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São consideradas obras marítimas aquelas efetuadas pelo homem nos mares e oceanos,
a saber: navios e/ou naves de diversas espécies (em estaleiros).
Portos;
Diques;
Molhes;
Quebra-mares;
ESTRUTURAS PORTUÁRIAS
TIPOS DE PORTOS
PORTOS NATURAIS
Os portos naturais são estruturas, que pela sua configuração natural criam protecção
de tempestades e ondas a uma dada área, não necessitando de estruturas especiais de
protecção do tipo quebramar ou molhes. Mesmo a configuração natural da entrada,
usualmente, permite boa navegabilidade, embora a zona portuária em si seja mais
tranquila
PORTOS ARTIFICIAIS
Tais portos surgem por motivos de interesse económico, mesmo faltando inicialmente
as condições mínimas de abrigo e acesso. São portos protegidos dos efeitos das ondas
por quebramares destacados, molhes ou como resultado de dragagens para permitir o
acesso, caracterizam-se assim por uma forte intervenção humana na sua concepção.
2.Memória Descritiva
Numa fase preparatória dos trabalhos a realizar em obra, tem-se contacto com o projecto
de execução e documentos anexos que desempenham um papel importante na
planificação da obra.
O principal documento será a Memória Descritiva, em que se deverá prestar atenção aos
seguintes pontos ou assuntos:
i) Antecedentes;
Podemos ainda contar com uma série de anexos, sendo os mais importantes:
v) Cálculos estruturais;
Como mera orientação, referem-se de seguida os aspectos mais frequentes das fases
intermédias que se devem analisar de acordo com a obra em causa:
a) Quebramares de Talude
i) Secção do Núcleo
• Sequência de construção;
ii) Enchimento das células dos caixotões, verificando a diferença máxima de altura de
enchimento em célula contíguas.
c) Muros de Gravidade
As Cláusulas Técnicas do Caderno de Encargos devem ser bem estudadas, dado que
mostram as prescrições que devem cumprir os materiais, as instruções para realizar os
trabalhos e os critérios demedição e pagamento para as diferentes unidades.
v) Disposições gerais.
Orçamento
i) Os critérios de medição;
ii) A medição das distintas unidades da obra para a qual se realizará uma verificação
cuidada;
Após analisar o projecto de execução, devem-se estudar todos os aspectos que possam
vir a condicionar a execução dos trabalhos das obras a realizar. Mencionam-se apenas
os condicionamentos
específicos que podemos encontrar nas obras marítimas, sendo eles os que se referem à
navegação ou flutuação de embarcações e plataformas e sobre os processos construtivos
específicos destas obras.
Dominar tal temática é fundamental tanto para o Dono de Obra e Fiscalização, como
para o Empreiteiro, pois permite realizar um planeamento mais objectivo, em que todos
os aspectos expostos de seguida sejam considerados e não venham a causar surpresa
caso ocorram.
1. Prazos
• O número de dias úteis de trabalho por cada período considerado (meses por
exemplo); Estes dias obtêm-se descontando o número de dias, em que previsivelmente,
não se poderá trabalhar devido a intempéries;
• O funcionamento de equipamentos ou execução de actividades como betonagens em
tempo muito frio/quente, pavimentação com chuva, trabalho com gruas sujeitas a fortes
rajadas de vento, etc.
Dragas;
Batelões param descarga de enrocamento;
Equipamento para fabrico, movimentação e transporte de blocos, caixotões e
aduelas;
Equipamentos de mergulho;
Gruas de grande capacidade;
Pontões, plataformas “jack-up”, etc.;
Transportes especiais.
Britadeiras;
Centrais de betão;
Grandes áreas de terreno param fabrico de blocos, caixotões ou aduelas;
Armazenamento de cofragens de grandes dimensões (para pré-fabricados,
estacas…).
A disponibilidade de tais equipamentos e instalações condiciona todas as actividades e a
totalidade daobra, pelo que é fundamental garantir a sua correcta utilização, garantindo
que todos os processosconstrutivos se desenvolvem com ritmo e níveis de segurança
previstos.
QUEBRAMARES
Podem-se então definir quatro tipos de quebramares de acordo com o seu tipo de
concepção.
a) Quebramares de Parede Vertical
Blocos de betão;
Caixotões de betão;
Blocos de pedra;
Estruturas de betão e estacas prancha metálicas;
Pré-fabricados pré-esforçados com células circulares ocas.
b) Quebramares de Talude.
c) Quebramares Mistos
Certos quebramares são denominados de mistos, por terem um funcionamento como
quebramares de taludes até um certo nível de agitação, acima do qual funcionam como
quebramares verticais.
1.Armaduras:
2.Betões:
• Se existir central de betão na obra, como se produz normalmente muito betão nestas
obras, é necessário garantir o abastecimento a granel aos silos;
A betonagem destes muros também requer alguns cuidados especiais, que devem
ser cumpridos, destacando-se:
No caso de se optar por tais betões, eles não podem ser colocados por bombagem e é
necessário tomar isso em consideração, tendo de ser colocados com descarga directa de
balde, exigindo também a utilização de vibradores potentes.
Execução do muro de coroamento com deflector do quebramar do Porto do Ferrol
• Evitar betonagem por bombagem pois os betões poderão não ter as características
ideiais a essa solução (grandes agregados e consistências elevadas);
• O dimensionamento, produção e colocação dos carris pode demorar algum tempo pelo
que se deve pensar nisso com antecedência;
ATERROS
Os aterros vulgarmente são formados por materiais de vários tipos com a função de
criar, altear ou regularizar um local, criando uma plataforma Quando falamos em aterros
em obras marítimas, estes nascem normalmente em zonas inundadas ou de influência de
marés.tilizável.
iii)Aterros especiais.
O fornecimento e escolha dos materiais que vão dar origem a aterros em zonas
marítimas, com origem em empréstimos, devem seguir um processo de selecção
bastante rigoroso. Com o objectivo de optimizar a solução encontrada deve-se estudar:
v) Custos correspondentes
i) Evitar que existam migrações dos terrenos pouco consistentes que existem
no fundo para lugares pouco desejados podendo, para isso:
ii) Assegurar que os aterros não entram em contacto directo com o tardoz das
estruturas;
Os materiais com origem em dragagens podem ser levados para o local do aterro das
seguintes formas:
Para aterros de grandes dimensões é aconselhado que estes sejam construídos por
sectores, possibilitando:
Decantação dos finos para alguns sectores ainda não concluídos evitando que se
percam na totalidade; isto permite recolhê-los ou tratá-los posteriormente;
Realização de sobrecarga para acelerar a consolidação por sectores;
Abertura à utilização faseada.
Estudo de sedimentações;
Cálculos de estabilidade dos aterros e possível liquefacção dos solos;
Barreiras de protecção ambiental;
Estudos sobre consolidação, compactação e assentamentos do aterro.
Aterros Especiais
Há ainda a possibilidade de realizar aterros aproveitando materiais contaminados,
subprodutos de rocessos construtivos/industriais e materiais reciclados sempre que se
tomem medidas preventivas e minimizadores de impactos negativos.
Aterros de Tardoz
Os aterros no tardoz de muros são aqueles que estão em contacto directo ou próximos
dos muros de tenção dos aterros. Os materiais de aterro aí utilizados são fundamentais
para assegurar o bom funcionamento e estabilidade das estruturas.
Escavações ou empréstimos;
Pedreiras;
Dragados.
Os muros de gravidade são formados por elementos de betão armado, constituídos por
células (aduelas ou caixotões), fundados num prisma de fundação com o objectivo de
conter e suportar as acções exercidas por um aterro no seu tardoz.
Aterros gerais: não devem estar em contacto directo com a estrutura de contenção, e no
caso de se realizar pré carga para consolidação do aterro, devem-se estudar os impulsos
criados no muro, demodo a não provocar avarias no mesmo;
Fabrico dos blocos de betão: é preciso ter especial cuidado nos blocos de patente
registada, pois o seu fabrico exige cuidados específicos de cada modelo destacando-se o
tipo de betão, tipo de cofragem, modo de vibrar o betão, cura, modos de descofrar,
armazenar e transportar;
Aterro geral da plataforma: é essencial que este aterro não esteja em contacto directo
com os blocos de betão e que, no caso de se realizarem pré-cargas para consolidação
dos solos, estas não exerçam esforços descontrolados sobre o muro, de modo a não
provocar deslocamentos importantes ou mesmo o seu derrube.
Corte-tipo de um muro de gravidade com blocos de betão
Os muros de gravidade podem ainda ser formados por uma massa de betão, betonada
“in situ”, sendo recomendados nos seguintes casos:
Cofragens de duas e quatro faces utilizadas nos muros de gravidade betonado “in situ” no
Porto de Ibiza