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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

CIV347 – SISTEMAS DE ESGOTAMENTO


SANITÁRIO

ESTUDO DE CONCEPÇÃO DE SISTEMAS


DE ESGOTAMENTO SANITÁRIOS
COLETIVOS
Sistema Centralizado

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Sistema Semi-centralizado

3
Sistema Descentralizado (soluções individuais)

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SISTEMAS CENTRALIZADOS X SISTEMAS DESCENTRALIZADOS

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Fonte: TONETTI, A. L. et al. Tratamento de esgotos domésticos em comunidades isoladas: referencial para a escolha de soluções. 1. ed. Campinas: Biblioteca/Unicamp, 2018. E-
book (153p.). Disponível em: www.fec.unicamp.br/~saneamentorural/index.php/publicacoes/livro
VARIANTES DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

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Fonte: BARROS, R. T de V. et al. Manual de saneamento e proteção ambiental para os municípios. Belo Horizonte: Escola de engenharia da UFMG, Vol. II. 1995. 221p
SISTEMAS INDIVIDUAIS OU UNIFAMILIAR

Os sistemas unifamiliares (ou individuais) se


referem àqueles que atendem uma família que
habita um ou dois domicílios muito próximos.

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SISTEMAS COLETIVOS

Os sistemas coletivos consistem em canalizações


que recebem o lançamento dos esgotos,
transportando-os ao seu destino final, de forma
sanitariamente adequada.

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SISTEMAS COLETIVOS: Sistema Unitário

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Fonte: BARROS, R. T de V. et al. Manual de saneamento e proteção ambiental para os municípios. Belo Horizonte: Escola de engenharia da UFMG, Vol. II. 1995. 221p
SISTEMAS COLETIVOS: Sistema Separador Absoluto

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Fonte: BARROS, R. T de V. et al. Manual de saneamento e proteção ambiental para os municípios. Belo Horizonte: Escola de engenharia da UFMG, Vol. II. 1995. 221p
UNIDADES DO SISTEMA CONVENCIONAL DE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO

 Rede Coletora (PVs, TIL, TL)

 Interceptor (PVs)
 Emissário
 Estação Elevatória
 Sifão Invertido
 Estação de Tratamento
 Disposição Final
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UNIDADES DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Esquema de sistema de coleta, transporte, tratamento e disposição final de esgoto sanitário


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Fonte: NUVOLARI, A. Esgoto sanitário: coleta, transporte, tratamento e reuso agrícola. Rio de Janeiro: Editora Edgard Blucher, 2013.
SISTEMA PÚBLICO CONVENCIONAL

 Ramal Predial
 Coletor de Esgoto
 Coletor Tronco
 Interceptor
 Emissário
 Poço de Visita
 Estação Elevatória
 Estação de Tratamento
 Disposição Final
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Fonte: BARROS, R. T de V. et al. Manual de saneamento e proteção ambiental para os municípios. Belo Horizonte: Escola de engenharia da UFMG, Vol. II. 1995. 221p
SISTEMA CONDOMINIAL

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Fonte: Tsutiya, M. T., Alem Sobrinho, P. 1999. Coleta e transporte de esgoto sanitário. São Paulo: EPUSP/PHD.
NORMAS TÉCNICAS PARA PROJETOS DE SISTEMAS DE ESGOTO
 NBR9648 / 1986 - Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário - Procedimento
 NBR 9649/ 1986 - Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário
 NBR14486/ 2000 - Sistemas enterrados para condução de esgoto sanitário - Projeto de redes
coletoras com tubos de PVC
 NBR14208/2005 - Sistemas enterrados para condução de esgotos - Tubos e conexões cerâmicos
com junta elástica - Requisitos

 NBR12207/2016 - Projeto de interceptores de esgoto sanitário


 NBR12208/1992 - Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário - Procedimento
 NBR12209/2011 - Elaboração de projetos hidráulico-sanitários de estações de tratamento de esgotos
sanitários
 NBR15710/ 2009- Sistemas de Redes de Coleta de Esgoto Sanitário Doméstico a Vácuo
 NBR16682/ 2018 - Projeto de linha de recalque para sistema de esgotamento sanitário - Requisitos
 NBR12587/1992 - Cadastro de sistema de esgotamento sanitário - Procedimento
 NBRISO 24511/2012 - Atividades relacionadas aos serviços de água potável e de esgoto - Diretrizes
para a gestão dos prestadores de serviços de esgoto e para a avaliação dos serviços de esgoto 15
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION (ISO)-
standards relevant for sanitation services
• ISO/FDIS 30500 (2018): Non-sewered sanitation systems – Prefabricated integrated treatment units –
General safety and performance requirements for design and testing
• ISO 24521 (2016): Activities relating to drinking water and wastewater services – Guidelines for the
management of basic on-site domestic wastewater service
• ISO 24510 (2007) Activities relating to drinking water and wastewater services – Guidelines for the
assessment and for the improvement of the service to users
• ISO 24511 (2007) Activities relating to drinking water and wastewater services – Guidelines for the
management of wastewater utilities and for the assessment of wastewater services

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ESTUDO DE CONCEPÇÃO DO SES

NBR 9648/1986 - Estudo de concepção de sistemas de Esgoto Sanitário


 Reunir todas as informações disponíveis da área:
 Geográficas
 Hidrológicas
 Demográficas
 Econômicas
 Uso e ocupação do solo
 Não considerar a divisão política administrativa

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UNIDADES DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Esquema de sistema de coleta, transporte, tratamento e disposição final de esgoto sanitário


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Fonte: NUVOLARI, A. Esgoto sanitário: coleta, transporte, tratamento e reuso agrícola. Rio de Janeiro: Editora Edgard Blucher, 2013.
TIPOS DE TRAÇADO DE REDE COLETORAS E INTERCEPTORES

Tipos de traçado de redes coletoras e interceptores: (a) Traçado perpendicular; (b) Traçado em leque; (c) Traçado distrital

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Fonte: Tsutiya, M. T., Alem Sobrinho, P. 1999. Coleta e transporte de esgoto sanitário. São Paulo: EPUSP/PHD.
Traçado da Rede - Rede tipo perpendicular

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Traçado da Rede - Rede em leque

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Traçado da Rede – radial ou distrital

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Traçado da Rede – Outros fatores

 Profundidades máximas e mínimas

 Interferências – sondagem do terreno

 Aproveitamento de canalizações existentes

 Planos Diretores de urbanização

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Acessórios e traçado

Orientação do fluxo dos esgotos nos órgãos acessórios


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Traçado de rede coletora em loteamentos - Exemplo
- Elaboração de um plano de
escoamento do esgoto conforme
as cotas do terreno e do greide da
via pública;
- Identificação dos coletores
principais;
- Identificação dos trechos de
coletores e das singularidades –
no inicio dos coletores, no
cruzamento de vias publicas,
respeitando distanciamento
máximo entre singularidades (Tl,
TIL e PVs ) de 100m.

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RAMAIS
CONDOMINIAIS
ROCINHA – RIO DE JANEIRO
PETROLINA -
PERNAMBUCO
ROCAS - NATAL
PARAUAPEBAS - PARÁ
SALVADOR - BAHIA
PLANALTINA - BRASÍLIA
SALVADOR – COMÉRCIO E BANCOS
BRASÍLIA – MANSÕES DO LAGO
NORTE
Os ramais condomoniais e suas posições alternativas

RAMAL DE PASSEIO RAMAL DE JARDIM

RAMAL DE FUNDO DE LOTE RAMAL MISTO


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Rede básica

RAMAL DE PASSEIO RAMAL DE JARDIM

RAMAL DE FUNDO DE LOTE RAMAL MISTO

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O ramal que “passa por onde pode”

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ÓRGÃOS
ACESSÓRIOS
Órgãos acessórios – dispositivos

 Poço de Visita (PV)


 Terminal de Limpeza (TL): tubo que permite a
introdução de equipamentos de limpeza e
substitui o PV no início dos coletores
 Caixa de Passagem (CP): câmara sem acesso em
curvas e mudanças de declividade

 Tubo de Inspeção e Limpeza (TIL): dispositivo não


visitável, permite a introdução de equipamentos de
limpeza.
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Órgãos acessórios
Poço de Visita (PV)

 início dos coletores


 mudanças de direção
 mudanças de declividade
 mudanças de material
 degraus
 reunião de coletores
 tubo de queda

Preferencia a PV se:
• ø da tubulação >400mm
• profundidade >3m
• reunião com mais de 3 coletores
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Órgãos acessórios – Poço de Visita (PV)

PV com tubo de queda


PV típico 41
Órgãos acessórios – Poço de Visita (PV)

PV em alvenaria (com tubo de queda)

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Órgãos acessórios – Poço de Visita (PV)
PV em aduelas de concreto armado pré moldado

Chaminé executada somente


quando H > 2,50 m
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Órgãos acessórios – Tubo de Inspeção e Limpeza (TIL)

TIL (plástico)
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Órgãos acessórios – TIL Radial

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Órgãos acessórios – Terminal de Limpeza (TL)

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Órgãos acessórios – Caixa de Passagem (CP)

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Tubulação 100% Plástico

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Ligação domiciliar – Selim

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Profundidade mínima do coletor

p = a + i.L + h + hc
onde:
p = profundidade mínima do coletor público (m)
L = distância entre o coletor público e caixa de inspeção (m)
h = desnível entre o leito da via pública e o piso do compartimento a esgotar (m)
hc = altura da caixa de inspeção (0,50 m)
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Profundidade mínima do coletor

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Profundidade mínima do coletor a partir da cota do vaso
assentado abaixo do greide da rua

52
Localização da tubulação na via pública

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Localização da tubulação na via pública

Fatores intervenientes:
 interferências (galerias de águas pluviais, cabos telefônicos
e elétricos, adutoras, redes de água, tubulação de gás)
 profundidade dos coletores
 tráfego
 largura da rua
 soleiras dos prédios, etc.

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Ligações de esgoto quanto a posição da rede coletora
]

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Ligações de esgoto quanto a posição da rede coletora

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Ligações de esgoto quanto a posição da rede coletora

57
Ligações Prediais: Sistema ortogonal - ligação simples

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Ligações Prediais: Sistema ortogonal - ligação simples

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Ligações Prediais: Sistema radial - ligações múltiplas

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Ligações Prediais: Sistema radial - ligações múltiplas

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Localização da rede em planta

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INTERCEPTORES

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Profundidade dos coletores

 Máximas
 Passeio: 2,0 a 2,5 m

 Eixo ou terço: 3,0 a 4,0 m

 Coletores situados abaixo de 4,0 m: projetar coletores


auxiliares para receber ligações prediais
 Mínimas
 Proteção da tubulação

 Permite a ligação predial

Norma: recobrimento mínimo de 0,90 m no leito e 0,65 m no passeio


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Profundidade dos coletores

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Dispositivo Gerador de Descarga - DGD

Concepção básica do funcionamento de Detalhe de instalação do DGD na


redes coletoras de baixa declividade, com cabeceira da rede
o uso do DGD
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Dispositivo Gerador de Descarga - DGD

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REDES PRESSURIZADAS

Parâmetros de projeto para o dimensionamento de redes pressurizadas

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Fonte: Metcalf & Eddy (1981)
REDES A VÁCUO

Parâmetros de projeto para o dimensionamento de redes a vácuo

69
Fonte: Metcalf & Eddy (1981)
COMPOSIÇÃO DO ESGOTO SANITÁRIO

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TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
 Hidráulica: transporte de vazões máximas e mínimas como
condutos livres
 Reações bioquímicas: controle de sulfeto de hidrogênio
 Deposição de materiais sólidos: ação de autolimpeza

Exemplo de curva de variação


horária da vazão de esgoto

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Processos que ocorrem em condutos de esgoto
Com oxigênio suficiente para prevenir a entrada do Sob condições de formação do sulfeto
sulfeto no esgoto

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Distribuição desigual da corrosão em tubo de
concreto devido ao ácido sulfúrico

Antes da limpeza

Depois da limpeza com jato de água


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Custos relativos de implantação de redes coletoras 23/38

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Fonte: NUVOLARI, A. Esgoto sanitário: coleta, transporte, tratamento e reuso agrícola. Rio de Janeiro: Editora Edgard Blucher, 2013.
TUBULAÇÕES
Materiais utilizados em tubulações de esgoto

Tubos cerâmicos:
• Ø: 100, 150, 200, 250, 300, 350, 375,400 mm
• Junta: asfalto / elástica (redes coletoras)

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Materiais utilizados em tubulações de esgoto

Tubos PVC:
• Ø: 100 a 400 mm
• Junta: elástica (redes coletoras)

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Materiais utilizados em tubulações de esgoto
Tubos de concreto:
 Ø: 400 a 2000 mm

 Junta: elástica (coletores tronco, emissários e


interceptores)

78
Materiais utilizados em tubulações de esgoto
Tubos de ferro fundido dúctil:
 Ø:150 a 1200 mm

 Junta: elástica (linhas de recalque)

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Materiais utilizados em tubulações de esgoto
Tubos de polietileno:
 Ø: 63 a 1200 mm (linhas de recalque,
emissários submarinos)

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Abertura das valas na via pública

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Escoramento das valas

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Locação das tubulações

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Construção dos órgãos acessórios

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SUGESTÕES DE ARTIGOS PARA LEITURA COMPLEMENTAR

BRANDT, Emanuel Manfred Freire; SOUZA, Cláudio Leite; CHERNICHARO, Carlos Augusto Lemos. Alternativas para o controle de odores e
corrosão em sistemas de coleta e tratamento de esgoto. Eng. Sanit. Ambient., Rio de Janeiro , v. 22, n. 4, p. 611-623, Aug. 2017.
http://dx.doi.org/10.1590/s1413-41522017145398.
Castro Galvao, Alceu, Jr. "Desafios para a universalização dos serviços de agua e esgoto no Brasil." Revista Panamericana de Salud Publica, vol.
25, no. 6, 2009, p. 548+. Gale Academic OneFile, https://link-
gale.ez35.periodicos.capes.gov.br/apps/doc/A205567894/AONE?u=capes&sid=AONE&xid=22de79b0.
FOLLMANN, Fernanda Maria; FOLETO, Eliane Maria. IMPORTÂNCIA DE REDE COLETORA DE ESGOTO EM ÁREA DE RECARGA DE
AQUÍFERO. Raega - O Espaço Geográfico em Análise, [S.l.], v. 29, p. 115-134, dec. 2013. ISSN 2177-2738.
doi:http://dx.doi.org/10.5380/raega.v29i0.30527.
Haghighi, Ali ; Bakhshipour, Amin E. Deterministic Integrated Optimization Model for Sewage Collection Networks Using Tabu Search. Journal
of Water Resources Planning and Management, Vol.141(1), 2015. https://doi-org.ez35.periodicos.capes.gov.br/10.1061/(ASCE)WR.1943-
5452.0000435
Moisés da Cruz Fonseca, R., Panazzolo Sarmento, A., & Martins de Paula, H. Práticas executivas de redes coletoras de esgoto sanitário. REEC -
Revista Eletrônica De Engenharia Civil, 9(3), 2014. https://doi.org/10.5216/reec.v9i3.32031.
Rizwan Younis, Mark A. Knight. Continuation ratio model for the performance behavior of wastewater collection networks. Tunnelling and
Underground Space Technology, V. 25 (6), 2010. https://doi.org/10.1016/j.tust.2010.06.003.

REFERENCIAS DAS FIGURAS E FOTOS


- O Autor
- ZAMBOM, R. C.; CONTRERA, R. C.; SOUZA, T. S. O. Sistemas de Esgoto Sanitário. PHA3412 – Saneamento, Departamento de Engenharia
Hidráulica e Ambiental, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, 2017.
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LINKS DE CATÁLOGOS TÉCNICOS

1. https://www.tigre.com.br/catalogos-tecnicos

2. http://amancowavin.com.br/produtos/infraestrutura/saneame
nto-esgoto

3. http://krona.com.br/wp-content/uploads/2017/03/Catalogo-
de-Produtos-Krona-2017.pdf

4. https://www.plastilit.com.br/upload/download/6.pdf

5. http://plastubos.com.br/product-category/esgoto/

6. http://www.tecnofluidos.com.br/images/Catalogo-Duratop.pdf
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