Você está na página 1de 21

RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL-RCA

PROJETO: LIMPEZA URBANA E DESTINAÇÃO FINAL DOS


RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DO JARI-AP

Vitória do Jari, 2022.


1
TÉCNICO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO RCA
Nome: Roberto Rivelino Cardoso Serra
CPF: 657.526.942-72
Nº DE REGISTRO DE CLASSE: CRT-02: 65752694272
Endereço: Av. Brasil, nº 98, Bairro – centro, Laranjal do Jari-AP
E-mail: ruvelino2018serra@gmail.com
Celular: 96 99208-2636

2
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO....................................................................................................................4
2 – OBJETIVO DO RCA ................................................................................................................4
3 – CONTEXTO DO PROJETO ......................................................................................................4
3.1 – IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR.........................................................................4
3.1.1 – IDENTIFICAÇÃO DO REPRESENTANTE LEGAL .........................................................4
3.2 – IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSAVEL TÉCNICO DO PROJETO ......................................4
3.3 – CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO .................................................................................5
3.4 – OBJETIVO DO PROJETO .................................................................................................5
3.6 – FASES E TEMPO DE DURAÇÃO DO PROJETO ...............................................................6
3.7 – CARACTERIZAÇÃO DO MUNICIPIO ONDE O PROJETO SERÁ IMPLANTADO. ............6
3.7.1 – ASPECTOS GERAIS ......................................................................................................6
3.7.2 – MEIO FISICO ................................................................................................................7
3.7.3 – DEMOGRAFIA ..............................................................................................................7
3.7.4 – SOCIAL.........................................................................................................................7
3.7.5 – SAÚDE..........................................................................................................................7
3.7.6 – SANEAMENTO .............................................................................................................7
3.7.7 – PIB ................................................................................................................................8
Tabela - 09 PIB - Produto Interno Bruto e PIB per capita - 2016 ...............................................8
3.7.8 – ASPECTOS NATURAIS .................................................................................................8
3.7.9 – SOLO ............................................................................................................................8
3.7.10 – CLIMA ........................................................................................................................9
3.7.11 –RECURSOS HIDRICOS SUPERFICIAIS ......................................................................10
3.7.12 –RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRANEOS .................................................................10
3.8 – ÁREA DE ABRANGENCIA DO PROJETO .....................................................................10
4 – DIAGNÓSTICO DOS PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS GERADOS E MEDIDAS DE
CONTROLE ................................................................................................................................11
4.1 – IMPACTOS NEGATIVOS NA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO ........................................11
4.2 – IMPACTOS POSITITIVOS NA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO ......................................12
4.3 – MEDIDAS DE CONTROLE ............................................................................................13
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................................14
6 – BASE LEGAL ...................................................................................................................14

3
1- INTRODUÇÃO
Este documento constitui o Relatório de Controle Ambiental-RCA,
solicitado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo de Vitória do Jari,
contendo informações necessárias para análise do Licenciamento Ambiental da
atividade de Serviços de Limpeza Urbana e Destinação Final dos Resíduos Sólidos
Urbanos de Vitória do Jari.

2 – OBJETIVO DO RCA
O Relatório de Controle Ambiental tem como objetivo apresentar o projeto que
será executado pela Prefeitura de Vitoria do Jari, bem como medidas de mitigação e
controle dos impactos ambientais negativos gerados pela implantação do projeto.

3 – CONTEXTO DO PROJETO
3.1 – IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
Nome ou razão social: Prefeitura Municipal de Vitória do Jari
CNPJ: 00.720.553/0001-19
Endereço: Passarela José Simeão de Souza, nº 4591 – Bairro Prainha
Cidade: Vitória do Jari-AP
CEP: 68.924-000
Contato: 96 991324763
E-mail: gabinete.pmvj@gmail.com

3.1.1 – IDENTIFICAÇÃO DO REPRESENTANTE LEGAL


Nome: Ary Duarte da Costa
CPF: 794.065.132-34
Endereço: Av. Ayrton Senna – Bairro Prainha
Cidade: Vitória do Jari-AP
CEP: 68.924-000
Contato: 96 991324763
E-mail: gabinete.pmvj@gmail.com

3.2 – IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSAVEL TÉCNICO DO PROJETO


Nome: Tassiana Maylla Fontoura Caron
Endereço: Av. Stephan Hoaut, 518 – Jardim Marco Zero
4
E-mail: tassiana.engenheira.amb@gmail.com
Celular: 96 98415-5665

3.3 – CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO


O Projeto tem como objeto a Contratação de Empresa Especializada para
execução dos SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E DESTINAÇÃO FINAL DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DO JARI-AP.
As ações previstas no projeto visa melhorar a qualidade dos serviços de
limpeza bem como ofertar aos moradores e visitante um ambiente mais limpo,
promovendo a saúde e qualidade ambiental.
Os serviços serão executados, conforme as características, referências e
especificações técnicas descritas no Projeto Básico e no Plano de Educação
Ambiental, parte integrante no processo de Licenciamento Ambiental o qual terá sua
execução fiscalizada pela Prefeitura Municipal de Vitória do Jari.
Os serviços a serem realizados com a execução do projeto consistem em:
a. Coleta, transporte e destinação final dos resíduos sólidos domiciliares;
b. Coleta, transporte e destinação final dos entulhos provenientes da roçagem
mecanizada de passeios, guias, sarjetas, vias e logradouros públicos;
c. Varrição de vias públicas e logradouros (descrição original: limpeza de ruas
(varrição e remoção de entulhos)).
d. Pintura de meio fio, guias e postes (descrição original: pintura de meio-fio
(caiação)).
e. Roçagem mecanizada de passeios, guias, sarjetas, vias e logradouros públicos
(descrição original: corte de mato e grama - roçagem mecanizada).
f. Desenvolvimento e implementação de programas de educação ambiental e
comunicação voltados a gestão de resíduos sólidos urbanos.
De acordo com cronograma, o projeto terá duração de 01 (um) ano a contar
da emissão da ordem de serviço.

3.4 – OBJETIVO DO PROJETO


● Promover a Limpeza da Área Urbana do Município de Vitória do Jari-AP,
através de ações especificadas no item 3.3 alíneas “a”, “b”, “c”, “d”, “e” e “f”.

5
3.6 – FASES E TEMPO DE DURAÇÃO DO PROJETO
As fases do projeto consiste em:
 Elaboração;
 Aprovação do projeto;
 Assinatura do convênio;
 Repasse do recurso financeiro;
 Contratação de empresa especializada para a execução do serviço;
 Execução dos serviços;
 Prestação de contas.

De acordo com cronograma, o projeto, terá duração de 12 (doze) meses.

3.7 – CARACTERIZAÇÃO DO MUNICIPIO ONDE O PROJETO SERÁ


IMPLANTADO.

3.7.1 – ASPECTOS GERAIS


O município de Vitoria do Jari localizado na mesorregião do sul do estado do
Amapá e microrregião do município de Mazagão. Fica localizado no Sul do Amapá fazendo
limites com Laranjal do Jari (AP) e o município de Almeirim no (PA), com área de 2.508,979
km² e densidade demográfica de 5.01 hab./km². O município surgiu de pessoas que vieram de
outras unidades da federação e que trabalharam na Jari Celulose e na mineradora Caulim da
Amazônia e suas empresas terceirizadas. Sendo elevado a categoria de município em 8 de
setembro de 1994, por força da Lei n°. 0171/94. A população de vitória de Jari está estimada
em 15.931 habitantes em 2019, a urbanização representa 82,9%, urbana enquanto que a rural é
17,1%. A economia do município é a 14ª do Estado com uma participação de 1,3% do PIB.
Entre os setores da economia o Terciário tem maior participação com 91,60%, depois vem o
secundário com 4,50% e por fim o primário com 3,80%. O município conta extrativismo
vegetal muito pujante tendo na Castanha do Brasil seu maior produto, além da exploração do
caulim no morro do Phellipe. O município está distante da capital do Estado 265 Km, com um
potencial natural preservado nas Unidades de Conservação. Vitória do Jari oferece viagens de
catraia pelo rio Jari, visitação a mina de extração de caulim, além de uma vista deslumbrante da
fabrica de celulose que fica do outro lado do rio.

6
3.7.2 – MEIO FISICO

Tabela 01- Meio físico


Especificação Total
Área da unidade territorial (km²) 2.508,979 km²
Percentual da área do Estado 1,76%
Altitude da sede do Município 8,64 m
Latitude da sede do Município „‟00º55‟32”
Longitude da sede do Município „‟52°25‟48”
Distância da Sede do Município à Capital 265 km até Macapá
Densidade demográfica 5.01 hab./km².

3.7.3 – DEMOGRAFIA
Tabela 02 – População
Especificação Total Urbana Rural
População 15.931 13.208 2.723
Fonte: IBGE – Estimativa da População – Cálculo baseado no Censo de 2010

3.7.4 – SOCIAL
Tabela – 03 - IDH - Índice de Desenvolvimento Humano e principais indicadores - 2010
Região IDH Renda Longevidade Educação
Estado do Amapá 0,708 0,694 0,813 0,629
Vitoria do Jari 0,619 0,587 0,781 0,517
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE OBS: IDH projetado a cada 10 anos

3.7.5 – SAÚDE
Tabela - 04 – Número de casos de doença diarreica aguda em Vitória do Jari de 2012 a 2016.
Município 2012 2013 2014 2015 2016
Vitória do Jari 716 819 931 1.000 1.099
Fonte: SIVEP-DDA/SVS/AP

Tabela - 05 Incidência dos casos prováveis de dengue de 2012 a 2016


Município 2012 2013 2014 2015 2016
Vitória do Jari 0 0 21,4 0 13,6
9Fonte: SIVEP-DDA/SVS/AP

Tabela - 06 Número de casos de febre tifoide em Vitória do Jari entre os anos de 2007 a 2017
Município anos de 2007 a 2017
Vitória do Jari 11
Fonte: SINAN-NET/SVS-AP. Acesso em 19 de junho de 2020.

Tabela 07 Número de casos de malária em Vitória do Jari entre os anos de 2019 a 2020.
Município 2019 2020
Vitória do Jari 12 14
Fonte: Relatório da Superintendência de Vigilância em Saúde, Por G1 AP – Macapá.

3.7.6 – SANEAMENTO
Tabela - 08 - nº de ligações e consumo de água tratada em Vitória do Jari - 2017
Especificação Total
7
Nº de Ligações Ativas 1.740
Nº de Ligações Ativas e não ativas 2.786
Consumo (m3 ) 521,21
Fonte: Companhia de Água e Esgoto do Amapá – CAESA

3.7.7 – PIB
Tabela - 09 PIB - Produto Interno Bruto e PIB per capita - 2016
Região PIB a preço de Mercado PIB per capita
% 1.000(R$) Posição R$
Estado do Amapá 100 14.338.838 - 18.329
Vitória do Jari 1,3 183.101 14ª 12.473

3.7.8 – ASPECTOS NATURAIS


Vitória do Jari está inserida no Bioma Amazônico, área de alta biodiversidade
considerada a mais biodiversa do mundo. De acordo com dados do Ministério do Meio
Ambiente (MMA), a Amazônia é o maior bioma do Brasil: num território de 4,196.943 milhões
de km2 (IBGE,2004), crescem 2.500 espécies de árvores (ou um-terço de toda a madeira
tropical do mundo) e 30 mil espécies de plantas (das 100 mil da América do Sul). Amazônia é
considerada um grande “resfriador” atmosférico e como maior abrigo da biodiversidade do
mundo, algumas pesquisas indicam que na Amazônia existem cerca de trinta milhões de
espécies animais (Instituto Brasileiro de Florestas – IBF, 2019).

3.7.9 – SOLO
O solo é camada mais superficial da Terra. Apesar de sua pequena espessura,
sustenta a maior parte da vida animal e vegetal e, por isso, é essencial à sobrevivência da
humanidade. O maior ou menor grau de estabilidade/vulnerabilidade do solo está diretamente
relacionado com a origem e maturidade de seus elementos constituintes.
Solos mais estáveis são aqueles oriundos de processos que favorecem maior
infiltração e retenção da água no perfil, dificultando, desse modo, o efeito erosivo da enxurrada
ou fluxo de água na superfície. Os de estabilidade média apresentam condições físicas que
dificultam a infiltração de água e, preferencialmente, localizam-se em declives acentuados. Os
solos de alta vulnerabilidade estão representados por solos jovens e pouco desenvolvidos.
Na área sul do Estado, onde está localizado o Município de Vitória do Jari, sua
maior ocorrência dá-se nas áreas de planície inundável. De acordo com dados obtidos pelo
Programa de Zoneamento Ecológico Econômico do Estado do Amapá, ATLAS 2ª edição, os
tipos de solos encontrados no Município de Vitória do Jari estão descritos na tabela 02.

8
Tabela 10- Tipos de Solo encontrados na região Sul do Amapá. Fonte: Zoneamento Ecológico Econômico do
Estado do Amapá, ATLAS 2ª edição.
SIGLA DESCRIÇÃO
PODZÓLICO-VERMELHO-AMARELO
PODZÓLICO-VERMELHO-AMARELO Tb ÁLICO A moderado, textura argilosa/muito argilosa,
relevo ondulado + LATOSSOLO AMARELO ÁLICO A moderado, textura argilosa, relevo suave
PVa3
ondulado e ondulado + LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO ÁLICO A moderado, textura muito
argilosa cascalhenta, relevo ondulado.
PODZÓLICO-VERMELHO-AMARELO Tb ÁLICO A – moderado, textura argilosa/muito argilosa
cascalhenta, relevo ondulado e forte ondulado + LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO ÁLICO A
PVa4
moderado, textura muito argilosa, relevo ondulado a forte ondulado + SOLO LITÓLICO Tb ÁLICO A
moderado, textura argilosa muito cascalhenta, relevo forte ondulado.
LATOSSOLO VERMELHO AMARELO
LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO ÁLICO A – moderado, textura muito argilosa, relevo
LVa3 ondulado + CODZÓLICO VERMELHO AMARELO Tb ÁLICO A moderado, textura argilosa/muito
argilosa, fase pedregosa I, relevo ondulado a forte ondulado.
LATOSSOLO AMARELO
LATOSSOLO AMARELO ÁLICO A – moderado, textura muito argilosa, relevo plano + LATOSSOLO
LAa2 AMARELO ÁLICO A – moderado, textura muito argilosa, fase pedregosa I, relevo suave ondulado e
ondulado.
LATOSSOLO AMARELO ÁLICO A – moderado, textura muito argilosa, relevo suave ondulado +
LATOSSOLO VERMELHO AMARELO ÁLICO A – moderado, textura muito argilosa, fase
LAa7
pedregosa I, relevo suave ondulado + PODZÓLICO-VERMELHO-AMARELO Tb ÁLICO PLÍNTICO
A moderado, textura média/argilosa, relevo plano e suave ondulado.
SOLOS HIDROMÓRFICOS INDISCRIMINADOS
SOLOS HIDROMORFICOS INDISCRINADOS + PLINTOSOLO Tb ÁLICO A – moderado, textura
HIa1
argilosa, fase floresta equatorial subperenifólia, relevo plano.
SOLOS HIDROMORFICOS INDISCRINADOS + PLINTOSOLO Tb ÁLICO A – moderado, textura
argilosa, fase floresta equatorial subperenifólia, relevo plano + GLEI POUCO HÚMICO Tb
HIa2
EUTRÓFICO A – moderado, textura argilosa, fase floresta equatorial subperenifólia de várzea, relevo
plano.
SOLOS HIDROMORFICOS INDISCRINADOS + PLINTOSOLO Tb ÁLICO A – moderado, textura
HIa3 argilosa, fase floresta equatorial subperenifólia, relevo plano + SOLO ALUVIAL Tb ÁLICO A –
moderado, textura argilosa, fase floresta equatorial subperenifólia de várzea, relevo plano.
GLEI POUCO HÚMICO
GLEI POUCO HÚMICO Ta EUTRÓFICO A – moderado, textura muito argilosa, fase floresta
HGPe1 equatorial subperenifólia higrófila de várzea, relevo plano + SOLOS ALUVIAIS Tb ÁLICOS A,
moderado, textura argilosa, fase floresta equatorial subperenifólia hidrógila de varzea, relevo plano.
GLEI POUCO HÚMICO Ta EUTRÓFICO A – moderado, textura argilosa, fase campo equatorial
HGPe2
higrófila de várzea, relevo plano + SOLOS HIDROMÓRFICOS INDISCRIMINADOS.
GLEI POUCO HÚMICO Ta EUTRÓFICO A – moderado, textura muito argilosa, fase campo equatorial
higrófilo de várzea + SOLOS HIDROMÓRFICOSIINDISCRIMINADOS + GLEI POUCO HÚMICO
HGPe4
Ta EUTRÓFICO A – moderado, textura argilosa, fase campo equatorial higrófilo de várzea, relevo
plano.
SOLOS ALUVIAIS
ALUVIAL EUTRÓFICO Ta A moderado, textura siltosa/argilosa + ALUVIAL DISTRÓFICO Tb A
Aa
moderado, textura siltosa, floresta equatorial perenifólia de várzea, relevo plano.

3.7.10 – CLIMA
A região onde se localiza o município de Vitória do Jari apresenta clima tropical
chuvoso. Este clima é caracterizado também por duas estações bem definidas, chuvosa e seca,
sendo que esta última de curta duração. A estação chuvosa inicia em dezembro e vai até julho,

9
sendo que o pico das chuvas é em março. Na estação seca (de agosto a novembro), as
precipitações mensais vão diminuindo progressivamente, atingindo o mínimo em outubro.
A precipitação pluviométrica anual média é de 2.115 mm, chegando a 40 mm em
outubro e 293 mm em março. A temperatura nesta região gira em torno de máxima de 34º e
mínima de 20º centígrados. (Fonte: Plano de turismo do vale do Jari).

3.7.11 –RECURSOS HIDRICOS SUPERFICIAIS


A área do município de Vitória do Jari é drenada pelo Rio Jari, cuja nascente situa-
se na Serra do Tumucumaque, em altitude da ordem de 656 m, tendo sua foz na margem
esquerda do rio Amazonas. Esta área também é drenada por outros pequenos córregos afluentes
do Rio Jari, além do Rio Muriacá que despeja suas águas no Rio Cajari, que por sua vez
desemboca no rio Amazonas.
O recurso hídrico regional fornece considerável potencial hidrográfico, o Rio Jari e
seus afluentes desempenharam papel importante na organização do território, pois o mesmo faz
parte de um sistema de circulação e transporte vital tanto para o empreendimento Jari Celulose
e CADAM, quanto para a população local, fazendo com que o rio tenha um importante papel
no sistema de organização territorial.

3.7.12 –RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRANEOS


A região onde o município está inserido caracteriza-se por apresentar sua rede de
drenagem bem distribuída, constitui parte de uma das bacias hidrográfica mais importante do
estado: a do rio Jari; muito embora contribua de forma discreta, à mesma face a presença de
poucos lineamentos de drenagem, bem como a alta porosidade das areias quartzosas, a qual
permite que apenas uma pequena parte da chuva escoe superficialmente sobre as rochas e
abasteça os córregos e vales próximos, com a maior parte da água infiltrando diretamente no
solo e subsolo suprindo o manancial hídrico subterrâneo, o qual indiretamente também
alimenta a rede hidrográfica da área.

3.8 – ÁREA DE ABRANGENCIA DO PROJETO


A área de abrangência direta do projeto é toda área urbana da sede do
município de Vitória do Jari, contemplando os bairros Santa Clara, Marítimo, Prainha,
Comercial, São Pedro, Mina, Cidade Livre e Caulim.
A área de abrangência de cada um dos serviços estão dimensionados nos
mapas referentes aos anexos 01 a 07 deste relatório.
10
4 – DIAGNÓSTICO DOS PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS GERADOS
E MEDIDAS DE CONTROLE
Nesta etapa serão identificados e descritos os principais impactos ambientais
e socioeconômicos, positivos e negativos que poderão ocorrer em função das diversas
ações previstas para a realização da atividade econômica.
As informações a serem abordadas a seguir, visam propiciar o diagnóstico
da área de influência do projeto, refletindo as condições atuais dos meios físico,
biológico e socioeconômico. Serão inter-relacionadas, resultando num diagnóstico
integrado que permita a avaliação dos impactos resultantes da realização da atividade.
Uma análise dos riscos e impactos ambientais relacionados as atividades
desenvolvidas nas fases de implantação dos sistemas de abastecimento deve levar em
conta os conceitos e definições de aspecto ambiental e de impacto ambiental constantes
da NBR ISSO 14001:2004:
 Aspecto Ambiental – Elemento das atividades, produtos ou serviços de uma
organização que pode interagir com o meio ambiente;
 Impacto Ambiental – Qualquer alteração, adversa (negativa) ou benéfica
(positiva), decorrente das atividades, produtos e serviços da organização.
A literatura técnica dispõe de variadas metodologias que visam identificar
impactos ambientais, alguns privilegiando os aspectos quantitativos, outros os
qualitativos.

4.1 – IMPACTOS NEGATIVOS NA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO


A atividade apresentada neste relatório, por se tratar de um serviço a ser
executado por empresa terceirizada, independe de implantação de local físico, portanto
não incluirá execução de obra de infraestrutura, porém, a implantação de um projeto de
limpeza urbana, assim como qualquer atividade econômica, apresenta possibilidade de
gerar impactos durante sua execução, exigindo cuidados a fim de minimizar, conter ou
anular os impactos negativos que possa provocar. Podemos destacar os seguintes
impactos negativos passíveis de ocorrência em função da execução da atividade:
 Aumento do tráfego de pessoas e veículos pesados nos locais de execução da
atividade;
 Aumento da poluição atmosférica devido a queima de combustiveis fósseis
durante o transporte do resíduo;

11
 Aumento do risco de acidentes de transito;
 Aumento do risco de acidentes te trabalho;
 Exposição da população à ruídos devido a movimentação de veículos e
máquinas no local para execução do serviço;
 Geração de ruído e vibração devido à operação das máquinas e equipamentos;
 Mudança no padrão de uso e ocupação do solo atual;
 Alteração da qualidade da água subterranea e superficial no local de disposição
do resíduo;
 Alteração da qualidade do solo no local de disposição do resíduo;
 Aumento da presença de vetores de doenças nos locais de disposição de
resíduos;
 Exposição da população ao odor gerado nos locais de disposição do resíduo.

4.2 – IMPACTOS POSITITIVOS NA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO


Quando nos referimos a impacto ambiental é comum associa-lo a efeitos
negativos no meio ambiente. Entretanto isso nem sempre é verdade, uma vez que a
palavra “impacto” diz respeito ao resultado de fatores que podem modificar o meio
ambiente tanto de maneira positiva quanto negativa segundo definição do Sistema
Ambiental Brasileiro (NBR ISSO 14001).
Todas as ações do homem geram impacto no ambiente de diferentes
magnitudes e em diferentes escalas, porém, o impacto negativo é mais conhecido por
gerar mais repercussão, no entanto, as modificações positivas também ocorrem com
frequência e precisam ser relacionadas nos estudos ambientais.
O projeto em questão se trata de um serviço que objetiva a otimização da gestão
dos resíduos sólidos gerados no município a fim de evitar desequilíbrio ambiental em
decorrência da poluição ocasionada pelos mesmos. Podemos destacar como impactos
positivos deste empreendimento:
 Adequação da gestão de resíduos domiciliares de acordo com as legislações
vigentes;
 Diminuição da poluição hídrica gerada por descarte inadequado de resíduos
sólidos;
 Diminuição da poluição do solo gerada por descarte inadequado de resíduos
sólidos;

12
 Melhora da qualidade de vida dos moradores do município;
 Diminuição de doenças de veiculação hídrica;
 Geração de emprego e renda para os moradores;
 Diminuição da poluição visual em decorrencia da presença de resíduos nas vias
públicas;
 Valorização dos imóveis.

4.3 – MEDIDAS DE CONTROLE


Estudos ambientais devem abordar a adoção de medidas de controle que poderão
diminuir ou até mesmo evitar efeitos adversos da instalação e operação de atividades
potencialmente poluidoras. Devem ser priorizadas as medidas de prevenção, pois tem o
objetivo de evitar que as atividades relacionadas ao empreendimento resultem em
impactos negativos antes que estes aconteçam.
As apesar de medidas preventivas evitarem alguns impactos ambientais, existem
consequências que não podem ser prevenidas, e para estes impactos, adotam-se medidas
mitigadoras que visam reduzir os danos decorrentes da atividade.
Dentre as medidas de controle que visem a redução ou a não geração de impacto
ambiental decorrente da execução do projeto Limpeza Urbana e Destinação Final dos
Resíduos Sólidos Urbanos de Vitória do Jari:
 Procurar coincidir os horários de coleta e roçagem (e demais atividades que
causem vibrações) com os períodos de maior atividade na vizinhança; adotar
medidas de comunicação social para informação a população do entorno;
 Utilizar veículos e equipamentos em bom estado e realizar manutenção periódica
a fim de gerar menor impacto de queima de combustível fóssil e/ou liberação de
fluidos contaminantes;
 Permitir qualificação e treinamento aos motoristas e profissionais responsáveis
por operar maquinas pesadas e equipamentos afim de evitar acidente;
 Destinar os resíduos gerados em local adequado, conforme orientação das
legislação e normas de gestão de Resíduos Sólidos.
 Proporcionar local de disposição de resíduos adequado e fechado para uso da
população;
 Orientar a população quanto ao correto acondicionamento dos resíduos nos
locais de disposição;

13
 Monitorar local de disposição de resíduos a fim de controlar presença de vetores;
 Monitorar qualidade da água e solo no local de destinação final dos resíduos;
 Observar a distância adequada entre o poço e a fossa, além de orientar a
população sobre local e tipo adequado para a construção de futuras fossas no
terreno.
 Seguir normas e orientações vigentes a respeito da circulação de veículos para
evitar acidentes de transito no local.
 Seguir normas e padrões de segurança do trabalho para evitar acidentes
ocupacionais.

5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto de Limpeza Urbana e Destinação Final dos Resíduos Sólidos Urbanos
de Vitória do Jari irá levar desenvolvimento e melhorar a qualidade de vida da
população que vive no município.
Mas para que este desenvolvimento e essa qualidade de vida de fato sejam
alcançados é necessário que o empreendimento atenda aos princípios da
sustentabilidade, ou seja, deve ser ambientalmente correto, economicamente viável e
socialmente justo.
Por isso, este relatório configura uma ferramenta tão importante para compor o
processo de licenciamento ambiental através da disponibilização de informações
pertinentes a todos os aspectos do empreendimento, a fim de se buscar o
desenvolvimento atendendo as necessidades da população atual sem comprometer a
qualidade de vida das populações futuras.

6 – BASE LEGAL
Decreto nº 10.936, de 12 de janeiro de 2022.
Decreto nº 10.588, de 24 de dezembro de 2020.
Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010.
Lei 11.445/07.
NBR ISSO 14001.
_________________________
Responsável técnico
Roberto Rivelino Cardoso Serra
CRT-02: 65752694272

14
ANEXO 01 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO - LIMPEZA URBANA COLETA RESIDUOS SOLIDOS DOMICILIARES
ANEXO 02 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO - LIMPEZA URBANA COLETA DE ENTULHOS.
ANEXO 03 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO – VARRIÇÃO.
ANEXO 04 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO – PINTURA.
ANEXO 05 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO – ROÇAGEM MECANIZADA
ANEXO 06 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO – LIMPEZA DE IGARAPÉ E ÁREA DE RESSACA
ANEXO 07 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO – LIXEIRAS E PLACAS DE SINALIZAÇÃO.

Você também pode gostar