Você está na página 1de 15

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

ANDRÉIA BARRADA DA SILVA


DARIA ALVES DE OLIVEIRA
HERONICE GOMES DE OLIVEIRA SILVA
JOQUEBEDE CARTEJEANE BEZERRA BRASILEIRO PASSOS
STANLEY DOS SANTOS TAVARES

IMPLANTAÇÃO INDÚSTRIA DE PRODUÇÃO DE


ARTEFATOS DE CIMENTO

Jacobina
2015
1
ANDRÉIA BARRADA DA SILVA
DARIA ALVES DE OLIVEIRA
HERONICE GOMES DE OLIVEIRA SILVA
JOQUEBEDE CARTEJEANE BEZERRA BRASILEIRO PASSOS
STANLEY DOS SANTOS TAVARES

IMPLANTAÇÃO INDÚSTRIA DE PRODUÇÃO DE


ARTEFATOS DE CIMENTO

Trabalho de Curso Superior de Tecnologia em Gestão


Ambiental apresentado à Universidade Norte do Paraná -
UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de
média semestral na disciplina de Planejamento de áreas
urbanas e rurais, Avaliação de impactos ambientais e
licenciamento, Projetos ambientais, Tópicos especiais
em gestão ambiental, Seminário interdisciplinar V

Orientador: Prof.ª Jeanedy Maria Pazinato, Vinícius Pires


Rincão, Tiago H. dos Santos Garbim, Marcelo Augusto
Rocha, Flávia da Silva Bortoloti.

Jacobina
2015
2
Desenvolvimento

O Inicio da utilização dos cimentos é bem antiga e, ao longo


do tempo, este produto foi aperfeiçoado com o passar dos anos. Os antigos
egípcios usavam gesso impuro e calcinado, os gregos e romanos usavam
calcário calcinado, e posteriormente aprenderam a misturar cal, água, areia e
pedra britada, tijolos ou telhas. Este foi o primeiro concreto da história. Outras
culturas, por necessidades especiais, aprenderam a utilizar outras matérias
para melhorar a qualidade e a eficiência do concreto, como por exemplo,
cinzas vulcânicas e telhas de argila queimadas combinadas com o calcário.
Com este cimento, foram construídos diversos monumentos que duraram
durante milênios. A tecnologia na composição do cimento continuou avançando
durante anos, até que em 1845, por Isaac Johnson, o clínquer foi formado. O
cimento então passou a ser obtido pela mistura apropriada de materiais
calcários e argilosos, ou outros materiais contendo sílica, alumina ou óxidos de
ferro, aquecendo tudo a uma temperatura necessária para a clinquerização e
moendo-se o clínquer resultante. Como definição, o cimento é um pó fino com
propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, que endurece sob ação
da água. Depois de endurecido, mesmo que seja novamente submetido à ação
da água, o cimento não se decompõe mais. Este, misturado com água e outros
materiais de construção, tais como a areia, a pedra britada, o pó-de-pedra, a
cal e outros, resulta nos concretos e argamassas usadas na construção civil.
A implantação desta fábrica de artefatos de cimento vai ser um
grande avanço para o desenvolvimento econômico da cidade, porém terão
alguns impactos o qual para compensar a degradação o pela qual sua
atividade irá causar. Sofre algumas implicações, pois consome uma grande
quantidade de energia elétrica, frota de caminhões para entrega da mercadoria
apenas para o escoamento da produção, a quantidade de matéria prima que
vai ser extraída por ano para abastecer essa fábrica, um consumo muito
grande de petróleo, desde a implantação da empresa até o ritmo de produção
são muito alto os índices de poluição causada pela fábrica, porém não são

3
apenas os impactos que a empresa causa, ela também tem sua parte social
por isso desenvolvem programas e técnicas de minimizar os impactos
ambientais local. Para amenizar estes danos as empresas desenvolvem
projetos sociais com o apoio da população situada nas proximidades das
indústrias, que são os mais prejudicados pelos danos. Temos como objetivo
identificar e definir a atuação dos engenheiros químicos e engenheiros de
produção ao longo de todo o processo produtivo e até mesmo o papel dos
mesmos na minimização dos impactos ambientais provenientes da produção.
Sua importância estende-se às áreas econômica, social e ambiental, e por isso
uma boa gestão de processo é necessária para implantação de uma indústria
cimenteira, seja no Brasil ou em qualquer lugar do mundo.
A função de um engenheiro Químico e de Produção é garantir
além da qualidade do produto, um avanço tecnológico que garanta redução dos
gastos e consumo de energia, sustentabilidade para a empresa, e ações
sociais para conscientização ambiental e esclarecimento de duvidas. Ambos
têm importância fundamental nesse processo, pois atuam juntos, em suas
áreas especificas desde o recebimento de matéria prima das minas até a
entrega do produto final ao cliente
Desde a extração da matéria até ultima etapa do processo
produtivo são muitos os índices de poluição causados pela indústria cimenteira.
Os níveis e as características dos poluentes dependem de uma série de fatores
como a composição química dos combustíveis e da matéria-prima utilizada, as
tecnologias empregadas no processo industrial – principalmente nos fornos
rotativos de clínquer – e dos sistemas de controle de emissão de gases
poluentes (SANTI apud FILHO, 2004).
O empreendimento de significativo impacto ambiental, o
empreendedor encaminha ao IBAMA o Estudo de Impacto Ambiental e
respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). Para os demais
empreendimentos estudos mais simplificados são requeridos. O EIA é um
documento técnico-científico compostos por: Diagnóstico ambiental dos meios
físico, biótico e socioeconômico; Análise dos impactos ambientais do projeto e
de suas alternativas; Definição das medidas mitigadoras dos impactos
negativos e elaboração de medidas mitigadoras dos impactos negativos; e
Programas de Acompanhamento e Monitoramento. O RIMA é o documento

4
público que reflete as informações e conclusões do EIA e é apresentado de
forma objetiva e adequada a compreensão de toda a população. Nessa etapa
são realizadas Audiências Públicas para que a comunidade interessada e/ou
afetada pelo empreendimento seja consultada.
De acordo com Antônio Inagê de Assis Oliveira, é o
licenciamento ambiental o principal instrumento de que o Poder Público dispõe
para viabilizar a utilização racional dos recursos ambientais por parte das
atividades poluidoras ou modificadoras do meio ambiente, de maneira a atingir
a finalidade social priorizada pela Constituição Federal.
É preciso destacar que a ordem econômica definida pela
Constituição Federal deve ser compreendida como um meio para a realização
de um objetivo maior, que é a concretização do Estado Democrático de Direito
e o atingimento do bem comum. Nesse sentido, por ser um instrumento de
controle das atividades econômicas que tem como objetivo garantir o direito da
coletividade ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, o licenciamento
ambiental trabalha em prol do fim maior do ordenamento econômico e do
próprio Direito.
As principais diretrizes para a execução do licenciamento
ambiental estão expressas na Lei 6.938/81 e nas Resoluções CONAMA nº
001/86 e nº 237/97. Além dessas, recentemente foi publicado a Lei
Complementar nº 140/2011, que discorre sobre a competência estadual e
federal para o licenciamento, tendo como fundamento a localização do
empreendimento. Conforme inciso I do artigo 1° da resolução 237/1997 do
CONAMA, tem-se:

"I - Licenciamento Ambiental: procedimento


administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente licencia a localização, instalação,
ampliação e a operação de empreendimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais,
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras
ou daquelas que, sob qualquer forma, possam
causar degradação ambiental. considerando as
disposições legais e regulamentares e as normas
técnicas aplicáveis ao caso."

5
O processo de licenciamento ambiental possui três etapas
distintas: Licenciamento Prévio, Licenciamento de Instalação e Licenciamento
de Operação.
• Licença Prévia (LP) - Deve ser solicitada ao IBAMA na fase
de planejamento da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento.
Essa licença não autoriza a instalação do projeto, e sim aprova a viabilidade
ambiental do projeto e autoriza sua localização e concepção tecnológica. Além
disso, estabelece as condições a serem consideradas no desenvolvimento do
projeto executivo.
• Licença de Instalação (LI) - Autoriza o início da obra ou
instalação do empreendimento. O prazo de validade dessa licença é
estabelecido pelo cronograma de instalação do projeto ou atividade, não
podendo ser superior a 6 (seis) anos. Empreendimentos que impliquem
desmatamento dependem, também, de "Autorização de Supressão de
Vegetação".
• Licença de Operação (LO) - Deve ser solicitada antes de o
empreendimento entrar em operação, pois é essa licença que autoriza o início
do funcionamento da obra/empreendimento. Sua concessão está condicionada
à vistoria a fim de verificar se todas as exigências e detalhes técnicos descritos
no projeto aprovado foram desenvolvidos e atendidos ao longo de sua
instalação e se estão de acordo com o previsto nas LP e LI. O prazo de
validade é estabelecido, não podendo ser inferior a 4 (quatro) anos e superior a
10 (dez) anos.
órgão estadual competente e, em caráter supletivo, do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA. A
este cabe, também, a aprovação do EIA/RIMA para o licenciamento de
atividades modificadoras do meio ambiente que, por lei, seja de competência
federal.
Os artigos 10 e 11 estabelecem os procedimentos para
manifestação de forma conclusiva do órgão estadual competente ou do IBAMA
ou, quando couber, do Município, sobre o RIMA apresentado. Sempre que
julgarem necessário, esses órgãos realizarão Audiência Pública para informar
sobre o projeto e seus impactos ambientais e discutir o RIMA.

6
A Constituição Federal de 1988, finalmente, fixou, através de
seu artigo 225, inciso IV, a obrigatoriedade do Poder Público exigir o Estudo
Prévio de Impacto Ambiental para a instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente,
despontando como a primeira Carta Magna do planeta a inscrever a
obrigatoriedade do estudo de impacto no âmbito constitucional.
A Cartilha de Licenciamento Ambiental, do Tribunal de Contas
da União, com fundamento no artigo 8°, inciso III, da Resolução n° 237/97 do
CONAMA, dispõe que a licença de operação somente pode ser concedida
depois da verificação pelo órgão administrativo de meio ambiente competente
do efetivo cumprimento das condicionantes estabelecidas nas licenças
ambientais anteriores. A licença de operação aponta as medidas de controle e
padrões de qualidade ambiental que servirão de limite para o funcionamento da
atividade, e especifica as condicionantes que devem ser cumpridas pelo
responsável pela atividade licenciada sob pena de suspensão ou cancelamento
da licença ambiental.
O engenheiro muitas vezes entra como um agente que
esclarece dúvidas da sociedade quando há algum processo de licenciamento
ambiental para uma nova atividade na planta. (Avelar, 2011). O
desenvolvimento sustentável é o objetivo da Política Nacional do Meio
Ambiente, na medida em que se procura conciliar a proteção do meio ambiente
e a garantia do desenvolvimento socioeconômico, de outro, visando assegurar
condições necessárias ao progresso industrial, aos interesses da segurança
nacional e à proteção da dignidade da vida humana. Com efeito, a elaboração
do conceito de desenvolvimento sustentável, no âmbito do Direito Ambiental e
do Direito Econômico, serve como meta e instrumento para que o Estado tente
alinhar em suas políticas os aspectos ambiental, econômico e social.
(Sirvinskas, 2005).
De acordo com Porter e Kramer (2006), a atuação social das
empresas deve estar alinhada com o seu negócio, para que as ações tragam
valor para todos os stakeholders e assim, não sejam interrompidas ao menor
sinal de crise. A comunidade é uma fonte em potencial de funcionários,
fornecedores e consumidores de seus produtos, que se adequadamente
tratados, podem trazer grandes retornos para o negócio. Além disso, essa

7
interação facilita a percepção do valor da empresa e dá legitimidade à sua
atuação, evitando atritos nas esferas
Política e jurídica.
Segundo o material fornecido para o trabalho e as leis de
zoneamento urbano não poderia ser instalada naquele local pela avaliação de
impactos há risco de impactos porque tem residências muito próximas e curso
hídrico ao lado, deveria ser instalada onde o vento não ocorra risco de leva o
material particulado com o vento, por isso a importância de uma consultoria
diminuir os riscos com tecnologias ambientais corretas para diminuir os riscos
de impactos no meio ambiente fauna e flora.
As emissões de NOx causaram concentrações ambientais que
superam os padrões de qualidade do ar estabelecidos pela CONAMA 03/1990,
indicando a possibilidade de risco ambiental e à saúde humana. Em relação ao
material particulado, apesar da avaliação dos resultados das chaminés e do
monitoramento ambiental não indicarem impacto, verificou-se em campo a
presença de material de característica cimentícia na vegetação não era
removido com facilidade. A poeira proveniente do processo de produção do
cimento é fina e de fácil ressuspensão, o que exige cuidados não apenas nas
emissões de fontes pontuais pelas chaminés, mas também na limpeza dos
galpões e vias; e na operação e transporte de matéria prima, onde podem
ocorrer emissões fugitivas do material particulado.
A importância da atuação de uma consultoria no
empreendimento no desenvolvimento de inventários de emissão, criação de
indicadores de desempenho ambiental, verificação de sistemas de exaustão,
do funcionamento de equipamentos de controle de poluição atmosférica e
registro de dados de monitoramento ambiental para o aprimoramento de
Sistemas de Gestão Ambiental na parte atmosférica. É muito importante uma
série de metodologias para a avaliação de impacto de emissões atmosféricas.
Um projeto que poderia ser usado para compensar os impactos
negativos com pontos positivos para comunidade, seria a sustentabilidade
nesse segmento investindo em sistemas construtivos que promovam
integração com o meio ambiente, adaptando-os para as necessidades de uso
local, produção e consumo humano, sem esgotar os recursos naturais,
preservando-os para as gerações futuras; além da adoção de soluções que

8
propiciem edificações econômicas e o bem-estar social da comunidade
impactada pela fábrica, reciclar também todo resíduo gerado pela construção
civil e clientes da fábrica utilizando os materiais reciclados para construção de
parques para crianças e edificações para comunidade como parte social
ambiental da empresa.
Em uma Avaliação de Impactos Ambiental de uma fábrica de
artefatos de cimento em funcionamento seguem na Figura 1 exemplificando
cada fase e processos, impactos gerados por sua atividade e suas respectivas
soluções necessárias para diminuir ou evitar a degradação ao meio ambiente e
comunidade residente próximo a fábrica (WBCSD apud WILLS, anos diversos).

Impactos Sociais

Fase de Projeto, Impactos Benéficos Redução da pobreza


local, Impactos Nocivos Deslocamento. Solução confecção do plano de
reassentamento. (WBCSD apud WILLS, anos diversos).
Fase de Construção, Impactos Benéficos Aumento temporário
na atividade econômica e no número de empregos disponíveis para a
comunidade local, desenvolvimento de competências locais e um possível
aumento de financiamento de obras de infra-estrutura por parte do governo
para atender o aumento populacional, desenvolvimento de nova infra-estrutura,
aumento do padrão de vida local, implementação de medidas gerais de higiene
e segurança, Impactos Nocivos fluxo de pessoas estranhas nas comunidades
locais, a ruptura dos sistemas sociais e nas estruturas da comunidade,
afetando valores e religião, maior demanda de serviços e infra-estrutura,
aumento do número de crimes na região. Perigos à segurança devido ao
aumento de tráfego nos acessos ao local do empreendimento, potenciais
impactos na saúde devido a ruídos, poeira, vibrações, etc. Solução
responsabilidade do governo local (WBCSD apud WILLS, anos diversos).
Fase de Operação, Impactos Benéficos Ajuda financeira para
melhoria de bem-estar da comunidade local e de grupos desfavorecidos

9
(melhoria no acesso da comunidade local a hospitais, etc.). Melhorias na infra-
estrutura já existente na comunidade, como em hospitais e postos de saúde,
escolas e etc., Impactos Nocivos Pressão adicional sobre a infra-estrutura
física e social existente; Impactos na saúde da população local; Rompimento
das redes sociais devido ao fluxo de pessoas estranhas; Diminuição da coesão
da comunidade; Aumento no número de crimes e de casos de conduta
inadequada; Mudanças de percepções sociais (riqueza, pobreza, etc.), e
Mudança de valores culturais solução responsabilidade do governo local
(WBCSD apud WILLS, anos diversos).
Segue na Figura 2 um diagrama de estratégia do programa da
BPSF visando a sustentabilidade basicamente é estratégias sustentáveis para
indústria para aumenta o propósito de melhora o desenvolvimento social.
O Instituto Ethos apresenta ainda um resumo dos principais
compromissos, tratados, sistemas e ferramentas ligadas à sustentabilidade
corporativa nos diferentes Guias de Compatibilidade de Ferramentas (ETHOS,
2004; ETHOS, 2005). O governo é um dos principais grupos de interesse das
empresas, pois suas ações interferem diretamente na realidade das empresas.
Com isso em mente, diversas empresas buscam estabelecer parcerias com os
governos. A Controladoria Geral da União e o Instituto Ethos apresentam pré-
requisitos para o estabelecimento de parcerias positivas (CGU; ETHOS, 2009).
As empresas são cada vez mais cobradas a terem uma preocupação com a
sociedade, contribuindo para o desenvolvimento de todos os seus grupos de
interesse. Um destes grupos é a comunidade no entorno das empresas, que
deve ter seus interesses ouvidos para a que a empresa possa elaborar ações
que sejam benéficas e tragam desenvolvimento para comunidade. De acordo
com Porter e Kramer (2006), a atuação social das empresas deve estar
alinhada com o seu negócio, para que as ações tragam valor para todos os
stakeholders e assim, não sejam interrompidas ao menor sinal de crise.
Com vistas à maior sustentabilidade, as empresas podem
ainda usar os recursos obtidos com a venda da sucata para investimento na
melhoria das formas e do processo de reutilização.
Um planejamento adequado permite que a empresa evite
retrabalho e movimentação desnecessária de recursos, o que produz impactos
ambientais consideráveis. “Para otimizar o processo é preciso planejar a

10
fabricação de cada item, de acordo com os pedidos a serem expedidos ou com
as quantidades definidas para serem estocadas, evitando as trocas constantes
de formas.” (SEBRAE/ES 1999).
O zoneamento em centros urbanos é tratado por muitos como
um entrave ao desenvolvimento econômico local, principalmente nas regiões
de forte urbanização, visto que se aponta a preservação ambiental como um
entrave ao estabelecimento das atividades econômicas. Forte exemplo disto
são as lutas travadas pela iniciativa privada para construção de hotéis e resorts
nas praias do litoral brasileiro, por vezes invadindo áreas de proteção
ambiental, transformando drasticamente o ambiente natural. O argumento da
classe empresarial é de que os mecanismos de preservação, em destaque o
zoneamento, são os responsáveis pelos entraves ao crescimento econômico, a
geração de emprego e de renda, pondo assim amarras ao progresso. Para
tanto, convém lembrar a idéia de desenvolvimento sustentável, adotado pelo
art. 225, da Constituição Federal de 1988, havendo a necessidade de o
crescimento econômico ser conciliado com a proteção ambiental, garantindo
assim, o direito das gerações futuras de um meio ambiente sadio. Neste
diapasão, a Lei 6.938/81 foi a primeira norma brasileira a conceituar
desenvolvimento sustentável, afirmando que a Política Nacional do Meio
Ambiente tem por objetivo a compatibilização do desenvolvimento econômico-
social com a preservação ambiental.(FARIAS, 2007, p. 125).
Convém destacar que a Constituição Federal conferiu
competência ao Poder Público municipal para promover o adequado
ordenamento territorial, o desenvolvimento pleno das funções sociais da cidade
e garantir o bem-estar de seus habitantes, desde que observadas as diretrizes
gerais traçadas em lei federal, a saber, Lei 10.257/2001, denominada Estatuto
das Cidades. Tais resultados podem ser alcançados mediante planejamento e
controle de usos, do parcelamento e da ocupação do solo urbano, como
preceitua o art. 30, VIII, e 182 da Constituição Federal.
A construção de um empreendimento com alta eficiência
energética exige a observação criteriosa de diferentes aspectos, como
isolamento térmico, ventilação e iluminação. A utilização de elementos
passivos é benéfica para o empreendimento somente se não for criar a
demanda por elementos artificiais que elevam os custos de utilização e

11
impactos ambientais negativos. Assim, o melhor aproveitamento das estruturas
para redução da necessidade de resfriamento pressupõe a realização de um
bom projeto arquitetônico, capaz de avaliar estes diferentes aspectos e chegar
a uma combinação ótima de seus elementos (TOKUDOME 2005).
O Zoneamento, em linhas gerais, é uma forte intervenção
estatal no domínio econômico, organizando a relação espaço-produção,
alocando recursos, interditando áreas, destinando outras para estas e não para
aquelas atividades, incentivando e reprimindo condutas, etc. O Zoneamento é o
reconhecimento da evidente impossibilidade das forças produtivas ocuparem o
território sem um mínimo de planejamento prévio e coordenação.
A sustentabilidade para a atividade de artefatos de cimento é
importante, mas geram resíduos, por outro lado gera trabalhos diretos e
indiretos para população da cidade o que com ajuda dos colaboradores com o
tempo contribui para sustentabilidade o que é fundamental para a mobilização
de todos envolvidos, contribuindo efetivamente para alcança a sustentabilidade
na cadeia produtiva dos seus processos e na utilização dos mesmos na
construção.
O desenvolvimento sem degradar a natureza, mais ainda, pois
pouco resta dela, há ainda esperança de que a humanidade tenha realmente
tomado ciência de seus atos e suas conseqüências e caminhe para um melhor
momento, em que convivera com o meio ambiente de forma mais equilibrada,
colocando-se como parte dele e não como seu senhor. Não há como garantir
processos sustentáveis, se os agentes destes não representarem seus papeis
nesta engrenagem, mas com as iniciativas aqui apresentadas, esperamos que
as empresas usassem os instrumentos como licenciamento para prevenir
degradação ao meio ambiente assim podendo ter suas atividades sem
prejudicar a qualidade de vida de futuras gerações utilizando um modelo
sustentável assim respeitado o meio ambiente que vivemos e para da
continuidade para gerações futuras, pois o meio ambiente pertence ate mesmo
a aqueles que ainda não nasceram.

12
Referências

AMMA – O que é licenciamento. Disponível em:


< http://www.goiania.go.gov.br/shtml/amma/lic_ambiental.shtml>. Acesso em:
25 mai. 2015.

Avelar, Érica. Atuação do engenheiro químico e de produção nos processos de


fabricação do cimento. Belo Horizonte: Centro Universitário Newton Paiva,
2011.

ETHOS, 2009 Disponível em: <


http://www3.ethos.org.br/wp-content/uploads/2013/07/IndicadoresEthos_2013_
PORT.pdf/>. Acesso em: 25 mai. 2015

FARIAS, Talden. Direito Ambiental: tópicos especiais. João Pessoa: Editora


Universitária, 2007, p. 125.

GUIA, A SUSTENTABILIDADE DO SETOR DE ARTEFATOS DE CIMENTO.


Disponível
em:<http://www.fiemg.org.br/admin/BibliotecaDeArquivos/Image.aspx?
ImgId=22019&TabId=3464/>. Acesso em: 25 mai. 2015

IBAMA – LICENCIAMENTO. Disponível em:


<http://www.ibama.gov.br/licenciamento/>. Acesso em: 25 mai. 2015

OLIVEIRA, Antônio Inagê de Assis. Introdução à legislação ambiental brasileira


e licenciamento ambiental.

PORTER, M. E., Estratégia Competitiva: Técnicas para Análise de Indústrias e


da Concorrência. 2 ª ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2004

SIRVINSKAS, Luís Paulo. Política nacional do meio ambiente (Lei n° 6.938, de


31 de agosto de 1981). As leis federais mais importantes de proteção ao meio
ambiente comentadas, 2005, p. 93.

13
SANTI, Combustíveis e riscos ambientais na fabricação de cimento: casos na
região do Calcário ao Norte de Belo Horizonte e possíveis generalizações.
Campinas, 2004.

SNIC - Sindicato Nacional da Indústria de Cimento. Disponível em:


<http://www.snic.org.br/pdf/presskit_SNIC_2010.pdf./>. Acesso em: 25 mai.
2015

SIRVINSKAS, Luís Paulo. Tutela constitucional do meio ambiente. São Paulo:


Saraiva, 2008.

SEBRAE-ES. Unidade produtora de artefatos de cimento para uso na


construção civil, 1999. Disponível em:
<http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/6ef2f8f287f6699403256e4d0
06f73aa/50a8ad9d835d0c0a83257436004c28ab/$FILE/Unidade%20Produtora
%20de%20artefatos%20de%20cimento.pdf>. Acesso em 21 de julho de 2009

TOKUDOME, A SUSTENTABILIDADE DO SETOR DE PRÉ-. FABRICADOS.


Maki Tokudome. Nov/2005.

WBCSD, 2005. Disponível em: <http:// www.wbcsd.org/>. Acesso em: 25 mai.


2015

14
Anexos

Figura 1

Figura 2

15

Você também pode gostar