Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aula Teórica-II
Subtemas:
Campo Elétrico (C.E) Dipolo Elétrico
C.E a partir da lei de Coulomb Exemplos de Campo Elétrico
Linhas de Campo Elétrico
Mecânica como ciência
II. Campo Elétrico
Qualquer região onde uma carga q experimenta uma força chama-se campo eléctrico. A força
Sub
elétrica exercida por uma carga sobre a outra é um exemplo de Acão de força a distância. Uma
tem
as:carga produz um campo eléctrico 𝑬 em todo espaço, e esse campo exerce força sobre a segunda
carga. Desta forma, é o campo eléctrico na segunda carga que exerce força sobre ela e não a
primeira carga. Este campo varia através do espaço com velocidade da luz, dai que se
deslocarmos subitamente uma carga 𝑞1 , a força que ela exerce na segunda 𝑞2 a uma distância r,
não irá variar antes de decorrer um intervalo de tempo.
Recorrendo a figura 2.2 (aula anterior), pode-se dizer que o campo eléctrico 𝑬 em qualquer
ponto será igual a razão entre a força resultante e a carga de prova (teste), i.e.,
𝐹𝑛 𝑁
𝐸= (2.1)
𝑞0 𝐶
De relação anterior, a força exercida por uma carga de prova 𝑞0 em qualquer ponto será,
𝑭 = 𝒒𝟎 𝑬 (2.2)
Vamos considerar uma carga 𝑞𝑖 e uma outra de prova 𝑞0 situada a uma distância 𝑃 dada por 𝑟𝑖 .
Desta forma, pela lei de Coulomb, a força actuante em 𝑃 será,
𝐾. 𝑞𝑖 𝑞0
𝐹𝑖 = 𝑟 (2.3)
𝑟𝑖, 2 𝑖
Conjugando esta relação com (2.1), para o campo eléctrico temos,
O campo elétrico pode ser visualizado através de linhas (também chamadas linhas de força)
que indicam sua orientação, e, este vetor (campo) é tangente à linha que passa pelo ponto em
causa. Para um ponto qualquer nas proximidades de uma carga puntiforme positiva, o campo
eléctrico 𝐸 é orientado radialmente afastando-se da carga (ou simplesmente, as linhas divergem)
figura 2.0. É por via disso que o campo eléctrico nas proximidades de uma carga positiva
também será orientado de forma a se afastar da carga, enquanto que, para carga negativa, as
linhas serão orientadas em direção à carga (ou simplesmente, as linhas convergem) figura 2.1
+ -
Figura 2.0 Linhas de Campo na Carga Positiva Figura 2.1 Linhas de Campo na Carga Negativa
O campo elétrico é mais forte quando as linhas de força estão mais próximas, dai que, o campo
eléctrico torna-se mais fraco cada vez que nos afastamos da carga. É importante também
salientar que o número de linhas que saem (carga positiva) ou que entram (carga negativa) é
proporcional à intensidade da carga, e, elas nunca se cruzam para evitar a duplicação do campo
no ponto de intersecção.
Para além disso, o campo eléctrico também pode ser uniforme, isto é, quando tiver o mesmo
módulo em todos os pontos do espaço. Podemos representar este campo por linhas de forças
paralelas em todos os pontos do espaço.
+ -
Define-se por dipolo eléctrico ao sistema de duas cargas iguais e opostas separadas por uma
pequena distância L. Enquanto momento de dipolo eléctrico (orientado da carga negativa para
positiva) é o parâmetro que descreve a intensidade e a orientação do dipolo eléctrico e, é definido
pela Expressão,
𝑝 = 𝑞𝐿 (2.6)
II.4 Exemplos de campos elétricos
II.4.1 Campo eléctrico de cargas pontuais distribuídas no ponto P.
𝑞1 𝐸 = 𝐸1 + 𝐸2 + 𝐸3 (2.7)
𝐸1
𝑞2 𝐸2 𝑃 𝑛 𝑛
1 𝑞𝑖
𝐸= 𝐸𝑖 = = 𝑢 (2.8)
𝐸3 4𝜋𝜖0 𝑟𝑖 2 𝑟
𝑞3 𝑖=1 𝑖=1
𝒓 𝒅𝑬 1 𝑑𝑞 1 𝑑𝑞
𝒅𝑸 𝑑𝐸 = 𝑢 ↔ 𝐸= 𝑢 (2.9)
4𝜋𝜀0 𝑟2 𝑟 4𝜋𝜀0 𝑟2 𝑟
A figura abaixo mostra um dipolo eléctrico (ver a difinição anterior) e para o campo temos,
𝑞1 𝑞2
𝐸1 𝑃 𝐸2
+ −
𝑑
𝑥
Figura 2.7 Dipolo Eléctrico
𝑟 2 = 𝑎2 + 𝑥 2 (2.16)
2𝜋𝑟
𝑥𝜆 𝑥2𝜋𝑟𝜆 𝑥𝑞
𝐸= 3 𝑑𝑙 = 3 ↔𝐸= 3 (2.18)
4𝜋𝜀0 𝑎2 + 𝑥 2 2 0 4𝜋𝜀0 𝑎2 + 𝑥 2 2 4𝜋𝜀0 𝑎2 + 𝑥 2 2
𝑑𝑟 𝑦 2 + 𝑟 2 = 𝑢 𝑒 𝑑𝑢 = 2𝑟𝑑𝑟 (2.21)
𝑟
𝑦 2 +𝑟 2
𝜋𝜎𝑦 3
𝐸= 𝑢− 2 𝑑𝑢 2.22
Figura 2.9 Disco Carregado 4𝜋𝜀0 𝑦2
2𝜋𝜎𝑦 1 𝑦 2 + 𝑟2
𝐸=− 𝑢− 2 (2.23)
4𝜋𝜀0 𝑦2
𝜋𝜎𝑦 1 1 𝜎 1
𝐸=− 1 − = 1− ,𝑥 > 0 ( 𝑛 2.24)
4𝜋𝜀0 𝑦2 + 𝑟2 2 𝑦 2𝜀0
𝑟2
1+
𝑦2
𝑟2
De relação (30), podemos chegar a algumas conclusões, quando 𝑦 ≫ 𝑟, 𝑦 2 ≅ 0 e 𝑟 → ∞:
𝜎
𝐸=0 𝑒 𝐸 = 2𝜀 (2.25)
0
[ ]
Para além disso, quando o ponto de aplicação de uma força conservativa (aquela que não
depende da trajectória) sofre um deslocamento , a variação na função energia potencial é dada
sob forma,
Relembrando a definição da força exercida por um campo eléctrico sobre uma carga de prova,
⃗ , então de relação anterior obtêm-se,
⃗
∫ ⃗
Agora se compararmos as relações (7) e (3), uma expressão importante pode ser definido, a
saber,
∫ ⃗
Superfície equipotencial
⃗
Linha do Campo
⃗
Figura. 4.1 Linhas do campo eleéctrico (linhas cheias) e as secções transversais das superfícies
equipotenciais (linhas tracejadas) para um campo eléctrico uniforme.
A relação (11) permite concluir que as superfícies equipotenciais com uma variação (diferença)
de potencial constante estarão mais próximas onde a intensidade do campo eléctrico ⃗ for maior.
Para encontrarmos a expressão para a energia potencial, vamos considerar uma carga estática
que provoca o deslocamento radial de uma outra carga de prova de um ponto a para um outro
ponto b ao longo de um campo eléctrico. Pela lei de coulomb, a força de interação entre as
cargas será,
∫ | ( )
( )
De relação (15), podemos deduzir a expressão para a energia potencial de várias cargas situadas
em diferentes posições mas interagindo com uma outra carga de prova , i.e,
( ) ∑
Levando em consideração a definição do potencial eléctrico (1) junto com as relações (16a) e
(16b), podemos escrever duas expressões para o potencial eléctrico de uma e de um grupo de
cargas, i.e,
Consideremos ainda uma carga de prova que se desloca de para . Como foi
definido, o trabalho será,
∫ ⃗
∫ ⃗ ∫ ⃗ ∫ ⃗
∫ ∫ ⃗ ⃗
⃗ ⃗
De relação anterior, quando o campo eléctrico possui uma direcção radial com relação a um
ponto, então podemos definir o campo eléctrico radial na forma,
Para este fim, vamos considerar um fio muito longo e infinito carregado, com uma
densidade linear de carga λ. Desta maneira o campo eléctrico terá uma única componente radial.
∫ ∫
( )
( )
Esta solução é válida também para cilindro de comprimento infinito quando a posição de estudo
for maior que o raio do cilindro .
∫ ∫
Figura 4.4 Fio carregado de comprimento 2a √
Devido a complexidade do integral (34), para a sua resolução recorremos a tabela dos integrais e
temos como solução,
√
( )
√
Analogamente ao campo eléctrico, vamos determinar o potencial num ponto situado sobre o
eixo do anel de carga total distribuída uniformemente a uma distância do seu centro.
∫
√
De relação (38) concluímos que, se o ponto P estiver muito afastado do centro do anel, o anel
comporta-se como uma carga puntiforme.
I. Capacitores
Sub
tem
as: Capacitor é um dispositivo (sistema) constituído por dois condutores (com cargas iguais e
opostas) separados por um isolante (ou imerso no vácuo).
O carregamento de um capacitor acontece pela transferência de cargas de um condutor para o
outro deixando um, com carga positiva ( ) e outro negativamente carregado ( ).
Na figura 5.1, as linhas verticais representam os condutores enquanto as horizontais são fios
conectados aos condutores.
Um dos métodos mais comum de carregar um capacitor consiste em conectar os fios aos
terminais opostas de uma bateria e, quando estabelecidas as cargas ( ) entre os
condutores, os fios são desconectados de modo a manter fixo a diferença de potencial entre
os condutores (placas). Para além disso, é importante salientar que entre os condutores o campo
eléctrico ⃗ é proporcional ao módulo da carga em cada condutor e desta forma a diferença de
potencial entre os condutores será proporcional a carga.
Ao dobrar o módulo da carga de cada condutor, dobra-se a densidade de carga em cada ponto,
bem como o campo eléctrico e a diferença de potencial entre os condutores. Este comportamento
faz com que a razão entre a carga e a diferença de potencial permanece constante e, dai surge a
definição da capacitância do condutor.
Em termos de aplicação, os capaciotres são usados para armazenar energia, produzir campos
eléctricos uniformes, filtrar corrente eléctrica, sintonizar frequência em circuitos de rádio, etc.
Este tipo de capacitores são os mais empregues e são compostos por placas condutoras dispostas
em paralelo com áreas e separadas por uma distância . É importante ainda salientar que, se
for pequeno comparado com o tamanho das placas, então o campo entre as placas será uniforme.
Conhecendo a área e o módulo das cargas das placas podemos definir a densidade superficial da
carga e posteriormente o campo eléctrico entre as placas, i.e,
( ) ∮⃗ ⃗ ∑ ( )
( )
Determinada a diferença do potencial entre e , podemos calcular a capacitância do capacitor,
( )
De relação anterior, pode-se ver que a capacitância é directamente proporcional a forma
(geometria) das placas, do meio onde as placas estão imersas e inversalmente proporcional a
distância entre as placas.
Para, além disso, e não variam para um dado capacitor, e é uma constante universal, dai
que, podemos dizer que no vácuo a capacitância independe da carga do capacitor bem como da
diferença de potencial entre as placas.
A figura 5.3 mostra um conjunto de capacitores ligados em paralelo a uma bateria. Diz-se que os
capacitores estão em paralelos, quando uma diferença de potencial da aplicada através da
combinação é a mesma através de cada um dos capacitores, enquanto a sua carga total será dada
pela soma individual das cargas.
( ) ( )
Figura 5.3 Capacitores em paralelo
( ) ∑ ( ) ( )
Mais uma vez, a figura 5.4, mostra um conjunto de capacitores ligados em série a uma bateria.
Diz-se que os capacitores estão ligados em série quando uma diferença de potencial da aplicada
através da combinação, é igual a soma das diferenças de potenciais de cada um dos capacitores
enquanto o módulo das cargas nos capacitores permanece constate.
( ) ∑ (
( ) ( ))
Para além das associações em série e em paralelo, também podemos encontrar em algumas das
vezes a associação mista de capacitores (figura 4.5). Ela é composta de capacitores em série e
outros em paralelo.
Nota: Para encontrar a capacitância equivalente
(total) deste circuito, primeiro determinamos
(capacitância equivalente entre ) e, em
segundo lugar procuramos a capacitância total, que
será a soma entre visto que estarão em
Figura 4.5 Associação Mista de Capacitores
série.
Observação:
Para além dos capacitores planos existem também os capacitores cilíndricos e esféricos.
Um capacitor cilíndrico consiste em um pequeno cilindro condutor ou um fio de raio e uma
casca cilíndrica condutora concêntrica maior de raio . O cabo coaxial idêntico ao utilizado em
televisores é um exemplo de um capacitor cilíndrico.
II. Energia
II.1 De um capacitor
Para carregar um capacitor, é necessário energia pois para aumentar a sua carga um trabalho
deve ser realizado para vencer a repulsão por parte da carga presente. É importante salientar que
este trabalho contribui no aumento da energia no condutor. Para além disso, a energia potencial
armazenada no capacitor carregado é exactamente igual ao trabalho realizado para carrega-lo.
Suponhamos que num dado instante, uma carga tenha sido transferida de uma placa para outra,
então desta forma, a diferença de potencial entre as placas naquele instante, será ⁄ . Se a
seguir transferirmos uma carga extra , então a quantidade adicional de trabalho necessário
será,
( )
Para carregar por completo o capacitor até a carga final , será necessário o seguinte trabalho,
∫ ∫ ( )
Este trabalho é armazenado sob forma de energia potencial U no capacitor, segundo a forma,
( ) ( ) ( )
( ) ( )
Substituindo as expressões (5.13) e (5.14) na definição de energia de um capacitor (5.12b),
resulta,
( )( ) ( ) ( )
( )
III. Dieléctrico
III.1 Definição
Denomina-se por dieléctrico a todo material não condutor, como o vidro, o papel, a madeira e
outros. A existência de um dieléctrico entre as placas de um capacitor contribui para:
a) Minimiza a distância de separação entre as placas, isto é, permite a aprocimação das
placas sem nenhum contacto entre elas.
b) Limita a diferença de potencial a ser aplicado entre as placas para evitar a roptura
dieléctrica, pois todo material dieléctrico possui uma rigidez dieléctrica característica
(intensidade máxima de ⃗ que pode suportar).
Vamos considerar duas situações, a primeira, um capacitor carregado e isolado sem dieléctrico e
a segunda, o mesmo capacitor contendo um dieléctrico entre as placas. Se o campo eléctrico no
início for ( ), então, com o dielétrico será ( ). Desta forma, para o capacitor de placas
paralelas separadas por uma distância , a diferença de potencial nas duas situações será,
( )
Levando em consideração que a carga é mantida fixa, então para a nova capacitância temos,
( ) ( ) ( )
⁄
Contudo a relação anterior sustenta a afirmação anterior de que a capacitância aumenta por um
factor k ( ).
( )
é a permissividade do dieléctrico
b) Dieléctricos não – polares são aqueles que não tendo momentos de dipolo eléctrico
permanentes, elas podem adquirir por indução quando colocados num campo eléctrico
externo, e, este momento tem sentido do campo externo aplicado.
Quando o campo eléctrico externo é aplicado em uma lâmina não polar, seu efeito é separar
ligeiramente os centros das cargas positivas e negativas de moda a que haja acumulação de carga
positiva em uma das faces e negativa na outra e, desta forma, a lâmina como um todo permanece
electricamente neutra.
I. Corrente Eléctrica
Sub
Entende-se por corrente eléctrica ao movimento ordenado (ou fluxo) de cargas através da secção
tem
as:transversal de um condutor.
Nota: A intensidade de corrente no integral anterior pode ou não ser uma função de tempo. Para
além disso, por convenção, o sentido e a direcção do deslocamento das cargas positivas ditam
também o sentido e a diracção da corrente.
𝐼 = ∫ 𝐽𝑑𝐴 (6.7)
Se 𝑛 é o número de partículas com carga livre por unidade de volume em um fio condutor de
área de secção 𝐴 e que cada partícula possua carga 𝑞 movendo-se com velocidade 𝑣𝑑 , então, em
um intervalo de tempo ∆𝑡, todas as partículas no volume 𝐴𝑣𝑑 ∆𝑡 atravessam a área de secção.
Desta forma, o número de partículas nesse volume é 𝑛𝐴𝑣𝑑 ∆𝑡, enquanto a carga total será,
∆𝑄 = 𝑞𝑛𝐴𝑣𝑑 ∆𝑡 (6.8)
A corrente em um condutor é impelida pelo campo eléctrico 𝐸⃗ em seu interior, que exerce uma
força 𝑞𝐸⃗ sobre as cargas livres. Uma vez que a orientação da força em uma carga positiva
coincide com a do campo eléctrico, então, o vector 𝐸⃗ terá a mesma orientação da corrente.
Para além disso, é importante lembrar que o campo eléctrico em um condutor é orientado no
sentido de diminuição do potencial eléctrico, desta forma, o fluxo das cargas positivas também
será neste sentido.
∆𝐿 A figura ao lado, mostra um condutor de comprimento 𝐿 e
𝑎 𝑏
área de secção transversal 𝐴 percorrido por uma corrente 𝐼.
𝐴
Supondo o campo eléctrico uniforme ao longo do condutor,
então, a diferença de potencial (𝑉) será,
𝐸⃗
Figura 6.2 Segmento conduzindo uma corrente I 𝑉 = 𝑉𝑎 − 𝑉𝑏 = 𝐸∆𝐿 (6.11)
Para melhor compreensão, vamos considerar a figura 6.3, que mostra um condutor de
comprimento 𝒍 e uma área de secção transversal 𝑨.
A figura 6.4, mostra um conjunto de resistências ligadas em série. Diz-se que duas ou mais
resistores estão ligadas em série quando a corrente 𝐼 que passa por elas é constante, enquanto a
queda de tensão entre os terminais dos resistores é igual a soma das quedas de tensão entre cada
resistor.
∆𝑉 = 𝑅𝑒𝑞 . 𝐼 (6.26)
Onde:
𝑅𝑒𝑞 − é a resistência equivalente (total)
b) Em paralelo
A figura 6.5, mostra um conjunto de resistências ligadas em paralelo a uma bateria. Diz-se que
os resistores estão ligados em paralelos quando a queda de tensão entre os resistores é a mesma
através de cada um dos resistores.
∆𝑉 ∆𝑉 ∆𝑉
𝐼1 𝐼2 𝐼3 𝐼1 = (𝑎), 𝐼2 = (𝑏) 𝑒 𝐼3 = (𝑐) (6.27)
𝑅1 𝑅2 𝑅3
𝑅1 𝑅2 𝑅3 ∆𝑉
1 1 1
𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 + 𝐼3 = ( + + ) ∆𝑉
Figura 6.5 Associação em paralelo de resistências 𝑅1 𝑅1 𝑅1
Onde:
𝑅𝑒𝑞 − resistência equivalente (total)
Vamos considerar o circuito da figura 6.6 que mostra uma associação mista de resistências. Para
encontrar a resistência equivalente precisamos de simplificar o circuito, e para tal, vamos aplicar
a configuração Y, mostrada na figura 6.7.
𝑅2 𝑅5 𝑅1 . 𝑅2
𝑅𝐴 = (6.30)
Figura 6.6 Associação Mista de Resistências 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3
𝑅1 . 𝑅3
𝑅1 𝑅4 𝑅𝐵 = (6.31)
𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3
𝑅𝐵
𝑅2 . 𝑅3
𝑅𝐶 = (6.32)
𝑅𝐴 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3
𝐴 𝑅3 𝐵
Já de figura 6.8, facilmente podemos determinar a
𝑅𝐶
expressão para a resistência equivalente, seguindo os
𝑅2 𝑅5 passos:
Figura 6.7 Aplicação da configuração Y
10 . 𝐸𝑚 𝑠é𝑟𝑖𝑒: 𝑅𝐵4 = 𝑅𝐵 + 𝑅4 𝑒 𝑅𝐶5 = 𝑅𝐶 + 𝑅5 (6.33)
1 1 1
20 . 𝐸𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜: = +
𝑅𝐷 𝑅𝐵4 𝑅𝐶5
𝑅𝐵 𝑅4
𝑅𝐵4 . 𝑅𝐶5
𝑅𝐷 = (6.34)
𝑅𝐴 𝑅𝐵4 + 𝑅𝐶5
Onde, 𝑅𝐷 − é a resistência equivalente entre 𝑅𝐵4 𝑒 𝑅𝐶5 e
𝑅𝐴 𝑅𝐴 𝑅𝐷 𝑅𝑒𝑞
Dr Enfraime Jaime Valoi, valoi.enfraime@gmail.com Page 6
𝑅𝐸
Universidade Zambeze Disciplina: Física II
Lição n0 7: Força Electromotiz
Faculdade de Ciência e Tecnologia
(fem) e Circuitos Eléctricos
Nível 01- Segundo Semestre
Cursos: Engenharias, Mecatrónica e Eléctrica Semana de: 12-16/04/2021
Aula Teórica
Docente Responsável: Msc. Enfraime Jaime Valoi (valoi.enfraime@gmail.com)
Subtemas:
Tipos de dispositivos de fem Associação de Resistências
Cálculo de Corrente eléctrica Carregamento do circuito RC
Mecânica
Resistência
comoInterna
ciência Descarregamento do circuito RC
I. Força Electromotriz
Sub
tem Para manter uma corrente estacionária em um condutor, é necessário uma fonte de energia
as:
eléctrica. E, ao dispositivo que fornece a energia eléctrica em um circuito é chamado fonte de
força electromotriz (fem). Os dispositivos mais comuns de fem ( ) são, a bateria e o gerador. A
bateria, transforma a energia química em eléctrica, enquanto o gerador, transforma a energia
mecânica em eléctrica.
O circuito da Figura 7.1, mostra uma fonte de fem (uma bateria) e pode se ver da figura que,
o sentido do movimento dos portadores de carga é do terminal negativo (baixo potencial e baixa
) para o terminal positivo (alto potencial e alta ), e, assim em relação ao circuito.
Potencial
como sendo a energia por unidade de carga.
Baixo
A força electromotriz é a energia por unidade de carga transferida pela bateria às cargas em
movimento.
I. Cálculo de Corrente
II.1 Método de Energia
Pelo princípio de conservação de energia, o trabalho realizado pelo dispositivo de fem (bateria)
deve ser igual a energia térmica no resistor, dai que,
Suponhamos que percorremos o circuito da figura 7.1 em qualquer sentido partindo do ponto e
somando algebricamente as diferenças de potencial. Veja que ao retomarmos ao ponto de partida
devemos ter o mesmo potencial. Esta afirmação nos leva a enunciar as leis de Kirchhoff, a saber,
lei dos nós e das malhas respetivamente.
A soma algébrica de todas as correntes que chegam (entram) e que saem de um nó deve ser igual
a zero. Onde por convenção, são positivas as que chegam e negativas as que saem.
Nota: Ao escrever as equações para a lei dos nós, é importante se lembrar que o número total das
equações, vai ser dado pelo número total dos nós na malha menos um, i.e,
Numa rede, a soma algébrica de todas as quedas de tensão ao longo de qualquer trajectória
fechada (malha) é igual a zero.
Para melhor aplicação destas leis vamos considerar duas regras básicas e importantes,
Exemplo de Aplicação
{
Figura 1 Circuto de 2 Malhas
| | | | | |
Suponhamos que a fonte de força electromotriz da figura 7 seja uma bateria real, com uma
resistência interna ligada por um fio a um resistor externo de resistência R. Desta forma,
aplicando a lei das malhas, percorrendo o sentido horário partindo de , temos
Veja que a relação (7.9) se reduz a anterior (7.7) quando a bateria é ideal, onde .
A figura 7.2, mostra três resistências ligadas em série a uma bateria ideal de fem . Não
definiremos a associação em série, porque já foi definido nos capítulos anteriores.
Para determinar a diferença de potencial entre dois pontos quaisquer num circuito, partimos de
um ponto e percorremos o circuito em qualquer sentido, somando algebricamente as quedas de
potenciais encontradas ao longo do percurso até o outro ponto.
Vamos analisar a figura 7.3, partindo do ponto até ao ponto , seguindo o sentido horário, i.e,
V. Circuitos RC
Antes de mais, é importante lembrar que nas secções anteriores, tratamos de circuitos em que as
correntes não variavam com o tempo. Desta vez, estudaremos correntes que variam com o
tempo. Chamamos de circuitos RC, ao conjunto formado por um resistor e um
capacitor/condensador que, pode ser ligado em série ou em paralelo a uma fonte de tensão.
Esta equação descreve a variação da carga com o tempo no capacitor, dai que, a nossa tarefa é
encontrar a função , e, para tal vamos considerar as condições iniciais .
∫ ∫
∫ ∫ ( ) ( )
( )
( ) ( )
Desta vez, suponhamos que o mesmo capacitor (figura 7.5) esteja inicialmente carregado com
carga e depois a chave é girada do ponto para o ponto de modo que o capacitor
descarregue através do resistor.
A relação (7.17) continua válida, mas com uma observação de que a fonte de fem já não existe,
isto é, , então, de mesma relação resulta,
∫ ∫
( )
Figura 7.6 Evolução temporal da corrente e voltagem no capacitor durante a carga em um circuito com R=1,2 MΩ, C=20 _F
e V0=25 V.
TPC
Use o espaço abaixo para esboçar os gráficos de evolução temporal da corrente e voltagem no
capacitor durante a descarga.