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PROGRAMA DE

GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS
05/2015

Execução de Obras de Pavimentação e Drenagem no


Bairro Cidade Satélite Íris I

INTERESSADO: SEINFRA
DEZEMBRO DE 2015

PGRS - Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos


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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS
Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e do Desenvolvimento
Sustentável
Departamento de Licenciamento Ambiental
Coordenadoria Setorial de Apoio ao Licenciamento de Obras, Atividades e
Empreendimentos Municipais
Interessado Secretaria de Infraestrutura N° do Protocolo 2015/10/52344
Data 15/12//2015 Código 05/2015

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................03

2. OBJETIVO DO PROJETO.............................................................................................03

3. OBJETIVO DO PROGRAMA.........................................................................................03

4. CARACTERIZAÇÃO DA OBRA....................................................................................04

5. PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES

5.1. Empresa Executora.........................................................................................05

5.2. Empresa de Coleta e de Transporte de Resíduos........................................05

5.3. Áreas de Destinação de Resíduos................................................................06

6. ETAPAS DO GERENCIAMENTO...................................................................................06

7. CARACTERIZAÇÃO DO RESÍDUO

7.1. Qualitativamente.............................................................................................07

7.2. Quantitativamente...........................................................................................08

8. TRIAGEM.......................................................................................................................10

9. ACONDICIONAMENTO.................................................................................................12

10. TRANSPORTES...........................................................................................................15

11. DESTINAÇÃO..............................................................................................................15

12. EDUCAÇÃO AMBIENTAL...........................................................................................16

13. MONITORAMENTO E CONTROLE.............................................................................16

14. RESPONSÁVEIS TÉCNICOS......................................................................................17

ANEXO 1............................................................................................................................18

PGRS - Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos


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1. INTRODUÇÂO

Trata o presente Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS, conforme


exigências técnicas dispostas no Decreto Municipal n° 18.705/2015, ao qual regulamenta
os procedimentos de licenciamento e controle ambiental de empreendimentos e
atividades de impacto local pela Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável de Campinas, de que trata a Lei n° 49 de 20/12/2013.

O PGRS foi elaborado pela Coordenadoria Setorial de Apoio ao Licenciamento de Obras,


Atividades e Empreendimentos Municipais do Departamento de Licenciamento Ambiental
da SVDS, que visa, dentre outras atividades, assessorar a Administração Pública nos
projetos de licenciamento e autorização ambiental, elaborando estudos e projetos na área
afim. O estudo foi elaborado pelos profissionais Carlos Augusto Justo Barreiro - Eng.º
Civil, CREA 0685065379-SP, ART nº 92221220150965882, Geraldo Magela Martins
Caldeira - Eng.º Civil, CREA 0641626426-SP, ART nº 92221220150858401 e Gabriel Dias
Mangolini Neves – Eng.º Ambiental, CREA 5068902591-SP, ART nº 92221220150965088,
conforme solicitação da Secretaria Municipal de Infraestrutura – SEINFRA, por meio do
Protocolo PMC nº 2015/10/52344.

2. OBJETIVO DO PROJETO

No âmbito do Programa de Aceleração de Crescimento – PAC Pavimentação a Prefeitura


de Campinas submeteu projetos destinados a pavimentação de diversos bairros, sendo o
bairro Cidade Satélite Íris I contemplado com verbas destinadas a implantação de sistema
de drenagem e pavimentação de vias.

3. OBJETIVO DO PROGRAMA

O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos tem como objetivos principais:

• Atendimento a legislação ambiental, e normas reguladoras;

• Estabelecer o procedimento necessário para garantir o manejo e o destino


ambientalmente adequado de todos os resíduos provenientes das atividades de
construção da obra.

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A empresa executora visa a não geração de resíduos através de treinamentos e boas
práticas, quando da geração, a reutilização e a reciclagem são alternativas priorizadas ao
descarte ambientalmente adequado. Tendo como meta o desvio, de aterro sanitário e
incineração, de 30% de todo o resíduo gerado.

4. CARACTERIZAÇÃO DA OBRA

Localizado na região oeste da cidade e pertencente à Macrozona 5, considerada como


prioritária de qualificação, o bairro Cidade Satélite Íris I terá a pavimentação de suas vias
e implantação de sistema de drenagem no âmbito do PAC Pavimentação. O loteamento
situa-se mais precisamente na Unidade Territorial Básica (UTB) 46 — na Área de
Planejamento nº 27.

De acordo com a base de dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo —


CETESB — Relação de Áreas Contaminadas de Dezembro de 2014, o Lixão do Jardim
Satélite Íris, conhecido como Lixão da Pirelli, está na etapa de gerenciamento com status
de investigação confirmatória com impacto no solo superficial, subsolo e águas
subterrâneas com os contaminantes solventes halogenados, outros inorgânicos e
microbiológicos.

Seguindo determinação da CETESB a área do aterro foi cercada, porém, segundo


apresentação “10 anos de história das ações da saúde na área contaminada do Antigo
Lixão da Pirelli” do DEVISA – Departamento de Vigilância em Saúde, do dia 14/04/2015
(Anexo II do Estudo Ambiental Aplicado), foi realizado depósito de resíduos em outros
locais do bairro, fora da área cercada, aumentando consideravelmente os riscos de
contaminação do solo, superficial, subsolo, águas subterrâneas (consequentemente os
corpos hídricos da região) e a própria população.

As obras relacionadas à pavimentação do bairro carecem da execução de 44.930,00


metros de guias e sarjetas e demolição de outros 3.005,25 metros, recapeamento
asfáltico de 6.735,00 m², pavimentação asfáltica de 183.990,00 m² de vias(143.185,00 m²
de pavimento Tipo II e 40.805,00 m² de pavimento Tipo III), demolição de 11.944,63 m² de
capa asfáltica, demolição de 16.741,80m² de calçadas, execução de 103.424,03 m² de
calçadas, remoção e relocação de 143 postes (CPFL), remoção e recolocação de 116
tampões de ferro fundido, remoção de 06 caixas subterrâneas, remoção e recolocação de
02 aparelhos de telefone público, demolição de 19.325,00 m² de pavimento, demolição de
371,60 m² de pavimento de paralelepípedo, demolição e reconstrução de 1.448,67 metros

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de muros de alvenaria, demolição e reconstrução de 1.645,50 metros de cercas,
demolição e reconstrução de 270,41 metros de alambrados, execução de 124,30 metros
de muro de arrimo, execução de 539,30 metros de muro de proteção(h<1,45m), execução
de 66,20 metros de muro de proteção(1,45m<h<1,95m), remoção de 518,00 metros de
canalizações de diversos diâmetros, remoção de 13 árvores, desmatamento de 6.535,61
m², implantação de 485 bocas de lobo, 578 poços de visita, além da implantação de cerca
de 19.416,55 metros de galerias de águas pluviais.

5. PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES

5.1. Empresa Executora

• Contratar transportadores de resíduos após comprovação de atendimento aos


requisitos legais aplicáveis;

• Gerenciar Contratos com transportadores de resíduos e empresas de coleta e


reciclagem;

• Garantir o descarte correto dos resíduos gerados em locais que atendam todos os
requisitos legais aplicáveis;

• Garantir condições de reutilização e reciclagem aos resíduos armazenados no


canteiro de obras;

• Destinar os resíduos de construção conforme classes estabelecidas pela


Resolução Federal CONAMA n° 307/2002 e as demais correlacionadas;

• Garantir a presença da documentação necessária durante o transporte de resíduo.

5.2. Empresa de Coleta e de Transporte de Resíduos

• Atender a legislação pertinente para o transporte e a correta destinação dos


resíduos;

• Não dispor os resíduos de obra em aterros de resíduos domiciliares, “bota fora”,


encostas, corpos d’água, lotes vagos e em áreas protegidas por Lei;

• Emitir e disponibilizar o CTR - Controle de Transporte de Resíduos à empresa


executora;

• Respeitar e atender às condições de contrato acordado com a empresa executora.

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5.3. Áreas de Destinação de Resíduos

• Atender a legislação pertinente ao ramo da atividade;

• Devolver ao transportador e/ou a empresa executora o CTR carimbado e assinado;

• Disponibilizar documentos de licenciamento ambiental e de funcionamento à


empresa executora.

6. ETAPAS DO GERENCIAMENTO

O programa foi desenvolvido para que a construção cumpra as seguintes etapas ao longo
do projeto:

• Caracterização dos resíduos;

• Triagem;

• Acondicionamento;

• Transporte;

• Destinação dos resíduos.

Tais etapas são estruturadas pela equipe de produção da obra em conjunto com
Engenheiro Ambiental ou Civil responsável pela área. As mesmas deverão passar por
revisões periódicas de acordo com o andar do projeto.

Para o cumprimento das etapas listadas acima deverá ocorrer simultaneamente ações de
educação ambiental para todos os colaboradores da obra através de palestras e
treinamentos sobre o assunto e ações de monitoramento e controle para corrigir possíveis
desvios.

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7. CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS

7.1. Qualitativamente

A caracterização dos resíduos é o início do processo de gestão dos resíduos produzidos


em obra e devem ser classificados conforme determinam as normativas específicas, em
destaque a Resolução CONAMA nº 307/2002:

Classe A: Resíduos agregados reutilizáveis ou recicláveis provenientes de construção,


demolição, reformas e reparos e processo de fabricação de pré-moldados de concreto:
Entulho de alvenaria e concreto, restos de argamassa advindos da demolição das
interferências de projeto como muros e passeios; Areia, pedras, rachão e resto de
concreto da própria execução da obra; Solo escavado excedente da etapa de
terraplenagem e execução da drenagem, Capa asfáltica advinda da demolição de via
existente e resto da própria execução;

Classe B: Sucatas Metálicas de restos do processo produtivo e da demolição das


interferências; Resíduos de madeira da demolição de interferências e de formas
utilizadas; Papel e papelão, plástico e sacarias das embalagens de materiais e escritório;
Vidro e gesso da demolição de casas;

Classe C: Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações


economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação: isopor, tubo de
poliuretano, lixas, estopas, lã de vidro e lã de rocha que podem ser utilizados no processo
produtivo e/ou da demolição das interferências;

Classe D: Tintas, solventes, óleos, solo contaminado, EPI's contaminados com óleo e
outros resultantes do processo produtivo e/ou pequenos acidentes ambientais, ou aqueles
contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de instalações industriais,
telhas e demais objetos que contenham amianto.

Segundo Norma NBR 10.004/2004 da ABNT os resíduos orgânicos gerados no canteiro


de obras são classificados como Resíduos Classe II-A – Não Inertes que serão divididos
de restos de alimentos, resíduos sanitários e EPI não contaminado para melhor
destinação.

Para resíduos biológicos / infectantes gerados no atendimento a primeiros socorros e


combate a vetores e pragas considera-se Classe A segundo Resolução CONAMA n°
358/2005.

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7.2. Quantitativamente

Os valores apresentados na tabela 1 são estimativas feitas através das informações


projetos do Programa PAC – Pavimentação – Bairro Cidade Satélite Íris I apresentado
pela Secretaria de Infraestrutura:

a. Folha 01/01 – Memória de Cálculo, revisão Out/15;

b. Folha 01/01 – Traçado das Redes, revisão Out/15;

c. E-mail – Fl 61 do Protocolo n° 2015/10/52344.

Estimativa de Resíduos

Descarte por Total


m² Construído Gerado
Classe Tipo (m³/m²) (m³)
Solo Escavado 1,2326 235.086,53
A
Entulho 0,0339 6.469,16
Madeira 0,0039 741,05
Papel/Papelão 0,0011 216,00
B
Plástico 0,0030 576,00
Metal 0,0015 291,02
D Perigosos /Contaminados 0,0002 36,00

- Biológicos e/ou infectantes 0,0000 0,72


Orgânicos – Resto de
- alimento 0,0025 468,00
Orgânicos – Resíduos
- sanitários e EPI 0,0026 504,00
Total 1,2814 244.388,47
Tabela 1. Estimativa de Resíduos

O volume estimado por tipo de resíduo levou em consideração:

• Solo escavado: calculou-se a escavação necessária para terraplanagem


(documentos a e c) e para execução das linhas de drenagem, os poços de visita e as
bocas de lobos de acordo com o projeto b, utilizando uma taxa de 20% de
reaproveitamento do solo;

• Entulho: calculou-se a geração de entulho pela quantificação da demolição de


pavimentos, passeio, guias e sarjetas e muros (o entulho a ser gerado pela demolição de
edificações não foi computado pois será de responsabilidade da Secretaria de Habitação

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de Campinas - SEHAB) e estimou a geração de 10% de entulho por metro quadrado
executado de guias e sarjetas, passeios e pavimento devido a sobras, retrabalho, etc;

• Madeira: calculou-se a geração de resíduos de madeira dos escoramentos das


valas para execução de drenagem, considerando cinco reutilizações por jogo de
escoramento e demolição de cercas de madeira;

• Metal: calculou-se a geração de resíduos metálicos das cercas e alambrados


removidos, sobras e retrabalho do processo produtivo e sobra de vergalhões para
proteção coletiva;

• Papel/Papelão e Plástico: calculou-se a geração de resíduos de papel/papelão e


plástico de embalagens e papel usado principalmente na administração e almoxarifado e
resíduo de telas para proteção coletiva;

• Perigosos/Contaminados, Biológicos e/ou infectantes, Orgânicos e Metal: calculou-


se a geração mínima dos resíduos citados para a dimensão da obra e um efetivo máximo
de 20 colaboradores.

A taxa de m³/m² foi contabilizada apenas pelo metro quadrado de pavimentação asfáltica
a ser executado e acrescendo 30% de empolamento dos resíduos.

Conforme descrito no Estudo Ambiental Aplicado e de forma resumida na introdução do


presente Programa, está inserido dentro da área do Bairro Cidade Satélite Íris I o antigo
Lixão da Pirelli, apontado como área contaminada pela base de dados da Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo — CETESB — Relação de Áreas Contaminadas de
Dezembro de 2014 (fl. 4395) e demarcada pelo Departamento de Limpeza Urbana da
Secretaria Municipal de Urbanismo, conforme Figura 01.

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Figura 1. Área de deposição de lixo, conforme projeto do Departamento de Limpeza Urbana – DLU,
disponibilizado pelo Protocolo n° 2015/10/52344.

Ainda, de acordo com informações do DEVISA – Departamento de Vigilância em Saúde


da Secretaria Municipal de Saúde-PMC, segundo a apresentação “10 anos de história das
ações da saúde na área contaminada do Antigo Lixão da Pirelli”, do dia 14/04/2015
(Anexo II do Estudo Ambiental Aplicado), além da área delimitada pelo DLU (Figura 01),
foram diagnosticadas áreas de depósito de lixo não demarcada em mapa de estudos,
conforme relato dos moradores do bairro. Portanto, se durante as obras for constatada
outra área com suspeita de contaminação, o trecho deverá ser paralisado e o órgão
responsável deverá ser consultado para apontar as diretrizes a serem executadas.

8. TRIAGEM

A coleta seletiva dos resíduos deve iniciar nos locais de geração e/ou nas frentes de
trabalho pelos próprios executores, não devendo ocorrer mistura dos seguintes materiais:

• Solo;

• Entulho limpo Classe A (concreto, argamassa, demolição, alvenaria);

• Sucata Metálica;

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• Madeira e derivados;

• Plásticos;

• Papel e papelão;

• Resíduos perigosos (solo contaminado, panos, trapos, estopas, EPI contaminados


com graxa, lubrificantes, tintas, solventes, aditivos, pincéis, telhas de amianto, etc).

Também está previsto a separação dos resíduos listados acima dos “resíduos não
recicláveis” como restos de alimentos, resíduos sanitários (orgânicos) e EPI usados não
contaminados, que devem ser acondicionados em cestos de lixo próprios e resíduos
biológicos e/ou infectantes, que devem ser acondicionados em recipiente identificado
atendendo os requisitos da Resolução CONAMA n° 358/05.

A seleção dos resíduos é realizada de acordo com sua classificação e, quando aplicável,
o padrão de cores definido abaixo deverá ser utilizado para identificação dos coletores,
segundo Resolução CONAMA n° 275/01.

Classificação dos Resíduos por Cores

Cores dos
Resíduos
Recipientes

Papel e Papelão AZUL

Plástico VERMELHO

Vidro VERDE

Metal AMARELO

Madeira PRETO

Resíduo Perigoso LARANJA

Resíduo biológico
BRANCO
e/ou infectante

Resíduo Orgânico MARROM

Resíduo Classe A
CINZA
– Entulho Limpo
Tabela 2. Classificação dos Resíduos por Cores

Para o manuseio dos resíduos perigosos, orgânicos e biológicos e/ou infectantes devem
ser observadas condições estabelecidas pelos fabricantes dos insumos, apresentadas
nas FISPQ – Ficha de Segurança de Produtos Químicos, conforme indicado na

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embalagem do material ou segundo Norma Regulamentadora NR-6 do Ministério do
Trabalho e Emprego - MTE. Caso sejam gerados nas frentes de trabalho, eles devem ser
imediatamente transportados para o local de acondicionamento final.

9. ACONDICIONAMENTO

Para a garantia das condições necessárias de reutilização e reciclagem o


acondicionamento inicial dos resíduos deverá acontecer o mais próximo possível dos
locais de geração, dispondo-os de forma compatível com seu volume e preservando a
boa organização dos espaços nos diversos setores das obras.

Os lugares deverão contemplar cuidados necessários em relação à:

• Cobertura e ventilação;

• Drenagem de águas pluviais;

• Drenagem de líquidos percolados e derramamentos acidentais;

• Isolamento e sinalização;

• Controle de operação;

• Treinamento de pessoal;

• Monitoramento da área;

• Identificação do material.

Segue descrição dos tipos de dispositivos para acondicionamento de resíduos:

Dispositivos de Acondicionamento

Dispositivos Descrição Acessórios Utilizados

Sacos de ráfia; Sacos de lixo


simples - quando forem dispostos
Recipiente plástico, com
Bombonas resíduos orgânicos ou outros
capacidade para 50 ou 100 litros.
passíveis de coleta pública;
Adesivos de sinalização.

Bags Saco de ráfia reforçado, dotado de Suporte de madeira ou metálico;


4 alças e com capacidade para Plaquetas para fixação dos adesivos
armazenamento em torno de 1 m³. de sinalização; Adesivos de

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sinalização.

Geralmente construída em
madeira, com dimensões diversas, Plaquetas para fixação dos adesivos
Baias adapta-se às necessidades de de sinalização; Adesivos de
armazenamento do resíduo e ao sinalização.
espaço disponível em obra.

Estacionárias, recomendável o uso


Recipiente metálico com de dispositivos de cobertura,
Caçambas
capacidade de 5, 26 e 40 m³. principalmente quando disposto em
via pública.

Lixeiras Recipiente de plástico


brancas com impermeável resistente a rupturas Saco de lixo branco leitoso.
pedal e vazamentos.
Tabela 3. Dispositivos de Acondicionamento

Segue os dispositivos utilizados para acondicionamento inicial e final por tipo de resíduo:

Tipos de Resíduos x Acondicionamento Inicial e Final

Tipo de Resíduo Acondicionamento Inicial Acondicionamento Final

Pilhas próximas aos locais de


Resíduos Classe A geração com delimitação e Caçambas estacionárias
sinalização adequada

Em bombonas sinalizadas para


Preferencialmente baias
pequenas peças e em pilhas
sinalizadas, podendo ser
Madeira próximas aos locais de geração
utilizadas caçambas
com delimitação e sinalização
estacionárias
adequada para grandes peças

Plásticos Bags ou bombonas sinalizadas Baias, bags ou fardos sinalizados

Baias, bags ou fardos


Papel e Papelão Bags ou bombonas sinalizadas sinalizados, mantidos em local
coberto

Permanecem nas bombonas ou


Bombonas devidamente
Vidros em caçambas com restrição de
identificadas
acesso

Sucata Metálica Bombonas sinalizadas para Baias sinalizadas

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pequenas peças e em pilhas
próximas aos locais de geração
com delimitação e sinalização
adequada para grandes peças

Em bombonas sinalizadas para Preferencialmente baias


pequenas peças e em pilhas sinalizadas, podendo ser
Gesso próximas aos locais de geração utilizadas caçambas
com delimitação e sinalização estacionárias, mantidas em local
adequada para grandes peças coberto

Pilhas ou caçambas estacionárias Em caçambas estacionárias


Solo
cobertas cobertas

Resíduo será encaminhado Baia ou caçamba de resíduos


diretamente para o perigosos / contaminados,
Perigoso
acondicionamento final, tomando coberta, estanque, impermeável e
os devidos cuidados com restrição de acesso

Caçamba especifica, coberta e


Cestos identificados com sacos
estanque ou local definido para
Orgânicos plásticos nos locais de geração
coleta pelo Departamento de
(refeitório e sanitários)
Limpeza Pública

Resíduo será encaminhado Recipiente de plástico


Resíduos biológicos diretamente para o impermeável resistente a rupturas
e/ou infectantes acondicionamento final, tomando e vazamentos e saco de lixo
os devidos cuidados branco leitoso
Tabela 4. Tipos de Resíduos x Acondicionamento Inicial e Final

Os colaboradores envolvidos nas atividades de acondicionamento de resíduos deverão


utilizar Equipamentos de Proteção Individual – EPI, conforme orientação do setor de
segurança da obra.

No decorrer da execução da obra, as soluções para o acondicionamento inicial e final


poderão variar, mas serão respeitados os fatores: volume e características físicas dos
resíduos, facilitação para a coleta, controle da utilização dos dispositivos, segurança para
os usuários e preservação da qualidade dos resíduos nas condições necessárias para a
destinação.

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10. TRANSPORTE

Seguindo a linha do conceito de responsabilidade do gerador pelo gerenciamento do


resíduo, a empresa executora garante através de um processo de qualificação de
fornecedores que contratará apenas transportadores de resíduos que se enquadram em
todos os requisitos legais aplicáveis. Onde o mesmo deverá apresentar as suas licenças
ambientais, as licenças ambientais dos locais de destinação final e o Controle de
Transporte de Resíduos – CTR, comprovando a destinação adequada em locais
previamente aprovados.

Para os casos de transporte de resíduos perigosos, deve-se acrescentar o Certificado de


Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental – CADRI e deve contemplar no
Programa de Controle e Monitoramento Ambiental de Obras - PCMAO as ações
necessárias para monitoramento e mitigação de possíveis vazamentos.

Para os casos de doação ou venda de resíduos, deve-se também controlar os requisitos


aplicáveis.

Todas as caçambas de resíduos, principalmente os passiveis de geração de particulados


(solo, entulho, etc) deverão estar cobertas com tela ou lona durante seu transporte.

11. DESTINAÇÃO

Conforme Resolução CONAMA n° 307/2002, o gerador deve garantir a não disposição


dos resíduos de construção civil em aterros de resíduos sólidos urbanos, em áreas de
bota-fora, encostas, corpos d'água, lotes vagos ou em áreas protegidas por lei.

O local de destinação final dos resíduos será rastreado pelo gerador através do CTR, em
caso de suspeita do não atendimento por parte da transportadora de resíduos ou mesmo
o local de destino final, deverá ocorrer blitz sem aviso prévio para garantir a conformidade
legal.

Será priorizado o envio de resíduos recicláveis para cooperativas listadas no Plano


Municipal de Saneamento Básico (CAMPINAS, 2013) onde a escolha deve considerar a
distância entre o gerador e o destino final, minimizando o impacto com o consumo de
combustíveis fósseis.

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12. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O Programa a ser implementado garante não apenas o atendimento a Resolução Federal


n° 307/02 do CONAMA, mas principalmente, estimula as pessoas envolvidas a
participarem de ações que buscam o bem estar comum e do meio ambiente.

Dessa forma, a implementação é acompanhada de ações de Educação Ambiental junto a


todos os envolvidos nos processos de construção do empreendimento.

O principal foco das ações de sensibilização executadas é conscientizar seus


colaboradores da importância de uma gestão dos resíduos correta e principalmente da
não geração dos resíduos.

13. MONITORAMENTO E CONTROLE

De modo a comprovar o destino ambientalmente adequado dos resíduos, será


implementado um sistema de controle de registros através do Anexo I - Inventário de
Resíduos, atualizada mensalmente, que contenha:

• Volume, por classe de resíduo, gerado mensalmente;

• Transportador com identificação da Licença, e validade da mesma, ou Dispensa de


Licença Ambiental;

• Destinatário final com identificação da Licença Ambiental e validade da mesma.

A planilha, cópia dos Controles de Transporte de Resíduos – CTR e cópia das Licenças
Ambientais de todos os transportadores e destinatários final deverão ser entregues ao
órgão licenciador ao final da obra comprovando o atendimento da meta de desvio de
aterro sanitário e incineração de 30%, sendo solo não contabilizado para atendimento
desta meta.

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14. RESPONSÁVEIS TÉCNICOS

__________________________________

Gabriel Dias Mangolini Neves


Eng. Ambiental
Matr. 129.986-7
SVDS/DLA/CT-ALPS

__________________________________

Geraldo Magela Martins Caldeira


Eng. Civil
Matr. 129.912-3
SVDS/DLA/CT-ALPS

__________________________________

Carlos Augusto Justo Barreiro


Eng. Civil
Matr. 130.112-8
SVDS/DLA/CT-ALPS

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ANEXO 1

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Anexo I – Planilha Inventário de Resíduos
Projeto Área Construída em m²

Resíduos

DOCUMENTO CONTROLADO ELETRONICAMENTE

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