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P.G.R.C.C.

P L A NO DE G E RE N CIA ME N TO DE RE S ÍD UO S DA
C O N S T R U Ç Ã O C I V IL

C ON S T R U T OR A C I V I L I N D U S T R I A L L T D A

EMPRESA RESPONSAVÉL: CONSTRUTORA CIVIL INDUSTRIAL LTDA.


RESPONSÁVEL TÉCNICO: TANIA VIEIRA REBOUÇAS
RPN CONFEA: 050360197-7

AGOSTO / 2018
JOÃO PESSOA – PB
PGRCC – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
DA CONSTRUÇÃO CIVIL

TERMO DE COMPROMISSO

Declaramos que estamos de acordo, com as medidas constantes e sugeridas no

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL –

PGRCC, como também nos responsabilizamos por cumprir as ações do referido

programa, por se tratar de uma sequência de medidas preventivas contra danos ao

meio ambiente, salvo situações que fujam do nosso controle e imprevisíveis não

constantes no presente documento, consideramos ainda pertinentes as medidas

sugeridas no programa supracitado.

REPRESENTANTE DA EMPRESA
Responsável pela Obra

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PGRCC – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Índice

1. IDENTIFICAÇÃO ...................................................................................................................... 4
2. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO ............................. 4
3. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 5
4. OBJETIVO ................................................................................................................................ 5
5. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ............................................................................................................. 6
6. DEFINIÇÕES ............................................................................................................................ 7
7. PLANO DE CONTROLE DE RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................. 8
8. GESTÃO DOS RESÍDUOS NO CANTEIRO ............................................................................. 9
8.1 Organização do canteiro ....................................................................................... 9
8.2 Classificação dos Resíduos da Construção Civil ....................................................... 10
8.3 Triagem ............................................................................................................ 11
8.4 Caracterização e Quantificação dos Resíduos .......................................................... 11
8.5 Limpeza - Aspectos gerais ................................................................................... 12
8.5.1 Fluxo dos Resíduos ...................................................................................... 12
8.6 Dispositivos e acessórios ............................................................................................. 14
8.7 Acondicionamento .............................................................................................. 14
8.8 Reutilização e Reciclagem dos Resíduos ................................................................... 15
Não haverá reutilização dos Resíduos no local da obra ............................................... 15
8.9 Transporte ............................................................................................................ 16
8.10 Destinação ........................................................................................................ 18
9. ESTABELECIMENTO DE PLANO E AÇÃO COM METAS, PRIORIDADES E
CRONOGRAMAS. .......................................................................................................................... 20
9.1 Planejamento anual do PGRCC para o ano de 2016 / 2017 .............................. 20
9.2 Cronograma de Ações ......................................................................................... 21
9.3 Treinamento (EDUCAÇÃO AMBIENTAL) .................................................................... 21
9.4 Estabelecimento de Prioridades e Metas ........................................................... 22
9.5 Monitoramento ................................................................................................ 22
9.6 Metas do Programa ......................................................................................... 23
9.7 Implantação das medidas de controle ................................................................ 23
9.8 Avaliação da eficácia das medidas de controle .................................................. 23
9.9 Registro e Divulgação dos Dados ........................................................................ 24
9.9.1 Registro ......................................................................................................... 24
9.9.2 Divulgação .................................................................................................... 24
10. RESPONSABILIDADES ............................................................................................................ 24
11. CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................................. 25
12. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 26
13. TÉCNICO ELABORADOR DO PGRCC ............................................................................... 26
14. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ......................................................................................... 27
ANEXOS .............................................................................................................................. 28

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DA CONSTRUÇÃO CIVIL

1. IDENTIFICAÇÃO

a. Proprietário

Nome Completo CONSTRUTORA CIVIL INDUSTRIAL LTDA


Endereço Rua: Diomar Maia Sales Pontes, nº 26, Loteamento
Completo Brisa Mar – Cabedelo/PB
C.N.P.J. 12.669.180/0001-88
Responsável legal

b. Empreendimento

Empreendimento CELPE – Companhia Energética de Pernambuco


Endereço Av. João de Barros, 111 - Boa Vista, Recife - PE, 50050-902
Área da Obra 7.800,00 m²
Data de solicitação
do alvará para obra

2. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO

a. Elaboração do Projeto

Responsável Técnico pela Elaboração do PGRCC: N.° Conselho de Classe


Tania Vieira Rebouças 050360197-7
N° da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART):
Endereço: R. Diomar Maia Sales Pontes, 26,
Cabedelo - PB Telefone:(83) 3246-4548

e-mail: tania@construtoracivil.com.br

b. Implementação do Projeto

Responsável Técnico pela Elaboração do PGRCC: N.° Conselho de Classe


Tania Vieira Rebouças 050360197-7
N° da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART):
Endereço: R. Diomar Maia Sales Pontes, 26, Telefone:(83) 98818-3020
Cabedelo - PB
e-mail: tania@construtoracivil.com.br

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3. INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa subsidiar o empreendimento quanto à elaboração e


apresentação do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC), que
constitui um documento integrante do sistema de gestão ambiental, baseado nos
princípios da não geração e da minimização na geração de resíduos, que aponta e
descrevem as ações relativas ao seu manejo, contemplando os aspectos referentes à
minimização na geração, segregação, acondicionamento, identificação, coleta e
transporte interno, armazenamento temporário, tratamento interno, armazenamento
externo, coleta e transporte externo, tratamento e disposição final.

É importante ressaltar que esses resíduos podem apresentar características


prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente, daí a necessidade de implementar nas
empresas da construção civil um plano de gerenciamento de resíduos sólidos.

O plano de gerenciamento de resíduos sólidos é um conjunto de informações sobre a


geração, características, armazenamento, transporte, tratamento, reutilização,
recuperação e disposição final dos resíduos sólidos gerados pela indústria.

O PGRCC constitui-se numa ferramenta de extrema importância para a preservação


da saúde comunitária e a preservação do meio ambiente, proporcionando as empresas da
construção civil gerenciar todos os resíduos sólidos produzidos no seu canteiro de obras.

4. OBJETIVO

O PGRCC tem como objetivo a preservação da saúde humana e do meio ambiente,


através do desenvolvimento das etapas de reconhecimento, avaliação, armazenamento,
transporte, tratamento, reutilização, recuperação e consequentemente a disposição final
dos resíduos sólidos gerados pela empresa. Desta forma a indústria da construção civil
terá o controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no
canteiro de obra e na comunidade, levando-se sempre em consideração a proteção do
meio ambiente e dos recursos naturais.

Estabelecer os procedimentos necessários para o manejo e destinação


ambientalmente adequados dos resíduos da construção civil. Estabelecer diretrizes,
critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as
ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais. O objetivo prioritário
deste plano será a não geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a reutilização,
a reciclagem e a destinação final adequado.

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É compromisso da empresa, conduzir as ações dentro do conceito do


desenvolvimento sustentável e diminuir as agressões ao meio ambiente, apoiados nos
seguintes princípios:
 Reconhecimento da gestão ambiental como uma de nossas prioridades;
 Promoção do desenvolvimento do ser humano para atuar de forma
ambientalmente responsável;
 Aperfeiçoar os processos, produtos e serviços, buscando a melhoria contínua do
desempenho ambiental e a prevenção da poluição;
 Dispor de diálogo com as partes interessadas sobre nossas atividades e efeitos
ambientais.

O PGRCC é parte integrante do conjunto de iniciativas da empresa, no campo da


preservação do meio ambiente, que busca minimizar a geração de resíduos na fonte,
adequar à segregação na origem, controlar e reduzir riscos ao meio ambiente e assegurar
o correto manuseio e disposição final, em conformidade com a legislação vigente.

Tem ainda o objetivo de atender as obrigatoriedades legais, previstas na legislação


brasileira, seja do âmbito nacional, estadual ou municipal.

5. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

NORMAS LEGAIS REGULAMENTAÇÃO


NBR 10.004/87 Resíduos Sólidos – classificação
NBR 10.005/87 Lixiviação de resíduos – Procedimento
NBR 10.006/87 Solubilidade de resíduos – Procedimento
NBR 10.007/87 Amostragem de resíduos – Procedimento
NBR 12.235/87 Armazenagem de resíduos sólidos perigosos
NBR 7.500 Transporte de produtos perigosos
NBR 7.501/83 Transporte de cargas perigosas
NBR 7.503/82 Ficha de emergência para transporte de cargas perigosas
NBR 7.504/83 Envelope para transporte de cargas perigosas.
NBR 8.285/96 Preenchimento de ficha de emergência
NBR 8.286/87 Emprego de simbologia para transporte rodoviário de
produtos perigosos
NBR 11.174/89 Armazenamento de resíduos classes II (não inertes) e
classes III (inertes)
NBR 13.221/94 Transporte de resíduos – Procedimento
NBR 13.463/95 Coleta de resíduos sólidos - classificação

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NBR 15.112/2004 Resíduos da construção civil e resíduos volumosos - Áreas


de transbordo e triagem - Diretrizes para projeto,
implantação e operação
NBR 15.114/2004 Resíduos sólidos da Construção civil - Áreas de reciclagem -
Diretrizes para projeto, implantação e operação
NBR 12.235/92 Armazenamento de resíduos sólidos perigosos
NR-25 Resíduos Industriais
Lei Municipal n° Estabelece as diretrizes e critérios para o Programa de
17.072/2005 Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
Res. CONAMA nº 307/02 Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil
Res. CONAMA nº 06/88 Dispõe sobre a geração de resíduos nas atividades
industriais
Res. CONAMA nº 275/01 Simbologia dos resíduos
Port. Minter nº 53/79 Dispõe sobre o destino e tratamento de resíduos
Dec. Federal nº Regulamenta o transporte rodoviário de produtos perigosos
96.044/88
Port. INMETRO nº Aprova o regulamento técnico “inspeção em equipamentos
221/91 destinados ao transporte de produtos perigosos a granel
não incluídos em outros regulamentos”

6. DEFINIÇÕES

I. Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas,


reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da
preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos,
concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros,
plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos
de obras, caliça ou metralha;
II. Geradores: são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis
por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos definidos nesta
Resolução;
III. Transportadores: são as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e
do transporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação;
IV. Agregado reciclado: é o material granular proveniente do beneficiamento de
resíduos de construção que apresentem características técnicas para a
aplicação em obras de edificação, de infraestrutura, em aterros sanitários ou
outras obras de engenharia;

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V. Gerenciamento de resíduos: é o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar


ou reciclar resíduos, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas,
procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as ações
necessárias ao cumprimento das etapas previstas em programas e planos;
VI. Reutilização: é o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação
do mesmo;
VII. Reciclagem: é o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido
submetido à transformação;
VIII. Beneficiamento: é o ato de submeter um resíduo à operações e/ou processos
que tenham por objetivo dotá-los de condições que permitam que sejam
utilizados como matéria-prima ou produto;
IX. Aterro de resíduos da construção civil: é a área onde serão empregadas
técnicas de disposição de resíduos da construção civil Classe "A" no solo,
visando a preservação de materiais segregados de forma a possibilitar seu uso
futuro e/ou futura utilização da área, utilizando princípios de engenharia para
confiná-los ao menor volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao
meio ambiente;
X. Áreas de destinação de resíduos: são áreas destinadas ao beneficiamento ou à
disposição final de resíduos.

7. PLANO DE CONTROLE DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O controle dos resíduos sólidos gerados configura-se numa etapa importante da


conservação da paisagem. Esse controle garante, por conseguinte, boas condições
sanitárias, tornando a ação do saneamento ambiental um efeito benéfico.

O empreendedor devera treinar e capacitar todo o seu pessoal, reciclando-os sempre


que se fizer necessário, observando a coleta sistemática e disposição final dos resíduos
sólidos de forma adequada, o que permitirá evitar a contaminação e a degradação
ambiental.

Neste sentido, recomendam-se algumas medidas para conduzir e oferecer destinação


final adequada e segura ao material gerado, de forma a manter a integridade dos
parâmetros ambientais na área de influência direta e indireta do empreendimento.

A coleta dar-se-á seletivamente e todo material recolhido terá destino conforme sua
especificação. Os recicláveis do tipo metálicos, plásticos, vidros, papel e papelão serão
transportados a fim de serem comercializados;

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Para atender a coleta seletiva serão distribuídos coletores específicos em locais


estratégicos, identificando-os por cores diferentes, visando separar os resíduos que serão
depositados.

8. GESTÃO DOS RESÍDUOS NO CANTEIRO

A questão do gerenciamento de resíduos está intimamente associada ao problema


do desperdício de materiais e mão-de-obra na execução dos empreendimentos. A
preocupação expressa, obedecendo a Resolução CONAMA nº 307, com a não geração dos
resíduos, estará presente na implantação e consolidação do programa de gestão de
resíduos.

Em relação a não geração dos resíduos, há importantes contribuições propiciadas por


projetos e sistemas construtivos racionalizados e também por práticas de gestão da
qualidade já consolidadas.

A gestão nos canteiros contribui muito para não gerar resíduos, considerando que:
a. O canteiro fica mais organizado e mais limpo;
b. Haverá a triagem de resíduos, impedindo sua mistura com insumos;
c. Haverá possibilidade de reaproveitamento de resíduos antes de descartá-los;
d. Serão quantificados e qualificados os resíduos descartados, possibilitando a
identificação de possíveis focos de desperdício de materiais.

Os aspectos considerados na gestão de resíduos abordados a seguir dizem respeito à


organização do canteiro e aos dispositivos e acessórios indicados para viabilizar a coleta
diferenciada e a limpeza da obra. No que se refere ao fluxo dos resíduos no interior da
obra, são descritas condições para o acondicionamento inicial, o transporte interno e o
acondicionamento final. Há considerações gerais sobre a possibilidade de reutilização ou
reciclagem dos resíduos dentro dos próprios canteiros.

8.1 Organização do canteiro

Há uma profunda correlação entre os fluxos e os estoques de materiais em canteiro e


o evento da geração de resíduos. Por conta disso será observado o acondicionamento
adequado dos materiais.
A estocagem dos diversos materiais obedecerá a critérios básicos de:
a. Classificação;
b. Frequência de utilização;
c. Empilhamento máximo;

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d. Distanciamento entre as fileiras;


e. Alinhamento das pilhas;
f. Distanciamento do solo;
g. Separação, isolamento ou envolvimento por ripas, papelão, isopor etc. (no caso de
louças, vidros e outros materiais delicados, passíveis de riscos, trincas e quebras pela
simples fricção);
h. Preservação da limpeza e proteção contra a umidade do local (objetivando
principalmente a conservação dos ensacados).
A boa organização dos espaços para estocagem dos materiais facilita a verificação, o
controle dos estoques e aperfeiçoa a utilização dos insumos.
Mesmo em espaços exíguos, será realizado um acondicionamento adequado de
materiais, respeitando critérios de:
a. Intensidade da utilização;
b. Distância entre estoque e locais de consumo;
c. Preservação do espaço operacional.

8.2 Classificação dos Resíduos da Construção Civil

Conforme a resolução nº 307 do CONAMA os resíduos da construção classificam-se


da seguinte forma:
 Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras
obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes
cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e
concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto
(blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
 Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos,
papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;
 Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação,
tais como os produtos oriundos do gesso;
 Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais
como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de
demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e
outros.

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8.3 Triagem

A boa organização faz com que sejam evitados sistemáticos desperdícios na utilização
e na aquisição dos materiais para substituição. Em alguns casos, os materiais
permanecem espalhados pela obra e acabam sendo descartados como resíduos. A
dinâmica da execução dos serviços na obra acaba por transformá-la num grande
almoxarifado, podendo haver “sobras” de insumos espalhadas e prestes a se transformar
em resíduos.

Será adotada a prática de circular pela obra sistematicamente, visando localizar


possíveis “sobras” de materiais (sacos de argamassa contendo apenas parte do conteúdo
inicial, alguns blocos que não foram utilizados, recortes de conduítes com medida
suficiente para reutilização, etc.), para resgatá-los de forma classificada e novamente
disponibilizá-los até que se esgotem. Além de poder gerar economia substancial, isso
permite reduzir a quantidade de resíduos gerados e otimizar o uso da mão-de-obra, uma
vez que não há a necessidade de transportar resíduos para o acondicionamento. A
redução da geração de resíduos também implica redução dos custos de transporte
externo e destinação final.

A triagem será feita no próprio canteiro de obras. Uma separação integral dos
resíduos obedecendo à classificação descrita no item 8.2 deste plano. Isto será realizado
com o fim de garantir a destinação final adequada para cada tipo de resíduo.

8.4 Caracterização e Quantificação dos Resíduos

Temos no quadro a seguir a identificação e a estimativa da quantidade dos resíduos


gerados nesta construção.
Quadro 1 - Caracterização e Quantificação dos RCC
QUANTIDADE (Ton)
CARACTERIZAÇÃO
ETAPA DA OBRA
TOTAL
CLASSE TIPO CONSTRUÇÃO DEMOLIÇÃO

SOLOS VOLUME SOLTO 0 0 0


COMPONENTES 3,00
0,00 3,00
CERÂMICOS
CLASSE A PRÉ-MOLDADOS EM
3,00 0,00 3,00
CONCRETO
ARGAMASSA 3,00 0,00 3,00

MATERIAL ASFÁLTICO 0 0 0

TOTAL CLASSE A 9,00

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Observação: Por ocasião do serviço da reforma da fachada do prédio não irá ser gerados
Resíduos das Classes B, C e D.

Quadro 2 - Resumo da Caracterização e Quantificação dos RCC


RESÍDUO QUANTIDADE ESTIMADA (Ton)

CLASSE A (EXCETO SOLOS) 9,00

CLASSE A (SOLOS) 0

CLASSE B 0

CLASSE C 0

CLASSE D 0
TOTAL 9,00

8.5 Limpeza - Aspectos gerais

As tarefas de limpeza da obra estão ligadas ao momento da geração dos resíduos, à


realização simultânea da coleta e triagem e à varrição dos ambientes. A limpeza
preferencialmente será executada pelo próprio operário que gerar o resíduo. Há a
necessidade de dispor com agilidade os resíduos nos locais indicados para
acondicionamento, evitando comprometimento da limpeza e da organização da obra,
decorrentes da dispersão dos resíduos. Quanto maior for a frequência e menor a área-
objeto da limpeza, melhor será o resultado final, com redução do desperdício de
materiais e ferramentas de trabalho, melhoria da segurança na obra e aumento da
produtividade dos operários. Um exemplo: É melhor fazer a limpeza “por ambiente” do
que fazê-la por pavimento.

8.5.1 Fluxo dos Resíduos

Serão a seguir estabelecidas condições específicas para acondicionamento inicial e


transporte interno de cada tipo de resíduo identificado e coletado. Por fim, o resíduo será
acondicionado conforme item 8.7 deste plano.

a) Acondicionamento inicial

Acontecerá o mais próximo possível dos locais de geração dos resíduos, dispondo-os
de forma compatível com seu volume e preservando a boa organização dos espaços nos
diversos setores da obra. Em alguns casos, os resíduos serão coletados e levados
diretamente para os locais de acondicionamento final.

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Quadro 3 - Formas de acondicionamento inicial


TIPOS DE RESÍDUO ACONDICIONAMENTO INICIAL
Blocos de concreto, blocos cerâmicos, Em pilhas formadas próximas aos locais de
argamassas, outros componentes geração, nos respectivos pavimentos.
cerâmicos, concreto, tijolos e
assemelhados.

b) Transporte interno

Será atribuição específica dos operários que se encarregarem da coleta dos resíduos
nos locais de trabalho. Eles ficam com a responsabilidade de trocar os sacos de ráfia com
resíduos contidos nas bombonas por sacos vazios, e, em seguida, de transportar os sacos
de ráfia com os resíduos até os locais de acondicionamento final.

O transporte interno pode utilizar os meios convencionais e disponíveis: transporte


horizontal (carrinhos, giricas, transporte manual) ou transporte vertical (guincho,
elevador de carga, grua, condutor de entulho). As rotinas de coleta dos resíduos se
ajustarão à disponibilidade dos equipamentos para transporte vertical (grua e elevador de
carga, por exemplo). No planejamento da implantação do canteiro, haverá preocupação
específica com a movimentação dos resíduos para minimizar as possibilidades de
formação de “gargalos”. Poderão ser utilizados equipamentos como o condutor de
entulho, por exemplo, o qual propiciará melhores resultados, agilizando o transporte
interno de resíduos de alvenaria, concreto e cerâmicos.

As recomendações para transporte interno de cada tipo de resíduo estão no quadro


abaixo:

Quadro 4 - Indicações para o transporte interno de Resíduos


TIPOS DE RESÍDUO TRANSPORTE INTERNO
Blocos de concreto, blocos cerâmicos, Carrinhos ou jericas para deslocamento
argamassas, outros componentes horizontal e condutor de entulho,
cerâmicos, concreto, tijolos e elevador de carga ou grua para
assemelhados. transporte vertical.

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8.6 Dispositivos e acessórios

Dependendo da finalidade, serão utilizados os seguintes dispositivos para o manejo


interno dos resíduos:
Quadro 5 - Dispositivos e Acessórios

DISPOSITIVOS DESCRIÇÃO ACESSÓRIOS UTILIZADOS


Recipiente plástico, com 1- Sacos de ráfia;
capacidade para 50 litros, 2- Sacos de lixo simples (quando
normalmente produzido para forem dispostos resíduos orgânicos
conter substâncias líquidas. ou outros passíveis de coleta
Bombonas
Depois de corretamente lavado e pública);
extraída sua parte superior, pode 3- Adesivos de sinalização.
ser utilizado como dispositivo
para coleta.
Saco de ráfia reforçado, dotado 1-Suporte de madeira ou metálico;
de 4 alças e com capacidade para 2-Plaquetas para fixação dos
Bags
armazenamento em torno de adesivos de sinalização;
1m3. 3-Adesivos de sinalização.
Geralmente construída em 1- Adesivos de sinalização;
madeira, com dimensões 2- Plaquetas para fixação dos
diversas, adapta-se às adesivos de sinalização (em alguns
Baias
necessidades de armazenamento casos).
do resíduo e ao espaço
disponível em obra.
Recipiente metálico com 1-dispositivo de cobertura,
Caçambas
capacidade volumétrica de 3, 4 e quando disposta em via
estacionárias
5m3. pública.

8.7 Acondicionamento

Será equacionada a disposição dos resíduos, considerando os aspectos relativos ao


acondicionamento diferenciado e a definição de fluxos eficientes. No decorrer da
execução da obra as soluções para o acondicionamento final poderão variar. Mas para o
êxito da gestão dos resíduos basta respeitar as premissas apontadas neste projeto. A
tabela a seguir define a forma inicial de acondicionamento dos RCC.

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Quadro 6 - Acondicionamento de RCC


CARACTERIZAÇÃO
FORMA DE ACONDICIONAMENTO
CLASSE TIPO
COMPONENTES Caçambas estacionárias
CLASSE A CERÂMICOS
ARGAMASSA Caçambas estacionárias

Quadro 7 - Acondicionamento de resíduos não oriundos da atividade construtiva


TIPOS DE RESÍDUO ACONDICIONAMENTO FINAL
Restos de alimentos e suas embalagens, Cestos para resíduos com sacos plásticos
copos plásticos usados e papéis sujos para coleta convencional.
(refeitório, sanitários e áreas de vivência).
Acondicionar em dispositivos, conforme
Resíduos de ambulatório.
normas específicas.

As caçambas estacionárias serão utilizadas apenas até o seu nível superior original,
não sendo permitido o uso de chapas, placas ou outros dispositivos suplementares que
promovam a elevação de sua capacidade volumétrica. As mesmas serão estacionadas em
conformidade coma regulamentação em vigor.

8.8 Reutilização e Reciclagem dos Resíduos

Haverá atenção especial sobre a possibilidade da reutilização de materiais ou mesmo


a viabilidade econômica da reciclagem dos resíduos no canteiro, evitando sua remoção e
destinação.

O correto manejo dos resíduos no interior do canteiro permite a identificação de


materiais reutilizáveis, que geram economia tanto por dispensarem a compra de novos
materiais como por evitar custos de remoção.

Não haverá reutilização dos Resíduos no local da obra.

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8.9 Transporte

A coleta dos resíduos e sua remoção do canteiro serão feitas de modo a conciliar
alguns fatores, a saber:
I. Compatibilização com a forma de acondicionamento final dos resíduos
na obra;
II. Minimização dos custos de coleta e remoção;
III. Possibilidade de valorização dos resíduos;
IV. Adequação dos equipamentos utilizados para coleta e remoção aos
padrões definidos em legislação.

O quadro abaixo relaciona tipos de resíduo à sua forma adequada de coleta e


remoção.

Quadro 8 - Meios adequados para transporte de RCC


TIPOS DE RESÍDUO REMOÇÃO DOS RESÍDUOS
Blocos de concreto, blocos cerâmicos, Caminhão com equipamento poli guindaste ou
outros componentes cerâmicos, caminhão com caçamba basculante, sempre
argamassas, concreto, tijolos e coberto com lona.
assemelhados.

Quadro 9 - Transporte de resíduos não oriundos da atividade construtiva


TIPOS DE RESÍDUO REMOÇÃO DOS RESÍDUOS
Veículos utilizados na coleta pública dos
Restos de alimentos e suas embalagens,
resíduos domiciliares, obedecidos os
copos plásticos usados e papéis sujos
limites estabelecidos pela legislação
(refeitório, sanitários e áreas de vivência).
municipal competente.
Veículos definidos pela legislação
Resíduos de ambulatório.
municipal competente.

Quadro 10 - Quantidade de RCC a Transportar


RESÍDUO QUANTIDADE ESTIMADA (Ton)

CLASSE A 9,00

CLASSE B 0
CLASSE C 0
CLASSE D 0

TOTAL 9,00

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DA CONSTRUÇÃO CIVIL

A caçamba será sempre coberta com lona, a qual será adequadamente presa a fim de
evitar que resíduos sejam lançados e venham a sujar a via pública durante a operação de
transporte.

O transporte será realizado por empresas devidamente licenciadas para tal atividade,
junto aos órgãos competentes. Poderá ser utilizado também o serviço de remoção
prestado pelo próprio órgão municipal responsável, conforme o caso, obedecendo
sempre às prescrições deste plano.

Será feito um registro dos resíduos transportados através de Comprovantes de


Transporte de Resíduos (CTR), os quais acompanharão o veículo de transporte dos
resíduos durante o deslocamento do mesmo e serão arquivados juntamente com demais
documentos necessários a comprovação da correta triagem, transporte e destinação dos
resíduos gerados (ver anexo). Estes registros estarão disponíveis na obra para fins de
fiscalização pelos órgãos competentes e ao final da mesma serão apresentados ao órgão
municipal competente para liberação do Habite-se.

Cada coleta implicará a emissão do documento CTR (Controle de Transporte de


Resíduos), que registrará a destinação dos resíduos coletados. Neste documento
constarão as seguintes informações:

- Dados do gerador (Razão social / nome, CNPJ / CPF, endereço para retirada e
identificação da obra);
- Resíduos destinados, com volume ou peso e unidades correspondentes;
- Dados do transportador (Razão social / nome, CNPJ / CPF, inscrição municipal,
tipo de veículo e placa);
- Termo de responsabilidade para devolução de bags da obra: quantidade, nome e
assinatura do responsável;
- Dados do destinatário (Razão social / nome, CNPJ / CPF, endereço da
destinação);
- Assinaturas e carimbos (gerador, transportador e destinatário).
Em anexo segue Modelo de formulário que atende às NBR 15.112:2004 e que será
emitido em três vias (1ª via – para gerador; 2ª via – para transportador; 3ª via – para
destinatário).

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Quadro 11 - Identificação das Empresas Transportadoras dos RCC

CLASSE EMPRESA RESPONSÁVEL PELO TRANSPORTE N.° DA QUANTIDADE


DO LICENÇA ESTIMADA DE
RESÍDUO AMBIENTAL TRANSPORTE
(m³)

A CTR PE – Central de Tratamento de Resíduos LTDA 9,00

8.10 Destinação

As soluções para a destinação dos resíduos combinarão compromisso ambiental e


viabilidade econômica, garantindo a sustentabilidade do empreendimento.

Os fatores determinantes na designação de soluções para a destinação dos resíduos


são os seguintes:

I. Possibilidade de reutilização ou reciclagem dos resíduos nos próprios


canteiros;
II. Proximidade dos destinatários para minimizar custos de
deslocamento;
III. Conveniência do uso de áreas especializadas para a concentração de
pequenos volumes de resíduos mais problemáticos, visando à maior
eficiência na destinação.

O quadro a seguir permite a identificação de algumas das soluções de destinação


para os resíduos, passíveis de utilização pelos construtores.

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Quadro 82 - Soluções Propostas para destinação de RCC


CUIDADOS
TIPOS DE RESÍDUO DESTINAÇÃO
REQUERIDOS
Áreas de Transbordo e Triagem,
Áreas para Reciclagem ou Aterros
Privilegiar soluções de
de resíduos da construção civil
Blocos de concreto, blocos destinação que envolva
licenciadas pelos órgãos
cerâmicos, argamassas, a reciclagem dos
competentes; os resíduos
outros componentes resíduos, de modo a
classificados como classe A (blocos,
cerâmicos, concreto, tijolos permitir seu
telhas, argamassa e concreto em
e assemelhados. aproveitamento como
geral) podem ser reciclados para
agregado.
uso em pavimentos e concretos
sem função estrutural.

Todos os resíduos da construção serão destinados obedecendo às determinações da


resolução nº 307 do CONAMA.

Os quadros abaixo trazem as informações pertinentes aos locais de destinação final


dos resíduos produzidos nesta obra.

Quadro 93 - Destinação Final dos Resíduos Classe A


Local de CTR Candeias Autorização
Destinação: Ambiental N.°:
Estrada Velha da Muribeca Órgão
Endereço: 1000,Muribeca Expedidor:
Validade:
Município: Jaboatão dos Quantidade 9,00
Guararapes Estimada (Ton):

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9. ESTABELECIMENTO DE PLANO E AÇÃO COM METAS, PRIORIDADES E


CRONOGRAMAS.

Deverá ser parte integrante do PGRCC um plano de ação contemplando atividades,


metas e prioridades a serem implementadas de forma a eliminar, minimizar ou controlar
os resíduos sólidos gerados no canteiro de obras.

O Plano deverá incluir todas as fontes geradoras identificadas nas fases de


reconhecimento, e adotar medidas de controle. Os responsáveis pelas as medidas
corretivas e os respectivos prazos de cada atividade deverão ser negociados e estarem de
comum acordo com o responsável do estabelecimento.

Devem ser relacionadas em cronogramas, as metas estabelecidas bem como o


planejamento para o cumprimento destas metas.

9.1 Planejamento anual do PGRCC para o ano de 2018

PARÂMETROS Meses do ano de 2018


Formas de
Metas Estratégia 08 09 10 11 12
Registro
Fontes Geradoras Avaliação
quantitativa Relatórios X

Armazenamento Avaliação
Correto Relatórios X X
quantitativa
Destino final Avaliação
adequado qualitativa Relatórios X X

Avaliação
Reciclagem Relatórios X X
quantitativa
Aula Lista de
Treinamento X X
expositiva presença

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9.2 Cronograma de Ações

A implantação das medidas de controle dos Resíduos Sólidos detectados na obra será
implementada pela empresa através de Cronogramas de Ações.

Item Ações do programa MÊS ANO


Sinalizar a empresa com placas educativas
01 Setembro 2018
sobre a preservação do meio ambiente.
Realizar treinamentos sobre educação
02 Trimestralmente 2018
ambiental.
03 Criar na empresa uma Política Ambiental. Dezembro 2018
04 Fazer a segregação dos resíduos. Continuo 2018
Realizar a destinação adequada dos resíduos
05 Mensal 2018
da coleta seletiva interna.

9.3 Treinamento (EDUCAÇÃO AMBIENTAL)


Deve estar definida qual a importância do treinamento no Programa, bem como a
forma de operacionalizá-lo. A programação das atividades de treinamento relacionadas
com o PGRCC é de responsabilidade do Administrador da Empresa. Este item deve contar
do cronograma de atividade do PGRCC, é dos pilares do sucesso do programa.

Carga
Nº Curso/Treinamento Conteúdo Programático Mês/Ano
Horária
Meio ambiente: a Conceitos e forma de
01 mudança começa preservar o meio ambiente 02 horas Ago/2018
por cada um de nós
A importância da Conceitos e procedimentos
02 coleta seletiva e da de coleta seletiva e 02 horas Out/2018
reciclagem reciclagem

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9.4 Estabelecimento de Prioridades e Metas

Com o objetivo de manter os ambientes de trabalho, dentro de condições adequadas


à realização das atividades laborais dos trabalhadores da empresa e após a realização das
fases de reconhecimento e avaliação, cabe estabelecermos metas e prioridades de ação.

Para o estabelecimento das prioridades de ação e Metas de um PGRCC, devemos


realizar um estudo detalhado de todos os resíduos sólidos gerados na empresa e os riscos
ambientais agregados a ele. A priorização para as medidas de controle e ação obedecerá
à seguinte ordem:

1. Potencial de lesão à saúde e/ou ao meio ambiente dos resíduos sólidos;


2. Número de funcionários expostos ao risco;

Para um correto entendimento deste estudo é importante definirmos alguns


conceitos básicos:

Risco é o potencial necessário para causar danos. Podemos considerar risco como
sendo a existência de resíduos sólidos dentro do sistema produtivo da empresa que
podem agredir a saúde do trabalhador, da comunidade ou do meio ambiente.

Deverá ser parte do PGRCC um plano de ação contemplando atividades, metas e


prioridades a serem implementadas de forma a eliminar, minimizar ou controlar os
resíduos sólidos dentro da empresa.

O plano contém as atividades identificadas nas fases de reconhecimento, avaliação


ou definidas como medidas de controle. Os responsáveis pelas medidas corretivas e
respectivos prazos de cada atividade deverão ser negociadas e estarem de comum acordo
com o responsável do estabelecimento.

9.5 Monitoramento

O monitoramento é de responsabilidade da empresa e será executado sob a


orientação do encarregado operacional que fiscalizará as aplicações das medidas
mitigadoras e do controle, como: ensacamento dos resíduos de lixo doméstico,
armazenamento e destinação adequada dos resíduos gerados no processo de construção,
separação e destinação adequada de papelão, vidros, plásticos, e sucatas metálicas.

O monitoramento deve observar os resultados da avaliação qualitativa.

O monitoramento deve se basear em uma avaliação sistemática, introduzindo ou


modificando as medidas de controle, sempre que for necessário.
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9.6 Metas do Programa

Tudo o que se pretende atingir com o PGRCC em termos de benefícios deve estar
descrito aqui, os erros mais comuns são os de se adotar metas difíceis de serem
cumpridas, as metas devem estar adequadas à realidade de Empresa e em geral estas
têm divulgação muito pobre, não ajudando em nada a conscientização dos funcionários
para a importância do programa.

As metas devem estar em consonância com a Política Ambiental da Empresa.

Setor Meta Medidas de Controle Recomendadas Cronograma


Monitoramento dos Agentes Geradores de Meta permanente -
Produção
Resíduos sólidos Semanalmente
Curto e médio
Todos Treinamentos
Prazo
Todos os setores Implantação do PGRCC Imediato
Médio prazo (a
Todos os setores Avaliação da Implantação do PGRCC
cada 06 Meses).
Compra Placas de Sinalização sobre meio ambiente Agosto de 2018

9.7 Implantação das medidas de controle

Esta etapa é compreendida pela implantação de medidas técnicas de caráter coletivo


para neutralizar a utilização ou formação de agentes prejudiciais à saúde, implantação de
medidas técnicas de Caráter coletivo que previnam a liberação ou disseminação dos
resíduos sólidos no ambiente de trabalho, treinamento dos funcionários e medidas de
caráter administrativo.

9.8 Avaliação da eficácia das medidas de controle

O controle dos resíduos gerados na empresa envolve a adoção de medidas


necessárias e suficientes para a eliminação ou redução dos riscos de poluição ao meio
ambiente e a saúde dos empregados.

O PGRCC será de abrangência e profundidade gradual ás características dos resíduos


sólidos e das necessidades de controle.

Quando detectada alguma exposição de risco de agressão ao meio ambiente ou à


saúde dos empregados, será comunicado ao coordenador do PGRCC, para as devidas
providências. Da mesma forma, o responsável pelo PGRCC, acionará o técnico

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responsável pelo PGRCC, para as devidas avaliações e sugestões de controle necessárias à


eliminação e/ou redução dos riscos a saúde do trabalhador e da comunidade.

As Medidas de Controle, e devem fazer parte do checklist de inspeção das áreas que
estarão sendo monitoradas pelo PGRCC.

9.9 Registro e Divulgação dos Dados

9.9.1 Registro

O PGRCC deverá ser mantido arquivado no estabelecimento por um período mínimo


de 2 anos após a conclusão da obra e deverá estar sempre disponível aos trabalhadores
interessados ou seus representantes e para as autoridades competentes.

9.9.2 Divulgação

Os dados deverão ser divulgados aos trabalhadores e conter os principais resíduos


gerados no canteiro de obras podem causar a saúde humana e danos ao meio ambiente,
bem como informações sobre os meios disponíveis para preveni-los ou limitá-los.

A divulgação dos dados pode ser feita de diversas maneiras dependendo do porte do
estabelecimento, as mais comuns são:

— Treinamentos específicos;
— Reuniões setoriais;
— Via terminal de vídeo para consulta dos usuários;
— Boletins e jornais internos
— Programa de Integração de novos empregados
— Palestras avulsas.

10. RESPONSABILIDADES

a) Cabe ao empregador

O empregador é o responsável por estabelecer, implementar e assegurar o


cumprimento do PGRCC, como atividade permanente da empresa, informando aos
trabalhadores sobre os riscos a saúde e ambientais dos resíduos sólidos existentes na
empresa e os meios disponíveis de proteção.

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b) Cabe aos trabalhadores

Os trabalhadores têm como responsabilidade colaborar e participar na implantação e


execução do PGRCC, seguindo as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos
dentro do PGRCC; e informando ao seu superior hierárquico direto as ocorrências que, a
seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores, da comunidade e ao
meio ambiente.

c) Cabe ao responsável pela elaboração

Informar o nome completo do responsável pela elaboração do PGRCC. Quando se


tratar de Engenheiro de Segurança do Trabalho, deverá ser indicado, após o nome do
responsável, o número do seu registro profissional no conselho correspondente.

d) Cabe ao responsável pelo desenvolvimento

O responsável pelo desenvolvimento do PGRCC será sempre a pessoa responsável do


estabelecimento onde se realiza o programa, ao qual caberá coordenar o seu
desenvolvimento e a definição de prazos e ações para a execução das medidas de
controle necessárias, com vistas a se atingir as metas estabelecidas.

Atribuições de sua responsabilidade:


 Estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento permanente do PGRCC.
 Manter o documento base disponível ao acesso das autoridades competentes.
 Seguir o cronograma de implantação e execução do PGRCC.
 Avaliar se as medidas de controle são eficazes.
 Planejar e executar os treinamentos previstos.
 Manter o documento por um período mínimo de 2 anos após término da obra.
 Revisar, atualizar e divulgar o PGRCC.

11. CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

A complexidade dos resíduos e a evolução constante dos hábitos de vida sugerem


que as propostas de solução para o problema devem ser maleáveis, sempre respaldadas
em princípios de educação ambiental da população, 0 que a integrara responsavelmente
a construção de medidas técnicas e ambientalmente corretas.

Considera-se que a gestão desses resíduos sólidos deve ser pautada por uma política
interna do condomínio caracterizando-se como algo benéfico as suas dependências, bem
como ao meio ambiente, saúde e bem-estar da população.

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12. CONCLUSÃO

Todas as ações propostas no cronograma e executadas pela empresa deverão ser


devidamente documentadas.

O PGRCC e ações a serem desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da


empresa são de responsabilidade do empregador.

A operacionalização do PGRCC consiste em ações executivas e de controle. É um


processo contínuo, devendo, portanto, ter um coordenador.

Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma
análise global do PGRCC para avaliação do seu desenvolvimento e realização de reajustes
necessários e esclarecimentos de novas metas e prioridades.

Este trabalho visa estabelecer parâmetros que permitam adaptação das condições de
trabalho dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança
e desempenho eficiente.

Reafirmamos, portanto, que as providências que forem tomadas no sentido de


eliminar, reutilizar, reciclar ou dar um destino adequado aos resíduos sólidos não
constituem gastos e sim investimentos.

13. TÉCNICO ELABORADOR DO PGRCC

O presente Programa foi elaborado pelo engenheiro abaixo assinado, sendo este
responsável apenas pela elaboração deste documento, sendo o cumprimento da
implementação de suas proposições e metas, de responsabilidade da empresa
contratante.

João Pessoa, 04 de agosto de 2018

Tania Vieira Rebouças


Engº Agrimensora/ Esp. Gest. Ambiental
RPN CONFEA 050360197-7

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14. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ALMEIDA, J. R.; ORSOLON, A. M.; MALHEIROS, T. M.; PEREIRA; S. R. B.;


AMARAL, F.; SILVA, D. M. Planejamento Ambiental. Rio de Janeiro, Thex
Editora. 1993.

ANTUNES, P. B. Dano ambiental: uma abordagem conceitual. Rio de


Janeiro: Lumen Juris, 2000.

 BIDONE F. R. A. Conceitos Básicos de Resíduos Sólidos. Projeto REE GE. EE


CjUSP. 1999 - SAO CARLOS - SP

 JÚNIOR. B. C. Cartilha de gerenciamento de resíduos sólidos para a construção


civil. Belo Horizonte - MG: SINDUSCON-MG. 2005

 LIMA, J. D. Gestão de resíduos sólidos urbanos no Brasil. Joao Pessoa-PB,


2003, 267 p.

 MONTEIRO, J. H. P. Manual de Gerenciamento Integrado de resíduos


sólidos. Rio de Janeiro: SEDU- IBAM, 2001.

 SCARLATO, F. C.; PONTIN, J. A. O ambiente urbano. Serie meio ambiente.


São Paulo: Atual, 1999.

 SISSINO, C. L. S.; OLIVEIRA, R. M. de. Resíduos sólidos, ambiente e


saúde: uma visão multidisciplinar. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2000. 138p.

 RESOLUÇÃO CONAMA N° 307, DE 5 DE JULHO DE 2002

 RESOLUÇÃO CONAMA N° 275, DE 25 DE ABRIL DE 2001

 LEI MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA DE N° 11.176/2007.

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ANEXOS

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SEGREGAÇÃO DOS RESÍDUOS

Para a separação do material, basta ter na empresa no mínimo cinco recipientes:


um para o lixo úmido e rejeitos a serem recolhidos pela Empresa de Limpeza da Cidade e
os outros recipientes para o lixo seco: plástico, metal, vidro e papel, todos devidamente
lavados e/ou limpos e secos.

É importante estabelecer um local prático e de fácil acesso para a colocação desses


recipientes.

Também é importante haver uma pessoa ou grupo responsável pela coordenação


do programa de coleta seletiva.

O resultado mais relevante de um processo de coleta seletiva é a postura de


atenção permanente contra o desperdício e a preservação do meio ambiente.

O retorno financeiro, no entanto, nem sempre é expressivo. Sugere-se até, em


alguns casos, doação ou utilização da verba arrecadada para complementação de festas
de fim de ano.

SIMBOLOGIA

PAPEL VIDRO METAL PLÁSTICO ORGÂNICO REJEITO

 Azul - Papel;
 Verde - Vidro;
 Amarelo - Metal;
 Vermelho – plástico;
 Marrom – Orgânico;
 Cinza – Material sujo e que não serve para a reciclagem.

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Ilustração de Coletores de Lixo

Ilustração das Caixas de Coleta de Lixo

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PLACAS DE SINALIZAÇÃO DA OBRA

CANTEIRO DE OBRAS

DEPÓSITO DEPÓSITO DEPÓSITO


DE DE DE
AREIA BRITA CIMENTO

MEIO AMBIENTE

ANEXO – Modelo de Formulário de Controle de Transporte de resíduos (CTR)

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