9 - Relatório de Visita Técnica

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PODER EXECUTIVO - PREFEITURA DE CHAVES

SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Translado de ida de Belém-PA para Chaves-PA da

equipe técnica contratada.
Figura 2. (a) Equipe técnica EcoSet uniformizada; (b) Canal do
Jandiá; (c) Redes atadas na embarcação; (d)
Paisagem natural nas proximidades da cidade de
Chaves.
Figura 3. Vista do barco para o trapiche da cidade de Chaves.
Figura 4. Sala do setor administrativo; (a) mesa responsável
técnica; (b) mesa da assistente administrativa; (c) vista
da sala da porta de entrada.
Figura 5. Mapa impresso em banner da zona urbana de Chaves.
Figura 6. Sala do Secretário de Meio Ambiente em Chaves.
Figura 7. Lixão Municipal de Chaves, com focos de queima.
Figura 8. Imagens no lixão municipal de Chaves; (a) fumaça
proveniente da queima autorizada pela Prefeitura no
lixão; (b) presença de animais domésticos na área; (c)
resíduos recicláveis, como metais e plásticos
queimados; (d) presença de eletrodomésticos no lixão.
Figura 9. Imagens do funcionário da prefeitura no lixão municipal;
(a) equipe realizando a entrevista com o funcionário; (b)
luva para proteção individual; (c) ancinho artesanal de
madeira.
Figura 10. Membros da equipe da Secretaria de Meio Ambiente de
Chaves apresentando a área para a equipe externa da
terceirizada contratada.
Figura 11. Estrada de acesso à futura área do aterro municipal de
resíduos.
Figura 12. Equipe interna e externa do município acessando a
futura área do aterro municipal por um caminho
previamente demarcado.
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Figura 13. Equipe interna e externa conhecendo a área de

possível implantação de um novo aterro municipal.
Figura 14. Equipe interna e externa acessando a área de possível
implantação de um novo aterro municipal.
Figura 15. Faixa da praia de Chaves com o trapiche da cidade.
Figura 16. Perfil do solo à beira da praia.
Figura 17. A equipe de apoio para locomoção no aguardo da
equipe técnica, estacionados à beira da praia.
Figura 18. Sacas abandonadas de areia extraída da praia.
Figura 19. Búfalos soltos na capoeira na margem da praia,
próximos às sacas de areia extraídas ilegalmente da
praia.
Figura 20. Foto panorâmica do porto da cidade de Chaves.
Figura 21. Local de descarregamento e carregamento de produtos
e materiais no porto de Chaves.
Figura 22. Embarcações ancoradas na área do porto de Chaves.
Figura 23. Descarregamento à beira rio no porto de Chaves.
Figura 24. Curral nas dependências do matadouro privado,
localizado à margem do braço de rio.
Figura 25. Dependências do matadouro privado, localizado à
margem do braço de rio.
Figura 26. Lateral do matadouro 1, com os canos de lançamento
de efluente, despejados diretamente no rio.
Figura 27. (a) Ponte de acesso ao matadouro 2; (b) a ponte de
embarque e desembarque do gado para o curral do
matadouro 2.
Figura 28. Lateral do curral do matadouro 2.
Figura 29. Curral temporário para abate de gado, havendo três
cabeças de gado para o abate.
Figura 30. Estrutura do curral do matadouro 2.
Figura 31. Dependências do matadouro 2; (a) dejetos no curral; (b)
tanque com lodo.
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Figura 32. As três cabeças de gado bovino, ocupantes do curral do

matadouro 2, que serão abatidos para abatescimento
da cidade.
Figura 33. Dejetos no curral do matadouro 2.
Figura 34. (a) Corredor de passagem do gado do curral para o
matadouro; (b) resíduos encontrados nas
dependências do matadouro 2.
Figura 35. Dependências do matadouro 2.
Figura 36. Lançamento de efluentes do matadouro 2, diretamente
no solo.
Figura 37. Fachada do empreendimento de gás de cozinha.
Figura 38. Botijões de gás butano expostos ao sol.
Figura 39. Curral da cidade, localizado em frente ao sindicato dos
produtores rurais de Chaves.
Figura 40. Dependências do curral municipal de Chaves.
Figura 41 Animais apreendidos no dia da visita técnica.
Figura 42. Nascer do sol na saída da equipe do trapiche da cidade
de Chaves, em direção ao distrito de Arapixi.
Figura 43. Equipe da visita técnica tomando café da manhã.
Figura 44. Imagens da Vila Moraes no Distrito de Arapixi; (a) vista
da entrada da Vila Moraes; (b) residências suspesas,
estilo ribeirinhas, conhecidas como palafitas; (c) lixeiras
para depósito de resíduos sólidos urbanos; (d) caixas
d’água de abastecimento para a Vila Moraes.
Figura 45. Imagens da estrutura da Vila Moraes no Distrito de
Arapixi; (a) bomba de água para abastecimento da
cidade; (b) ruas em pontes de madeira.
Figura 46. Imagens da futura escola sustentável de Chaves.
Figura 47. Imagens da estrutura da Vila Moraes no Distrito de
Arapixi; (a) casa de apoio; (b) ginásio da escola.
Figura 48. Aerofoto, realizada com sobrevôo de drone, do lixão e
do cemitério municipal da Vila Moraes no Distrito de
Arapixi
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Figura 49. Imagem do Lixão da Vila Moraes no Distrito de Arapixi

Figura 50. Imagem do Lixão da Vila Moraes no Distrito de Arapixi
Figura 51. (a) imagem da queima de resíduo próximo ao corpo
d’água; (b) ponte que passa pelo curso d’água, na Vila
Moraes, no Distrito de Arapixi.
Figura 52. Imagem do local de armazenamento e do gerador de
energia da Vila Moraes.
Figura 53. Imagem da ponte para a pista de pouso, sendo solo
desertificado.
Figura 54. Imagem da pista de pouso da Vila Moraes no Distrito de
Arapixi
Figura 55. Equipe técnica interna e externa reunida na visita
técnica na Vila Moraes no Distrito de Arapixi.
Figura 56. Ponte de acesso à casa de show.
Figura 57. Pneus para reutilização na casa de show.
Figura 58. Contêiner utilizado na Casa de show.
Figura 59. Ponte de acesso; campo de futebol recreativo.
Figura 60. Paisagem natural à beira do rio.
Figura 61. Trapiche da casa de show.
Figura 62. Rabeta, sendo a locomoção principal do povo ribeirinho.
Figura 63. Lixeira; alta produção de papelão.
Figura 64. Construções na Vila Moraes no Distrito de Arapixi.
Figura 65. Salão de eventos da vila, escola temporária.
Figura 66. Posto de saúde do Arapixi; lixeira vazia.
Figura 67. Ponte de acesso; casa de show.
Figura 68. Equipe atravessando o rio na rabeta.
Figura 69. Paisagem natural.
Figura 70. Paisagem natural
Figura 71. Visita na escola com energia solar.
Figura 72. Escola com energia solar.
Figura 73. Área externa da escola.
Figura 75. Escola Municipal com placas fotovoltaicas.
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Figura 76. Casa de ribeirinho; ponte de acesso.

Figura 77. Plantação de açaí, casa com antena parabólica.
Figura 78. Sistema agroflorestal, casa ribeirinha.
Figura 79. Capacitação técnica interna na sede da Secretaria de
Meio Ambiente de Chaves.
Figura 82. Viagem de retorno, barco e avião.
Figura 83. Capacitação técnica na sede da EcoSet Assessoria,
Belém/PA.
Figura 84. Capacitação Técnica na sede da Ecoset Assessoria,
Belém/PA.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 8
2. VISITA TÉCNICA À ZONA URBANA 11
3. VISITA TÉCNICA À ZONA RURAL 40
4. CAPACITAÇÃO TÉCNICA 66
5. PARECER TÉCNICO 72
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RELATÓRIO DE VIAGEM PARA O MUNICÍPIO DE CHAVES/PA

RELATÓRIO Relatório nº 010/2020
Data: 27/10/2020
Visita Técnica Entregue
Situação Atual: Capacitação Técnica Entregue
Registro fotográfico Entregue
1. INTRODUÇÃO
A equipe da consultoria técnica contratada, através do pregão eletrônico nº

9/2020-01, com o termo de contrato de prestação de serviço Nº 20200505, adotou a
logística de deslocamento de Belém/PA para Chaves/PA majoritariamente fluvial,
conforme esquema abaixo (Figura 1), com a saída de Belém no dia 01 de outubro de
2020, às 15h, e chegada em Chaves no dia 04 de outubro de 2020, às 11h.
Belém (PA) - Santana (AP) - Macapá (AP) -

Santana (AP) Macapá (AP) Chaves (PA)
• 24 horas • 40 minutos • 8 horas
Figura 1. Translado de ida de Belém-PA para Chaves-PA da equipe técnica contratada.

Fonte: EcoSet Assessoria.
Devido ao horário de saída da embarcação que faz o trajeto entres as cidades

de Macapá e Chaves, a equipe técnica se hospedou por um dia na cidade de Macapá,
para esperar o embarque.
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O embarque foi no horário da madrugada, às 2 horas da manhã, no Canal do

Jandiá, na cidade de Macapá, como vemos nas imagens abaixo. A equipe estava
devidamente uniformizada, com os seus assentos marcados, característicos das
embarcações amazônidas, com suas redes para a viagem de 8 horas até a cidade de
Chaves que, quanto mais próxima da cidade, mais exuberante a paisagem se
mostrava, como na figura abaixo.
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a b
c d
Figura 2. (a) Equipe técnica da EcoSet uniformizada; (b) Canal do Jandiá; (c) redes atadas
na embarcação; (d) paisagem natural na proximidades da cidade de Chaves.
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Figura 3. Vista do barco para o trapiche da cidade de Chaves.

2. VISITA TÉCNICA À ZONA URBANA
No dia 05 de outubro de 2020, as consultoras ambientais Evellyn Kran e

Marjorie Azevedo, ambas Engenheiras Ambientais, se apresentaram ao quadro
técnico, conforme o disposto no quadro 1, que compõe a Secretaria de Meio Ambiente
de Chaves (SEMMA), cujas presenças tinham sido solicitadas previamente, portanto,
todos estavam presentes.
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Cargo/Função Nome
Secretário de Meio Ambiente Adriano Rodrigues
Secretário Adjunto de Meio Ambiente Giovani Barbosa
Técnica Ambiental (Eng. Ambiental) Gisella
Nilva
Assistentes Administrativas
Merian
Vando
Laceiros Máximo
Junior
Agente de Serviços Gerais Maria Rocha.
Quadro 1. Equipe interna da Secretaria de Meio Ambiente de Chaves presente no primeiro dia.
Inicialmente, a equipe da Secretaria apresentou às consultoras ambientais o

local de trabalho da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O espaço se define em
duas salas principais, sendo uma para a técnica ambiental e para as assistentes
administrativas, e a outra para o Secretário de Meio Ambiente, além de uma copa. Na
sala da assistência administrativa foi encontrado um computador, uma impressora,
duas mesas e quatro cadeiras, além de espaço para o armazenamento de
documentos.
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a b
c
Figura 4. Sala do setor administrativo; (a) mesa da técnica ambiental; (b) mesa da assistente
administrativa; (c) vista da sala da porta de entrada.
Na sala do Secretário de Meio Ambiente, o ambiente é climatizado, equipado

com uma mesa e três cadeiras, um mapa na parede com as ruas da cidade de Chaves
(Figura 5). Nesta sala ocorreu a reunião de apresentação e a capacitação técnica.
As dependênciaa da Secretaria são composta de um espaço amplo, que
comporta o seu quadro técnico.
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Figura 5. Mapa impresso em banner da zona urbana de Chaves.

Figura 6: Sala do Secretário de Meio Ambiente de Chaves.

Por decisão dos secretários e consultoras, logo após a apresentação, às

10h30, a equipe foi levada para conhecer a zona urbana do Município, por motos
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alugadas para a locomoção da equipe, custo previsto em orçamento. Nesta visita, a

equipe técnica externa identificou pontos de atenção para a gestão ambiental
municipal, objetivando o cuidado e a proteção ao meio ambiente, que serão
destacados e comentados abaixo, em ordem cronológica, conforme a realização da
visita técnica.
O primeiro local da visita foi o lixão da cidade de Chaves. Na área, podemos
identificar uma grande quantidade de resíduo reciclável, de eletrodomésticos,
resíduos orgânicos e rejeitos. Foi relatado que também é disposto resíduos perigosos
e hospitalares no local.
Ao adentrar no local do lixão, foi encontrado uma fumaça negra, proveniente
da queima de resíduos sólidos a céu aberto. Um funcionário da Prefeitura fica no local
para vigiar e acompanhar a entrada dos resíduos, além de realizar a queima desses
resíduos.
Figura 7: Lixão Municipal de Chaves, com focos de queima.

Na área, foi encontrada a presença de animais, como porco, cachorro e urubu,

devido ao não isolamento da área e à alta disponibilidade de resíduo orgânico, que
atrai a presenção de animais, podendo atrair vetores de doenças, configurando ameça
à saúde pública.
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Ao entorno da área, foram identificadas algumas habitações, provenientes de

invasões na área, ou seja, estas não possuem autorização oficial do Municipio para
estar habitando no local, entretanto, a falta de distanciamento do local do lixão da
estrada, possibilita que a população se aproxime, pois a mesma tende a residir
próximo a vias de acesso.
a b
c d
Figura 8. Imagens do lixão municipal de Chaves; (a) fumaça proveniente da queima no lixão;
(b) presença de animais domésticos na área; (c) resíduos recicláveis, como metais e plásticos
queimados; (d) presença de eletrodomésticos no lixão.
Dentro da área, foi encontrado uma casinha que abriga um funcionário da

Prefeitura, o Sr. Francisco, responsável por monitorar e queimar resíduos. No dia da
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visita técnica, as consultoras dialogaram com o Sr. Francisco, que alegou trabalhar
para a Prefeitura de Chaves há quase 20 anos. Atualmente, exerce a jornada de
trabalho de 12 horas de trabalho e 36 horas de folga. Durante esta conversa, pode-se
identificar que foi disponibilizado, para ele e para o outro funcionário que realiza o
revezamento com o Sr. Francisco, botas e luvas (figura 9c) como equipamento de
proteção individual (EPI), sendo de responsabilidade do funcionário levar a sua própria
máscara. Para o manuseio e queima dos resíduos, o funcionário utiliza um ancinho
artesanal de madeira (figura 9d).
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b c
Figura 9. Imagens do funcionário da Prefeitura no lixão municipal; (a) equipe realizando a

entrevista com o funcionário; (b) luva para proteção individual; (c) ancinho artesanal de
madeira.
Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Chaves e EcoSet Assessoria.
Ao redor da área do lixão, foi encontrada uma mata de vegetação secundária,

com vegetação de altura mediana, limitando a área com um cinturão verde, com um
caminho demarcado para uma capoeira, não sendo esclarecido o histórico de
ocupação da área.
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Figura 10. Membros da equipe da Secretaria de Meio Ambiente de Chaves apresentando a área
para a equipe da terceirizada contratada.
Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Chaves.
Ao término da visita ao atual lixão, a equipe foi para a possível área de

instalação de um futuro aterro municipal para a destinação final dos rejeitos da coleta
municipal de resíduos urbanos de Chaves, sendo identificado que suas características
são favoráveis, por ser uma área não alagada, com distância das vias principais de
acesso. O local ainda permite um cinturão verde de isolamento, devido à presença de
vegetação natural, e, ao que tudo indica, está distante de corpos hídricos, devendo
esta informação ser confirmada, por meio de um estudo mais detalhado da área.
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Figura 11. Estrada de acesso à possível área do aterro municipal de rejeitos.

Figura 12. Equipe interna e externa do município acessando, por um caminho previamente
demarcado, a possível área do aterro municipal.
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Figura 13. Equipe interna e externa conhecendo a área de possível implantação de um

novo aterro municipal.
Fonte: Secretaria de Meio Ambiente de Chaves.
Figura 14. Equipe interna e externa acessando a área de

possível implantação de um novo aterro municipal.
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O próximo ponto visitado foi a área da praia do Município de Chaves, área que
compreende às margens do rio Amazonas, onde se forma a praia e onde encontra-se
o trapiche da cidade.
Figura 15. Faixa da praia de Chaves, com o trapiche da cidade.

A equipe interna da Secretaria Municipal de Meio Ambiente levantou um ponto

no local de atividade irregular, cujos procedimentos de regularização precisariam ser
levantados na habilitação para o licenciamento ambiental do Município, que seria a
extração ilegal de areia.
Segundo relatos dos membros da Secretaria que habitam no Município desde
que nasceram e acompanharam a evolução da cidade, houve uma mudança na
paisagem, devido à extração irregular de areia, modificando, assim, as características
da praia, assim como do perfil do solo que encontra-se à beira do rio, podendo
acarretar deslizamentos e erosão do solo.
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Figura 16. Perfil do solo à beira da praia.

Figura 17. A equipe de apoio para locomoção, no aguardo da equipe técnica, estacionados à
beira da praia.
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A equipe continuou com a locomoção pela extensão da faixa de praia e,

próximo à margem do escoamento de um braço de rio, foram encontradas sacas de
areia extraída no lugar, fato este que comprova os relatos dos moradores da cidade
de Chaves sobre a extração ilegal de areia da praia.
Figura 18. Sacas abandonadas de areia extraída da praia.

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Figura 19. Búfalos soltos na capoeira, na margem da praia, próximos às sacas de areia extraídas
ilegalmente da praia.
Continuando no braço do rio onde a equipe estava, encontra-se o porto de

Chaves, local onde as embarcações de carga e pesca ficam ancoradas no intervalo
de suas viagens. Muitas vezes, os condutores dessas embarcações ficam nelas
esperando o dia do retorno.
Figura 20. Foto panorâmica do porto da cidade de Chaves.

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Figura 21. Local de descarga e carregamento de produtos e materiais no porto de Chaves.

Figura 22. Embarcações ancoradas na área do porto de Chaves.

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Figura 23. Descarregamento à beira do rio no porto de Chaves.

Durante a visita, foram visitados dois matadouros, localizados próximo à zona

portuária, na beira do rio, sem nenhum tratamento de efluentes. É considerado que
esta atividade é altamente poluidora, por possuir um alto despejo de matéria orgânica,
podendo alterar as propriedades físico-químicas e biológicas das águas superficiais e
subterrânea.
A equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente discorreu sobre a
importância desses dois matadouros para a cidade, sendo estes os responsáveis pelo
abastecimento de todos os pontos de venda de carne da cidade. Ou seja, a produção
destes locais são direcionadas para o abastecimento da população urbana do
Muncipio de Chaves.
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Figura 24. Curral nas dependências do matadouro privado, localizado à margem do braço de rio.
O primeiro matadouro particular visitado estava vazio e limpo, como pode ser
observado nas imagens a seguir. Foi afirmado, pela equipe da Secretaria Municipal
de Meio Ambiente, que este ainda estava ativo, mas que o gado de corte estava em
falta para o abastecimento da cidade neste dia.
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Figura 25. Dependências do matadouro privado, localizado à margem do braço de rio.

Como observado nas imagens acima, o lançamento do efluente é diretamente

no corpo hidrico que escoa para a praia de Chaves, sendo que este efluente contém
alta concentração de matéria orgânica, como sangue e fezes, além de matéria quimica
oriunda da limpeza do local, como água com detergente.
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Figura 26. Lateral do matadouro 1, com os canos de lançamento de efluente despejados

diretamente no rio.
O segundo matadouro particular apresentado à equipe externa estava

ocupado por três cabeças de gado, econtrando-se sujo. Não havia representante do
local para detalhar mais informações à equipe presente.
O local foi explorado pela equipe para uma breve avaliação do que poderia
ser feito em relação à regularização da atividade e do empreendimento, de forma a
continuar com o abastecimento de carne para a cidade.
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a b
Figura 27. (a) Ponte de acesso ao matadouro 2; (b) ponte de embarque e desembarque do
gado para o curral do matadouro 2.
Figura 28. Lateral do curral do matadouro 2.

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Figura 29. Curral temporário para abate de gado, três cabeças de gado para abatimento.
Figura 30. Estrutura do curral do matadouro 2.

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a b
Figura 31. Dependências do matadouro 2; (a) dejetos no curral; (b) tanque com lodo.
Figura 32. Três cabeças de gado bovino, ocupantes do curral do matadouro 2, que serão
abatidos para abatescimento da cidade.
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Figura 33. Dejetos no curral do matadouro 2.

a b
Figura 34. (a) Corredor de passagem do gado do curral para o matadouro; (b) residuos encontrados
na dependências do matadouro 2.
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a b
Figura 35. Dependências do matadouro 2.
a b
Figura 36. Lançamento de efluentes do matadouro 2 diretamente no solo.
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Às margens do rio, encontra-se um centro de distribuição de botijão de gás de

cozinha, com as atividades de armazenamento e comercialização de gás butano, sem
cobertura, exposto ao sol.
Figura 37. Fachada do empreendimento de gás de cozinha.

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Figura 38. Botijões de gás butano expostos ao sol.

Após retorno aos veículos, houve locomoção para o curral central da cidade.
Como característica de um Município majoritariamente rural, grande parte da
população cria animais de médio e grande porte, como porco, boi, búfalo e cavalo.
Esses animais não podem circular desacompanhados de um responsável nas ruas da
cidade, porque perturbam a ordem da área urbana, podendo ocasionar acidentes,
além de sujar as vias com seus dejetos.
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Figura 39. Curral da cidade, localizado em frente ao sindicato dos produtores rurais de Chaves.
No curral municipal, os técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente

explicoram que a apreensão de animais era, atualmente, a principal atividade exercida
pelo órgão, já que tal atividade está prevista em Lei Municipal, segundo o Código de
Posturas do Município de Chaves, funcionando da seguinte forma: os fiscais, ao
identificarem algum animal de grande porte desacompanhado do seu dono ou
responsável pelas ruas na zona urbana, são apreendidos pelos laceiros, que levam
os animais para o curral, e a retirada do animal só é permitida mediante o pagamento
de uma taxa à Prefeitura.
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Figura 40. Dependências do curral municipal de Chaves.

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Figura 41. Animais apreendidos no dia da visita técnica.

Para encerrar o primeiro dia da visita técnica na zona urbana a equipe interna
e externa retornou à Secretaria Municipal de Meio Ambiente às 13h.
3. VISITA TÉCNICA À ZONA RURAL
No dia seguinte ocorreu a visita técnica à zona rural, o destino escolhido pela
secretaria para ser apresentado à equipe externa foi o Distrito de Arapixi. Com saída
do trapiche da cidade de Chaves às 06h40 do dia 06 de outubro de 2020, a equipe da
visita técnica composta por:
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Cargo/Função Nome
Técnica Ambiental (Eng.ª Ambiental) Gisella
Manduca (condutor)
Equipe de Apoio Mais dois tripulantes
Leonardo (cozinheiro)
Vando
Laceiros Máximo
Junior
Evellyn Kran
Equipe Externa da Consultoria
Marjorie Azevedo
Figura 42. Nascer do sol na saída da equipe do trapiche da cidade de Chaves, em direção ao
Distrito de Arapixi.
Fonte: EcoSet.
Como a viagem seria de 21 horas de duração ao total, a consultoria ficou

responsável pela logística completa da viagem, custo logístico e de alimentação para
todos os presentes. O barco chegou na Vila de Moraes, nossa primeira parada no
Arapixi, às 12h42, a equipe desembarcou e fomos em direção ao sistema de captação
superficial de água do rio para o abastecimento da vila.
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Figura 43. Equipe da visita técnica tomando café da manhã.

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a b
c d
Figura 44. Imagens da Vila Moraes no Distrito de Arapixi; (a) vista da entrada da Vila Moraes;
(b) residências suspensas, estilo ribeirinho, conhecidas como palafitas; (c) lixeiras para depósito
de resíduos sólidos urbanos; (d) caixas d’água de abastecimento para a Vila Moraes.
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Figura 45. Imagens da estrutura da Vila Moraes no Distrito de Arapixi; (a) bomba de água para
abastecimento da cidade; (b) ruas em pontes de madeira.
Ao chegarmos na Vila Moraes, no Distrito do Arapixi, a equipe técnica da

secretaria nos apresentou a estrutura da vila, que é bem organizada, notamos que as
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residências são todas em palafitas, uma estrutura típica de lugares localizados muito
próximos ao rio, que em determinada época do ano apresentam um período de
alagamento durante o ano, devido ao alto nível de água do rio. As ruas são suspensas
também, por meio de ponte.
E muito próximo à praça da entrada da vila encontramos algumas construções
abandonadas de concreto, contrastando com a realidade do lugar onde as
construções são predominantemente de madeira, com a característica amazônica de
palafita, devido a sazonalidade do clima, em que encontramos períodos mais secos e
períodos chuvosos, sendo neste último o período de alagamentos na área , então
vimos uma nova escola sendo construídas, tendo a madeira como matéria-prima
principal, explanando a vontade de permanecer a respeito da regionalização de
prédios públicos.
A vila possui uma obra de uma escola municipal sustentável, no estilo palafita,
se adequando ao padrão regional de localidades sujeitas a alagamentos durante o
ano, terá placas solares para funcionamento da escola com energia por tempo
integral, possibilitando realizar turmas no horário da noite para os alunos que ainda
precisam trabalhar. Essa escola visa uma dinâmica de aprendizado voltado à
valorização da vida ribeirinha, fazendo com que os indivíduos despertem a sensação
e pertencimento e cuidado por aquele bem público. Ao lado da escola já possui um
ginásio que está localizado ao lado da obra que está sendo realizada. Essa escola
ainda contará com uma casa de apoio aos professores que optarem por aparecerem.
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Figura 46. Imagens da futura escola sustentável de Chaves.

Figura 47. Imagens da estrutura da Vila Moraes no Distrito de Arapixi; (a) casa de apoio; (b) ginásio da
escola.
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Por trás da futura escola sustentável e do ginásio, encontramos um cemitério

e um lixão a céu aberto pequeno, com a atividade de queima de resíduos para a
redução do mesmo, instalados bem próximos a um curso d’água, como podemos
observar na imagem a seguir.
Figura 48. Aerofoto, realizada com sobrevôo de drone, do lixão e do cemitério municipal da Vila Moraes
no Distrito de Arapixi.
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Figura 49. Imagem do lixão da Vila Moraes no Distrito de Arapixi.

Figura 50. Imagem do lixão da Vila Moraes no Distrito de Arapixi.

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Figura 51. (a) Imagem da queima de resíduo próximo ao corpo d’água; (b) ponte que passa pelo curso
d’água na Vila Moraes no Distrito de Arapixi.
Ultrapassando a ponte depois do cemitério chegamos na casa de

armazenamento do gerador de energia. A vila não possui serviço de energia elétrica
fornecido em rede pela companhia elétrica atuante no Estado, a energia elétrica é
fornecida por 4 horas entre 18h e 22h diariamente, por meio de gerador a diesel,
financiado em parte pela prefeitura e em parte pela comunidade habitante da vila.
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Figura 52. Imagem do local de armazenamento e do gerador de energia da Vila Moraes no Distrito de
Arapixi.
Continuando o caminho da ponte encontramos a pista de pouso do município,

identificamos um solo desertificado ao longo desse caminho, a paisagem da area é
de campo natural, portanto não encontramos especies vegetativas que protejam o
solo, resultando em solo mais seco com contato diretor com o sol.
Aos arredores da pista de pouso feita pela prefeitura há alguns anos, ao lado
de um campo de criação de gado. O solo próximo a esses lugares está passando por
um processo chamado de desertificação, que pode ocorrer naturalmente, assim como
podem ser intensificados por alta exposição do solo ao sol, em períodos de secos, de
baixa pluviosidade.
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Figura 53. Imagem da ponte para a pista de pouso; solo desertificado.

Figura 54. Imagem da pista de pouso da Vila Moraes no Distrito de Arapixi.

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Figura 55. Equipe técnica interna e externa reunida na visita técnica na Vila Moraes no Distrito de
Arapixi.
O último ponto na Vila Moraes foi a casa de show da cidade, que percebemos
que possui uma inciativa muito boa de reaproveitamento e reutilização, eles utilizam
os pneus para bancos, conteineres se tornam grandes lixeiras, tal atitude demonstra
que já existe ali o desenvolvimento de uma consciência ambiental.
Tivemos a oportunidade de observar a abundância de recursos naturais na
área, e como o estilo de vida se dar bem em volta ao rio, os meios de locomoção, a
alimentação e os horários de saída e de entrada na vila se dá pelo comportamento da
elevação do nível dos rios, que popularmente os moradores denominam como “maré
cheia” e “maré seca”.
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Figura 57. Pneus para reutilização na casa de show.

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Figura 58. Contêiner utilizado como lixeira na Casa de show.

Figura 59. Ponte de acesso; campo de futebol recreativo.

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Figura 60. Paisagem natural à beira do rio.

Figura 61. Trapiche da casa de show.

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Figura 62. Rabetas, locomoções principais do povo ribeirinho.

Figura 63. Lixeira; produção de papelão.

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Figura 64. Construções na Vila Moraes no Distrito de Arapixi.

Durante nossa caminha pela visita podemos visualizar alguns contrastes de

construções que não são tipicamente ribeirinhas e acabaram por ser construções
inacabadas, por não respeitarem a peculiaridade da região devido a sazonalidade de
alagamentos provenientes do nível dos rios e da alta pluviosidade em um periodo do
ano nas região amzônica.
Foi possível conhecer a atual situação da escola na vila, que por situações de
origem natural, ficou sem a escola, então tiveram que adaptar a escola, no salão de
eventos da comunidade, enquanto a construção da escola sustentável ainda não foi
concluida, como podemos observar em das figuras a seguir.
Na visita, encontramos na Vila Moraes uma estrutura que consegue comportar
a comunidade ali prrsente e ao entorno com atendimentos bem básicos, como um
posto de saúde para atendr todo o distrito do Arapixi, alémd e uma boa organização
sobre limpeza de resíduos urbanos, com distribuição de lixeiras adaptadas pela cidade
e uma cidade limpa, com ressalva da destinação final que torna-se inapropriada
devido ao local em que se encontra atualmente.
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Figura 65. Salão de eventos da vila, escola temporária.

Figura 66. Posto de saúde do Arapixi; lixeira vazia.

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Se observou durante esta visita, um grande potencial para o desenvolvimento

de atividades que valorizem e ressaltem a beleza da riqueza dos recursos naturais
presentes neste municipio, que a possui em abundância, unindo essa riqueza natural
à simplicidade de uma vida ribeirinha.
Após a Vila Moraes, a equipe voltou para o barco e fizeram a alimentação da
hora do almoço por volta das 14h, enquanto o barco se encaminhava à direção da Vila
São Benedito, pelas águas do rio Arapixi.
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Figura 68. Equipe atravessando o rio na rabeta.


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Figura 71. Visita na escola com energia solar.

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Figura 72. Escola com energia solar.

Figura 73. Área externa da escola.

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Figura 75. Escola municipal com placas fotovoltaicas.

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Figura 76. Casa de ribeirinho; ponte de acesso.

Durante a viagem foi possível visualizar a exuberância natural do município,

podemos até destacar o cultivo de açaí e de algumas espécies endêmicas da
Amazônia como o Pracaxi e buriti, entre outros de grande potencial para um
extrativismo sustentável.
As vilas são caracterizadas pelo povo ribeirinho que vive em palafitas bem
próximas à beira do Rio, as vegetações da área são características de uma área de
várzea, e encontramos uma quantidade significativa de cultivo de açaí de várzea.
Nessas moradias podemos encontrar facilmente um sistema agroflorestal,
que são sistemas de pequenos cultivos de variadas espécies frutíferas,
proporcionando uma fertilidade do solo pela alta produção de matéria orgânica na
parte mais superficial do solo.
Às 19h30, a equipe retornou de rabeta ao Barco e esperou a maré encher
para retornar à cidade, a equipe chegou no trapiche da cidade de Chaves 03h do dia
07 de outubro.
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Figura 77. Plantação de açaí; casa com antena parabólica.

Figura 78. Sistema agroflorestal; casa ribeirinha.

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No dia 07 de outubro de 2020, a equipe de consultoras externa se reuniu para

reorganizar a capacitação que seria apresentada para o quadro de funcionários da
secretaria, já que através desses dois dias de visitas técnicas, foi notável a
necessidade de desenvolver uma capacitação inicial sobre conhecimentos básicos
sobre meio ambiente, com base no que foi visto pela equipe nos dois dias com todo o
quadro de funcionários da secretária, sendo necessário uma capacitação extra
direcionada para a responsável técnica Engenheira Ambiental Gisela, para ser
exposto assuntos mais específicos e técnicos sobre a área de meio de ambiente.
4. CAPACITAÇÃO TÉCNICA
No dia 08 de outubro de 2020, às 08h30, o secretário adjunto Giovani

Barbosa iniciou a capacitação explanando da importância de o grupo estar
participando ativamente desse momento que foi programado para eles, visando o bom
funcionamento da Secretaria de Meio Ambiente, e apresentou novamente as
consultoras.
A capacitação iniciou com a entrega do material didático: uma pasta com bloco
de notas e caneta, mais um crachá e um copo reutilizável para cada um dos 10
participantes, conforme a lista de presença (anexo).
Esta capacitação foi ministrada pela Eng. Ambiental Evellyn Kran, com o
auxílio da Eng. ambiental Marjorie Azevedo.
Durante a manhã foram levantadas as questões ambientais do município, e
de forma construtivista e interativa, os participantes se sentiram parte do processo de
educação estava ali sendo desenvolvido, afinal de contas eles serão os protagonistas
desse sistema municipal de meio ambiente, é importante para equipe capacitadora
ver como eles se inserem em todo o processo.
Às 11 horas, a ministrante pausou a discussão com o grupo para que todos
pudessem tomar café e comer biscoitos, retornando às 11h20 continuando a trocar
conhecimentos acerca do município em relação ao meio ambiente.
A finalização da equipe externa destacou os potenciais a serem explorados
no município, passando a palavra para o secretário adjunto que mostrou os avanços
do município nos quesitos correlacionados com o meio ambiente por meio da parceria
com outras secretarias já consolidadas e atuantes dentro do município, como a
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implantação das placas fotovoltaicas para obtenção da energia solar nas escolas do
municípios, e as caixas d’água com sistema de tratamento acoplado no interior do
município.
Figura 79. Capacitação técnica interna, na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Chaves.
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Fonte: Secretaria de Meio Ambiente de Chaves
Fonte: Secretaria de Meio Ambiente de Chaves
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Figura 82. Viagem de retorno, barco e avião

A Capacitação Técnica extra, aconteceu na cidade de Belém dos dias 22 e 23

de outubro de 2020, nos horários de 08h às 12h e de 14h às 17h, com os presentes
conforme o quadro abaixo:
Cargo- Função Nome

Técnica Ambiental (Eng. Ambiental) Gisella
Evellyn Kran
Equipe Externa da Consultoria Marjorie Azevedo
Rhuan Ribeiro (Estagiário)
No dia 22 de outubro de 2020, a Consultora Evellyn Kran começou a

capacitação técnica com os seguintes tópicos:
• Apresentação dos sistemas de meio ambiente (nacional, estadual, municipal);
• Pré-Diagnóstico Ambiental Do Município;
• Programa Municípios Verdes;
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• ICMS Verde e seus critérios e indicadores, conforme os quatro (4) fatores

como: Regularização Ambiental; Gestão Territorial Estoque Florestal, Fortalecimento
da Gestão Ambiental Municipal.
No dia 23 de outubro de 2020, a Consultora Evellyn Kran continuou a

capacitação técnica com os seguintes tópicos:
• O Papel e a Importância do Fortalecimento da Gestão Ambiental Municipal;
• Sistema Municipal de Meio Ambiente de Chaves;
• Política Municipal de Meio Ambiente de Chaves, Diretrizes e Objetivos;
• Plano Municipal de Meio Ambiente de Chaves;
• Licenciamento Ambiental Municipal;
• Resolução do Conselho Estadual de Meio Ambiente (COEMA) nº 120 de 2015;
• Estudos de Casos.
A capacitação técnica foi encerrada com a abertura de espaço para

contribuições finais.
Figura 83. Capacitação técnica na sede da Ecoset Assessoria, Belém/PA.

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Figura 84. Capacitação técnica na sede da EcoSet Assessoria, Belém/PA.

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5 PARECER TÉCNICO
Como foi observado e levantado durante a visita técnica ao Município de

Chaves/PA, alguns pontos podem ser considerados, sendo reunido, a seguir, as
recomendações iniciais ao Município e ao quadro de colaboradores da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente de Chaves, ressaltando a importância de levar tais
recomendações para serem alinhadas com o Plano Municipal de Meio Ambiente, que
esta Secretaria deverá apresentar e executar suas atividades propostas.
No cenário da zona urbana, identificou-se problemas no lixão, matadouro,
extração e comercialização ilegal de areia da praia.
Esta equipe técnica recomenda, para iniciar uma mudança de cenário na zona
urbana, a implantação da coleta seletiva, prevista no Plano Municipal de Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos, este já existente no Município, além de desenvolver
uma campanha de educação ambiental no Município para implementar a separação
de resíduos e rejeitos, sendo que os resíduos são passíveis de reciclagem.
Para esta solução ser eficiente, há a necessidade da constituição de uma
cooperativa de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, para que os resíduos
segregados possam ser destinados a cooperativas e/ou empresas que comercializem
materiais recicláveis
Os resíduos recicláveis são plástico, metal, papel, vidro, orgânico,
eletroeletrônico. Assim, o contingente de resíduos reduziria bastante para a
destinação final, otimizando o tempo de uso da área do aterro.
Para a possível futura área de implantação do local para destinação final dos
rejeitos, devendo ser aterro, suas características são favoráveis, por ser uma área não
alagada, com uma boa distância das vias principais de acesso, a área é propícia para
a existência de um cinturão verde de isolamento, e ainda é sugerida a criação de um
portão, evidenciando o distanciamento da área.
Para a situação dos matadouros, recomenda-se a notificação, aos
proprietários, para que o seu empreendimento dê entrada no licenciamento ambiental
para se adequar às normas ambientais e de vigilância sanitária, condicionando o
funcionamento do estabelecimento a essa tal medida, até agora inédita no Município.
Quanto à situação da extração e comercialização ilegal de areia da praia,
recomenda-se uma campanha de conscientização na praia, semanal ou em um
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período viável para a Secretaria, sendo, no mínimo mensal, levando o conhecimento

para a população sobre a gravidade das ações criminosas, pois esta prática é
caracterizada como crime ambiental.
Recomenda-se também a realização de um monitoramento da água e do solo
da extensão de faixa de praia da cidade de Chaves e dos igarapés da zona urbana,
para o Relatório de Qualidade Ambiental Anual do Município.
Na zona rural, destaca-se a importância de uma elevação sociocultural dessas
comunidades, através do desenvolvimento da valorização da cultura ribeirinha,
destacando as potencialidades da área e o respeito ambiental pelo seu local de
moradia, e por todo o universo que envolve a comunidade ribeirinha, o
empoderamento dessa comunidade, o aumento do índice de desenvolvimento
humano e o aumento de frequência nas escolas.
Desta forma, os próprios moradores poderão ter a capacidade e autonomia
de desenvolver e participar de projetos que façam da disponibilidade de tantos
recursos naturais uma fonte de renda para os habitantes locais, com o auxílio,
acompanhamento, direcionamento e até mesmo financiamentos de instituições e
organizações de pesquisas e desenvolvimento socioeconômico para a região
amazônica.
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9 - Relatório de Visita Técnica

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PODER EXECUTIVO - PREFEITURA DE CHAVES

Figura 1. Translado de ida de Belém-PA para Chaves-PA da

Figura 13. Equipe interna e externa conhecendo a área de

Figura 32. As três cabeças de gado bovino, ocupantes do curral do

Figura 49. Imagem do Lixão da Vila Moraes no Distrito de Arapixi

Figura 76. Casa de ribeirinho; ponte de acesso.

RELATÓRIO DE VIAGEM PARA O MUNICÍPIO DE CHAVES/PA

A equipe da consultoria técnica contratada, através do pregão eletrônico nº

Belém (PA) - Santana (AP) - Macapá (AP) -

Figura 1. Translado de ida de Belém-PA para Chaves-PA da equipe técnica contratada.

Devido ao horário de saída da embarcação que faz o trajeto entres as cidades

O embarque foi no horário da madrugada, às 2 horas da manhã, no Canal do

Figura 3. Vista do barco para o trapiche da cidade de Chaves.

2. VISITA TÉCNICA À ZONA URBANA

No dia 05 de outubro de 2020, as consultoras ambientais Evellyn Kran e

Inicialmente, a equipe da Secretaria apresentou às consultoras ambientais o

Na sala do Secretário de Meio Ambiente, o ambiente é climatizado, equipado

Figura 5. Mapa impresso em banner da zona urbana de Chaves.

Figura 6: Sala do Secretário de Meio Ambiente de Chaves.

Por decisão dos secretários e consultoras, logo após a apresentação, às

alugadas para a locomoção da equipe, custo previsto em orçamento. Nesta visita, a

Figura 7: Lixão Municipal de Chaves, com focos de queima.

Na área, foi encontrada a presença de animais, como porco, cachorro e urubu,

Ao entorno da área, foram identificadas algumas habitações, provenientes de

Dentro da área, foi encontrado uma casinha que abriga um funcionário da

Figura 9. Imagens do funcionário da Prefeitura no lixão municipal; (a) equipe realizando a

Ao redor da área do lixão, foi encontrada uma mata de vegetação secundária,

Ao término da visita ao atual lixão, a equipe foi para a possível área de

Figura 11. Estrada de acesso à possível área do aterro municipal de rejeitos.

Figura 13. Equipe interna e externa conhecendo a área de possível implantação de um

Figura 14. Equipe interna e externa acessando a área de

Figura 15. Faixa da praia de Chaves, com o trapiche da cidade.

A equipe interna da Secretaria Municipal de Meio Ambiente levantou um ponto

Figura 16. Perfil do solo à beira da praia.

A equipe continuou com a locomoção pela extensão da faixa de praia e,

Figura 18. Sacas abandonadas de areia extraída da praia.

Continuando no braço do rio onde a equipe estava, encontra-se o porto de

Figura 20. Foto panorâmica do porto da cidade de Chaves.

Figura 21. Local de descarga e carregamento de produtos e materiais no porto de Chaves.

Figura 22. Embarcações ancoradas na área do porto de Chaves.

Figura 23. Descarregamento à beira do rio no porto de Chaves.

Durante a visita, foram visitados dois matadouros, localizados próximo à zona

Figura 25. Dependências do matadouro privado, localizado à margem do braço de rio.

Como observado nas imagens acima, o lançamento do efluente é diretamente

Figura 26. Lateral do matadouro 1, com os canos de lançamento de efluente despejados

O segundo matadouro particular apresentado à equipe externa estava

Figura 28. Lateral do curral do matadouro 2.

Figura 30. Estrutura do curral do matadouro 2.

Figura 33. Dejetos no curral do matadouro 2.

Às margens do rio, encontra-se um centro de distribuição de botijão de gás de

Figura 37. Fachada do empreendimento de gás de cozinha.

Figura 38. Botijões de gás butano expostos ao sol.

No curral municipal, os técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Figura 40. Dependências do curral municipal de Chaves.

Figura 41. Animais apreendidos no dia da visita técnica.

3. VISITA TÉCNICA À ZONA RURAL

Como a viagem seria de 21 horas de duração ao total, a consultoria ficou

Figura 43. Equipe da visita técnica tomando café da manhã.

Ao chegarmos na Vila Moraes, no Distrito do Arapixi, a equipe técnica da

Figura 46. Imagens da futura escola sustentável de Chaves.

Por trás da futura escola sustentável e do ginásio, encontramos um cemitério