDICIONAMENTO EXEMPLOS DE RESÍDUOS


NÃO PODE: espelhos, lâmpadas,
cerâmica, pirex, porcelana, vidro
tipo blindex, cristal.

Uniforme, luva, avental


contaminado, trapos e estopas,
óleo lubrificante, óleo hidráulico,
graxa, baterias de veículos,
sobras de asfalto, filtros em geral
Baias fechadas com (combustível, óleo, ar
contenção, tanques ou condicionado), água

CONTAMINADOS tambores metálicos com anel contaminada, solventes, água de


de vedação, bags ou sacos bateria, tintas, latas com restos
plásticos. de tintas e solventes, discos de
lixadeira, embalagens de
PERIGOSOS - CLASSE I

produtos químicos, telhas e


demais objetos e materiais que
contenham amianto ou outros
produtos nocivos à saúde.

Armários, prateleiras, coletores Lâmpadas incandescentes, de

específicos. tungstênio, fluorescentes, vapor


LÂMPADAS de sódio, vapor de mercúrio,
As lâmpadas deverão estar infravermelhos, sódio-xenon,
intactas. ultravioletas, luz negra.

Coletores específicos para Cartuchos de tinta, toner para


INFORMÁTICA cada resíduo, armários, sacos impressoras laser, toner para
plásticos. máquina copiadora.

PILHAS E Coletores específicos Pilhas e baterias em geral.


BATERIAS
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 212


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

TIPO ACONDICIONAMENTO EXEMPLOS DE RESÍDUOS

Sobras de comida em geral,


Caçambas com tampa, lixeiras cascas de legumes e frutas,
ORGÂNICO
com sacos plásticos e tampa. sobras no preparo de alimentos,
alimentos fora da data de validade.

Poda e corte de árvores,


serragem, sobras de madeira em
Baias abertas, caçambas geral, móveis de madeira,
MADEIRA
abertas divisórias e tapumes de madeira,
tacos, tábuas, estroncas,
pontaletes e chapas de madeira.

Caçambas abertas, bags ou


ENTULHO Varrição, poeira.
sacos plásticos

Embalagens com resíduos


RESÍDUOS NÃO RECICLÁVEIS

Caçambas com tampa, lixeiras


EMBALAGENS orgânicos em geral, “quentinhas”
com sacos plásticos e tampa.
ou “marmitex”.

Baias fechadas, depósitos. Os


Pneus em geral e borracha
PNEUS pneus deverão ser mantidos
proveniente de pneus.
secos.

Papel higiênico, absorventes,


Lixeira com tampa e sacos papel toalha, guardanapos e
RESÍDUOS
SANITÁRIOS plásticos. demais resíduos contaminados
de sanitários, copa e cozinha.

Lixeira com tampa, sacos


AMBULATORI

Embalagens médicas, curativos,


plásticos, impermeáveis e
GRUPO A medicamentos fora da data de
AL

resistentes, com simbologia de


validade.
resíduo infectante.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 213


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

TIPO ACONDICIONAMENTO EXEMPLOS DE RESÍDUOS


Recipientes rígidos, vedados e Material perfuro-cortante em
impermeáveis com a geral, agulhas, bisturis, escalpes,
GRUPO E
identificação de perfuro- ampolas de vidro, vidrarias e
cortante. outros assemelhados.

Classe A: de construção,
demolição, reformas e reparos de
pavimentação e de outras obras
de infraestrutura, inclusive solos
RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

provenientes de terraplanagem;
componentes cerâmicos (tijolos,
blocos, telhas, placas de
RECICLÁVEIS
revestimento etc.), argamassa,
Caçambas abertas, depósitos
concreto; de processo de
fabricação e/ou demolição de
peças pré-moldadas em concreto
(blocos, tubos, meios-fios etc.)
produzidas nos canteiros de
obras, azulejos, manilhas.

NÃO- Classe C: produtos oriundos do


RECICLÁVEIS gesso.

Fonte: CRN-Bio, 2021.

o Armazenamento Temporário

O armazenamento temporário dos resíduos recolhidos periodicamente e


internamente dos coletores, deverá ser realizado em uma Central de Resíduos,
cujas características mínimas, levem em consideração os tipos de resíduos que
serão gerados no empreendimento. Algumas normas dispõem de orientações para
o armazenamento temporário dos resíduos, como é o caso da ABNT NBR
11.174/1990 (armazenamento de resíduos classes II-não inertes e Classe III-
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 214


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

inertes) e a ABNT NBR 12.235/1992 (armazenamento de resíduos sólidos


perigosos).

Por se tratar de um local que irá acomodar os resíduos até a sua coleta externa
para tratamento e destinação final ambientalmente adequada, basicamente a
Central de Resíduos deverá ser um local construído em área apropriada (distante
de refeitórios e ambientes com riscos de incêndios), contendo cobertura, piso
impermeável e contenção para que eventuais vazamentos não contaminem a água
e o solo.

o Transporte Interno

Visando manter um padrão e estimular a responsabilidade, a educação e a


qualidade ambiental, recomenda-se que as equipes de frentes de serviços sejam
responsáveis diretamente pela limpeza, coleta e segregação do material oriundo da
sua atividade, dispondo nos recipientes previamente instalados pela equipe
responsável pelas ações de gerenciamento de resíduos, a qual deve realizar a
coleta e transporte os conduzindo diariamente para a central de resíduos, devendo
ser feita por veículo compatível.

Reiterando que aplicações de instruções operacionais com os funcionários se


tornam fundamental para obter êxito e ter a qualidade esperada na coleta seletiva.

o Transporte Externo

Qualquer veículo pode ser utilizado para o transporte externo dos resíduos Classes
II A e II B, desde que não ocorra transbordamentos ou vazamentos durante o
percurso, entre o ponto de coleta até o local de tratamento/destinação final. O
transporte dos resíduos classe I gerados no Empreendimento deverá atender a
normas técnicas e legislações específicas. Cabe ressaltar que todos os envolvidos
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 215


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

nas atividades de coleta e transporte devem estar providos de Equipamentos de


Proteção Individual (EPI).

o Tratamento e Destinação final

A equipe de Gestão Ambiental, por meio de empresas devidamente licenciadas para


tal atividade deverá destinar os resíduos recicláveis para reciclagem ou reutilização,
e a comprovação destes deverá ser registrada através da emissão de Manifestos
de Transporte de Resíduos (MTRs) pelo site do SINIR, nos quais detalham a
empresa geradora, tipo de resíduo, quantidade, data de entrega, nome da
associação, documento e assinatura do receptor. Os orgânicos devem ser
destinados preferencialmente para compostagem e os rejeitos (ex.: resíduos de
banheiro) para aterros sanitários devidamente licenciados. Os resíduos perigosos
devem ser destinados preferencialmente por coprocessamento. Em caso de
geração de resíduos de saúde, estes também devem ser contemplados no plano e
devem ser destinados por incineração.

Seguindo as normas legais encontramos para cada tipo de resíduo uma destinação
adequada. Neste processo, o tratamento final de resíduo será de responsabilidade
do gerador, estabelecendo novamente como eixo central do gerenciamento, a
Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n° 12.305/2010). O controle dessa etapa
é importante para se ter um destino final correto como preconiza a legislação, sendo
necessário controlar requisitos legais referentes aos prestadores de serviço, tais
como licenças, Cadastro Técnico Federal (CTF), entre outros, que devem ser
exigidos pela equipe responsável pela implantação do PGRSEL.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 216


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Tratamentos adequados:
✓ Resíduos recicláveis (Plástico, papel/papelão, sucata, vidro, madeira) –
recomenda-se destinar para cooperativas de reciclagem ou empresas
especializadas em coleta desse tipo de material.
✓ Resíduos Classe I Perigoso (contaminados, pilhas e baterias, lâmpadas,
informática entre outros identificados; pode-se incluir nesse contexto
resíduos do ambulatório) – Material deve ser coletado, transportado e
destinado por empresa estritamente especializada, licenciada perante aos
órgãos responsáveis, declarar o destino final sempre comprovando com
certificados, manifesto de transporte e outros documentos necessários, visto
que o tratamento final desses resíduos serão os mais diversos possíveis,
incineração, descontaminação, rerrefino, disposição em aterro classe I, entre
outros.
✓ Resíduos de construção civil - os resíduos da classe C não recicláveis devem
ser destinados a aterros controlados, a classe A recomenda-se além do seu
reuso, destinar a empresa de reciclagem.
✓ Resíduos não recicláveis (lixo comum) – devem ser destinados ao aterro
sanitário do município.
✓ Orgânico – podem ser destinados para aterros sanitários, no entanto com
intuito de aumentar a vida útil destas áreas é recomendado o processo de
compostagem, cujo produto pode ser utilizado na recuperação de áreas
degradadas dentro do empreendimento.

o Revisão

A revisão/atualização do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e


Efluentes Líquidos deverá ser realizada sempre que surgir a necessidade, baseada
em possíveis alterações dos procedimentos, e afins.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 217


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

o Plano de Contingência

O manejo dos resíduos sólidos, quando executado de forma incorreta, podem gerar
problemas à saúde pública como proliferação de vetores e insetos transmissores de
doenças. Visando evitar tamanhos transtornos, o plano de contingência prevê ações
preventivas e corretivas para a segurança dos serviços, além de contribuir para a
manutenção do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes
Líquidos – PGRSEL, em casos de indisponibilidade do funcionamento do sistema.

A tabela abaixo foi desenvolvida baseada neste PGRSEL.

Tabela 4.41: Plano de Contingência – Ações Preventivas e Corretivas.


OCORRÊNCIAS AÇÕES
ACONDICIONAMENTO

Extravio de recipientes de
Remover os resíduos sólidos acondicionando em recipientes
condicionamento dos
específicos, conforme o seu tipo, realizar a higienização do
resíduos por manuseio
local e informar ao responsável pelo PGRSEL.
incorreto.
ARMAZENAMENTO

Desvio dos recipientes de


Remover os resíduos sólidos acondicionando em recipientes
acondicionamento dos
específicos, conforme o seu tipo, realizar a higienização do
resíduos dentro do depósito
local e informar ao responsável pelo PGRSEL.
interno.

Remover os resíduos sólidos acondicionando em recipientes


Coleta ou manuseio realizado
específicos, conforme o seu tipo, realizar a higienização do
TRANSPORTE

de forma incorreta.
local e informar ao responsável pelo PGRSEL.
COLETA /

Realizar contrato emergencial com outra empresa


Paralisação dos serviços de
especializada para realizar a coleta dos resíduos que são
coleta convencional.
destinados ao aterro sanitário (lixo úmido).
Realizar contrato emergencial com outra empresa
Paralisação da coleta
especializada para realizar a coleta dos resíduos recicláveis
seletiva.
(lixo seco).
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 218


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Realizar contrato emergencial com outra empresa


Paralisação das empresas de
especializada para realizar a coleta de todos os tipos de
coletas externas.
resíduos sólidos gerados.
Os resíduos serão destinados a uma unidade similar, e em
DISPOSIÇÃO FINAL

Paralisação das unidades de


último caso, devem ser destinados ao aterro se devidamente
triagem de reciclagem.
autorizados.
Ausência do zelador de Requisitar outra pessoa para realizar o serviço, ou armazenar
manutenção da central de o resíduo um local fechado, como um contentor, e em último
resíduos. caso, deve-se destinar o resíduo para coleta convencional.
Através de contrato formalizado e licenciado pelo órgão,
Paralisação do aterro que é
deve-se destinar os resíduos para o aterro mais próximo de
destinado o resíduo coletado.
cidades vizinhas.
Fonte: CRN-Bio, 2021.

 Efluentes Líquidos

Todos os efluentes gerados no Complexo Fotovoltaico Lagoa deverão ser


controlados a fim de evitar qualquer impacto decorrente de derramamentos,
acondicionamento e destinação inadequada. Alguns aspectos a serem controlados
dependerão de certas atividades e setores instalados no empreendimento.
Destacam-se os mais relevantes:

• Águas residuais de lavagem de caminhão betoneira - há necessidade


de construção de uma bacia de decantação com tempo de residência
adequado à granulometria do material originário do efluente gerado pela
lavagem dos caminhões betoneira e operação da central de concreto,
devido à grande quantidade de sólidos em suspensão naquele.
Recomenda-se o reuso da água residual (após tratamento) proveniente do
processo de lavagem do caminhão betoneira e manutenção da central de
concreto na lavagem dos caminhões ou em outro processo aplicável. Os
sistemas de coleta e tratamento das águas residuais da lavagem de
caminhões betoneira devem ser inspecionados periodicamente em busca
de obstruções e acúmulo excessivo de sedimentos;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 219


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Efluentes Sanitários – recomenda-se onde for desprovido de


instalações sanitárias fazer uso de banheiros químicos, nas frentes de
serviço dentro das normas exigidas, e seus rejeitos devem ser coletados
por empresa devidamente licenciada. Caso o empreendimento possua
instalações sanitárias (banheiros, lavatórios, pias do refeitório, etc.)
recomenda-se a instalação de uma Estação de Tratamento de Efluentes
(ETE), que deverá estar de acordo com a NBR 13.969/97, que dispõe sobre
tanques sépticos – unidades de tratamento complementar e disposição final
dos efluentes líquidos – projeto, construção e operação. Todos os efluentes
sanitários gerados no canteiro deverão ser encaminhados para E.T.E. Os
efluentes líquidos gerados na cozinha devem ser conduzidos a uma caixa
de gordura antes de serem encaminhados à rede de coleta e em seguida
ao sistema de tratamento. A caixa de gordura deverá ser monitorada e limpa
periodicamente. Após tratamento o efluente tratado deverá ser destinado
pela técnica mais apropriada para o local, podendo ser por valas de
infiltração ou sumidouro, conforme as normas e o lodo coletado por
empresa devidamente licenciada. Deverá ser realizada análises do efluente
visando monitorar seus parâmetros de acordo com a Resolução CONAMA
n° 430/11.

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

A responsabilidade pela elaboração das ações do Plano de Gerenciamento dos


Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos é da empresa construtora, que deverá seguir
as diretrizes previstas no presente documento durante toda a fase de implantação
do empreendimento, contando com o devido acompanhamento de uma equipe
responsável pela correta implantação do Plano em tela.

O empreendedor é responsável por fiscalizar e verificar todos os documentos e


produtos gerados pela construtora, descritos nesse Plano de Gerenciamento.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 220


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

RELATÓRIOS

Como forma de controle, os relatórios devem ser elaborados mensalmente, e


semestralmente apresentados ao órgão ambiental (SUDEMA/PB) ou de acordo com
periodicidade definida em licença. Nesses relatórios deverão ser apresentados os
resultados do monitoramento e demais informações pertinentes ao Plano.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

 Equipe técnica

A construtora deve definir uma equipe de meio ambiente especializada para a


implantação dos procedimentos listados no presente Plano, de maneira a garantir
que os diferentes tipos de resíduos, a serem gerados em etapas distintas, possam
ser gerenciados de acordo com as diretrizes do Programa de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos.

 Materiais necessários:
• Kit de mitigação ambiental;
• Equipamentos de proteção individual (EPI´s);
• Vassouras e sacos plásticos para acondicionamento de resíduos;
• Recipientes para acondicionamento de resíduos de diversos tamanhos;
• Caçambas estacionárias;
• Placas de orientação e sensibilização;
• Equipamento fotográfico;
• Veículo para transporte dos resíduos, entre outros.

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

• Programa de Educação Ambiental;


• Programa de Comunicação Social;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 221


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Plano de Gestão Ambiental;


• Subprograma de Mobilização e Desmobilização do Canteiro de Obras.

CRONOGRAMA

O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos da fase


construtiva deverá ser iniciado antes da abertura das frentes de obra e permanecerá
operacional durante toda a etapa de construção, sendo concluído após a
desmobilização de obras.

Antes de se iniciar a obra, a equipe técnica responsável pela gestão do Plano em


tela, deverá se reunir com a gerência do empreendimento para definição das ações
para a execução do PGRSEL, cujas diretrizes deverão ser seguidas e avaliadas
durante todo período da construção do Complexo Fotovoltaico.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O: PÁ G: 222

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

T a b e l a 4 . 4 2 : C r o n o g r a m a d e E x e c u ç ã o d o P r o g r a m a d e G e r e n c i a m e n t o d o s R e s í d u o s S ó li d o s e E fl u e n t e s L í q u i d o s .

PROGRAMA DE Pré MESES


GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS implantação
SÓLIDOS E EFLUENTES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Elaboração do PGRS executivo pela


empreiteira

Instalação e identificação adequada


dos locais para descarte

Execução do PGRS elaborado pela


empreiteira

Contratação de empresas para o


recebimento de resíduos de acordo
com a destinação

Treinamento

Esgotamento da fossa

Controle dos Manifestos de


Transporte e Certificados de
Destinação Final

Relatório Interno

Entrega de relatórios à SUDEMA

F o nt e: C R N - Bio, 20 2 1.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 223


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REFERÊNCIAS

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.

ECHOA ENGENHARIA. Saneamento e a cadeia de responsabilidades Resíduos


Sólidos. 2016. Disponível em: https://echoaengenharia.com.br/saneamento-e-
a-cadeia-de-responsabilidades-residuos-solidos/. Acesso em: 18 outubro.
2021.

Lei Nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 – Institui a Política Nacional de Resíduos


Sólidos; altera a Lei nº 9.605/1998; e dá outras providências.

LIVRO CONAMA (CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE).


PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 224


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

PROGRAMA DE DESMATAMENTO RACIONAL

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

A implantação de empreendimentos Fotovoltaicos demanda a necessidade de


supressão vegetal, especialmente em virtude da abertura de picadas para serviços
topográficos, abertura de acessos, implantação de componentes temporários da
obra, como canteiro, subestação, acessos e a implantação dos módulos solares.

A supressão da vegetação requer cuidados especiais durante a construção do


Complexo Fotovoltaico devendo ser efetuada de forma a minimizar os impactos
sobre a fauna e a flora, evitando ao máximo o corte de árvores, principalmente em
áreas de Preservação Permanente (APP) e a reduzir a necessidade de atividades
de recuperação de áreas degradadas.

Contemplando as medidas mitigadoras propostas no EIA, esse Programa visa


contribuir para a preservação dos recursos genéticos das espécies vegetais nativas,
bem como para a manutenção dos processos ecológicos.

O Programa de Desmatamento Racional apresenta os aspectos técnicos que


devem ser observados durante a supressão da vegetação e descreve os
procedimentos operacionais necessários para redução dos impactos da atividade.

Este Programa se justifica pela necessidade de contemplar as determinações da


Lei Federal nº. 12.651 de 25 de maio de 2012 e subsidiando o estabelecimento de
medidas para a minimização dos impactos ambientais decorrentes da supressão da
vegetação durante a instalação do Empreendimento.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 225


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

OBJETIVOS

 Objetivo Gerais

O Programa de Monitoramento e Controle de Supressão Vegetal tem como objetivo


principal estabelecer mecanismos para a condução do processo de supressão da
vegetação e destinação final dos produtos florestais.

 Objetivo Específico

Consideram-se objetivos específicos deste Programa:

• Minimizar, ao máximo possível, os impactos decorrentes da supressão


da vegetação necessária para a realização dos serviços relacionados à
implantação do Empreendimento;
• Indicar as limitações e os procedimentos para a supressão da vegetação
e o manejo do material lenhoso;
• Indicar as técnicas operacionais adequadas à conservação dos
ecossistemas afetados;
• Criar referências para o acompanhamento da supressão da vegetação,
atenuando os impactos negativos causados à flora e à fauna;
• Estabelecer procedimentos que garantam a eficiência do trabalho, a
segurança e a saúde dos colaboradores envolvidos durante as atividades
relacionadas à supressão da vegetação;
• Atender à legislação ambiental específica.

METAS

Com base nos objetivos deste Programa, definiram-se como metas a serem
alcançadas:
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 226


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Respeitar os limites da área definida para supressão da vegetação


nativa;
• Salva guardar as espécies da fauna e flora, atentando para as espécies
ameaçadas de extinção;
• Aproveitar o maior volume possível do material lenhoso gerado;
• Descartar adequadamente todo material vegetal não aproveitado;
• Capacitar a mão de obra para a execução das ações previstas neste
Programa, evitando acidentes de trabalho;

INDICADORES DE DESEMPENHO

Os principais indicadores a serem levantado na elaboração de cada relatório são:

Tabela 4.43: Indicadores de Desempenho.


Área proposta para supressão da vegetação nativa.
Área utilizada efetivamente suprimida.
Não-conformidades
apontadas durante o
X Medidas corretivas adotadas.
processo de supressão da
vegetação.

Quantidade de registros de não-conformidades relacionadas à


fauna durante a supressão da vegetação.

Quantidade de treinamentos realizados com a equipe técnica


para o exercício das atividades previstas neste Programa.
Fonte: CRN-Bio, 2021.

REQUISITOS LEGAIS

Tabela 4.44: Legislação vigente para o Programa de Desmatamento Racional


Lei Federal n° 6.938,
de 31 de agosto de Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
1981 mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.

Lei Federal n° Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938,
12.651, de 25 de de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428,
maio de 2012 de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de
setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 227


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras


providências.

Altera a Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a


proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto
Lei Federal nº de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de
12.727, de 17 de dezembro de 2006; e revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de
outubro de 2012 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, a Medida Provisória no 2.166-67,
de 24 de agosto de 2001, o item 22 do inciso II do art. 167 da Lei
no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, e o § 2o do art. 4o da Lei
no 12.651, de 25 de maio de 2012.
Instrução Normativa
MMA Nº 06, de 15 de Dispõe sobre a reposição florestal e o consumo de matéria-prima
Dezembro de 2006 florestal, e dá outras providências.
Instrução Normativa
IBAMA nº 21, de 24
de dezembro de Definições sobre o Documento de Origem Florestal (DOF).
2014
Instrução Normativa
n° 6, de 23 de Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção.
setembro de 2008
Portaria Normativa
IBAMA nº 149, de 30 Dispõe sobre o registro de comerciante ou proprietário de motosserra,
de dezembro de junto ao IBAMA.
1992
Portaria MMA n°443,
de 17 de dezembro "Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção".
de 2014
Portaria do
INMETRO n° 130, de Dispõe sobre estéreo de madeira
dezembro de 1999
Norma
Regulamentadora
(NR) 6 do Ministério Equipamentos de proteção individual.
de Trabalho
NR 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos.
Fonte: CRN-Bio, 2021.

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O Programa será desenvolvido em toda a área de implantação do Complexo


Fotovoltaico Lagoa com previsão de Supressão Vegetal em sua execução, como
fundações, acessos e/ou caminhos de serviço, instalações industriais provisórias e
demais áreas de apoio.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 228


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

O público-alvo deste programa são os operários do canteiro de obras, demais


funcionários e a população do entorno do Complexo Fotovoltaico.

ATIVIDADES/METODOLOGIA

Este Programa estabelece as diretrizes fundamentais para a realização da


supressão da vegetação e limpeza das áreas a serem ocupadas pelas Usinas de
Energia Fotovoltaica de forma a assegurar a execução das obras com o mínimo de
danos à flora e a fauna, a saber:

i. O planejamento da supressão vegetal deverá considerar o Inventário


Florestal realizado na área a ser suprimida e elaborado para solicitar a
Autorização de Supressão da Vegetação;
ii. Ao iniciar as atividades, a equipe deve ter o pleno reconhecimento da
demarcação que estabelecerá o perímetro de desmatamento para cada área
selecionada;
iii. As ações de desmatamento e empilhamento do material lenhoso devem ser
sempre supervisionadas por profissionais com experiência comprovada;
iv. A supressão da vegetação somente pode ser realizada mediante a
autorização dos órgãos competentes;
v. A supressão deve ocorrer de modo a induzir o deslocamento da fauna em
busca de refúgio em áreas preservadas e seguir as condicionantes da
Autorização de Coleta, Captura e Transporte de Material Biológico;
vi. Poderão ser utilizadas máquinas pesadas e tratores para as atividades de
remoção de solo orgânico e supressão da vegetação arbustiva;
vii. Deve-se priorizar o aproveitamento do material lenhoso, usando meios
adequados para tal fim;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 229


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

viii. Os motosserras utilizados nos serviços de desmate deverão estar


devidamente registradas no órgão ambiental competente, com licença
específica para a sua utilização;
ix. Toda a equipe envolvida para a execução da supressão da vegetação deverá
passar por treinamentos/capacitações e o uso de Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) é obrigatório, a exemplo de capacete de segurança, óculos,
protetor auricular, botina, luvas, perneiras, dentre outros.

A metodologia a seguir apresenta a descrição das atividades previstas durante o


processo de supressão da vegetação, com orientações para a sua adequada
execução, contemplando os aspectos técnicos, operacionais e de segurança dos
trabalhadores envolvidos.

o Diretrizes para as Atividades de Desmatamento

A supressão de vegetação deve obrigatoriamente ser feita no início do processo de


forma semimecanizada, ressalvados casos específicos, previamente analisados
pela equipe técnica de meio ambiente. As atividades incluem principalmente o corte
ou remoção das árvores de qualquer porte, a destinação do material lenhoso e a
picotagem dos resíduos vegetais (restolho).

A supressão incluirá o corte raso da vegetação nas áreas que exigem liberação total
para construção de vias de acesso, estruturas provisórias de apoio, estruturas
permanentes como a subestação e as áreas para implantação das torres.

Conforme a necessidade, o material lenhoso originado com a supressão de


vegetação poderá ser utilizado na própria obra e doado para o proprietário do
terreno. Caso este material seja doado para terceiros, o transporte somente será
autorizado mediante a obtenção do Documento de Origem Florestal (DOF).
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 230


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Os seguintes procedimentos devem fazer parte da atividade de supressão de


vegetação:

 Obtenção da documentação e autorizações pertinentes

As equipes encarregadas da supressão deverão portar sempre a Autorização de


Supressão de Vegetação (ASV) emitida pelo Órgão Licenciador
(SINAFLOR/SUDEMA). Os documentos e autorizações emitidas serão
apresentados, quando solicitados, pelas autoridades ambientais (Polícia Militar
Ambiental, fiscais do IBAMA, Equipe de Supervisão Ambiental, entre outros)
devidamente identificadas em vistoria à obra.

Para serem utilizadas nos serviços de supressão, os motosserras acompanharão


sempre as respectivas Licenças para Uso e Porte (LPU), emitidas pelo IBAMA e
dentro do prazo de validade.

 Demarcação prévia das áreas de supressão de vegetação

A supressão de vegetação será absolutamente restrita ao que consta nas


autorizações emitidas pelo órgão ambiental, por essa razão, preliminarmente ao
início das atividades a área autorizada a ser suprimida deverá ser delimitada com
estacas e se necessário a utilização de fita zebrada. As estacas deverão estar
visíveis e pintadas na cor vermelha ou branca, com dimensões que facilitem sua
identificação e cravadas no solo a uma profundidade de 20 a 30 cm, de modo a
garantir sua fixação.

Cabe destacar que essas estacas deverão estar a uma distância compatível com
sua visualização por parte das equipes de campo, sendo avaliado cada área em
particular e considerando uma distância máxima entre estacas em áreas de difícil
visibilidade de 25 metros. Essa demarcação, em conjunto com o treinamento dos
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 231


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

trabalhadores, visa impedir o corte desnecessário de árvores que não seriam


atingidas, garantindo que não haja extrapolação para as Áreas de Preservação
Permanente (APP), para a área de Reserva Legal, áreas fora da poligonal de
supressão e terrenos vizinhos à propriedade.

Ressalta-se que essas ações são de natureza preventiva, ou seja, devem ser
executadas anteriormente à execução de qualquer atividade construtiva. A equipe
de gestão ambiental deverá fiscalizar constantemente a presença dessa sinalização
e exigir sua implantação sempre que uma nova frente de obra for aberta.

As construtoras deverão disponibilizar equipe específica para a execução das


atividades de marcação topográfica, além de disponibilizar material necessário às
sinalizações, tais como fita plástica colorida para demarcação (zebrada), estacas,
placas, entre outros.

 Restrições de entrada nas áreas adjacentes

A empresa empreiteira que estará envolvida diretamente na supressão vegetal,


deverá orientar os seus trabalhadores quanto as restrições à entrada nas áreas de
mata, desvios da rota predeterminada, a proibição de caça e coleta de produtos
florestais, abandono de lixo, riscos de incêndio e outros comportamentos que
possam impactar a vegetação adjacente. A equipe de Supervisão Ambiental deverá
estar sempre atenta, evidenciando e coibindo, quando necessário, tais condutas.

 Recrutamento e Treinamento de Pessoal para os Serviços

O recrutamento de pessoal deverá ser feito em tempo hábil para os treinamentos


necessários, devendo ser priorizada a contratação da mão de obra local sempre
que possível.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 232


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Sempre que uma nova equipe for contratada, deverá receber treinamentos
específicos, os quais deverão ser promovidos pela empresa contratada pela
supressão da vegetação e/ou por encarregado experiente nessa tarefa, os quais
também acompanharão a execução dos serviços.

Os treinamentos serão realizados na integração do funcionário, ou seja, no


momento de contratação da equipe e por meio dos Diálogos Diários de Segurança,
Meio Ambiente e Saúde (DDSMS’s), antes do início das atividades de cada dia.

Para esse fim, os funcionários contratados como operadores de equipamentos e


máquinas, bem como seus respectivos auxiliares, terão que possuir treinamento
específico para a atividade, sendo exigido o respectivo certificado emitido.

Portanto, a responsabilidade social da empreiteira contratada é fundamental para


minimizar potenciais acidentes decorrentes do uso de equipamentos cortantes
usuais à atividade de supressão. Para esse fim, deverá ser disponibilizado o
treinamento da equipe em primeiros socorros que são imprescindíveis para
resguardar a vida do trabalhador no caso de ferimentos ocorridos, principalmente,
por lâminas e máquinas cortantes. Caberá ao executor da supressão (empresa
contratada para tal) realizar os devidos treinamentos e à equipe de gestão
ambiental, fiscalizar sua implantação.

O conteúdo mínimo dos treinamentos constará de esclarecimentos sobre os


aspectos relacionados a seguir:

➢ Procedimentos de controle ambiental específicos às atividades executadas;


➢ Cuidados com a flora e fauna;
➢ Normas gerais e procedimentos de saúde e segurança do trabalho, de acordo
com o Ministério do Trabalho;
➢ Riscos e combate a incêndios;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 233


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

➢ Definição da rota de fuga antes do corte das árvores com motosserra;


➢ Respeito à distância mínima de segurança na queda da árvore;
➢ Procedimentos e técnicas de roçagem, corte, derrubada do material lenhoso
e corte manual de cipós que ligam árvores da vegetação a ser preservada
com árvores a serem cortadas;
➢ Procedimentos de uso de motosserras e máquinas pesadas;
➢ Respeito à marcação da área a ser desmatada;
➢ Carregamento e descarregamento do material lenhoso;
➢ Recolhimento de resíduos;
➢ Execução de manutenção preventiva e abastecimento de máquinas e
equipamentos em locais adequados;
➢ Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI);

 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

São dispositivos de uso obrigatório com o intuito de proteger a saúde e a integridade


física dos trabalhadores e devem ser gratuitamente fornecidos pelo empregador
para proteger seus empregados dos riscos de acidentes do trabalho e danos à
saúde. Todo trabalhador deve se responsabilizar pela guarda e conservação do seu
EPI, devendo avisar ao empregador ou responsável, defeitos ou problemas
verificados em algum dos equipamentos.

O uso de EPI é regulamentado pela Norma Regulamentadora n° 6, cujos pontos


principais são:

➢ O empregador e seus prepostos devem fiscalizar o uso dos EPIs;


➢ O EPI deve ser adequado à atividade do trabalhador;
➢ O empregador deve dar treinamento ao empregado para o correto uso do
EPI;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 234


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

➢ O empregador deve tornar obrigatório o uso de EPI, devendo, inclusive, impor


sanção imediata ao empregado que não o utilizar;
➢ EPI danificado deve ser imediatamente substituído.

 Procedimentos de supressão da vegetação

Independentemente do tipo de supressão (raso ou seletivo de exemplares arbóreos)


e das condições de terreno, a supressão de vegetação priorizará o método
semimecanizado, com o uso de máquinas pesadas, sendo complementada com o
uso de motosserra, em áreas mais sensíveis, como por exemplo, em áreas muito
próximas a vegetações adjacentes e áreas de preservação permanente (APP´s).

Os principais aspectos que deverão ser considerados durante a supressão de


vegetação:

➢ Realizar vistoria prévia nas áreas verificando a ocorrência de espécies


vegetais ameaçadas ou em extinção, identificadas no Relatório de Atividades
Florestais (RAF) ou definidas nas condicionantes das licenças ambientais,
fazendo o manejo adequado;
➢ Realizar a supressão da vegetação de maneira a favorecer a fuga da fauna
para remanescentes a serem preservados;
➢ Executar o plano de corte elaborado para a área, respeitando as fases do
planejamento (período de execução dos serviços) e o método de supressão
da vegetação (semi-mecanizado);
➢ Respeitar a delimitação prévia à supressão;
➢ Remover prioritariamente as árvores com potencial de uso múltiplo;
➢ Nos limites da supressão, executar o corte manual de cipós para evitar danos
à mata adjacente.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 235


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As operações e etapas descritas a seguir apresentam um conjunto de


recomendações de natureza operacional, sem, contudo, deixar de levar em
consideração os preceitos ambientais de redução e mitigação dos impactos
negativos dessa atividade.

 Avaliação das árvores

Essa medida destina-se a orientar as operações de corte das árvores localizadas


nas áreas limítrofes com a vegetação adjacente ou das árvores com algum potencial
de uso, precavendo-se quanto aos elementos desfavoráveis, o que torna
conhecidos os eventuais obstáculos. A importância dessa avaliação reside na
mitigação dos impactos decorrentes e das atividades de remoção da cobertura
arbórea sobre as áreas limítrofes das frentes de desmatamento, permitindo um
planejamento minucioso das alternativas, técnicas e equipamentos de corte a serem
empregados. Outra avaliação de suma importância reside na segurança dos
trabalhadores envolvidos em tal atividade.

A queda das árvores será orientada em direção ao centro da faixa de supressão, de


forma a evitar danos às matas adjacentes a serem preservadas.

Esta avaliação preliminar também deverá considerar a verificação de espécimes


ameaçadas de extinção e protegidos legalmente, devendo-se realizar a sua
identificação para posterior coleta de germoplasma.

 Orientações para utilização motosserra

Os operadores de motosserra deverão planejar suas ações, mantendo distância


mínima de 20 metros com outros membros da equipe de trabalho ou equivalente a
duas vezes a altura da árvore (o que for maior), assim como posicionarem-se e
posicionar seus ajudantes em zonas seguras com relação ao sentido de corte e
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 236


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

derrubada das árvores. Para a utilização de máquinas pesadas e dos motosserras,


será necessário:

➢ Cumprir a Norma Regulamentadora n° 12 e demais requisitos legais


aplicáveis;
➢ Habilitar todos os operadores e auxiliares no manuseio do equipamento e
dos resíduos deles provenientes, de acordo com legislação vigente;
➢ Certificar de que todos os equipamentos principais e auxiliares, bem como
materiais e ferramentas, estão disponibilizados para cada frente de trabalho
e são de conhecimento do encarregado de cada equipe;
➢ Verificar, por parte do operador, a possibilidade de reduzir os impactos sobre
a vegetação adjacente;
➢ Realizar a limpeza do tronco a ser cortado, além de remover eventuais galhos
quebrados ou outros obstáculos situados próximos à árvore, devendo atentar
sempre quanto à presença de insetos e colmeias na área, como vespas,
abelhas e formigas, assim como ofídios que podem provocar acidentes de
natureza grave;
➢ Utilizar adequadamente a motosserra, adotando os cuidados necessários ao
ligar a mesma, a qual deve se encontrar licenciada pelo IBAMA (Licença para
o Porte e Uso de Motosserras).;
➢ Abastecer com a utilização de bacia de contenção e apenas quando o motor
estiver desligado, mantendo o reservatório de combustível distante no
mínimo três metros do local de operação do motosserra, evitando riscos de
incêndio;
➢ Desligar a motosserra sempre que o motosserrista for se deslocar dentro da
área, mantendo-a ligada apenas enquanto se movimenta em torno da árvore
para o corte.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 237


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 Orientações para utilização de tratores

Para a utilização de tratores, devem ser adotados os seguintes procedimentos:

➢ Iniciar a abertura das estradas de acordo com a demarcação da área;


➢ Com a lâmina suspensa, quebrar e empurrar a vegetação para frente;
➢ Em seguida, com a lâmina baixa, raspar superficialmente a camada orgânica
do solo, cortando os tocos e as raízes.

 Operação de corte e retirada da vegetação arbóreo-arbustiva

Todas as manobras serão previamente planejadas, de modo a minimizar os


impactos sobre a vegetação do entorno, bem como atender às questões referentes
à segurança no local de trabalho. Após o corte com motosserra em áreas mais
suscetíveis, poderá ser utilizado trator com lâmina para a abertura dos acessos e
algumas áreas de torres, onde for necessária a destoca de raízes e tocos e a
remoção da vegetação herbáceo-arbustiva.

Os procedimentos de desmatamento deverão maximizar o aproveitamento


comercial posterior dos produtos florestais, por meio da priorização da utilização de
sistemas semimecanizados para o corte das árvores (motosserras) e da vegetação
de menor porte (roçadeiras). Após a remoção do material lenhoso com possibilidade
de uso (toras e lenha), os quais deverão ser empilhados e cubados para posterior
utilização, poderá ser passado rolo compressor para picotar os resíduos originados
da atividade ou utilizar ferramentas manuais como facão, foice, etc.

O corte dos indivíduos vegetais deve seguir uma técnica padrão, que consiste em
uma sequência de três entalhes, conforme a Figura 4.20.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 238


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Figura 4.20: Técnica Padrão de Corte para espécies de


porte arbóreo.
Fonte: Amaral et al, 1998.

Em síntese:

I. A abertura da cunha é um corte horizontal no tronco (sempre no lado


de queda da árvore) a uma altura de 20 cm do solo. Esse corte deve
penetrar no tronco até atingir cerca de um terço do diâmetro da árvore.

II. Em seguida, faz-se outro corte, em diagonal, até atingir a linha de


corte horizontal, formando com esta um ângulo de 45 graus.

III. Por último, é feito o corte de abate de forma horizontal, no lado


oposto à cunha. A altura desse corte em relação ao solo é 30 cm e a
profundidade atinge metade do tronco.

A parte não cortada do tronco (entre a linha de abate e a cunha) serve para apoiar
a árvore durante a queda, permitindo que esta caia na direção da abertura da cunha.

 Remoção da vegetação herbáceo-arbustiva com trator (corte


mecanizado)
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 239


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Este método será aplicado nas áreas de acessos, nas áreas planas, durante a
época seca e posteriormente à remoção do material lenhoso útil.

Será priorizada a passagem do trator com o mínimo de movimentação do solo e


remoção de tocos e raízes, sempre com a implantação de mecanismos de controle
de escoamento e minimização de instalação de processos erosivos.

• Classificação do material vegetal de acordo com seu aproveitamento

Esta atividade objetiva ordenar os materiais vegetais provenientes da supressão. A


separação do material lenhoso gerado será conforme sua dimensão. Serão
dispostos nos limites das áreas de intervenção. Desse modo, os materiais poderão
ser utilizados na própria obra ou doados aos próprios proprietários rurais afetados
mediante Termo de doação.

• Remoção, armazenamento e manejo do Topsoil e Restolho

A retirada e o armazenamento da camada orgânica do solo e do excedente de


vegetação são atividades que merecem atenção especial na fase inicial da obra,
devendo ocorrer logo após o Controle de Desmatamento e são fundamentais para
os ambientes que futuramente serão recuperados. Os resíduos gerados (galhada,
folhas da copa, aparas de madeira, vegetação herbáceo-arbustiva, raízes e ramos
muito finos, etc) e a camada rica em matéria orgânica deverão ser armazenados
nas áreas pátio de estocagem ou locais destinados ao armazenamento do material
orgânico, auxiliando na minimização de perda de solo e água.

Esse material é composto por material mineral transformado, matéria orgânica,


micro-organismos, propágulos de plantas, sementes e pedaços de sistema radicular
com capacidade de brotação e regeneração. Sendo assim, tais etapas são de
fundamental importância para melhorar a eficiência de práticas de recuperação e
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 240


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

revegetação de áreas degradadas, podendo constituir-se em importante fator de


aceleração do processo de reabilitação.

A remoção e armazenamento da camada superficial do solo (horizonte A) deverão


ser feitas de forma diferenciada, isto é, sendo separada do restante do subsolo. O
armazenamento do solo orgânico deverá respeitar um distanciamento mínimo de
50 metros dos cursos de água.

Todo material deverá ser utilizado durante a execução da recuperação das áreas
degradadas. De forma geral, a profundidade do solo a ser retirado para futura
estocagem varia de acordo com as condições locais. Deve ser observado o perfil
de acúmulo do material orgânico, o que geralmente é evidenciado pela coloração
mais escura do solo.

Para a execução das atividades poderá ser passado rolo ou triturador florestal para
picotar os resíduos originados da atividade ou utilizar ferramentas manuais, como
facão, foice, etc.

 Desgalhamento e desdobramento

Após a derrubada do material lenhoso, deve ser feito o desgalhamento, o qual


consiste na retirada das partes não aproveitáveis da árvore para descarte. Após o
desgalhamento, procede-se com o desdobramento que consiste na transformação
da madeira em formatos de interesse e compatíveis às suas possibilidades de uso.
Assim, o seu corte deverá ser realizado com base na classificação diamétrica e uso
do material lenhoso, conforme as especificações a seguir:

Deverá ser realizado o desgalhamento dos fustes com diâmetro entre 5 cm a 7 cm,
com comprimento médio em torno de 1,00 m a 1,20 m para uso posterior em lenha
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 241


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

e carvão. As árvores com diâmetro de 8 cm a 20 cm, com possíveis usos para


estacas e mourões, deverão ter um comprimento entre 2,20 m a 2,40 m.

Os indivíduos com diâmetro maior ou igual a 30 cm, com uso destinado às serrarias
e dormentes, deverão ser cortados com comprimento variando entre1,80 m a 4,80
m.

O material lenhoso com diâmetro inferior a 2 cm poderá ser utilizado como fonte de
matéria orgânica (Restolho) no Plano de Recuperação de Áreas Degradadas
(PRAD). Além disso, o material com diâmetro de 3 e 4 cm terá potencial para ser
triturado e posteriormente utilizado também como Restolho.

 Empilhamento

O empilhamento do material lenhoso será realizado de maneira que favoreça o


trânsito de máquinas entre as pilhas e a uma distância e altura seguras para evitar
a propagação de possíveis incêndios e acidentes com os trabalhadores envolvidos.
Considerando as características da vegetação a ser suprimida, preferencialmente
as pilhas devem ter altura máxima de 1,0 metro e distanciamento entre as pilhas
variando de 50 a 150 metros.

A formação das pilhas de madeiras deve considerar como principais


condicionantes:

➢ Organização na ocupação espacial;


➢ Estabilidade e segurança no manuseio do material para carga e descarga;
➢ Facilidade de acesso e trânsito;
➢ Conservação do material em forma padronizada com medidas estáveis para
facilitar o controle.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 242


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Essa prática também facilitará a cubagem desse material para eventual emissão do
Documento de Origem Florestal (DOF) ou termo de doação para os respectivos
proprietários rurais recebedores da doação do material.

 Destoca

O destocamento compreende a operação de remoção de tocos e raízes, após o


serviço de desmatamento na profundidade necessária até o nível do terreno
considerado apto para terraplenagem.

Quando as áreas destinadas à supressão não mais apresentarem materiais


lenhosos e resíduos vegetais em seus interiores, deve-se proceder, sempre que
possível e/ou necessária, a destoca, ou seja, a retirada dos tocos remanescentes.

Esta operação será realizada por meio do auxílio de tratores com sistemas de
escarificação acoplados. Uma vez retirados, os tocos deverão ser picados com
motosserra e transportados até o local de acondicionamento do material lenhoso –
pátio de estocagem ou locais destinados ao armazenamento de material orgânico,
os quais estarão devidamente sinalizados.

 Pátios de Estocagem

Os pátios de estocagens são áreas abertas destinadas ao armazenamento de


materiais, peças e equipamentos que poderão ser utilizados durante o processo de
instalação da Usina de Energia Fotovoltaica.

Conforme anteriormente relatado, os resíduos de vegetação (restolho), assim como,


a camada de solo fértil e os tocos oriundos do destocamento poderão ser
armazenados nessas áreas específicas.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 243


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

É oportuno ressaltar que a área onde será localizado o pátio de estocagem, deverá
ser em local adequado e preferencialmente plano e coberto, para que não haja
arraste de solo para os corpos hídricos.

 Cubagem do Material Lenhoso

A quantificação do material lenhoso gerado com a supressão de vegetação deverá


ser efetuada por meio dos laudos de cubagem após estocagem e empilhamento do
material vegetal. O objetivo é avaliar, com rigor, o volume de material lenhoso
extraído em números exatos.

Assim como especificado no item Desgalhamento e desdobramento a classificação


do material lenhoso para os laudos de cubagem deve seguir os diâmetros previstos
no Relatório de Atividades Florestais (RAF), quais sejam:

O volume da lenha é determinado pela medição das dimensões da pilha de madeira


(comprimento, largura e altura), podendo ser apresentado em estéreis (st). Segundo
a Portaria do INMETRO n° 130, de dezembro de 1999, o volume de madeira
empilhada (em estéreo) pode ser obtido genericamente pela seguinte expressão:

 Volume em metro cúbico (m³) = altura x comprimento x largura

Vale ressaltar que o material lenhoso seja disponibilizado aos respectivos


proprietários das áreas (áreas arrendadas para implantação do Complexo), sendo
necessário para este fim que seja enviado ao Órgão Ambiental (SUDEMA) o termo
de recebimento do material lenhoso.

Procedimentos para Encerramento das Atividades

O encerramento das atividades compreende:


PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 244


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

➢ Destinação e armazenamento adequado de todo material lenhoso e resíduo


vegetal gerado pela supressão de vegetação;
➢ Emissão de Laudos de Cubagem com a quantificação do material lenhoso
(tora e lenha) gerado;
➢ Obtenção de declarações ou documentos de recebimento do material
lenhoso encaminhado aos proprietários;
➢ Remoção da infraestrutura de apoio temporária;
➢ Remoção dos resíduos resultantes da atividade dispostos nas áreas de
supressão;
➢ Recebimento final pelo Empreendedor das áreas objeto de supressão de
vegetação e desmobilização das equipes.

Acompanhamento e Avaliação ambiental

A etapa de inspeção ambiental será estendida até a liberação final da área


desmatada, garantindo que todas as atividades que envolvam intervenções sobre
áreas de vegetação sejam acompanhadas e fiscalizadas e que toda a madeira seja
empilhada, cubada e doada.

O Empreendimento deverá ter equipe qualificada para fiscalização ambiental de


todos os serviços executados, principalmente o registro da supressão de vegetação
realizada, assinalando o início e término das atividades em cada trecho. Serão
registradas ocorrências de não-conformidades, as quais serão imediatamente
repassadas aos responsáveis pelos serviços, seja o próprio Empreendedor ou as
empresas contratadas, os quais também contarão com equipe de gestão ambiental.
A equipe de supervisão ambiental do Empreendimento deverá estar diretamente
envolvida com o acompanhamento e avaliação das atividades e receberá
treinamento específico, sendo responsável pela fiscalização integral da aplicação
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 245


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

das especificações ambientais correspondentes e pela emissão e


acompanhamento da solução das não-conformidades ambientais.

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

A execução do Programa de Desmatamento Racional é de responsabilidade da


Empreiteira Contratada e as ações serão acompanhadas pelo empreendedor
através da equipe de Supervisão Ambiental.

RELATÓRIOS

Para o acompanhamento do Programa serão elaborados relatórios mensais, com


as informações pertinentes a implantação das atividades especificadas do referido
plano. Cabendo a empresa responsável pela supressão da vegetação informar as
atividades preventivas e corretivas desenvolvidas, enfatizando com informações a
respeito da área suprimida, do quantitativo de trabalhadores, dos equipamentos
utilizados, entre outras. A consolidação das atividades será efetuada ao fim dos
serviços de supressão vegetal para encaminhamento ao órgão Ambiental.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

As atividades de supressão vegetal propriamente ditas exigirão a utilização de mão-


de-obra específica e de equipamentos, sob responsabilidade das empresas
contratadas para execução desse tipo de serviço e serão definidos quando da
elaboração do Projeto Executivo pela empresa responsável pela construção e
montagem. Complementarmente, o controle e fiscalização dos serviços serão
efetuados pela equipe de Supervisão Ambiental.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 246


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

A execução deste plano deverá ser feita em consonância com os seguintes


Programas:

• Programa de Resgate, Manejo e Monitoramento da Fauna Silvestre;


• Programa de Comunicação Social;
• Programa de Educação Ambiental;
• Plano de Recuperação de Áreas Degradadas.

CRONOGRAMA

A supressão da vegetação deverá ocorrer dentro do prazo de validade da


Autorização de Supressão Vegetal (ASV).
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 247

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

T a b ela 4.4 5: Cr o n o gr a m a d e E x ec uç ã o d o Pr o gr a m a d e D e s m ata m e nto R a cion al

Pré MESES
PROGRAMA DE DESMATAMENTO RACIONAL implantação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Levantamento da documentação e equipamentos


necessárias a atividade

Integração da equipe

Delimitação da área de supressão

Supressão da área

Empilhamento

Destinação final do material lenhoso

Remoção do restolho e da camada orgânica

Classificação do material vegetal de acordo com seu


aproveitamento

Procedimentos para Encerramento das Atividades

Relatórios mensais – conforme validade da Sveg

Relatório Final

F o n t e: C R N - Bio, 2 0 2 1.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 248


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REFERÊNCIAS

AMARAL, P. H. C, VERÍSSIMO, J. A. O; VIDAL, E. J. S. Floresta para Sempre: um


manual para a produção de madeira na Amazônia. Belém: IMAZON. 1998.
137p.

BRASIL. Lei Federal n° 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política


Nacional de Meio Ambiente. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso em: 16 outubro
2021.

BRASIL. Lei Federal n° 10.711, de 05 de agosto de 2003 - Dispõe sobre o Sistema


Nacional de Sementes e Mudas e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.711.htm>. Acesso em: 16
outubro 2021.

BRASIL. Lei Federal n° 12.651, de 25 de Maio de 2012. Dispõe sobre a proteção


da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393,
de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga
as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989,
e a Medida Provisória no 2.166- 67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras
providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12651.htm>.

BRASIL. Instrução Normativa n°6, de 23 de Setembro de 2008. Diário Oficial da


União. Brasília, DF, n. 185, 24 de Set. 2008. Seção 1, p. 75 – 83.

BRASIL. Portaria n°443, de 17 de Dezembro de 2014. MMA. Disponível em: <.


http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/static/pdf/portaria_mma_443_2014.pdf>.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 249


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

BRASIL. NR 6 - Norma Regulamentadora 6: Equipamento de Proteção Individual


(EPI). Disponível em:
<http://www3.mte.gov.br/seg_sau/leg_normas_regulamentadoras.asp>.

BRASIL. NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos de 17 de


Dezembro de 2010. Disponível em:
<.http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR12/NR12atualizada2
015II.pdf>. Acesso em: 16 outubro 2021.

INMETRO. Portaria do INMETRO n° 130, de dezembro de 1999 – Dispõe sobre


estéreo de madeira. Disponível em: <http://
http://florestasemrede.blogspot.com.br/2009/04/portaria-n-1301999-do-
inmetro-sobre.html>. Acesso em: 16 outubro 2021.

INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS.


Instrução Normativa IBAMA nº 21, de 24 de dezembro de 2014. Disponível
em: < http://www.ambiente.sp.gov.br/madeiralegal/files/2012/01/IN-IBAMA-
21-2014.pdf>.

INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS -


IBAMA. Portaria Normativa IBAMA nº 149, de 30 de dezembro de 1992.
Disponível em: <. https://servicos.ibama.gov.br/ctf/manual/html/045600.htm>.

INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE


INDUSTRIAL – INMETRO. Portaria n° 130, de 07 de dezembro de 1999. A
unidade de medida estéreo, empregada nas operações envolvendo produção,
colheita, baldeio, transporte e comercialização da madeira roliça, prestando-
se como combustível ou como matéria prima industrial. Disponível em:
<http://www.inmetro.gov.br/rtac/pdf/RTAC000612.pdf>
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 250


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

BRASIL. Lei Federal n° 12.727, de 17 de outubro 2012. Altera a Lei no 12.651, de


25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera
as Leis nos6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de
1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; e revoga as Leis nos 4.771, de
15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, a Medida Provisória
no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, o item 22 do inciso II do art. 167 da Lei
no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, e o § 2o do art. 4o da Lei no 12.651,
de 25 de maio de 2012. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12727.htm>.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 251


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

O Programa de Educação Ambiental apresenta uma proposta dialética, na qual o


sujeito, a partir do conhecimento compartilhado, cria novos mecanismos para a
conservação/recuperação da biosfera e da promoção da qualidade de vida da
coletividade, o que corrobora com o conceito de educação ambiental proferido na
Conferência Intergovernamental de Tbilisi (1977), o qual diz que:

A educação ambiental é um processo de reconhecimento de


valores e clarificação de conceitos, objetivando o
desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes
em relação ao meio, para atender e apreciar as interrelações
entre os seres humanos, suas culturas e seus meios
biofísicos. A educação ambiental também está relacionada à
prática da tomada de decisões e a ética que conduzem para a
melhoria da qualidade de vida.

No Brasil, a Lei Federal nº 9.795 de 1999, define a Educação Ambiental como: “os
processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade”.

A responsabilidade por assegurar aos brasileiros o direito à Educação Ambiental,


não é apenas do Poder Público, e a Lei Nº 9.795/99 faz referência ao papel das
instituições educativas, órgãos que compõem o Sistema Nacional de Meio
Ambiente, meios de comunicação de massa, empresas, entidades de classe,
instituições públicas e privadas da sociedade como um todo.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 252


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Desta forma, diante do reconhecimento mundial da complexidade crescente dos


problemas que afetam o meio ambiente, a expressão educação ambiental
impregnou não só o ideário político, como também passou a ocupar destaque no
contexto pedagógico desde o início dos anos 70 (RAMOS, 2001).

Neste sentido, o Plano de Educação Ambiental busca a promoção de um diálogo


efetivo com os trabalhadores contratados para a implantação do empreendimento,
promovendo um comportamento ambientalmente correto, despertando o cuidado
com a prática de atividades que possam causar impacto ambiental.

OBJETIVOS

 Objetivo Geral

O objetivo geral do Programa de Educação Ambiental é melhorar a qualidade de


vida das comunidades afetadas diretamente pelo empreendimento e promover a
formação de sociedades sustentáveis, por meio de atividades formativa, informativa
e de sensibilização junto a essas comunidades, visando o desenvolvimento de
comportamentos e ações individuais e coletivas conscientes acerca da
responsabilidade socioambiental.

 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos do presente Programa são:

• Realizar formação na área de educação ambiental para os profissionais da


obra e público externo (comunidades afetadas);

• Incentivar a formação de hábitos e atitudes ambientalmente adequados;


PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 253


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Contribuir para a prevenção e a minimização dos impactos ambientais e


sociais decorrentes do empreendimento, a partir da inserção da educação
ambiental nas atividades do empreendimento.

METAS

São metas do Programa de Educação Ambiental do Complexo Fotovoltaico Lagoa:

• Proporcionar participação dos trabalhadores do Empreendimento nas ações


previstas;

• Realizar as integrações a todos os trabalhadores admitidos;

• Atuar na implantação de placas educativas nas estruturas de apoio da obra


para auxiliar nas temáticas abordadas no Plano;

• Executar as ações previstas;

• Informar e sensibilizar os funcionários e população local com relação à


conservação dos recursos naturais, com especial atenção às questões relativas
à redução do consumo de água, minimização da geração e disposição dos
resíduos sólidos, fauna e flora, utilização de EPI (para os trabalhadores), ações
preventivas relacionadas a doenças infectocontagiosas e sexualmente
transmissíveis;

• Evitar o aumento de incidência de doenças e/ou a disseminação de novas


doenças em função de aumento populacional gerado pela obra;

• Ausência de não conformidades (NC) com relação ao descarte de resíduos


sólidos na obra.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 254


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

INDICADORES DE DESEMPENHO

Tabela 4.46: Indicadores de Desempenho


Percentual de participação e X Universo de instituições
envolvimento de instituições identificadas
Percentual de participação e X
envolvimento dos trabalhadores Universo total
nos treinamentos Ambientais
Percentual de participação de
Universo total
pessoas da comunidade externa
Percentual de aceitação do X Universo total das avaliações dos
Programa Participantes
Percentual de participantes com X Percentual de participantes com
conhecimento sobre meio conhecimento sobre meio ambiente
ambiente e sustentabilidade no e sustentabilidade no final da obra
início da obra

Número de não conformidades (NC) com relação ao descarte de resíduos


sólidos na obra;

Atuar na implantação de placas educativas nas estruturas de apoio da


obra para auxiliar nas temáticas abordadas no Plano;

Número de atividades realizadas


Fonte: CRN-Bio, 2021

REQUISITOS LEGAIS

O Programa fundamenta-se também nos seguintes diplomas legais e normas:

Tabela 4.47: Legislação vigente para o Programa de Educação Ambiental.


Em seu Título VIII – da Ordem Social, Capítulo VI – do Meio
Ambiente, Art. 225, estabelece que todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
Constituição Federal essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e
de 1988 à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes
e futuras gerações. O inciso VI traz que “promover a educação
ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública
para preservação do meio ambiente”.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 255


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e


mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
No Art. 2, Inciso X, traz que “A Política Nacional do Meio Ambiente
tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade
Lei Federal ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao
nº 6.938/1981 desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança
nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os
seguintes princípios: educação ambiental em todos os níveis de
ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la
para participação ativa na defesa do meio ambiente.
Lei Federal Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de
nº 9.795/1999 Educação Ambiental e dá outras providências.
Decreto Federal Regulamenta a Lei nº 9.795/1999 que instituiu a Política Nacional de
nº 4.281/2002 Educação Ambiental e dá outras providências.
Lei Estadual nº 4.335
Dispõe sobre a prevenção e controle da poluição ambiental do
de 16 de dezembro de
Estado da Paraíba
1981

Resolução CONAMA Estabelece diretrizes para as campanhas, ações e projetos de


nº 422/2010 Educação Ambiental, conforme Lei n° 9.795, e dá outras
providências.
Estabelece as bases técnicas para programas de educação
Instrução Normativa ambiental apresentados como medidas mitigadoras ou
nº 2/2012 compensatórias, em cumprimento às condicionantes das licenças
ambientais emitidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.
Fonte: CRN-Bio, 2021.

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O presente Programa tem como público-alvo os trabalhadores envolvidos na sua


execução, a população das comunidades, vilas, povoados atingidos pela área de
influência próximas ao empreendimento.

ATIVIDADES/METODOLOGIA

 Educação Ambiental

Para os trabalhadores do Empreendimento, propõe-se um programa de educação


ambiental pautado em palestras, distribuição de cartilhas, exposições de materiais
audiovisuais, além de disposição de placas educativas.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 256


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Destaca-se que o Programa de Educação Ambiental para os trabalhadores e


público externo durará por toda a fase de implantação do Empreendimento.

São detalhadas a seguir as ações para o desenvolvimento do Programa de


Educação Ambiental:

o Articulação prévia e Planejamento

Após mobilização das contratadas, deverá definir, junto aos responsáveis


ambientais de cada contratada, as estratégias metodológicas a serem abordadas,
tais como tema, materiais a serem distribuídos, duração das ações, dentre outros.

o Elaboração das ações de Educação Ambiental

As ações educativas, pautada nas palestras, deverão ser tratadas no âmbito do


DDSMS – Diálogo Diário de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, com vistas a
despertar em todos os colaboradores e público externo a sensibilização sobre
assuntos ligados ao meio ambiente e sustentabilidade, relacionados às atividades
diárias.

O material visual, por meio de placas educativas, deverá ser exposto em lugares
estratégicos (canteiro de obras, refeitórios e frentes de serviços), a fim de gerar uma
consciência ambiental e terão informações pertinentes à proteção do meio ambiente
como um todo. No caso do público externo, as ações de educação poderão ser
feitas em Instituições ou outros locais públicos, escolhidos em parceria com os
líderes comunitários

Folders deverão ser produzidos com os temas propostos, com informações sobre
preservação ambiental, cuidados necessários para a segurança e saúde,
orientações sobre a correta utilização dos recursos naturais disponíveis na região,
apresentação de cuidados necessários, restrições legais e penalidades quanto ao
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 257


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

manejo, caça, apreensão, comercialização e transporte de espécies vegetais e


animais silvestres, dentre outros.

Público-alvo: Funcionários do Empreendimento e Público externo, público escolar


– professores e alunos.

Carga Horária Individual: 30 minutos

Periodicidade: Mensal para trabalhadores e mensal para público externo.

Abaixo alguns temas propostos (Tabela 4.48), baseando-se nos impactos


identificados nos estudos ambientais do Empreendimento.

Tabela 4.48: Sugestões para as ações de Educação Ambiental.

TEMA SUGERIDO DESCRIÇÃO

Apresentação básica sobre o projeto, o que é energia


Energia Solar solar, como funciona, mitos e verdades, dentre
outros.

Orientar os trabalhadores e população quanto a


supressão consciente, alertando-os, ao mesmo
tempo, sobre o desmatamento, proteção às matas
Supressão Vegetal
ciliares e a vegetação de encostas, bem como a
necessidade de revegetação e penalidade da
atividade ilegal.

Orientar os colaboradores quanto a exposição da


fauna durante as atividades, alertando-os sobre a
necessidade de utilização dos equipamentos
obrigatórios de segurança (luvas, botas, capacete,
Animais Peçonhentos
dentre outros), conforme as NR-6; NR-7 e NR-21 do
Ministério do Trabalho. Apresentar equipe de resgate
que deverá ser acionada em caso de encontro com
alguma espécie.

Informar sobre os riscos de incêndios, indicando


quais as causas mais comuns dessas ocorrências;
Queimadas
divulgando orientação sobre as providências a serem
adotadas.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 258


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

TEMA SUGERIDO DESCRIÇÃO

O que é? Por que proteger? legislações pertinentes e


APP e Área de Reserva Legal
desmatamento nestas áreas para utilidade pública.

Uso Sustentável dos recursos


Desperdício de água e energia.
naturais

Orientar quando importância da manutenção da vida


silvestre, ressaltando a ilegalidade da caça e as
Fauna Silvestre
penas previstas na Lei de Crimes Ambientais 9.605,
de 12 de fevereiro de 98.
Enfatizar o uso de lonas e caixa de contenção
Resíduos de construção civil e
durante manejo de massa, evitando a contaminação
resíduos perigosos
do solo e manejo inadequado
Orientar quanto à disposição correta dos resíduos nas
Resíduos sólidos e líquidos áreas dos canteiros de obras e entorno (para os
trabalhadores), sendo estabelecida a coleta seletiva.
Explicar sobre o que é a reciclagem e qual a
Reciclagem de Resíduos importância, para o meio ambiente, de reutilizar esses
materiais.

Orientar os trabalhadores quanto à contaminação, e


Solo
movimentação excessiva ou desnecessária do solo

Explicar sobre as alterações desnecessárias da


Alterações na paisagem paisagem e suas implicações, como pinturas em
árvores, matacões, cortes de estradas, entre outros)
Enfatizar a necessidade de identificação e
Patrimônio Arqueológico comunicação da descoberta de patrimônio
arqueológico
Fonte: CRN-Bio, 2021.

A integração de funcionários também deverá fazer parte das ações educativas


internas, e deve contemplar orientações sobre comportamento responsável e
sustentável, apresentado por meio do Código de Conduta do Trabalhador, e os
impactos ambientais, medidas mitigadoras e compensatórias que serão gerados na
obra. A integração deverá ocorrer sempre que houver contratação de novos
colaboradores pelo Empreendimento.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 259


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

o Elaboração das ações de Educação em Saúde

As atividades de conscientização e educação em saúde consistirão na abordagem


de temas específicos da área de saúde. As Campanhas serão realizadas por meio
de palestras e dinâmicas que reforcem os conceitos de educação em saúde. De
forma complementar, poderão ser realizadas campanhas de medição de pressão,
medição de índices glicêmicos, com a distribuição de material informativo, com
objetivo de estimular a população acerca e funcionário dos cuidados com a sua
saúde. A Tabela 4.49 mostra alguns temas específicos da área da saúde:

Tabela 4.49: Temas específicos da área da Saúde.

Doenças infectocontagiosas; Práticas esportivas e hábitos saudáveis;

Doenças sexualmente transmissíveis; Acidente com animais peçonhentos;

Epidemias como: dengue, Febre


Primeiros-socorros;
Chikungunya, Zica, Corona vírus, etc.;

Doenças transmissíveis pela água; Saúde bucal;

Doenças transmitidas por vetores; Doenças respiratórias;

Higiene pessoal; Prevenção às Drogas;

Nutrição e alimentação; Uso Correto de EPI.

Fonte: CRN-Bio, 2021.

É de suma importância que as empresas contratadas e subcontratadas para


exercerem suas atividades apoiem as ações de educação em saúde, de modo que
os seus colaboradores possam trabalhar com saúde e segurança, melhorando sua
produtividade, diminuindo o índice de absenteísmo causado por problemas de
saúde, reduzindo os impactos sobre a comunidade local, evitando ainda o aumento
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 260


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

de incidência de doenças e/ou da disseminação de novas doenças e a sobrecarga


dos serviços de atendimento locais.

As campanhas de Educação em Saúde para os trabalhadores da obra envolverão


diálogos diários de segurança (DDS) na rotina de implantação do Empreendimento,
que se constitui basicamente na reserva de um pequeno espaço de tempo (10 a 15
minutos) para a discussão e instruções básicas de assuntos ligados à saúde,
segurança e meio ambiente.

Para o público externo, as campanhas de Educação em Saúde também poderão


ser realizadas pela equipe de DDS, junto às ações de Educação Ambiental, antes
ou após a palestra com duração média de 15 minutos.

o Produção de Material Educativo

Como apoio às ações a serem desenvolvidas, sugere-se a utilização de material


audiovisual, exibição de filmes e documentários educativos e distribuição de
material gráfico e didático. Datas comemorativas também podem ser utilizadas
como recurso para o desenvolvimento de atividades preventivas, como por
exemplo, o Dia Internacional de Combate às Drogas, Dia Mundial de Luta conta a
AIDS, dentre outras.

o Avaliação das Ações:

Na avaliação, deverão ser examinados os procedimentos adotados e as ações


empreendidas, possibilitando uma análise capaz de retroalimentar propostas e
fornecer subsídios para eventuais correções de rumos. Deverá ser realizada pela
equipe responsável pela execução do Plano, em reuniões periódicas e em conjunto
com o público atendido. É necessário considerar o acompanhamento das metas
apontadas.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 261


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

O Plano de Educação Ambiental é de responsabilidade do empreendedor, podendo-


se contratar uma empresa de Assessoria em Meio Ambiente para realizar o
planejamento, a execução e o controle deste Programa.

Às empresas prestadoras de serviço cabe observar as orientações do


empreendedor e/ou da empresa de Assessoria, auxiliando-os no cumprimento dos
objetivos e metas estabelecidos neste Programa.

RELATÓRIOS

Serão elaborados relatórios mensais das ações de Educação Ambiental, os quais


deverão ser encaminhados para o empreendedor a fim de que este acompanhe as
atividades desenvolvidas no âmbito do Programa de Educação.

Para a SUDEMA, serão apresentados relatórios de acompanhamento,


contemplando todas as ações realizadas no período, bem como um relatório final
unificando todos os relatórios produzidos, devendo todos os documentos passar
pela análise prévia do empreendedor.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

 Equipe técnica

O Programa de Educação Ambiental será desenvolvido por um Coordenador


Técnico com formação na área social (pedagogo) ou ambiental (biólogo), o qual
contará com o apoio técnico de um auxiliar de campo, com ensino médio completo.

 Materiais necessários

Além dos insumos básicos essenciais para a execução de todas as ações, deve-se
atentar para os procedimentos metodológicos de cada campanha, as quais
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 262


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

demandarão a utilização de materiais distintos. Em suma, os principais recursos


materiais para o desenvolvimento do Programa de Educação Ambiental são:

• Automóvel para a realização de trabalhos de campo;

• Máquina fotográfica para o registro fotográfico das ações;

• Projetor multimídia para a realização de palestras e oficinas;

• Notebook;

• Materiais didáticos: folders, cartilhas, boletins informativos etc.;

• Materiais de papelaria;

• Resíduos passíveis de serem reciclados;

• Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para realização de ações nas


frentes de obra.

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

O Programa de Educação Ambiental (PEA) apresenta interface permanente com os


demais Planos/Programas aqui propostos, uma vez que a educação ambiental deve
ser enfatizada em todos os processos de trabalho da fase de instalação do
empreendimento.

CRONOGRAMA

O PEA será desenvolvido previamente à fase de implantação do empreendimento,


com a elaboração de um Plano de Trabalho. Na fase de construção serão feitas
campanhas de educação ambiental para cada público-alvo, cuja quantidade deverá
ser definida no Plano de Trabalho. Ao início da operação do empreendimento,
recomenda-se 01 campanha de Educação Ambiental direcionada para os futuros
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 263


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

trabalhadores do empreendimento e comunidade em geral.


P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 264

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

Ta b el a 4.50: Cr o n o gr a m a d e Ex ec uç ã o d o Pr o gr a m a d e E d u c aç ã o A m bie ntal

Pré MESES
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL implantação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Preparação do material para divulgação e reuniões

DDSMS com o Público Interno

Integração com o Público Interno

Divulgação do empreendimento na região

Reunião e Planejamento com o poder público e


lideranças

Preparação do material didático para as ações e


mobilização

Distribuição de Materiais Educativos/instalação de


placas educativas

Ações de Educação Ambiental

Relatórios Internos

Entrega de Relatórios à SUDEMA

F o n t e: C R N - Bio, 2 0 2 1.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 265


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em:


<http://www.meioambiente.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteu
do=72>. Acesso em: 18 outubro. 2021.

BRASIL. Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm>. Acesso em: 18 outubro.
2021.

BUARQUE, Sérgio C. Construindo o desenvolvimento local sustentável. Rio de


janeiro: Garamond, 2008, 4 ed.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 266


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

O desenvolvimento das atividades do Complexo Fotovoltaico Lagoa pressupõe


interferências na dinâmica social de comunidades, sobretudo aquelas localizadas
nas áreas de influência do empreendimento, nas etapas de pré-implantação e
implantação apresentando níveis distintos de interferência.

A implementação de um Programa de Comunicação Social (PCS) com a sociedade


é o elo norteador para a prática da boa convivência com as intervenções inerentes
ao escopo do projeto, além de proporcionar a sadia qualidade de vida de toda a
população afetada, de maneira direta e indireta.

Logo, o PCS apresenta delineamento capaz de efetivar a responsabilidade social


do empreendimento perante as comunidades inseridas em suas áreas de Influência,
e que permite abordar questões ambientais e legitimar propostas de atuação para
remediar, prevenir, melhorar e desenvolver possíveis problemas ambientais, uma
vez que também fornece subsídios para a compreensão da nova dinâmica na qual
serão observadas mudanças nos aspectos sociais, econômicos, ambientais e
culturais.

Desse modo, as ações do PCS deverão contribuir para a consolidação da


democracia e da cidadania por meio do estímulo à participação dos agentes sociais,
sendo de valor fundamental para atribuir voz às comunidades, ouvir suas opiniões
e divulga as ações ambientais desenvolvidas pela Gestão. A inclusão deste
programa tornou-se necessária a todos os projetos com princípios da gestão
ambiental e não somente àqueles referentes a empreendimentos rodoviários.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 267


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

OBJETIVOS

 Objetivo Geral

Propiciar a efetiva elaboração de canais de comunicação necessários para o bom


relacionamento entre o Empreendedor e os públicos envolvidos no processo de
instalação do Complexo Fotovoltaico Lagoa, de maneira que as informações sejam
divulgadas adequadamente e que os interessados possam contatar o
Empreendedor com facilidade, quando necessário.

 Objetivos Específicos

Constituem-se objetivos específicos:

• Divulgar a importância estratégica e econômica do empreendimento para


o desenvolvimento local e regional;
• Esclarecer a população sobre o projeto, do que se trata, sua importância,
benefícios e informar cada etapa do mesmo, os impactos ambientais, bem
como as ações do empreendedor perante essas adversidades,
mobilizando, sempre que possível, a participação social na tomada de
decisões;
• Responder aos questionamentos da população, desmistificando
expectativas e apreensões desvirtuadas da realidade;
• Prever situações de conflitos que possam interferir no bem-estar da
população e no bom andamento do projeto, articulando ações de
intervenção capazes de solucionar tais inconvenientes;
• Facilitar a convivência entre funcionários e população, colocando em
prática os princípios e valores do empreendimento, tendo como uma de
suas premissas a Responsabilidade Social e Ambiental;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 268


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Contribuir para o cumprimento dos compromissos de direitos humanos


firmados pelo empreendimento;
• Difundir informações a respeito das vagas de emprego demandadas pelo
empreendimento, potencializando as oportunidades de absorção de mão
de obra local por meio da divulgação nos diversos canais de
comunicação, permitindo a participação equânime dos interessados,
inclusive, nos processos de capacitação e qualificação profissional a
serem ofertados pelo empreendimento;
• Captar as demandas e reclamações da população referentes às
atividades de instalação do empreendimento e apresentar devolutivas;
• Oferecer suporte aos demais Programas Ambientais que se inter-
relacionam com o PCS realizando, inclusive, a divulgação destes e de
projetos sociais passíveis de serem desenvolvidos empreendimento.

METAS

Constituem-se metas do Programa de Comunicação Social:

• Identificar e compreender as peculiaridades do público-alvo externo,


antes da fase de instalação, com o intuito de planejar as ações que serão
desenvolvidas no âmbito do Programa;
• Mapear, antes do início das obras de construção, a infraestrutura e canais
de comunicação disponíveis nas comunidades para o pleno
desenvolvimento do programa;
• Divulgar, continuamente, os impactos ambientais, as medidas de
mitigação, bem como as vagas de emprego ofertadas pelo
empreendimento e outras informações pertinentes;
• Elaborar e distribuir, quadrimestralmente, na fase de implantação do
empreendimento, materiais impressos ilustrados que facilite o
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 269


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

entendimento dos públicos-alvo acerca da prevenção dos acidentes de


trânsito e possíveis aparições de animais peçonhentos, dentre outras
informações julgadas como relevantes para a segurança e o bem-estar
da população e dos trabalhadores;
• Auxiliar o empreendedor na divulgação dos códigos, políticas e
procedimentos internos junto aos trabalhadores, principalmente os
tópicos que se referem à relação desse público com o externo;
• Aplicar, mensalmente, instrumentos de monitoramento e de avaliação
(questionários, entrevistas etc.) que possam mensurar a eficiência e a
eficácia do PCS, fazendo-se um comparativo da percepção do público
antes e durante a fase de instalação;
• Fornecer subsídios aos demais Planos e Programas Ambientais sempre
que se fizer necessário.

INDICADORES DE DESEMPENHO

Os seguintes indicadores de desempenho deverão ser utilizados:

Tabela 4.51: Indicadores de Desempenho.

Número de Número de
sugestões/reclamações X sugestões/reclamações
registradas respondidas
Número de medidas de
Número de Não Conformidades X
mitigação adotadas
Número de participantes nas reuniões, fazendo-se um comparativo
entre as campanhas do programa

Grau de satisfação do público-alvo medido por meio da aplicação de


questionários ou outros instrumentos de monitoramento e avaliação

Quantidade de material impresso distribuído

Fonte: CRN-Bio, 2021.

REQUISITOS LEGAIS
O Programa fundamenta-se nos seguintes requisitos legais:
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 270


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Tabela 4.52: Legislação vigente para o Programa de Comunicação Social.


Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
Constituição da equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
República Federativa do qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
Brasil 1988 dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.

Artigo XIX: Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e


Declaração Universal expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter
dos Direitos Humanos opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por
quaisquer meios e independentemente de fronteiras.
Lei Federal nº.
Instituiu o Conselho de Comunicação Social na forma do artigo 224
8.389/1981
da Constituição Federal.
Fonte: CRN-Bio, 2021.

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O presente Programa tem como público-alvo os trabalhadores envolvidos na sua


execução, a população das comunidades, vilas, povoados atingidos pela área de
influência próximas ao empreendimento.

ATIVIDADES/METODOLOGIA

Destaca-se abaixo algumas das medidas que devem ser tomadas durante o
desenvolvimento deste Programa. Todas as alternativas apresentadas possuem o
intuito de fornecer o acesso à informação sobre o empreendimento aos moradores
e promover ações de educação, social e de saúde.

O PCS será desenvolvido antes, durante e após a fase de implantação do


empreendimento a fim de atender, prontamente, as demandas advindas desse
processo.

O Programa de Comunicação social atuará nas comunidades, vilas e povoados


atingidos pela área de influência. O público-alvo do PCS está segmentado da
seguinte forma:
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 271


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Público interno: formado pelos trabalhadores e colaboradores envolvidos


nos processos de implantação do empreendimento
• Público externo: formado por organizações públicas e da sociedade civil,
Organizações não Governamentais, lideranças comunitárias e religiosas,
bem como toda a população inserida nas áreas Influência Direta e Indireta

As ações do Programa realizadas antes do início das obras de construção do


empreendimento deverão compreender:

• Elaboração do Plano de Trabalho: as atividades previstas no presente


documento deverão ser detalhadas no plano de trabalho a ser elaborado pelo
gestor do programa;
• Mapeamento de agentes sociais e formação de parcerias com o poder
público e organizações da sociedade civil: antes da fase de construção do
empreendimento, deve-se realizar o mapeamento das lideranças
comunitárias e demais representantes sociais vinculados às organizações
públicas ou da sociedade civil existentes no município de São José da Lagoa
Tapada. Esse mapeamento tem por finalidade construir um banco de dados
com as principais informações desses representantes (telefone, endereço,
profissão, organização com a qual mantém vínculo etc.) para que, assim,
possa ser formado um círculo de agentes multiplicadores voltados para o
pleno desenvolvimento do PCS.
• Definição dos meios de comunicação e mapeamento da infraestrutura local:
no aludido plano de trabalho, deve-se definir os meios de comunicação que
serão utilizados para o contínuo diálogo com o público-alvo, levando-se em
consideração os principais veículos comunicacionais utilizados pelas
populações – emissora de rádio local, serviço de alto-falante paroquial,
internet, telefonia fixa e móvel. Na fase de pré-implantação do
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 272


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

empreendimento deve-se mapear, também, as infraestruturas ofertadas


pelos municípios a fim de identificar os possíveis locais onde serão realizadas
as reuniões, oficinas e demais atividades previstas no PCA.
• Aplicação de pesquisa de opinião: antes das obras de construção do
Empreendimento, deve ser realizada uma pesquisa de opinião para avaliar a
percepção dos moradores acerca da instalação do empreendimento, a qual
servirá de parâmetro para a análise das futuras atividades de monitoramento,
ações a serem realizadas e avaliação;

Na fase propriamente dita da instalação do empreendimento, as campanhas do


PCS deverão ocorrer mensalmente e, o atendimento das demandas advindas da
população de modo contínuo. Sendo assim, neste período estão previstas:

• Abertura do canal de ouvidoria: o empreendimento deverá dispor de veículos


de comunicação tais como: linha telefônica, aplicativo de mensagens
instantâneas, e-mail, instalação de caixas de sugestões em pontos
estratégicos, além de outros meios que não gerem ônus para a população e
que se adequem à sua realidade, permitindo assim, o registro de
reclamações, sugestões e esclarecimento de dúvidas;
• Realização de campanhas trimestrais: trimestralmente serão realizadas
atividades voltadas para o cumprimento dos objetivos e metas do PCS.
Sendo assim, considera-se pertinente sugerir os temas descritos na tabela a
seguir:

Tabela 4.53: Propostas de temas a serem abordados no Programa de


Comunicação Social.
TEMA PÚBLICO-ALVO METODOLOGIA
O que é um Usina Fotovoltaica,
os impactos relacionados a ele Público externo: Crianças, Palestras, oficinas, dinâmicas
e as respectivas medidas jovens e adultos etc.
mitigadoras
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 273


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TEMA PÚBLICO-ALVO METODOLOGIA


Visitas domiciliares, às
Divulgação de cartilhas de
Público externo e interno escolas, postos de saúde etc.
segurança
DDS com o público interno
Campanha de combate à Palestras, distribuição de
Público externo: Jovens e
exploração sexual infantil com folders, peças teatrais, DDS
adultos.
divulgação do Estatuto da com o público interno, sessão
Público interno
Criança e do Adolescente - ECA de cinema etc.
Apresentação das diversas Público externo: Jovens do Palestras, oficinas,
profissões e de programas de ensino médio da rede dinâmicas, peças teatrais,
ensino da rede pública pública de ensino exposições etc.
Campanha de combate às Público externo: Jovens e Palestras, distribuição de
Doenças Sexualmente adultos. folders e preservativos, DDS
Transmissíveis (DSTs) e AIDS Público Interno com o público interno.
Palestras, distribuição de
Campanha sobre o combate ao Público externo: Jovens e
folders e preservativos, peças
uso abusivo do álcool e outras adultos.
teatrais;
drogas Público Interno
DDS com o público interno.
Apresentação de dados
Reuniões, confecção de
estatísticos evidenciando os Público externo: Jovens e
boletins informativos,
benefícios da instalação da adultos.
divulgação em sites etc.
Usina Fotovoltaica na região
Campanha de combate à Palestras, distribuição de
Público externo: Jovens e
violência doméstica: idoso, folders, peças teatrais,
adultos.
mulher (Lei Maria da Penha) e sessão de cinema etc.
Público Interno
outros grupos vulneráveis DDS com o público interno.
Palestras, distribuição de
Público externo e interno
Saúde do Homem folders, peças teatrais etc.
do sexo masculino
DDS com o público interno.
Palestras, oficinas,
Ética e cidadania Público externo e interno dinâmicas, peças teatrais;
DDS com o público interno.
Palestras, oficinas,
Diversidades: de gênero, Público externo: Crianças
dinâmicas, peças teatrais;
cultural, religiosa etc. e adolescentes
DDS com o público interno.
Palestras, distribuição de
Público externo e interno
Saúde da mulher folders;
do sexo feminino
DDS com o público interno.
Palestras, distribuição de
folders, exposição de
Alimentação saudável e
Público externo e interno alimentos, realização de
qualidade de vida
atividade física e de lazer etc;
DDS com o público interno.
Público externo: Jovens e Palestras, oficinas, dinâmicas
Empreendedorismo
adultos. etc.
Público externo: Jovens e Palestras, oficinas e
Como elaborar um currículo
adultos dinâmicas
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 274


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

TEMA PÚBLICO-ALVO METODOLOGIA


Público externo: Jovens e Palestras, oficinas, dinâmicas
Orçamento familiar
adultos. etc.
Ação social: Educação Público externo: Crianças Palestras, oficinas, dinâmicas
ambiental e Adolescentes etc.
Fonte: CRN-Bio, 2021.

As ações do PCS, todavia, não se limitam aos temas descritos acima, em face da
probabilidade de imprevistos perante a dinamicidade do meio antrópico, assim
como a maioria das temáticas poderá ser abordada junto a distintos públicos-alvo,
requerendo a readaptação da metodologia.

É importante apresentar também que os temas a serem abordados podem ser


mapeados durante a identificação das peculiaridades do público-alvo, a ocorrer
antes da instalação do empreendimento.

Nas atividades do PCS, sempre que pertinente, será informado aos participantes o
andamento das obras de construção do empreendimento, bem como serão
enfatizados os impactos e as respectivas medidas de mitigação, aproveitando-se
também a ocasião para responder aos questionamentos da população depositados
nas caixas de sugestões.

A apresentação de dados estatísticos evidenciando os benefícios do


empreendimento na região deverá ser divulgado periodicamente, podendo ser
utilizado, para isso, boletins informativos evidenciando, por exemplo, o número de
currículos recebidos versus o número de mão de obra local absorvido nas obras de
construção; quantia paga aos municípios, estado e União em forma de impostos;
dentre outros dados relevantes.

As ações do Programa deverão ser previamente agendadas junto aos


coordenadores quando se tratar do público interno e, junto às lideranças
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 275


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

comunitárias ou outros agentes sociais, quando envolver o público externo. As


atividades poderão ser agendadas/divulgadas por meio de cartas-convite,
circulação de ofícios e de e-mails; carros de som; veiculação em rádios difusoras,
demais meios de comunicação disponíveis no município de São José da Lagoa
Tapada, durante as visitas sociais e também em meios de comunicação utilizados
entre as empresas envolvidas nas obras de construção do empreendimento.

Devido à interface do PCS com outros Planos e Programas Ambientais, algumas


atividades serão realizadas em conjunto, a exemplo, a maioria dos temas a serem
abordados junto aos trabalhadores. Há a possibilidade de o coordenador do PCS
ser requisitado a participar de atividades de outros Planos e Programas Ambientais,
inclusive, do Programa de Educação Ambiental.

Na fase operacional, o PCS dará andamento às suas atividades conforme


demandas específicas da etapa e solicitações da população, readequando os
procedimentos metodológicos com a elaboração de um novo plano de trabalho.

• Periodicidade dos relatórios: conforme cronograma de atividades do


presente plano, mensalmente será entregue ao empreendedor um relatório
das atividades executadas naquele período. A entrega de relatórios ao órgão
ambiental ocorrerá de acordo com o período estipulado por ele na Licença
de Instalação a ser expedida para o início das obras de construção da Usina
Fotovoltaica;
• O PCS dará suporte aos demais Planos e Programas Ambientais,
principalmente ao Programa de Educação Ambiental, Programa de
Monitoramento de Equipamentos Urbanos, bem como ao Plano de
Capacitação, Contratação e Desmobilização da Mão de Obra, tendo em vista
o contato contínuo com a população das áreas de influência, o que facilita o
delineamento do perfil dos potenciais candidatos aos cursos de capacitação
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 276


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

e às vagas de emprego ofertadas pelo empreendimento, assim como a


divulgação dos processos seletivos e do recebimento de currículos;
• Também está previsto o desenvolvimento de atividades de monitoramento e
avaliação do Programa a fim de qualificar/quantificar o seu grau de eficiência
e eficácia, adotando-se instrumentais técnicos como questionários e
entrevistas.

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

A responsabilidade de planejamento, gestão e execução do PCS é de encargo da


empresa contratada pelo empreendedor, bem como por este próprio, que irá
fornecer os dados e informações necessárias ao pleno desenvolvimento da
comunicação.

RELATÓRIOS

A avaliação da eficiência deste Programa deverá ocorrer através da elaboração de


relatórios, que comprovarão, a partir dos dados obtidos e registrados, que as
instruções desse Programa foram seguidas e atendidas.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

Para o desenvolvimento do PCS, a equipe deverá ser formada por, pelo menos, um
coordenador e um auxiliar, de modo que o primeiro deverá ser um profissional
legalmente habilitado, com preferência para a área social.

Quanto aos recursos materiais, poderão ser alocados para o desenvolvimento do


Programa de Comunicação Social:

• Material impresso de divulgação;


• Faixas, placas, sinalização em geral;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 277


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Instalações necessárias à estrutura de atendimento a consultas e


reclamações;
• Recursos logísticos em geral.

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

O PCS apresenta interface permanente com os demais planos e programas


propostos no presente Relatório de Detalhamento do Plano Básico Ambiental
(PBA), levando em consideração a necessidade da disseminação de informações
sobre as diversas atividades que serão executadas no âmbito do empreendimento,
como também correção dos prováveis impactos comumente ocasionados pela
instalação e operação do empreendimento, requerendo, portanto, o pleno
alinhamento do cronograma do PCS com o dos outros programas contidos neste
documento.

Outros Planos e Programas que mais se relacionam com o PCA são:

• Programa de Educação Ambiental;


• Plano de Gestão Ambiental;

CRONOGRAMA

O cronograma físico do Programa de Comunicação Social deverá ocorrer


durante toda a fase de implantação do empreendimento e perdurar por 01
(uma) campanha após o início da operação do empreendimento.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 278

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

T a b ela 4.5 4: Cr o n o gr a m a d e E x ec uç ã o d o Pr o gr a m a d e C o m u nic aç ã o S o cial

Pré MESES
PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL implantação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Reunião e Planejamento com o poder público e


lideranças

Elaboração do Plano de Trabalho

Definição dos meios de comunicação e


mapeamento da infraestrutura local

Preparação do material didático para as ações e


mobilização

Abertura do canal de ouvidoria e Monitoramento

Ações de Comunicação Social

Relatórios Internos

Relatórios Semestrais para SUDEMA

F o n t e: C R N - Bio, 2 0 2 1.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 279


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REFERÊNCIAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 26000. Diretrizes


sobre responsabilidade social. Guidance on social responsibility. ISBN 978-85-
07-02363-0. 1ª ed. Rio de Janeiro, 2010.

BRASIL. Câmara dos Deputados. Lei de Acesso à Informação. Disponível em:


<http://www2.camara.leg.br/transparencia/lei-de-acesso-a-
informacao/atendimento>. 18 outubro. 2021.

SAI - Social Accountability International. Responsabilidade Social 8000. Disponível


em: < biblioteca.iscte.pt/pdfs/ctqualidade/sa8000.pdf>. Acesso em 18 outubro.
2021.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 280


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PROGRAMA DE CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA LOCAL

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

O referido Programa tem por finalidade capacitar moradores das Áreas de Influência
Direta e Indireta do Empreendimento para atuar nas diversas frentes de serviço,
principalmente, em sua fase de instalação.

Além de contribuir para a redução dos índices de desemprego e para o aquecimento


da economia na região, o Programa reduz a sobrecarga nas infraestruturas
municipais, ocasionada pela contratação massiva de mão de obra externa, a qual
usufruirá juntamente com sua família dos equipamentos e serviços da localidade:
escolas, unidades de saúde, equipamentos de lazer, entre outros.

O desenvolvimento Programa de Contratação de Mão de Obra Local se faz


necessário diante da demanda da força de trabalho durante o processo de
implantação do Complexo Fotovoltaico Lagoa.

A priorização da capacitação/contratação da mão de obra já residente nas áreas de


influência do empreendimento, além de contribuir para a redução do desemprego
local e do êxodo demográfico, ameniza os impactos atrelados à imigração de
trabalhadores, embora sempre haja a necessidade em absorver mão de obra
externa em virtude de algumas atividades requererem qualificações profissionais
(cursos de longa duração) não disponíveis na região.

Apesar de grande parte das contratações serem temporárias (somente enquanto


durarem as obras de construção do Complexo de Energia Fotovoltaica), aos
moradores locais é dada a oportunidade de qualificar-se profissionalmente e de
adquirir experiência, facilitando a sua permanência no mercado de trabalho mesmo
após a fase de implantação do Empreendimento.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 281


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Tal iniciativa contribuirá para a melhoria das condições de vida dos moradores
locais, não se restringindo somente àqueles recrutados para trabalhar nas obras de
construção do Complexo Fotovoltaico Lagoa, tendo em vista que o aumento do
poder aquisitivo destes aquecerá o comércio local.

OBJETIVOS

 Objetivo Geral

Facilitar o processo de contratação de mão de obra e fornecedores locais,


absorvendo o maior número possível de pessoas economicamente ativas da
localidade, aproveitando suas habilidades e experiências, bem como promovendo
a sua qualificação profissional.

 Objetivos Específicos

Constituem-se objetivos específicos:

• Potencializar o recrutamento de moradores das áreas de influência que


tenham interesse em trabalhar nas obras de construção do Complexo
Fotovoltaico Lagoa;
• Promover cursos de qualificação profissional à população local
economicamente ativa por meio de parcerias com entidades renomadas de
ensino;
• Assegurar a ética e a transparência aos processos seletivos, tanto para os
cursos de qualificação profissional como para o preenchimento das vagas de
emprego, garantindo a participação equânime dos interessados;
• Reduzir o fluxo migratório e os impactos relacionados a ele, tais como
sobrecarga na infraestrutura oferecida pelos municípios onde será instalada
o Complexo Fotovoltaico Lagoa;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 282


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Facilitar a permanência dos trabalhadores no mercado de trabalho após a


desmobilização da mão de obra local.
• Incentivar o comércio local a partir da contratação de fornecedores da região

METAS

Constituem-se metas do Programa de Contratação de Mão de Obra Local:

Priorizar a contratação de moradores e fornecedores das áreas de influência indireta


do Complexo Fotovoltaico Lagoa para atuar na sua fase de implantação, admitindo-
se o maior número possível de pessoas da região, desde que atenda aos critérios
detalhados neste Programa;

• Ofertar cursos de capacitação profissional para os moradores locais,


admitindo-se os alunos que concluírem satisfatoriamente o curso e que
atendam aos demais critérios para ocuparem as vagas de acordo com o
número disponível, durante a construção do Empreendimento;
• Indicar os trabalhadores que desempenharam satisfatoriamente suas
atividades para outras frentes de trabalhos que, eventualmente, estejam se
instalando na região no período de desmobilização da mão de obra do
Complexo Fotovoltaico Lagoa;
• Mitigar as Não Conformidades registradas pelo Programa.

INDICADORES DE DESEMPENHO

• Número de treinamentos e capacitações realizadas;


• Número de participantes dos treinamentos que foram efetivamente
contratados;
• Número de trabalhadores que participaram de treinamentos e capacitações
locais;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 283


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Número de pessoas que tiveram oportunidade de especialização através dos


treinamentos realizados na obra;
• Número de fornecedores contratados da região;
• Quantidade de contratos locais x quantidade de contratos de outras regiões;
• Período em que trabalhadores permaneceram empregados na obra;
• Quantidade de não conformidades registradas no programa.

REQUISITOS LEGAIS

Tabela 4.55: Legislação vigente para o Programa de Contratação de Mão de Obra Local.

Artigo 23 – 1. Todo ser humano tem direito ao


trabalho, à livre escolha de emprego, a condições

Declaração Universal dos Direitos Humanos, art. justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra

23. o desemprego.
2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem
direito a igual remuneração por igual trabalho.

Capítulo 1: Dos Direitos e Deveres Individuais e


Constituição da República Federativa do Brasil Coletivos
Art. 6º – Art. 11

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Capítulo 5: Da Saúde e Segurança no Trabalho,


Decreto-Lei Federal nº 5.452, de 1º de maio de Art. 154 – Art. 159.
1943.

Aprova as Normas Regulamentadoras – NR – do


Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978 Capítulo V, Título II, da CLT, relativas à
Segurança e Medicina do Trabalho.
Fonte: CRN-Bio, 2021.

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O público-alvo deste Programa é constituído pela população em idade


economicamente ativa, que tenha interesse em atuar nos diversos processos de
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 284


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

trabalho de construção do Complexo Fotovoltaico Lagoa e que resida em suas


Áreas de Influência Direta e Indireta.

ATIVIDADES/METODOLOGIA

O desenvolvimento do Programa de Contratação de Mão de Obra Local se dará


antes e durante a fase de implantação do Complexo Fotovoltaico Lagoa:

As ações do Programa realizadas antes do início das obras de construção do


empreendimento deverão compreender:

• Levantamento do quantitativo de mão de obra: deve-se fazer um


levantamento das funções e do quantitativo de pessoas, junto a prefeitura,
que poderão ser recrutadas na região para participar dos cursos de
capacitação profissional, com vistas à futura contratação.
• Levantamento das instituições de ensino: Paralelamente ao levantamento
do quantitativo de mão obras, pode ser realizado o levantamento das
instituições de ensino com potencial para a formação de parcerias no que
concerne à administração de cursos profissionalizantes, devendo-se
priorizar aquelas reconhecidas nacionalmente tais como: SENAI,
SEBRAE, SENAC, SESC, SEST/SENAT, Institutos Federais etc.
• Organização e divulgação dos cursos profissionalizantes: Logo após a
identificação do quadro técnico necessário, deve-se iniciar a organização
dos cursos de capacitação profissional, bem como a divulgação destes e
das vagas de emprego a serem ofertadas pelo empreendimento. Para
isso, deve-se utilizar os principais veículos de comunicação utilizados pelo
município.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 285


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Também podem ser utilizados carros de som e faixas informativas, como também
deve-se trabalhar em parceria com as Prefeituras Municipais, principalmente por
meio das Secretarias Municipais de Assistência Social para a identificação dos
moradores que estão fora do mercado de trabalho e que tenham potencialidade e
interesse em trabalhar junto ao Empreendimento.

• Iniciação dos cursos de capacitação: a administração dos cursos de


capacitação profissional deve ocorrer, preferencialmente, antes do início das
obras de construção do Complexo Fotovoltaico Lagoa, a fim de absorver, ao
máximo, o número de mão de obra local. Desse modo, a escolha dos cursos
a serem ofertados deverá levar em consideração as demandas emergentes.

Também podem ser recrutados moradores das áreas de influência que já possuem
as formações profissionais requisitadas para preencher as vagas de trabalho
ofertadas pelas empresas envolvidas nas obras de construção do Complexo
Fotovoltaico, podendo-se inclusive, ser consultados os cursos já disponíveis em
instituições de ensino da região para oportunizar os profissionais recém-formados.

➢ Os treinamentos e as capacitações devem atender aos objetivos dos demais


Planos e Programas Ambientais que se inter-relacionam com este.
1. O local para realização dos cursos e treinamentos deve ser de fácil acesso.
Na fase de instalação propriamente dita do empreendimento deve-se:
• Concluir a formação profissional da mão de obra local e/ou, dar
continuidade a promoção de outros cursos profissionalizantes com
vistas ao preenchimento de vagas a serem ofertadas posteriormente,
em outra fase das obras de construção do empreendimento;
• Fazer o recrutamento e seleção da mão de obra local para atuar nos
diversos processos de trabalho das obras de construção do Complexo
Fotovoltaico Lagoa.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 286


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

➢ Os critérios de contratação de mão de obra local a serem observados são:


• Existência de vagas em aberto a serem preenchidas;
• Residir nas áreas de influência do Complexo Fotovoltaico Lagoa;
• Estar em idade economicamente ativa;
• Priorizar os moradores com maior grau de vulnerabilidade social,
como estar fora do mercado de trabalho, dentre outras informações
sobre o perfil do candidato, obtidas por meio da realização de
entrevista ou da Secretaria Municipal de Assistência Social;
• Comprovação de experiência ou qualificação profissional que atenda
aos pré-requisitos da função a qual irá exercer;
• Aptidão física e mental comprovada por meio de exame médico
admissional;
• Demonstrar idoneidade moral para desempenhar suas atividades
conforme os princípios e valores que regem as políticas internas do
Empreendimento;
• Participar satisfatoriamente dos treinamentos e capacitação

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

A realização das atividades será de responsabilidade da empreiteira contratada,


caberá ao empreendedor e a equipe de Supervisão Ambiental acompanhar e
fiscalizar os procedimentos adotados.

RELATÓRIOS

Para o acompanhamento do Projeto serão elaborados relatórios internos mensais,


com as informações pertinentes a implantação das atividades especificadas do
referido projeto.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 287


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

A consolidação das atividades será efetuada ao final da obra, gerando um relatório


final para encaminhamento a SUDEMA.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

• Assistente Social
• Faixas
• Carros de som
• Fichas cadastrais

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

O Programa de Contratação de Mão de Obra Local possui relação direta com os


programas:

• Programa de Educação Ambiental;


• Programa de Comunicação Social.

CRONOGRAMA
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 288

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

T a b e l a 4. 5 6: C r o n o g r a m a d e E x e c u ç ã o d o Pr o gr a m a d e C o n tr at a ç ã o d e M ã o d e O b r a L o c al

Pré MESES
PROGRAM DE CONTRATALÇÃO DA MÃO
DE OBRA LOCAL implantação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Levantamento da mão de obra disponível

Contatos com Prefeituras e instituições de


ensino

Divulgação à comunidade

Contratação de profissionais habilitados

Capacitação técnicas e treinamentos internos

Monitoramento de desempenho

Desmobilização da mão de obra

Relatórios Internos

Entrega de Relatórios Final a SUDEMA

F o n t e: C R N - Bio, 2 0 2 1.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 289


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REFERÊNCIAS
SER. Estudo de Impactos Ambientais – Complexo Fotovoltaico Lagoa
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 290


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

PROGRAMA DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA DO TRABALHADOR

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

Sabe-se que a fase de implantação de um empreendimento é aquela em que se


encontra uma grande diversidade de perigos associados aos riscos químicos,
físicos, biológicos, ergonômicos, mecânicos ou de acidentes verificados em cada
tipo de atividade desempenhada no local de trabalho.

Além disso, a proteção, a saúde, o bem-estar e a segurança do trabalhador em seu


ambiente laboral é, antes de tudo, um direito adquirido e resguardado pela
Constituição Federal Brasileira de 1988, em seu capítulo II, sobre os direitos sociais.

Diante disto, o presente programa vem apresentar os mecanismos estabelecidos


por meio de leis, normas e outros instrumentos aplicáveis, que garantem o
desempenho das suas atividades livres de quaisquer agravos na saúde e acidentes
de trabalho.

Por este documento, o Empreendedor e demais empresas envolvidas durante a


fase de construção do Empreendimento afirmam o compromisso da realização de
todas as atividades, com vistas à eliminação de qualquer fonte, situação ou ato com
potencial para provocar danos ao ser humano, em termos de lesão ou doença, ou
uma combinação destes.

Ao analisar o processo de instalação dos empreendimentos fotovoltaicos percebeu-


se que os trabalhadores envolvidos nesta atividade estão submetidos a diversos
perigos laborais, tais como: radiações não ionizantes, exposição ao calor, ruídos,
chuva, risco de quedas, atropelamentos, cortes e mordidas de animais, contato com
vetores transmissores de doenças, sobrecarga de trabalho, levantamento e
transporte de peso, contaminações por materiais biológicos ou químicos, dentre
outros.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 291


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Diante deste cenário, este programa propõe medidas para atingir bons níveis quanto
à eliminação e/ou neutralização de riscos à saúde e segurança que possam
provocar danos à integridade física e saúde dos trabalhadores.

OBJETIVOS

 Objetivo Geral

Este programa visa atender todas as determinações relativas à garantia da


segurança e saúde dos trabalhadores do Empreendimento, fundamentadas em
requisitos legais e normativos vigentes no país e complementarmente,
internacionais.

 Objetivos Específicos

Consideram-se objetivos específicos deste Programa:

• Determinar diretrizes a serem seguidas pelo Empreendedor e empresas


terceirizadas, com vistas a garantir a saúde e segurança de todos os
trabalhadores envolvidos no processo de implantação e operação do
Empreendimento.
• Garantir que a atuação da empresa seja pautada sobre o objetivo de atingir
"zero acidentes", uma vez que a Segurança e Saúde no Trabalho é questão
de comprometimento com a vida e deve ter empenho de toda organização.
• Inserir o trabalhador como parte integrante e fundamental à conquista do
objetivo de atingir “zero acidentes”.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 292


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

METAS

• Assegurar a capacitação em saúde ocupacional e segurança do trabalho


durante a implantação e operação do Empreendimento;
• Prevenir as lesões e doenças por meio da conscientização, monitoramento
em ambientes de trabalho, melhorando continuamente a gestão e o
desempenho da saúde e segurança do trabalho;
• Promover DDS, com temas variados, fomentando a inclusão de saúde e
segurança no trabalho;
• Entrega dos EPC e EPI necessários para a execução dos trabalhos;
• Registrar as oportunidades de melhoria identificadas e estabelecer plano de
ação para as adequações com prazo definidos;
• Tratar 100% das não conformidades (NC) registradas pela equipe do Plano
de Gestão Ambiental.

INDICADORES DE DESEMPENHO

• Número estimado de pessoas a serem capacitadas versus número de


pessoas efetivamente capacitadas;
• Número de DDS realizados;
• Número de situações de risco e oportunidade de melhoria identificadas;
• Quantidade (%) de casos de não conformidade registradas pela equipe do
PGA que foram corrigidas;
• Taxa de Gravidade – TG;
• Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento – TFC;
• Taxa de Frequência de Acidentes sem Afastamento;
• Percentual de realização de inspeções de segurança periódicas
(previsto/realizado);
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 293


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Percentual de conclusão dos planos de ação decorrentes dos quase


acidentes registrados (previsto/realizado);
• Percentual de conclusão dos planos de ação decorrentes das análises dos
acidentes do trabalho (previsto/realizado);
• Número de acidentes típicos com afastamento;
• Número de acidentes típicos sem afastamento;
• Número de doenças do trabalho;
• Número de doenças profissionais;
• Dias perdidos e debitados;
• Número de empegados no respectivo contrato;
• Horas-Homem Trabalhadas – HHT;

REQUISITOS LEGAIS

Este programa está fundamentado nas seguintes legislações, normativas e


recomendações:

Tabela 4.57: Legislação vigente para o Programa Proteção e Segurança do Trabalhador.

Lei nº 2.812, de 24 de julho Dispõe sobre a Organização da Seguridade Social, Institui


de 1991 Plano de Custeio e dá outras providências
Lei n° 8.213, de 24 de julho Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e
de 1991 dá Outras Providências;
Altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do
Lei n° 6.514, de 22 de
Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho e dá
dezembro de 1977
outras Providências;
Decreto-lei n°5.452 de 01 de
Aprova as Consolidações das Leis do Trabalho;
maio de 1943
Decreto Federal n° 7.602 de Dispõe sobre a Política Nacional de Segurança e Saúde no
7 de novembro de 2011 Trabalho – PNSST
Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V,
Portaria n° 3.214 de 08 de
Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a
Junho de 2014
Segurança e Medicina do Trabalho
Norma Regulamentadora –
Disposições Gerais
NR 1
Norma Regulamentadora –
Inspeção Prévia;
NR 2
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 294


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Norma Regulamentadora –
Embargo ou Interdição;
NR 3
Norma Regulamentadora – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
NR 4 Medicina do Trabalho
Norma Regulamentadora –
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;
NR 5
Norma Regulamentadora –
NR 6: Equipamentos de Proteção Individual – EPI;
NR 6
Norma Regulamentadora –
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional;
NR 7
Norma Regulamentadora –
Edificações;
NR 8
Norma Regulamentadora –
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;
NR 9
Norma Regulamentadora –
Segurança em Instalações e Serviços de Eletricidade
NR 10
Norma Regulamentadora – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de
NR 11 Materiais;
Norma Regulamentadora –
Máquinas e Equipamentos;
NR 12
Norma Regulamentadora –
Atividades e Operações Insalubres;
NR 15
Norma Regulamentadora –
Atividades e Operações Perigosas;
NR 16
Norma Regulamentadora –
Ergonomia;
NR 17
Norma Regulamentadora – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
NR 18 Construção;
Norma Regulamentadora –
Explosivos;
NR 19
Norma Regulamentadora –
Líquidos Combustíveis e Inflamáveis;
NR 20
Norma Regulamentadora –
Trabalho à Céu Aberto;
NR 21
Norma Regulamentadora –
Proteção Contra Incêndios;
NR 23
Norma Regulamentadora –
Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
NR 24
Norma Regulamentadora –
Resíduos Industriais;
NR 25
Norma Regulamentadora –
Sinalização de Segurança
NR 26
Norma Regulamentadora –
Fiscalização e Penalidades;
NR 28
Norma Regulamentadora –
Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados;
NR 33
Norma Regulamentadora –
Trabalho em Altura;
NR 35
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 295


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Norma de Higiene
Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído;
Ocupacional – NHO 01
Norma de Higiene
Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor;
Ocupacional – NHO 06
Norma de Higiene Coleta de Material Particulado Suspenso no Ar de Ambientes de
Ocupacional – NHO 08 Trabalho;
Norma NBR 7.195 Cortes para Segurança;
Cadastro de Acidente do Trabalho - Procedimento e
Norma NBR 14.280
Classificação;
Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho –
Norma NBR 18.801
Requisitos;
Norma NBR 7.678 Segurança na execução de obras e serviços de construção;
Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho –
BS OHSAS 18.001
Requisitos;
Dispõe sobre padrões de qualidade do ar, previstos no
Resolução CONAMA 03
PRONAR.

Manual de Segurança e Saúde no Trabalho: Indústria da Construção Civil –


Edificações;

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Este Programa deverá ser aplicado para todos os trabalhadores envolvidos na


construção do Empreendimento, sejam empregados ou trabalhadores de empresas
subcontratadas, bem como visitantes e transeuntes.

ATIVIDAES/METODOLOGIA

Neste tópico estão apresentados os requisitos para garantir condições seguras de


trabalho, a fim de evitar danos à saúde e segurança de empregados, trabalhadores
temporários, pessoal terceirizado ou qualquer outra pessoa que se apresente no
local de trabalho.

De acordo com as Diretrizes para Prevenção e Controle Ambiental da SER


ENERGIAS, é necessário que a construtora realize os exames médicos
admissionais para identificação de doenças endêmicas e transmissíveis na
população da obra, dando atenção especial a trabalhadores provenientes de
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 296


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

regiões que registrem doenças endêmicas. Desta forma, é de responsabilidade da


construtora a implantação de Programa de Proteção e Segurança do Trabalhador
no que se refere aos trabalhadores do Complexo Fotovoltaico Lagoa.

Além de outras ações, deverão ser realizados testes laboratoriais de diagnóstico da


doença para todos os trabalhadores, nas seguintes situações: exames admissionais
e periódicos, no retorno de férias ou de qualquer afastamento legal.

Deverão ser desenvolvidas, também, ações de identificação, monitoramento e


controle de focos de vetores de outras doenças endêmicas e transmissíveis.

A construtora deverá informar as autoridades sanitárias de todas as ocorrências de


doenças endêmicas, dando ciência também ao empreendedor.

As condições de meio ambiente de trabalho deverão atender as Normas


Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, especialmente em
relação às áreas de vivência, instalações sanitárias, vestiários, alojamentos, local
de refeições, lavanderia e área de lazer.

Esses locais devem ser de boa qualidade, proporcionando condições sanitárias e


de conforto que assegurem a saúde dos funcionários e, consequentemente, o bom
andamento da construção. A (s) estrutura (s) relacionada (s) à segurança e saúde
ocupacional deve ser dimensionada de forma a atender todos os trabalhadores de
todas as empresas prestadoras de serviço para a execução do Empreendimento.

Gestão de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

Baseado nas determinações da OHSAS 18001 e NBR 18801 a gestão de Saúde e


Segurança do Trabalho se aplica a empresas e empreendimentos que buscam
eliminar ou minimizar riscos ao pessoal e outros envolvidos nas atividades laborais
e expostos aos perigos associados.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 297


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Para tanto, deve-se seguir o planejamento descrito a seguir.

Comunicação Prévia

Baseado na Norma Regulamentadora – NR18, para o início das atividades, o


Empreendedor comunicará à Delegacia Regional do Trabalho – DRT, antes do
início das atividades, as seguintes informações:

a) Endereço da obra;

b) Endereço e qualificação (CEI, CGC ou CPF) do contratante, empregador ou


condomínio;

c) Tipo de obra;

d) Datas previstas do início e conclusão da obra;

e) Número máximo previsto de trabalhadores na obra.

Dimensionamento de Equipes de Saúde e Segurança do Trabalho

A gestão de segurança e saúde ocupacional conta com profissionais de diferentes


formações, sejam eles médicos, técnicos, enfermeiros ou engenheiros.

Neste tópico estarão elucidadas as equipes que atuarão na prevenção de acidentes


e doenças relacionadas ao trabalho do Complexo Fotovoltaico Lagoa.

Equipe de Engenharia e Saúde

Com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no


local de trabalho, tem-se a equipe de Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), fundamentado na Norma
Regulamentadora NR-04.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 298


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Figura 4.21: Dimensionamento do SESMT.


Fonte: NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho (104.000-6).

Considerando que as obras de implantação serão temporárias, divididas em etapas


(escavação, aterramento, atividade em eletricidade, dentre outros), e contarão com
empresas subcontratadas, não se verifica a necessidade de dimensionar e
implantar tal equipe.

Contudo, é fundamental apontar que o Complexo Fotovoltaico conte com


profissionais habilitados para gerenciar os quesitos pertinentes à saúde e
segurança do trabalho de empresas subcontratadas, bem como cobrar destas o
cumprimento de toda legislação pertinente, orientados pela política de saúde e
segurança do trabalho do Empreendedor e em conformidade com toda a Legislação
Vigente aplicável.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 299


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Responsáveis e atribuições:

- Responsável por Saúde e Segurança no Trabalho e Meio Ambiente (SSTMA):

• Complementar, aplicar, acompanhar e atualizar o Sistema Integrado de


Gestão (SIG);

• Organizar, atualizar, colocar à disposição e acompanhar a prática do


plano de gestão em SSTMA de sua alçada. Atuar como indutor e
facilitador dessa prática, prestando apoio à equipe dirigente nas ações
proativas e reativas cabíveis;

• Apoiar a equipe dirigente para a prática eficaz da Saúde e Segurança e


Meio Ambiente, com corresponsabilidade;

• Manter a sinergia com as áreas de engenharia, produção, montagem


eletromecânica, administrativa, financeira, controle da qualidade e
equipamentos, identificando e desenvolvendo soluções técnicas que
contribuam para a melhoria das condições de Saúde, Segurança no
Trabalho e Meio Ambiente;

• Assessorar todas as áreas da Contratada nos assuntos de Segurança do


Trabalho e Meio Ambiente, orientando-as sobre os aspectos legais
envolvidos nas atividades; determinar, avaliar, acompanhar e fiscalizar o
uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) pelo empregado e
instalações de Proteções Coletivas, de acordo com as leis aplicáveis;

• Aderir às campanhas e atividades de conscientização de saúde e


segurança do trabalho da Contratante, assim como promover atividades
de educação, conscientização e motivação dos empregados nos
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 300


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

assuntos de Saúde e Segurança no Trabalho e Meio Ambiente,


esclarecendo sobre acidentes no trabalho, doenças ocupacionais e danos
ao Meio Ambiente;

• Comunicar imediatamente a contratante, a ocorrência de incidentes com


lesão, encaminhando as evidências e análises solicitadas;

• Avaliar e acompanhar o desempenho de seus fornecedores nos assuntos


de Segurança, Saúde no Trabalho e Meio Ambiente;

• Emitir relatórios de desempenho do SIG e submeter ao Engenheiro


Residente para análise crítica.

- Engenheiro Residente:

• Responsabilizar-se pelo processo de delegação, acompanhamento,


avaliação e análise crítica de Saúde e Segurança no Trabalho, em
conformidade com a política e com os objetivos e metas no âmbito da
Contratante.

• Agir em perfeita sinergia com a área de Saúde e Segurança no Trabalho,


assegurando a inclusão adequada das medidas preventivas e de
proteção quando da liberação dos projetos, na definição do planejamento
e dos métodos construtivos;

• Manter comunicação atualizada e contínua com o todas as partes


envolvidas no Empreendimento no canteiro, com ênfase à prevenção e à
eficácia das medidas corretivas;

• Controlar as ações preventivas e corretivas;


PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 301


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Reportar mensalmente os indicadores de Segurança do Trabalho, de


acordo com o item 7 do “Guia de Orientações de Segurança e Saúde no
Trabalho para empresas contratadas” do empreendedor e em respeito à
NBR 14280 – Cadastro de acidente de trabalho – Procedimento e
Classificação (ABNT, 2001);

• Dessa forma, os representantes do Empreendedor e as empresas


subcontratadas deverão estar aptas e aturem conjuntamente;

• Atender às emergências, quando necessário;

• Aplicar seus conhecimentos para a prevenção de riscos existentes ao


trabalhador;

• Determinar a utilização do Equipamento de Proteção Individual (EPI),


quando aplicável;

• Responsabilizar-se pela orientação quanto ao cumprimento do disposto


nas NR’s aplicáveis às empresas e respectivas atividades;

• Promover atividades de conscientização, educação e orientação dos


trabalhadores para prevenção de doenças ocupacionais e acidentes de
trabalho, para empregados e empregadores;

• Analisar, elaborar e registrar documentos dos acidentes, doenças e


agentes de insalubridade;

• Elaborar planos de controle de efeitos de catástrofes, de disponibilidade


de meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de
imediata atenção à vítima.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 302


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

É de responsabilidade das empresas contratadas para o desenvolvimento do


projeto civil da obra a implantação dos requisitos para a gestão da proteção no
trabalho, associados ao Programa em tela. Para o Empreendedor, configura-se
como responsabilidades correspondentes à supervisão/fiscalização, quanto ao
cumprimento dos requisitos de saúde e segurança do trabalho por todos os
contratados.

• Inspeções de Segurança

Com a finalidade de assegurar o total cumprimento das questões de segurança do


trabalhador, as atividades de inspeção almejam detectar e avaliar problemas ou
situações com potencial para provocar danos ao ser humano em termos de lesão
ou doença ou a combinação destes, além de prejuízos ao patrimônio físico e
material da empresa.

Dessa forma, será possível determinar medidas protetivas e preventivas antes da


ocorrência de acidentes, promover educação em SST, treinar os trabalhadores para
identificar situações de risco e auditar as atividades e procedimentos adotados pelo
Empreendedor e subcontratadas.

As inspeções serão procedidas por meio de check list, uma listagem de itens para
vistoria de uma área específica ou total de uma empresa, a fim de vistoriar todos os
aspectos que poderiam afetar a saúde e segurança de empregados e/ou demais
trabalhadores.

Este procedimento poderá ser realizado através de 5 (cinco) mecanismos, quais


sejam:

 Inspeção periódica: é realizada com periodicidade determinada em


cronograma, ou seja, previamente agendada ou programada.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 303


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

 Inspeção especial: promovida em caráter extraordinário, quando há indícios


de condições e/ou fatores de risco ao trabalhador, e exige análise mais
rigorosa.

 Inspeção eventual: dirigida a determinados equipamentos, detalhes de


instalações ou de operações, sem previsão, com finalidade de obter dados
que não seriam conseguidas em inspeção de rotina.

 Inspeção oficial: promovida por órgãos oficiais que tratam a saúde e


segurança no trabalho.

A partir destes procedimentos será possível monitorar as ações de não-


conformidade, e propor as ações preventivas e corretivas. Em casos críticos, como
morte ou afastamento, serão adotados mecanismos de investigação e elaboração
de base de dados, a fim de compor predições ao longo do projeto.

 Não-conformidades, ações preventivas e ações corretivas: será elaborado


um documento pela equipe de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) que
será composta por itens básicos como número do documento, data,
elementos a serem melhorados, ação corretiva, preventiva, melhoria ou
remediação, responsável(is) pela SST, prazo para execução, assinatura
do(s) responsável(is) pela execução das ações, relatório/descrição do
acompanhamento, encerramento do documento, por data e assinatura dos
responsável(is) pela SST e execução das ações.

 Investigação de acidentes: os responsáveis pelo gerenciamento dos


assuntos relacionados à saúde e segurança do trabalho na obra realizarão a
investigação dos acidentes e elaborará a Comunicação de Acidente de
Trabalho (CAT), baseado na NBR 14.280 - Cadastro de acidente do trabalho
- Procedimento e classificação. Dessa forma, o responsável por SST
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 304


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

registrará e acompanhará os acidentes registrados durante a fase de obras,


a fim de compor um banco de dados e rever os procedimentos que possam
eliminar os riscos e perigos que geraram o acidente.

Treinamento, Conscientização e Capacitação dos Funcionários

O Empreendedor tem o dever assumido com a preservação da integridade física e


saúde dos seus trabalhadores, a partir de sua Política em Saúde e Segurança, que
objetiva:

Garantir que cada executivo, gerente ou funcionário seja uma parte interessada
comprometida com a sua própria saúde e segurança e a dos outros.

Para garantir o cumprimento desta Política, durante toda fase de implantação do


Empreendimento, as empresas envolvidas deverão ter momentos informativos, a
serem definidos de acordo com assuntos e periodicidade previstos nas Normas
vigentes, bem como situações de risco identificadas por profissionais habilitados e
capacitados inseridos nas atividades desta etapa.

Os treinamentos, conscientização e capacitação dos trabalhadores envolvidos


poderão ser realizados através de:

 Integração: apresentar ao trabalhador e a empresa, o ambiente laboral onde


estão sendo inseridos, bem como suas atividades conforme o cargo, os
riscos ambientais existentes no desempenho de sua função, consequentes
riscos a terceiros, e respectivas medidas de controle para atenuação dos
perigos. Todos os momentos deverão ser registrados por fotos e lista de
presença. Neste momento, os empregados deverão assinar a Ordem de
Serviço de Segurança.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 305


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

- Indicadores: número de trabalhadores e terceirizados recém contratados


integrados/informados pelo momento de integração.

- Meta(s): integrar 100% dos trabalhadores envolvidos nas atividades de instalação


do empreendimento, sendo empregados ou subcontratados.

 Diálogos de Segurança: mecanismo de conscientização dos profissionais,


sobre a correta utilização de equipamentos, o respeito às normas de
segurança e a prevenção de acidentes e o combate aos agravos na saúde.
Deverá ser realizado diariamente (DDS) antes do início da jornada de
trabalho, com duração entre 5 e 10 minutos, e conduzidos pelo líder da
equipe, pelo técnico ou engenheiro de segurança ou ainda por um
profissional convidado. Todos os momentos deverão ser registrados por
fotos e lista de presença.

- Indicadores: número de DDS promovidos; número de trabalhadores abrangidos.

- Meta(s): abranger 100% dos trabalhadores envolvidos nas atividades de


instalação do empreendimento, sendo empregados ou subcontratados.

- Indicadores: número de treinamentos e reuniões realizados; prazos estabelecidos


por normas específicas.

- Indicadores: número de treinamentos realizados; prazos estabelecidos por normas


específicas.

- Meta(s): treinar e capacitar 100% dos trabalhadores envolvidos nas atividades de


instalação do empreendimento, sendo empregados ou subcontratados.

Gestão de Subcontratadas
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 306


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Neste item serão elencados os requisitos de segurança, medicina e higiene no


trabalho para empresas subcontratadas, que venham a executar obras e/ou
serviços no local de implantação do Empreendimento.

A saber:

 Fornecer subsídios e acompanhar a fiscalização pelo representante


autorizado da empresa contratante, quando houver.

 Todas as empresas que firmarão contratos para execução de atividades


inerentes à implantação do Empreendimento deverão atender aos seguintes
requisitos:

• Indicar no contrato uma cláusula firmando o compromisso com o atendimento


das normas de saúde e segurança do trabalho;

• A subcontratada deverá assumir a responsabilidade de treinar seus


funcionários, de modo a proporcioná-los aptidão e conhecimento para o
exercício de suas funções;

• Complementarmente, a empresa subcontratada deverá apresentar ao


Empreendedor ou gestor da obra, os funcionários envolvidos para que eles
sejam submetidos ao treinamento de integração, antes de iniciarem suas
atividades no local de trabalho;

• Assegurar que todos os seus trabalhadores estejam cientes dos riscos


ambientais pelo exercício de suas atividades e respectivas consequências à
eles e/ou outrem;

• Certificar que o trabalhador executará apenas as atividades inerentes ao seu


cargo e função, a fim de evitar a exposição do mesmo a riscos ambientais
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 307


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

diferentes àqueles previstos. Em caso de mudança de atividades, novos


procedimentos deverão ser aplicados, como ordem de serviço, permissão
para trabalho;

• Realizar e apresentar os estudos determinados por Normas


Regulamentadoras NR-7 e NR-9 apresentar ao Empreendedor;

• Apresentar relatórios mensais de acompanhamento das ações de promoção


à saúde e segurança dos seus funcionários;

• Responsabilizar-se pelo bom estado das máquinas, equipamentos,


ferramentas e instalações a serem utilizadas na obra;

• Apresentar relatórios de inspeção, manutenção e conservação de máquinas,


ferramentas e equipamentos, contendo data e hora de parada, motivo, setor,
atividade desempenhada, descrição do encaminhamento para providências
(responsável, prazo para retorno das atividades, medidas para continuidade
do trabalho para evitar prejuízos ao andamento do processo).

Comunicação

O Empreendedor difundirá as questões relacionadas à Saúde e Segurança do


Trabalho por diálogos entre todas as partes envolvidas, a partir de mecanismos de
comunicação interna e externa.

• Comunicação interna entre os vários setores, níveis e funções, através de


treinamentos, palestras, comunicados internos em quadros de aviso,
reuniões de setores, relatórios de conformidade e não-conformidade,
relatórios de acompanhamento;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 308


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Comunicação externa, divulgando o Programa e a Política de Saúde e


Segurança do Trabalho aos prestadores de serviço, clientes, fornecedores.

Documentação

Toda documentação referente à Saúde e Segurança do Trabalho do


Empreendimento será arquivada de forma a facilitar a identificação,
armazenamento, proteção, recuperação, retenção e descarte de registros, quando
cabível.

Preparação e atendimento à emergências

A partir da identificação de situações de emergência e potenciais acidentes ou


incidentes que possam ter impactos negativos sobre à saúde e segurança dos
trabalhadores e prestadores de serviço, o Empreendedor estabelece os
mecanismos de para atendimento à situação, através da adoção de procedimentos
que garantam:

• Métodos adequados, eficientes e eficazes de respostas às situações reais de


emergência e aos acidentes, prevenindo, reduzindo ou eliminando quaisquer
impactos e efeitos negativos adversos associados;

• Analisar e revisar, sempre que necessário, os procedimentos de preparação


e resposta à emergência, por ocasião da ocorrência de incidentes, acidentes
ou situações emergenciais;

• Testar os procedimentos de emergência, onde exequível.

Condições do ambiente de trabalho


PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 309


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Baseado nas Normas Regulamentadoras – NR 18 e NR 24, para favorecer


condições essenciais à alimentação, repouso, lazer e necessidades de higiene dos
trabalhadores, o Empreendimento disporá de um canteiro de obras contendo as
seguintes unidades:

a) Instalações sanitárias
b) Vestiários
c) Local de refeições ou refeitório
d) Área de lazer
e) Ambulatório

Em casos onde não houver alojamento na área do próprio Empreendimento, será


utilizada outra alternativa, a saber:

• Alojamentos externos: pensões ou hotéis que atenda as exigências das


normas regulamentadoras para quesitos de higiene, conforto e
segurança para acomodações dos trabalhadores.

Condições especiais de trabalho

Trabalho à céu aberto

Em situações em que o trabalho for desenvolvido em ambiente aberto, sob


exposição às intempéries, estará disposto ao trabalhador abrigos, ainda que
rústicos, bem como medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a
insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes, como
determinação do regime de trabalho em função da atividade desempenhada,
adoção de equipamentos de proteção individual (EPIs), e outros.

Trabalho em altura
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 310


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Para desempenhar atividades em altura, o trabalhador deverá ser capacitado


mediante treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas,
com conteúdo programático mínimo estabelecido pela Norma Regulamentadora –
NR35.

Trabalho com Eletricidade

A segurança do trabalhador, que atue em instalações elétricas e serviços com


eletricidade, é ponto prioritário em todas as fases do Empreendimento, seja
geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto,
construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e
quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, como determina a NR-10.

Nos serviços desempenhados no Empreendimento que envolvem eletricidade serão


adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos
adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança
e a saúde do trabalhador.

Em todos os serviços executados em instalações elétricas serão previstas e


adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis. Quando as
medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para
controlar os riscos, serão adotados equipamentos de proteção individual específicos
e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR-06.

Penalidades

Em caso de descumprimento dos dispositivos das Normas Regulamentadoras e


Leis pertinentes à garantia da saúde e segurança do trabalhador durante a fase de
obra, o empreendedor e empresas subcontratadas reconhecem que poderão sofrer
medidas de urgência, tratadas pela Norma Regulamentadora – NR3, denominadas
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 311


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

ações de embargo e interdição são medidas de urgência, adotadas a partir da


constatação de situação de trabalho que caracterize risco grave e iminente ao
trabalhador.

Ademais, poderão ser submetidos a sansões e punições previstos na Norma


Regulamentadora – NR28, que trata de Fiscalização e Penalidades.

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADE

A responsabilidade pela elaboração das ações do Programa de Proteção e


Segurança do Trabalhador é da empresa proprietária do Complexo Fotovoltaico,
que deverá seguir as diretrizes propostas no presente documento durante toda a
fase de implantação e operação do empreendimento, contando com o devido
acompanhamento de uma equipe responsável pela correta condução do Programa
em apreço.

RELATÓRIOS

Como forma de controle interno da empresa os relatórios devem ser elaborados


semestralmente, e apresentados ao órgão ambiental (SUDEMA) semestral. Nestes
relatórios deverão ser apresentados os resultados do monitoramento e demais
informações pertinentes ao Programa.

Além dos relatórios entregues ao Órgão Regulador, mensalmente a empresa


contratada a qual irá executar o Programa deverá entregar ao Departamento de
Segurança do Trabalho da empresa empreendedora o Relatório de Segurança do
Trabalho contendo os indicadores de segurança já descritos nesse documento, bem
como todas as ações realizadas no mês anterior.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS


PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 312


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

 Equipe técnica

A construtora deve definir uma equipe de segurança do trabalhador especializada


para a condução dos procedimentos listados no presente Programa, de maneira a
garantir que a efetividade na implementação do referido Programa.

 Materiais necessários:

• Equipamentos de proteção individual (EPI´s);


• Equipamentos de proteção coletiva (EPC´s);
• Placas de orientação e sensibilização;
• Equipamento fotográfico;
• Veículo para transporte de funcionários, entre outros.

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

• Programa de Comunicação Social;


• Programa de Educação Ambiental;
• Plano de Gestão Ambiental;

CRONOGRAMA
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 313

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

T a b ela 4.5 8: Cr o n o gr a m a d e E x ec uç ã o d o Pr o gr a m a d e Pr oteç ã o e S e g ur a nç a d o Tr a b alh a d or.

Pré MESES
PROGRAMA DE PROTEÇÃO E
SEGURANÇA DO TRABALHADOR implantação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Comunicação prévia

Treinamentos de Integração e capacitações

Diálogo Diário de Segurança (DDS)

Palestras educativas

Inspeção de máquinas, ferramentas,


equipamentos e instalações

Verificação do cumprimento das normativas


em SST pelas subcontratadas

Relatórios internos

F o n t e: C R N - Bio, 2 0 2 1.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 314


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR7.195: Cores para


segurança. Rio de Janeiro, 1995. 3p.

NBR 14.280: Cadastro de Acidente do Trabalho - Procedimento e Classificação. Rio


de Janeiro, 2001. 94p.

NBR18.801: Sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho – Requisitos. Rio


de Janeiro, 2010. 15p.

NBR 7678: Segurança na execução de obras e serviços de construção. Rio de


Janeiro, 1983.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988.


Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>.

Decreto-Lei nº5.452 de 1º de maio de 1943. Aprova as Consolidações das Leis do


Trabalho. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/Del5452.htm>.

Lei nº8.212 de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre a organização da Seguridade


Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm>.

Portaria nº3.214 de 8 de junho de 1978. Aprova as Normas Regulamentadoras - NR


- do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a
Segurança e Medicina do Trabalho. Disponível em
<http://www.camara.gov.br/sileg/integras/839945.pdf>.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 315


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Ministério do Trabalho e Emprego. NR 3 - Embargo ou Interdição. Brasília:


Ministério do Trabalho e Emprego, 2011. Disponível em <
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras>.

Ministério do Trabalho e Emprego. NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia


de Segurança e em Medicina do Trabalho. Brasília: Ministério do Trabalho e
Emprego, 2016. Disponível em < http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras>.

Ministério do Trabalho e Emprego. NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de


Acidentes. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2011. Disponível em <
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras>.

Ministério do Trabalho e Emprego. NR 07 - Programa de Controle Médico de Saúde


Ocupacional – PCMSO. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2013.
Disponível em < http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras>.

Ministério do Trabalho e Emprego. NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos


Ambientais. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2016. Disponível em
< http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras>.

Ministério do Trabalho e Emprego. NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços


em Eletricidade. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2016. Disponível
em < http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras>
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 316


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Ministério do Trabalho e Emprego. NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho


na Indústria da Construção. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2015.
Disponível em < http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras>.

Ministério do Trabalho e Emprego. NR 21 - Trabalho à Céu Aberto. Brasília:


Ministério do Trabalho e Emprego, 1999. Disponível em <
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras>.

Ministério do Trabalho e Emprego. NR 23 – Proteção Contra Incêndios. Brasília:


Ministério do Trabalho e Emprego, 2011. Disponível em <
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras>.

Ministério do Trabalho e Emprego. NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos


Locais de Trabalho. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 1993.
Disponível em < http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras>.

Ministério do Trabalho e Emprego. NR 26 - Sinalização de Segurança. Brasília:


Ministério do Trabalho e Emprego, 2015. Disponível em <
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras>.

Ministério do Trabalho e Emprego. NR 28 - Fiscalização e Penalidades. Brasília:


Ministério do Trabalho e Emprego, 2016. Disponível em <
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras>.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 317


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Ministério do Trabalho e Emprego. NR 35 – Trabalho em Altura. Brasília: Ministério


do Trabalho e Emprego, 2016. Disponível em <
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras>.

FUNDACENTRO. Norma de Higiene Ocupacional NHO-01: Avaliação da exposição


ocupacional ao ruído. São Paulo, 2001.

Norma de Higiene Ocupacional NHO-06: Avaliação da exposição ocupacional ao


calor. São Paulo, 2002.

Norma de Higiene Ocupacional NHO-08: Coleta de material particulado sólido


suspenso no ar de ambientes de trabalho. São Paulo, 2009.

OHSAS. Norma 18001:2007. Sistemas de Gestão da Saúde e Segurança no


Trabalho. Bogotá, 2007.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 318


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

PROGRAMA DE RESGATE, MANEJO E MONITORAMENTO DA FAUNA

O Programa de Resgate, Manejo e Monitoramento da Fauna se justifica como


ferramenta para prevenir, mitigar e monitorar os impactos da implantação e
operação do empreendimento sobre a comunidade faunística local através de
construção de conhecimento sobre os mesmos, fornecendo assim subsídios para
ações que visam a melhor mitigação dos impactos no local do empreendimento,
inclusive para futuros empreendimentos, através da experiência adquirida.

Os grupos faunísticos de vertebrados silvestres são utilizados com frequência como


bioindicadores, respondendo de forma relativamente rápida às modificações
ambientais e, dessa forma, podem permitir avaliar possíveis modificações nas
populações e na composição das comunidades em um relativamente curto espaço
de tempo.

O presente Programa está dividido em Subprogramas, conforme segue:


• Subprograma de Resgate e Manejo da Fauna;
• Subprograma de Monitoramento da Fauna.

O Subprograma de Monitoramento da Fauna Terrestre e o Subprograma de


Monitoramento da Fauna Alada, apresentados no Estudo de Impactos Ambientais -
EIA do Complexo Fotovoltaico Lagoa, foram englobados ao Subprograma de
Monitoramento da Fauna, onde serão minuciosamente detalhados.

SUBPROGRAMA DE RESGATE E MANEJO DA FAUNA

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

A caatinga apresenta relevância ecológica, abrigando 386 espécies de peixes,


sendo 203 endêmicas, 98 espécies de anfíbios (20 endêmicas), 79 espécies de
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 319


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

lagartos (49 endêmicas), 548 espécies de aves (67 endêmicas) e 183 espécies de
mamíferos (11 endêmicas) (Silva et al., 2017).

Devido as crescentes preocupações com as questões ambientais, o mundo inteiro,


incentivado pelo atendimento às metas do Protocolo de Quioto, tem apresentado
acentuado investimento tecnológico para o desenvolvimento de energias
alternativas. Essa demanda crescente por alternativas sustentáveis tem resultado
em uma série de tecnologias e novos empreendimentos, especialmente na
obtenção e geração de energia.

A implantação do empreendimento em questão implicará na supressão de


vegetação e consequente perda de habitat da fauna silvestre, considerando a área
do empreendimento que será suprimida e diretamente afetada, além de impactos
em áreas não suprimidas como efeito de borda e alterações nas relações ecológicas
da fauna.

O resgate de fauna é uma atividade de captura e manejo dos indivíduos da fauna


terrestre que não conseguirem sair naturalmente da área afetada. Isto ocorre
principalmente com espécies que apresentam baixa capacidade de deslocamento,
animais injuriados ou isolados.

Neste contexto, as intervenções associadas à implantação do Complexo


Fotovoltaico Lagoa devem ser precedidas de medidas voltadas ao afugentamento
da fauna, bem como à captura, coleta, transporte e destinação de animais que
apresentam dificuldades naturais de locomoção ou estejam debilitados,
provenientes direta ou indiretamente das áreas alteradas para um ambiente de
recuperação ou refúgio natural.

Tendo em vista os impactos adversos da implantação do Complexo Fotovoltaico


Lagoa sobre a fauna silvestre, bem como a necessidade de protegê-la, apresenta-
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 320


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

se o Subprograma de Resgate e Manejo da Fauna, que visa atenuar as


consequências da perda dos habitats durante a fase de supressão da vegetação,
garantindo assim as interações ecológicas e o equilíbrio dos ecossistemas naturais,
além de contribuir para a preservação do patrimônio genético das populações das
espécies de interesse encontradas na área do Empreendimento.

OBJETIVOS

 Objetivo Geral

O presente Subprograma tem por objetivo adotar medidas técnicas de resgate e


afugentamento das espécies da fauna recorrentes nas frentes de supressão vegetal
das obras no período de implantação do Complexo Fotovoltaico Lagoa, sempre que
possível, a imediata soltura de espécimes da fauna silvestre encontrados em
situação de risco.

 Objetivos Específicos

• Acompanhar in loco as atividades de supressão da vegetação durante a


instalação do Complexo Fotovoltaico Lagoa;
• Executar ações de salvamento da fauna por afugentamento ou resgate
dos espécimes que porventura venham a ser afetados pelas atividades
de supressão da vegetação e movimentações de terra na área do
Empreendimento;
• Conduzir às áreas de soltura os indivíduos resgatados que forem
considerados clinicamente aptos para tal.
• Registrar a ocorrência de animais durante a supressão da vegetação,
realizando registro fotográfico sempre que possível, com vistas à
posterior análise da diversidade da fauna local;
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 321


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Identificar os espécimes resgatados e avistados na área de implantação


do Empreendimento;
• Realizar o aproveitamento científico dos espécimes que vierem a óbito;
• Identificar e realocar colmeias de vespas e abelhas nas áreas de
supressão;
• Identificar ninhos nas áreas de supressão e direcionar as manobras de
supressão garantindo a não interferência sobre eles.

METAS

Dentre as metas, destacam-se:

• Salvar o maior número de espécimes em situação de risco na ADA que


forem possíveis;
• Registrar todos os espécimes que foram resgatados, afugentados,
monitorados e que vierem a óbito na ADA;
• Realizar destinação adequada de todo espécime resgatado e aqueles
que identificados em boas condições, fixar e destinar a uma instituição de
pesquisa;
• Identificar o maior número possível de espécimes ao menor nível
taxonômico;
• Oferecer tratamento clínico adequado a todos os espécimes resgatados
que sofrerem trauma decorrente das atividades de supressão;
• Realizar o registro de todos os espécimes que vierem a óbito após serem
submetidos a procedimentos médico-veterinários;
• Ter taxa de sobrevivência superior a 80% do total registrado;
• Atender todas as ocorrências e demandas relacionadas à fauna silvestre
nas áreas de influência do empreendimento.
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 322


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

INDICADORES DE DESEMPENHO

• Número de espécimes salvos, segregados por grupo zoológico


(Herpetofauna, Avifauna e Mastofauna Terrestre e Alada);
• Número de ocorrências para resgate da fauna silvestre atendidas;
• Número de espécimes identificados ao menor nível taxonômico;
• Número de indivíduos submetidos a tratamento pela equipe médica
veterinária;
• Número de indivíduos reabilitados;
• Número de indivíduos destinados à coleção científica;
• Número de óbitos não encaminhados ao CETAS ou Clínica Veterinária
conveniada;
• Número de óbitos pós-realização de procedimentos médico-veterinários;
• Número de acidentes envolvendo ninhos;
• número de ninhos registrados;
• Número de colmeias identificadas e realocadas;
• Número registrado de espécies raras, endêmicas, ameaçadas de
extinção, novas para a ciência e com nova distribuição geográfica,
resgatados e observados no acompanhamento da supressão.

REQUISITOS LEGAIS

O resgate de fauna foi regulamentado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e


dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), por meio da Instrução Normativa n° 8,
de 14 de julho de 2017, cujo objetivo é estabelecer os critérios para procedimentos
relativos ao manejo de fauna silvestre em áreas de influência de empreendimentos
e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de impactos à
fauna que são sujeitas ao licenciamento ambiental, conforme definido pela Lei n°
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 323


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

6938, 31 de agosto de 1981, e pelas Resoluções CONAMA n° 001/1986 e n°


237/1997.

Em termos de legislação, deve-se considerar como referência:

Tabela 4.59: Legislação Vigente para o Subprograma de Resgate e Manejo da Fauna.

Lei n° 5.197, de 3 de
Dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências.
janeiro de 1967

Lei n° 6.938, 31 de agosto Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
de 1981 mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Lei nº 12.305, de 2 de Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de
agosto de 2010 condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
Decreto nº 4.339, de 22 de Institui princípios e diretrizes para a implementação da Política
agosto de 2002 Nacional da Biodiversidade.
Estabelece os critérios para procedimentos relativos ao manejo de
fauna silvestre (levantamento, monitoramento, salvamento, resgate
Portaria Normativa IBAMA e destinação) em áreas de influência de empreendimentos e
nº 10, de 22 de maio de atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de
2009 impactos à fauna sujeitas ao licenciamento ambiental, como
definido pela Lei n° 6938/81 e pelas Resoluções Conama n° 001/86
e n° 237/97.
Instrução Normativa Define diretrizes e procedimentos para destinação dos animais da
IBAMA n° 179, de 25 de fauna silvestre nativa e exótica apreendidos, resgatados ou
junho de 2008 entregues espontaneamente às autoridades competentes.
Decreto nº 97.633, de 10
Dispõe sobre o Conselho Nacional de Proteção à Fauna;
de abril de 1989
Resolução CRMV n° 1.000, Dispõe sobre procedimentos e métodos de eutanásia em animais e
de 11 de maio de 2012 dá outras providências.
Resolução CFBio nº 301, Dispõe sobre os procedimentos de captura, contenção, marcação,
de 08 de dezembro de soltura e coleta de animais vertebrados in situ e ex situ, e dá outras
2012 providências.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 324


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Reconhece como espécies da fauna brasileira ameaçadas de


Portaria MMA nº 444, de 17
extinção aquelas constantes na “Lista Nacional Oficial de Espécies
de dezembro de 2014
da Fauna Ameaçadas de Extinção”.
Estabelecer os procedimentos para a solicitação emissão de
Instrução Normativa
Autorização para Captura, Coleta e Transporte de Material
IBAMA nº 8, de 14 de julho
Biológico (Abio) no âmbito dos processos de licenciamento
de 2017
ambiental federal.
Fonte: CRN-Bio, 2021

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O público-alvo do Subprograma de Resgate e Manejo da Fauna é composto por


trabalhadores das empreiteiras e supervisoras de obras contratadas para a
construção do empreendimento; profissionais das empresas de consultoria
envolvidos com a implantação dos Programas Ambientais; população moradora da
área de influência do empreendimento; e a comunidade científica e órgãos
ambientais envolvidos no licenciamento do empreendimento e no manejo e
conservação ambiental da região.

ATIVIDADES/METODOLOGIA

Medidas adequadas e com a antecipação devida, facilitam a execução do


Subprograma de Resgate e Manejo da Fauna, sendo consideradas providências
essenciais para o desenvolvimento do Programa, auxiliando os processos de
realocação das comunidades atingidas.

As atividades de afugentamento e de resgate de fauna deverão ser realizadas antes


e durante as atividades de supressão da vegetação, e em paralelo ocorrerá à
destinação dos animais coletados em ambas as etapas.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 325


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Atividades Preliminares

No período que antecede a supressão vegetal da área, serão realizadas as


seguintes ações:

• Solicitar Autorização para Captura, Coleta e Transporte da Fauna dos


órgãos competentes a fim de cumprir as exigências legais quanto à
emissão de licenças de permissão de captura e transporte de espécimes;
• Contato com entidades de pesquisa locais para participação nos trabalhos
como instituição depositária para envio do material coletado;
• Implantação da infraestrutura de apoio (CETAS) ou convênio com Clínica
Veterinária, apresentando o menor distanciamento da área de instalação
do Empreendimento possível, bem como aquisição de equipamentos e
materiais;
• Contratação da equipe técnica necessária à execução do Programa para
a execução do resgate e manejo adequado das espécies encontradas na
área;
• Levantamento de áreas - Apresentação à equipe contratada das
metodologias a serem aplicadas e das áreas a serem amostradas e,
inclusive das áreas de soltura (área de influência direta e indireta do
empreendimento);
• Treinamento específico com técnicas de manejo, triagem, captura e
primeiros socorros, visando capacitar os auxiliares de campo que atuarão
no Programa;
• Palestras educativas trabalhadores do empreendimento de técnicas de
segurança e de cuidados com a fauna aos trabalhadores da supressão.
Assim, tais trabalhadores saberão evitar acidentes com animais, além de
ajudar a equipe do Programa, indicando a presença de animais,
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 326


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Comunicar às Instituições de Saúde locais sobre as atividades que serão


realizadas para que sejam tomadas providências para assegurar o
atendimento de possíveis emergências. Ressalta-se a necessidade de
verificação da disponibilidade de soro antiofídico nos estabelecimentos de
saúde e também no ambulatório do Complexo Fotovoltaico Lagoa, quando
couber.

Atividades durante a Supressão Vegetal

O Subprograma de Resgate e Manejo da Fauna proposto, deverá estar de acordo


com o Programa de Controle de Desmatamento para uma maior eficiência, devido
uma ação conjunta destes programas possibilitando coordenar e otimizar ações
para proteção da fauna na área do empreendimento.

As atividades de afugentamento e resgate da fauna ocorrerão concomitantemente


à fase de supressão, em período integral, com o acompanhamento das equipes de
supressão da vegetação (mecanizada e manual).

A metodologia de trabalho será baseada na busca ativa antecedendo à atividade de


supressão, constituindo-se em caminhar dentro das áreas a serem suprimidas
procurando visualmente animais e seus vestígios (e.g. tocas, fezes, pegadas e
ninhos), visando afugentar e aumentar as chances de deslocamento dos animais
para novos abrigos nas áreas vegetadas do entorno do empreendimento, e assim
buscando diminuir os danos diretos sobre eles.

Como grande número de insetos, aranhas, cobras e outros animais silvestres, irão
abrigar-se nas árvores, toras, lenha empilhada e vegetação cortada, podendo haver
acidentes com o pessoal envolvido na operação e com a fauna que buscou refúgio
nestes locais, tais buscas devem ocorrer examinando os potenciais micro-habitat
utilizados por esses animais.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 327


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Muitos animais serão naturalmente afugentados pelo nível de ruído e movimentação


na área, devido à utilização de veículos, equipamentos, máquinas e trânsito de
pessoas. Contudo, os animais de menor mobilidade estarão mais expostos a danos
diretos, por isso devem ser considerados com atenção.

A orientação das frentes de supressão vegetal por parte dos técnicos deste
programa é muito importante para otimizar o sucesso da execução do salvamento,
através da condução dos animais até áreas seguras ou da captura dos indivíduos
impossibilitados de fugir. Em caso de existência de mais uma frente de
desmatamento, a atividade não deverá ser convergente, ou seja, todas as frentes
direcionando para o mesmo ponto, o que dificultaria as atividades de resgate da
fauna.

Figura 4.22: Sentido de supressão vegetal, em cima método correto e embaixo o método errado.
Fonte: CRN-Bio, 2021

No momento da supressão, o responsável pelo resgate irá acompanhar de perto as


ações ali executadas, considerando distância adequada para manter a segurança
e o bom andamento dos trabalhos, estando atento a fauna em movimento e
entocada. Sempre que necessário, deverá paralisar ou desviar o local das
manobras de supressão, ao avistar algum espécime com risco eminente,
priorizando a integridade física do animal, aplicando os procedimentos cabíveis
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 328


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

(afugentar ou capturar). Após término do procedimento, as atividades de obra são


liberadas para continuar.

Para a comunicação entre os membros da equipe de resgate e o(s) tratorista(s),


durante as atividades, serão utilizados rádios comunicadores, onde poderão indicar
a necessidade de interrupção da atividade das máquinas para a captura de algum
animal ou qualquer outra intercorrência que necessite dessa paralização para
serem resolvidas.

Resgate da fauna

Durante qualquer procedimento proposto neste Subprograma, devem-se priorizar


dois importantes aspectos éticos: toda manipulação deve ser planejada de forma a
preservar a integridade física do animal capturado, devendo ser evitada qualquer
prática que prejudique o bem-estar futuro do animal ou ponha em risco sua vida;
todos os procedimentos devem ser planejados em etapas e, caso a execução de
qualquer uma delas demonstre ser arriscada à sobrevivência do animal, as demais
devem ser suspensas.

A captura de espécimes só será realizada quando necessária, podendo acontecer


em dois casos, a) quando o animal não fugir naturalmente para as áreas de entorno,
e b) quando o animal estiver ferido ou acidentado, e precisar de atendimento médico
veterinário. O cuidado principal deve ser manipular ao mínimo os animais a serem
conduzidos de modo a evitar submetê-los a estresse ou quaisquer situações de
risco.

As atividades de resgate contemplam a captura direta com laços, ganchos e pinção


herpetológicos e puçás de animais desalojados na supressão vegetal. A captura
deve auxiliar nos processos de realocação com posterior liberação nas áreas-
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 329


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

destino, que devem ser próximas ao empreendimento e com semelhança fito-


fisionômica.

Os indivíduos resgatados devem ser acondicionados conforme seu porte. Quando


utilizados caixas de transporte de plástico, sugere-se a realização de furos na tampa
e lateral do pote, essa medida visa prevenir o aumento da temperatura no interior
do pote e permitir a livre passagem do ar. Para os animais considerados
peçonhentos sugere-se que os furos sejam apenas na tampa diminuindo o risco de
acidente. No interior de cada pote é aconselhável o uso de um pedaço de algodão
ou espuma capaz de reter água para regulação da umidade.

Serpentes peçonhentas devem ser acondicionadas em caixa de contenção


específica. A abertura e fechamento da caixa devem ser realizados com auxílio de
gancho herpetológico, sendo terminantemente proibida a abertura e fechamento da
caixa com as mãos. Para contenção de serpentes peçonhentas sugere-se o uso de
pinção ou gancho para imobilizar o animal. Caso seja necessário a realização da
contenção manual, deverão ser utilizados os EPI’s adequados (Figura 4.23).

(A) (B) (C)


Figura 4.23: Exemplos de (A) Laço cambão para captura de animais; (B) Gancho para serpentes; (C)
Caixa de transporte de animais silvestres
PROJETO:
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TÍTULO: PÁG: 330


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Os animais serão registrados e submetidos a um rápido exame físico para obtenção


de informações tais como identificação da espécie, sexo, faixa etária, estado de
saúde, e outras informações relevantes.

Os animais encontrados que estiverem feridos devem ser encaminhados para a


Clínica Veterinária conveniada ou para o CETAS a fim de receber atendimento
necessário. Após a análise do médico veterinário, em condições de boa saúde, o
animal deve ser encaminhado para a soltura o mais breve possível. Em caso de
óbitos, estes deverão ser encaminhado para coleção científica.

Os aspectos bioecológicos das espécies coletadas irão, impreterivelmente, definir


as suas respectivas áreas de soltura. Para definição da área de soltura dos
espécimes resgatados, dois importantes aspectos precisam ser considerados: a
distância da área de supressão e o nicho ecológico das espécies.

A definição da distância mínima para soltura dos espécimes resgatados deve ser
definida com base na capacidade de deslocamento de cada espécie, sendo muitas
vezes empírica. Dessa forma, a experiência do profissional será de grande
relevância, contribuindo sobremaneira para segurança dos espécimes soltos. De
igual maneira, deve ser considerado o nicho ecológico das espécies resgatadas,
uma forma prática sugerida é a soltura do espécime em local mais próximo possível
do ponto de resgate, devendo a área escolhida possuir característica física e biótica
semelhante à da área onde o espécime foi resgatado. No ato da soltura, todos os
locais serão georreferenciados.

Os animais encontrados mortos ou que venham a óbito após a captura serão


acondicionados primariamente em freezer, quando aplicável, e na sequência
fixados com técnicas inerentes para cada grupo, para posterior tombamento,
fomentando as mesmas como material científico para futuras pesquisas.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 331


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Durante toda a atividade de resgate os membros da equipe de resgate deverão


estar munidos de equipamento de proteção individual (EPI) tais como capacete,
perneiras, óculos de sol e, sempre que necessário, luvas.

Também deverá ser realizado o registro de animais atropelados decorrentes da


instalação do Empreendimento durante os deslocamentos diários das equipes de
afugentamento e resgate de fauna, bem como pela cooperação entre a presente
equipe e as demais frentes de trabalho, por meio de comunicação telefônica ou oral
sobre incidentes desta natureza.

As vias onde o cruzamento de animais silvestres é frequente deverão ser


sinalizadas por meio de placas de advertência sobre o possível cruzamento de
animais silvestres e de regulamentação de velocidade, inter-relacionando o
presente Programa de Sinalização das Obras.

Aos animais acidentados serão aplicados os mesmos procedimentos que os


demais, conforme apresentado no fluxograma da Figura 4.24. O registro dos
incidentes será controlado e contabilizado em planilha. Caso um animal, após o
atendimento veterinário, não estiver saudável para soltura, este será encaminhado
para Entidade Receptora licenciada que possa cuidar deste animal.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 332


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Figura 4.24: Fluxograma das atividades de campo do Programa de Proteção e Manejo da Fauna.
Fonte: CRN-Bio, 2021.

Com relação aos ninhos de aves, durante a realização da procura visual, os técnicos
devem estar atentos à presença de ninhos de aves, que podem ser construídos na
altura do solo, em buracos e no estrato superior da vegetação. Os ninhos
identificados nas áreas de supressão devem ser fotografados e suas coordenadas
geográficas registradas. Em seguida, cada ninho deve ser vistoriado na busca por
ovos ou ninhegos, cuidando para se evitar danos à estrutura do ninho. Os ninhos
considerados inativos devem ser destruídos para evitar seu uso por nova ave.

Para os ninhos considerados ativos (com ovos e ou ninhegos), sugere-se o


isolamento da árvore ou estrutura que comporta tal ninho. A partir do ninho deve-se
estabelecer um raio mínimo de 10 metros preservando dessa forma a vegetação
circunvizinha. Essa vegetação é importante por funcionar como barreira física à
ação do vento, amenizando também a variação do microclima local. Sugere-se o
uso de fita-zebrada para isolamento da área. Quando não for possível aguardar o
abandono espontâneo do ninho, sugere-se a realocação do ninho e manutenção
dos ninhegos em CETAS ou Clínica Conveniada, caso necessário.

Cada ninho ativo deve ser monitorado até o seu abandono natural, quando então
deve ser removido o lamento e destruído o ninho. Deverão constar informações
como data de lamento, tipo de ninho, presença de ovos e ou ninhegos com suas
respectivas quantidades e identificação da espécie devem ser coletadas.

Para as colmeias, depois de localizada, é necessário a correta identificação ao


menor nível taxonômico possível da espécie que a coloniza. Em se tratando de
abelha sem ferrão (melípona), deve-se isolar a área com fita zebrada e
georreferenciar. O profissional habilitado deverá, por fim, proceder à transferência
do enxame para uma caixa, que deve permanecer no local por um período de
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 333


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

adaptação, sendo por fim relocada para áreas adjacentes aos locais de captura,
cuidando para que estejam fora do raio de ação da supressão de vegetação.

As áreas de ocorrência de abelhas com ferrão e seu manuseio somente devem ser
realizadas por profissional habilitado e devidamente equipado, sendo obrigatória a
utilização do macacão de apicultor e demais utensílios de proteção individual. Por
serem extremamente territorialistas, é desaconselhável a sua translocação para as
áreas onde forem posicionadas as caixas ninhos das melíponas, cuidando ainda
para que estejam fora do raio de ação da supressão de vegetação e dos operários,
prevenindo acidentes.

Caso o ninho encontre-se em troncos de árvores e seja possível sua realocação, o


tronco será cortado com o ninho dentro e depositado em área de fitofisionomia e
insolação similares, apoiado acima do solo e protegido da chuva, sendo
acompanhado para avaliar sobrevivência da colônia. Nessas situações, será
necessário o apoio de motosserrista, que pode ser obtido da supressão vegetal via
acordo ou ainda ter um auxiliar de campo com qualificação e EPI’s necessários para
operar motosserra.

Por medida de segurança, os operadores e demais operários envolvidos na


supressão da vegetação devem ser informados da presença dos enxames e a exata
localização destes.

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

A execução do Subprograma de Resgate e Manejo de Fauna é de responsabilidade


do empreendedor, que deverá contratar uma empresa ou profissionais
especializados na área.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 334


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

RELATÓRIOS

Os dados do presente Subprograma serão apresentados ao Empreendedor em


relatórios mensais, contemplando as informações coletadas durante o
acompanhamento das atividades de supressão da vegetação, contendo dados
qualitativos e quantitativos das espécies registradas e atendidas, dados de
destinação dos espécimes coletados e ofícios de confirmação de material e
espécimes.

Ao final das atividades, será apresentado um relatório final para o Órgão Ambiental
responsável contemplando o resultado das atividades.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

Equipe técnica:

A equipe de resgate deverá ser composta por:

• 01 Biólogo Coordenador (backoffice);


• 01 Biólogo auxiliar para acompanhamento em campo;
• 01 médico veterinário para o trabalho de atendimento dos animais em Clínica
Conveniada.

É importante salientar que frentes de trabalho adicionais deverão possuir equipes


distintas com a mesma formação. Considera-se frente de trabalho equipes de
supressão com utilização de equipamentos manuais (motosserras, foices, dentre
outras), com o uso de tratores ou ambas, trabalhando distantes mais de 150m.

O biólogo deverá possuir experiência comprovada em manejo de animais silvestres.


O médico veterinário deverá possuir experiência comprovada em clínica de animais
silvestres.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 335


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Durante as outras etapas da obra, após a supressão, o Subprograma terá sua


equipe modificada para um Responsável Técnico que será acionado quando os
trabalhadores da obra encontrarem algum animal. Este Profissional irá até o local e
realizará a ação necessária para cada caso, podendo ser: condução do animal para
uma área florestada adjacente; encaminhamento ao médico veterinário; coleta de
eventuais animais mortos e a sua doação para as instituições científicas
previamente registradas.

Materiais necessários:

Para a realização das atividades deste Subprograma, considerando uma frente de


trabalho, se faz necessária aquisição dos seguintes equipamentos e materiais.

• Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para cada função


desempenhada, estojo de primeiros socorros;
• Equipamentos necessários para o resgate e de medição e registro
(Tabela 4.60)
• Demais equipamentos: rádios comunicadores, veículo com tração,
adaptado para transporte de animais;
• Outros Ambientes: Centro de Triagem com estrutura para receber
animais feridos e/ou doentes e subsídios para tratá-los (Tabela 4.60:
Equipamento mínimo necessário para o resgate de fauna) ou convênio com Clínica

Veterinária.

Tabela 4.60: Equipamento mínimo necessário para o resgate de fauna


Item

Vasilhames variados (300 ml e 500 ml) com tampas perfurada*

Luvas de raspa de couro*


PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 336


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Item

Luvas de procedimento (caixa com 50)*

Celular com GPS e câmera

Trena plástica (2m)*

Rádios comunicadores ou telefones celulares*

Pesolas

Paquímetro

Sacos plásticos (diversos tamanhos)

Sacos pano (diversos tamanhos)

Gaiolas tamanhos variados

Caixas plásticas c/ tampas tamanhos variados

Pinção/ gancho herpetológica

Puçá

Cambão

Roupa de Apicultor

Fumigador

Caixa de Transporte de Animais

Colmeias Artificiais

* A quantidade destes itens deve ser multiplicada pelo número


de frentes de trabalho em atividade no empreendimento
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 337


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Tabela 4.61: Material básico, mínimo necessário para o CETAS*


Item

Aparelho de anestesia

Estufa para esterilização

Foco cirúrgico em pé simples

Laringoscópio com 3 laminas

Termômetro digital flexível

Estojo para instrumentos

Armário vitrine Grande

Mesa cirúrgica regulável

Suporte para soro

Balança inox

Álcool fino 70%

Luva de procedimento estéril 7,5

Luva cirúrgica estéril 7,5

Freezer horizontal

Formol 40%

* Demais equipamentos e medicamentos deverão ser definidos pelo


médico veterinário responsável pelo CETAS.

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

O Subprograma de Resgate e Manejo da Fauna relaciona-se diretamente com os


seguintes programas, os quais encontram-se devidamente detalhados neste RDPA:

• Subprograma de Monitoramento da Fauna;


PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 338


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Programa de Comunicação Social;


• Programa de Educação Ambiental;
• Programa de Gestão Ambiental;
• Programa de Desmatamento Racional.

CRONOGRAMA

O cronograma das atividades deste Subprograma está diretamente atrelado às


atividades de supressão de vegetação para implantação das instalações do
empreendimento.

Todas as atividades do resgate serão precedidas da solicitação de expedição de


autorizações de captura, soltura e transporte da fauna (expedição pelo órgão
ambiental).
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 339

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

Tabela 4.62: Cronograma de Execução do Subprograma Resgate e Manejo da Fauna


Pré MESES
SUBPROGRAMA DE RESGATE E MANEJO DA
FAUNA implantação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Levantamento da documentação e equipamentos


necessárias a atividade

Contratação da equipe

Solicitação de autorização de resgate e


detalhamento do plano de afugentamento e
resgate

Carta de aceite de instituição para guarda e


aproveitamento de material biológico

Convênio com clínica veterinária

Determinação da área de soltura

Treinamento das equipes de campo

Reconhecimento prévio da área

Afugentamento durante a supressão

Resgate, manejo e transporte da fauna

Relatórios internos

F o n t e: C R N - Bio, 2 0 2 1.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 340


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei Federal n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções


penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente, e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm>.

BRASIL. Lei Federal n° 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política


Nacional de Meio Ambiente. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>.

BRASIL. Lei Federal n° 5.197, de 03 de janeiro de 1967 - Dispõe sobre a proteção


à fauna e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5197.htm>.

BRASIL. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Caatinga. Disponível em:


<http://www.mma.gov.br/biomas/caatinga>.

BRASIL. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS


RENOVÁVEIS – IBAMA. Instrução Normativa n° 146, de 10 de jan. de 2007.
Estabelece os critérios para procedimentos relativos ao manejo de fauna
silvestre (levantamento, monitoramento, salvamento, resgate e destinação)
em áreas de influência de empreendimentos e atividades consideradas efetiva
ou potencialmente causadoras de impactos à fauna sujeitas ao licenciamento
ambiental. Disponível em:
<http://www.icmbio.gov.br/sisbio/images/stories/instrucoes_normativas/IN146
_2007_Empreendimentos.pdf >.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 341


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 179, DE 25 DE JUNHO DE 2008. Define diretrizes e


procedimentos para destinação dos animais da fauna silvestre nativa e exótica
apreendidos, resgatados ou entregues espontaneamente às autoridades
competentes. Disponível em: <
http://www.icmbio.gov.br/ran/images/stories/legislacao/IN_IBAMA_179_destin
a%C3%A7%C3%A3o.pdf >.

PRIMACK, B. R. RODRIGUES. Biologia da Conservação. Londrina: E. Rodrigues.


vii, 328p. 2001.

QUEIROZ, J. A.; TROVÃO, D. M. de B. M.; OLIVEIRA, A. B. & OLIVEIRA, E. C. S.


Análise da estrutura Fitossociológica da Serra do Monte, Boqueirão, Paraíba.
Revista de Biologia e Ciências da Terra. v.6, n° 1, 2° Semestre, 2006.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 342


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

As populações de animais silvestres oscilam ao longo do tempo e do espaço,


podendo essas oscilações serem resultado de efeitos naturais ou causados pela
ação humana. Entre as principais ameaças antropogênicas para a fauna estão:
perda, fragmentação e degradação dos habitats, caça predatória e perseguição por
conflitos, atropelamentos e patógenos de animais domésticos (Primack & Rodrigues
2001; Beisiegel 2017).

A instalação de empreendimentos de energia compromete de forma negativa a


fauna local, proporcionando a fragmentação de habitats e destruição de habitats,
porém, é possível relacionar a atividade de instalação e operação do
empreendimento para que os impactos causados sejam minimizados. Entre as
principais ameaças antropogênicas para a fauna estão: perda, fragmentação e
degradação dos habitats, caça predatória e perseguição por conflitos,
atropelamentos e patógenos de animais domésticos (Primack & Rodrigues 2001;
Beisiegel 2017).

O termo monitoramento se define como uma atividade de controle que pode ser
aplicada em uma variedade de ações. O monitoramento consiste na coleta e
interpretação de dados que permitem avaliar tendências, indicando necessidades
de ajustes no andamento de determinados projetos. Soule (1987, in Tommasi, 1993)
aponta que o monitoramento pressupõe questões básicas como a possibilidade de
distinguir entre as mudanças naturais e as mudanças devido ao stress induzidos
pelas ações antrópicas; onde se identificam pelos menos três elos:

• Ocorrências de perturbações ambientais;


• Perturbações ambientais que afetam a qualidade do habitat; e,
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 343


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Mudanças na qualidade do habitat que afetam as populações de organismos


vivos e a dinâmica de suas comunidades.

Monitoramentos periódicos são importantes ferramentas para avaliação e


minimização de impactos gerados por empreendimentos de médio e grande porte
e para determinação de estratégias de conservação de espécies, especialmente as
ameaçadas de extinção em algum grau. O Subprograma de Monitoramento da
Fauna surge da preocupação do Empreendedor em evitar, ou na pior das hipóteses
minimizar, o dano ambiental que a construção do Complexo Fotovoltaico Lagoa
poderá ter sobre a Fauna Terrestre da região.

Diferente de inventários, que geralmente são caracterizações estáticas de um


sistema, um monitoramento se trata de uma caracterização dinâmica (FERRAZ,
2012). Monitoramentos periódicos são importantes ferramentas para avaliação e
minimização de impactos gerados por empreendimentos de médio e grande porte
e para determinação de estratégias de conservação de espécies, especialmente as
ameaçadas de extinção em algum grau.

O Subprograma de Monitoramento da Fauna visa acompanhar as comunidades da


herpetofauna, avifauna, mastofauna terrestre e quiropterofauna junto à instalação
do Complexo Fotovoltaico Lagoa, com intuito de avaliar os possíveis impactos
causados a esses grupos animais por consequência da supressão vegetal e
instalação e operação das placas solares

OBJETIVOS

 Objetivo Geral

O Subprograma de Monitoramento da Fauna tem objetivo de monitorar as


populações e comunidades biológicas locais a fim de prevenir e mitigar os eventuais
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 344


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

impactos ambientais direcionados aos grupos da herpetofauna, avifauna,


mastofauna terrestre e quiropterofauna, avaliando, de forma sistemática, os efeitos
do aumento da perturbação antrópica promovida pelas obras de implantação e
operação nas espécies que incidem na área de influência do empreendimento, a
fim de subsidiar ações conservacionistas como forma de controle dos impactos.

 Objetivos Específicos

Como objetivos específicos, o Subprograma apresenta:

• Identificar as espécies de anfíbios, répteis, aves e mamíferos terrestres e


alados em toda a abrangência do Complexo Fotovoltaico Lagoa;
• Fornecer subsídios para uma melhor avaliação, adequação e direcionamento
correto dos esforços de implantação e operação do empreendimento;
• Identificar alterações durante e após as intervenções previstas, além de
verificar a permanência das populações faunísticas na área, sobretudo
aquelas sob alguma forma de ameaça.

METAS

O Subprograma tem como metas principais:

• Ampliar o conhecimento das comunidades de anfíbios, répteis, aves e


mamíferos terrestres e alados em toda a abrangência da área de influência
do empreendimento;
• Identificar alterações durante e após as intervenções previstas sobre as
populações faunísticas monitoradas na área;
• Levantar e monitorar dados sobre as espécies raras, vulneráveis e
ameaçadas de extinção, com especial atenção aos presentes nas listas
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 345


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

brasileiras da fauna ameaçada e aquelas consideradas pela IUCN existentes


na área;
• Verificar a densidade populacional das espécies presentes nas áreas de
influência do empreendimento;
• Gerar base de dados para comparações em longo prazo;
• Minimizar o impacto da implantação e operação do empreendimento para os
grupos de anfíbios, répteis, aves e mamíferos terrestres e alados.

INDICADORES DE DESEMPENHO

• Quantidade de campanhas previstas versus campanhas realizadas;


• Número de espécies registradas versus estimativa de espécies por
estimadores de riqueza;
• Quantidade de registros primários por meio de dados indiretos ou evidências.
• Quantidade de espécies ameaçadas registradas versus dados secundários
de espécies ameaçadas para região;
• Quantidade de entrevistas realizadas;
• Comparação entre os resultados de riqueza e diversidade (de anfíbios,
répteis e mamíferos terrestres) em todas as áreas de amostragem nos
diferentes momentos do monitoramento, com a aplicação de índices de
captura, de diversidade e análises estatística adequadas;
• Listagem consolidada de dados secundários e primários, incluindo as novas
espécies identificadas em cada campanha de monitoramento.

REQUISITOS LEGAIS

Em termos de legislação, deve-se considerar como referência os seguintes


documentos:
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 346


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Tabela 4.63: Legislação vigente para o Subprograma de Monitoramento da Fauna.


Lei n° 5.197, de 3 de
Dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências.
janeiro de 1967

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus


Lei n° 6.938, 31 de
fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
agosto de 1981
providências.

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas


Lei nº 12.305, de 2 de
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
agosto de 2010
ambiente.
Lei nº 12.651, de 25 de
Institui o Novo Código Florestal Brasileiro.
maio de 2012

Dispõe sobre a Política e o Sistema Estadual do Meio


Lei Complementar Nº Ambiente, as infrações e sanções administrativas
558, de 22 de dezembro ambientais, as unidades estaduais de conservação da
de 2015 natureza, institui medidas compensatórias ambientais, e dá
outras providências.
Decreto nº 4.339, de 22 Institui princípios e diretrizes para a implementação da
de agosto de 2002 Política Nacional da Biodiversidade.
Disciplina os procedimentos para a elaboração, aprovação,
Instrução Normativa
publicação, implementação, monitoria, avaliação e revisão
ICMBIO nº 25, de 12 de
de planos de ação nacionais para conservação de espécies
abril de 2012
ameaçadas de extinção ou do patrimônio espeleológico.

Resolução CFBio nº Dispõe sobre os procedimentos de captura, contenção,


301, de 8 de dezembro marcação, soltura e coleta de animais vertebrados in situ e
de 2012 ex situ, e dá outras providências.

Portaria MMA/ICMBio Atualiza e aprova o Plano de Ação Nacional para a


nº 18, de 9 de março de Conservação das aves da Caatinga – PAN Aves da
2016 Caatinga.

Portaria MMA nº 444,


. Apresenta Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna
de 17 de dezembro de
Ameaçadas de Extinção.
2014
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 347


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Portaria ICMBIO nº 32, Aprova o Plano de Ação Nacional para Conservação dos
27 de março de 2014 Pequenos Felinos – PAN Pequenos Felinos.

Estabelecer os procedimentos para a solicitação emissão


Instrução Normativa
de Autorização para Captura, Coleta e Transporte de
IBAMA nº 8, de 14 de
Material Biológico (Abio) no âmbito dos processos de
julho de 2017
licenciamento ambiental federal.

Lei n° 5.197, de 3 de
Dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências.
janeiro de 1967

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus


Lei n° 6.938, 31 de
fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
agosto de 1981
providências.

Red List IUCN, Lista da International Union for Conservation of Nature and
Natural Resources, 2016.
Fonte: CRN-Bio, 2021.

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O Subprograma de Monitoramento da Fauna será desenvolvido nas áreas de


influência do Complexo Fotovoltaico Lagoa, incluindo áreas que serão diretamente
impactadas e indiretamente impactadas a fim de compará-las com a situação
próxima aos locais sob interferência das obras.

ATIVIDADE/METODOLOGIA

Neste subprograma serão monitorados os componentes faunísticos compreendidos


através dos seguintes parâmetros: riqueza específica; diversidade de espécies;
frequência de ocorrência ou abundância expressa como o número de espécimes
observados em cada dia de amostragem, incluindo seus dados biológicos,
ecológicos e sanitários; ocorrência de espécies endêmicas, ameaçadas de extinção
ou raras da fauna.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 348


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Os parâmetros medidos serão expressos em valores absolutos e/ou relativos (%),


tendo como base o mês da amostragem. A análise dos dados constará na
elaboração de uma lista das espécies encontradas.

Deverão ser amostrados minimamente dois pontos amostrais para cada Usina
Fotovoltaica deste Complexo, para cada grupo faunístico. Os pontos serão alocados
na obtenção da licença de fauna. Cada campanha de monitoramento deverá ter
duração de cinco dias. A primeira campanha de monitoramento deve anteceder as
atividades de implantação do empreendimento.

A seguir estão descritas as metodologias e o esforço amostral a ser aplicado para


cada grupo monitorado em cada campanha.

Atividades Específicas para Herpetofauna

Para a coleta de dados da herpetofauna, serão combinados dois métodos: busca


ativa em transectos, entrevistas com funcionários e/ou moradores do local
Armadilhas de Interceptação e Queda – Pitfall.

Busca ativa em transectos

Serão percorridos transectos em estradas e trilhas preexistentes a fim de encontrar


indivíduos ou vocalizações que evidenciem as espécies da herpetofauna na região.

O esforço amostral corresponderá a percorrer um transecto de 500m por 30 minutos


em cada ponto por turno. As transecções serão definidas durante a primeira
campanha de campo e seu percurso identificado no relatório a ser elaborado pelo
profissional responsável.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 349


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Entrevistas com moradores do local

Os moradores da região e trabalhadores do empreendimento encontrados


eventualmente durante as atividades de monitoramento serão entrevistados com o
objetivo de trocar informações e registrar as espécies que não sejam encontradas
no local durante as campanhas de monitoramento, bem como identificar espécies
cinegéticas da herpetofauna.

Captura com armadilhas de interceptação e queda (pit-fall)

A instalação de armadilhas Pitfall permitirá a captura de animal vivo, que atua pela
interceptação dos animais em deslocamento, sem nenhum atrativo (iscas), por meio
de uma lona guia – fixada por estacas, que direciona os animais para baldes
enterrados até o nível do solo. Devido a facilidade da padronização do esforço
amostral (número de baldes/dia), é considerado um bom método para se comparar
riqueza de espécies entre diferentes habitats (BERNARDE, 2012).

Em um dos pontos de amostragem de cada Usina Fotovoltaica será instalada uma


estação de Pitfall, contendo cada 4 baldes de 20L em formato de Y, conectados por
cercas-guia de lona de 3m de comprimento, monitoradas 24 horas/dia. Todos os
dias, ao amanhecer e ao entardecer, as armadilhas serão revisadas e os animais
capturados serão identificados quanto à espécie. Após o registro dos dados, os
animais serão soltos no próprio local de captura.

Os baldes serão perfurados em sua base e irão conter um pedaço de isopor para
abrigar os animais em eventos de chuva, evitando que animais capturados venham
a óbito por afogamento. Após a realização de cada campanha as armadilhas serão
removidas para que os animais não sejam capturados acidentalmente.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 350


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Atividades Específicas para Avifauna

Os métodos que deverão ser aplicados durante o monitoramento serão o Ponto de


Escuta e Capturas com Redes de Neblina.

Ponto de escuta

A utilização do método proposto permite o registro de uma ampla variedade de


espécies, fornecendo dados estatisticamente seguros, assim como dados sobre
abundância relativa, riqueza específica, composição, frequência de ocorrência,
entre outros (Vielliard & Silva, 1990; Anjos, 2007; Anjos et al., 2010; Vielliard et al.,
2010).

Os pontos de escuta deverão ser executados no período da manhã (entre 05h e


09h) e o observador deverá permanecer por 20 minutos em cada ponto, registrando
o máximo possível de espécies. Os registros são compostos por contatos de
observação e/ou bioacústica. Após os 20 min de amostragem, deve-se seguir
imediatamente para o ponto mais próximo.

Deverão ainda ser apresentadas os registros de todas as aves avistadas


ocasionalmente na área do empreendimento, no deslocamento entre os pontos. O
registro das aves será visual, com auxílio de binóculos, e auditivo.

Será possível a partir dessa metodologia, verificar a riqueza e abundância das


espécies de aves. Ao término o especialista deverá apresentar a sensibilidade e
dependência florestal das aves segundo Stotz et al. (1996), classificação de
ameaças (MMA, 2014; IUCN, 2015), endemismo, guildas tróficas e hábitos
migratórios.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 351


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Captura com Redes de Neblina

Redes de neblina, como método de captura, é o mais eficiente e prático dentre os


outros métodos disponíveis. Contudo, vieses deste método na amostragem de
comunidades de aves devem ser considerados, pois as taxas de captura são
diretamente influenciadas pelos padrões de distribuição temporal e espacial das
espécies. Todavia, o método é bastante eficaz para a amostragem de espécies de
difícil observação, principalmente as de sub-bosque, com destaque para os
Passeriformes. Outra grande vantagem das redes de neblina é a possibilidade de
coleta de informações biológicas dos indivíduos capturados, como dados
morfométricos e peso, impossíveis de serem adquiridos por outros métodos de
amostragem. Por amostrar espécies de difícil visualização em campo, o uso de
redes de neblina pode ajudar a minimizar erros de detectabilidade para outros
métodos utilizados e padronizar as amostras em diferentes áreas (Roos, 2010).

Em cada ponto amostral serão instaladas 3 redes de neblina de 22,5 m² (2,5m altura
x 9m largura). As redes permanecerão abertas nos períodos da manhã (5:30 às
9:30), sendo um dia em cada ponto.

Para maximizar a taxa de captura de espécies, os pontos devem corresponder a


ambientes mais vegetados e próximos a recursos hídricos quando disponíveis.
Todos os espécimes capturados nas redes de neblina serão identificados no nível
específico, submetidos à coleta de dados, fotografadas e soltas próximo ao local de
captura.

Atividades Específicas para Mastofauna Terrestre:

A mastofauna terrestre é composta por representantes de pequeno, médio e grande


porte que, geralmente, apresentam hábitos noturnos e de difícil observação em
campo. Para a monitoramento da mastofauna terrestre utilizaremos o método de
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 352


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

armadilhamento fotográfico, entrevistas e uso de armadilha de queda e transecto


linear, já descritos em herpetofauna.

Uso de armadilhas fotográficas

De acordo com Pardini et al. (2003) as armadilhas fotográficas conferem um método


não invasivo utilizado para o monitoramento da mastofauna.

Para o empreendimento serão instaladas uma armadilha fotográfica em cada ponto


amostral e deverão ficar instaladas durante os 05 (cinco) dias de monitoramento.

Transecto Linear

Serão percorridos transectos em estradas e trilhas preexistentes a fim de encontrar


vestígios que evidenciem a mastofauna na região, como fezes e pegadas.

O esforço amostral corresponderá a percorrer um transecto por 30 minutos em cada


ponto por turno. As transecções serão definidas durante a primeira campanha de
campo e seu percurso identificado no relatório a ser elaborado pelo profissional
responsável.

Entrevistas junto à população

Os moradores da região e trabalhadores do empreendimento encontrados


eventualmente durante as atividades de monitoramento serão entrevistados com o
objetivo de trocar informações e registrar espécies não avistadas durante as
atividades de monitoramento, mas avistadas por eles recentemente. Estas
informações visam o registro de espécies naturalmente raras, de populações
reduzidas ou de difícil registro através de outros métodos.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 353


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Atividades Específicas para Quiropterofauna

A quiropterofauna será amostrada com a combinação dos seguintes métodos:


monitoramento acústico, captura com redes de neblina e busca ativa por abrigos.

Monitoramento Acústico

O monitoramento acústico será realizado em um ponto de cada Usina Fotovoltaica,


devendo estes serem representativos dos tipos de hábitat presentes na área. Cada
ponto será monitorado por uma noite, do crepúsculo ao amanhecer (12 horas). Os
gravadores acústicos serão instalados nos pontos amostrais determinados para o
monitoramento do grupo, a uma altura de aproximadamente 3 m do solo.

Os detectores irão operar no modo full spectrum (gravação direta sem


transformação dos ultrassons), que gera gravações de alta resolução e, portanto,
facilita a identificação taxonômica das chamadas de ecolocalização.

As chamadas serão identificadas até o menor nível taxonômico possível (espécie,


gênero ou família) com a utilização de programas de análise de som e bibliografia
de referência (e.g. Jung et al. 2007; Jung et al. 2014; López-Baucells et al. 2016;
Macías et al. 2006; Williams- Guillén & Perfecto 2011). As espécies que puderem
ser identificadas a nível específico pelo monitoramento acústico terão seu status de
ocorrência, risco de extinção e distribuição geográfica determinados.

Para cada ponto amostral de monitoramento passivo serão analisadas as


frequências da detecção por período de amostragem, número de bat passes por
hora, para avaliar a variação da atividade de morcegos na área ao longo do período
amostral.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 354


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Capturas com Redes-de-neblinas

Nas unidades amostrais previamente selecionadas serão instaladas três redes de


neblina de 22,5 m² (2,5m altura x 9m largura). As redes serão instaladas de forma
conjugada, dando preferência para trilhas pré-existentes e em pontos próximos de
corpos d’água quando possível, levando em consideração algumas características
ambientais como proximidade a árvores em frutificação, rotas de voo, saídas de
abrigos, permanecendo abertas das 18:00 às 22:00 h.

Buscas ativas por abrigos e sítios importantes para os morcegos

Serão realizadas buscas ativas para localização de abrigos diurnos e sítios de


reprodução usados pelas espécies de morcegos próximos das áreas de
intervenção. Locais que eventualmente servem de abrigo para colônias de
morcegos serão priorizados nas buscas, como cavernas, fendas e cavidades em
afloramentos rochosos, pontes de estradas, casas abandonadas, além de troncos
e folhas no interior da vegetação.

Monitoramento De Espécies Ameaçadas

Conforme foi apresentado no EIA-RIMA do empreendimento, foram registradas em


campo durante o estudo cinco espécies ameaçadas: o mocó (Kerodon rupestris), o
gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi), o gato-do-mato-pintado (Leopardus
tigrinus), o morcego (Furipterus horrens) e a jacucaca (Penelope jacucaca).

Os monitoramentos das populações de espécies ameaçadas e quase ameaçadas


de extinção são desenvolvidos através de métodos amostrais específicos para cada
grupo da fauna, de forma que a obtenção de dados seja mais efetiva de acordo com
as características biológicas dos mesmos.
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 355


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

O monitoramento das populações de espécies ameaçadas na área do


empreendimento deverá implementar métodos já citados como: captura por rede de
neblina, buscas ativas por abrigos e sítios importantes, busca ativa com transectos,
pontos de escuta, monitoramentos acústicos e uso de armadilhas fotográficas,
assim englobando metodologias para todos os grupos que serão monitorados.

Serão empregadas também projetos de educação ambiental para o público interno


(colaboradores) e externo (comunidades locais) trabalhando a sensibilização
desses públicos com relação às espécies apresentadas e outras que possivelmente
venham a ser registradas.

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

A execução do Subprograma de Monitoramento da Fauna é de responsabilidade do


empreendedor, que deverá contratar uma empresa, ou profissionais especializados
na área.

RELATÓRIOS

Para cada campanha de monitoramento da fauna deverá ser elaborado um relatório


de atividades, contemplando os dois grupos da fauna terrestre (herpetofauna e
mastofauna terrestre) e fauna alada (avifauna e quiropterofauna), incluindo as
localizações das áreas de monitoramento, o esforço amostral total obtido na
campanha, resultados incluindo comparações da campanha anterior com os
cenários das obras, considerações finais e registro fotográfico dos procedimentos e
resultados adquiridos na campanha.

Ao final da implantação deverá ser elaborado um relatório analítico contendo


recomendações e informações pertinentes sobre os impactos que o
PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 356


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

empreendimento exerceu sobre a composição de espécies da fauna a ser


apresentado ao Órgão Ambiental.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

Equipe técnica mínima:

• 03 Biólogos: distribuídos nas especialidades de herpetofauna, ornitofauna e


mastofauna;
• 01 Auxiliar de campo.

Materiais necessários mínimos:

• Veículo para logística;


• Celular com câmeras digitais e GPS;
• Lanternas de cabeça;
• Pilhas;
• Facão;
• Guias de Campo;
• Sacos de tecido;
• Gancho e pinção herpetológico;
• Câmeras trap;
• Gravador de Ultrassom;
• Rede de Neblina e hastes;
• Paquímetro;
• Pesolas.

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

O Subprograma de Monitoramento da Fauna apresenta relação direta com:


PROJETO:
COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 357


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Subprograma de Resgate e Manejo da Fauna;


• Programa de Comunicação Social;
• Programa de Educação Ambiental.

CRONOGRAMA

O Subprograma de Monitoramento da Fauna ser desenvolvido com a periodicidade


trimestral ao longo de toda a fase de implantação, sendo uma campanha antes do
início da implantação do empreendimento para levantamento da fauna local.

Na operação poderá ser desenvolvido semestralmente pelos primeiros 2 anos. A


eventual necessidade de continuidade das atividades de monitoramento poderá
ocorrer em função dos resultados obtidos no decorrer do Subprograma.

O monitoramento da fauna será realizado conforme legislação pertinente, por meio


de campanhas que cobrirão tanto a estação de secas quanto o período chuvoso.

Todas as atividades do monitoramento propriamente dito serão precedidas da


solicitação de expedição de autorizações de captura, soltura e transporte da fauna.
P R OJET O:

C O M P L E X O F O T O V O L T AI C O LA G O A

TÍT U L O:
PÁ G: 358

P LA N O B Á SI C O A M BIE NT A L - P B A

T a b e l a 4 . 6 4 : C r o n o g r a m a d e E x e c u ç ã o d o S u b p r o g r a m a d e M o n it o r a m e n t o d a F a u n a n a f a s e d e I m p l a n t a ç ã o

Pré MESES
Subprograma de Monitoramento de Fauna implantação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Contratação de Equipe

Solicitação de autorização de manejo junto ao Órgão


Ambiental

Mobilização de Equipe e Material

Seleção das unidades de amostragem e detalhamento


do plano de trabalho

Campanha de monitoramento

Relatórios internos

Elaboração e entrega de relatórios trimestrais

Elaboração e entrega de relatórios semestrais ao


Órgão

F o n t e: C R N - Bio, 2 0 2 1.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 359


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

REFERÊNCIAS

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PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 360


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

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PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 361


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

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PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 362


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

A instalação do Complexo Fotovoltaico Lagoa implicará na construção de estruturas


provisórias, tais como o canteiro de obras e áreas de estocagem, as quais,
acarretarão a modificação da paisagem e implicarão na remoção da vegetação e
movimentação de solo. Após a conclusão da instalação do empreendimento, esses
espaços não serão mais úteis às obras e não sofrerão mais intervenções, podendo
ser, assim, desmobilizados.

Diante do exposto, a recuperação ambiental das áreas que serão impactadas pela
implantação do empreendimento é obrigatória após a finalização das obras,
necessária e de fundamental importância para evitar que sejam instalados
processos erosivos, possibilitando a retomada de uso das áreas afetadas. Implica
que uma condição estável será obtida em conformidade com os valores ambientais,
estáticos e sociais da circunvizinhança (EMBRAPA, 2008).

Este Plano se justifica pela necessidade de prevenir a instalação ou intensificação


de processos erosivos e recuperar áreas que poderão ser degradadas com a
implantação do Empreendimento, reintegrando habitats e paisagens degradadas,
potencializando assim a utilização dos recursos do solo, dos recursos hídricos, da
flora e da fauna associada.

OBJETIVOS

 Objetivo Geral

Este Plano tem como objetivo nortear a recuperação da área impactada pela
implantação do Complexo Fotovoltaico Lagoa, fornecendo elementos técnicos para
que possa ser garantida a plena recuperação ambiental das áreas afetadas.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 363


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

 Objetivo Específico

Como objetivos específicos, o Plano inclui:

• Proteger a biodiversidade nas áreas intervencionadas;


• Realizar recomposição vegetal das áreas impactadas;
• Promover a recomposição das condições físicas do solo e a reintegração
paisagística das áreas intervencionadas;
• Proteger o solo e os recursos hídricos contra os processos erosivos e de
assoreamento, implantando medidas que protejam e/ou atenuem o
desenvolvimento dos processos erosivos;
• Identificar e quantificar as áreas que necessitam de recuperação na área
do Empreendimento;
• Selecionar as espécies a serem empregadas no plano considerando-se
as características e localização de cada área a ser recuperada;
• Recuperar as áreas que serão temporariamente intervencionadas
(acessos temporários, áreas provisórias, áreas de empréstimo e bota-
fora, entre outros);
• Monitoramento das áreas em recuperação.

METAS

As principais metas do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas são:

• Recompor a cobertura vegetal das áreas diretamente afetadas;


• Reconstituir os possíveis habitats degradados em função da instalação
do Complexo;
• Indicar ações de manejo que favoreçam a colonização da fauna nas
áreas de reflorestamento e;
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 364


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Estabilizar a camada superficial do solo, de áreas intervencionadas, para


evitar a instalação e/ou aceleração de processos erosivos.

INDICADORES DE DESEMPENHO

Os indicadores de desempenho que deverão conter nos relatórios estão


relacionados a seguir:

• Número de processos erosivos reincidentes identificados pelo


monitoramento após o processo de recuperação das áreas degradas ou
alteradas;
• Percentual das áreas objeto do Plano reintegradas à paisagem onde
estão inseridas dentro do período de monitoramento;
• Taxa de sobrevivência das mudas plantadas, no caso de haver plantio,
durante o período de monitoramento;
• Quantidade (%) de casos de não conformidade registradas pela equipe
do Plano de Gestão Ambiental (PGA) que foram corrigidas.

REQUISITOS LEGAIS

Destacam-se como legislações aplicáveis:

Tabela 4.65: Legislação vigente para o Programa de Recuperação de Áreas


Degradadas.
Constituição Versa sobre a responsabilidade de preservar e restaurar os
Federal de 1988,
processos ecológicos essenciais;
em especial art.
225
Lei Federal nº
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
6.938, de 31 de
mecanismos de formulação e aplicação.
agosto de 1981
Lei Federal n°
Dispõe sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas e dá outras
10.711, de 05 de
providências.
agosto de 2003
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 365


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Lei Federal n° Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de


9.605, de 12 de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
fevereiro de 1998 providências.
Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos
6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996,
Lei Federal nº
e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de
12.651, de 25 de
15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida
maio de 2012
Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, 28 mai. 2012
Altera a Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a
proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de
agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22
Lei Federal n°
de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro
12.727, de 17 de
de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no
outubro 2012
2.166-67, de 24 de agosto de 2001, o item 22 do inciso II do art. 167
da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, e o § 2º do art. 4o da
Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012.
Resolução
CONAMA n° 429, Dispõe sobre a metodologia de recuperação das Áreas de
de 28 de fevereiro Preservação Permanente – APP.
de 2011
Instrução
Estabelece procedimentos para elaboração de Projeto de
Normativa IBAMA
Recuperação de Área Degradada - PRAD ou Área Alterada, para fins
nº 4, de 13 de abril
de cumprimento da legislação ambiental.
de 2011
Lei Estadual nº
Institui o Código Florestal do Estado da Paraíba
6.002 de 29.12.1994
Norma ABNT NBR
Trata da estabilidade dos taludes
11.682/1991
Fonte: CRN-Bio, 2021.

ÂMBITO DE APLICAÇÃO

O âmbito de abrangência do Plano se aplica às áreas diretamente afetadas e


impactadas e que posteriormente não serão utilizadas, devolvendo à área
características semelhantes de antes de serem intervencionadas durante a
implantação do empreendimento.

ATIVIDADES/METODOLOGIA

A proposta metodológica baseou-se na sobreposição das informações do


Empreendimento, tais como intervenções permanentes ou temporárias e uso e
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 366


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

ocupação do solo na área intervencionada e aquelas circunvizinhas. A


caracterização da vegetação e da ocupação do solo está sendo apresentada neste
Relatório e será apresentada no Relatório Ambiental Florestal (RAF), assim como
características edáficas e climáticas da região, no qual permitirão definir as
estratégias, nas quais estão resumidas logo abaixo.

Várias deverão ser as técnicas que envolverão a recuperação das áreas


degradadas, englobando desde a fase preventiva, com a implantação de medidas
capazes de mitigar os impactos advindos das atividades de implantação do
Complexo Fotovoltaico Lagoa, até a fase de recuperação das áreas efetivamente
degradadas.

A metodologia indicada para a recuperação das áreas degradadas deve prever que,
antes mesmo da formação de qualquer processo degradante, sejam providenciadas
algumas ações, descrevendo todas as atividades necessárias até a recuperação
das áreas degradadas pelo Empreendimento. Entre os procedimentos necessários
estão:

 Elaboração do Plano de Trabalho

Deverá ser elaborado o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, de acordo


com a Instrução Técnica da Superintendência de Administração do Meio Ambiente
(SUDEMA), como também, considerando as diretrizes apresentadas na Instrução
Normativa n° 4, de 13 de abril de 2011 do IBAMA.

 Preparo da Área
• Descompactação do solo;
• Dispositivos de drenagem;
• Controle dos Processos Erosivos;
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 367


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Regularização topográfica;
• Remoção de estruturas, equipamentos e resíduos.

 Atividades para Recuperação


• Isolamento da Área;
• Listagem de Espécies a serem plantadas;
• Recomposição de Taludes;
• Adubação do Solo;
• Irrigação;
• Manutenção e Monitoramento.

O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, a ser elaborado, deverá ser


entregue à SUDEMA em 02 (duas) cópias: uma em meio impresso e outra em meio
digital, acompanhado das Anotações de Responsabilidade Técnica (ART)
referentes à sua elaboração e execução, devidamente assinadas. Deverá, ser
apresentado no prazo máximo definido pelo Órgão após a solicitação, em
atendimento à legislação ambiental vigente, devendo conter no mínimo os seguintes
itens:

➢ Identificação do Requerente; Dados dos Técnicos Responsáveis pelo


Projeto; Dados Técnicos do Executor do Projeto; Dados Gerais da
Propriedade;

➢ Caracterização Ambiental da Área (aspectos do meio físico e biótico);

➢ Objetivos e Justificativas do Projeto;

➢ Caracterização das Áreas a Serem Recuperadas;

➢ Metodologia específica para a recuperação de cada área;

➢ Materiais e equipamentos necessários para aplicação de cada método;


PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 368


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

➢ Lista de espécies nativas correspondente a cada método/área;

➢ Monitoramento;

➢ Cronograma Físico e Financeiro;

➢ Equipe alocada para desenvolvimento das atividades;

➢ Cronograma de execução das atividades;

➢ Registro fotográfico da área, mapas, ART.

 Definição das Áreas Alvo

Para o projeto do Complexo Fotovoltaico Lagoa, as áreas deverão ser alvos de


procedimentos específicos, de acordo com seu uso anterior e posterior à
implantação do Empreendimento.

A recuperação deverá corresponder à retomada, o mais próximo possível, do uso


original. Deve-se priorizar o replantio de espécies da flora original da região.
Devendo-se sempre considerar que caso sejam identificadas perturbações
ambientais decorrentes das atividades de implantação do empreendimento em
locais diversos aos previstos inicialmente, estas áreas também serão incluídas no
escopo deste Plano.

É necessário que haja a recomposição do solo, principalmente em pontos erodidos,


e a desmobilização das áreas que foram afetadas e que serão desativadas após a
conclusão das atividades.

Salienta-se que as áreas por onde se estendem a rede de energia subterrânea


deverão ficar livres de intervenções, sendo imprescindível obedecer à faixa de
segurança, a qual deve possuir largura mínima de 1 metro em cada lado do eixo
principal, não permitindo, portanto, plantios ou sobreposições nestas faixas.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 369


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Ainda que as intervenções deste plano estejam fortemente atreladas ao cronograma


de implantação do empreendimento, no que tange a priorização das áreas a serem
recuperadas, foram empregados os dados disponíveis do EIA.

Assim, as áreas a serem priorizadas deverão seguir o critério a seguir:

• Áreas prioritárias para o estabelecimento da conectividade dos


remanescentes vegetacionais;

• Aquelas que apresentam elevado potencial de erodibilidade dos solos,


especialmente nos taludes nas margens das vias de acesso e áreas de

• Margens de corpos d´água, cabeceiras de nascentes e olhos d´água,


especialmente aqueles com funções de mananciais;

• Interligação de remanescentes vegetacional na paisagem regional


(corredores ecológicos).

Com base nos critérios descritos acima, serão definidas as áreas a serem
recuperadas e os métodos de recuperação.

 Preparo da Área

Esta etapa caracteriza-se pelo suporte básico no estágio inicial do procedimento de


revegetação, permitindo a implantação de estratégias de recuperação, bem como
um bom desenvolvimento das espécies vegetais. O preparo da área envolve as
atividades descritas a seguir.

o Descompactação do solo
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 370


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Etapa que tem como principal função romper as camadas mais compactadas do
solo, quebrando-as e favorecendo o desenvolvimento das raízes e,
consequentemente, auxiliando no estabelecimento vegetal. Será utilizada a
profundidade de 45 cm, nas áreas que apresenta alto nível de compactação, para
facilitar a germinação. Tal atividade será executada pela retroescavadeira e deverá
ser executada principalmente no canteiro de obras, área de estocagem e usina de
concretagem, entre outras, antes do início da revegetação.

o Dispositivos de drenagem

Para a realização dos procedimentos referentes as estruturas de drenagem,


deverão ser consideradas as seguintes atividades:

• Remoção dos dispositivos de drenagem provisória, com transporte do


material para área de estocagem da obra (em todos os trechos);

• Drenagens naturais ou cursos d’água porventura atingidos pelos solos


carreados serão desassoreados, com deposição do material de limpeza em
áreas de estocagem licenciadas da obra (em todos os trechos);

• Deverão ser realizadas limpezas e reparação de dispositivos de drenagem


definitivos (nos trechos que permanecerão operacionais após as obras).

 Controle dos Processo Erosivos

Com a retirada da cobertura vegetal na área do Empreendimento, o solo fica


favorável a intempéries climáticas que resultam em erosão, com formações de
sulcos e ravinas. Além disso, o solo desprotegido tende a perder fertilidade,
apresentando problemas também na sua estrutura, porosidade e permeabilidade.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 371


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Esta atividade tem como finalidade a minimização dos processos erosivos


existentes no local e deverá ser realizada de acordo com a necessidade, antes e
após o plantio, retornando à configuração topográfica do terreno mais próxima
possível do original, permitindo a melhoria no aspecto visual e paisagístico do solo,
bem como facilitando o desenvolvimento das espécies vegetais. Tal atividade
deverá ser realizada preferencialmente nos taludes e em áreas desniveladas,
realizando o aplanamento das encostas íngremes, atividade essa que pode ser
realizada manualmente ou, quando necessária, com a retroescavadeira.

A seguir, descrevem-se medidas para recuperação e controle do solo.

o Regularização topográfica

A regularização topográfica do terreno consiste em um recondicionamento do


relevo, dando-lhe uma forma estável e adequada para a implantação da vegetação.
Este processo deverá ser realizado de forma manual ou mecânica, dependendo da
extensão da área, da acessibilidade e da existência de processos erosivos e
movimentos de massa.

o Remoção de estruturas, equipamentos e resíduos

Antes de se proceder a regularização topográfica nos terrenos a serem


recuperados, devem ser removidas estruturas de apoio, equipamentos e resíduos.

Os procedimentos complementares de desativação, aplicáveis para os canteiros de


obras e demais estruturas provisórias, incluirão:

• Recuperação da área ocupada provisoriamente, com a demolição e remoção


de pisos, áreas concretadas, entulhos em geral, regularização da topografia
e drenagem superficial;
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 372


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Realização de limpeza final de todos os componentes do sistema definitivo


de drenagem superficial, inclusive remoção dos componentes de drenagem
provisória no local;

• Reconstituição do horizonte orgânico do solo e execução da forração vegetal


nas áreas a serem revegetadas;

• Inspeção das áreas de lavagem de equipamentos e de estocagem ou


manipulação de combustíveis e óleos, visando identificar eventuais
problemas de contaminação do solo, fazendo a raspagem e remoção para
local adequado, sempre que necessário.

 Atividades para recuperação

o Isolamento da Área

Recomenda-se que as áreas mais susceptíveis à ocorrência de animais domésticos


poderão ser delimitadas com cerca de arame farpado, sendo esta composta por 05
(cinco) fios, com estacas de madeira espaçadas a cada 3,0 m.

A necessidade dessa ação deverá ser reavaliada pelo Engenheiro responsável no


momento das atividades de recuperação. Caso não haja necessidade, a justificativa
deve vir embasada no Plano de Trabalho.

o Listagem de Espécies a serem plantadas

De acordo com o EIA referente ao Complexo Fotovoltaico, a flora local é


caracterizada por uma vegetação do ecossistema da Caatinga. Desta forma, as
espécies que representam a flora na região são:

Tabela 4.66: Espécies da flora que ocorrem na área do empreendimento.


PROJETO:

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TÍTULO: PÁG: 373


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ESTADO
NOME
FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO HÁBITO DE ENDEM. ÁREA
POPULAR
CONSERV.
Astronium urundeuva ADA, AID
Anacardiaceae Aroeira Árvore NE
(M.Allemão) Engl. e AII
Aspidosperma pyrifolium Mart. ADA, AID
Pereiro Árvore NE
& Zucc. e AII
Apocynaceae
Calotropis procera (Aiton) ADA, AID
Flor-de-seda Arbusto NE Exótica
W.T.Aiton e AII
Copernicia prunifera (Mill.) N, NE,
Arecaceae Carnaúba Palmeira NE ADA e AII
H.E.Moore CO
Handroanthus impetiginosus ADA e
Ipê-roxo Árvore NT
(Mart. ex DC.) Mattos AID
Bignoniaceae
Jacaranda brasiliana (Lam.) N, NE,
Caroba Árvore NE ADA
Pers. SE, CO
Cochlospermum vitifolium ADA, AID
Bixaceae Pacoté Árvore NE
(Willd.) Spreng. e AII
Heliotropium elongatum Crista-de-
Boraginaceae Erva NE ADA
(Lehm.) I.M.Johnst. galo
Commiphora leptophloeos ADA, AID
Burseraceae Imburana Árvore NE
(Mart.) J.B.Gillett e AII
N, NE, ADA, AID
Cereus jamacaru P. DC. Mandacaru Árvore NE
CO, SE e AII
Cactaceae Xiquexique gounellei
ADA, AID
(F.A.C.Weber) Lavor & Xique-xique Árvore NE NE, SE
e AII
Calvente
Microdesmia rigida (Benth.)
Chrysobalanaceae Oiticica Árvore NE NE, SE ADA
Sothers & Prance
Tarenaya longicarpa Soares
Cleomaceae Mussambê Arbusto NE ADA
Neto & Roalson
ADA, AID
Combretaceae Combretum leprosum Mart. Mofumbo Arbusto NE
e AII
ADA, AID
Convolvulaceae Ipomoea pes-caprae (L.) R.Br. Salsa Erva NE
e AII
Bucha-
Luffa aegyptiaca Mill. Trepadeira NE ADA
vegetal
Cucurbitaceae
Melão-são- ADA, AID
Momordica charantia L. Trepadeira NE
caetano e AII
Erva
Cyperaceae Eleocharis sp. R.Br. Junco NE AID e AII
aquática
Dilleniaceae Curatella americana L. Lixeira Árvore NE ADA
ADA, AID
Cnidoscolus urens (L.) Arthur Urtiga Erva NE
e AII
PROJETO:

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

ESTADO
NOME
FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO HÁBITO DE ENDEM. ÁREA
POPULAR
CONSERV.
Euphorbiaceae ADA, AID
Croton blanchetianus Baill. Marmeleiro Árvore NE NE, SE
e AII
Croton campestris A.St.-Hil. Velame Arbusto NE ADA
Jatropha mollissima (Pohl) ADA, AID
Pinhão Arbusto NE
Baill. e AII
Manihot carthagenensis (Jacq.) ADA, AID
Maniçoba Árvore NE
Müll.Arg. e AII
Amburana cearensis (Allemão) ADA, AID
Cumaru Árvore NT
A.C.Sm. e AII
Anadenanthera colubrina (Vell.) ADA, AID
Angico Árvore NE
Brenan e AII
Bauhinia cheilantha (Bong.) Arbusto, ADA, AID
Mororó NE
Steud. Árvore e AII
Cenostigma nordestinum ADA, AID
Catingueira Árvore NE N, NE
Gagnon & G.P. Lewis e AII
Centrosema brasilianum (L.) ADA, AID
Jequitirana Erva NE
Benth. e AII
Cynophalla flexuosa (L.) J.Presl Feijão-bravo Árvore NE ADA
Geoffroea spinosa Jacq. Umarizeiro Árvore NE ADA
Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) ADA, AID
Jucá Árvore NE
L.P.Queiroz e AII
Lonchocarpus sericeus (Poir.)
Ingá-bravo Árvore NE AID
Fabaceae Kunth ex DC.
Luetzelburgia auriculata ADA, AID
(Allemão) Ducke Pau-serrote Árvore NE
e AII
Mimosa arenosa (Willd.) Poir. Calumbi Árvore NE ADA
Mimosa ophthalmocentra Mart. Jurema-de- NE, SE,
Árvore NE ADA e AII
ex Benth. embira CO
ADA, AID
Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. Jurema-preta Árvore NE
e AII
Piptadenia retusa P.G.Ribeiro, Jurema- ADA, AID
Arbusto NE
Seigler & Ebinger branca e AII
ADA, AID
Prosopis juliflora (Sw.) DC. Algaroba Árvore NE Exótica
e AII
Senegalia polyphylla (DC.)
Unha-de-gato Árvore NE ADA
Britton & Rose
Senna obtusifolia (L.) H.S.Irwin ADA, AID
Mata-pasto Erva NE
& Barneby e AII
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TÍTULO: PÁG: 375


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ESTADO
NOME
FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO HÁBITO DE ENDEM. ÁREA
POPULAR
CONSERV.
Pseudobombax marginatum
ADA, AID
Malvaceae (A.St.-Hil., Juss. & Cambess.) Embiratanha Árvore LC
e AII
A.Robyns
Meliaceae Azadirachta indica A.Juss. Nim Árvore NE Exótica AID e AII
ADA, AID
Nyctaginaceae Guapira laxa (Netto) Furlan João-mole Árvore NE NE, SE
e AII
Olacaceae Ximenia americana L. Ameixa Arbusto NE ADA e AII
Eichhornia crassipes (Mart.) Erva
Pontederiaceae Baronesa NE AID e AII
Solms aquática
Portulacaceae Portulaca oleracea L. Beldroega Erva NE ADA
Sarcomphalus joazeiro
Rhamnaceae Juazeiro Árvore NE N, NE ADA, AII
(Mart.)Hauenshild
Tocoyena sellowiana (Cham. & Genipapo- N, NE, S,
Rubiaceae Árvore LC AID
Schltdl.) K.Schum. falso SE
Sabão-de-
Sapindaceae Sapindus saponaria L. Árvore NE AII
soldado
ADA e
Verbenaceae Lantana camara L. Lantana Erva NE
AID
Status de Conservação: NA = Não ameaçada; NC = Não consta; NE = Não avaliada; DD = Deficiente de dados;
LC = Pouco preocupante; NT = Quase ameaçada; VU = Vulnerável; EN = Em perigo; EW = Extinta na natureza;
EX = Extinta. Endemismo: N = Norte; NE = Nordeste; CO = Centro-Oeste; SE = Sudeste. Área: ADA, AID ou AII
Fonte: CRN-Bio,2021.

As espécies a serem utilizadas no plantio serão aquelas que ocorrem naturalmente


em condições de clima, solo e umidade semelhantes às da área a ser recuperada,
considerando as espécies descritas no EIA, como também espécies descritas em
outros estudos feitos para o mesmo bioma.

o Recomposição de Taludes

Para a estabilidade e o controle de erosão dos taludes com altura mínima de 1,5
metro, serão adotadas medidas para preservação dos mesmos, entre elas, a
reconformação de pontos já erodidos e o plantio com espécies que ajudarão na
contenção dos taludes, seguindo as instruções da Norma ABNT 11.682/1991. As
espécies utilizadas devem ser comprovadamente eficazes para este fim, ocorrendo
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naturalmente na região e possuindo grande adaptação e resistência ao estresse


hídrico. Ademais, deverão ser adquiridas em local licenciado, não sendo autorizado
a extração da vegetação nativa do entorno.

A metodologia aplicada para a recuperação da área deverá ser definida em


consonância com o layout da área de implantação do empreendimento.

✓ Outra Técnica Aplicável

o Reutilização e manejo do Topsoil e Restolho

A camada rica em matéria orgânica e o excedente de vegetação, detentores do


banco de sementes, microrganismos e nutrientes na forma absorvível pelas plantas,
poderão ser utilizados para ajudar na recuperação da vegetação.

Sendo assim, tal etapa é de fundamental importância para melhorar a eficiência de


práticas de recuperação e revegetação de áreas degradadas, podendo constituir-
se em importante fator de aceleração do processo de reabilitação.

A técnica consiste na transposição do solo para as áreas onde serão realizados os


plantios, retirando um pouco de solo, juntamente com o restolho e a camada fértil
do solo, de um fragmento próximo e preservado, transportando-o para área
degradada. A camada superficial do solo é retirada da área preservada e transposta
nas áreas degradadas com a intenção de recompor o solo, formando núcleos e/ou
faixas de recuperação (REIS, 2003).

A função básica dessa técnica é a introdução de espécies que, conhecidamente,


formam um permanente banco de sementes e apresentam comportamento
agrupado na natureza, como pioneiras que se desenvolvem e se proliferam em
núcleos. Os núcleos formados geram aglomerados de vegetação densa que se
PROJETO:

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TÍTULO: PÁG: 377


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destacam na paisagem como os primeiros locais de abrigo para a fauna e produção


das primeiras sementes da área em questão. Esses núcleos passam a atuar como
pequenos trampolins ecológicos, desempenhando a importante função de conectar
áreas-fonte de propágulos nas áreas em restauração. Sugere-se que esta técnica
seja utilizada nas áreas com solos mais desnudos e com a sua resiliência perdida.

o Distribuição das Espécies no Campo

O Plantio de mudas se aplicará às áreas diretamente afetadas e impactadas e que


posteriormente não serão utilizadas, onde, anteriormente eram constituídas por
espécies nativas de porte arbustivo-arbóreo, devolvendo o habitat características
semelhantes de antes de serem intervencionadas durante a implantação do
empreendimento.

Sugere-se o espaçamento de 2 x 3 metros, o que equivale a um quantitativo de


2.000 mudas por hectare, já considerando um percentual de perdas de 20%. Para
as áreas de proteção de taludes, será necessário a utilização de no mínimo 2 mudas
por metro linear. O plantio será iniciado pelas mudas consideradas pioneiras, ou
seja, de rápido crescimento e pequeno porte, sendo posteriormente incluídas as
mudas de estágio secundário as quais necessitarão da sombra das iniciais.

Geralmente planta pioneira tem ciclo de vida relativamente curto, produzem muitas
sementes e até se propagam por brotos de raízes. São resistentes a fatores de
temperaturas e umidade e solos desfavoráveis e preparam o lugar para que plantas
mais exigentes da fase posterior de sucessão, possam se instalar. Ao longo do
processo da sucessão, o número das plantas pioneiras diminuirá à medida que o
número de outras espécies aumenta.
PROJETO:

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As espécies da fase posterior de sucessão geralmente precisam de um ambiente


mais protegido para germinar, um solo mais equilibrado e as árvores terão
longevidade maior. O processo de recuperação completa demora várias gerações
de plantas e animais. Finalmente as diversas fases de sucessão levam a um
equilíbrio que é chamado clímax e que pode continuar sem grandes modificações
por longo tempo.

A Figura 4.25 demonstra o esquema de distribuição das espécies no campo.

Figura 4.25: Esquema de distribuição das mudas no campo.


Fonte: Arquivo CRN-Bio, 2021.

o Aspectos a serem observados no plantio das mudas

As espécies deverão ser adquiridas através de produtores de mudas que possuam


viveiros em áreas próximas e que sejam devidamente certificados, onde as mudas
devem possuir origem idônea, sendo completamente sadias. O transporte do viveiro
para o local definitivo deve ser feito em veículo apropriado, protegendo as mudas
da chuva, sol e vento excessivos e também da trepidação intensa, evitando amassar
e abafar as mudas e desmanchar os torrões.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 379


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Além disso:

• Deve-se proceder ao corte das raízes que estão fora dos invólucros da muda,
usando somente tesoura de poda, evitando assim a entrada e
desenvolvimento de doenças e pragas;

• Retirar o saco plástico mantendo o torrão o mais intacto possível;

• Colocar as mudas no centro da cova, e bem retas, tendo cuidado para que
não fique excessivamente enterrada;

• Deixar a muda em nível mais baixo que o terreno (entre 10 e 20 cm).

Recomendações gerais:

• Utilizar mudas vigorosas e sadias;

• Definir o espaçamento e o tamanho das covas em função do tamanho das


mudas e do porte da árvore adulta;

• Evitar alinhamentos homogêneos, propiciando um melhor efeito paisagístico


– covas intercaladas;

• Dar preferência para o plantio em dias nublados;

• Formar ao redor da muda uma bacia rasa de captação de água;

o Conservação do Solo.

O topsoil e o restolho proveniente da supressão vegetal deverão ser depositados


na área e espalhados manualmente pela equipe de plantio. Vale ressaltar que a
quantidade colocada não é padronizada, a metodologia aplicada é que toda a
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 380


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superfície seja coberta, evitando a rápida evaporação da água e promovendo uma


uniformidade no crescimento vegetativo.

o Abertura de Covas

Após o traçado, medição e marcação da área a ser plantada, o passo seguinte é a


abertura das covas onde serão depositadas as mudas definitivamente, que
conforme mostra a Figura 4.26, deverão ter as seguintes dimensões: 0,30 m x 0,30
m x 0,30 m.

Figura 4.26: Desenho esquemático mostrando o


detalhe do coveamento.
Fonte: Arquivo CRN-Bio, 2021.

Para o plantio nos taludes, a abertura das covas poderá ter as dimensões de 0,15
x 0,15 x 0,15m.

Caso se opte pela Hidrossemeadura, a técnica de plantio é realizada através de um


caminhão-pipa dotado de um misturador e um conjunto motor-bomba. As sementes
PROJETO:

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TÍTULO: PÁG: 381


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misturadas em água, fertilizantes, corretivos e fixadores são lançadas no solo e/ou


taludes de cortes (MACEDO et al, 2003).

o Adubação do Solo

Para se determinar a necessidade de correção do solo ou adubação será realizada


uma análise físico-química do solo das áreas objeto de reflorestamento. A
metodologia utilizada para a coleta do solo será a coleta de amostra em, em “zigue-
zague”, na camada de 0-30 cm. O número de amostras será determinado de acordo
com o tamanho das áreas, após a coleta das amostras será realizado a
homogeneização e envio para análise e após análise definir-se-á se haverá
necessidade de adubação e caso positivo que tipo de adubação será adotado.

o Irrigação

O plantio deve ser efetuado prioritariamente na época das chuvas, que na região
ocorre na maioria das vezes entre os meses de fevereiro a julho. Nos 3 (três)
primeiros meses após o plantio, caso não chova, a irrigação se faz necessária
diariamente durante os horários mais amenos do dia, que ocorre no início da manhã
e no final da tarde.

o Manutenção e Monitoramento

Durante os dois primeiros anos após o plantio, toda a atividade de recuperação da


área deverá ser objeto de supervisão pela equipe técnica especializada, pelo menos
duas vezes ao ano, garantindo que as medidas de recuperação sejam implantadas
de acordo com as especificações constantes no Plano, identificando eventuais
desvios e exigindo suas correções. O desenvolvimento das mudas e o índice de
sobrevivência deverão ser avaliados por meio das atividades de monitoramento.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 382


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O monitoramento de formigas e a substituição de mudas mortas (Replantio) deverão


ser atividades permanentes da manutenção e monitoramento das áreas em
processo de consolidação.

• Controle de Formigas: Deverão ser realizadas inspeções periódicas até o


terceiro mês após o plantio das mudas. Após esse período, a frequência das
inspeções pode ser menor até que as mudas completem um ano. Os
trabalhos de monitoramento de formigas devem ser realizados até o segundo
ano e o combate deve ser feito com iscas granuladas nos carreadores das
formigas, e/ou formicida em pó nos olheiros dos formigueiros. Deve ser dada
a devida atenção às iscas, que precisam ser aplicadas fora do período de
chuvas. A aplicação será manual, com equipamento adequado para cada
tipo indicado, e todas as etapas desse procedimento devem ter orientação
de um profissional capacitado. Podem ser utilizadas iscas granuladas
formicidas à base de polpas cítricas ou de maçã, ou granulados a base de
sulfluramida. Recomenda-se sua colocação sempre em porta iscas para
evitar o contato direto com a umidade do solo antes do carregamento pelas
formigas.

• Replantio: As mudas que morrerem logo após o plantio devem ser


substituídas, aproveitando o período chuvoso – fevereiro a julho. Após o
primeiro ano, deve-se avaliar a necessidade de replantio, de forma que se
assegure a condição de reabilitação da área.

Deve ser verificado permanentemente:

• Os taludes de corte e aterro, pois devem apresentar-se revegetados, sem


indícios de erosão ou de movimento, sem solo aparente e sem sinais de
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 383


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

excessiva velocidade de escorrimento das águas pluviais. Também devem


estar sem indícios de solo descoberto as áreas planas;

• O estado de conservação do sistema de drenagem implantado;

• Os pontos de deságue das valetas e canaletas, que não devem estar


destruindo a vegetação existente, nem provocando erosão.

DISTRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES

Será de responsabilidade da empresa contratada para a execução do Plano, com


apoio da construtora, principalmente nas intervenções físicas, a recuperação das
áreas afetadas pelo empreendimento conforme as diretrizes estabelecidas neste
Plano. A fiscalização dos procedimentos conforme proposto no será de
responsabilidade do empreendedor por meio da sua equipe de Supervisão
Ambiental.

RELATÓRIOS

Todas as vistorias que compõem o monitoramento das atividades e da situação de


recuperação das áreas degradadas serão documentadas nos seguintes tipos de
relatórios:

• Relatórios Mensais: Produzidos durante toda a execução do Plano de


Recuperação de Áreas Degradadas, incluindo o período de implantação da
Usina Fotovoltaica até a sua conclusão e o período de manejo e
monitoramento das áreas de recuperação vegetal. Estes relatórios são
destinados ao empreendedor, contendo a descrição das atividades
executadas, os principais problemas enfrentados e as gestões realizadas;
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 384


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

• Relatórios Semestrais: Serão consolidadas as informações desde o início de


implantação do Plano até a situação das áreas em recuperação ao final de
cada seis meses. Posteriormente, estes relatórios também serão produzidos,
durante o período de manejo e monitoramento obrigatório das áreas de
recomposição vegetal, até sua conclusão. Estes Relatórios são destinados a
atualizar o órgão ambiental responsável pelo licenciamento quanto à
situação de implantação do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas;

• Relatório Final: Produzido após três anos do início de recuperação da última


área contemplada. Este relatório será destinado ao empreendedor e ao
órgão ambiental responsável pelo licenciamento, sendo consolidadas todas
as atividades e as informações desde o início de implantação do Plano de
Recuperação de Áreas Degradadas até a situação final das áreas em
recuperação, com avaliação se os objetivos foram cumpridos; também
deverá incluir a situação final da cobertura vegetal das áreas de
recomposição vegetal.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

A equipe necessária deverá ser definida considerando a área a ser recuperada e o


tempo necessário para o término do trabalho. Para a execução deste Plano será
necessária uma equipe técnica com características multidisciplinar e interdisciplinar
treinada e capacitada.

A equipe técnica e os recursos necessários deverão ser definidos no plano de


trabalho após o levantamento das áreas a serem recuperadas. A equipe sugerida
para a execução dos trabalhos é apresentada na Tabela 4.67, a seguir.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 385


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

Tabela 4.67: Equipe técnica sugerida para execução dos trabalhos.


ITEM DESCRIMINAÇÃO
1 Engenheiro Agrônomo/Florestal
2 Auxiliar de Campo (Encarregado)
3 Equipe de Plantio
4 Operador de máquinas pesadas
Fonte: CRN-Bio, 2021.

Nesta fase deverão ser contratados profissionais preferencialmente que tenham


habilidade e prática com o manuseio de mudas de plantas em geral. Poderá ser
contratada mão de obra local, a qual deverá ser devidamente treinada quantos aos
procedimentos técnicos e de segurança.

A equipe de plantio executará também as atividades que antecedem e sucedem o


plantio, tais como, medir distância entre as mudas, ter cuidados com o
desenvolvimento do plantio, como coveamento, adubação (se necessário) etc.

Os equipamentos técnicos e de logística são diversos como GPS, máquina


fotográfica digital, veículos, computadores, retroescavadeira etc, deverão ser
utilizados como ferramentas de trabalho.

RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

A execução deste Plano deverá ser feita em consonância com os seguintes Planos
e Programas:

• Plano de Gestão Ambiental;

• Subprograma Mobilização e Desmobilização do Canteiro de Obras;

• Subprograma de Controle dos Processos Erosivos;

• Programa de Desmatamento Racional.


PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 386


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

CRONOGRAMA

A área deverá estar livre de intervenções externas no momento da realização das


atividades de recuperação evidenciadas neste Plano, por esta razão, a recuperação
da área deverá ter início após a finalização das atividades de implantação do
empreendimento. Desta forma, o Cronograma detalhado do Plano de Recuperação
de Áreas Degradadas deverá ser apresentado no Plano de Trabalho elaborado pela
empresa responsável pela sua execução.

REFERÊNCIAS

ABNT. Norma NBR 11.682/1991 - Trata da estabilidade dos taludes. Disponível em:
<http://licenciadorambiental.com.br/wp-content/uploads/2015/01/NBR-
11.682-Estabilidade-de-Taludes.pdf >. Acesso em: 18 outubro. 2021.

BRASIL. Lei Federal n° 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política


Nacional de Meio Ambiente. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso em: 18 outubro.
2021.

BRASIL. Lei Federal n° 12.651, de 25 de Maio de 2012. Dispõe sobre a proteção


da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393,
de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga
as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989,
e a Medida Provisória no 2.166- 67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras
providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12651.htm>. Acesso em: 18 de outubro. 2021.

BRASIL. Lei Federal n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções


penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 387


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

ambiente, e dá outras providências. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l9605.htm>. Acesso em: 18 outubro.
2021.

BRASIL. Lei Federal n° 10.711, de 05 de agosto de 2003 - Dispõe sobre o Sistema


Nacional de Sementes e Mudas e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.711.htm>. Acesso em: 18
outubro. 2021.

BRASIL. Lei Federal n° 12.727, de 17 de outubro 2012. Altera a Lei no 12.651, de


25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera
as Leis nos6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de
1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; e revoga as Leis nos 4.771, de
15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, a Medida Provisória
no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, o item 22 do inciso II do art. 167 da Lei
no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, e o § 2o do art. 4o da Lei no 12.651,
de 25 de maio de 2012. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm >.
Acesso em: 18 outubro. 2021.

EMBRAPA. Curso de Recuperação de Áreas Degradadas. A visão da ciência do


solo no contexto do Diagnóstico, Manejo, Indicadores de Monitoramento e
Estratégias de Recuperação. Rio de Janeiro, 2008.

INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS


RENOVÁVEIS – IBAMA. Instrução Normativa n° 4, de 13 de abril de 2011.
Estabelece procedimentos para elaboração de Projeto de Recuperação de
Área Degradada – PRAD ou Área Alterada, para fins de cumprimento da
legislação ambiental. Disponível em: <
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 388


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

http://www.ctpconsultoria.com.br/pdf/Instrucao-Normativa-IBAMA-04-de-13-
04-2011.pdf > Acesso em: 18 outubro. 2021.

MACEDO, R. L.G.; VALE, R.S.; FRANCISCO, F. A.; GOMES, J, E.


Hidrossemeadura para Recuperação de Áreas Degradadas. Revista Científica
Eletrônica de Engenharia Florestal. Ano I – Nº 1, fev, 2003.

REIS, A; BECHARA. F. C., ESPINDOLA, M. B.; VIEIRA, N. K.; SOUZA, L. L. de.


Restauração de áreas degradadas: A nucleação como base para incrementar
os processos sucessionais. Natureza & Conservação. 2003. 1(1): 28-36.

SAUERESSIG, Daniel. Plantas do Brasil: árvores nativas. Ed. Plantas do Brasil, V.


1, 2014. 432 p.

Resolução n° 429, de 28 de fevereiro de 2011. Dispõe sobre a metodologia de


recuperação das Áreas de Preservação Permanente – APP. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=644>. Acesso
em: Acesso em: 18 outubro. 2021.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 389


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

PLANO DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS

O Plano de Operação e Manutenção visa apresentar as condições gerais


necessárias à operação e manutenção dos Parques Fotovoltaicos: Central Solar
LAGOA I e II, pertencentes ao Complexo Fotovoltaico Lagoa, localizados na zona
rural do município de São José da Lagoa Tapada – PB.

Os Parques Solares em questão possuem a Licença de Instalação Central nº


1201/2019, e encontram-se em processo de solicitação das Licenças de Instalação
desmembradas e Autorizações de Supressão Vegetal.

O documento em questão visa apresentar as Instruções Técnicas para a Operação


& Manutenção do Usina Fotovoltaica de Lagoa I e II durante sua etapa de operação.

O Plano de Operação e Manutenção será apresentado no Anexo I, inserido neste


Plano Básico Ambiental.
PROJETO:

COMPLEXO FOTOVOLTAICO LAGOA

TÍTULO: PÁG: 390


PLANO BÁSICO AMBIENTAL - PBA

ANEXOS

Anexo I – Plano de Operação e Manutenção Complexo Fotovoltaico Lagoa.


Av. Governador José Varela 2867, Capim Macio, Natal - RN
Fone: (84) 2010.9534 | www.crnbio.com.br
Plano de Operação e Manutenção
Complexo Fotovoltaico LAGOA

Outubro/2021
1 OBJETIVO ................................................................................................................................. 2
2 Dados do empreendimento..................................................................................................... 2
3 Descrição sucinta do funcionamento do empreendimento ................................................ 3
4 Descrição da área de influência direta e indireta do empreendimento. .......................... 3
5 Descrição sucinta do monitoramento dos equipamentos e dispositivos, informando a
periodicidade de realização ............................................................................................................ 4
6 TIPOS DE MANUTENÇÃO ...................................................................................................... 4
6.1 Manutenções Preditivas: ....................................................................................................... 4
6.2 Manutenção Preventiva: ....................................................................................................... 5
6.3 Manutenção Corretiva: ......................................................................................................... 5
7 Periodicidade das manutenções preventivas e descrição sucinta dos serviços a serem
executados ........................................................................................................................................... 5
7.1 Manutenção do sistema fotovoltaico; ................................................................................... 5
7.2 Manutenção do Sistema Elétrico de Potência....................................................................... 6
8 Descrição do sistema previsto de limpeza e conservação das instalações e sua
periodicidade ..................................................................................................................................... 7
9 Medidas de segurança a serem adotadas para evitar o acesso de pessoas não
autorizadas e de animais à área do empreendimento. .............................................................. 7
10 Descrição dos procedimentos a serem adotados em casos de acidentes e seus
efeitos para o entorno e a população envolvida .......................................................................... 8
11 Programa de treinamento de pessoal, contemplando as práticas operacionais e a
manutenção de equipamentos e sistemas ................................................................................... 8
12 ANEXOS ................................................................................................................................. 8

1
1 OBJETIVO

O presente documento visa apresentar as condições gerais necessárias à operação e


manutenção dos Parques Fotovoltaicos: Central Solar LAGOA I e II, localizados na zona rural do
município de São José da Lagoa Tapada – PB.

Os Parques Solares em questão possuem a Licença de Instalação Central nº 1201/2019, e


encontram-se em processo de solicitação das Licenças de Instalação desmembradas e
Autorizações de Supressão Vegetal..

Este documento visa apresentar as Instruções Técnicas para a Operação & Manutenção do
Usina Fotovoltaica de Lagoa I e II durante sua etapa de operação.

2 DADOS DO EMPREENDIMENTO

Nome do empreendedor: Central Solar LAGOA I

Nome do empreendimento: Usina Fotovoltaica LAGOA I.

Endereço para correspondência: Rua Brigadeiro Faria Lima, 3729 – 9º andar CEP: 04538-133,
São Paulo – SP, Brasil

Endereço do empreendimento: Localiza-se na Fazenda Várzea do Riacho e Viração, zona rural


do município de São José da Lagoa Tapada/PB

Telefone: (11) 3538-6600 – Escritório SP

CNPJ: 35.913.704/0001-30

Nome do empreendedor: Central Solar LAGOA II

Nome do empreendimento: Usina Fotovoltaica LAGOA II.

Endereço para correspondência: Rua Brigadeiro Faria Lima, 3729 – 9º andar CEP: 04538-133,
São Paulo – SP, Brasil

Endereço do empreendimento: Localiza-se na Fazenda Várzea do Riacho e Viração, zona rural


do município de São José da Lagoa Tapada/PB

Telefone: (11) 3538-6600 – Escritório SP

CNPJ: 35.913.736/0001-35

2
3 DESCRIÇÃO SUCINTA DO FUNCIONAMENTO DO EMPREENDIMENTO

O Complexo Fotovoltaico LAGOA é constituído por 144.768 módulos fotovoltaicos, conectados a


312 Inversores do fabricante SUNGROW com potência de 225 kW (40°C) cada, os quais por sua
vez estão interligados a 12 eletrocentros (Subestações Unitárias de 800/34500 V), conectadas
por meio de rede média tensão em 34.5 kV a uma subestação coletora de 34.5/69 kV, 80 MVA. A
Subestação da UFV LAGOA está interligada ao SIN por meio do seccionamento de duas linhas
de transmissão de 69 kV no trecho Coremas – Várzea de Souza e Coremas – São Gonçalo,
operada pela ENERGISA.

Visando garantir o atendimento regulatório, assim como os indicadores de desempenho e


segurança do trabalho, a atividade de operação e manutenção é composta pela seguinte
estrutura:

Gestão da Operação e Manutenção do complexo: Equipe especializada responsável pela gestão


de todas as atividades desenvolvidas nas instalações do complexo.

Operação e manutenção das instalações elétricas: Equipe especializada responsável pela


operação e manutenção dos módulos, trackers, inversores, eletrocentros, redes subterrâneas
internas de média tensão, subestação coletora, linhas de transmissão e o ponto de conexão com
o SIN (Sistema Interligado Nacional).

Manutenção civil: Equipe especializada em realizar limpeza e manutenção das instalações


internas, corte de vegetação, limpeza de painéis e acessos internos.

Gestão ambiental: Empresa especializada que atua em todas as áreas de maneira a garantir que
as atividades em desenvolvimento estejam atendendo todas as condicionantes ambientas. Cabe
também a esta empresa a elaboração de relatórios com suas respectivas periodicidades de
acordo com a licença de operação.

Coleta de resíduos: Empresa especializada responsável pela coleta e correta destinação dos
resíduos gerado nas atividades de manutenção do parque.

Centro de Operação: atividade desenvolvida por equipe própria da EDPR, responsável pelo
monitoramentos e operação remota dos Inversores, Eletrocentros, Subestação, Linha de
Transmissão e BAY de conexão.

4 DESCRIÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA E INDIRETA DO EMPREENDIMENTO.

O empreendimento em análise fica inserido no município de São José da Lagoa Tapada, na


região de Sousa do estado da Paraíba, distando da capital cerca de 425 km. O acesso ao
empreendimento é efetuado através da rodovia PB-348, partindo da cidade de São José da
Lagoa Tapada sentido Coremas a cerca de 3,5km as margens da Rod PB-348, até entrar em
estrada municipal, percorrendo por mais 3km até chegar na entrada da fazenda do
empreendimento.

3
Quanto a geomorfologia, a área de interesse encontra-se inserida na Província Borborema, não
foram encontradas cavernas e seu relevo é predominantemente plano a suave ondulado. Como
a área se apresenta plana e predominam neossolos, com pouca espessura, em áreas de
afloramentos rochosos e presença de cascalhos. As águas pluviais não se acumulam em pontos
de inundação, e sim, se infiltram totalmente no solo contribuindo para recarga do aquífero. A
vegetação predominante é a caatinga hiperxerófila, mesclado com áreas antropizadas e de
pasto, que configura uma região seca.

5 DESCRIÇÃO SUCINTA DO MONITORAMENTO DOS EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS,


INFORMANDO A PERIODICIDADE DE REALIZAÇÃO

Monitoramento dos equipamentos é realizado através do REMS – Renewables Energy


Management System (Sistema de Gerenciamento de Energia Renovável), o qual possibilita que
todo o sistema elétrico do parque, compreendido desde os módulos até a conexão com SIN, seja
monitorado em tempo real a partir do Centro de Operação da Geração em regime de 24/7,
ininterrupto. Este centro está implantado na cidade de São José dos Campos/SP e possui acesso
direto ao Complexo Fotovoltaico, assim como de todos os demais ativos da EDPR no Brasil.

Desta forma, é possível acompanhar e controlar cada um dos ativos em tempo real, podendo
reinicializar a operação de todos os sistemas à distância, enviar notificações para as equipes
locais e responder aos pedidos mais exigentes do Operador Nacional do Sistema elétrico
brasileiro (ONS). São assim armazenados mais de 2 milhões de dados diários numa base de
dados central com todos os registos históricos, que constitui o núcleo do nosso sistema de gestão
do desempenho operacional (OPMS - Operational Management System), o qual possibilita que as
nossas atividades de análise de desempenho e operações no terreno, alcancem um nível de
excelência operacional elevado.

A REMS foi desenvolvida pela EDP Renováveis e capaz de:

• Controlar centenas de Complexos Eólicos e Fotovoltaico remotamente, em tempo real;


• Maximizar a energia injetada no sistema, melhorando a disponibilidade;
• Reduzir custos operacionais;
• Criar referências entre diferentes fontes geradoras de energia;
• Cumprir exigências regulatórias.

6 TIPOS DE MANUTENÇÃO

A Manutenção e operação das instalações do sistema elétrico da UFV de LAGOA é dividido em :

6.1 Manutenções Preditivas:

A Manutenção Preditiva é uma atividade programada de frequência variável cujo objetivo é definir
o estado real de qualquer equipamento fazendo testes e verificações especializadas. Os

4
resultados são analisados para identificar se há alguma ação necessária. As ações e conclusões
mais comuns sobre os resultados da Manutenção Preditiva são as seguintes:

- Nenhuma ação: O dispositivo está OK. A próxima manutenção preditiva deve ser feita na
próxima vez, de acordo com o plano de manutenção.

- Aumentar a frequência de manutenção preditiva: O dispositivo está danificado, mas não há


motivos para reparos ou alterações. Próxima Manutenção Preditiva deve ser feita com mais
frequência.

- Ação Corretiva: O dispositivo está danificado e a melhor opção é substituir ou reparar.

6.2 Manutenção Preventiva:

A Manutenção Preventiva é uma atividade programada de frequência constante na qual várias


tarefas definidas são feitas para revisar o equipamento, não importando o seu histórico de
funcionamento, estado real ou resultados históricos de manutenção. Eventualmente, como um
trabalho de Manutenção Preventiva, as falhas podem ser detectadas e a Ação Corretiva deve ser
programada.

6.3 Manutenção Corretiva:

Qualquer manutenção realizada com o objetivo de restaurar as condições iniciais e ideais de


operação dos equipamentos, eliminando as fontes de falhas que possam existir. Dependendo do
contexto, a manutenção corretiva pode ocorrer em duas situações distintas: devido a uma avaria
inesperada e não planejada que tenha ocorrido, como por exemplo a queima de um
transformados ou, em segundo caso, devido ao relato de problema identificado através de um
programa de monitoramento das condições do equipamento, como por exemplo a intervenção
após a detecção de um alarme.

7 PERIODICIDADE DAS MANUTENÇÕES PREVENTIVAS E DESCRIÇÃO SUCINTA DOS


SERVIÇOS A SEREM EXECUTADOS

O Complexo Fotovoltaico de LAGOA terá o apoio de empresas terceirizadas responsáveis por


diversas atividades, incluindo as manutenções preditivas, preventivas e corretivas de todas as
instalações elétricas do complexo, as quais podem ser divididas em dois grandes escopos,
conforme segue:

7.1 Manutenção do sistema fotovoltaico;

As manutenções do sistema fotovoltaico, compreendem desde os módulos até os eletrocentros e


são realizadas de acordo com as recomendações dos fabricantes que variam em função da
configuração e tecnologia. Basicamente, as atividades respeitam periodicidades trimestrais,
semestrais e anuais, sendo formadas por:

5
• Manutenção dos módulos fotovoltaicos: Atividade constituída por inspeções visuais, testes
mecânicos e elétricos e a termografia;

• Manutenção dos trackers: Atividade constituída por inspeções visuais de todos elementos
e equipamentos, lubrificação mecânica dos todos elementos moveis e checagem de todo
sistema elétrico, mecânico e de comunicação.

• Inversores: Atividade constituída por inspeções visuais da integridade dos equipamentos e


das conexões elétricas. Adicionalmente são realizados testes do sistema de comunicação,
checagem de parâmetros e proteções elétricas.

• Eletrocentros: Atividade constituída por inspeções visuais da integridade dos


equipamentos e das conexões elétricas. Adicionalmente são realizados testes do sistema
de comunicação, checagem de parâmetros e proteções, testes elétricos e termografia.

7.2 Manutenção do Sistema Elétrico de Potência

A Manutenção e Operação do sistema elétrico de potência compreende desde as redes coletoras


de média tensão em 34.5 kV até a conexão com o SIN. Em caráter preditivo e preventivo estas
atividades são realizadas duas vezes por ano, conforme segue:

• Visita de inverno: As linhas de transmissão e os equipamentos da subestação são


inspecionadas por meio câmera termográfica, a fim de encontrar qualquer desconexão ou
mau funcionamento que possa causar aumento de temperatura nos equipamentos.

• Primeira Visita de Verão: Durante esta visita, as linhas aéreas de alta tensão são
inspecionadas, assim como os aspetos gerais da subestação e equipamentos. O objetivo
é realizar uma inspeção para detectar e resumir qualquer novo trabalho que precise ser
realizado, de forma que os materiais e ferramentas sejam preparados para a próxima
visita.

• Segunda Visita de Verão: A maior parte do trabalho de Manutenção Preventiva é feita


durante esta visita. Este trabalho inclui tarefas programadas para subestações, linhas de
alta tensão e BAY, incluindo qualquer nova tarefa que possa ser detectada e considerada
necessária na primeira visita de verão. Ressalta-se ainda que esta intervenção requer o
desligamento total do Complexo Fotovoltaico por um tempo determinado previamente,
bem como em função da quantidade e especificidade das atividades a serem
desenvolvidas.

De forma adicional, mensalmente todos os equipamentos que constituem o sistema elétrico de


potência, recebem uma inspeção visual, tendo como por objetivo verificar aspetos gerais dos
equipamentos, tais como temperaturas, níveis de óleo, pressão do SF6, oxidações e etc.

As manutenções corretivas ocorrem a qualquer tempo, respeitando um tempo de resposta de 2


hs após identificada a avaria. Para tanto, equipes permanecem em regime de prontidão durante
todos os dias do ano.

6
8 DESCRIÇÃO DO SISTEMA PREVISTO DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO DAS
INSTALAÇÕES E SUA PERIODICIDADE

O Complexo Fotovoltaico terá o apoio de empresas terceirizadas responsáveis por diversas


atividades, incluindo as manutenções civis, limpeza e conservação. Abaixo seguem as principais
atividades.

• Manutenção das vias internas: Trimestral

• Manutenção e limpeza das construções e prédios de O&M: Mensal

• Manutenção e limpeza da Subestação: Semestral

• Manutenção e limpeza áreas internas: Mensal

• Manutenção e limpeza das placas de sinalização: Semestral

• Manutenção e limpeza dos módulos fotovoltaicos: Semestral (se robotizada é constante)

• Manutenção e roçada da vegetação (roçada manual, roçada mecanizada e capina


química): Semestral (se robotizada é constante)

• Manutenção na faixa de serviço da Rede de Média Tensão: Semestral.

• Manutenção e limpeza da faixa de servidão da Linha de Transmissão de 138kV:


Semestral.

• Manutenção de erosões: Trimestral.

• Manutenção nos balizadores: Anual.

• Ações de manutenção não planejadas podem ocorrer durante todo o período de operação,
conforme necessidade.

9 MEDIDAS DE SEGURANÇA A SEREM ADOTADAS PARA EVITAR O ACESSO DE


PESSOAS NÃO AUTORIZADAS E DE ANIMAIS À ÁREA DO EMPREENDIMENTO.

Contempla uma guarita equipada com sistema de CFTV com capacidade de monitoramento de
toda a área do parque. Apenas pessoas com autorização da equipe de O&M e Saúde e
Segurança terão acesso às áreas internas do empreendimento.

Considerando que todo complexo é cercado com monitoramento integral, o controle de eventual
acesso de animais é realizado pela mesma equipe de vigilância, mediante rondas e
monitoramento remoto.

7
10 DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS EM CASOS DE
ACIDENTES E SEUS EFEITOS PARA O ENTORNO E A POPULAÇÃO ENVOLVIDA

Apresentamos o Plano de Resposta a Emergência anexo a este Plano.

11 PROGRAMA DE TREINAMENTO DE PESSOAL, CONTEMPLANDO AS PRÁTICAS


OPERACIONAIS E A MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

Todos os funcionários envolvidos na operação e manutenção passam por uma análise da equipe
de Saúde e Segurança, a fim de garantir que todos atendam os cursos necessários dependendo
de cada atividade.

Abaixo listamos os cursos obrigatórios e sua periodicidade:

• NR5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (único)

• NR6 – Equipamentos de Proteção Individual (único)

• NR10 – Riscos Elétricos (bianual)

• NR35 – Trabalho em Altura (bianual)

• Brigada de Incêndio – anual

12 ANEXOS

Anexo 1 – Plano de Atendimento a Emergências

8
Tipo do documento: Instrução Técnica
Código: BRA-OHS-TI/01.01

PLANO DE COMBATE A EMERGÊNCIAS Data: 15/07/18


Versão: 2.0

Versão Data Descrição da revisão Seção


afetada
1.0 15/06/2017 Edição inicial NA
2.0 15/07/2018 Reformulação de todos os capítulos devido inclusão Todas
de cenários

Note que essa documentação em formato de papel, pode ficar desatualizada. Para versões atualizadas, consulte o
servidor

Responsável Técnico
Ass.:
Ricardo Marinello de Mendonça
CREA: 5069222189

Data: 31/08/2021
SUMÁRIO

1. OBJETIVO 3
2. CAMPO APLICAÇÃO 3
3. REFERENCIAS 3
4. TERMOS E DEFINIÇÕES 3
5. PLANEJAMENTO 4
6. PROCEDIMENTOS PRELIMINARES DE EMERGÊNCIA 8
6.1. Abandono de Área 8
6.2. Isolamento da Área 11
6.3. Primeiros Socorros 11
7. CENÁRIOS E AÇÕES 13
7.1. Cenário 01: Desmaio 14
7.2. Cenário 02: Engasgamento 14
7.3. Cenário 03: Convulsões 16
7.4. Cenário 04: Queimaduras 17
7.5. Cenário 05: Princípio de Incêndio 18
7.6. Cenário 07: Acidente com eletricidade 21
7.7. Cenário 08: Acidente em espaço confinado 22
7.8. Cenário 09: Acidente com animais peçonhentos 23
7.9. Cenário 10: Invasão por Terceiros 24
8. EXERCICIOS E SIMULADOS 25
9. ORIENTAÇÕES FINAIS 25
Tipo do documento: Instrução Técnica
Código: BRA-OHS-TI/01.01

PLANO DE COMBATE A EMERGÊNCIAS Data: 15/07/18


Versão: 2.0

1. OBJETIVO

Plano de Emergência tem como principal objetivo estabelecer procedimentos e formas


de atuação no sentido de controlar os riscos para as pessoas, para o ambiente e para
propriedade, e responder de forma adequada às potenciais situações de emergência
que possam surgir, assegurando a integração das atividades com os meios de socorro
externos, que fazem parte do sistema público de proteção civil. Pretende também
estabelecer a cadeia de responsabilidades no âmbito da implementação, manutenção
e operacionalização dos procedimentos. Sendo abordando as questões necessárias para:

2. CAMPO APLICAÇÃO

Os procedimentos deste documento aplicam-se a todas as entidades que intervêm nos


parques eólicos da EDPR – Brasil, nomeadamente:
• Aos colaboradores da EDPR – Brasil,
• Aos colaboradores de empresas do grupo EDPR,
• Aos colaboradores de empresas contratadas pela EDPR – Brasil e aos seus
subcontratados,
• Aos visitantes internos e externos.

3. REFERENCIAS

• NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade


• NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos Espaço Confinado
• NR 35 – Trabalho em Altura
• Legislação federal, estadual e municipal
• Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiro
• Normas Técnicas ABNT NBR

4. TERMOS E DEFINIÇÕES

Abandono do Local:
É o método de deixar a edificação de maneira ordenada em situação de emergência,
utilizando-se de meios específicos.

Emergência:
Qualquer situação anormal não programada, relacionada às atividades, do processo ou
serviços da empresa, capaz de provocar danos às pessoas, instalações ou ao meio
ambiente, que exigem o desencadeamento de ações imediatas visando neutralizar ou
minimizar seus efeitos.

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Tipo do documento: Instrução Técnica
Código: BRA-OHS-TI/01.01

PLANO DE COMBATE A EMERGÊNCIAS Data: 15/07/18


Versão: 2.0

Incêndio:
Um Incêndio é uma ocorrência de fogo não controlado, que pode ser extremamente
perigosa para os seres vivos e as estruturas. A exposição a um incêndio pode produzir a
morte, geralmente pela inalação dos gases, ou pelo desmaio causado por eles, ou
posteriormente pelas queimaduras graves.

Ponto de Encontro:
São locais da edificação ou áreas que oferecem segurança quanto ao isolamento em
situações de emergência para reunião do pessoal e por transmissão de instruções
específicas de evacuação ou abandono.

Rotas de Fuga:
São indicações existentes que visam orientar as pessoas quanto aos caminhos mais curto
e seguro até as áreas externas e postos de abandono. Tais indicações podem ser do tipo
setas, placas indicativas distribuídas de forma estratégica pela edificação.

Simulados:
São treinamentos aplicados a situações próximas da realidade organizadas e planejadas
previamente onde é colocado em prática o Plano de Combate a Emergências.

5. PLANEJAMENTO

5.1. Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio

Os parques eólicos deverão possuir sistemas e medidas de segurança contra incêndio e


pânico, mediante apresentação de projeto junto ao Corpo de Bombeiros do estado de
localização das instalações. Qualquer alteração nos sistemas e medidas de segurança
contra incêndios e pânico ou no imóvel, deverá ser encaminhado para apreciação e
aprovação do Corpo de Bombeiros.
Os projetos deverão ser elaborados e assinados por responsáveis técnicos conforme
atribuição a eles estabelecida, acompanhados da respectiva ART ou RRT.
O projeto de prevenção e combate a incêndio deverá ser composto por plantas, detalhes,
desenhos, memoriais descritivos, planilhas de dimensionamento e especificações dos
sistemas e medidas de segurança contra incêndio e pânico para o parque eólico, das
edificações, subestações e aerogeradores.
Os projetos deverão ser elaborados conforme norma vigente do Corpo de Bombeiros do
estado de localização das instalações, com no mínimo:
• Sistema preventivo por extintores
• Sistema de proteção contra descarga atmosférica – SPDA
• Instalações de gás combustível (GLP & GN)
• Sistema de saída de emergência
• Sistema de iluminação de emergência

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Tipo do documento: Instrução Técnica
Código: BRA-OHS-TI/01.01

PLANO DE COMBATE A EMERGÊNCIAS Data: 15/07/18


Versão: 2.0

• Sistema de alarme e detecção de incêndio


• Sinalização para abandono de local

5.2. Inspeção do Sistema de Prevenção e Combate a Incêndio

Após a aprovação dos projetos de prevenção e combate a incêndio o Corpo de


Bombeiro deverá realizar a vistoria para liberação e funcionamento do parque, caso
solicitado deverá ser elaborado laudos, ensaios, inspeções e mensurações devem conter
a devida identificação do responsável técnico ou empresa executante, com: razão social,
endereço, inscrição estadual, CNPJ ou CPF, nome completo e assinatura do responsável
técnico pelo laudo, ensaio, inspeção ou mensuração, acompanhados da respectiva ART
ou RRT.
O chefe de parque deverá realizar a inspeção do sistema de prevenção e combate a
incêndio, registando as não conformidades encontradas e as manutenções realizadas,
conforme o Plano de Controle Operacional.

Sistema Preventivo Frequência O que observar

Inspeção visual da integridade dos componentes,


Extintor de incêndio Trimestral
vencimento da carga e do teste hidrostático.
Sistema de proteção
Inspeção do SPDA e medição da malha de
contra descarga Anual
aterramento do SPDA
atmosférica – SPD

Saída de emergência Trimestral A desobstrução das saídas de emergência.

Iluminação de
Trimestral Verificar todas as luminárias e seu funcionamento.
emergência

Abandono de local Trimestral Verificar as condições das indicações.

Verificar a central de alarme e realizar o


Sistema de alarme de
Anual acionamento do alarme de incêndio nos exercícios
incêndio
simulados.

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Tipo do documento: Instrução Técnica
Código: BRA-OHS-TI/01.01

PLANO DE COMBATE A EMERGÊNCIAS Data: 15/07/18


Versão: 2.0

5.3. Fluxo de Comunicação

5.3.1. Instrução de Emergência – Head Office

Ao identificar uma situação de emergência comunicar imediatamente a brigada


identificada com colete vermelho localizado no posto de trabalho ou consultar os
contatos de emergência obedecendo a ordem de acionamento, conforme BRA-OHS-
TI/01.01.01.

5.3.2. Instrução de Emergência – Parque Eólico

Ao identificar uma situação de emergência comunicar imediatamente o coordenador de


emergência ou consultar os contatos de emergência obedecendo a ordem de
acionamento, conforme BRA-OHS-TI/01.01.02.

5.4. Atribuições do Plano de Emergência

5.4.1. Compete aos Representantes Legais da Empresa:

• Garantir o cumprimento deste procedimento;


• Garantir recursos para administrar, desenvolver, implementar e manter o plano de
emergência;
• Responsabilizar-se pela comunicação externa da ocorrência, juntamente com área
de Comunicação Social da EDP Renováveis Brasil.
• Coordenar as múltiplas disciplinas e informar ao público externo, autoridades e
agentes de fiscalização via à Assessoria de Imprensa, para a mesma contatar o
público externo.

5.4.2. Compete ao Coordenador Geral:

• Apoiar o Coordenador de Emergência local nas ações e decisões durante a


ocorrência de emergência;
• Planejar ações do grupo de resposta à emergência em conjunto com os demais
Coordenadores de cada área.

5.4.3. Compete ao Coordenador de Emergência

Esta função é atribuída aos Chefes de Parque e Brigadistas no escritório central, na falta
esta função será desempenhada por alguém designado pelo Chefe de Parque e
brigadistas.

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Tipo do documento: Instrução Técnica
Código: BRA-OHS-TI/01.01

PLANO DE COMBATE A EMERGÊNCIAS Data: 15/07/18


Versão: 2.0

Toda emergência onde o colaborador não tenha competência para atendê-la, o


coordenador de emergência deverá ser comunicado e tomar as seguintes providências:
• Organizar, coordenar a emergência e atuar na busca e resgate.
• Orientar o grupo de busca e resgate.
• Auxiliar na elaboração dos relatórios de acidentes e simulados.
• Avaliar a cena para determinar a sua segurança, se há necessidade de desligar a
energia elétrica e demais providências;
• Ordenar o desligamento da energia elétrica na área atingida, quando necessário,
a partir da avaliação inicial;
• Coordenar à operação do parque, no auxílio a comunicação de emergência;
• Providenciar o isolamento das áreas de risco mais próximas;
• Quando necessário, realizar a evacuação e salvamento de pessoas, veículos e
materiais;
• Com a chegada do corpo de bombeiros e atendimento médico emergencial,
coloca-se à disposição, passando a trabalhar em conjunto, disponibilizando os
recursos necessários para o atendimento do sinistro;
• Ordenar o rescaldo e inspeção final do sinistro.
• Comunicar ao H&S Brasil o mais rápido possível sobre o acidente ocorrido.
• Notificar as empresas e moradores vizinhos para a tomada de medidas preventivas
necessárias caso afete a vizinhança.

5.4.4. Compete ao gestor de cada área-empresa:

• Garantir o cumprimento deste procedimento em sua área-empresa de


responsabilidade;
• Dispor recursos para implementar e manter o plano de emergência em sua área-
empresa;
• Garantir recursos para a realização de melhorias necessárias para evitar perdas ao
patrimônio, processo produtivo, recursos humanos e ao meio ambiente;
• Planejar ações do grupo de resposta à emergência em conjunto com os
Coordenadores de Emergência e área de Segurança;

5.4.5. Compete a cada colaborador EDPR e Prestador de Serviço

• Diante de qualquer quadro de emergência entrar em contato por telefone, rádio


ou e-mail com o coordenador de emergência ou responsável H&S Brasil;
• Informar a ocorrência pausada e claramente;
• Dizer o seu nome;
• Dizer o tipo de emergência;

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5.4.6. Compete ao responsável pela gestão da Segurança do Trabalho

• Garantir o desenvolvimento e implementação dos procedimentos específicos de


resposta à emergência;
• Programar simulados de emergência no parque envolvendo os Coordenadores de
Emergência e gestores das áreas.
• Auxiliar na confecção dos relatórios das áreas, logo após as emergências.
• Revisar o procedimento sempre que houver mudança no processo que resulte em
riscos diferentes.
• Atualizar o plano de emergência devido a ocorrência de grandes acidentes,
alteração de processos, mudanças nos cenários de risco e aspectos ambientais
significativos e alterações na legislação aplicável.
• Elaboração dos relatórios de acidentes e simulados
• Informar as empresas contratadas sobre os riscos existentes.
• Comunicar ao público e aos meios de comunicação, através da Comunicação
Social da EDP Renováveis Brasil caso necessário.
• Revisar o PPCI dos parques e escritório mediante mudanças da infraestrutura que
tenham impacto significativo no projeto original.

6. PROCEDIMENTOS PRELIMINARES DE EMERGÊNCIA

Prestar os primeiros atendimentos às possíveis vítimas, com eventual transporte e posterior


socorro especializado dos cenários, devendo ser utilizado, se possível, os recursos internos
e externos.

6.1. Abandono de Área

Abandonar a área, quando necessário, conforme comunicação preestabelecida, a uma


distância mínima de 300m do local do sinistro, permanecendo até a definição final.
Caso seja necessário abandonar a edificação, deve ser acionado o dispositivo de alerta
sonoro para que se inicie o abandono geral. Os ocupantes do setor/compartimentos
sinistrado, que já devem estar cientes da emergência, devem ser os primeiros a
abandonar, em fila e sem tumulto.

6.1.1. Procedimentos gerais em caso de emergência

Ao toque do dispositivo de alerta sonoro, deverão ser tomadas as seguintes providências:


• Pegue somente seus pertences pessoais (de mão);
• Dirija-se a rota de fuga determinado pelo Plano de Abandono (sem correr, sem
empurrar);
• Mantenha a calma (evite acidentes, tumulto e pânico);

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• Quando houver visitantes presentes, explique o que está ocorrendo, leve-os para a
fila e coloque-os à sua frente;
• Feche todas as portas que for deixando para trás;
• Sabendo que algum funcionário tenha faltado ao trabalho, avise o coordenador;
• Ande em fila indiana, mantendo-se em ordem;
• Caso você esteja em um setor que não seja o seu, junte-se ao grupo desse setor;
• Caso você esteja em um pavimento que não seja o seu, mas faz parte da brigada
de abandono, procure chegar ao seu setor o mais rápido possível, levando em
conta o tempo;
• Mantenha distância de 01 braço da pessoa que estiver à sua frente;
• Seriedade é fundamental, evite barulho desnecessário;
• Não interrompa por nenhum motivo o processo de saída;
• Não retorne às dependências do local da ocorrência;
• Ao chegar no local do ponto de concentração pré-determinado, mantenha-se em
ordem e devidamente disciplinado;
• Somente retorne ao seu trabalho após a liberação do coordenador geral;
• Obedecendo as orientações da Brigada de Emergência você estará seguro e salvo,
siga-as e respeite-as.

As Instruções de Emergência referidas neste capítulo destinam-se a estabelecer os


procedimentos a seguir por todos os colaboradores da EDPR Brasil e das empresas
externas, em caso de ocorrência de uma Emergência.
O fluxo de ações pode variar de acordo com o cenário e gravidade do ocorrido, desta
forma o coordenador de emergência é treinado e capacitado a coordenar a equipe de
apoio e atender a emergência de acordo com os treinamentos executados durante os
simulados.
Abaixo está descrito o fluxo de atendimento que deve ser seguido:

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ATENDIMENTO A EMERGÊNCIA

Colaborador / Prestador de Serviço Coordenador da Emergência

Ao receber a informação da EMERGÊNCIA Acionar a equipe de apoio informando


através do contato visual, telefone ou email o o local e tipo da EMERGÊNCIA e
Colaborador deve informar imediatamente o comunicar ao resp. da Segurança do
Coordenador de Emergência ou Brigadista Trabalho.

Dirigir-se ao local com no mínimo mais


um Brigadista. Chegando ao local
deverá ser feita uma Análise de Risco
Preliminar observando 360ᵒ do
ocorrido

Coletar o máximo de informações


possíveis e coordenar o atendimento
delegando as atividades para cada
responsável

A comunicação deverá ser feita seguindo a BRA-OHS-TI/01.01.01 (Escritório Central)


A comunicação deverá ser feita seguindo a BRA-OHS-TI/01.01.02 (Parques Eólicos)

Notas:
1 – Caso você observe que alguém levantou o braço a sua frente na escada, é sinal que
o fluxo de descida será interrompido momentaneamente;
2 – Qualquer dúvida procure a Brigada de Abandono do seu andar/compartimento.

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6.2. Isolamento da Área

Deve-se isolar fisicamente a área sinistrada utilizando fita zebrada (figura 1) ou qualquer
outro material que cumpra o mesmo objetivo, de modo a garantir os trabalhos de
emergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local.

Figura 1 – Fita zebrada

6.3. Primeiros Socorros

6.3.1. Parada Respiratória

Acontece quando a pessoa para de respirar, devendo prosseguir da seguinte forma:


1. Chame socorro;
2. Veja se não há nada tampando a garganta ou nariz;
3. Deite a pessoa com as costas em uma superfície lisa, deixando os braços
estendidos ao lado do corpo;
4. Feche as narinas da vítima usando seu polegar e indicador;
5. Faça duas ventilações encostando a sua boca na da vítima utilizando
proteções de contato se possível, deixando que o ar saia naturalmente;
6. Verifique se há pulso na carótida (pescoço);
7. Continue ventilando a cada cinco segundos e verificando o pulso a cada um
minuto;
8. Não parar a ventilação.
9. Caso a vítima seja uma criança, a boca do socorrista deve cobrir também o
nariz e o procedimento pode ser feito de maneira mais suave. Quando se tratar
de crianças a ventilação deve ser feita a cada 4 segundos e, em bebês a cada
5 segundos.

6.3.2. Parada Cardiopulmonar

Acontece quando a pessoa tem a interrupção dos movimentos cardíacos, devendo


prosseguir da seguinte forma:
a) Chame socorro;
b) Desobstruir as vias aéreas;

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c) Se a pessoa estiver sem respirar, deite-a com as costas no chão, em uma


superfície rígida;
d) De joelhos, ao lado da vítima, na altura de seus ombros, identifique o centro do
tórax, entre os mamilos;
e) Com os braços estendidos e uma mão sobre a outra, com os dedos
entrelaçados, apoie seu corpo no ponto central do tórax, iniciando as
compressões torácicas (figura 2);

Figura 2 – Reanimação cardiopulmonar

f) Entre um movimento e outro, o tórax deve sempre retornar ao seu tamanho


original;
g) Faça as compressões pelo menos 100 vezes por minuto;
h) Não interrompa a RCP até a chegada do socorro.

6.3.3. Equipamentos Necessários

Deverá estar equipado no momento do atendimento com material (kit primeiro socorros),
necessário à prestação do atendimento.
Manter esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada
para esse fim.
Relação dos materiais necessários para prestação de primeiros socorros:
• Maca;
• Colar cervical (P, M e G);
• Atadura crepom 10 cm;
• Rolo esparadrapo 2,5 x 4,5 mt;
• Bandagens triangulares 1 x 1,40 x 1 mt;
• Luvas de procedimento (pares);
• Protetores de queimadura e evisceração;
• Óculos de segurança;
• Tesoura resgate;
• Caixa de curativo adesivo (35 unid.);
• Compressas zobec 15 x 10 cm;
• Pacotes de gaze estéril 7,5 x 7,5 cm;
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• Frascos soro fisiológico 100 ml (não estéril);


• Pinça anatômica Inox 12 cm.

7. CENÁRIOS E AÇÕES

Serão descritos as ações necessárias conforme o cenário relacionado à situação


acontecida, conforme:
• Desmaio;
• Esmagamento;
• Convulsão;
• Queimadura;
• Incêndio;
• Acidente em altura
• Acidente com eletricidade;
• Acidente em espaço confinado
• Acidente com animais peçonhentos;
• Invasão por terceiros.

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7.1. Cenário 01: Desmaio

Esta situação acontece devido a perdas de sentindo, seja por lesão corporal ou mal
subido, deverão ser tomadas as seguintes ações:

7.2. Cenário 02: Engasgamento

Esta situação acontece devido à obstrução das vias aéreas, seja pela língua, alimentos ou
outros objetos, deverão ser tomadas as seguintes ações:

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Nota:
1 – Realizar manobra Heimlich (figura 3), conforme:
✓ Fique atrás da pessoa, coloque uma das mãos fechadas com o polegar para baixo, na região entre
a boca do estômago e do umbigo;
✓ Posicione a outra mão por cima e execute compressões para dentro e para cima, em um
movimento para forçar o pulmão a expelir o que estiver bloqueando as vias aéreas.

Figura 3 – Manobra de Heimlich

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7.3. Cenário 03: Convulsões

É uma alteração das funções cerebrais, que resultam em movimentação involuntária e


desordenada, geralmente com perda de consciência, deverão ser tomadas as seguintes
ações:

Nota:
1 – Deitar a vítima de lado, a perna de baixo fica esticada e a de cima flexionada, com o braço esticado por
baixo1 (figura 4):

Figura 4 – Posicionamento da vítima

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7.4. Cenário 04: Queimaduras

Esta situação acontece devido a traumas causados, na maioria das vezes, por agentes
térmicos, químicos ou elétricos, deverão ser tomadas as seguintes ações:

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7.5. Cenário 05: Princípio de Incêndio

O combate ao incêndio pode ser realizado pelos colaborados, desde que devidamente
treinados e capacitados durante a fase inicial do incêndio até a chegada da Brigada de
Incêndio e posteriormente se necessário o Corpo de Bombeiros, deverão ser tomadas as
seguintes ações (figura 6):

Notas:
1 – Verificar antes de iniciar o combate a incêndio o extintor correto para a classe de fogo, conforme figura
05:

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Figura 5 – Extintor x classe de fogo


2 – Instruções de utilização de extintor, conforme figura 06:

Figura 7.26 – Instruções de utilização de um extintor portátil

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7.6. Cenário 06: Acidente em altura

Em caso de acidente envolvendo local com trabalho em altura, deverão ser tomadas as
seguintes ações:

Nota:
1 - Juntamente com a bolsa com o restante do material: fita de ancoragem com protetor de cantos vivos,
alavanca, mosquetões e gancho isolado.
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7.7. Cenário 07: Acidente com eletricidade

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7.8. Cenário 08: Acidente em espaço confinado

Nota:
1 – Para o resgate poderá ser utilizado tripé de Resgate ou ponto fixo de ancoragem.
2 – O trabalhador treinado deverá alocar o multigás na entrada do EC, caso haja atmosfera IPVS o mesmo
deverá possuir equipamento autônomo para efetuar o resgate.

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7.9. Cenário 09: Acidente com animais peçonhentos

Notas:
1 – Não fazer torniquete: impedir a circulação do sangue pode causar gangrena ou necrose.
2 – Não furar, não cortar, não queimar, não espremer, não fazer sucção no local da ferida e nem aplicar folhas,
pó de café ou terra sobre ela, para não provocar infecção.

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7.10. Cenário 10: Invasão por Terceiros

a) Constatada a invasão, fazer contato imediatamente com o Supervisor.


b) Solicitar de forma educada e cortês a retirada dos invasores, salientando que os
mesmos estão em uma área particular. Nunca usar de violência física ou verbal;
c) Em caso de furto ou roubo, não resistir, apenas informar que se trata de uma
instalação com áreas de risco de morte;
d) Comunicar o fato a polícia militar e solicitar apoio;
e) Registrar a ocorrência por meio do Boletim de Ocorrência Policial (BO);

8. EXERCÍCIOS E SIMULADOS

O plano de emergência deve ser objeto de exercícios simulados frequentes, com vista a
testar a sua operacionalidade e manter os usuários treinados.
Os exercícios simulados de evacuação devem ser realizados semestralmente ou
anualmente com a participação de todos os colaboradores ou os responsáveis pelo
atendimento emergencial.
Após a ocorrência de um exercício simulado, deve ocorrer reunião com os Brigadistas para
discussão das ações corretivas e preventivas necessárias, com registro formal das decisões
tomadas em ata.
O registro da ata deve conter no mínimo:
• Data e hora do evento;
• Número de colaboradores que participaram do simulado;
• Tempo gasto para o abandono total da edificação;
• Atuação da Brigada de Incêndio;
• Registro do comportamento da população;
• Falhas em equipamentos;
• Falhas operacionais;
• Outros problemas durante o simulado.

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9. ORIENTAÇÕES FINAIS

Somente são permitidos o acesso dos profissionais devidamente autorizado, sendo


proibido o acesso a profissionais não autorizados.
Após a ocorrência de uma emergência, real ou simulada, ou for identificado um perigo
eminente deve ocorrer reunião com os Brigadistas para discussão das ações corretivas e
preventivas necessárias, com registro formal das decisões tomadas.
O plano de emergência está sujeito a revisões/alterações sempre que verifique:
• Identificação de novas situações que possam originar situações de emergência;
• Atualizações dos procedimentos ou instruções, resultantes dos dados obtidos nos
exercícios simulados ou ocorrências reais;
• Alteração do projeto preventivo de combate a incêndio;
• Alteração dos recursos internos ou externos disponíveis.
Sempre que houver a necessidade de uma revisão/alteração, o plano de emergência
deve ser atualizado.
Os trabalhadores que executar este procedimento devem ser treinados, passo a passo nas
atividades, conhecendo as medidas de controle existente.

IMPORTANTE: Omissão de Socorro


Art. 135 – Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave
e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal
de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

10. Registros

No. / Formulário para registro Elaborado Mantido Mantido


Núm.
por por durante
Name Código
1. INSPEÇÃO DO PPCI BRA FOHSP/01-02 GESTOR DA GESTOR DA 3 ANOS
USINA USINA
2. RELATÓRIO DE SIMULADOS DE BRA FOHSP/01-03 H&S - BR H&S - BR 3 ANOS
EMERGÊNCIA
3. CRONOGRAMA DE SIMULADOS BRA FOHSP/01-04 H&S - BR H&S - BR 3 ANOS

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